Pragas de armazenagem

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Pragas de armazenagem
A maior parte dos danos sofridos pelo produto armazenado causado por insectos, se bem que em alguns
países os roedores são ainda mais perigosos. A alta taxa de reprodução e o curto prazo necessário para o
seu desenvolvimento, possibilitam aos insectos de provocar danos importantes a partir de uma
população originária de quantidade modesta.
O factor de reprodução do Tribolium por exemplo, é de 70. Isto significa que, no caso de condições
óptimas, um par de Tritolium vai ter a descendência seguinte:
depois de 1 mês:
depois de 2 meses:
depois de 3 meses:
2 x 70 =
140 x 70 =
9 800 x 70 =
140
9 800
686 000
Depois de 4 meses a cifra teórica seria de: 686 000 x 70 = ou seja 48 020 000. Mas, nesse estádio, as
condições de vida e de desenvolvimento se tomam difíceis e a concorrência para a alimentação e o
excesso de população limita a continuação do desenvolvimento.
7.1 Identificação das pragas
As diferentes espécies de insectos diferem umas das outras pelo comportamento, pelo tipo e a
importância dos danos que podem causar e pela sua reacção às medidas de combate. A identificação
dos insectos encontrados num armazém e o conhecimento da biologia dos mesmos émuito importante
para Poder responder às perguntas seguintes:
- Trata-se de uma praga de armazenagem?
Exemplo:
Muitas espécies de Bruchus são pragas de campo que atacam as leguminosas e elas podem ser trazidas
ao armazém aonde não podem se desenvolver. Neste caso, estes insectos não são pragas de
armazenagem.
- Trata-se de uma praga de armazenagem grave?
Exemplo:
O Sitophilus zeamais por exemplo, é uma praga muito grave para os produtos armazenados, sobretudo
para os cereais em regiões tropicais e subtropicais, enquanto que o Palorus subdepressus geralmente
não é tão importante.
- Trata-se de uma espécie de insecto que revela problemas existentes na armazenagem?
Exemplo:
O Alphitobius laevigatus encontra-se geralmente dentro dos produtos armazenados mofosos. O
descobrimento deste insecto revela condições de armazenagem húmidas.
- Que medidas deveriam ser tomadas?
Exemplo:
Os Bostrichidae, como p.ex. a Rhyzopertha dominica, podem ser controlados de maneira eficaz por
meio de piretrinas sintéticas e, de maneira não tão eficaz, por meio de preparados organofosforosos.
Existem diferentes ajudas para a identificação dos insectos:
· chaves de identificação, as quais não são adequadas na prática para o uso diário nos armazéns
· ilustrações em forma de posters, prospectos, folhetos ou livros
· colecções das diferentes espécies de pragas de armazéns para possibilitar uma comparação
directa com as espécies encontradas.
Todo encarregado de armazém deveria ter à sua disposição uma lupa com uma possibilidade de
engrandecimento entre 8 e 12 vezes.
7.2 Classificação das pragas de armazenagem
Os coleópteros (Coleoptera) são de longe o grupo mais importante das pragas de armazenagem,
seguido pelo grupo das traças (Lepidoptera). Existem outros como as Psocoptera, as quais não podem
ocasionar grandes danos aos produtos armazenados mas podem significar um problema de higiene ao
aparecer em grande quantidade.
Os ácaros (Acarina) que aparecem como pragas nos grãos, particularmente na farinha, pertencem ao
grupo das Arachnida.
7.3 Desenvolvimento dos insectos
Ao igual que os outros insectos, também os coleópteros e as traças passam por diferentes estádios de
desenvolvimento. Os insectos adultos põem os ovos, dos quais saim as larvas. As larvas causam a
maioria dos danos como resultado da sua alimentação com o produto armazenado. O seu
desenvolvimento passa por uma série de estádios, acabando todos na transformação em crisálida. O
adulto forma-se a partir da crisálida. Este cicio de desenvolvimento é chamado metamorfose completa.
A duração deste cicio varia dependendo da espécie e é muito influenciada por factores externos (veja-se
secção 7.4).
Figura 74
Muitas vezes existem também diferenças entre as espécies no referente ao lugar aonde põem os ovos
(dentro ou sobre o grão), aonde as larvas se desenvolvem (dentro ou fora do grão) e aonde a
transformação em crisálida éefectuada (dentro ou fora do grão).
7.4 Influências dos factores climáticos sobre o desenvolvimento
Cada espécie tem as suas próprias condições óptimas de temperatura e de humidade para o
desenvolvimento (veja-se secção 2.2.5). Estas condições óptimas podem diferir dentro da mesma
espécie dependendo do estádio de desenvolvimento.
As temperaturas óptimas encontram-se geralmente entre 25 e 32°C. No caso de temperaturas abaixo
de 14°C e acima de 42°C, não ocorre nenhum desenvolvimento. A maioria das pragas de armazenagem
morrem a temperaturas abaixo de 5°C e acima de 45°C.
A humidade relativa óptima para a maioria das espécies é de 70%, encontrando-se o valor mínimo
entre 25 - 40°/0 e o máximo entre 80 -100%. Existem muito poucas espécies capazes de sobreviver em
lugares extremamente secos (Oryzaephilus spp. até 10% de humidade relativa, Trogoderma granarium
e Tribolium spp. até 3% de humidade relativa).
Sob condições óptimas, a duração do ciclo de desenvolvimento do ovo ao adulto é de 18 - 25 dias
para os coleópteros e 28 - 35 dias para as traças. Sob condições desfavoráveis, este período pode durar
vários meses.
Os insectos são muito influenciados na sua actividade e fertilidade pelas mudanças de luminosidade que
ocorrem durante o dia. Sobretudo as traças são muito activas nas horas da madrugada e do fim da tarde.
É por isso que as inspecções para detectar eventuais insectos voadores deveriam ser efectuadas nessas
horas. Isto também é válido no caso de pulverizações destinadas ao combate das traças. Luz artificial
pode ajudar a reduzir considerávelmente a actividade voadora e a fertilidade das traças.
7.5 Diferentes fontes de alimentos das pragas
Os insectos que atacam os produtos armazenados têm necessidades diferentes enquantos a composição
de seus alimentos:
· Pragas primárias são capazes de atacar os grãos inteiros, intactos e aptos para a
armazenagem.
Exemplos: curculonídeos, Rhyzopertha dominica, Sitotroga cerealella
· As pragas secundárias só podem atacar grãos quebrados, húmidos, e consequentemente os
grãos brandos, os já atacados por pragas primárias ou produtos transformados, p.ex. a farinha.
Exemplos: tenebriões
· As pragas indicadoras de mofo alimentam-se exclusivamente ou parcialmente de fungos e a
sua presença revela problemas de humidade.
Exemplos: Alphitobius diaperinus, Ahasverus advena
· Os comedores de detritos alimentam-se principalmente de pó, de excrementos de outros
insectos ou de insectos mortos. Geralmente, eles não se alimentam do produto mesmo, mas
podem causar graves problemas de higiene.
Exemplos: Psocoptera
· Os predadores alimentam-se exclusivamente ou parcialmente de insectos, sobretudo das
larvas e dos ovos (veja-se secção 10.2).
Exemplos: Teretriosoma nigrescens, Tenebroides mauritanicus
Algumas pragas de armazenagem caçam as larvas de outras espécies. Não obstante, a sua
utilidade como factor de redução de infestação é bem menor ao dano que elas mesmas causam
ao produto armazenado.
Exemplo: Tribolium castaneum
A faculdade de poder utilizar o produto armazenado como fonte de alimentação depende de uma série
de factores:
A maioria das pragas de armazenagem são capazes de penetrar numa pilha de sacos bem mais
facilmente que no produto armazenado a granel devido aos espaços entre os sacos. O tamanho, a textura
da superfície e as substâncias nutritivas no grão têm influência sobre a faculdade que as pragas podem
desenvolver para atacar o produto. Isto também é válido para os materiais de embalagem e para o
próprio estado do armazém.
7.6 Características morfológicas dos insectos
O corpo de um insecto divide-se em três partes:
1. A cabeça com os olhos, as antenas e as mandíbulas
2. o tórax, o qual está composto de 3 segmentos (protórax, mesotórax, metatórax) e que sostem
três pares de patas e as asas ou os élitros, respectivamente
3. o abdome, aonde se encontram os órgãos reprodutores e digestivos.
Figura 75
No caso dos coleópteros, as asas anteriores (élitro) são endurecidas e de estrutura córnea para proteger
o abdome.
As traças têm dois pares de asas membranosas cobertas de escamas.
Figura 76
As larvas dos coleópteros têm três pares de patas. Não obstante, em algumas espécies que se
desenvolvem no interior do grão (p.ex. nos curculonídeos), elas faltam.
Figura 77
As larvas das traças têm três pares de patas torácicas e adicionalmente quatro pares de patas falsas
localizadas no 3°, 4°, 5° e 6° segmento do abdome. O último segmento do abdome tem outro par de
patas falsas.
Figura 78
7.7 Espécies de pragas de armazenagem
- Chave figurativa para a identificação dos coleópteros mais importantes que atacam os
produto armazenados
A chave seguinte só se refere aos coleópteros encontrados mais frequentemente no produto armazenado
e não é um útil de classificação abarcador de todas as espécies. Toda identificação deveria ser
confirmada por meio de comparações com outras ilustrações, descrições ou espécies de colecções de
referência.
Figura 79
Sitophilus oryzae
Figura 80
Família: Curculionidae
Descrição
tamanho: 2.5-3.5mm
forma: mais ou memos cilíndrica
cor: preto castanho com quatro manchas avermelhadas nos élitros características: focinho bem definido;
antenas acotoveladas e claviformes, puncturas circulares no protórax; pode voar
Distribuição: cosmopolita
Biologia
âmbito de temperatura: 17 - 34°C
temperatura óptima: 28°C
âmbito de humidade rel.: 45 - 100%
humidade rel. óptima: 70%
ovos: até 150 postos separadamente dentro do grão
ciclo de vida: entre 35 e 110 dias sob condições óptimas
Danos
Os adultos e as larvas sem patas pertencem às pragas primárias dos cereais, do arroz e da mandioca
seca. As larvas passam a sua vida no interior do grão.
Espécies similares
S. zeamais: maior, mas muito semelhante nos aspectos exteriores; distribuição, biologia e
comportamento análogos. Bom voador.
S. granarius: sem manchas no élitro, puncturas de forma oval. Uma praga dos cereais (especialmente
trigo e cevada) em regiões temperadas.
Tribolium castaneum
Figura 81
Família: Tenebrionidae
Descrição
tamanho: 3 - 4 mm
forma: corpo alongado, com os lados bastante paralelos
cor: castanho avermelhado - castanho escuro
características: as antenas se encontram insertadas abaixo dos lados da cabeça (cana frontal), formando
uma maça de três segmentos; élitros com linhas finamente ponteadas
Distribuição: em todas as regiões tropicais e subtropicais
Biologia
âmbito de temperatura: 22 - 40°C
temperatura óptima: 35°C
âmbito de humidade rel.: 1 - 90%
humidade rel. óptima: 75%
ovos: até 500
ciclo de vida: 20 dias sob condições óptimas
Danos
As larvas e os adultos são pragas secundárias que atacam os cereais e os produtos cerealíferos, o
amendoim, as nozes, as especiarias, o café, o cacau, as frutas secas e ocasionalmente as leguminosas. A
infestação causa um cheiro persistente e desagradável ao nível dos produtos.
Espécies similares
T. confusum (os segmentos das antenas se alargam em direcção da ponta das mesmas), cosmopolita.
Rhyzopertha dominica
Figura 82
Família: Bostrichidae
Descrição
tamanho: 2 - 3 mm
forma: delgada, cilíndrica
cor: castanho avermelhado a preto castanho
características: a cabeça se encontra escondida debaixo do protórax (típico dos Bostrichidae); os lados
do protórax têm filas de dentes; élitros com linhas ponteadas bem definidas
Distribuição: sobretudo em regiões tropicais e subtropicais
Biologia
âmbito de temperatura: 18 - 38°C
temperatura óptima: 34°C
âmbito de humidade: 25 - 70%
humidade rel. óptima: 60 - 70%
ovos: 300 - 500
ciclo de vida: 20 - 84 dias
Danos
Praga primária dos grãos cerealíferos, outras sementes, produtos cerealíferos, mandioca seca, etc. Os
danos são ocasionados pelos adultos e as larvas, as quais se desenvolvem dentro do grão.
Espécies similares
Dinoderus spp. que mostram duas ligeiras depressões na base do pronotum. Encontra-se na mandioca
seca ou ocasionalmente em outros produtos.
Figura 83
Prostephanus truncatus
Figura 84
Nome comum: Broca maior dos cereais
Família: Bostrichidae
Descrição
tamanho: 3 - 5 mm
forma: cilíndrica
cor: castanho escuro
características: similar ao Rhyzopertha, mas élitros achatados na ponta, inclinados abruptamente, canas
curvadas na parte em declive; os élitros parecem ter sido cortados.
Distribuição
América Central, introduzido acidentalmente nos países da África Oriental e Ocidental
Biologia
âmbito de temperatura: 18 - 40°C
temperatura óptima: 32°C
âmbito de humidade rel.: 40 - 90%
humidade rel. óptima: 80%
ovos: até 400
ciclo de vida: 27 dias como óptimo
Danos
Praga primária.
Os adultos e as larvas atacam o milho ao igual que a mandioca seca e o inhame. Causa perdas
importantes no milho armazenado pelo camponês nos países africanos.
Trogoderma granarium
Figura 85
Família: Dermestidae
Descrição
tamanho:
forma:
cor:
características:
adulto
larva
2 - 3 mm
5 mm
oval
fusiforme
castanho escuro, frequentemente castanho amarelado a castanho dourado
com manchas avermelhadas
o corpo vem coberto de pêlos finos
pêlos castanho-avermelhados com duas
madeixas em forma de cauda
Distribuição
Em regiões quentes, secas, especialmente no Próximo Oriente, no Médio Oriente e na Africa
Biologia
âmbito de temperatura: 22 - 41°C
temperatura óptima: 33 - 37°C
âmbito de humidade rel.: 2 a 50%
humidade rel. óptima: 25%
ovos: 50 - 80
ciclo de vida: 25 dias a 37°C e 25% de h.r.
diapausa larval até 4 anos
Danos
Praga primária
Os danos são ocasionados só pelas larvas, sobre os grãos e os produtos cerealíferos, sementes
oleaginosas, nozes, leguminosas, etc.
Oryzaephilus surinamensis
Figura 86
Família: Silvanidae
Descrição
tamanho: 2.5 - 3.5 mm
forma: estreita
cor: castanho escuro
características: 6 dentes agudos de cada lado do protórax
Distribuição: cosmopolita
Biologia
âmbito de temperatura: 18 - 37°C
temperatura óptima: 30 - 35°C
âmbito de humidade rel.: 10 - 90%
humidade rel. óptima: 70 - 90%
ovos: até 150
ciclo de vida: 20 - 80 dias
Dano
Praga secundário dos cereais e dos produtos cerealíferos, também copra, especiarias, nozes e fruta seca.
Os danos são ocasionados pelas larvas e os adultos.
Espécies similares
O. mercator, nas regiões quentes temperadas e tropicais. Menos tolerante às condições extremas de
temperatura e humidade que o O. surinamensis. Mais frequentemente sobre as sementes oleaginosas,
também sobre copra, especiarias, nozes e fruta seca.
Cryptolestes ferrugineus
Figura 87
Família: Cucujidae
Descrição
tamanho: 1.5 - 2.5 mm
forma: estreita, chata e alongada,
cor: castanho avermelhado
características: a cabeça e o protórax abarcam quase a metade do corpo; Uma linha longitudinal paralela
de cada lado do protórax; antenas que podem alcançar o comprimento do corpo
Distribuição: cosmopolita
Biologia
âmbito de temperatura: 21 - 43°C
temperatura óptima: 33°C
âmbito de humidade rel.: 50 - 90%
humidade rel. óptima: 70%
ovos: 100 - 400
ciclo de vida: 17 - 100 dias sob condições óptimas; duração
média do ciclo de vida: 23 dias
Danos
Pragas secundárias sobre todos os tipos de cereais e produtos cerealíferos, também sobre nozes, fruta
seca, tortas de sementes oleaginosas e cacau. Os adultos e as larvas atacam os produtos armazenados,
causando frequentemente "hot spots" (pontos sobreaquecidos).
Callosobruchus chinensis
Figura 88
Família: Bruchidae
Descrição
tamanho: 3 - 4.5 mm
forma: mais ou menos triangular
cor: castanho pálido com manchas enegrecidas sobre os élitros
características: Corpo coberto de pêlos curtos; ultimo segmento abdominal visível; antenas ligeiramente
dentadas; cada fémur posterior tem um dente; grandes olhos salientes
Distribuição: em todas as regiões tropicais e subtropicais
Biologia
âmbito de temperatura: 18 - 35°C
temperatura óptima: 30°C
âmbito de humidade rel.: 25 - 90%
Humidade rel. óptima: 80%
ovos: até 100, colados à superfície da casca ou da semente
ciclo de vida: 23 dias sob condições óptimas
Danos
As larvas, as quais se desenvolvem no interior da semente, são pragas primárias das ervilhas, das
lentilhas e de outras leguminosas. A infestação começa no campo.
Espécies similares
C. maculatus (originário da África, encontra-se agora em todas as regiões tropicais e subtropicais)
Caryedon serratus (tamanho 4 - 7 mm)
Acanthoscelides obtectus
Figura 89
Família: Bruchidae
Descrição
tamanho: 3 - 5 mm
forma: oval
cor: cinzento e castanho avermelhado com manchas amareladas e castanho escuro sobre os pêlos do
élitro
características: fémur posterior com um dente grande e dois pequenos; élitro não cobre completamente
o abdome; antenas dentadas
Distribuição: cosmopolita
Biologia
âmbito de temperatura: 17 - 35°C
temperatura óptima: 30°C
âmbito de humidade rel.: 30 - 90%
humidade rel. óptima: 70%
ovos: 40 - 50 sobre as cascas maduras ou entre as sementes armazenadas
ciclo de vida: 21 dias sob condições óptimas
Danos
As larvas são pragas primárias do feijão comum. A infestação pode começar no campo.
Espécies similares
Existem várias outras espécies de brocas similares que atacam as leguminosas, não sendo fácil
identificá-las.
Ephestia cautella
Figura 90
Família: Pyralidae
Descrição
tamanho:
adulto
15 - 20 mm (envergadura das asas)
larva
15 - 20 mm
cor:
cinzento; asas anteriores acinzentadasmorenas com desenho indistinto
características:
branco, às vezes rosado ou acinzentado
sedas (pelos) que saem das manchas
escuras da base dos pêlos
Distribuição: nas regiões tropicais; menos comuns nas regiões áridas
Biologia
âmbito de temperatura: 10 - 33°C
temperatura óptima: 30°C
âmbito de humidade rel.: mín. perto de 0%
humidade rel. óptima: 40 - 75%
ovos: 200 - 500
ciclo de vida: 30 dias sob condições óptimas
Danos
As larvas são encontradas como pragas primárias numa série de produtos, especialmente nas farinhas
cerealíferas e noutros produtos moidos, mas também nos grãos inteiros. Elas se alimentam sobretudo
das germes. Nocivas pelas teias que tecem nos produtos infestados.
Espécies similares
E. kuehniella (15 - 25 mrn de envergadura das asas, sobretudo em países de clima temperado)
Plodia interpunctella
Figura 91
Família: Pyralidae
Descrição
tamanho:
cor:
características:
adulto
14 - 20 mm (envergadura das asas)
terço na base da asa anterior cor-de-crema, amarelado-branco, às vezes
resto da asa acobreado com desenhos cinzento
avermelhado ou esverdeado
escuro
base das sedas sem manchas
pigmentadas
Distribuição: cosmopolita
Biologia
larva
até 17 mm
âmbito de temperatura: 16 - 36°C
temperatura: 28 - 32°C
âmbito de humidade rel.: 30 - 90%
humidade rel. óptima: 75%
ovos: 60 - 400
ciclo de vida: 27 dias a 30°C e 70% de h.r.
52 dias a 20°C e 70% de h.r.
Danos
As larvas são pragas primárias dos grãos cerealíferos e da farinha, amendoim e frutas secas. Nocivas
pelas teias que tecem nos produtos infestados.
Corcyra cephalonica
Figura 92
Família: Pyralidae
Descrição
tamanho:
cor:
características:
adulto
larva
15 - 25 m (envergadura das asas) 15 mm
asa anterior castanho; uniforme amarelado-branco
bordas das estigmas mais espessas na parte
posterior:
Distribuição
Nas regiões tropicais húmidas
Biologia
âmbito de temperatura: mín. 18°C
temperatura óptima: 30 - 32.5°C
âmbito de humidade rel.: mín. 20%
humidade rel. óptima: 70%
ciclo de vida: 26 - 27 dias sob condições óptimas
Danos
As larvas são pragas primárias que atacam os cereais e a farinha, as nozes, o amendoim, as frutas secas,
o cacau, a copra e muitos outros produtos. Os casulos brancos e densos das crisálidas vêm muitas vezes
colados às superfícies do saco de armazenagem. A infestação é caracterizada pelos agregados
compostos de teias, grãos, casulos e impurezas.
Sitotroga cerealella
Figura 93
Família: Gelechiidae
Descrição
tamanho: 10 - 18 mm (envergadura das asas)
cor: asas anteriores cor-de couro, às vezes com uma pequena mancha preta na metade distal, asas
posteriores acinzen tadas
características: asas posteriores com uma franja comprida de pêlos, terminados em ponta
Distribuição: cosmopolita
Biologia
âmbito de temperatura: 16 - 35°C
temperatura óptima: 26 - 30°C
âmbito de humidade rel.: 20 - 80%
humidade rel. óptima: 75%
ovos: até 200
ciclo de vida: 28 dias a 30°C e 80% de h.r.
Danos
As larvas são pragas primárias dos cereais inteiros como o arroz cru, o sorgo, o milho e o trigo. O
desenvolvimento larval efectua-se no interior do grão. Os danos causados são similares aos causados
pelos curculonídeos.
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