Apresentação Sejam bem-vindos à programação cultural do VI Congresso Brasileiro de Prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis e AIDS. Além das oficinas, fóruns e mesas temáticas, o congresso apresenta algumas agradáveis surpresas culturais. Um pouco da rica cultura brasileira será apresentada nos quatro dias de evento. Destaque para a solenidade de abertura, no dia 04 de novembro, com a presença do Coral das Lavadeiras do Jequitinhonha e da cantora mineira Ceumar. Confira também as apresentações teatrais, os momentos musicais, a mostra de cinema, o desfile da grife DASPU e muito mais. Não vai faltar cultura e diversão no VI Congresso Brasileiro de Prevenção das DST e Aids. Participe! PROGRAMAÇÃO CULTURAL 4/11/2006 Auditório Topázio 19h Solenidade de abertura 21 h Show . Coral das Lavadeiras do Jequitinhonha Batendo roupa, cantando a vida. . Ceumar e Dante Ozzetti 5/11/2006 Manhã Cinema Mostra Aids Auditório Ágata 11h – AMOR, VIDA, VIVA! (Amor, vida, viva, Brasil, 1990, 28 min.) Direção: Monica Teixeira e Narciso Kalili Depoimentos de jovens adolescentes infectados através de transfusão de sangue, compartilhamento de seringas no uso de drogas e das relações sexuais. Com informações básicas sobre aids, a fita conta com a participação de artistas mostrando como esterilizar uma seringa e como usar camisinha corretamente. Participam também um casal de adolescentes encenando a negociação do uso da camisinha, encerrando com um rápido discurso do escritor Herbert Daniel sobre solidariedade e vida. 12h – ANJOS DA ASA QUEBRADA (Anjos da asa quebrada, Brasil, 2000, 30 min.) Direção: Jorge Ferreira Vídeo destaca importância do exame de HIV e sífilis na gestação. A produção, que contou com o apoio da Unesco, mostra a história de Silvana que descobriu ser portadora do HIV durante a amamentação de seu segundo filho e perdeu o marido e outro filho por aids. Seu depoimento emocionado, comentado por profissionais de saúde, reforça a importância da realização de testes para detecção precoce do HIV e sífilis durante a gestação. Ao abordar de forma humana e sensível a questão da transmissão vertical, é mais uma contribuição para o esclarecimento dos profissionais de saúde e da população sobre a importância da testagem e da profilaxia intraparto. É também uma homenagem à Silvana, para que mulheres como ela não tenham que sofrer a mesma dor no futuro. Mostra Nacional de Teatro sobre DST e Aids Praça Cristal 11hs - Cia. Paulista de Artes – “Cobrindo a megera, de olho na fera” – Jundiaí/SP Sinopse: A família Bundião (tia, irmãs e cunhados) vive feliz sob o mesmo teto. Até o dia em que eles descobrem que um dos casais é portador do vírus HIV e o outro tem uma doença sexualmente transmissível. O desespero toma conta da família e a mais nova das irmãs decide ajudá-los a enfrentar as doenças, desde como usar corretamente a camisinha, até inscrevê-los num programa popular de tevê, de “ajuda” psicológica. Ficha Técnica: Texto: Rosângela Peroni Brigoni Direção: Marcelo Peroni Preparação: Cláudio Alencar Músicas: Rosângela Peroni Brigoni/Nando Niccioli Cenários e Figurinos: Marcelo Peroni Adereços: Rodrigo Santiago e Marcelo Peroni Maquiagem: Edivaldo Zanotti Técnico de Apoio: Rodrigo Gatera Elenco: Aline Volpi Ana Paula Castro Arthur Martins Marcelo Peroni Rosangela Torrezin Vivi Masolli 5/11/2006 Tarde Cinema Mostra Aids Auditório Ágata 13h – O PRESENTE (The Gift, EUA, 2002, 62 min.) Direção: Louise Hogarth Bug chasers, gift givers, convertion party, bare backing eram expressões restritas a uma parcela da comunidade gay até o momento em que a diretora Louise Hogarth as trouxe a público nesse controverso documentário. Comecemos pelo título. The Gift, ou O Presente é o vírus HIV. Bug Chasers são aqueles parceiros que querem voluntariamente ser infectados pelo vírus e gift givers, os soropositivos e "doadores" em potencial. Para consumar a transmissão do HIV, os interessados marcam encontro, em geral por sites especializados, nas chamadas festas de conversão. Fecha-se, assim, o intrigante círculo, que o filme procura discutir a partir de um pressuposto básico desses personagens. Eles acreditam que ao disseminar a Aids e torná-la a regra, não a exceção, estarão poupando a si mesmos e a comunidade do medo da infecção e das preocupações com o sexo seguro. Uma lógica invertida graças à possibilidade atual de convivência com a doença, outro ângulo debatido na fita. Há depoimentos de soropositivos ativos, de quem se infectou deliberadamente - o caso de um rapaz arrependido e aterrorizado - de grupos de terapia e demais envolvidos. São vozes polêmicas que surpreendem mesmo aqueles representantes mais engajados e bem- informados do universo homossexual. 14:15h – A CLOSER WALK (A Closer Walk, EUA, 2003, 85 min) Direção: Robert Bilheimer Um panorama caótico da epidemia da aids é mostrado nesse documentário narrado pelos astros Glenn Close e Will Smith. As câmeras passeiam pela África mostrando o drama de crianças órfãs e o descaso da saúde pública em países pobres. Circulam por nações da Europa central, onde drogados compartilham seringas infectadas, e enfocam, na Índia, a tragédia de soropositivas contaminadas pelos próprios maridos. Há entrevistas com pacientes, médicos, enfermeiros, além de depoimentos do Dalai Lama, do pop star Bono Vox e do secretário-geral da ONU, Kofi Annan. O objetivo é um só: alertar que a aids, a pior epidemia da história, ainda continua fazendo vítimas. Está prevista a continuação do filme abordando a resposta de outros países de combate à aids, inclusive a brasileira. 16h - HIV / AIDS, UMA CONFISSÃO DE DIÁRIO (VIH / SIDA , Una Confesión a diário, Argentina/México, 2006, 60 min) Direção: Michael Dagnery Produzido pela MTV Latina em parceria com a UNICEF, mostra uma visão exclusiva dentro dos danos que causa a epidemia entre novos casais, virgens, mulheres, viciados em sexo e membros da comunidade GLTB. Este documentário mostra também uma grande oportunidade de modo que os latino-americanos são testemunhas dos fatores que cercam esse sofrimento. A fita também mostra os que vivem com o HIV/aids, que falam sobre as relações que cercam seus meios de subsistência, a necessidade para um auxílio em parar o número crescente dos povos infectados com o vírus, a necessidade para o tratamento e a instrução no estigma e a discriminação que cerca a doença. Mostra Nacional de Teatro sobre DST e Aids Praça Cristal – 13hs Grupo Lua Cheia de Teatro – “O Auto da Camisinha” – Aracati/CE Sinopse: “Sete cenas: um número místico para revelar a iniciação amorosa sexual de Benedito e Lionor nos tempos de Aids. O bom estilo dos velhos autos e folguedos se manifesta no uso da redondilha (versos de sete sílabas de porte apelo popular) e clara evidência de dois planos que se entrelaçam através de Benedito: o plano terreno e o plano espiritual. O plano terreno, além de Benedito, temos alguns tipos que representam não individualidades, mas grupos de pessoas: o rapaz ingênuo (Benedito), a mocinha esperta e decidida (Lionor), a balzaquiana fogosa (Sinhá Costureira), o velho solitário e desbocado (Padrinho). No plano espiritual, a antiga dualidade entre o bem e o mal, representada na peça pelo Diabo e pelo Anjo da Guarda, entidades internas do próprio Benedito, que acabam guiando a estória.” Ficha técnica: Direção e Figurino: Marciano Ponciano Texto: José Mapurunga Maquiagem: o grupo Elenco: Silvanise Ponciano, Aureliano Silva, Manuel Lima, Marciano Ponciano Espaço Alternativo – 16:30 SESI EM CENA – “Vírus não pensa, seres humanos sim” – Belo Horizonte/MG Sinopse: Lilito e Lucinha são pessoas comuns, aprendendo a viver num mundo onde a infecção pelo HIV é epidemia. Aprender a viver nesse mundo implica pensar em como é ser homem, como é ser mulher, e no que isso tem a ver com infecções sexualmente transmissíveis. O final da peça é escolhido pelo público, em votação, e todos podem se colocar: afinal, o que isso tem a ver com cada um de nós? Ficha técnica: Direção: Marcelo do Vale Sonoplastia e Apoio técnico: Priscilla Oliveira Elenco: Elaine Benfica Nascimento, Viviane de Souza, Paulo Victor Assis. Praça Cristal – 17:00 Teatral Grupo de Risco – “Mulheres em cena” – Campo Grande/MS Sinopse: “Mulheres em cena” conta a história de Etelvina, uma mulher casada que vive sendo traída pelo marido. Ela pega uma DST e é alertada pelas vizinhas que foi seu marido que passou a doença para ela. Etelvina resolve usar camisinha, mas seu marido não concorda. O espetáculo vai narrar o dia-adia desta mulher pobre, que busca informações para viver melhor. A peça é inspirada nas histórias em quadrinhos, com figurinos e adereços exagerados e coloridos, bem humorada, com música ao vivo. Ficha Técnica: Direção: Lu Bigatão Cenário: Márcia Gomes Figurino: Luis Arruda Música: Zé Du Texto: Criação coletiva Elenco: Rani Abreu, Conceição Leite, Marcos Moura, Fernanda Kunzler, Pedro Mayer. Teatro Granada – 18:30 Fabiana Fonseca – “Eu quero ver a Rainha” – Campinas/SP Sinopse: Várias mulheres profissionais do sexo e suas histórias. Vários caminhos. A mulher buscando encontrar-se consigo mesma, percorrendo os caminhos e redescobrindo a sua feminilidade, resignificando o seu olhar para o erotismo e para sua essência. Ficha Técnica: Criação, concepção e atuação: Fabiana Fonseca Trilha sonora: Fabiana Fonseca e Pedro Feijão Assistente: Simone Aranha Fotos: João Roberto Simioni 5/11/2006 Noite Cinema Mostra Aids Auditório Ágata 18:15h – TRANSIT (Transit, Inglaterra, 2005, 90min.) Direção: Niall MacCormick O primeiro longa-metragem produzido para a TV pela MTV estreou na telinha em 1º de dezembro de 2005, Dia Mundial da Luta contra a Aids. A fita faz parte de uma campanha de prevenção entre os jovens que tem o apoio da Fundação Staying Alive. Ambientada em quatro países, a trama acompanha o drama e as aventuras de protagonistas que vivem na Cidade do México, Los Angeles, São Petersburgo (Rússia) e Nairóbi (Quênia). Entre os personagens estão a americana Asha, desconfiada da fidelidade do namorado, e o africano Matthew, mergulhado na cultura hip-hop de seu país. Auditório Ágata 20h – PEQUENOS GUERREIROS - NASCIDOS COM HIV (Little Warriors, EUA, 2003, 45 min) Direção: Ash Baron Cohen Dillon Card, Bert e Sophia Ramirez são alguns dos jovens entrevistados neste documentário, entre crianças e adolescentes, que convivem muito bem com a aids. Exibida na 29ª Mostra BR de Cinema, no ano passado, a fita é narrada pelo ator James Woods e traz aquele tom bem humorado, reconfortante para um tema tão árduo e dolorido. Pode ser um estimulante contraponto à produção também documental, O Outro Lado da Aids, selecionado para esta mostra, que toca na questão da medicação para os recém-nascidos portadores do vírus. Presente na exibição em outubro passado, o diretor Ash Baron Cohen explicou que a idéia surgiu quando a produtora Allyson Tang decidiu ser voluntária num acampamento para crianças soropositivas. "Ficamos surpresos ao descobrir que elas não pensam na possibilidade da morte e nem sugerem autocompaixão", lembrou. Apresentação musical 18h30 – Teatro Topázio Michel Tasky Trabalhando para Organização Humanitária Internacional Médicos SemFronteiras, o economista e músico belga Michel Tasky tem uma formação de canto clássico e chegou a cantar no Théâtre National, na Bélgica, em 1991, fazendo o papel de Gherardo em Gianni Schicchi de Puccini. Sempre atraído pelo trabalho humanitário e pelo canto, ele iniciou sua carreira humanitária em Moçambique nos anos de 1987 a 1989. Chegou ao Rio de Janeiro em 1993 para montar e coordenar projetos médicos-sociais com meninos de rua para o Médicos Sem-Fronteiras. Antes de morar no Brasil, Michel já era apaixonado pelos clássicos da MPB. A convivência com a noite carioca, e o seu contato com a cultura brasileira amadureceram esta paixão. Conheceu cantores e compositores clássicos e freqüentou as verdadeiras rodas de samba. Em pouco tempo Michel assimilou essa cultura rica e variada, incorporando as canções brasileiras ao seu repertório. Seu show, no Congresso, abrirá o desfile da DASPU. Desfile DASPU 19 horas - Teatro Topázio DASPU - A moda da vida - A grife DASPU faz história com uma moda para mulheres que batalham, mas com muita elegância. A grife criada em 2005, por profissionais do sexo do Rio de Janeiro, já balançou o mercado de luxo e as pautas dos jornais e agora vai desfilar também no Congresso Brasileiro de Prevenção às DST e AIDS.Não perca o desfile da DASPU. Quem sabe você não reinventa a sua própria moda? 6/11/2006 MANHÃ Cinema Mostra Aids Auditório Ágata 11h – O DIA DA CURA (O Dia da cura, Brasil, 1993, 23 min) Direção: Alfredo Alves Baseado no artigo de Herbert de Souza, o Betinho, "O Dia da Cura" é um vídeo-ficção que pretende ajudar a desmontar a paralisia que a associação aids-morte provoca. Imaginando o dia em que a cura da aids será anunciada ao mundo, nossos personagens vivenciam sentimentos que tocam suas vidas e as dos que os cercam. A possibilidade da cura modifica o comportamento das pessoas diante da doença e da vida. 11:30h – ENCONTROS (Encontros, Brasil/Bolívia, 2006, 20 min.) Direção: Maria Angélica Lemos Prostituição, mobilização comunitária, ações de direitos humanos, pesquisa e o acesso a serviços de saúde se encontram nesse projeto realizado em Corumbá, região da fronteira Brasil/Bolívia. Mostra Nacional de Teatro sobre DST e Aids Praça Cristal – 11:00 Cia de Comédia A Cada Minuto – “SAIDSBAIXO a comédia” – Pindamonhangaba/SP Sinopse: Desenvolvido com intuito de conscientizar, o espetáculo é ambientado em uma república de estudantes onde as personagens vivem situações cotidianas onde correm riscos desnecessários devido à falta de informação ou ignorância, o que, infelizmente para alguns, não termina bem. Maria, Rubens Damião e Genésio Alberto são alguns destes personagens, que vivenciam ou correm estes riscos. Ficha técnica: Direção e Adaptação de Texto: Carlos Caffre Sonoplastia: Carlos Caffre Figurino: Roberto Rossi/Carlos Caffre Cenografia: Carlos Caffre Maquiagem: Fabiano Bustamante Operação Som/Luz: Rodrigo Moreira Elenco: Eliane Alves, Gislaine Ribeiro, Plínio Maia, Rally All Kath 6/11/2006 TARDE Cinema Mostra Aids Auditório Ágata 12:15h - EU AMO ESSE HOMEM (L’homme que J’aime, França, 1997, 87 min.) Direção: Stéphane Giusti A trama é clássica. Gay se interessa por rapaz confuso com sua identidade sexual, a princípio é rechaçado, mas insiste, insiste... O drama romântico de Stéphane Giusti, realizada para TV, retrata com charme e simpatia a difícil "saída do armário", a paixão num meio reconhecidamente volátil e evolui para o papo sério quando Lucas (Jean-Michel Portal), o assumido, revela ser soropositivo para o novo parceiro Martin (Marcial Di Fonzo-Bo). O cenário é Marselha, no sul da França, onde os dois protagonistas trabalham numa escola de natação. Martin surge como o novo professor e atrai o interesse de Lucas. Mas além de tímido e fechado, o moço se relaciona com uma garota (Mathilde Seigner). No rito de conhecimento de Martin, a mãe de Lucas (Vittoria Scognamiglio), decidida e protetora, exercerá papel fundamental. O diretor Giusti aproveita a postura de fuga da doença de Lucas para mostrar o engajamento da entidade Act Up e os protestos para a liberação, pelo sistema de saúde, dos coquetéis de tratamento. 14h – CRIANÇAS INVISÍVEIS (All invisible children, Itália, 2005, 116 min) Direção: Mehdi Charef, Kátia Lund, John Woo, Emir Kusturica, Spike Lee, Jordan Scott, Ridley Scott e Stefano Veneruso Uma série de curtas mostrando a dificuldade das crianças em sobreviver ao enfrentar a realidade das ruas. Seja coletando sucata nas ruas de São Paulo ou roubando para viver em Nápoles e no interior da Sérvia, os filmes são protagonizados por personagens infantis que lidam com uma dura realidade, na qual crescer muito cedo acaba sendo a única saída. A visão de Spike Lee é uma das mais raivosas e menos condescendentes. Enfoca o tormento diário de Blanca (Hannah Hodson), uma garota do Brooklyn, em Nova York, que nasceu com o vírus HIV por conta de seus pais drogados. O cineasta toca na ferida ao ilustrar com tintas fortes o preconceito das colegas e dos vizinhos de Blanca, sem deixar de vislumbrar um bocado de esperança na ajuda assistencial oferecida por entidades nos Estados Unidos. 16:15h - MEU QUERIDO COMPANHEIRO (Longtime Companion, EUA, 1990, 96min) Direção: Norman René Uma festa de praia animada e liberadíssima em Fire Island, nos anos 80, é definidora para a vida de um grupo de gays nova-iorquinos. Depois dela, o estranhamento, a preocupação e finalmente o pânico dão início à Era Aids nesse que é o primeiro e até hoje dos mais humanos e tocantes dramas documentais sobre a doença. Os personagens vividos por Campbell Scott e Stephen Caffrey se conhecem nos tempos de despreocupação e liberalidade para logo depois se amedrontarem com as primeiras notícias de jornal. Não passará muito tempo até que amigos próximos do casal apareçam seriamente doentes. Em questão, as dúvidas, a maneira como encarar o futuro e a importância da solidariedade. Sobre esse último aspecto, o papel de Bruce Davison, do jovem que apoia seu namorado no leito do hospital, se tornou referência do filme e paradigma para a geração. Mostra Nacional de Teatro sobre DST e Aids Praça Cristal – 13:00 Grupo Forrobodó – “Forrobodó – uma comédia de prevenção às DST/Aids pra lá de Forrozenta” – São Bernardo do Campo/SP Sinopse: Os personagens vivem numa favela, e passam a maior parte do tempo conversando sobre a vida alheia num boteco do morro. Alguns se descobrem doentes, mas não sabem ao certo o diagnóstico (DST), que é motivo suficiente para vários quiprocós. Para obter cura, alguns procuram a igreja como solução e outros recorrem a remédios caseiros na casa de dona Chica Macumbeira. Com muito humor, e ao ritmo do forró, o elenco de agentes comunitários de saúde, provocam a reflexão sobre automedicação, importância do uso do preservativo e procurar serviço especializado. Ficha técnica: Autor e Diretor: Douglas Peter Cenografia e Músicas – o grupo Figurino e Maquiagem: Douglas Peter Elenco: Andicleiton José da Silva; Francisca Iolanda Menezes Carneiro; Francisco Pereira da Cruz; Francisco Pereira de Oliveira; Maria de Fátima Fernandes Lopes; Orlene Martins Silva; Roselaine Lucila Souza; Rosilene França Estevam; Sandra Regina Soares Santana Praça Cristal – 17:00 Teatral Grupo de Risco – “O segredo de João Cuiúdo contra o bicho d’essitesudo” – Campo Grande/MS Sinopse: Num clima de alegria, a música e a dança de Mato Grosso do Sul unem-se à magia das pernas de pau da Arte Circense, no espetáculo de rua que fala sobre prevenção, mudança de comportamento e DST/Aids. João Cuiúdo, peão guapo e namorador, “furunfou” com Agripina irmã de Maria Rita, sua noiva, e aí sua vida bagunçou. O pai das moças, Seu Genésio, surpreso, ensandecido com o tamanho garanhão tem uma definitiva solução, cortar o “mal” pela raiz. João Cuiúdo ou João Roncoio? Quanto vale o seu segredo? Será que vale a pena não revelar? E Agripina, como é que fica? Maria Rita não casa mais? A mãe Judicléia, com o tempo, de si quase esqueceu, mas solta a voz e põe ordem no lugar. Abordando o universo da família, o afeto, a hipocrisia, o companheirismo e a solidariedade, onde o pano de fundo é a esperança, a alegria e a mudança de hábitos de vida. Ficha técnica: Direção: Leandro Mello e Roma Román Texto: Virgínia de Menezes Cenário: Márcia Gomes Figurino: Roma Román Fotografia: Ubirajara Guimarães Elenco: Aline Duenha, Carolina Araújo, Emmanuel Mayer, Jerusa Moreira, Pedro Mayer Yago Garcia 6/11/2006 NOITE Cinema Mostra Aids Auditório Ágata 18:15h – YESTERDAY (Yesterday, África do Sul, 2004, 96min) Direção: Darrell Roodt Além da curiosidade de ser o primeiro filme na língua Zulu (e indicado para representar a África do Sul no Oscar), esse drama traz uma rara visão do epicentro da epidemia da aids no mundo. Numa remota aldeia africana, esterday (personagem de Lelei Khumalo) é diagnosticada com o vírus HIV. Apesar da doença não ser mais uma surpresa entre seu povo, ela é vítima da ignorância. Enfrenta duras reações tanto por parte do marido (Kenneth Kambula), que a infectou, como por parte dos moradores do vilarejo. Eles acreditam que a jovem adquiriu o vírus em alguma situação pecaminosa. Rechaçada, Yesterday sonha em ficar saudável até ver sua pequena filha ir para a escola. A única pessoa com que pode contar é justamente a professora local (Harriet Lenabe). 20h – A FAMILIA DE FELIX (Drôle de Félix, França, 2000, 95min.) Direção: Olivier Ducastel e Jacques Martineau Exemplo de um olhar renovado sobre a aids. Aqui, a doença deixa de ser o fator dramático impulsionador da trama, embora conte nas atribuições dadas ao protagonista. O jovem Félix (Sami Bouajila), filho de imigrantes árabes na França, integra a geração de soropositivos que sobrevive com a ajuda dos coquetéis. Depois de perder o emprego, ele abandona o namorado e parte numa viagem pelo interior do país atrás do pai que nunca conheceu. No caminho, diverte-se, encontra novos parceiros e personagens que coincidem com seu desejo de reestruturação familiar. Prêmio UNESCO 18:00 - Teatro Topázio JOVEM, SIM! E DAÍ? Cia. Paulista de Artes – Jundiaí / SP Voltado para o público jovem, visa discutir questões relacionadas à sexualidade, drogas e aids. Através da história de três jovens que decidem estudar e morar juntas na época de prestarem vestibular, a peça vai mostrando temperamentos, escolhas e motivos de vida diferentes. “Jovem, sim! E daí?” retrata os adolescentes, seus temores, suas escolhas, seus erros, mas também seus acertos. O texto aborda sem medo assuntos importantes e polêmicos, como o ficar, a gravidez na adolescência, o uso do preservativo e o relacionamento familiar, sem buscar ser moralista ou didático. Mostra Nacional de Teatro sobre DST e Aids Teatro Granada – 18:30 Cena A 3 – “Wonderland” – Rio de Janeiro/RJ Sinopse: Metáfora de “ação realista”, que apresenta a viagem do protagonista, um homem heterossexual com Aids, permeada por diálogos mentais que entrecortam seus solilóquios (com a mãe; com o irmão; com a esposa etc). O público acompanha a trajetória do personagem desde a chegada à estação de trem de madrugada, até o amanhecer do dia. Ficha técnica: Texto: Maurício Souza Lima Direção: Silvio Kaviski Iluminação: Fernanda Mantovani Cenário/Figurino: o grupo Ator: Maurício Souza Lima 7/11/2006 MANHÃ Cinema Mostra Aids Auditório Ágata 11h - ALGUÉM AINDA MORRE DE AIDS? (Does anyone die of aids anymore?, EUA, 2002, 25min.) Direção: Louise Hogarth Para a diretora Louise Hogarth a aids não está totalmente controlada. Nesta breve investigação do risco de mortalidade por causa da doença, numa época em que muitas vidas são salvas graças aos coquetéis, a realizadora adota uma perspectiva cautelosa sobre o possível declínio de progressão da infecção pelo vírus HIV. Ela mesma sintetiza a maior preocupação relatada no curtametragem: "Descobertas médicas recentes deram nova esperança para aqueles que vivem com a aids; num tempo quando muitas pessoas perderam um amor, um amigo, um membro da família ou um colega, o medo da doença não deve ser esquecido, nem se deve fazer de conta que ela está sobre controle; ainda há centenas de pessoas vítimas do HIV." Entre os relatos, a fita antecipa uma atitude que seria explorada em seguida no documentário “O Presente”. Trata-se do barebacking e as festas nas quais homossexuais são infectados voluntariamente pelo vírus de parceiros soropositivos. Questiona também a efetividade de novos tratamentos e alerta para uma "terceira onda" da doença que inclui a mutação do vírus e a associação a um câncer. 11:45h - VINTAGE SHOW: MODA É ATITUDE, MODA É A MULHER PREVENINDO A AIDS, VISTA-SE! (Vintage Show, Brasil, 2000, 38 min.) Direção: Adriane Pianowski A moda está presente no cotidiano de toda a sociedade, especialmente no imaginário feminino. Por isso, a idéia de utilizá-la como linguagem para atrair, não só a mulher, mas todo o contexto social que envolve este segmento, pois a expansão da epidemia está relacionada à qualidade de vida, acesso à informação e serviços de saúde e às relações sociais afetivas e de poder entre mulheres e homens. “Vintage” é um conceito de moda ligado à releitura de tendências de época, cujas peças podem ser atualizadas. São 40 modelos, entre mulheres e homens, produzidos com roupas de brechó ou roupas de aluguel que colocaram o material à disposição como forma de colaborar com o evento. É o registro de um acontecimento que envolveu diferentes desejos. Produto da beleza. Não beleza como produto. A fita apresenta imagens do desfile de moda e depoimentos sobre o evento que marcou a campanha de prevenção à aids entre as mulheres. EXPOSIÇÕES E OUTROS ESPAÇOS CULTURAIS Espaço da Cidadania O Espaço da Cidadania, iniciativa da Prefeitura de Belo Horizonte por meio da Secretaria Municipal Adjunta de Direitos de Cidadania, é um projeto de formação e socialização dos grupos produtivos de geração de renda de pessoas idosas, pessoas com deficiência, comunidade negra, mulheres em situação de violência de gênero, representantes de movimentos de luta pela livre orientação sexual, pessoas com sofrimento mental, etc. O projeto desenvolve diferentes ações buscando garantir a igualdade de oportunidades e a reparação de perdas provocadas pela discriminação e marginalização dos segmentos da sociedade, decorrentes de motivos raciais, étnicos, religiosos, de gênero, de geração, de classe social, de orientação sexual, entre outros. Reserve um tempo da sua participação no Congresso para conhecer os exclusivos produtos artesanais dos grupos que participam do projeto Espaço da Cidadania. Em Belo Horizonte, o projeto Espaço da Cidadania pode ser visitado toda sexta-feira, no horário de 8h às 18h, na Avenida Bernado Monteiro (com rua dos Otoni). Maiores informações: (31) 3277.4871 – [email protected] Espaço Multimídia O espaço multimídia é uma inovação desta edição do Congresso Brasileiro de Prevenção das DST e Aids. Espaços de rádio, televisão e internet apresentarão trabalhos nas três modalidades com experiências de todo o Brasil para compartilhar e inspirar novas iniciativas. Visite o espaço multimídia no segundo andar e conheça a programação do dia. O espaço funciona de 9 às 18h. Vale a pena conferir. Exposições Rua Guaicurus Local: espaço JASPE GAPA – Minas Gerais Fotografias do centro de Belo Horizonte, um registro do Brasil contemporâneo através de uma experimentação poética. Para o artista o centro urbano contém uma brasilidade excessiva, pulsante, criativa e cheia de vida. Dentro deste universo, ele dedica-se à zona boêmia da cidade. São imagens de uma forma de ação, de intervenção e de luta contra a monotonia da vida cotidiana. Tratase de usar a câmera fotográfica como investigação antropológica e com engajamento político. Instalação - Paulo Lima Buenoz Convidado para participar do Congresso de Prevenção o artista paulista Paulo Lima Buenoz que reside na cidade de Uberlândia, MG, apresentará um de seus últimos trabalhos. A vídeo projeção CorpoCobaia e a Delicadeza Grave da Vida, que já foi vista, em 2003 na Galeria do Senac, São Paulo e em 2006, no Museu de Arte Contemporânea do Ceará, em Fortaleza. Buenoz é Doutor pelo Núcleo de Estudos da Subjetividade Contemporânea da PUC, São Paulo. Mestre em Artes Plásticas pela State University of New York, Buffalo. Nessa vídeo projeção o artista aborda as possibilidades de reinvenção da potência da vida num mundo vivendo com Aids.