QUALIDADE NO CUIDAR: ASSISTÊNCIA SISTEMATIZADA DE

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QUALIDADE NO CUIDAR: ASSISTÊNCIA SISTEMATIZADA DE
ENFERMAGEM NA UTI, UMA REVISÃO INTEGRATIVA1
QUALITY IN CARE: NURSING CARE IN THE ICU SYSTEMATIZED, AN
INTEGRATIVE REVIEW
CALIDAD DE LA ATENCIÓN: ATENCIÓN DE ENFERMERÍA EN LA UCI
SISTEMATIZADA, UNA REVISIÓN INTEGRADORA
MONTEIRO, Sandra de Nazaré Costa2
SANTANA, Marina Torres3
PATRICIO, Geovanne Melo4
FERRARI, Douglas5
RESUMO: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura a cerca do processo de
enfermagem desenvolvido na unidade de terapia intensiva neonatal, pediátrica e
adulta, nos últimos 7 anos, uma vez dito que revisão integrativa é aquela em que
conclusões de estudos anteriormente conduzidos são sumarizadas a fim de que se
formulem inferências sobre o tema. Assim, o objetivo do estudo foi explorar a
utilização da sistematização da assistência de enfermagem a pacientes críticos a
partir de publicações internacionais e nacionais no período de 2004 a 2010,
apontando o papel do enfermeiro no desenvolvimento do corpo de conhecimento e
habilidades profissionais para uma assistência metódica, individualizada e de
qualidade. Para a seleção dos artigos utilizou-se as seguintes bases de dados,
BDENF, LILACS e SCIELO, e a amostra desta revisão constituiu-se de 19 artigos.
Após análise dos artigos incluídos na revisão, os resultados demonstram a
viabilidade de utilização do PE implicando diretamente na qualidade da assistência e
valorização do trabalho da enfermagem, porém ressalta-se a necessidade de
estudos e atualização constante do enfermeiro na utilização do processo de
enfermagem.
PALAVRAS-CHAVES: processo de enfermagem, diagnósticos, sistematização da
assistência,
unidade
de
terapia
intensiva.
___________________________________________________________________________________________________________________
1.Trabalho de Conclusão de Curso do mestrado profissionalizante da SOBRATI, Campus Brasília, 2.Enfermeira
do SAMU-DF, Especialista em terapia Intensiva, Clinica cirúrgica, Gestão em Saúde e Mestranda pela
SOBRATI, [email protected]; 3 Enfermeira Especialista em Terapia Intensiva, Docente UNIEURO-DF,
mestranda SOBRATI, [email protected]; 4. Enfermeiro assistencial do Hospital Regional de Santa MariaDF, mestrando pela SOBRATI. [email protected]; 5 Orientador, Médico, Doutor em Medicina
Intensiva. Presidente da SOBRATI.
SUMMARY: This is an integrative literature review about the nursing process
developed in the neonatal intensive care unit, pediatric and adult, in the last seven
years, once said that integrative review is one in which conclusions of previous
studies are summarized in order to draw inferences about the subject. The objective
of this study was to explore the use of systematization of nursing care to critically ill
patients from national and international publications in the period 2004 to 2010,
pointing to the nurse's role in developing the body of knowledge and professional
skills to assist a methodical, individualized and quality.To select the articles we used
the following databases, BDENF, LILACS and SciELO, and this review sample
consisted of 19 articles. After analyzing the articles included in the review, the results
demonstrate the feasibility of using EP implying directly the quality of care and
appreciation of nursing work, but it emphasizes the need for education and constant
updating
of
the
nurse
in
using
the
nursing
process.
KEY WORDS: nursing process, diagnosis, care system, intensive care unit.
RESUMEN: Se trata de una revisión bibliográfica integrada sobre el proceso de
enfermería que trabajan en la unidad de cuidados intensivos neonatales, pediátricos
y de adultos, en los últimos siete años, dijo una vez que la revisión de integración es
aquella en que las conclusiones de estudios anteriores son resumen con el fin de
sacar conclusiones sobre el tema. El objetivo de este estudio fue explorar el uso de
la sistematización de los cuidados de enfermería a los pacientes críticos de las
publicaciones nacionales e internacionales en el período 2004 a 2010, señalando el
papel del enfermero en el desarrollo del conjunto de conocimientos y habilidades
profesionales para ayudar a un metódica, individualizado y de calidad. Para
seleccionar los artículos que utilizan las bases de datos, BDENF, LILACS y SciELO,
y esta muestra fue conformada por 19 artículos.Después de analizar los artículos
incluidos en la revisión, los resultados demuestran la viabilidad de la utilización del
PE lo que implica directamente la calidad de la atención y el aprecio del trabajo de
enfermería, pero hace hincapié en la necesidad de educación y actualización
constante
de
la
enfermera
en
el
uso
del proceso
enfermero.
PALABRAS CLAVE: proceso de enfermería, diagnóstico, sistema de atención,
unidad
de
cuidados
intensivos.
1. INTRODUÇÃO.
Em pleno século XXI, muito se comenta sobre o emprego da tecnologia de
ponta ou de última geração para facilitar e/ou viabilizar a assistência ao indivíduo
doente. Novas técnicas e procedimentos são desenvolvidos a cada dia, biomateriais,
disponibilidade e variedade de insumos, bem como especializações cada vez mais
restritas a área do conhecimento fazem parte deste fenômeno o qual chamamos de
avanço tecnológico.
No percurso desses avanços e vislumbrando o enfermeiro como profissional
técnico-científico
responsável
pelos
cuidados
de
enfermagem
de
maior
complexidade técnica e comprometimento com a evolução e bem estar do paciente,
propomos com este estudo o resgate da construção do conhecimento do cuidar com
qualidade, por acreditarmos que a competência profissional lhe confere condições
de avaliação, utilização do método científico e de tomada de decisões
fundamentadas.
Por outro lado, no cotidiano, temos nos deparado com uma enfermagem no
cumprimento de tarefas, servil e empírica que obedece a ordens médicas sem
imposições e questionamentos, fato este, extremamente contraditório ao construído
no decorrer da formação acadêmica e dos cursos de pós-graduação. Sabendo que
este ano o 10º SINADEn traz como tema a sistematização da assistência de
enfermagem no Brasil: 30 anos na construção da qualidade no cuidar, somou-se
mais um motivo para nos estimulamos a levantar os estudos a respeito da temática
e assim averiguar através de informações científicas, como o desenvolvimento do
processo de enfermagem (PE) acorreu para consolidar a assistência prestada ao
paciente.
A qualidade no cuidado em enfermagem tem sido palco de inúmeras
discussões e muitas das conclusões que se chegou é que a utilização do processo
de enfermagem, como forma sistemática de cuidar, pode contribuir de forma
significativa com a melhoria da assistência1.
Vimos que a enfermagem ao longo de sua história atribui significados,
vivenciou experiências, estruturou princípios e normas e os comunicou, construindo
assim seu campo de conhecimento2, tendo como foco principal a atenção ao
indivíduo de modo holístico dentro do processo saúde/doença. Na atualidade o
cuidado de enfermagem direciona-se a recuperação e bem-estar do indivíduo
fundamentado num conhecimento científico e na autonomia profissional 1.
A tentativa de organizar o seu conhecimento ocorreu a partir da década de
1950, quando houve um considerável avanço na construção e na organização dos
modelos conceituais de enfermagem, os quais foram desenvolvidos por diferentes
caminhos, no entanto, com conceitos comuns que são essenciais à prática
profissional, ou seja, a própria enfermagem, o ser humano, o ambiente e a saúde.
Tais modelos serviram como referencial para a elaboração das teorias de
enfermagem, que objetivam estabelecer uma relação entre diferentes conceitos,
para então explicar e, por conseguinte, direcionar a assistência de enfermagem
prestada ao ser humano3.
Sendo assim é fundamental que os enfermeiros estudem e compreendam as
correntes filosóficas que apóiam as teorias para então, avaliar a probabilidade de
utilização dessas em seu cotidiano de cuidar. Pois, as teorias são tão importantes
para a assistência quanto à técnica, à comunicação ou a interação, uma vez que
serão elas a guiar o contexto assistencial4.
A aplicabilidade dessas teorias é feita através do processo de enfermagem,
termo que aparece pela primeira vez em 1955, com Lídia Hall, durante uma
conferência, onde a mesma afirmou que a “enfermagem é um processo” construído
em 4 proposições – enfermagem ao paciente, para o paciente, pelo paciente e com
o paciente1.
O processo de cuidar em enfermagem, ou PE entendido como um
instrumento metodológico que nos possibilita identificar, compreender, descrever,
explicar e/ou predizer como nossa clientela responde aos problemas de saúde ou
aos processos vitais, e determinar que aspectos dessas respostas exigem uma
intervenção profissional de enfermagem, implica na existência de alguns elementos
que lhe são inerentes. Sob o ponto de vista do Conselho Internacional de
Enfermeiras (ICN, 1996), esses elementos são: o que os exercentes da Enfermagem
fazem (ações e intervenções de enfermagem), tendo como base o julgamento sobre
fenômenos humanos específicos (diagnóstico de enfermagem), para alcançar os
resultados esperados (resultados de enfermagem)5.
A Associação Norte Americana de Enfermeiros ( American Nurse Association
– ANA) estabeleceu as seguintes etapas para o PE: coleta de dados, diagnósticos
de enfermagem, estabelecimentos de objetivos, plano de cuidados, ação de
enfermagem, renovação de coleta de dados( reassessment) e a revisão do plano 6.
No PE a assistência é planejada para alcançar as necessidades específicas
do paciente, sendo então dirigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no
tratado possam ter acesso ao plano de assistência 7, possui um enfoque holístico,
ajuda a assegurar que as intervenções sejam elaboradas para o indivíduo e não
apenas para a doença, apressa diagnósticos e o tratamento dos problemas de
saúde potenciais e vigentes, reduzindo a incidência e a duração da estadia no
hospital,
promove
flexibilidade
do
pensamento
independente,
melhora
a
comunicação e previne erros, omissões e repetições desnecessárias; os
enfermeiros obtêm satisfação em seus resultados8.
Encontramos respaldo na Lei n. 7.498 de 25 de junho de 1986, referente ao
exercício da enfermagem, dispõe no artigo 11, como atividades privativas do
enfermeiro a consulta de enfermagem, e a prescrição da assistência de
enfermagem9. Para tanto, nos embasamos em uma das inúmeras referências
teóricas para seguir e subsidiar o método científico.
O Ministério da saúde abriu uma janela para despertar nos profissionais de
enfermagem a necessidade da visibilidade de sua prática, com o Programa
Brasileiro de Acreditação Hospitalar10, que vem sendo desenvolvido dentro do
Programa de Garantia e Aprimoramento de Qualidade de saúde, criado pela
Portaria GM/MS n.1.107 de 14 de junho de 1995, o qual exige aos hospitais uma
qualificação baseada em três níveis, sendo: nível 1, de exigências mínimas; nível 2,
de padrão de qualidade no atendimento; nível 3, de padrão de excelência. Para
alcance deste terceiro nível, um dos itens exigidos é que, os cuidados prestados
pela equipe de enfermagem sejam documentados através de plano de cuidados e
prescrições de enfermagem, ou seja, etapas do processo de enfermagem.
Corroborando esse fato, a promulgação pelo Conselho Federal de
Enfermagem – COFEN da Resolução 358/2009 que dispõe sobre a Sistematização
da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em
ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de
Enfermagem11. Tal resolução descreve ainda em seu Art. 2º as etapas do processo
se organizam em cinco etapas inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes:
I - Coleta de dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem) - processo
deliberado, sistemático e contínuo, realizado com o auxílio de métodos e técnicas
variadas, que tem por finalidade a obtenção de informações sobre a pessoa, família
ou coletividade humana e sobre suas respostas em um dado momento do processo
saúde e doença.
II - Diagnóstico de Enfermagem - processo de interpretação e agrupamento dos
dados coletados na primeira etapa, que culmina com a tomada de decisão sobre os
conceitos diagnósticos de enfermagem que representam, com mais exatidão, as
respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do
processo saúde e doença; e que constituem a base para a seleção das ações ou
intervenções com as quais se objetiva alcançar os resultados esperados.
III - Planejamento de Enfermagem - determinação dos resultados que se espera
alcançar; e das ações ou intervenções de enfermagem que serão realizadas face às
respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do
processo saúde e doença, identificadas na etapa de Diagnóstico de Enfermagem.
IV - Implementação - realização das ações ou intervenções determinadas na etapa
de Planejamento de Enfermagem.
V - Avaliação de Enfermagem - processo deliberado, sistemático e contínuo de
verificação de mudanças nas respostas da pessoa, família ou coletividade humana
em um dado momento do processo saúde doença, para determinar se as ações ou
intervenções de enfermagem alcançaram o resultado esperado; e de verificação da
necessidade de mudanças ou adaptações nas etapas do Processo de Enfermagem.
Portanto a sistematização da assistência de enfermagem - SAE é, pois a
organização do trabalho de enfermagem, quanto ao método, pessoal e
instrumentos, de modo que seja possível a realização do PE. O PE então, é o
trabalho em si, resultante da interação entre agentes do cuidado (profissional e
enfermo), com objetivos específicos, na direção do alcance do bem-estar ou uma
morte tranqüila12.
Como vimos a segunda fase do PE é a de diagnósticos de enfermagem (DE),
que pode ser considerada um processo de raciocínio diagnóstico, pois é necessário
um
processo
intelectual
complexo,
habilidades
cognitivas,
experiência
e
conhecimento científico, no qual o enfermeiro faz julgamentos e interpretações
sobre os dados objetivos e subjetivos. O processo de raciocínio diagnóstico pode
ser entendido como a forma de pensar do enfermeiro, estando diretamente
vinculado ao seu fazer e com a qualidade do cuidado dispensado13.
Fizemos questão de ressaltar a forma como ocorre o PE, a SAE e os DE por
compreendermos que até hoje, esses termos apesar de distintos ainda causem
confusão no entendimento da equipe de enfermagem.
Portanto, essas considerações justificam o nosso interesse em desenvolver
uma revisão integrativa através da produção científica sobre a utilização do PE
como ferramenta de trabalho e aprimoramento da profissão do enfermeiro, a fim de
analisar e interpretar os conhecimentos já produzidos na área.
Desta forma, estipulamos como questão desta pesquisa, como os artigos
publicados sobre o tema PE, SAE e DE na unidade de terapia intensiva estão
contribuindo para o desenvolvimento do corpo de conhecimento e para
implementação prática do gerenciamento do cuidar com qualidade?
Frente às colocações acima, este estudo tem como objetivo geral:
- Sintetizar os estudos sobre a utilização da SAE como ferramenta essencial
para o cuidar.
Objetivos específicos:
- Realizar o levantamento das produções científicas desenvolvidas que
revisem o uso do PE, SAE e DE;
- Identificar os autores, os tipos de pesquisa, a coerência teóricometodológica dos artigos e os resultados;
- Analisar descritivamente os resultados das pesquisas produzidas para a
construção do conhecimento na área.
2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Este estudo é uma revisão integrativa da literatura acerca da utilização da
SAE na UTI, para o alcance do objetivo geral, optamos por este método, visto que
ele possibilita sumarizar as pesquisas já concluídas e obter conclusões a partir do
tema de interesse.
A revisão integrativa é um método de pesquisa que permite a busca, a
avaliação científica e a síntese das evidências disponíveis do tema investigado,
sendo o seu produto final o estado atual do conhecimento do tema investigado, a
implementação de lacunas que direcionam o desenvolvimento de futuras
pesquisas14.
Os dados foram acessados eletronicamente na Biblioteca Virtual em Saúde
(BVS) da Biblioteca Regional de Medicina (BIREME) nas seguintes bases de dados:
Base de Dados de Enfermagem (BDENF), Literatura Latino-Americana e do Caribe
em Ciências da Saúde (LILACS) Online (SCIELO), consideradas as principais da
área de saúde brasileira.
Para o levantamento dos artigos, utilizamos as palavras-chave “processo de
enfermagem na UTI”, “sistematização da assistência de enfermagem na UTI”,
“diagnósticos de enfermagem na UTI”, onde encontramos um total 34 artigos, sendo
que apenas 19 compuseram a amostra do estudo.
Como critério de inclusão, utilizamos artigos que abordassem o cuidar de
pacientes utilizando para isso a SAE, em unidade de tratamento intensivos,
neonatal, pediátrico e adultos, publicados em português e inglês, sem restrição
quanto ao desenho do estudo, o texto completo disponível nas bases de dados
indicadas na qual foram identificadas as publicações e compreendidas no período
de 2004 a 2010, ou seja, nos últimos sete anos.
Este método de pesquisa permite a síntese de múltiplos estudos publicados e
possibilita conclusões gerais a respeito de uma particular área de estudo. É um
método valioso para a enfermagem, pois muitas vezes os profissionais não têm
tempo para realizar a leitura de todo o conhecimento científico disponível devido ao
volume alto, além da dificuldade para realizar a analise crítica dos estudos14.
Foi desenvolvido um quadro demonstrativo para coleta de dados, no qual foi
preenchido para cada artigo da amostra, informações sobre identificação do artigo e
autores; fonte de localização; objetivos, delineamento e características do estudo;
coerência teórico-metodológica; análise dos dados, resultados e discussão;
conclusões e recomendações para a prática de enfermagem.
Os artigos encontrados foram numerados conforme a ordem de localização
de 1 a 19, e os dados foram analisados segundo os seus conteúdos, pela estatística
descritiva. Nos quadros descritivos abaixo apresentamos a síntese dos artigos
incluídos na presente revisão integrativa.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
1. IMPLEMENTAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA E OS
DIFICULTADORES PARA ENFERMAGEM – RELATO DE EXPERIÊNCIA
Identificação
Amostra, Procedimento e Método de Análise
Resultados
Considerações finais
Fabiana Claudia de
Vasconcelos
FrançaI,
Inês Aparecida
Laudares
KawaguchiII,
Eliana Pereira da
SilvaIII,
Gisela Amorim
AbrãoIV,
Heiko UemuraV,
Luz Marina
AlfonsoVI,
Elias Oliveira de
CarvalhoVII
Objetivou-se descrever a implementação do diagnóstico de
enfermagem numa unidade de terapia intensiva, relatar o
aprendizado teórico-prático dos enfermeiros acerca do
diagnóstico e identificar os dificultadores que interferiram na
sua implementação. Para tanto, as etapas seqüenciais da
implementação do diagnóstico foram descritas conforme
foram vivenciadas pelos profissionais. Participaram da
experiência oito enfermeiros atuantes na referida unidade.
O trabalho teve início em maio de 2003 sendo definido em
agosto de 2004, quando foram implementados o diagnóstico
e os novos impressos de enfermagem. As dificuldades
vivenciadas na implementação do diagnóstico foram:
adequação à rotina da unidade, tempo disponível do
enfermeiro para a execução das etapas do processo,
impressos indisponíveis, resistência do enfermeiro à
utilização e desvalorização do método.
Apesar dos obstáculos, os
resultados dessa prática
demonstraram a viabilidade da
execução do processo de
enfermagem, visando melhor
qualidade
na
assistência
prestada ao ser humano e
conseqüente crescimento
profissional,
valorização
e
autonomia à enfermagem.
A experiência mostrou a viabilidade
da
implementação
do
DE,
possibilitando
o
crescimento
profissional a toda equipe de
enfermagem. Verificou-se que os
obstáculos
apresentados
não
inviabilizaram o propósito da
equipe
de
enfermeiros
de
desempenhar com competência
suas atividades no cotidiano e
manter como meta a qualidade na
assistência e valorização do
trabalho proposto.
Titulo dos Autores:
I Enfermeira. Especialista em terapia intensiva, enfermeira da UTI e preceptora da residência em enfermagem do
Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) - Brasília-DF.
II Enfermeira, Supervisora da UTI e preceptora da residência em enfermagem do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) - Brasília –DF.
III Enfermeira da unidade de terapia intensiva do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) - Brasília-DF.
IV Enfermeira da unidade de terapia intensiva do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) – Brasília – DF.
V Enfermeira. Especialista em terapia intensiva, enfermeira da UTI do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) – Brasília-DF.
VI Enfermeira da unidade de terapia intensiva do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) - Brasília-DF.
VII Enfermeiro, Especialista em Auditoria e Sistema de Saúde, enfermeiro da UTI do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) – Brasília D-F.
Revista Eletrônica de Enfermagem [serial on line] 2007 Mai-Ago; 9(2): 537-546. Available from: URL:
http://www.fen.ufg.br/revista/v9/n2/v9n2a20.htm
2. A OPERACIONALIZAÇÃO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM EM TERAPIA INTENSIVA NEONATAL.
Identificação
Amostra, Procedimento e Método de Análise
Resultados
Considerações finais
Duarte PPA1
Ellensohn L2
Desenvolveu-se um estudo exploratório, descritivo, com
abordagem qualitativa, entre 31 de julho e 12 de setembro de
2006. A população do estudo foi constituída por cinco
enfermeiros da UTIN de um hospital de médio porte da rede
pública de saúde do Vale do Rio dos Sinos, Rio Grande do Sul.
Os dados obtidos foram analisados por meio do método de
Análise de Conteúdo proposto por Bardin. Foi possível
constatar, durante a coleta de dados, a inexistência de
sistematização das etapas do PE realizadas pelos enfermeiros
da UTIN. As atividades assistenciais dos enfermeiros
Evidenciou-se que não há
sistematização das etapas do
processo de enfermagem na
instituição investigada, inexiste
definição de competências
assistenciais para o enfermeiro
nos diferentes turnos de
trabalho e que o registro do
referido processo nem sempre é
realizado. A falta de aplicação
A elaboração de um impresso
específico para o registro manual
da assistência de enfermagem –
baseado nas necessidades do
paciente e dos profissionais, seria
uma alternativa indispensável para
operacionalizar as etapas já
desenvolvidas do PE . As Escolas de
Enfermagem deveriam definir – um
referencial
teórico
para
pesquisados não ocorrem de forma organizada na UTIN, pois
não há, nessa unidade, a utilização formal de um método
científico de sistematização da assistência. São desenvolvidos
o histórico de enfermagem e, eventualmente, a evolução de
enfermagem.
Titulo dos Autores:
integral do PE e de registros
apropriados pode ocasionar o
comprometimento
da
assistência de enfermagem,
levando à fragmentação dos
cuidados.
fundamentar o ensino do PE,
optando por um modelo capaz
de atender às reais necessidades
das organizações de saúde e da
sociedade. As instituições de saúde,
priorizar a realização do cuidado
de enfermagem de qualidade,
baseado
em
conhecimentos
científicos, e não apenas a
quantidade de trabalho produzido.
Já os enfermeiros, para colocarem
em prática o PE, deveriam ter como
prioridade a busca pela qualidade
assistencial, mediante pesquisa
e atualização relacionadas a essa
metodologia.
Enfermeira, Serviço de Hemoterapia e Hematologia Hemovida, Santa Cruz do Sul/RS.
Professora Mestre, Instituto de Ciências da Saúde, Centro Universitário Feevale, Novo Hamburgo/RS.
1
2I
R Enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2007 out/dez; 15(4):521-6.
3. PERSPECTIVAS DE INCORPORAÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL PARA A PRÁTICA DE
ENFERMAGEM (CIPE®) NO BRASIL
Identificação
Amostra, Procedimento e Método de Análise
Resultados
Considerações finais
Nóbrega MML1, Garcia
TR2.
Neste artigo são discutidos alguns aspectos acerca dos
sistemas de classificação em enfermagem, com ênfase na
Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem
(CIPE®) e as suas perspectivas de incorporação na prática de
enfermagem no Brasil. As autoras relatam três experiências
brasileiras de incorporação desse sistema de classificação: o
projeto de implantação da linguagem CIPE/CIPESC no
prontuário eletrônico da Secretaria Municipal de Saúde de
Curitiba-PR; o projeto de sistematização da assistência de
Enfermagem em UTI, que vem sendo desenvolvido em
Florianópolis-SC; e o desenvolvimento de um instrumental
tecnológico, tendo por base os termos da linguagem dos
componentes da equipe de enfermagem, para inserção em
sistemas de informação de um hospital escola, em João
Pessoa - PB.
O projeto CIPE®/CIPESC no
prontuário eletrônico de Curitiba,
Paraná. Em 2004 a nomenclatura
CIPE®/CIPESC foi implantada no
sistema informatizado, em todas
as Unidades Básicas do município.
Os resultados reforçam que é
possível a utilização da linguagem
CIPE®/CIPESC em atenção primária
de saúde, como um instrumento
para sistematizar a prática de
enfermagem e, conseqüentemente,
para aumentar a visibilidade e o
reconhecimento profissional.
No projeto de SAE/UTI utilizando a
CIPE®,
em
Florianópolis-SC,
constatou-se que, a CIPE®, pode ser
utilizada, uma vez que contempla
termos mais aderentes à prática de
enfermagem no Brasil. Verificou-se
que o sistema informatizado tem
auxiliado a tomada de decisão do
enfermeiro acerca do diagnóstico e
da assistência a partir dos
problemas levantados por ele na
avaliação do cliente. Como
barreiras as dificuldades dos
enfermeiros
no
raciocínio
diagnóstico e terapêutico, o que
leva a inferir a preocupação com a
formação do enfermeiro.
A CIPE® na prática profissional, a
partir do Hospital Universitário
Lauro Wanderley/PB. O estudo
vem sendo desenvolvido para a
construção de um banco de dados
essenciais de enfermagem, que
seja sensível a nossa realidade e
que inclua termos relacionados a
fenômenos e ações de enfermagem
de modo a favorecer a utilização de
uma linguagem comum e, que
integre o conhecimento científico e
o conhecimento prático da
Acreditamos que o uso
dessas
terminologias
permite a identificação de
padrões de cuidados, que
podem ser utilizados por
enfermeiros em qualquer
parte do mundo.
Padronização da linguagem
de enfermagem e facilitar a
avaliação da qualidade da
assistência, por meio da
sistematização, registro
e quantificação do que os
componentes da equipe de
enfermagem produzem e,
conseqüentemente,
identificando
a
real
participação e contribuição
da Enfermagem no cuidado à
saúde das pessoas.
profissão,
o
aumente
de
visibilidade e de reconhecimento
profissional.
Titulo dos Autores:
1Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela UNIFESP. Professora do Departamento de Enfermagem em Saúde Pública e Psiquiatria do
Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba. Docente do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem do
CCS/UFPB. Pesquisadora CNPq.
2Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela EERP-USP. Professora Visitante do Departamento de Enfermagem em Saúde Pública e
Psiquiatria do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba. Docente do Programa de Pós-Graduação em
Enfermagem do CCS/UFPB. Pesquisadora CNPq.
Rev Bras Enferm 2005 mar-abr; 58(2):227-30.
4. PROPOSTA PARA A SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM UTI: O CAMINHO
PERCORRIDO
Identificação
Amostra, Procedimento e Método de Análise
Resultados
Considerações finais
Pablini Rodrigues1
Josiane de Jesus
Martins2
Eliane Rogina
Pereira do
Nascimento3
Daniela Couto
Carvalho Barra4
Gelson Luiz de
Albuquerque5
Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa que
descreve o caminho percorrido para instrumentalizar as
enfermeiras de uma UTI para a implantação da SAE
fundamentada na Teoria das Necessidades Humanas Básicas,
de Wanda de Aguiar Horta, em seu processo de trabalho. O
estudo foi realizado na UTI de um hospital geral, localizado no
Planalto Catarinense, que tem à disposição da comunidade
dez leitos, tendo uma taxa de ocupação de 95%. A UTI é
referência em atendimento a pacientes com politrauma e
cirurgia neurológica, prestando assistência a adultos e, em
casos especiais, crianças. A UTI funciona nesse hospital desde
1980, sendo que a nova área física foi inaugurada em junho
de 2004. O estudo foi concretizado por meio de cinco
encontros em grupo, nos quais foi apresentada a proposta,
discutida a teoria e demonstrado como é realizado o processo
de sistematização em outras instituições. Discutiu-se uma
forma de operacionalizar a SAE de acordo com a realidade da
UTI do referido hospital. Aplicou-se, na prática, o histórico, a
prescrição e a evolução de enfermagem.
Concluiu-se
que
houve
resultados positivos tanto
para
as
enfermeiras
participantes como para a
instituição, uma vez que
compreenderam
a
importância e o valor dos
registros de enfermagem
para o cuidado aos pacientes
e para a comunicação entre
os profissionais.
Contatou-se
o
enorme
interesse dessas enfermeiras
em implantar na instituição
hospitalar uma metodologia
assistencial.
Todas
as
profissionais vêem como
necessário
e
urgente,
principalmente quando se
trata da melhoria na
qualidade da assistência ao
paciente. No entanto, as
dificuldades
apontadas
começam pela a falta de
tempo para reunir as
enfermeiras,
estudar
a
teoria, planejar e colocar em
prática essas idéias, bem
como o número reduzido
A pesquisa foi gratificante pelo
fato de deixar transparente a
importância de uma metodologia
assistencial em uma instituição
composta
por
profissionais
competentes e interessados em
buscar caminhos diferenciados
para o cuidar. A operacionalização
da SAE exige a utilização de um
referencial teórico adequado,
interação
da
equipe multiprofissional, adequação à realidade
e, acima de tudo, ter como
premissa a atenção com qualidade
e
segurança
ao
indivíduo
hospitalizado.
Titulo dos Autores:
Enfermeira Especialista em Emergência e Terapia Intensiva.
2 Enfermeira do HU/UFSC.Professora do Curso de Graduação em Enfermagem da UNISUL. Mestre em Assistência de Enfermagem.
Doutoranda em Enfermagem PEN/UFSC. Rua Sagrado Coração de Jesus, Morro das Pedras, Florianópolis, SC.
3 Doutora em Enfermagem. Professora Adjunta do Departamento de Enfermagem da UFSC. Coordenadora disciplina Enfermagem nas
Intercorrências Cirúrgicas e de Urgência (UTI e Emergência). Membro do Grupo de Pesquisa GIATE/PEN/UFSC.
4 Enfermeira Especialista em Terapia Intensiva Adulto (IEC/PUC-MG). Professora Substituta do Departamento de Enfermagem da
UFSC. Membro do Grupo GIATE/PEN/UFSC. Mestrado em Enfermagem PEN/UFSC. Bolsista do CNPQ - Brasil..
5 Doutor em Enfermagem. Professor adjunto do Departamento de Enfermagem UFSC. Membro do Grupo de Pesquisa
GEPADES/PEN/UFSC.
1
REME – Rev. Min. Enf.;11(2):161-167, abr./jun., 2007
5. CONSTRUÇÃO DA PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM INFORMATIZADA EM UMA UTI
Identificação
Amostra, Procedimento e Método de Análise
Resultados
Considerações finais
Aquino DR1,
Filho WDL2
Esse estudo descreve uma construção coletiva da Prescrição
de Enfermagem Informatizada (PEI), enfocando os protocolos
Como resultado obtiveramse 177 intervenções para 64
A escolha da metodologia
convergente-assistencial estimulou
de intervenções. O objetivo é apresentar o modo de
construção coletiva de um instrumento metodológico para o
trabalho, a partir do conhecimento da realidade e da
interação dos indivíduos. Sugere um modelo simplificado
para operacionalizar o PE, buscando atender as necessidades
tanto da academia quanto das instituições hospitalares,
através da aproximação teórico-prática e da atenção à
integralidade preconizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Traça paralelos entre Sistematização da Assistência de
Enfermagem (SAE) e PE, bem como a sua complementação na
fusão de ambos, dentro da organização do trabalho.
problemas.
O
estudo
evidencia a viabilidade da
adoção do PE e uso da
PEI como fundamentais para
a valorização e organização
do trabalho da enfermagem.
essa
reflexão
crítica,
pois
oportunizou
transformar
a
realidade, através de ações
conjuntas e do reconhecimento
do contexto onde se daria a
transformação. A oportunidade de
participar dessa construção trouxe
um aprendizado mútuo a todos. É
essa a essência que traduz o valor
de uma profissão: como as pessoas
se unem e buscam o crescimento a
favor dela, para ela e para si.
*Enfermeira, aluna do Curso de Mestrado em Enfermagem do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Fundação
Universidade Federal do Rio Grande – PPGEnf/FURG, Membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Saúde – NEPES/FURG.
**Enfermeiro, Prof. Adjunto IV do Departamento de Enfermagem da Fundação Universidade Federal do Rio Grande – DEnf/FURG,
Doutor em Enfermagem, Docente do Curso de Mestrado em Enfermagem do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da
Fundação Universidade do Rio Grande – PPGEnf/FURG, Membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Saúde – NEPES/FURG,
Orientador.
Cogitare enferm; 9(1): 60-70, jan-jun.2004
Titulo dos Autores:
6. PROCESSO DE ENFERMAGEM INFORMATIZADO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA:
UMA PRÁTICA EDUCATIVA COM ENFERMEIROS
Identificação
Amostra, Procedimento e Método de Análise
Resultados
Considerações finais
Daniela Couto
Carvalho BarraI,
Grace Teresinha
Marcon Dal SassoII,
Marisa MonticelliIII
Compreendendo-se que o processo de enfermagem é uma
ferramenta imprescindível em Unidades de Terapia Intensiva
(UTI), esta pesquisa convergente-assistencial objetivou avaliar
a aplicação do Processo de Enfermagem informatizado, a
partir da Classificação Internacional das Práticas de
Enfermagem - CIPE® versão 1.0, com os enfermeiros da UTI
do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa
Catarina. Como estratégia de coleta de dados realizou-se três
encontros com cinco enfermeiros intensivistas do hospital.
Nos encontros foi utilizado o Arco da Problematização de
Maguerez com o suporte teórico da Pedagogia
Problematizadora. O estudo foi desenvolvido no período de
outubro a novembro de 2007
Os resultados evidenciaram
que
o
processo
de
enfermagem informatizado
em terapia intensiva de
acordo com a CIPE® possui
critérios de ergonomia,
usabilidade e conteúdo
conforme
os
padrões
internacionais, e contribui
para a melhoria da prática de
enfermagem.
Enquanto
terminologia de referência
para
a
profissão,
os
enfermeiros avaliam que
esta classificação apresenta
linguagem
de
fácil
entendimento, possui
aderência com a realidade
em foco e, com isso, permite
o
desenvolvimento
da
prática de enfermagem
baseada na
evidência
em
terapia
intensiva.
Possibilitou o envolvimento, a
colaboração e a participação ativa
dos enfermeiros para a melhoria de
sua prática. A CIPE®, enquanto
terminologia de referência para a
Enfermagem, revelou, para os
enfermeiros do estudo, algumas
características que facilitam sua
aplicação. torna-se necessário o
envolvimento
e
a
atuação
permanente dos pesquisadores e
profissionais no desenvolvimento e
aplicação
de
sistemas
de
informação, pois estes terão
resultado
direto
sobre
o
desempenho dos enfermeiros na
prática, sobretudo, nos resultados
aplicados à qualidade da assistência
aos cliente.
Titulo dos Autores:
I Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (PEN/UFSC). Bolsista CNPq.
II Doutora em Informática em Saúde e Enfermagem, Docente do Departamento de Enfermagem e do PEN/UFSC.
III Doutora em Enfermagem; Docente do Departamento de Enfermagem e do PEN/UFSC.
Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2009;11(3):579-89. Available from: http://www.fen.ufg.br/revista/v11/n3/v11n3a15.htm.
7. EVOLUÇÃO DOS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM DE CRIANÇAS COM CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
Identificação
Amostra, Procedimento e Método de Análise
Resultados
Considerações finais
Viviane Martins da
Silva2
Thelma Leite de
Araujo3
Marcos Venícios de
Oliveira Lopes3
Objetivou-se descrever a evolução dos diagnósticos de
enfermagem em crianças portadoras de cardiopatias
congênitas. Estudo longitudinal desenvolvido nos meses de
julho a novembro de 2004. A amostra foi composta por 45
crianças internadas em um hospital da rede pública do
município de Fortaleza, acompanhadas durante quinze dias
de internamento. No período efetivaram-se seis avaliações
Para
a
prática
de
enfermagem, acredita-se
que o conhecimento da
evolução
temporal
das
respostas
da
criança
contribui para intervenções
de enfermagem orientadas
É possível perceber que as ações de
enfermagem devem direcionar-se
àquelas respostas humanas
relacionados
às
alterações
hemodinâmicas
que
surgem
precocemente e em alta proporção,
conduzindo à necessidade de maior
diagnósticas. Foram encontrados 21 diagnósticos de
enfermagem. Entre os diagnósticos, seis evidenciaram
maiores oscilações em suas trajetórias de ocorrência no
tempo: Padrão respiratório ineficaz, Intolerância à atividade,
Desobstrução ineficaz das vias aéreas, Hipertermia, Padrão de
sono perturbado e Risco para intolerância à atividade. Foram
construídos cinco modelos paramétricos no domínio do
tempo, com vistas a predizer a ocorrência desses diagnósticos
de enfermagem.
Titulo dos Autores:
por decisão diagnóstica,
facilitando, assim, a escolha
de ações mais adequadas,
possibilitando-lhe um melhor
prognóstico.
atenção por parte da equipe de
enfermagem. Esses diagnósticos
são também aqueles que sugerem
maior gravidade do estado de
saúde da criança. A atenção dada
pelas enfermeiras à verificação de
sinais vitais é outro ponto que deve
ser reforçado, pois o diagnóstico
hipertermia tende a apresentar
altas proporções após 6 dias de
internamento.
2 Enfermeira, Doutoranda em Enfermagem,
3 Enfermeiro, Doutor em Enfermagem, Docente da Universidade Federal do Ceará
Rev Latino-am Enfermagem 2006 julho-agosto; 14(4) www.eerp.usp.br/rlae
8. SIGNIFICADO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM PARA ENFERMEIROS DE UMA UNIDADE DE TERAPIA
INTENSIVA: UMA ABORDAGEM INTERACIONISTA
Identificação
Amostra, Procedimento e Método de Análise
Resultados
Considerações finais
Albertisa Rodrigues
Alves1, Consuelo
Helena Aires de
Freitas Lopes2,
Maria Salete Bessa
Jorge3
O estudo teve como objetivo compreender o significado da
prática do Processo de Enfermagem para enfermeiros de uma
unidade de terapia intensiva. Utilizamos o interacionismo
simbólico e análise temática como referencial teórico
metodológico. Fizeram parte do estudo sete enfermeiros de
unidade de terapia intensiva que vivenciam esta prática em
um hospital público da cidade de Fortaleza, Ceará. A coleta de
dados foi realizada no período de 01 de maio a 30 de agosto
de 2006, por meio da observação participante e entrevista
semi-estruturada.
Os resultados mostraram a
interação
social
dos
enfermeiros com os demais
profissionais, os significados
do processo de enfermagem
e opiniões para a melhoria
na UTI. A compreensão da
experiência dos enfermeiros
possibilitou reconhecer
que as vivências são
contraditórias
e
os
significados
são
manifestados e expressos
através da auto-interação e
interação
com
outras
pessoas.
A experiência de fundamentar
esta pesquisa com o Interacionismo
Simbólico a partir da vivência
cotidiana do enfermeiro de UTI que
desenvolve
o
Processo
de
Enfermagem, mostrou que foi
possível produzir conhecimentos
nesta temática, no âmbito da
prática e da pesquisa, baseados na
compreensão do significado
desta prática para o enfermeiro.
percebe-se cuidadora em conflito
quanto à crença no Processo de
Enfermagem, ora sente raiva,
insatisfação, frustração, ora se
orgulha, considerando este como
forma
de
reconhecimento
profissional e ocupação de espaço
social da profissão com a conquista
de autenticidade e liberdade de
ação. Acreditamos no Processo de
Enfermagem como um meio e um
instrumento que possibilita um
fazer direcionado por ações
científicas exeqüíveis na prática,
não como um fim em si mesmo ou
sinônimo de que sua mera
aplicação promoverá a qualidade
da assistência, se assim o for,
permanecerá sendo uma forma de
controle e um fazer desacreditado
pela própria enfermagem.
Titulo dos Autores:
1 Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Enfermeira da UTI do Hospital Geral de Fortaleza (HGF). Professora da Faculdade Católica
Rainha do Sertão. Fortaleza,CE, Brasil.
2 Enfermeira. Professora Doutora da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Coordenadora do Curso de Mestrado Acadêmico
Cuidados Clínicos em Saúde e Área de Concentração em Enfermagem da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Fortaleza, CE,
3 Enfermeira. Professora Doutora da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Líder do Grupo de Pesquisa Saúde
Mental, Família, Práticas de Saúde e Enfermagem Pesquisadora do CNPq. Fortaleza, CE.
Rev Esc Enferm USP 2008; 42(4):649-55 www.ee.usp.br/reeusp/
9.PROPOSTA DE INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS DE ENFERMAGEM EM UMA UNIDADE DE TERAPIA
INTENSIVA FUNDAMENTADO EM HORTA
Em paciente adultos internados na Unidade de Terapia Intensiva
Identificação
Amostra, Procedimento e Método de Análise
Resultados
Considerações Finais
Lima, L R et al..
Estudo qualitativo de intervenção dividido em três etapas:
1 – Construção do instrumento: A partir de levantamento
bibliográfico sobre exame físico e cuidados críticos de
pacientes em UTI, fundamentado na NHB de Horta.
2 – Validação de aparência e conteúdo: Instrumento foi
entregue a 10 enfermeiros especialistas na área. Eles
avaliaram as cinco NHB julgando os principais sinais e
sintomas e verificaram se eram aplicáveis na avaliação do
paciente crítico em UTI.
3 – Refinamento dos itens do instrumento de coleta de
dados: Assinatura do termo de consentimento livre e
esclarecido por parte dos especialistas.
Através
deste
estudo
verificou-se
que
o
instrumento
poderia
funcionar como guia para o
levantamento
das
necessidades/problemas
apresentados pelo paciente.
A utilização dos dados a
serem coletados poderia
favorecer uma visão mais
ampla do paciente e
aproximaria
mais
o
profissional do paciente,
estimulando a interação,
identificação de problemas e
a
individualização
do
cuidado.
Considerou-se
nesta avaliação que o
instrumento irá facilitar o
registro mais objetivo e claro
dos dados a partir das
modificações
feitas.
Julga-se necessário que o
enfermeiro
perceba
a
imperiosidade
de
documentar suas ações e
registrar os sinais e sintomas
apresentados pelo paciente
que ele observa e os
problemas que identifica
para subsidiar as ações que
deve implementar.
A criação de um instrumento
fundamentado na Teoria das NHB
de Horta pode facilitar e direcionar
a coleta de dados e serve de guia
para a elaboração do plano de
cuidados dos pacientes críticos.
Ressalta-se a necessidade de
estudo e atualização constante do
enfermeiro,
treinando-se
e
atualizando-se na utilização do
processo
de
enfermagem,
enquanto método para sistematizar
a assistência de enfermagem que
prestam
a
seus
pacientes.
Uma limitação do estudo é o
processo
de
validação
do
instrumento.
O grande desafio é obter
instrumentos
aplicáveis
e
construídos
com
a
equipe
responsável pelo cuidado e
consciente da responsabilidade de
implantar
uma
assistência
sistematizada.
Titulo dos Autores:
Enfermeiro, Professor da Escola de Enfermagem da UFMG. Pós-graduado em UTI pela UFMG
Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2006;8(3):349-57.
RELAÇÕES ENTRE A COLETA DE DADOS, DIAGNÓSTICOS E PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM A PACIENTES
ADULTOS DE UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
10.
Pacientes adultos em Unidade de Terapia Intensiva
Identificação
Amostra, Procedimento e Método de Análise
Resultados
Considerações Finais
Carvalho, E C et al..
Trabalho descritivo, retrospectivo, que teve como objetivo
analisar a relação entre a coleta de dados, diagnósticos e
prescrições de enfermagem estabelecidas por enfermeiros
para 26 pacientes adultos que estiveram internados numa
unidade de terapia intensiva de um hospital de ensino de
grande porte, com permanência mínima de 24 horas. Por
meio da análise dos prontuários, foram estabelecidos 135
diagnósticos e 421 prescrições de enfermagem, sendo
identificadas 24 diferentes categorias diagnósticas e 20
diferentes itens para prescrição.
Baseado na pesquisa, o autor
sugere que os enfermeiros
não perdem de vista a
abordagem individualizada,
porém,
não
estão
valorizando seus registros de
rotulação dos diagnósticos
de enfermagem.
O diagnóstico de risco para
infecção foi o de maior
freqüência, presente no
prontuário de 84,60% dos
pacientes. Das prescrições,
O emprego das diferentes fases do
processo de enfermagem e o uso
de taxonomias para denominação
dos diagnósticos e intervenções
retratam
a
busca,
pelos
enfermeiros, de uma base segura
para assistência. Contudo, esse
processo nem sempre é isento de
dificuldades. E uma delas é o
registro dessas etapas, passo
imprescindível
para
o
desenvolvimento e controle do
processo de assistir. Tal registro
42% relacionaram-se a esse
diagnóstico. Observa-se que
os dados registrados pelos
enfermeiros na coleta de
dados foram suficientes para
o
estabelecimento
dos
diagnósticos de enfermagem
e a maioria das prescrições
87,9% apresentou relação
com os diagnósticos.
Titulo dos Autores:
permite ainda o acompanhamento
continuado para o efetivo e eficaz
emprego dessa metodologia, o que
se sugere realizar no local de
estudo, face aos dados obtidos.
Doutora, Professora titular da escola de enfermagem da USP em Ribeirão Preto. Doutora pela USP.
Rev. Latino-Am. Enfermagem vol.16 no.4 Ribeirão Preto Aug. 2008
11. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE CRÍTICO: PROPOSTA DE INSTRUMENTO DE
COLETA DE DADOS.
Paciente Crítico
Identificação
Amostra, Procedimento e Método de Análise
Resultados
Considerações Finais
Bittar, D B; Pereira,
L V; Lemos, R C A
Estudo qualitativo de intervenção que comportou a
construção do instrumento de coleta de dados fundamentado
no modelo conceitual de Horta, baseado nas NHB. Os dados
foram submetidos a validações de aparência e conteúdo.
Realizou-se levantamento bibliográfico, bem como análise
descritiva e exploratória que discorressem sobre SAE, coleta
de dados e CTI.
Construção de instrumento check-list de coleta de dados e
validado por nove enfermeiros que atuavam em CTI-A para
que fosse discutido e apontado alterações e apresentação do
instrumento proposto.
O resultado em relação ao
instrumento de coleta de
dados, pelo entendimento
do autor, deve se construir
em um roteiro sistematizado
para o levantamento de
sinais e sintomas do ser
humano; ser significativo
para o enfermeiro e para o
cliente e possibilitar o
estabelecimento
dos
diagnósticos
de
enfermagem, das metas e
dos objetivos; a prescrição
das
intervenções
de
enfermagem deve viabilizar
a
interação
enfermeiro
cliente e um cuidado
profissional, que forneça
dados
que
suscitem
hipóteses
para
o
desenvolvimento
de
pesquisas.
Quanto à validação de
aparência e conteúdo, todos
os profissionais expressaram
que
o
instrumento
favorecerá
o
desenvolvimento da SAE e
que os dados pareceramlhes
suficientes
para
identificar
alterações
ocorridas nas necessidades
básicas
de
saúde
e
possibilitar o diagnóstico de
enfermagem, tendo como
propósito estabelecer uma
base de dados sobre as
necessidades, problemas de
saúde,
experiências
relacionadas, práticas de
saúde, metas, valores e
estilo de vida do cliente.
Considerando a relevância da SAE
para nossa prática, observou-se a
necessidade de se capacitar melhor
os profissionais para a execução,
trabalhando com instrumentos
específicos e aplicáveis a cada
realidade, de forma a oferecer um
cuidado integral e qualificado aos
clientes.
Titulo dos Autores:
Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem;
Doutora. Professora Adjunto da UFTM;
Mestra. Professora Assistente da UFTM
Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2006 Out-Dez;15(4):617-28
12.
APLICABILIDADE DE INTERVENÇÕES PRIORITÁRIAS DA NIC PARA O DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
DESOBSTRUÇÃO INEFICAZ DE VIAS AÉREAS
Centro de Terapia Intensiva Pediátrica
Identificação
Napoleão, A
Carvalho, E C
A;
Titulo dos Autores:
Amostra, Procedimento e Método de Análise
Resultados
Considerações Finais
Trata-se de um estudo de caso realizado no CTIP de um
hospital escola de alta complexidade. Com o objetivo de
identificar a aplicabilidade de intervenções prioritárias da
Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC) para o
diagnóstico de enfermagem Desobstrução ineficaz de vias
aéreas em um centro de terapia intensiva pediátrico (CTIP)
onde se adotam o processo de enfermagem e os diagnósticos
de enfermagem da NANDA. O método utilizado foi o estudo
de caso. Os enfermeiros listaram espontaneamente as
atividades que desenvolviam e analisaram, nas intervenções
da NIC, se realizavam ou não as atividades adicionais que esta
taxonomia apresenta.
Identificou-se que eram
realizadas no CTIP 84,6% das
atividades da intervenção
Monitorização Respiratória,
80% das atividades da
intervenção Controle de Vias
Aéreas
e
36,4%
das
atividades da intervenção
Incremento da Tosse.
Entre as atividades não
realizadas
no
CTIP
predominam
aquelas
relativas
à
fisioterapia
respiratória e ao ensino da
tosse, que, segundo foi
apontado pelos enfermeiros,
são
realizadas
pelo
fisioterapeuta. Em relação a
outras
atividades
não
realizadas, os enfermeiros
justificaram, de uma maneira
geral, que não eram
condizentes com a condição
clínica dos pacientes do CTIP,
tais como as manobras de
abertura das vias aéreas, que
nem sempre se aplicam na
presença de vias aéreas
artificiais.
Concluiu-se que a maioria
das
atividades
das
intervenções estudadas é
realizada no CTIP e que a NIC
pode
oportunizar
aos
enfermeiros a identificação
de
potencialidades,
necessidades e contribuir
para melhorias na qualidade
do cuidado prestado.
É
importante
vislumbrar
ferramentas que facilitem a
utilização da NIC, assim como de
outros sistemas de classificação
que auxiliem os enfermeiros a
otimizarem seu trabalho na busca
de melhorias da qualidade do
cuidado prestado.
Estudos de elementos da NIC,
realizados junto a enfermeiros em
unidades específicas de cuidados à
saúde, podem trazer contribuições
ao possibilitar a aproximação
desses com a estrutura da
taxonomia,
suscitar
questionamentos,
reflexões,
identificar aspectos para pesquisas
futuras e reforçar a relevância do
trabalho de enfermagem nos
diferentes contextos de cuidado à
saúde.
Doutora, Professora adjunta da UFSCar.
Doutora, Professora titular da USP
Cogitare Enferm 2007 jan/mar; 12(1):9-19
13. AVALIAÇÃO DAS INTERVENÇÕES E DOS RESULTADOS ESPERADOS PARA O DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
FADIGA, EM PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Pacientes Portadores de Insuficiência Cardíaca
Identificação
Amostra, Procedimento e Método de Análise
Resultados
Considerações Finais
Assis, C C de;
Barros, A L B L de;
Ganzarolli, M Z.
Estudo, quase-experimental, tempo-série e transversal,
realizado em Hospital Universitário por meio da
implementação de intervenções e avaliação diária dos
resultados em 30 pacientes com diagnóstico de insuficiência
As principais intervenções de
enfermagem
foram
classificadas em "atividades
dependentes" ou iniciadas
Verificou-se que quando o paciente
recebe um cuidado de enfermagem
melhor planejado, baseado em
conhecimento e evidência científica
cardíaca e de enfermagem fadiga, internados na Unidade de
Cardiologia e UTI Coronária. Foi elaborado um instrumento
de coleta de dados composto por intervenções e resultados
de enfermagem.
Titulo dos Autores:
pelos médicos e "atividades
independentes" ou iniciadas
pelas
enfermeiras.
Observamos
que
para
realização das atividades
sugeridas para a intervenção
Promoção de energia, 100%
das
atividades
foram
independentes. Já para a
intervenção Controle de
energia, 75% das atividades
foram independentes.
Foi observada boa evolução
de todos os indicadores
avaliados. As intervenções
de enfermagem atingiram
satisfatoriamente
os
resultados esperados.
e
em
classificações
de
enfermagem, a eficácia das
intervenções
propostas
é
evidenciada pela avaliação da
melhora dos resultados alcançados.
Pós-graduanda da UNIFESP
Doutora, Professora Titular da UNIFESP
Pós-graduanda da UNIFESP
Acta paul. enferm. vol.20 no.3 São Paulo July/Sept. 2007
14. PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM PARA IMPLEMENTAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM EM
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Implementação do Diagnóstico de Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva
Identificação
Amostra, Procedimento e Método de Análise
Silva, T G da;
Madureira, V S F;
Trentini, M
O estudo identifica-se com a pesquisa convergenteassistencial . Participaram do estudo 20 estudantes do curso
de graduação em Enfermagem. O processo foi desenvolvido
em três momentos distintos. No primeiro momento, foram
realizadas aulas extra-curriculares sobre sistematização da
assistência de enfermagem com ênfase no diagnóstico de
enfermagem. No segundo, o referencial teórico adotado foi
implementado na UTI (campo de estágio da disciplina em
questão) e, no terceiro momento, foram realizadas
entrevistas semi- estruturadas. Os dados foram analisados
através da técnica do Discurso do Sujeito Coletivo.
Titulo dos Autores:
Resultados
Considerações Finais
Este estudo revela mudanças em
alguns pontos importantes.
O estudante percebe o cliente e o
cuidado de enfermagem, passando
a reconhecer as necessidades de
conquistar novas capacidades.
Ressalta-se a importância de
instrumentalizar a equipe de
enfermagem e os docentes.
Percebeu-se que após inúmeros
exercícios em sala de aula, os
estudantes mostravam-se mais
aptos para a construção do
processo de enfermagem e para a
integração do diagnóstico de
enfermagem com as demais fases
do processo de enfermagem. É
necessário que o corpo docente
possa aceita o desafio de construir
e reconstruir constantemente a
prática
de
enfermagem,
conscientizando-se do seu papel e
de sua responsabilidade frente ao
cuidado de enfermagem.
Mestre em Ciências da Saúde Humana. Professora do Curso de Enfermagem UnC Concórdia Doutora em Enfermagem. Professora da
UnC.; Doutora em Enfermagem.
Os discursos evidenciaram
mudanças na percepção e no
modo de fazer o cuidado de
enfermagem,
além
de
práticas centradas na saúde
e no ser humano. Com o uso
do
diagnóstico
de
enfermagem, o cuidado
passa a ser percebido como
um
momento
de
aproximação entre cuidador
e ser cuidado e o processo a
ser
valorizado
como
norteador da assistência.
Cogitare Enferm 2007 Jul/Set; 12(3):279-8
15. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA SUSTENTADA
PELA TEORIA DE WANDA HORTA
Identificação
Amostra, Procedimento e Método de Análise
Resultados
Considerações Finais
Lúcia
Nazareth,
Amante 1
O presente estudo contou com 15 integrantes sendo 5
pacientes, 2 enfermeiros e 8 técnicos de enfermagem. Foram
realizadas entrevistas estruturadas com os integrantes da
equipe de enfermagem, logo realizadas palestras educativas
sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem, em
seguida, foram preenchidos formulários pela equipe, onde
posteriormente sofreram análise temática.
A equipe de enfermagem
têm noção do processo
como um todo, contudo,
têm dúvidas quanto ao papel
do enfermeiro na execução
da
Sistematização
da
Assistência de Enfermagem.
Logo, elaborou-se a folha de
Diagnósticos de Enfermagem
com os mais utilizados em
UTI, por fim, elaborado a
folha de Prescrição de
Enfermagem.
O estudo mostrou uma fragilidade
e limitação no cotidiano da
enfermagem, contudo, é possível
implementar a Sistematização da
Assistência de Enfermagem desde
que exista mais perseverança
principalmente por parte dos
Enfermeiros.
Annelise
Rossetto 2
Paula
Dulcinéia
Ghizoni
Schneider 3
Titulo dos Autores:
1
Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina.
2Enfermeira.
Especialista em Enfermagem em Terapia Intensiva e Emergência.
3Enfermeira.
Mestre em Enfermagem. Professora do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade do Sul de Santa Catarina.
Ver Esc enferm. USP 2009; 43(1):54-64
16. ANÁLISE DA PRODUÇÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE O PROCESSO DE ENFERMAGEM
Identificação
Amostra, Procedimento e Método de Análise
Resultados
Considerações Finais
Graciela da Silva
Miguéis Salomão1
Foram avaliados 77 artigos onde para caracterizá-los usou-se
a abordagem quantitativa. Em seguida para caracterizar a
produção bibliográfica utilizou-se a abordagem qualitativa
para avaliar o conteúdo dos textos.
Através
deste
estudo
verificou-se que a revista
Latino-Americana
de
Enfermagem contém o maior
número
de
artigos
publicados,
sendo
a
abordagem quantitativa a
mais utilizada com 44,1%.
As temáticas enfocadas pelos
autores nem sempre utilizam uma
unificação em relação aos termos
usados. Estudos também enfocam
somente uma das etapas do
processo de enfermagem que é o
Diagnóstico de enfermagem. E em
sua grande maioria a utilização da
NANDA como sua base teórica.
Rosemeiry Capriata
de Souza Azevedo2
Titulo dos Autores:
1
Especialista em Centro Cirúrgico. Pós-Graduanda (Mestrado) em Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal
de Mato Grosso – UFMT – Cuiabá (MT), Brasil.
2Doutora
em Enfermagem. Docente da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT – Cuiabá (MT),
Brasil.
Acta Paul. Enferm. Vol 22.no5 São Paulo Sept./Oct.2009
17. PRÁTICA ASSISTENCIAL DE ENFERMAGEM EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA SUSTENTADA NO
REFERENCIAL TEÓRICO DE HORTA.
Identificação
THIAGO CHRISTEL
TRUPPEL 1
MARILUCI ALVES
MAFTUM 2
LILIANA MARIA
LABRONICI 3
MARINELI JOAQUIM
MEIER 4
Titulo dos Autores:
Amostra, Procedimento e Método de Análise
Utilizou-se o modelo conceitual de Horta na prática
assistencial, em um Hospital de ensino. As etapas sofreram
alterações, sendo utilizado somente o Histórico, Diagnóstico,
Prescrições e Evoluções baseadas na NANDA.
Resultados
Considerações Finais
Através
deste
estudo As
ações
tomadas
pelos
obteve-se como resultado a enfermeiros
pautadas
no
o quanto é importante a cientificismo estão cada vez mais
Sistematização
da valorizadas, pois ouve a fuga do
Assistência de Enfermagem somente ser mecanicista, nisto nos
na vida dos profissionais de tornamos protagonistas da arte do
saúde.
Foi
observado cuidar.
também a não realização de
alguns
procedimentos,
somente sua checagem na
prescrição.
1 Enfermeiro. Mestrando do Programa de Pós-graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Paraná – UFPR. Membro do
Grupo de Estudos Multiprofi ssionais em Saúde do Adulto (GEMSA)
2 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente do Departamento de Enfermagem e do Programa de Pós-graduação em
Enfermagem, Mestrado da UFPR. Membro do Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Cuidado Humano de Enfermagem
(NEPECHE).
3 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente do Departamento de Enfermagem e do Programa de Pós-graduação em
Enfermagem, Mestradoda UFPR. Membro do GEMSA.
4 Enfermeira. Doutora em Filosofi a da Enfermagem. Docente do Departamento de Enfermagem e do Programa de Pós-graduação em
Enfermagem,Mestrado da UFPR.
Rev. Rene. Fortaleza, v. 9, n. 3, p. 116-124, jul./set.2008
18. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Identificação
Amostra, Procedimento e Método de Análise
Resultados
Considerações Finais
Thiago
Christel
Truppel I
O estudo foi realizado segundo as seguintes etapas: Descrição
da Prática de Enfermagem; Transcrição dos Diagnósticos de
Enfermagem; Construção do protocolo de Diagnóstico de
Enfermagem; Determinação das Prescrições de Enfermagem;
Construção de Normas, Rotinas, Procedimentos e Aspectos
Éticos. Onde foi realizado o levantamento dos diagnósticos e
prescrições de Enfermagem através do registro da avaliação
de vinte pacientes internados em uma UTI.
A construção de um
protocolo de Diagnósticos de
Enfermagem se mostrou
eficaz quando cruzadas
taxonomias distintas em
busca de um resultado em
comum, neste caso, a
utilização da NANDA e CIPE,
uma completando a outra
em seus pontos falhos.
A utilização da Sistematização da
Assistência de Enfermagem (SAE) e
a CIPE para a construção da
enfermagem
é
de
grande
relevância para as instituições
públicas e privadas.
Marineli Joaquim
Meier I
Riciana do Carmo
CalixtoII
Karla Crozeta II
Simone Aparecida
Peruzzo III
Titulo dos Autores:
IUniversidade
Federal do Paraná. Departamento de Enfermagem. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem.
Curitiba, PR
IIUniversidade Federal do Paraná. Departamento de Enfermagem. Curso de Graduação em Enfermagem, Curitiba, PR
IIIAssociação Brasileira de Enfermagem, Seção Paraná. Curitiba, PR
Rev.bras.enferm.vol.62 no.Brasília Mar./Apr.2009
19. DIAGNÓSTICO DE NECESSIDADES DA FAMÍLIA DE CLIENTES ADULTOS NA UTI: REVISÃO DE LITERATURA
Identificação
Amostra, Procedimento e Método de Análise
Resultados
Considerações Finais
Juciara
Almeida
Ribeiro1, Maria da
Soledade
Simeão
dos Santos2
Foi utilizado levantamento bibliográfico do período de 2001 a
2006, onde foram encontrados 15 artigos dos quais 13 foram
escolhidos por aderência ao tema escolhido. Para análise
deste material foi utilizado a técnica de análise de conteúdo
temática.
Através
deste
estudo
verificou-se a necessidade de
uma comunicação efetiva da
família com os enfermeiros.
Com esta aproximação as
orientações passadas aos
familiares se tornaram mais
efetivas,
tornando
os
mesmos mais colaborativos.
Com esta análise foi possível
observar a importância da família
dentro das unidades de terapia
intensiva. Foi possível mostrar
como a família exerce um papel
importante no cuidar, diminuindo
assim o trabalho da equipe para
com o paciente.
Titulo dos Autores:
1Enfermeira. Especialista em Enfermagem em cuidados intensivos em clientes adultos e idosos. Universidade Federal FluminenseUFF. Membro do Núcleo de Pesquisa em Educação, Gerência e Exercício Profissional em Enfermagem-NUPEGEPEn da Escola de
Enfermagem Anna Nery-EEAN/UFRJ.
2Enfermeira. Doutora. Professora Adjunta do Departamento de Metodologia em Enfermagem EEAN. Membro do NUPEGEPEn da
EEAN/UFRJ.
Cogitare Enferm 2008 Jul/Set; 13(3):437-42
Detectamos que nos últimos sete anos, período proposto para investigação
científica, houveram muitas publicações relacionadas à PE em diversas áreas de
atuação da enfermagem, o que demonstra o interesse dos profissionais na busca do
conhecimento próprio da enfermagem, entretanto nem todos fizeram parte da
amostra por não atender aos critérios de inclusão.
Todos os objetivos das pesquisas descritas neste estudo, eram claros,
precisos e completos, bem como todos foram submetidos à comitê de ética e obtido
consentimento livre esclarecido dos indivíduos estudados.
Em relação à titulação, dos 64 pesquisadores, a maioria eram doutores 30
(46,67%), seguido de mestres 10 (15,62%), Especialistas 10 (15,62%), pósgraduandos
9
(14%), Enfermeiros graduados 8
(12,5%), Acadêmicos de
enfermagem 2(3,12%), mestrandos 1 (1,56%). Destes 27 (42,18%) eram professores
universitários. Chama atenção o elevado nível dos artigos, contando com mais de
dois autores na maioria dos estudos.
Ressalta-se ainda que 12(63,15%) dos estudos foram provenientes de
trabalhos desenvolvido em Núcleos e/ou Grupos de Pesquisa, vinculados a cursos
de pós-graduação com interesse nesta área de atenção, financiados ou não pela
CNPQ.
Percebemos que apesar do assunto PE fazer parte da vida profissional da
enfermagem, em especial do enfermeiro por ser o responsável por esse
gerenciamento das atividades, nem todos se aventuram a estudá-lo, pesquisá-lo
e/ou implementá-lo, ficando tal competência a cargo das universidades e docentes,
pois como vimos na pesquisa, a maioria dos autores são doutores e professores de
entidades públicas. Isso também nos demonstra a grande preocupação da academia
em disseminar os conhecimentos próprios que a enfermagem vem construindo com
a utilização do PE.
No que diz respeito ao local onde foram desenvolvidos os estudos, a maioria
aparece na região Sul do País (Brasil), com destaque para os estados do Paraná,
Santa Catarina e Rio Grande do Sul 11 (50%), seguida da região sudeste 06
(27,2%), Centro-oeste 02 (9,0%) e nordeste 03 (13,6%).
Em relação à identificação das fontes para localização dos artigos 9 (47,3%)
são provenientes do SCIELO, 4(21%) são provenientes da BDENF, 3 (15,7%) são
provenientes do LILAC’S, 03(15,7%) com disponibilidade direta em revista eletrônica
de enfermagem e todos os artigos foram publicados em revistas específicas de
enfermagem.
Em se tratando do público alvo identificamos que o PE estava implantado e
destinado a atender: estudantes de graduação em enfermagem1(5,2%), pacientes
críticos 10(52,63%) com destaque para portadores de insuficiência cardíaca e
cardiopatias congênitas, 9 (47,36%) equipe de enfermagem em UTI, destes, dois se
restringem ao enfermeiro. Apenas 1(5,2%) aborda diagnósticos comumente
encontrados na UTI.
Dentre os modelos teóricos utilizadas nos estudos o de Wanda Horta obteve 6
(31,57%) citações, seguida de Orem 1(5,2%), e entre os sistemas de classificação a
Taxomonia II da NANDA Internacional obteve maior referência 12(63, 15%); a
Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC) 1( 5,2%)
e Classificação
Internacional para a Prática em saúde coletiva CIPE®/CIPESC 3 (15,78%) com
especial destaque para implantação do prontuário eletrônico.
Entendemos que a enfermagem, como uma profissão em evolução, vem
desenvolvendo um conjunto de conhecimentos em termos de conceitos e teorias
que dão apoio à sua prática. A utilização de métodos e modelos na área da
enfermagem junto à prática clínica do enfermeiro deve ser uma realidade constante
no seu cotidiano, e este deve buscar o que há de melhor na sua prática, por meio de
atualizações em cursos ou em literatura disponíveis nos banco de dados
científicos15.
Diante desta vasta disponibilidade de modelos, construir um vocabulário que
padronize os termos clínicos para uso na prática profissional e que atenda a critérios
como validade, confiabilidade, comunicação intersubjetiva de significados e
facilidade de recuperação de dados, ainda é um desafio para a enfermagem1.
Estudos têm revelado que os sistemas informatizados representam o maior
investimento
de
recursos
de
capital
e
humano
em
todo
o
mundo
e,
consequentemente, afetam os profissionais de saúde nos mais variados cenários de
cuidado. Os enfermeiros são componentes fundamentais do cuidado em saúde e,
portanto, torna-se necessário o envolvimento e a atuação permanente dos
pesquisadores e profissionais no desenvolvimento e aplicação de sistemas de
informação, pois estes terão resultado direto sobre o desempenho dos enfermeiros
na prática, sobretudo, nos resultados aplicados à qualidade da assistência aos
clientes16.
De acordo com os dados, o estudo mostra que todos 19(100%) realizam
histórico de enfermagem, 10(52,63%) histórico e diagnósticos de enfermagem, 7
(36,84%) prescrição de enfermagem, 6(31,57%) evolução de enfermagem. Notamos
que nem todos aplicam o PE em sua integralidade.
Sabemos da importância da indissolubilidade do processo, sendo vital para o
crescimento profissional e pessoal a realização de todas as etapas de forma que o
indivíduo assistido tenha garantido um atendimento personalizado, eficiente,
individual e acima de tudo com qualidade.
O PE é um instrumento essencial para a prática profissional 17, baseado na
lógica científica, e é um importante recurso para assegurar a qualidade do
atendimento ao cliente. Um modelo básico que atua como um guia para as ações e
se constitui em um veículo básico para se chegar à finalidade de assistir com
qualidade.
Em se tratando ao desenho metodológico da pesquisa, 16 (84,2%) foram
artigos com abordagem qualitativa, 02 (10,5%) foram pesquisas com abordagem
quanti-qualitativa e apenas 1 (5,26%) atendeu ao formato quantitativo.
Quanto ao tipo de delineamento da abordagem qualitativa identificamos: 1
(5,26%) estudo de caso, 14 (73,6 %) estudos de intervenção, 2 (10,5%) relato de
experiência e 2 (10,5%) foram revisão bibliográfica. Em relação à força das
evidências obtidas nos artigos, encontrou-se dois artigo com nível de evidência 1,
dois com nível de evidência 2 e quinze com nível de evidência 4.
Desta forma, somando as modalidades de pesquisa e por se tratar de uma
revisão integrativa da literatura baseada em evidências, este estudo obteve um
resultado positivo por envolver estudos quantitativos e qualitativos nos quais de
complementam, gerando diferentes tipos de conhecimentos para a prática
assistencial, pois, ambos requerem experiência do pesquisador, rigor no
desenvolvimento do estudo e ainda geram conhecimento para o desenvolvimento da
profissão18.
Os estudos de intervenção apresentaram diversidade de formatos, sendo os
descritivos, exploratórios os mais encontrados, seguido dos modelos convergente
assistencial e interacionismo simbólico. O Interacionismo Simbólico é um método
que tem sido utilizado com sucesso na enfermagem por se tratar de uma teoria em
que o significado é o conceito central, onde as ações individuais e coletivas são
construídas a partir da interação entre as pessoas, que definindo situações agem no
contexto social que pertencem19 em contrapartida a pesquisa convergenteassistencial (PCA) sustenta, em seu desenvolvimento, estreita relação com a
situação social e objetiva encontrar soluções para problemas, realizar mudança e
introduzir inovações na situação social. Quando utilizada pela enfermagem, inclui
atividades de cuidado/assistência, contudo não se consolida com o ato de cuidar ou
de assistir, que é apenas parte do processo de pesquisa 20.
Já a revisão bibliográfica, ou revisão da literatura é uma tomada de contas
sobre o que foi publicado acerca de um tópico específico21. É o momento em que
podemos situar nosso trabalho, onde damos rumo e “afunilamos” o tema em sí. O
estudo de caso clínico pode ser definido como um estudo delimitado com a
exploração de um sistema, obtido a partir de uma coleta de dados detalhada,
envolvendo varias fontes de informação22.
Ainda enfatizando a pesquisa, destacamos que as novas metodologias estão
incorporando uma linguagem apropriada para abordar o universo simbólico da
enfermagem e para isso a pesquisa qualitativa vem permitindo a compreensão do
problema no meio em que ele ocorre, sem criar situações artificiais que mascarem a
realidade, ou que levem a interpretações ou generalizações equivocadas23. O
Enfermeiro ocupa neste caso uma posição privilegiada em relação a quem utiliza os
métodos tradicionais de pesquisa, pois investiga os problemas que surgem no diadia da prática de enfermagem, além de dispor de uma variedade de métodos e
técnicas peculiares a abordagem qualitativa24.
De acordo com os resultados, o estudo mostra que o PE possui viabilidade
de execução, para melhorar a qualidade da assistência, bem como a equipe de
enfermagem demonstrou compreender a importância e o valor dos registros do
fazer na prática para a implementação de uma metodologia assistencial.
Dentre as metodologias empregadas ressalta-se a CIPE®/CIPESC que foi
vista como estratégia possível tanto na atenção primária como hospitalar, auxiliando
na tomada de decisões acerca do PE a partir dos problemas levantados por eles,
construindo desta forma, um Banco de Dados sensível a nossa realidade.
Sendo assim, o PE informatizado de acordo com a CIPE® contribui para a
prática de enfermagem por apresentar linguagem de fácil entendimento, aderência
com a realidade em foco permitindo uma prática baseada em evidência. Ainda como
modelo de sistematização utilizado a NIC, pode oportunizar aos enfermeiros a
identificação de potencialidades, necessidades e contribuir para melhorias na
qualidade do cuidado prestado.
Ainda conforme os resultados, evidenciamos que a construção de protocolos
de Diagnóstico de Enfermagem também se mostrou eficaz com a utilização da
NANDA em conjunto com a CIPE®. Somando a isto a participação da família na
elaboração indireta da SAE proporcionou uma maior interação dos enfermeiros com
os pacientes, tornado assim mais efetiva a implementação da SAE.
Percebemos também que a evolução temporal das respostas humanas
contribuiu para as intervenções orientadas por decisões diagnósticas, facilita a
escolha
da
ação
mais
adequada,
possibilita
melhor
prognóstico,
o
que
conseqüentemente
denota
ao
enfermeiro
maior
autonomia,
visibilidade
e
reconhecimento profissional, bem como a valorização do trabalho de enfermagem.
Outro ponto bastante comentado nos trabalho foi a necessidade do
enfermeiro perceber a imperiosidade de documentar suas ações e registrar os sinais
e sintomas apresentados pelo paciente.
Sabemos que as anotações efetuadas pela enfermagem consistem no mais
importante instrumento de prova da qualidade da atuação da enfermagem e
mediante o fato enunciado por SANTOS et al. (2003) de que 50% das informações
inerentes ao cuidado do cliente são fornecidas pela enfermagem, é indiscutível a
necessidade de registros adequados e freqüentes no prontuário do cliente 25.
Foi consenso nos artigos, o uso de instrumentos que viabilizam a aplicação
do processo favorecendo o desenvolvimento da SAE e que os dados pareceramlhes suficientes para identificar alterações ocorridas nas necessidades básicas de
saúde e possibilitar o diagnóstico de enfermagem.
Portanto a utilização de instrumentos com a finalidade de uma anamnese e
um exame físico diários, embasados no marco teórico escolhido auxiliará os
enfermeiros na obtenção das evidencias e na aplicabilidade da teoria 26.
Entre os pontos negativos nos preocupou que, em um dos artigos não foi
visualizado o PE, muito menos registro de atividades, e nem a identificação das
competências do enfermeiro. Outro achado foi às dificuldades de alguns
profissionais no raciocínio diagnóstico e terapêutico o que nos leva a inferir em
falhas na formação acadêmica do enfermeiro.
Para a enfermagem, o descaso com o registro sistemático dos elementos
anteriormente mencionados (diagnóstico, ações/intervenções e resultados de
enfermagem) pode resultar, por um lado, em ausência de visibilidade e de
reconhecimento profissional; por outro lado, o que é talvez mais sério, em ausência
ou dificuldade de avaliação de sua prática5.
Nas revisões bibliográficas em específico, nos chamou atenção, que apesar
da compreensão da importância do PE a função do enfermeiro não demonstrou-se
clara para a maioria dos membros da equipe de enfermagem, que por muitas vezes
realizavam os procedimentos e não checavam na prescrição de enfermagem ou
checavam o procedimento e não o realizavam.
Cabe ainda ressaltar que a simples implementação dos instrumentos de
coleta de dados sem mudança de comportamento não implica a existência da SAE
nas instituições de saúde. Para que a SAE ocorra, torna-se necessária uma
comunhão entre conceitos de marco teórico e a conduta dos profissionais de
enfermagem26.
Finalizando a análise dos artigos, e tomando as recomendações dos autores
percebemos que com a utilização da SAE houve mudanças na percepção e no
modo de fazer o cuidado de enfermagem, além de práticas centradas na saúde e no
ser humano. O grande desafio é capacitar melhor os profissionais para a execução,
trabalhando com instrumentos específicos e aplicáveis a cada realidade, de forma a
oferecer um cuidado integral e qualificado aos clientes. O envolvimento profissional
aliado ao interesse de construção do conhecimento deve ser a mola mestre para o
desenvolvimento de um fazer diferenciado.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados da pesquisa permitem considerar que a experiência advinda
destes 30 anos de implantação e/ou implementação da SAE demonstra a viabilidade
de utilização do PE implicando diretamente na qualidade da assistência e
valorização do trabalho da enfermagem, porém ressalta-se a necessidade de
estudos e atualização constante do enfermeiro na utilização do processo de
enfermagem.
Em relação aos objetivos desta revisão de sintetizar os estudos sobre a
utilização do PE pode-se constatar que devido uso de uma variedade de
terminologias permitiu-se a identificação de padrões de cuidado, seja este através
da CIPE®, CIPESC, NANDA e NIC facilitando a avaliação da qualidade da
assistência além da linguagem comum a todos.
O PE é um instrumento que
possibilita um fazer direcionado por ações exeqüíveis na prática, além de
reconhecimento profissional, ocupação de espaço social com autenticidade e
liberdade de ação.
Verificamos nesta revisão integrativa que a escolha das metodologias
convergente assistencial e do interacionismo simbólico estimulou a reflexão crítica e
ao aprendizado mútuo contribuído com o envolvimento ativo da enfermagem como
um todo e dos pesquisadores.
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