QUALIDADE NO CUIDAR: ASSISTÊNCIA SISTEMATIZADA DE ENFERMAGEM NA UTI, UMA REVISÃO INTEGRATIVA1 QUALITY IN CARE: NURSING CARE IN THE ICU SYSTEMATIZED, AN INTEGRATIVE REVIEW CALIDAD DE LA ATENCIÓN: ATENCIÓN DE ENFERMERÍA EN LA UCI SISTEMATIZADA, UNA REVISIÓN INTEGRADORA MONTEIRO, Sandra de Nazaré Costa2 SANTANA, Marina Torres3 PATRICIO, Geovanne Melo4 FERRARI, Douglas5 RESUMO: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura a cerca do processo de enfermagem desenvolvido na unidade de terapia intensiva neonatal, pediátrica e adulta, nos últimos 7 anos, uma vez dito que revisão integrativa é aquela em que conclusões de estudos anteriormente conduzidos são sumarizadas a fim de que se formulem inferências sobre o tema. Assim, o objetivo do estudo foi explorar a utilização da sistematização da assistência de enfermagem a pacientes críticos a partir de publicações internacionais e nacionais no período de 2004 a 2010, apontando o papel do enfermeiro no desenvolvimento do corpo de conhecimento e habilidades profissionais para uma assistência metódica, individualizada e de qualidade. Para a seleção dos artigos utilizou-se as seguintes bases de dados, BDENF, LILACS e SCIELO, e a amostra desta revisão constituiu-se de 19 artigos. Após análise dos artigos incluídos na revisão, os resultados demonstram a viabilidade de utilização do PE implicando diretamente na qualidade da assistência e valorização do trabalho da enfermagem, porém ressalta-se a necessidade de estudos e atualização constante do enfermeiro na utilização do processo de enfermagem. PALAVRAS-CHAVES: processo de enfermagem, diagnósticos, sistematização da assistência, unidade de terapia intensiva. ___________________________________________________________________________________________________________________ 1.Trabalho de Conclusão de Curso do mestrado profissionalizante da SOBRATI, Campus Brasília, 2.Enfermeira do SAMU-DF, Especialista em terapia Intensiva, Clinica cirúrgica, Gestão em Saúde e Mestranda pela SOBRATI, [email protected]; 3 Enfermeira Especialista em Terapia Intensiva, Docente UNIEURO-DF, mestranda SOBRATI, [email protected]; 4. Enfermeiro assistencial do Hospital Regional de Santa MariaDF, mestrando pela SOBRATI. [email protected]; 5 Orientador, Médico, Doutor em Medicina Intensiva. Presidente da SOBRATI. SUMMARY: This is an integrative literature review about the nursing process developed in the neonatal intensive care unit, pediatric and adult, in the last seven years, once said that integrative review is one in which conclusions of previous studies are summarized in order to draw inferences about the subject. The objective of this study was to explore the use of systematization of nursing care to critically ill patients from national and international publications in the period 2004 to 2010, pointing to the nurse's role in developing the body of knowledge and professional skills to assist a methodical, individualized and quality.To select the articles we used the following databases, BDENF, LILACS and SciELO, and this review sample consisted of 19 articles. After analyzing the articles included in the review, the results demonstrate the feasibility of using EP implying directly the quality of care and appreciation of nursing work, but it emphasizes the need for education and constant updating of the nurse in using the nursing process. KEY WORDS: nursing process, diagnosis, care system, intensive care unit. RESUMEN: Se trata de una revisión bibliográfica integrada sobre el proceso de enfermería que trabajan en la unidad de cuidados intensivos neonatales, pediátricos y de adultos, en los últimos siete años, dijo una vez que la revisión de integración es aquella en que las conclusiones de estudios anteriores son resumen con el fin de sacar conclusiones sobre el tema. El objetivo de este estudio fue explorar el uso de la sistematización de los cuidados de enfermería a los pacientes críticos de las publicaciones nacionales e internacionales en el período 2004 a 2010, señalando el papel del enfermero en el desarrollo del conjunto de conocimientos y habilidades profesionales para ayudar a un metódica, individualizado y de calidad. Para seleccionar los artículos que utilizan las bases de datos, BDENF, LILACS y SciELO, y esta muestra fue conformada por 19 artículos.Después de analizar los artículos incluidos en la revisión, los resultados demuestran la viabilidad de la utilización del PE lo que implica directamente la calidad de la atención y el aprecio del trabajo de enfermería, pero hace hincapié en la necesidad de educación y actualización constante de la enfermera en el uso del proceso enfermero. PALABRAS CLAVE: proceso de enfermería, diagnóstico, sistema de atención, unidad de cuidados intensivos. 1. INTRODUÇÃO. Em pleno século XXI, muito se comenta sobre o emprego da tecnologia de ponta ou de última geração para facilitar e/ou viabilizar a assistência ao indivíduo doente. Novas técnicas e procedimentos são desenvolvidos a cada dia, biomateriais, disponibilidade e variedade de insumos, bem como especializações cada vez mais restritas a área do conhecimento fazem parte deste fenômeno o qual chamamos de avanço tecnológico. No percurso desses avanços e vislumbrando o enfermeiro como profissional técnico-científico responsável pelos cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e comprometimento com a evolução e bem estar do paciente, propomos com este estudo o resgate da construção do conhecimento do cuidar com qualidade, por acreditarmos que a competência profissional lhe confere condições de avaliação, utilização do método científico e de tomada de decisões fundamentadas. Por outro lado, no cotidiano, temos nos deparado com uma enfermagem no cumprimento de tarefas, servil e empírica que obedece a ordens médicas sem imposições e questionamentos, fato este, extremamente contraditório ao construído no decorrer da formação acadêmica e dos cursos de pós-graduação. Sabendo que este ano o 10º SINADEn traz como tema a sistematização da assistência de enfermagem no Brasil: 30 anos na construção da qualidade no cuidar, somou-se mais um motivo para nos estimulamos a levantar os estudos a respeito da temática e assim averiguar através de informações científicas, como o desenvolvimento do processo de enfermagem (PE) acorreu para consolidar a assistência prestada ao paciente. A qualidade no cuidado em enfermagem tem sido palco de inúmeras discussões e muitas das conclusões que se chegou é que a utilização do processo de enfermagem, como forma sistemática de cuidar, pode contribuir de forma significativa com a melhoria da assistência1. Vimos que a enfermagem ao longo de sua história atribui significados, vivenciou experiências, estruturou princípios e normas e os comunicou, construindo assim seu campo de conhecimento2, tendo como foco principal a atenção ao indivíduo de modo holístico dentro do processo saúde/doença. Na atualidade o cuidado de enfermagem direciona-se a recuperação e bem-estar do indivíduo fundamentado num conhecimento científico e na autonomia profissional 1. A tentativa de organizar o seu conhecimento ocorreu a partir da década de 1950, quando houve um considerável avanço na construção e na organização dos modelos conceituais de enfermagem, os quais foram desenvolvidos por diferentes caminhos, no entanto, com conceitos comuns que são essenciais à prática profissional, ou seja, a própria enfermagem, o ser humano, o ambiente e a saúde. Tais modelos serviram como referencial para a elaboração das teorias de enfermagem, que objetivam estabelecer uma relação entre diferentes conceitos, para então explicar e, por conseguinte, direcionar a assistência de enfermagem prestada ao ser humano3. Sendo assim é fundamental que os enfermeiros estudem e compreendam as correntes filosóficas que apóiam as teorias para então, avaliar a probabilidade de utilização dessas em seu cotidiano de cuidar. Pois, as teorias são tão importantes para a assistência quanto à técnica, à comunicação ou a interação, uma vez que serão elas a guiar o contexto assistencial4. A aplicabilidade dessas teorias é feita através do processo de enfermagem, termo que aparece pela primeira vez em 1955, com Lídia Hall, durante uma conferência, onde a mesma afirmou que a “enfermagem é um processo” construído em 4 proposições – enfermagem ao paciente, para o paciente, pelo paciente e com o paciente1. O processo de cuidar em enfermagem, ou PE entendido como um instrumento metodológico que nos possibilita identificar, compreender, descrever, explicar e/ou predizer como nossa clientela responde aos problemas de saúde ou aos processos vitais, e determinar que aspectos dessas respostas exigem uma intervenção profissional de enfermagem, implica na existência de alguns elementos que lhe são inerentes. Sob o ponto de vista do Conselho Internacional de Enfermeiras (ICN, 1996), esses elementos são: o que os exercentes da Enfermagem fazem (ações e intervenções de enfermagem), tendo como base o julgamento sobre fenômenos humanos específicos (diagnóstico de enfermagem), para alcançar os resultados esperados (resultados de enfermagem)5. A Associação Norte Americana de Enfermeiros ( American Nurse Association – ANA) estabeleceu as seguintes etapas para o PE: coleta de dados, diagnósticos de enfermagem, estabelecimentos de objetivos, plano de cuidados, ação de enfermagem, renovação de coleta de dados( reassessment) e a revisão do plano 6. No PE a assistência é planejada para alcançar as necessidades específicas do paciente, sendo então dirigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no tratado possam ter acesso ao plano de assistência 7, possui um enfoque holístico, ajuda a assegurar que as intervenções sejam elaboradas para o indivíduo e não apenas para a doença, apressa diagnósticos e o tratamento dos problemas de saúde potenciais e vigentes, reduzindo a incidência e a duração da estadia no hospital, promove flexibilidade do pensamento independente, melhora a comunicação e previne erros, omissões e repetições desnecessárias; os enfermeiros obtêm satisfação em seus resultados8. Encontramos respaldo na Lei n. 7.498 de 25 de junho de 1986, referente ao exercício da enfermagem, dispõe no artigo 11, como atividades privativas do enfermeiro a consulta de enfermagem, e a prescrição da assistência de enfermagem9. Para tanto, nos embasamos em uma das inúmeras referências teóricas para seguir e subsidiar o método científico. O Ministério da saúde abriu uma janela para despertar nos profissionais de enfermagem a necessidade da visibilidade de sua prática, com o Programa Brasileiro de Acreditação Hospitalar10, que vem sendo desenvolvido dentro do Programa de Garantia e Aprimoramento de Qualidade de saúde, criado pela Portaria GM/MS n.1.107 de 14 de junho de 1995, o qual exige aos hospitais uma qualificação baseada em três níveis, sendo: nível 1, de exigências mínimas; nível 2, de padrão de qualidade no atendimento; nível 3, de padrão de excelência. Para alcance deste terceiro nível, um dos itens exigidos é que, os cuidados prestados pela equipe de enfermagem sejam documentados através de plano de cuidados e prescrições de enfermagem, ou seja, etapas do processo de enfermagem. Corroborando esse fato, a promulgação pelo Conselho Federal de Enfermagem – COFEN da Resolução 358/2009 que dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem11. Tal resolução descreve ainda em seu Art. 2º as etapas do processo se organizam em cinco etapas inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes: I - Coleta de dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem) - processo deliberado, sistemático e contínuo, realizado com o auxílio de métodos e técnicas variadas, que tem por finalidade a obtenção de informações sobre a pessoa, família ou coletividade humana e sobre suas respostas em um dado momento do processo saúde e doença. II - Diagnóstico de Enfermagem - processo de interpretação e agrupamento dos dados coletados na primeira etapa, que culmina com a tomada de decisão sobre os conceitos diagnósticos de enfermagem que representam, com mais exatidão, as respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença; e que constituem a base para a seleção das ações ou intervenções com as quais se objetiva alcançar os resultados esperados. III - Planejamento de Enfermagem - determinação dos resultados que se espera alcançar; e das ações ou intervenções de enfermagem que serão realizadas face às respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença, identificadas na etapa de Diagnóstico de Enfermagem. IV - Implementação - realização das ações ou intervenções determinadas na etapa de Planejamento de Enfermagem. V - Avaliação de Enfermagem - processo deliberado, sistemático e contínuo de verificação de mudanças nas respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde doença, para determinar se as ações ou intervenções de enfermagem alcançaram o resultado esperado; e de verificação da necessidade de mudanças ou adaptações nas etapas do Processo de Enfermagem. Portanto a sistematização da assistência de enfermagem - SAE é, pois a organização do trabalho de enfermagem, quanto ao método, pessoal e instrumentos, de modo que seja possível a realização do PE. O PE então, é o trabalho em si, resultante da interação entre agentes do cuidado (profissional e enfermo), com objetivos específicos, na direção do alcance do bem-estar ou uma morte tranqüila12. Como vimos a segunda fase do PE é a de diagnósticos de enfermagem (DE), que pode ser considerada um processo de raciocínio diagnóstico, pois é necessário um processo intelectual complexo, habilidades cognitivas, experiência e conhecimento científico, no qual o enfermeiro faz julgamentos e interpretações sobre os dados objetivos e subjetivos. O processo de raciocínio diagnóstico pode ser entendido como a forma de pensar do enfermeiro, estando diretamente vinculado ao seu fazer e com a qualidade do cuidado dispensado13. Fizemos questão de ressaltar a forma como ocorre o PE, a SAE e os DE por compreendermos que até hoje, esses termos apesar de distintos ainda causem confusão no entendimento da equipe de enfermagem. Portanto, essas considerações justificam o nosso interesse em desenvolver uma revisão integrativa através da produção científica sobre a utilização do PE como ferramenta de trabalho e aprimoramento da profissão do enfermeiro, a fim de analisar e interpretar os conhecimentos já produzidos na área. Desta forma, estipulamos como questão desta pesquisa, como os artigos publicados sobre o tema PE, SAE e DE na unidade de terapia intensiva estão contribuindo para o desenvolvimento do corpo de conhecimento e para implementação prática do gerenciamento do cuidar com qualidade? Frente às colocações acima, este estudo tem como objetivo geral: - Sintetizar os estudos sobre a utilização da SAE como ferramenta essencial para o cuidar. Objetivos específicos: - Realizar o levantamento das produções científicas desenvolvidas que revisem o uso do PE, SAE e DE; - Identificar os autores, os tipos de pesquisa, a coerência teóricometodológica dos artigos e os resultados; - Analisar descritivamente os resultados das pesquisas produzidas para a construção do conhecimento na área. 2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Este estudo é uma revisão integrativa da literatura acerca da utilização da SAE na UTI, para o alcance do objetivo geral, optamos por este método, visto que ele possibilita sumarizar as pesquisas já concluídas e obter conclusões a partir do tema de interesse. A revisão integrativa é um método de pesquisa que permite a busca, a avaliação científica e a síntese das evidências disponíveis do tema investigado, sendo o seu produto final o estado atual do conhecimento do tema investigado, a implementação de lacunas que direcionam o desenvolvimento de futuras pesquisas14. Os dados foram acessados eletronicamente na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) da Biblioteca Regional de Medicina (BIREME) nas seguintes bases de dados: Base de Dados de Enfermagem (BDENF), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) Online (SCIELO), consideradas as principais da área de saúde brasileira. Para o levantamento dos artigos, utilizamos as palavras-chave “processo de enfermagem na UTI”, “sistematização da assistência de enfermagem na UTI”, “diagnósticos de enfermagem na UTI”, onde encontramos um total 34 artigos, sendo que apenas 19 compuseram a amostra do estudo. Como critério de inclusão, utilizamos artigos que abordassem o cuidar de pacientes utilizando para isso a SAE, em unidade de tratamento intensivos, neonatal, pediátrico e adultos, publicados em português e inglês, sem restrição quanto ao desenho do estudo, o texto completo disponível nas bases de dados indicadas na qual foram identificadas as publicações e compreendidas no período de 2004 a 2010, ou seja, nos últimos sete anos. Este método de pesquisa permite a síntese de múltiplos estudos publicados e possibilita conclusões gerais a respeito de uma particular área de estudo. É um método valioso para a enfermagem, pois muitas vezes os profissionais não têm tempo para realizar a leitura de todo o conhecimento científico disponível devido ao volume alto, além da dificuldade para realizar a analise crítica dos estudos14. Foi desenvolvido um quadro demonstrativo para coleta de dados, no qual foi preenchido para cada artigo da amostra, informações sobre identificação do artigo e autores; fonte de localização; objetivos, delineamento e características do estudo; coerência teórico-metodológica; análise dos dados, resultados e discussão; conclusões e recomendações para a prática de enfermagem. Os artigos encontrados foram numerados conforme a ordem de localização de 1 a 19, e os dados foram analisados segundo os seus conteúdos, pela estatística descritiva. Nos quadros descritivos abaixo apresentamos a síntese dos artigos incluídos na presente revisão integrativa. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 1. IMPLEMENTAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA E OS DIFICULTADORES PARA ENFERMAGEM – RELATO DE EXPERIÊNCIA Identificação Amostra, Procedimento e Método de Análise Resultados Considerações finais Fabiana Claudia de Vasconcelos FrançaI, Inês Aparecida Laudares KawaguchiII, Eliana Pereira da SilvaIII, Gisela Amorim AbrãoIV, Heiko UemuraV, Luz Marina AlfonsoVI, Elias Oliveira de CarvalhoVII Objetivou-se descrever a implementação do diagnóstico de enfermagem numa unidade de terapia intensiva, relatar o aprendizado teórico-prático dos enfermeiros acerca do diagnóstico e identificar os dificultadores que interferiram na sua implementação. Para tanto, as etapas seqüenciais da implementação do diagnóstico foram descritas conforme foram vivenciadas pelos profissionais. Participaram da experiência oito enfermeiros atuantes na referida unidade. O trabalho teve início em maio de 2003 sendo definido em agosto de 2004, quando foram implementados o diagnóstico e os novos impressos de enfermagem. As dificuldades vivenciadas na implementação do diagnóstico foram: adequação à rotina da unidade, tempo disponível do enfermeiro para a execução das etapas do processo, impressos indisponíveis, resistência do enfermeiro à utilização e desvalorização do método. Apesar dos obstáculos, os resultados dessa prática demonstraram a viabilidade da execução do processo de enfermagem, visando melhor qualidade na assistência prestada ao ser humano e conseqüente crescimento profissional, valorização e autonomia à enfermagem. A experiência mostrou a viabilidade da implementação do DE, possibilitando o crescimento profissional a toda equipe de enfermagem. Verificou-se que os obstáculos apresentados não inviabilizaram o propósito da equipe de enfermeiros de desempenhar com competência suas atividades no cotidiano e manter como meta a qualidade na assistência e valorização do trabalho proposto. Titulo dos Autores: I Enfermeira. Especialista em terapia intensiva, enfermeira da UTI e preceptora da residência em enfermagem do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) - Brasília-DF. II Enfermeira, Supervisora da UTI e preceptora da residência em enfermagem do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) - Brasília –DF. III Enfermeira da unidade de terapia intensiva do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) - Brasília-DF. IV Enfermeira da unidade de terapia intensiva do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) – Brasília – DF. V Enfermeira. Especialista em terapia intensiva, enfermeira da UTI do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) – Brasília-DF. VI Enfermeira da unidade de terapia intensiva do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) - Brasília-DF. VII Enfermeiro, Especialista em Auditoria e Sistema de Saúde, enfermeiro da UTI do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) – Brasília D-F. Revista Eletrônica de Enfermagem [serial on line] 2007 Mai-Ago; 9(2): 537-546. Available from: URL: http://www.fen.ufg.br/revista/v9/n2/v9n2a20.htm 2. A OPERACIONALIZAÇÃO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM EM TERAPIA INTENSIVA NEONATAL. Identificação Amostra, Procedimento e Método de Análise Resultados Considerações finais Duarte PPA1 Ellensohn L2 Desenvolveu-se um estudo exploratório, descritivo, com abordagem qualitativa, entre 31 de julho e 12 de setembro de 2006. A população do estudo foi constituída por cinco enfermeiros da UTIN de um hospital de médio porte da rede pública de saúde do Vale do Rio dos Sinos, Rio Grande do Sul. Os dados obtidos foram analisados por meio do método de Análise de Conteúdo proposto por Bardin. Foi possível constatar, durante a coleta de dados, a inexistência de sistematização das etapas do PE realizadas pelos enfermeiros da UTIN. As atividades assistenciais dos enfermeiros Evidenciou-se que não há sistematização das etapas do processo de enfermagem na instituição investigada, inexiste definição de competências assistenciais para o enfermeiro nos diferentes turnos de trabalho e que o registro do referido processo nem sempre é realizado. A falta de aplicação A elaboração de um impresso específico para o registro manual da assistência de enfermagem – baseado nas necessidades do paciente e dos profissionais, seria uma alternativa indispensável para operacionalizar as etapas já desenvolvidas do PE . As Escolas de Enfermagem deveriam definir – um referencial teórico para pesquisados não ocorrem de forma organizada na UTIN, pois não há, nessa unidade, a utilização formal de um método científico de sistematização da assistência. São desenvolvidos o histórico de enfermagem e, eventualmente, a evolução de enfermagem. Titulo dos Autores: integral do PE e de registros apropriados pode ocasionar o comprometimento da assistência de enfermagem, levando à fragmentação dos cuidados. fundamentar o ensino do PE, optando por um modelo capaz de atender às reais necessidades das organizações de saúde e da sociedade. As instituições de saúde, priorizar a realização do cuidado de enfermagem de qualidade, baseado em conhecimentos científicos, e não apenas a quantidade de trabalho produzido. Já os enfermeiros, para colocarem em prática o PE, deveriam ter como prioridade a busca pela qualidade assistencial, mediante pesquisa e atualização relacionadas a essa metodologia. Enfermeira, Serviço de Hemoterapia e Hematologia Hemovida, Santa Cruz do Sul/RS. Professora Mestre, Instituto de Ciências da Saúde, Centro Universitário Feevale, Novo Hamburgo/RS. 1 2I R Enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2007 out/dez; 15(4):521-6. 3. PERSPECTIVAS DE INCORPORAÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL PARA A PRÁTICA DE ENFERMAGEM (CIPE®) NO BRASIL Identificação Amostra, Procedimento e Método de Análise Resultados Considerações finais Nóbrega MML1, Garcia TR2. Neste artigo são discutidos alguns aspectos acerca dos sistemas de classificação em enfermagem, com ênfase na Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE®) e as suas perspectivas de incorporação na prática de enfermagem no Brasil. As autoras relatam três experiências brasileiras de incorporação desse sistema de classificação: o projeto de implantação da linguagem CIPE/CIPESC no prontuário eletrônico da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba-PR; o projeto de sistematização da assistência de Enfermagem em UTI, que vem sendo desenvolvido em Florianópolis-SC; e o desenvolvimento de um instrumental tecnológico, tendo por base os termos da linguagem dos componentes da equipe de enfermagem, para inserção em sistemas de informação de um hospital escola, em João Pessoa - PB. O projeto CIPE®/CIPESC no prontuário eletrônico de Curitiba, Paraná. Em 2004 a nomenclatura CIPE®/CIPESC foi implantada no sistema informatizado, em todas as Unidades Básicas do município. Os resultados reforçam que é possível a utilização da linguagem CIPE®/CIPESC em atenção primária de saúde, como um instrumento para sistematizar a prática de enfermagem e, conseqüentemente, para aumentar a visibilidade e o reconhecimento profissional. No projeto de SAE/UTI utilizando a CIPE®, em Florianópolis-SC, constatou-se que, a CIPE®, pode ser utilizada, uma vez que contempla termos mais aderentes à prática de enfermagem no Brasil. Verificou-se que o sistema informatizado tem auxiliado a tomada de decisão do enfermeiro acerca do diagnóstico e da assistência a partir dos problemas levantados por ele na avaliação do cliente. Como barreiras as dificuldades dos enfermeiros no raciocínio diagnóstico e terapêutico, o que leva a inferir a preocupação com a formação do enfermeiro. A CIPE® na prática profissional, a partir do Hospital Universitário Lauro Wanderley/PB. O estudo vem sendo desenvolvido para a construção de um banco de dados essenciais de enfermagem, que seja sensível a nossa realidade e que inclua termos relacionados a fenômenos e ações de enfermagem de modo a favorecer a utilização de uma linguagem comum e, que integre o conhecimento científico e o conhecimento prático da Acreditamos que o uso dessas terminologias permite a identificação de padrões de cuidados, que podem ser utilizados por enfermeiros em qualquer parte do mundo. Padronização da linguagem de enfermagem e facilitar a avaliação da qualidade da assistência, por meio da sistematização, registro e quantificação do que os componentes da equipe de enfermagem produzem e, conseqüentemente, identificando a real participação e contribuição da Enfermagem no cuidado à saúde das pessoas. profissão, o aumente de visibilidade e de reconhecimento profissional. Titulo dos Autores: 1Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela UNIFESP. Professora do Departamento de Enfermagem em Saúde Pública e Psiquiatria do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba. Docente do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem do CCS/UFPB. Pesquisadora CNPq. 2Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela EERP-USP. Professora Visitante do Departamento de Enfermagem em Saúde Pública e Psiquiatria do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba. Docente do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem do CCS/UFPB. Pesquisadora CNPq. Rev Bras Enferm 2005 mar-abr; 58(2):227-30. 4. PROPOSTA PARA A SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM UTI: O CAMINHO PERCORRIDO Identificação Amostra, Procedimento e Método de Análise Resultados Considerações finais Pablini Rodrigues1 Josiane de Jesus Martins2 Eliane Rogina Pereira do Nascimento3 Daniela Couto Carvalho Barra4 Gelson Luiz de Albuquerque5 Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa que descreve o caminho percorrido para instrumentalizar as enfermeiras de uma UTI para a implantação da SAE fundamentada na Teoria das Necessidades Humanas Básicas, de Wanda de Aguiar Horta, em seu processo de trabalho. O estudo foi realizado na UTI de um hospital geral, localizado no Planalto Catarinense, que tem à disposição da comunidade dez leitos, tendo uma taxa de ocupação de 95%. A UTI é referência em atendimento a pacientes com politrauma e cirurgia neurológica, prestando assistência a adultos e, em casos especiais, crianças. A UTI funciona nesse hospital desde 1980, sendo que a nova área física foi inaugurada em junho de 2004. O estudo foi concretizado por meio de cinco encontros em grupo, nos quais foi apresentada a proposta, discutida a teoria e demonstrado como é realizado o processo de sistematização em outras instituições. Discutiu-se uma forma de operacionalizar a SAE de acordo com a realidade da UTI do referido hospital. Aplicou-se, na prática, o histórico, a prescrição e a evolução de enfermagem. Concluiu-se que houve resultados positivos tanto para as enfermeiras participantes como para a instituição, uma vez que compreenderam a importância e o valor dos registros de enfermagem para o cuidado aos pacientes e para a comunicação entre os profissionais. Contatou-se o enorme interesse dessas enfermeiras em implantar na instituição hospitalar uma metodologia assistencial. Todas as profissionais vêem como necessário e urgente, principalmente quando se trata da melhoria na qualidade da assistência ao paciente. No entanto, as dificuldades apontadas começam pela a falta de tempo para reunir as enfermeiras, estudar a teoria, planejar e colocar em prática essas idéias, bem como o número reduzido A pesquisa foi gratificante pelo fato de deixar transparente a importância de uma metodologia assistencial em uma instituição composta por profissionais competentes e interessados em buscar caminhos diferenciados para o cuidar. A operacionalização da SAE exige a utilização de um referencial teórico adequado, interação da equipe multiprofissional, adequação à realidade e, acima de tudo, ter como premissa a atenção com qualidade e segurança ao indivíduo hospitalizado. Titulo dos Autores: Enfermeira Especialista em Emergência e Terapia Intensiva. 2 Enfermeira do HU/UFSC.Professora do Curso de Graduação em Enfermagem da UNISUL. Mestre em Assistência de Enfermagem. Doutoranda em Enfermagem PEN/UFSC. Rua Sagrado Coração de Jesus, Morro das Pedras, Florianópolis, SC. 3 Doutora em Enfermagem. Professora Adjunta do Departamento de Enfermagem da UFSC. Coordenadora disciplina Enfermagem nas Intercorrências Cirúrgicas e de Urgência (UTI e Emergência). Membro do Grupo de Pesquisa GIATE/PEN/UFSC. 4 Enfermeira Especialista em Terapia Intensiva Adulto (IEC/PUC-MG). Professora Substituta do Departamento de Enfermagem da UFSC. Membro do Grupo GIATE/PEN/UFSC. Mestrado em Enfermagem PEN/UFSC. Bolsista do CNPQ - Brasil.. 5 Doutor em Enfermagem. Professor adjunto do Departamento de Enfermagem UFSC. Membro do Grupo de Pesquisa GEPADES/PEN/UFSC. 1 REME – Rev. Min. Enf.;11(2):161-167, abr./jun., 2007 5. CONSTRUÇÃO DA PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM INFORMATIZADA EM UMA UTI Identificação Amostra, Procedimento e Método de Análise Resultados Considerações finais Aquino DR1, Filho WDL2 Esse estudo descreve uma construção coletiva da Prescrição de Enfermagem Informatizada (PEI), enfocando os protocolos Como resultado obtiveramse 177 intervenções para 64 A escolha da metodologia convergente-assistencial estimulou de intervenções. O objetivo é apresentar o modo de construção coletiva de um instrumento metodológico para o trabalho, a partir do conhecimento da realidade e da interação dos indivíduos. Sugere um modelo simplificado para operacionalizar o PE, buscando atender as necessidades tanto da academia quanto das instituições hospitalares, através da aproximação teórico-prática e da atenção à integralidade preconizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Traça paralelos entre Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e PE, bem como a sua complementação na fusão de ambos, dentro da organização do trabalho. problemas. O estudo evidencia a viabilidade da adoção do PE e uso da PEI como fundamentais para a valorização e organização do trabalho da enfermagem. essa reflexão crítica, pois oportunizou transformar a realidade, através de ações conjuntas e do reconhecimento do contexto onde se daria a transformação. A oportunidade de participar dessa construção trouxe um aprendizado mútuo a todos. É essa a essência que traduz o valor de uma profissão: como as pessoas se unem e buscam o crescimento a favor dela, para ela e para si. *Enfermeira, aluna do Curso de Mestrado em Enfermagem do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Fundação Universidade Federal do Rio Grande – PPGEnf/FURG, Membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Saúde – NEPES/FURG. **Enfermeiro, Prof. Adjunto IV do Departamento de Enfermagem da Fundação Universidade Federal do Rio Grande – DEnf/FURG, Doutor em Enfermagem, Docente do Curso de Mestrado em Enfermagem do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Fundação Universidade do Rio Grande – PPGEnf/FURG, Membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Saúde – NEPES/FURG, Orientador. Cogitare enferm; 9(1): 60-70, jan-jun.2004 Titulo dos Autores: 6. PROCESSO DE ENFERMAGEM INFORMATIZADO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: UMA PRÁTICA EDUCATIVA COM ENFERMEIROS Identificação Amostra, Procedimento e Método de Análise Resultados Considerações finais Daniela Couto Carvalho BarraI, Grace Teresinha Marcon Dal SassoII, Marisa MonticelliIII Compreendendo-se que o processo de enfermagem é uma ferramenta imprescindível em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), esta pesquisa convergente-assistencial objetivou avaliar a aplicação do Processo de Enfermagem informatizado, a partir da Classificação Internacional das Práticas de Enfermagem - CIPE® versão 1.0, com os enfermeiros da UTI do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina. Como estratégia de coleta de dados realizou-se três encontros com cinco enfermeiros intensivistas do hospital. Nos encontros foi utilizado o Arco da Problematização de Maguerez com o suporte teórico da Pedagogia Problematizadora. O estudo foi desenvolvido no período de outubro a novembro de 2007 Os resultados evidenciaram que o processo de enfermagem informatizado em terapia intensiva de acordo com a CIPE® possui critérios de ergonomia, usabilidade e conteúdo conforme os padrões internacionais, e contribui para a melhoria da prática de enfermagem. Enquanto terminologia de referência para a profissão, os enfermeiros avaliam que esta classificação apresenta linguagem de fácil entendimento, possui aderência com a realidade em foco e, com isso, permite o desenvolvimento da prática de enfermagem baseada na evidência em terapia intensiva. Possibilitou o envolvimento, a colaboração e a participação ativa dos enfermeiros para a melhoria de sua prática. A CIPE®, enquanto terminologia de referência para a Enfermagem, revelou, para os enfermeiros do estudo, algumas características que facilitam sua aplicação. torna-se necessário o envolvimento e a atuação permanente dos pesquisadores e profissionais no desenvolvimento e aplicação de sistemas de informação, pois estes terão resultado direto sobre o desempenho dos enfermeiros na prática, sobretudo, nos resultados aplicados à qualidade da assistência aos cliente. Titulo dos Autores: I Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (PEN/UFSC). Bolsista CNPq. II Doutora em Informática em Saúde e Enfermagem, Docente do Departamento de Enfermagem e do PEN/UFSC. III Doutora em Enfermagem; Docente do Departamento de Enfermagem e do PEN/UFSC. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2009;11(3):579-89. Available from: http://www.fen.ufg.br/revista/v11/n3/v11n3a15.htm. 7. EVOLUÇÃO DOS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM DE CRIANÇAS COM CARDIOPATIAS CONGÊNITAS Identificação Amostra, Procedimento e Método de Análise Resultados Considerações finais Viviane Martins da Silva2 Thelma Leite de Araujo3 Marcos Venícios de Oliveira Lopes3 Objetivou-se descrever a evolução dos diagnósticos de enfermagem em crianças portadoras de cardiopatias congênitas. Estudo longitudinal desenvolvido nos meses de julho a novembro de 2004. A amostra foi composta por 45 crianças internadas em um hospital da rede pública do município de Fortaleza, acompanhadas durante quinze dias de internamento. No período efetivaram-se seis avaliações Para a prática de enfermagem, acredita-se que o conhecimento da evolução temporal das respostas da criança contribui para intervenções de enfermagem orientadas É possível perceber que as ações de enfermagem devem direcionar-se àquelas respostas humanas relacionados às alterações hemodinâmicas que surgem precocemente e em alta proporção, conduzindo à necessidade de maior diagnósticas. Foram encontrados 21 diagnósticos de enfermagem. Entre os diagnósticos, seis evidenciaram maiores oscilações em suas trajetórias de ocorrência no tempo: Padrão respiratório ineficaz, Intolerância à atividade, Desobstrução ineficaz das vias aéreas, Hipertermia, Padrão de sono perturbado e Risco para intolerância à atividade. Foram construídos cinco modelos paramétricos no domínio do tempo, com vistas a predizer a ocorrência desses diagnósticos de enfermagem. Titulo dos Autores: por decisão diagnóstica, facilitando, assim, a escolha de ações mais adequadas, possibilitando-lhe um melhor prognóstico. atenção por parte da equipe de enfermagem. Esses diagnósticos são também aqueles que sugerem maior gravidade do estado de saúde da criança. A atenção dada pelas enfermeiras à verificação de sinais vitais é outro ponto que deve ser reforçado, pois o diagnóstico hipertermia tende a apresentar altas proporções após 6 dias de internamento. 2 Enfermeira, Doutoranda em Enfermagem, 3 Enfermeiro, Doutor em Enfermagem, Docente da Universidade Federal do Ceará Rev Latino-am Enfermagem 2006 julho-agosto; 14(4) www.eerp.usp.br/rlae 8. SIGNIFICADO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM PARA ENFERMEIROS DE UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: UMA ABORDAGEM INTERACIONISTA Identificação Amostra, Procedimento e Método de Análise Resultados Considerações finais Albertisa Rodrigues Alves1, Consuelo Helena Aires de Freitas Lopes2, Maria Salete Bessa Jorge3 O estudo teve como objetivo compreender o significado da prática do Processo de Enfermagem para enfermeiros de uma unidade de terapia intensiva. Utilizamos o interacionismo simbólico e análise temática como referencial teórico metodológico. Fizeram parte do estudo sete enfermeiros de unidade de terapia intensiva que vivenciam esta prática em um hospital público da cidade de Fortaleza, Ceará. A coleta de dados foi realizada no período de 01 de maio a 30 de agosto de 2006, por meio da observação participante e entrevista semi-estruturada. Os resultados mostraram a interação social dos enfermeiros com os demais profissionais, os significados do processo de enfermagem e opiniões para a melhoria na UTI. A compreensão da experiência dos enfermeiros possibilitou reconhecer que as vivências são contraditórias e os significados são manifestados e expressos através da auto-interação e interação com outras pessoas. A experiência de fundamentar esta pesquisa com o Interacionismo Simbólico a partir da vivência cotidiana do enfermeiro de UTI que desenvolve o Processo de Enfermagem, mostrou que foi possível produzir conhecimentos nesta temática, no âmbito da prática e da pesquisa, baseados na compreensão do significado desta prática para o enfermeiro. percebe-se cuidadora em conflito quanto à crença no Processo de Enfermagem, ora sente raiva, insatisfação, frustração, ora se orgulha, considerando este como forma de reconhecimento profissional e ocupação de espaço social da profissão com a conquista de autenticidade e liberdade de ação. Acreditamos no Processo de Enfermagem como um meio e um instrumento que possibilita um fazer direcionado por ações científicas exeqüíveis na prática, não como um fim em si mesmo ou sinônimo de que sua mera aplicação promoverá a qualidade da assistência, se assim o for, permanecerá sendo uma forma de controle e um fazer desacreditado pela própria enfermagem. Titulo dos Autores: 1 Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Enfermeira da UTI do Hospital Geral de Fortaleza (HGF). Professora da Faculdade Católica Rainha do Sertão. Fortaleza,CE, Brasil. 2 Enfermeira. Professora Doutora da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Coordenadora do Curso de Mestrado Acadêmico Cuidados Clínicos em Saúde e Área de Concentração em Enfermagem da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Fortaleza, CE, 3 Enfermeira. Professora Doutora da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Líder do Grupo de Pesquisa Saúde Mental, Família, Práticas de Saúde e Enfermagem Pesquisadora do CNPq. Fortaleza, CE. Rev Esc Enferm USP 2008; 42(4):649-55 www.ee.usp.br/reeusp/ 9.PROPOSTA DE INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS DE ENFERMAGEM EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA FUNDAMENTADO EM HORTA Em paciente adultos internados na Unidade de Terapia Intensiva Identificação Amostra, Procedimento e Método de Análise Resultados Considerações Finais Lima, L R et al.. Estudo qualitativo de intervenção dividido em três etapas: 1 – Construção do instrumento: A partir de levantamento bibliográfico sobre exame físico e cuidados críticos de pacientes em UTI, fundamentado na NHB de Horta. 2 – Validação de aparência e conteúdo: Instrumento foi entregue a 10 enfermeiros especialistas na área. Eles avaliaram as cinco NHB julgando os principais sinais e sintomas e verificaram se eram aplicáveis na avaliação do paciente crítico em UTI. 3 – Refinamento dos itens do instrumento de coleta de dados: Assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido por parte dos especialistas. Através deste estudo verificou-se que o instrumento poderia funcionar como guia para o levantamento das necessidades/problemas apresentados pelo paciente. A utilização dos dados a serem coletados poderia favorecer uma visão mais ampla do paciente e aproximaria mais o profissional do paciente, estimulando a interação, identificação de problemas e a individualização do cuidado. Considerou-se nesta avaliação que o instrumento irá facilitar o registro mais objetivo e claro dos dados a partir das modificações feitas. Julga-se necessário que o enfermeiro perceba a imperiosidade de documentar suas ações e registrar os sinais e sintomas apresentados pelo paciente que ele observa e os problemas que identifica para subsidiar as ações que deve implementar. A criação de um instrumento fundamentado na Teoria das NHB de Horta pode facilitar e direcionar a coleta de dados e serve de guia para a elaboração do plano de cuidados dos pacientes críticos. Ressalta-se a necessidade de estudo e atualização constante do enfermeiro, treinando-se e atualizando-se na utilização do processo de enfermagem, enquanto método para sistematizar a assistência de enfermagem que prestam a seus pacientes. Uma limitação do estudo é o processo de validação do instrumento. O grande desafio é obter instrumentos aplicáveis e construídos com a equipe responsável pelo cuidado e consciente da responsabilidade de implantar uma assistência sistematizada. Titulo dos Autores: Enfermeiro, Professor da Escola de Enfermagem da UFMG. Pós-graduado em UTI pela UFMG Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2006;8(3):349-57. RELAÇÕES ENTRE A COLETA DE DADOS, DIAGNÓSTICOS E PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM A PACIENTES ADULTOS DE UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 10. Pacientes adultos em Unidade de Terapia Intensiva Identificação Amostra, Procedimento e Método de Análise Resultados Considerações Finais Carvalho, E C et al.. Trabalho descritivo, retrospectivo, que teve como objetivo analisar a relação entre a coleta de dados, diagnósticos e prescrições de enfermagem estabelecidas por enfermeiros para 26 pacientes adultos que estiveram internados numa unidade de terapia intensiva de um hospital de ensino de grande porte, com permanência mínima de 24 horas. Por meio da análise dos prontuários, foram estabelecidos 135 diagnósticos e 421 prescrições de enfermagem, sendo identificadas 24 diferentes categorias diagnósticas e 20 diferentes itens para prescrição. Baseado na pesquisa, o autor sugere que os enfermeiros não perdem de vista a abordagem individualizada, porém, não estão valorizando seus registros de rotulação dos diagnósticos de enfermagem. O diagnóstico de risco para infecção foi o de maior freqüência, presente no prontuário de 84,60% dos pacientes. Das prescrições, O emprego das diferentes fases do processo de enfermagem e o uso de taxonomias para denominação dos diagnósticos e intervenções retratam a busca, pelos enfermeiros, de uma base segura para assistência. Contudo, esse processo nem sempre é isento de dificuldades. E uma delas é o registro dessas etapas, passo imprescindível para o desenvolvimento e controle do processo de assistir. Tal registro 42% relacionaram-se a esse diagnóstico. Observa-se que os dados registrados pelos enfermeiros na coleta de dados foram suficientes para o estabelecimento dos diagnósticos de enfermagem e a maioria das prescrições 87,9% apresentou relação com os diagnósticos. Titulo dos Autores: permite ainda o acompanhamento continuado para o efetivo e eficaz emprego dessa metodologia, o que se sugere realizar no local de estudo, face aos dados obtidos. Doutora, Professora titular da escola de enfermagem da USP em Ribeirão Preto. Doutora pela USP. Rev. Latino-Am. Enfermagem vol.16 no.4 Ribeirão Preto Aug. 2008 11. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE CRÍTICO: PROPOSTA DE INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS. Paciente Crítico Identificação Amostra, Procedimento e Método de Análise Resultados Considerações Finais Bittar, D B; Pereira, L V; Lemos, R C A Estudo qualitativo de intervenção que comportou a construção do instrumento de coleta de dados fundamentado no modelo conceitual de Horta, baseado nas NHB. Os dados foram submetidos a validações de aparência e conteúdo. Realizou-se levantamento bibliográfico, bem como análise descritiva e exploratória que discorressem sobre SAE, coleta de dados e CTI. Construção de instrumento check-list de coleta de dados e validado por nove enfermeiros que atuavam em CTI-A para que fosse discutido e apontado alterações e apresentação do instrumento proposto. O resultado em relação ao instrumento de coleta de dados, pelo entendimento do autor, deve se construir em um roteiro sistematizado para o levantamento de sinais e sintomas do ser humano; ser significativo para o enfermeiro e para o cliente e possibilitar o estabelecimento dos diagnósticos de enfermagem, das metas e dos objetivos; a prescrição das intervenções de enfermagem deve viabilizar a interação enfermeiro cliente e um cuidado profissional, que forneça dados que suscitem hipóteses para o desenvolvimento de pesquisas. Quanto à validação de aparência e conteúdo, todos os profissionais expressaram que o instrumento favorecerá o desenvolvimento da SAE e que os dados pareceramlhes suficientes para identificar alterações ocorridas nas necessidades básicas de saúde e possibilitar o diagnóstico de enfermagem, tendo como propósito estabelecer uma base de dados sobre as necessidades, problemas de saúde, experiências relacionadas, práticas de saúde, metas, valores e estilo de vida do cliente. Considerando a relevância da SAE para nossa prática, observou-se a necessidade de se capacitar melhor os profissionais para a execução, trabalhando com instrumentos específicos e aplicáveis a cada realidade, de forma a oferecer um cuidado integral e qualificado aos clientes. Titulo dos Autores: Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem; Doutora. Professora Adjunto da UFTM; Mestra. Professora Assistente da UFTM Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2006 Out-Dez;15(4):617-28 12. APLICABILIDADE DE INTERVENÇÕES PRIORITÁRIAS DA NIC PARA O DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM DESOBSTRUÇÃO INEFICAZ DE VIAS AÉREAS Centro de Terapia Intensiva Pediátrica Identificação Napoleão, A Carvalho, E C A; Titulo dos Autores: Amostra, Procedimento e Método de Análise Resultados Considerações Finais Trata-se de um estudo de caso realizado no CTIP de um hospital escola de alta complexidade. Com o objetivo de identificar a aplicabilidade de intervenções prioritárias da Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC) para o diagnóstico de enfermagem Desobstrução ineficaz de vias aéreas em um centro de terapia intensiva pediátrico (CTIP) onde se adotam o processo de enfermagem e os diagnósticos de enfermagem da NANDA. O método utilizado foi o estudo de caso. Os enfermeiros listaram espontaneamente as atividades que desenvolviam e analisaram, nas intervenções da NIC, se realizavam ou não as atividades adicionais que esta taxonomia apresenta. Identificou-se que eram realizadas no CTIP 84,6% das atividades da intervenção Monitorização Respiratória, 80% das atividades da intervenção Controle de Vias Aéreas e 36,4% das atividades da intervenção Incremento da Tosse. Entre as atividades não realizadas no CTIP predominam aquelas relativas à fisioterapia respiratória e ao ensino da tosse, que, segundo foi apontado pelos enfermeiros, são realizadas pelo fisioterapeuta. Em relação a outras atividades não realizadas, os enfermeiros justificaram, de uma maneira geral, que não eram condizentes com a condição clínica dos pacientes do CTIP, tais como as manobras de abertura das vias aéreas, que nem sempre se aplicam na presença de vias aéreas artificiais. Concluiu-se que a maioria das atividades das intervenções estudadas é realizada no CTIP e que a NIC pode oportunizar aos enfermeiros a identificação de potencialidades, necessidades e contribuir para melhorias na qualidade do cuidado prestado. É importante vislumbrar ferramentas que facilitem a utilização da NIC, assim como de outros sistemas de classificação que auxiliem os enfermeiros a otimizarem seu trabalho na busca de melhorias da qualidade do cuidado prestado. Estudos de elementos da NIC, realizados junto a enfermeiros em unidades específicas de cuidados à saúde, podem trazer contribuições ao possibilitar a aproximação desses com a estrutura da taxonomia, suscitar questionamentos, reflexões, identificar aspectos para pesquisas futuras e reforçar a relevância do trabalho de enfermagem nos diferentes contextos de cuidado à saúde. Doutora, Professora adjunta da UFSCar. Doutora, Professora titular da USP Cogitare Enferm 2007 jan/mar; 12(1):9-19 13. AVALIAÇÃO DAS INTERVENÇÕES E DOS RESULTADOS ESPERADOS PARA O DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM FADIGA, EM PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA Pacientes Portadores de Insuficiência Cardíaca Identificação Amostra, Procedimento e Método de Análise Resultados Considerações Finais Assis, C C de; Barros, A L B L de; Ganzarolli, M Z. Estudo, quase-experimental, tempo-série e transversal, realizado em Hospital Universitário por meio da implementação de intervenções e avaliação diária dos resultados em 30 pacientes com diagnóstico de insuficiência As principais intervenções de enfermagem foram classificadas em "atividades dependentes" ou iniciadas Verificou-se que quando o paciente recebe um cuidado de enfermagem melhor planejado, baseado em conhecimento e evidência científica cardíaca e de enfermagem fadiga, internados na Unidade de Cardiologia e UTI Coronária. Foi elaborado um instrumento de coleta de dados composto por intervenções e resultados de enfermagem. Titulo dos Autores: pelos médicos e "atividades independentes" ou iniciadas pelas enfermeiras. Observamos que para realização das atividades sugeridas para a intervenção Promoção de energia, 100% das atividades foram independentes. Já para a intervenção Controle de energia, 75% das atividades foram independentes. Foi observada boa evolução de todos os indicadores avaliados. As intervenções de enfermagem atingiram satisfatoriamente os resultados esperados. e em classificações de enfermagem, a eficácia das intervenções propostas é evidenciada pela avaliação da melhora dos resultados alcançados. Pós-graduanda da UNIFESP Doutora, Professora Titular da UNIFESP Pós-graduanda da UNIFESP Acta paul. enferm. vol.20 no.3 São Paulo July/Sept. 2007 14. PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM PARA IMPLEMENTAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA Implementação do Diagnóstico de Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva Identificação Amostra, Procedimento e Método de Análise Silva, T G da; Madureira, V S F; Trentini, M O estudo identifica-se com a pesquisa convergenteassistencial . Participaram do estudo 20 estudantes do curso de graduação em Enfermagem. O processo foi desenvolvido em três momentos distintos. No primeiro momento, foram realizadas aulas extra-curriculares sobre sistematização da assistência de enfermagem com ênfase no diagnóstico de enfermagem. No segundo, o referencial teórico adotado foi implementado na UTI (campo de estágio da disciplina em questão) e, no terceiro momento, foram realizadas entrevistas semi- estruturadas. Os dados foram analisados através da técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. Titulo dos Autores: Resultados Considerações Finais Este estudo revela mudanças em alguns pontos importantes. O estudante percebe o cliente e o cuidado de enfermagem, passando a reconhecer as necessidades de conquistar novas capacidades. Ressalta-se a importância de instrumentalizar a equipe de enfermagem e os docentes. Percebeu-se que após inúmeros exercícios em sala de aula, os estudantes mostravam-se mais aptos para a construção do processo de enfermagem e para a integração do diagnóstico de enfermagem com as demais fases do processo de enfermagem. É necessário que o corpo docente possa aceita o desafio de construir e reconstruir constantemente a prática de enfermagem, conscientizando-se do seu papel e de sua responsabilidade frente ao cuidado de enfermagem. Mestre em Ciências da Saúde Humana. Professora do Curso de Enfermagem UnC Concórdia Doutora em Enfermagem. Professora da UnC.; Doutora em Enfermagem. Os discursos evidenciaram mudanças na percepção e no modo de fazer o cuidado de enfermagem, além de práticas centradas na saúde e no ser humano. Com o uso do diagnóstico de enfermagem, o cuidado passa a ser percebido como um momento de aproximação entre cuidador e ser cuidado e o processo a ser valorizado como norteador da assistência. Cogitare Enferm 2007 Jul/Set; 12(3):279-8 15. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA SUSTENTADA PELA TEORIA DE WANDA HORTA Identificação Amostra, Procedimento e Método de Análise Resultados Considerações Finais Lúcia Nazareth, Amante 1 O presente estudo contou com 15 integrantes sendo 5 pacientes, 2 enfermeiros e 8 técnicos de enfermagem. Foram realizadas entrevistas estruturadas com os integrantes da equipe de enfermagem, logo realizadas palestras educativas sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem, em seguida, foram preenchidos formulários pela equipe, onde posteriormente sofreram análise temática. A equipe de enfermagem têm noção do processo como um todo, contudo, têm dúvidas quanto ao papel do enfermeiro na execução da Sistematização da Assistência de Enfermagem. Logo, elaborou-se a folha de Diagnósticos de Enfermagem com os mais utilizados em UTI, por fim, elaborado a folha de Prescrição de Enfermagem. O estudo mostrou uma fragilidade e limitação no cotidiano da enfermagem, contudo, é possível implementar a Sistematização da Assistência de Enfermagem desde que exista mais perseverança principalmente por parte dos Enfermeiros. Annelise Rossetto 2 Paula Dulcinéia Ghizoni Schneider 3 Titulo dos Autores: 1 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina. 2Enfermeira. Especialista em Enfermagem em Terapia Intensiva e Emergência. 3Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Professora do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade do Sul de Santa Catarina. Ver Esc enferm. USP 2009; 43(1):54-64 16. ANÁLISE DA PRODUÇÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE O PROCESSO DE ENFERMAGEM Identificação Amostra, Procedimento e Método de Análise Resultados Considerações Finais Graciela da Silva Miguéis Salomão1 Foram avaliados 77 artigos onde para caracterizá-los usou-se a abordagem quantitativa. Em seguida para caracterizar a produção bibliográfica utilizou-se a abordagem qualitativa para avaliar o conteúdo dos textos. Através deste estudo verificou-se que a revista Latino-Americana de Enfermagem contém o maior número de artigos publicados, sendo a abordagem quantitativa a mais utilizada com 44,1%. As temáticas enfocadas pelos autores nem sempre utilizam uma unificação em relação aos termos usados. Estudos também enfocam somente uma das etapas do processo de enfermagem que é o Diagnóstico de enfermagem. E em sua grande maioria a utilização da NANDA como sua base teórica. Rosemeiry Capriata de Souza Azevedo2 Titulo dos Autores: 1 Especialista em Centro Cirúrgico. Pós-Graduanda (Mestrado) em Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT – Cuiabá (MT), Brasil. 2Doutora em Enfermagem. Docente da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT – Cuiabá (MT), Brasil. Acta Paul. Enferm. Vol 22.no5 São Paulo Sept./Oct.2009 17. PRÁTICA ASSISTENCIAL DE ENFERMAGEM EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA SUSTENTADA NO REFERENCIAL TEÓRICO DE HORTA. Identificação THIAGO CHRISTEL TRUPPEL 1 MARILUCI ALVES MAFTUM 2 LILIANA MARIA LABRONICI 3 MARINELI JOAQUIM MEIER 4 Titulo dos Autores: Amostra, Procedimento e Método de Análise Utilizou-se o modelo conceitual de Horta na prática assistencial, em um Hospital de ensino. As etapas sofreram alterações, sendo utilizado somente o Histórico, Diagnóstico, Prescrições e Evoluções baseadas na NANDA. Resultados Considerações Finais Através deste estudo As ações tomadas pelos obteve-se como resultado a enfermeiros pautadas no o quanto é importante a cientificismo estão cada vez mais Sistematização da valorizadas, pois ouve a fuga do Assistência de Enfermagem somente ser mecanicista, nisto nos na vida dos profissionais de tornamos protagonistas da arte do saúde. Foi observado cuidar. também a não realização de alguns procedimentos, somente sua checagem na prescrição. 1 Enfermeiro. Mestrando do Programa de Pós-graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Paraná – UFPR. Membro do Grupo de Estudos Multiprofi ssionais em Saúde do Adulto (GEMSA) 2 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente do Departamento de Enfermagem e do Programa de Pós-graduação em Enfermagem, Mestrado da UFPR. Membro do Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Cuidado Humano de Enfermagem (NEPECHE). 3 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente do Departamento de Enfermagem e do Programa de Pós-graduação em Enfermagem, Mestradoda UFPR. Membro do GEMSA. 4 Enfermeira. Doutora em Filosofi a da Enfermagem. Docente do Departamento de Enfermagem e do Programa de Pós-graduação em Enfermagem,Mestrado da UFPR. Rev. Rene. Fortaleza, v. 9, n. 3, p. 116-124, jul./set.2008 18. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA Identificação Amostra, Procedimento e Método de Análise Resultados Considerações Finais Thiago Christel Truppel I O estudo foi realizado segundo as seguintes etapas: Descrição da Prática de Enfermagem; Transcrição dos Diagnósticos de Enfermagem; Construção do protocolo de Diagnóstico de Enfermagem; Determinação das Prescrições de Enfermagem; Construção de Normas, Rotinas, Procedimentos e Aspectos Éticos. Onde foi realizado o levantamento dos diagnósticos e prescrições de Enfermagem através do registro da avaliação de vinte pacientes internados em uma UTI. A construção de um protocolo de Diagnósticos de Enfermagem se mostrou eficaz quando cruzadas taxonomias distintas em busca de um resultado em comum, neste caso, a utilização da NANDA e CIPE, uma completando a outra em seus pontos falhos. A utilização da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e a CIPE para a construção da enfermagem é de grande relevância para as instituições públicas e privadas. Marineli Joaquim Meier I Riciana do Carmo CalixtoII Karla Crozeta II Simone Aparecida Peruzzo III Titulo dos Autores: IUniversidade Federal do Paraná. Departamento de Enfermagem. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Curitiba, PR IIUniversidade Federal do Paraná. Departamento de Enfermagem. Curso de Graduação em Enfermagem, Curitiba, PR IIIAssociação Brasileira de Enfermagem, Seção Paraná. Curitiba, PR Rev.bras.enferm.vol.62 no.Brasília Mar./Apr.2009 19. DIAGNÓSTICO DE NECESSIDADES DA FAMÍLIA DE CLIENTES ADULTOS NA UTI: REVISÃO DE LITERATURA Identificação Amostra, Procedimento e Método de Análise Resultados Considerações Finais Juciara Almeida Ribeiro1, Maria da Soledade Simeão dos Santos2 Foi utilizado levantamento bibliográfico do período de 2001 a 2006, onde foram encontrados 15 artigos dos quais 13 foram escolhidos por aderência ao tema escolhido. Para análise deste material foi utilizado a técnica de análise de conteúdo temática. Através deste estudo verificou-se a necessidade de uma comunicação efetiva da família com os enfermeiros. Com esta aproximação as orientações passadas aos familiares se tornaram mais efetivas, tornando os mesmos mais colaborativos. Com esta análise foi possível observar a importância da família dentro das unidades de terapia intensiva. Foi possível mostrar como a família exerce um papel importante no cuidar, diminuindo assim o trabalho da equipe para com o paciente. Titulo dos Autores: 1Enfermeira. Especialista em Enfermagem em cuidados intensivos em clientes adultos e idosos. Universidade Federal FluminenseUFF. Membro do Núcleo de Pesquisa em Educação, Gerência e Exercício Profissional em Enfermagem-NUPEGEPEn da Escola de Enfermagem Anna Nery-EEAN/UFRJ. 2Enfermeira. Doutora. Professora Adjunta do Departamento de Metodologia em Enfermagem EEAN. Membro do NUPEGEPEn da EEAN/UFRJ. Cogitare Enferm 2008 Jul/Set; 13(3):437-42 Detectamos que nos últimos sete anos, período proposto para investigação científica, houveram muitas publicações relacionadas à PE em diversas áreas de atuação da enfermagem, o que demonstra o interesse dos profissionais na busca do conhecimento próprio da enfermagem, entretanto nem todos fizeram parte da amostra por não atender aos critérios de inclusão. Todos os objetivos das pesquisas descritas neste estudo, eram claros, precisos e completos, bem como todos foram submetidos à comitê de ética e obtido consentimento livre esclarecido dos indivíduos estudados. Em relação à titulação, dos 64 pesquisadores, a maioria eram doutores 30 (46,67%), seguido de mestres 10 (15,62%), Especialistas 10 (15,62%), pósgraduandos 9 (14%), Enfermeiros graduados 8 (12,5%), Acadêmicos de enfermagem 2(3,12%), mestrandos 1 (1,56%). Destes 27 (42,18%) eram professores universitários. Chama atenção o elevado nível dos artigos, contando com mais de dois autores na maioria dos estudos. Ressalta-se ainda que 12(63,15%) dos estudos foram provenientes de trabalhos desenvolvido em Núcleos e/ou Grupos de Pesquisa, vinculados a cursos de pós-graduação com interesse nesta área de atenção, financiados ou não pela CNPQ. Percebemos que apesar do assunto PE fazer parte da vida profissional da enfermagem, em especial do enfermeiro por ser o responsável por esse gerenciamento das atividades, nem todos se aventuram a estudá-lo, pesquisá-lo e/ou implementá-lo, ficando tal competência a cargo das universidades e docentes, pois como vimos na pesquisa, a maioria dos autores são doutores e professores de entidades públicas. Isso também nos demonstra a grande preocupação da academia em disseminar os conhecimentos próprios que a enfermagem vem construindo com a utilização do PE. No que diz respeito ao local onde foram desenvolvidos os estudos, a maioria aparece na região Sul do País (Brasil), com destaque para os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul 11 (50%), seguida da região sudeste 06 (27,2%), Centro-oeste 02 (9,0%) e nordeste 03 (13,6%). Em relação à identificação das fontes para localização dos artigos 9 (47,3%) são provenientes do SCIELO, 4(21%) são provenientes da BDENF, 3 (15,7%) são provenientes do LILAC’S, 03(15,7%) com disponibilidade direta em revista eletrônica de enfermagem e todos os artigos foram publicados em revistas específicas de enfermagem. Em se tratando do público alvo identificamos que o PE estava implantado e destinado a atender: estudantes de graduação em enfermagem1(5,2%), pacientes críticos 10(52,63%) com destaque para portadores de insuficiência cardíaca e cardiopatias congênitas, 9 (47,36%) equipe de enfermagem em UTI, destes, dois se restringem ao enfermeiro. Apenas 1(5,2%) aborda diagnósticos comumente encontrados na UTI. Dentre os modelos teóricos utilizadas nos estudos o de Wanda Horta obteve 6 (31,57%) citações, seguida de Orem 1(5,2%), e entre os sistemas de classificação a Taxomonia II da NANDA Internacional obteve maior referência 12(63, 15%); a Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC) 1( 5,2%) e Classificação Internacional para a Prática em saúde coletiva CIPE®/CIPESC 3 (15,78%) com especial destaque para implantação do prontuário eletrônico. Entendemos que a enfermagem, como uma profissão em evolução, vem desenvolvendo um conjunto de conhecimentos em termos de conceitos e teorias que dão apoio à sua prática. A utilização de métodos e modelos na área da enfermagem junto à prática clínica do enfermeiro deve ser uma realidade constante no seu cotidiano, e este deve buscar o que há de melhor na sua prática, por meio de atualizações em cursos ou em literatura disponíveis nos banco de dados científicos15. Diante desta vasta disponibilidade de modelos, construir um vocabulário que padronize os termos clínicos para uso na prática profissional e que atenda a critérios como validade, confiabilidade, comunicação intersubjetiva de significados e facilidade de recuperação de dados, ainda é um desafio para a enfermagem1. Estudos têm revelado que os sistemas informatizados representam o maior investimento de recursos de capital e humano em todo o mundo e, consequentemente, afetam os profissionais de saúde nos mais variados cenários de cuidado. Os enfermeiros são componentes fundamentais do cuidado em saúde e, portanto, torna-se necessário o envolvimento e a atuação permanente dos pesquisadores e profissionais no desenvolvimento e aplicação de sistemas de informação, pois estes terão resultado direto sobre o desempenho dos enfermeiros na prática, sobretudo, nos resultados aplicados à qualidade da assistência aos clientes16. De acordo com os dados, o estudo mostra que todos 19(100%) realizam histórico de enfermagem, 10(52,63%) histórico e diagnósticos de enfermagem, 7 (36,84%) prescrição de enfermagem, 6(31,57%) evolução de enfermagem. Notamos que nem todos aplicam o PE em sua integralidade. Sabemos da importância da indissolubilidade do processo, sendo vital para o crescimento profissional e pessoal a realização de todas as etapas de forma que o indivíduo assistido tenha garantido um atendimento personalizado, eficiente, individual e acima de tudo com qualidade. O PE é um instrumento essencial para a prática profissional 17, baseado na lógica científica, e é um importante recurso para assegurar a qualidade do atendimento ao cliente. Um modelo básico que atua como um guia para as ações e se constitui em um veículo básico para se chegar à finalidade de assistir com qualidade. Em se tratando ao desenho metodológico da pesquisa, 16 (84,2%) foram artigos com abordagem qualitativa, 02 (10,5%) foram pesquisas com abordagem quanti-qualitativa e apenas 1 (5,26%) atendeu ao formato quantitativo. Quanto ao tipo de delineamento da abordagem qualitativa identificamos: 1 (5,26%) estudo de caso, 14 (73,6 %) estudos de intervenção, 2 (10,5%) relato de experiência e 2 (10,5%) foram revisão bibliográfica. Em relação à força das evidências obtidas nos artigos, encontrou-se dois artigo com nível de evidência 1, dois com nível de evidência 2 e quinze com nível de evidência 4. Desta forma, somando as modalidades de pesquisa e por se tratar de uma revisão integrativa da literatura baseada em evidências, este estudo obteve um resultado positivo por envolver estudos quantitativos e qualitativos nos quais de complementam, gerando diferentes tipos de conhecimentos para a prática assistencial, pois, ambos requerem experiência do pesquisador, rigor no desenvolvimento do estudo e ainda geram conhecimento para o desenvolvimento da profissão18. Os estudos de intervenção apresentaram diversidade de formatos, sendo os descritivos, exploratórios os mais encontrados, seguido dos modelos convergente assistencial e interacionismo simbólico. O Interacionismo Simbólico é um método que tem sido utilizado com sucesso na enfermagem por se tratar de uma teoria em que o significado é o conceito central, onde as ações individuais e coletivas são construídas a partir da interação entre as pessoas, que definindo situações agem no contexto social que pertencem19 em contrapartida a pesquisa convergenteassistencial (PCA) sustenta, em seu desenvolvimento, estreita relação com a situação social e objetiva encontrar soluções para problemas, realizar mudança e introduzir inovações na situação social. Quando utilizada pela enfermagem, inclui atividades de cuidado/assistência, contudo não se consolida com o ato de cuidar ou de assistir, que é apenas parte do processo de pesquisa 20. Já a revisão bibliográfica, ou revisão da literatura é uma tomada de contas sobre o que foi publicado acerca de um tópico específico21. É o momento em que podemos situar nosso trabalho, onde damos rumo e “afunilamos” o tema em sí. O estudo de caso clínico pode ser definido como um estudo delimitado com a exploração de um sistema, obtido a partir de uma coleta de dados detalhada, envolvendo varias fontes de informação22. Ainda enfatizando a pesquisa, destacamos que as novas metodologias estão incorporando uma linguagem apropriada para abordar o universo simbólico da enfermagem e para isso a pesquisa qualitativa vem permitindo a compreensão do problema no meio em que ele ocorre, sem criar situações artificiais que mascarem a realidade, ou que levem a interpretações ou generalizações equivocadas23. O Enfermeiro ocupa neste caso uma posição privilegiada em relação a quem utiliza os métodos tradicionais de pesquisa, pois investiga os problemas que surgem no diadia da prática de enfermagem, além de dispor de uma variedade de métodos e técnicas peculiares a abordagem qualitativa24. De acordo com os resultados, o estudo mostra que o PE possui viabilidade de execução, para melhorar a qualidade da assistência, bem como a equipe de enfermagem demonstrou compreender a importância e o valor dos registros do fazer na prática para a implementação de uma metodologia assistencial. Dentre as metodologias empregadas ressalta-se a CIPE®/CIPESC que foi vista como estratégia possível tanto na atenção primária como hospitalar, auxiliando na tomada de decisões acerca do PE a partir dos problemas levantados por eles, construindo desta forma, um Banco de Dados sensível a nossa realidade. Sendo assim, o PE informatizado de acordo com a CIPE® contribui para a prática de enfermagem por apresentar linguagem de fácil entendimento, aderência com a realidade em foco permitindo uma prática baseada em evidência. Ainda como modelo de sistematização utilizado a NIC, pode oportunizar aos enfermeiros a identificação de potencialidades, necessidades e contribuir para melhorias na qualidade do cuidado prestado. Ainda conforme os resultados, evidenciamos que a construção de protocolos de Diagnóstico de Enfermagem também se mostrou eficaz com a utilização da NANDA em conjunto com a CIPE®. Somando a isto a participação da família na elaboração indireta da SAE proporcionou uma maior interação dos enfermeiros com os pacientes, tornado assim mais efetiva a implementação da SAE. Percebemos também que a evolução temporal das respostas humanas contribuiu para as intervenções orientadas por decisões diagnósticas, facilita a escolha da ação mais adequada, possibilita melhor prognóstico, o que conseqüentemente denota ao enfermeiro maior autonomia, visibilidade e reconhecimento profissional, bem como a valorização do trabalho de enfermagem. Outro ponto bastante comentado nos trabalho foi a necessidade do enfermeiro perceber a imperiosidade de documentar suas ações e registrar os sinais e sintomas apresentados pelo paciente. Sabemos que as anotações efetuadas pela enfermagem consistem no mais importante instrumento de prova da qualidade da atuação da enfermagem e mediante o fato enunciado por SANTOS et al. (2003) de que 50% das informações inerentes ao cuidado do cliente são fornecidas pela enfermagem, é indiscutível a necessidade de registros adequados e freqüentes no prontuário do cliente 25. Foi consenso nos artigos, o uso de instrumentos que viabilizam a aplicação do processo favorecendo o desenvolvimento da SAE e que os dados pareceramlhes suficientes para identificar alterações ocorridas nas necessidades básicas de saúde e possibilitar o diagnóstico de enfermagem. Portanto a utilização de instrumentos com a finalidade de uma anamnese e um exame físico diários, embasados no marco teórico escolhido auxiliará os enfermeiros na obtenção das evidencias e na aplicabilidade da teoria 26. Entre os pontos negativos nos preocupou que, em um dos artigos não foi visualizado o PE, muito menos registro de atividades, e nem a identificação das competências do enfermeiro. Outro achado foi às dificuldades de alguns profissionais no raciocínio diagnóstico e terapêutico o que nos leva a inferir em falhas na formação acadêmica do enfermeiro. Para a enfermagem, o descaso com o registro sistemático dos elementos anteriormente mencionados (diagnóstico, ações/intervenções e resultados de enfermagem) pode resultar, por um lado, em ausência de visibilidade e de reconhecimento profissional; por outro lado, o que é talvez mais sério, em ausência ou dificuldade de avaliação de sua prática5. Nas revisões bibliográficas em específico, nos chamou atenção, que apesar da compreensão da importância do PE a função do enfermeiro não demonstrou-se clara para a maioria dos membros da equipe de enfermagem, que por muitas vezes realizavam os procedimentos e não checavam na prescrição de enfermagem ou checavam o procedimento e não o realizavam. Cabe ainda ressaltar que a simples implementação dos instrumentos de coleta de dados sem mudança de comportamento não implica a existência da SAE nas instituições de saúde. Para que a SAE ocorra, torna-se necessária uma comunhão entre conceitos de marco teórico e a conduta dos profissionais de enfermagem26. Finalizando a análise dos artigos, e tomando as recomendações dos autores percebemos que com a utilização da SAE houve mudanças na percepção e no modo de fazer o cuidado de enfermagem, além de práticas centradas na saúde e no ser humano. O grande desafio é capacitar melhor os profissionais para a execução, trabalhando com instrumentos específicos e aplicáveis a cada realidade, de forma a oferecer um cuidado integral e qualificado aos clientes. O envolvimento profissional aliado ao interesse de construção do conhecimento deve ser a mola mestre para o desenvolvimento de um fazer diferenciado. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os resultados da pesquisa permitem considerar que a experiência advinda destes 30 anos de implantação e/ou implementação da SAE demonstra a viabilidade de utilização do PE implicando diretamente na qualidade da assistência e valorização do trabalho da enfermagem, porém ressalta-se a necessidade de estudos e atualização constante do enfermeiro na utilização do processo de enfermagem. Em relação aos objetivos desta revisão de sintetizar os estudos sobre a utilização do PE pode-se constatar que devido uso de uma variedade de terminologias permitiu-se a identificação de padrões de cuidado, seja este através da CIPE®, CIPESC, NANDA e NIC facilitando a avaliação da qualidade da assistência além da linguagem comum a todos. O PE é um instrumento que possibilita um fazer direcionado por ações exeqüíveis na prática, além de reconhecimento profissional, ocupação de espaço social com autenticidade e liberdade de ação. Verificamos nesta revisão integrativa que a escolha das metodologias convergente assistencial e do interacionismo simbólico estimulou a reflexão crítica e ao aprendizado mútuo contribuído com o envolvimento ativo da enfermagem como um todo e dos pesquisadores. 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. NÓBREGA, M.M.L., SILVA,K.L. Fundamentos em enfermagem. João Pessoa. Imprima, 2007. 2. SOUZA, M.F. 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