comunicação não-verbal

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ICEC
DISCIPLINA: COMPOSTO DE COMUNICAÇÃO
CURSO SUPERIOR TECNOLÓGICO EM GESTÃO EM MARKETING
PROFESSORA: LUCIANA COSTA
COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL
É importante evidenciarmos que nos comunicamos não apenas
através de símbolos visuais e sonoros, mas também, através do que
chamamos de Comunicação não-verbal.
CONCEITUAÇÃO:
A comunicação não-verbal não utiliza as palavras, mas, em muitas
situações, é utilizada como se fossem palavras tamanho é o seu poder e
significado. A comunicação não-verbal pode alterar completamente o
processo de comunicação e adquiri significados de acordo com o contexto
em que ocorre.
Existem três (3) categorias em que
está classificada
a
COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL :
1- LINGUAGEM DO CORPO
2- PARALINGUAGEM
3- VESTUÁRIO/ARTEFATOS E OBJETOS
LINGUAGEM DO CORPO
Quando nos referimos a este tipo de comunicação não-verbal,
dizemos que é a linguagem que refere-se às atitudes, sentimentos e
intenções de uma pessoa, ou seja, agrega valor a comunicação que está
sendo emitida. Dentro da linguagem do corpo encontramos os seguintes
tipos:
a)
GESTOS – refere-se à forma como utilizamos “PARTES”do nosso
corpo, como por exemplo mãos e braços para expressar idéias ou
simbolismos. Ex.: faz um 21; simbologia expressa pelo Banco Itaú.
b)
EXPRESSÃO - refere-se à comunicação emitida pelas expressões do
rosto, geralmente traduzindo um estado emocional. Ex.: olhares, sorrisos,
seriedade...
c)
POSTURA DO CORPO - refere-se ao modo como movemos e
posicionamos nosso corpo. Forma como é colocado o elemento, curvado,
ereto, etc.
d)
ESPAÇO- refere-se a proximidade diante ou em relação aos outros
durante o processo da comunicação. Isto por que existem limitações, pois
todos necessitam de espaço em torno de si, em maior ou menor
proximidade, dependerá de com quem está realizando essa comunicação.
e)
TOQUE - refere-se sobre o que tocamos, quando, onde e como. Isto
nos diz muito sobre o status, relacionamento e grau de amizade. Ex.:
anúncios de sapatos, anúncios dias dos namorados, pais e mães.
PARALINGUAGEM
Esse tipo de comunicação não-verbal trata da interpretação do
significado das palavras durante uma conversa. A Paralinguagem está
associada à fala e, através dela, podemos caracterizar o comunicador, bem
como sua reação e emoção. A Paralinguagem é o que chamamos de
“entrelinhas” da conversa.
Ex.: assobiar, bocejar, volume da voz alto ou baixo, rude ou suave.
Gritar, gaguejar, ironia, falar de maneira monótona.
Sons de interjeição como: OPS! Ahhhhh!!!! Hum! Psiu! Supiros
VESTUÁRIOS/ ARTEFATOS E OBJETOS
Esse tipo de comunicação não-verbal trata das vestimentas/objetos e
artefatos que referencia, caracteriza ou denota uma pessoa ou grupo dando
um significado pretendido ou caracterizando uma classe.
Ex.:
Estetoscópio (médicos), Calculadora (Economista); Rippes,
Farda (polícia) Bolsa Victor Hugo....
COMUNICAÇÃO E IMAGEM
As imagens estão ocupando cada vez mais o mundo. Está é uma
verdade presente a todo o momento em nossas vidas. Isso se deve ao fato
de as imagens estarem cada vez mais ONIPRESENTES e cada vez mais
GIGANTESCAS. Assim, as imagens nas cidades, nas estradas, dentro das
casas, transmitidas pelas máquinas de imagens, nas paredes ou nos
papéis, nos painéis ou nas telas passam a competir com os nossos corpos
pelo espaço vital (e vamos ns sentindo cada vez menores diante delas).
Mas afinal o que é imagem?
A palavra “imagem” possui uma variedade relativamente diversificada
de seu significado:
Em primeiro lugar pode referir-se a uma imagem mental, uma
representação ou construção interior de nossa mente que se materializa a
partir de conceitos, palavras, gestos, sonhos ou visões e podemos propagálas por meio de desenhos, palavras, gestos ou conceitos abstratos. A este
tipo de imagem damos o nome de IMAGENS ENDÓGENAS.
Um segundo significado da palavra imagem refere-se a uma figura
externamente visível por que está associada a um suporte, uma parede,
uma rocha, uma pedra, um pedaço de madeira ou pano, um papel, uma tela
de cinema, televisão ou computador, ou seja, há um suporte físico para a
sua representação. A este tipo de imagem damos o nome de IMAGENS
EXÓGENAS.
Sem sombra de dúvidas as imagens endógenas abrem um espaço
irrestrito para a ação da criatividade e imaginação, sendo assim elas
fomentam o desenvolvimento de todos os campos da ciência e da própria
humanidade.
O homem utiliza a imagem, tanto endógena como exógena, para
construir sua história, memória, a cultura de seu povo, projetar planos e
espaços bem como traçar as metas de sua vida particular.
PRINCÍPIO DO ESTILO
Na atualidade vivemos em um mundo onde o que é valorizado é a
forma, a aparência. Estabelecer uma que agrade o seu público-alvo é
garantia de sucesso de um dado produto, marca ou serviço.
Mas o que é o Estilo?
O estilo de um produto é a qualidade que provoca a sua atração
visual. A forma visual pode ser feia, desequilibra ou grosseira. Ou pode ser
transformada em uma forma bela, que é cobiçada por todos que a
visualizam.
A comunicação também cria estilo e o torna de certa forma “arte”,
podendo levar em consideração funcionalidade ou apenas criatividade, vai
depender muito a que ou quem se dedica à obra em questão.
PERCEPÇÃO VISUAL DE PRODUTOS
Atratividade de um produto é automaticamente ligada à visão. O
impacto imediato não é fornecido pelo cheiro, som ou paladar, mas sim pela
forma. Sendo assim, o ponto principal é a visão. A imagem é a interpretação
que o nosso cérebro apresenta sobre um conjunto de pequenos impulsos
elétricos, que são gerados nas células da retina e conduzidos até o cérebro
por meio do sistema nervoso.
Estas
células
dividem
a
imagem
visual
nos
seguintes
componentes: LINHAS, CORES E MOVIMENTOS. O cérebro faz a leitura
e integração destes componentes para criar coerência e atratividade.
a) Os dois estágios do processamento visual:
Pré-atenção: processo rápido e involuntário de reconhecimento de
padrões e formas. Também é conhecida como primeira percepção
global, e é ela quem vai determinar a estratégia para a exploração
dos detalhes.
Atenção visual: foco sobre detalhes da imagem, mecanismo
voluntário.
Estes dois estágios são a base do Impacto Visual:
CHAMAR ATENÇÃO + PRENDER A ATENÇÃO.
Padrão conhecido. É com isto que o cérebro trabalha para
entender uma imagem, ou seja, nós enxergamos aquilo que
pensamos ver. Nós olhamos para uma imagem e, sem pensar,
extraímos suas principais características, a partir delas nossa mente
trabalha na sua identificação com algum padrão conhecido.
Sendo assim, trabalhamos com que se chama estereotipo.
 ESTERIÓTIPOS
O esteriótipo de uma pessoa é baseado em idéias e descrições
repetidas. Um esteriótipo significa algo fixo para o público, tal como uma
mulher ou um homem de negócios.
O esteriótipo é uma simplificação. Não é algo, apenas,
relacionado com a aparência, mas algo feito com relacionamentos e
crenças, conectados com um determinado tipo de pessoa. Com efeito,
isto deve “bater” com a descrição e um julgamento não crítico dessa
pessoa.
Há muitos esteriótipos bem conhecidos, tais como determinados tipos
de mulheres – a loura bonita e burra, para citar um caso. As pessoas são
também levadas a fixar idéias baseando-se em raças ou religiões. É preciso
tomar cuidado para não utilizar esteriótipos insultuosos que possam
denegrir ou causar constrangimento a determinados públicos.
A mídia utiliza esteriótipos como uma espécie de taquigrafia através
da qual envia suas mensagens. É fácil representar um esteriótipo quando se
tem de construir um personagem e seu caráter. Mas, enquanto a mídia é
culpada de reforçar alguns esteriótipos, na verdade ela não os inventou. A
mídia usa-os porque eles são conhecidos e facilmente entendidos na
sociedade geral. Eles oferecem um ponto de contato bem fácil e ágil. O
mal é que estes esteriótipos são, repetidas vezes, uma verdadeira coleção
de preconceitos. Sob este foco, o poder da mídia torna-se destrutivo
porque, repetindo esteriótipos, está repetindo preconceitos em grande
escala.
Um setor que utiliza de forma corriqueira e, em certos casos,
engenhosa, é a propaganda. Isso acontece por que os anúncios criados se
identificam com o público, transmitindo características e perfil de conduta
deste segmento, e no caso específico da propaganda e, podemos aplicar
isso ao design, a questão da criação de novos esteriótipos é facilitada pelo
uso contínuo da tática da repetição, se esse novo modelo ou conceito ou
modelo ainda não for um esteriótipo pode se tornar perfeitamente graças a
sua presença constante na mente dos consumidores.
Sendo assim, os esteriótipos conseguem esboçar, rapidamente,
características fixas. Em outro sentido, são conseguem apelar às crenças,
atitudes e preconceitos do público-alvo. Com isso podemos dizer que os
esteriótipos são facilmente reconhecíveis, o que vale a dizer que são
atrativos e populares, portanto são comerciáveis e certamente serão
vendidos.
Um bom exemplo disso é a HIPÓTESE VISUAL. Que ocorre com
figuras complexas e incompletas, onde o cérebro busca separar alguns
elementos-chave da figura e a sua associação com elementos conhecidos,
podendo assim enxergar uma imagem incompleta ou complexa. (Gestalt=
padrão em alemão)
Ex: triangulo incompleto, imagens formadas por pontos.
Nosso cérebro busca:
SIMETRIA + FORMAS GEOMÉTRICAS + HARMONIA (simplicidade +
padrões visuais)
ELE TEM A CAPACIDADE DE CAPTAR CERTOS PONTOS DA
IMAGEM (DESTAQUE) CRIA-SE ENTÃO A FIGURA E O FUNDO.
VISÃO CAÓTICA OBESA
Devido ao constante bombardeamento da indústria do consumo,
estamos vivendo em um mundo repleto de imagens que nos consomem.
Isso mesmo, estamos chegando em um ponto onde não estamos
consumindo as imagens produzidas pela publicidade, mas estamos nos
tornando alimento delas. Este fato acontece devido ao fato de termos as
imagens cada vez mais onipresentes, mais chamativas, apelativas, mais
poderosas, mais insistentes e repetitivas. Elas ocupam quase que
totalmente todos os espaços existentes em nosso mundo cotidiano,
estamos sendo, a todo o momento, mais e mais encurralados, apertados e
obrigados a aceitá-las.
 A estratégia utilizada para que isso aconteça é:
1- Imagens em grande proporção (tamanho);
2- Imagens apelativas;
3- Repetição exarcebada e constante;
4- Ocupação de todo e qualquer espaço;
 Problemas gerados:
1- Hiper ativação do campo visual humano;
2- Amortecimento do estímulo visual;
3- Rejeição da mensagem produzida;
4- Atrofia dos outros sentidos humanos;
5- Imagens banalizadas e informação fraca, argumentação repetitiva,
falta de criatividade e inovação, conseqüentemente, uma cultura pobre e
frágil. Um caos visual e cultural se instaura, pois não há renovação do que
está sendo mostrado, apenas repetição e exaustão. (detritos de imagens e
lixo cultural).
Dicas:
1-
A Simplicidade é importante pois tende a aumentar a segurança das
pessoas, o desconhecido gera medo.
2-
A forma circular ou esférica é a mais simples e pura estrutura visual.
(público feminino é altamente atingido);
3-
A complexidade tem mais aceitação com pessoas mais velhas, a
associação do tempo + idade é confirmado. O complexo gera também
curiosidade, desafio e precisa de exploração e interpretação.
4-
A forma humana (corpo) é a mais atrativa e padronizada. Ser. Gera
fácil reconhecimento de padrão e forma. Segurança. Por isso, muitos
designers utilizam detalhes da forma humana e até mesmo animal para
colocar em determinados objetos. Mas é vital levar em consideração a
harmonia e conhecimentos psicológicos dos simbolismos, levar em
consideração a cultura de um dado povo.
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