Lições 31/32 – 12ºA - Diogo Madeira Psicologia B

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Lições 31/32 – 12ºA e B
9-11-2012 (sexta-feira)
ANG1 - 09H05/10H35
Sumário: Conclusão da FTG 6 - Tema 3 – A
Cultura. Como a cultura influencia e molda o
comportamento
humano:
das
«crianças
selvagens» à compreensão da diversidade
humana. Avaliação e correção de trabalhos dos
alunos.
Datas para avaliação dos portefólios:
4, 7, e 11 de Dezembro. Dia 14, auto-avaliação.
Tópico de apoio
Questão 13 da ficha de trabalho de grupo 6 – Tema 3 –
A Cultura
R: Em todas as sociedades humanas há uma pressão social que consiste em tentar
socializar os indivíduos com o objectivo de facultar a sua integração nos padrões
de cultura instituídos, acentuando pela educação, sobretudo informal, a aquisição
de normas, valores e comportamentos que são esperados em cada realidade social.
Esta pressão social é no fundo uma força que age sobre cada indivíduo no sentido
deste se comportar em conformidade com as normas sociais. Esta forma de
adequação comportamental chama-se mais propriamente conformismo social.
Todavia, do facto de existir uma forte pressão social não quer isso significar que as
pessoas deixem de exercer a sua liberdade de escolha, até porque cada pessoa
possui uma história individual de vida que se singulariza nas suas escolhas ao
longo da vida. As pessoas têm autonomia e liberdade para obedecerem às normais
sociais vigentes ou para criticar e rejeitar normas e padrões de comportamento
que são tidas como inadequadas. A pressão social existe – sempre, e é um facto –
mas o indivíduo tem sempre a capacidade de escolha para recusar interiorizar
padrões culturais, hábitos, costumes, com os quais não concorda. Existem
tradições muito antigas em todas as culturas, e há pressão social para que essas
tradições continuem a ser seguidas, conservadas e respeitadas; no entanto, há
tradições que caem em desuso e até desaparecem: a explicação reside na liberdade
de escolha das pessoas. Um exemplo cultural: durante milhares de anos as
mulheres viúvas na Índia eram obrigadas a viver à margem da sociedade, pois de
acordo com uma tradição religiosa milenar, quando o marido morre, a mulher
viúva perde «metade da sua alma»: não pode voltar a casar, nem ter filhos, e só
pode escolher: a) mulher cremada na pira funerária, juntamente com o seu
marido; b)- viver numa casa de reclusão, ou num asilo, só para viúvas, sem
qualquer contacto social e viver uma existência de mendicidade ou dedicar-se à
prostituição para assegurar a sua sobrevivência; c) – casar com o cunhado, o
irmão mais novo do marido defunto. Esta situação, ainda atual na sociedade
indiana, está a ser alvo de fortes críticas sociais e é um costume que está a cair em
desuso. Mesmo assim, estima-se que cerca de 40 milhões de mulheres vivam ainda
segundo estas tradições de caráter religioso. Há pressão social mas os indivíduos
podem resistir e desobedecer aos padrões culturais, por mais antigos que estes
sejam.
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