Monitorização Hemodinâmica Não-Invasiva A monitorização hemodinâmica é utilizada para o diagnóstico, para terapêutica e, até mesmo, para fazer um prognóstico com os dados obtidos. Sua finalidade é reconhecer e avaliar os possíveis problemas, em tempo hábil, com o objetivo de estabelecer uma terapia adequada imediata. A monitorização hemodinâmica não-invasiva têm como objetivo reduzir as complicações associadas às técnicas utilizadas na monitorização hemodinâmica invasiva. Sua escolha se deve pelas suas características: -Processo menos invasivo; -Facilidade de manuseio; -Relação custo-benefício na utilização dos procedimentos invasivos na UTI; -Confirmação por exames complementares. As variáveis fisiológicas comumente monitorizadas pelo método não-invasivo são: pressão sanguínea arterial; freqüência cardíaca, temperatura, freqüência respiratória, eletrocardiograma, monitorização respiratória nãoinvasiva; avaliação neurológica não-invasiva. *Monitorização eletrocardiográfica Serve para a medição da freqüência e do ritmo cardíaco. Detecta arritmias, sinal do marcapasso e isquemia cardíaca; A má qualidade do eletrocardiograma é um problema clínico muito comum, que pode ser sanado pela compreensão e otimização da técnica; A pele deve ser preparada adequadamente e os eletrodos instalados nas melhores posições possíveis; As peles úmidas ou oleosas devem ser limpas com álcool e seca para que os eletrodos tenham uma adesão máxima; As áreas pilosas da pele devem ser depiladas para melhor adesão e remoção menos dolorosa dos eletrodos; Atenção, pois o gel redutor pode provocar uma irritação cutânea; Os eletrodos devem ser instalados acima de proeminências ósseas, mas não sobre área de pele frouxa, com o objetivo de reduzir o movimento; Os eletrodos normalmente são projetados para uso único. O gel do eletrodo seco ou a falta de gel pode provocar traços instáveis; O acondicionamento dos eletrodos deve ser feito de modo adequado, evitando-se exposição ao calor ou remoção dos envoltórios; Os eletrodos frios podem não aderir à pele, portanto devem ser aquecidos nas mãos antes da aplicação; Prendedores frouxos ou desgastados podem provocar mal contato entre os fios condutores e os colchetes do eletrodo; Rupturas nos fios condutores podem causar transmissão eletrocardiográfica dificultada, devendo ser trocados e examinados com cuidado; Não deixem os condutores caídos sobre os motores, lâmpadas ou instrumentos elétricos e diminuir a área de alça, pois podem induzir a voltagens indesejadas; As ligações não devem ser frouxas, e devem-se evitar fios desencapados e soltos. Ligar os alarmes e ajustar os parâmetros de acordo com as condições clínicas do paciente: freqüência cardíaca mínima e máxima, arritmias, pressão arterial, reconhecimento da presença do marcapasso.; Prover informações sobre o equipamento e alarmes para o paciente e sua família, com o objetivo de proporcionar mais conforto e reduzir a ansiedade. *Monitorização respiratória Os pacientes críticos sofrem distúrbios que alteram a perfusão e a oxigenação tecidual. A monitorização respiratória pode ser avaliada, além da gasometria arterial através do oxímetro de pulso, capnografia, dentre outros. Oxímetro de pulso: é um método seguro e simples para avaliar a oxigenação do paciente. Reflete a monitorização da saturação de oxigênio da hemoglobina arterial pelo oxímetro de pulso. A molécula de hemoglobina é capaz de carregar 98-99% de todo o oxigênio presente no sangue. A molécula de hemoglobina é considerada saturada quando está ligada a quatro moléculas de oxigênio – oxiemoglobina. A saturação de oxigênio reflete a quantia de hemoglobina que está ligada com oxigênio; O oxímetro de pulso pode ser usado para detectar a presença de hipoxemia em pacientes com potenciais distúrbios respiratórios que estejam sob ventilação mecânica, em oxigenoterapia e em pacientes com deficiência neurológica que pode afetar a respiração; Calafrios, atividades de pressão, pacientes inquietos no leito, baixa perfusão e edema podem interferir na leitura da oximetria. Capnometria Refere-se à medida e ao registro do gás carbônico no final da expiração, constituindo em uma das essências da função respiratória. Sua utilidade está na possibilidade a cada ciclo respiratório de monitorizar a concentração de CO2 do ar expirado no final da expiração Os capnógrafos analisam e registram a pressão parcial de CO2 durante o ciclo respiratório por um sensor aplicado nas vias aéreas do paciente ou pela aspiração de uma amostra de ar das vias aéreas processada por um sensor. Monitorização não-invasiva da pressão arterial Reflete-se à pressão que o sangue exerce dentro das artérias. A pressão arterial depende da força de contração do ventrículo e da quantidade de sangue lançada pelo coração em cada contração; A força de contração depende da capacidade cardíaca de bombear o sangue, e quanto maior esta capacidade, maior quantidade de sangue será ejetado; A pressão arterial é diretamente proporcional ao produto do débito cardíaco e da resistência vascular periférica. A pressão arterial sistólica é a pressão correspondente ao final da sístole, determinada pelo volume sistólico ventricular esquerdo, pela velocidade de ejeção e elasticidade da parede aórtica; A pressão arterial diastólica corresponde ao relaxamento do ventrículo. Se estabelece pela resistência periférica e freqüência cardíaca; A pressão de pulso é a diferença entre as pressões sistólica e diastólica; A pressão arterial pode ser aferida por métodos nãoinvasivos e invasivos; No método oscilométrico a verificação da pressão dáse através do manguito inflado até que a pressão arterial sistólica seja ultrapassada. Quando o manguito for desinsuflado progressivamente, um microprocessador interpretará as oscilações dentro do manguito, fornecendo os valores pressóricos; Manguitos muito largos tendem a subestimar os valores da pressão arterial e manguitos pequenos fornecem medidas superiores ao valor real; A largura ideal de um manguito apropriado deve ser igual a 2/3 da circunferência do membro no qual é posicionado.