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BRASIL: INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE AS DIFERENTES REGIÕES
O Brasil encontra-se política e geograficamente dividido em cinco regiões distintas,
que possuem traços comuns no que se refere aos aspectos físicos, humanos,
econômicos e culturais. Os limites de cada região - Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e
Centro-Oeste - coincidem sempre com as fronteiras dos estados que as compõem.
Esse critério é utilizado como referência pela Fundação Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) para a coleta e processamento dos dados estatísticos
oficiais do governo brasileiro(1).
Região Norte - Com uma área de 3.869.637,9 km2, que corresponde a 45,27% do
território brasileiro, a região Norte é formada pelos estados do Acre, Amapá,
Amazonas, Pará Rondônia, Roraima e Tocantins. Sua área está localizada entre o
maciço das Guianas ao norte, o planalto Central ao sul, a cordilheira dos Andes a
oeste e o oceano Atlântico a noroeste. De clima equatorial, é banhada pelos grandes
rios das bacias Amazônica e do Tocantins. Seu relevo tem três patamares de altitude
- igapós, várzeas e baixos platôs ou terra firme - definidos pelo volume de água dos
rios, em função das chuvas. Os igapós são áreas permanentemente inundadas, com
vegetação adaptada a permanecer com suas raízes sempre debaixo d'água. As
várzeas encontram-se em terreno mais elevado e são inundadas apenas na época das
cheias dos rios. A seringueira é um bom exemplo do tipo de árvore existente nessa
área. Os baixos platôs ou terra firme estão localizados nas partes mais elevadas e
fora do alcance das cheias dos rios. Nessa área encontram-se as grandes árvores de
madeira de lei e as castanheiras.
A região Norte possui 11.290.093 habitantes, 7% da população total do país. Sua
densidade demográfica é a mais baixa entre todas as regiões geográficas, com 2,91
habitantes por km2. A maior parte da população da região Norte (57,8%) é urbana,
sendo Belém, capital do estado do Pará, sua maior metrópole.
A economia da região Norte baseia-se no extrativismo vegetal de produtos como
látex, açaí, madeiras e castanha-do-pará; no extrativismo mineral de ouro,
diamantes, cassiterita e estanho; e na exploração de minérios em grande escala,
principalmente o ferro na serra dos Carajás, estado do Pará, e o manganês na serra
do Navio, estado do Amapá. Duas ferrovias viabilizam o escoamento dos minérios
extraídos da região: a Estrada de Ferro Carajás, que vai de Marabá, estado do Pará,
a São Luiz, capital do estado do Maranhão (região Nordeste), que leva o ferro para
os portos de Itaqui e Ponta da Madeira; e a estrada de Ferro do Amapá, que transporta
o manganês extraído na serra do Navio até o porto de Santana, em Macapá, capital
do estado do Amapá.
Em algumas partes da região a energia é fornecida por usinas hidrelétricas e em
outras o abastecimento depende de geradores a óleo diesel. No rio Tocantins, estado
do Pará, encontra-se a usina hidrelétrica de Tucuruí, a maior da região. Existem
ainda usinas menores, como Balbina, no rio Uatumã, estado do Amazonas, e Samuel,
no rio Madeira, estado de Rondônia.
O Governo Federal oferece incentivos fiscais para a instalação de indústrias no
estado do Amazonas, especialmente montadoras de produtos eletrônicos. Esse
processo é administrado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus e os
incentivos deverão permanecer em vigor até, pelo menos, o ano 2003.
Região Nordeste - Inclui os estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do
Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, ocupando área de
1.561.177,8 km2, o que corresponde a 18,26% da área total do país. A maior parte de
seu território é formada por extenso planalto, antigo e aplainado pela erosão. Em
função das diferentes características físicas que apresenta, a região Nordeste
encontra-se dividida em quatro sub-regiões: Zona da Mata, Agreste, Sertão e o
Polígono das Secas.
A faixa de transição entre o sertão semi-árido e a região Amazônica denomina-se
Meio-Norte, apresentando clima bem mais úmido e vegetação exuberante à medida
que avança para o oeste. A vegetação natural dessa área é a mata dos cocais, onde
se encontra a palmeira babaçu, da qual é extraído óleo utilizado na fabricação de
cosméticos, margarinas, sabões e lubrificantes. A economia local é basicamente
agrícola, predominando as plantações de arroz nos vales úmidos do estado do
Maranhão. Na década de 80, no entanto, teve início o processo de industrialização
da área, com a instalação de indústrias que constituem extensões dos projetos
minerais da Amazônia.
A economia da região Nordeste baseia-se na agroindústria do açúcar e do cacau. O
petróleo é explorado no litoral e na plataforma continental e processado na refinaria
Landulfo Alves, em Salvador, e no Pólo Petroquímico de Camaçari, também no
estado da Bahia. O setor de turismo, que tem demonstrado grande potencialidade de
desenvolvimento na região Nordeste, vem crescendo consideravelmente nos últimos
anos e apresenta perspectivas otimistas para o futuro.
A população da região Nordeste totaliza 44.768.201 habitantes, o que representa
28,9% do total do país. Sua densidade demográfica é de 28,05 habitantes por km2 e
a maior parte da população se concentra na zona urbana (60,6%). As principais
metrópoles regionais são as cidades de Salvador, capital do estado da Bahia, Recife,
capital do estado de Pernambuco, e Fortaleza, capital do estado do Ceará.
Zona da Mata - Estende-se do estado do Rio Grande do Norte ao sul do estado da
Bahia, numa faixa litorânea de até 200 km de largura. Possui clima tropical úmido,
com chuvas mais freqüentes na época do outono e inverno, exceto no sul do estado
da Bahia, onde se distribuem uniformemente por todo o ano. O solo dessa área é
fértil e a vegetação natural é a mata atlântica, já praticamente extinta e substituída
por lavouras de cana-de-açúcar, desde o início da colonização do país.
Agreste - É a área de transição entre a Zona da Mata, região úmida e cheia de brejos,
e o sertão semi-árido. Nesta sub-região os terrenos mais férteis são ocupados por
minifúndios, onde predominam as culturas de subsistência e a pecuária leiteira.
Sertão - Extensa área de clima semi-árido, nos estados do Rio Grande do Norte e
Ceará o sertão chega até o litoral. Os solos desta sub-região são rasos e pedregosos,
as chuvas escassas e mal distribuídas e as atividades agrícolas sofrem grande
limitação. A vegetação típica do sertão é a caatinga. Nas partes mais úmidas existem
bosques de palmeiras, especialmente a carnaubeira, também chamada "árvore da
providência", por serem todas as sua partes aproveitadas. O rio São Francisco é o
maior rio da região e única fonte perene de água para as populações que habitam as
suas margens. Nele existem várias represas e usinas hidrelétricas, como a de
Sobradinho, em Juazeiro, estado da Bahia, e a de Paulo Afonso, na divisa dos estados
da Bahia e Pernambuco. A economia do sertão nordestino baseia-se na pecuária
extensiva e no cultivo de algodão em grandes propriedades de terra, com baixa
produtividade.
Polígono das Secas - Delimitada em 1951 para combater as secas do Nordeste, essa
área abrange praticamente todos os estados do Nordeste, com exceção do Maranhão
e o litoral leste da região. As secas de 1979 a 1984 e 1989 a 1990 atingiram 1.510
municípios do Nordeste brasileiro. O combate tradicional às secas vem sendo feito
com a construção de açudes e distribuição de verbas aos prefeitos dos municípios
atingidos. Recentemente, no entanto, o governo federal começou a implementar
projetos na região, que visam à solução definitiva do problema de convivência do
homem nordestino com a seca. Dentre tais projetos destaca-se o projeto Áridas,
financiado pelo Banco Mundial.
Região Sudeste - Formada pelos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de
Janeiro e São Paulo, ocupa 10,85% do território brasileiro, com área de 927.286,2
km2. Situa-se na parte mais elevada do planalto Atlântico de sudeste, onde se
encontram as serras da Mantiqueira, do Mar e do Espinhaço. Sua paisagem típica
apresenta formações de montanhas arredondadas, chamadas "mares de morros" e os
"pães de açúcar", que são montanhas de agulhas graníticas. O clima predominante
no litoral é o tropical atlântico e nos planaltos o tropical de altitude, com geadas
ocasionais. A mata tropical que existia originalmente no litoral foi devastada no
período de ocupação do território, dando lugar a plantações de café. No estado de
Minas Gerais predomina a vegetação de cerrado, com arbustos e gramas, sendo que
no vale do rio São Francisco e norte do estado encontra-se a caatinga.
O relevo planáltico do Sudeste fornece grande potencial hidrelétrico à região, quase
todo aproveitado. A maior usina existente é a de Urubupungá, localizada no rio
Paraná, divisa dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Encontram-se ainda
na região Sudeste as nascentes de duas importantes bacias hidrográficas do país: a
bacia do rio Paraná, que se origina da união dos rios Paranaíba e Grande, próxima à
região conhecida como Triângulo Mineiro, no estado de Minas Gerais, e a do rio
São Francisco, que nasce na serra da Canastra, também no estado de Minas Gerais.
A região Sudeste é a de maior população no país, somando 67.003.069 habitantes, o
que corresponde a 42,63% do total. É também a região com maior densidade
demográfica (72 habitantes por km2) e mais alto índice de urbanização: 88%. Abriga
as duas mais importantes metrópoles nacionais, as cidades de São Paulo e Rio de
Janeiro, localizadas em estados que levam os mesmos nomes. A cidade de Belo
Horizonte, capital do estado de Minas Gerais, é considerada importante metrópole
regional.
A economia da região Sudeste é a mais desenvolvida e industrializada entre as
economias de todas as regiões, nela se concentrando mais da metade da produção do
país. Possui ainda os maiores rebanhos bovinos, além de significativa produção
agrícola, que inclui o cultivo de cana-de-açúcar, laranja e café em lavouras que
apresentam bom padrão técnico e alta produtividade. Possui ainda reservas de ferro
e manganês na serra do Espinhaço, estado de Minas Gerais, e petróleo em quantidade
razoável na bacia de Campos, estado do Rio de Janeiro.
Região Sul - Com 577.214,0 km2, é a região que apresenta menor área, ocupando
apenas 6,75% do território brasileiro. Formada pelos estados do Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul, tem clima subtropical, exceto na região norte do
estado do Paraná, onde predomina o clima tropical. Caracteriza-se pela diversidade
de temperaturas nas diferentes áreas que a compõem. As regiões de planaltos mais
elevados apresentam temperaturas baixas, com nevascas ocasionais, e na região da
planície dos pampas, mais ao sul, as temperaturas são elevadas. A vegetação
acompanha essa variação da temperatura, ou seja, nos locais mais frios predominam
as matas de araucárias (pinhais) e nos pampas os campos de gramíneas. A região
possui grande potencial hidrelétrico, destacando-se a usina de Itaipu, localizada no
rio Paraná, na fronteira com o Paraguai.
A população da região Sul totaliza 23.516.730 habitantes, o que representa 14,95%
da população do País. A densidade demográfica é de 40,7 habitantes por km2 e 74,1%
da população vive no meio urbano. São encontrados traços marcantes da influência
da imigração alemã, italiana e açoriana na região.
Inicialmente baseada na agropecuária, a economia da região Sul desenvolveu
importante parque industrial nas últimas décadas, cujos centros se encontram nas
áreas metropolitanas da cidade de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do
Sul, e Curitiba, capital do estado do Paraná. A produção agrícola utiliza modernas
técnicas de cultivo, destacando-se o trigo, soja, arroz, milho, feijão e tabaco entre os
principais produtos comercializados. Na pecuária encontram-se rebanhos de
linhagens européias (hereford e charolês). A suinocultura é praticada no oeste do
estado de Santa Catarina e no estado do Paraná, onde ainda é significativa a prática
do extrativismo, com extração de madeira de pinho. No estado de Santa Catarina
explora-se o carvão mineral ao sul e se encontra grande número de frigoríficos, que
produzem não apenas para o mercado interno, mas também para exportação.
Região Centro-Oeste - Ocupa 18,86% do território brasileiro, numa área de
1.612.077,2 km2 e é formada pelos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato
Grosso e o Distrito Federal. Localizada no extenso planalto Central, seu relevo
caracteriza-se pela predominância de terrenos antigos e aplainados pela erosão, que
deram origem a chapadões. Na parte oeste do estado de Mato Grosso do Sul e
sudoeste do estado de Mato Grosso encontra-se a depressão do pantanal MatoGrossense, cortada pelo rio Paraguai e sujeita a cheias durante parte do ano. A
vegetação do Pantanal é extremamente variada e sua fauna de uma riqueza muito
grande. Já na região de planalto predomina a vegetação de cerrado. O clima da região
é tropical semi-úmido, com freqüentes chuvas de verão.
A população da região Centro-Oeste totaliza 10.501.480 habitantes, com densidade
demográfica de 6,5 habitantes por km2. Representa 6,5% da população total do país
e se concentra, em sua maioria, na zona urbana: 81,3%.
A economia da região Centro-Oeste baseou-se inicialmente na exploração de
garimpos de ouro e diamantes e foi, gradativamente, sendo substituída pela pecuária.
A transferência da capital federal do Rio de Janeiro para Brasília, em 1960, e a
construção de ferrovias que facilitaram o acesso em direção ao oeste aceleraram o
povoamento da região, contribuindo para o seu desenvolvimento. Encontram-se
nesta região as maiores reservas de manganês do país, localizadas no maciço de
Urucum, no Pantanal. Devido ao difícil acesso ao local, tais reservas ainda são pouco
exploradas. O turismo como atividade econômica vem se desenvolvendo
rapidamente na região, atraindo visitantes de várias partes do mundo, que procuram
desfrutar da riqueza da flora e da fauna do Pantanal, bem como da paisagem das
chapadas encontradas nos estados de Goiás e Mato Grosso.
-------------------------------------------(1) Todos os dados estatísticos apresentados são originários do IBGE.
BRASIL: Informações Gerais Sobre Aspectos Geográficos
O território brasileiro estende-se por uma área de 8.547.403 km2 a leste da
América do Sul, limitando-se ao norte com a Guiana, Venezuela, Suriname e Guiana
Francesa; a noroeste com a Colômbia; a oeste com o Peru e Bolívia; a sudoeste com
o Paraguai e Argentina; e ao sul com o Uruguai. A mais extensa fronteira do Brasil
é com a Bolívia (3.126 km) e a menor com o Suriname (593 km). As costas leste,
sudeste e nordeste do país são banhadas pelo oceano Atlântico. Apenas dois países
da América do Sul - Chile e Equador - não têm fronteiras com o Brasil.
O país ocupa 20,8% do território das Américas e 47,7% da América do Sul,
sendo o quinto no mundo em extensão territorial, superado apenas pela Rússia,
Canadá, China e Estados Unidos da América. A linha do Equador corta o país ao
norte, atravessando os estados do Amazonas, Roraima, Pará e Amapá. O Trópico de
Capricórnio corta os estados de Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo a uma
latitude sul de 23º27'30". Um total de 93% do território brasileiro encontra-se
localizado no Hemisfério Sul e 92% na zona intertropical.
De acordo com dados de 1993, da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE)1, a população brasileira totaliza 151.523.449 habitantes, com
densidade demográfica média de 17,7 habitantes por km2. A população urbana
corresponde a 75,4% do total e a composição étnica da população inclui 55,2% de
brancos; 39,3% de pardos; 4,9% de negros; e 0,5% de amarelos. Na faixa etária de
0 a 14 anos encontram-se 34,7% do total da população do país, enquanto as pessoas
entre 15 e 60 anos correspondem a 57,8%. O grupo acima de 60 anos representa
apenas 7,3% da população. O crescimento demográfico no ano de 1991 foi de 1,93%,
com um índice médio de mortalidade infantil de 68 por 1.000 nascidos vivos. O
índice relativo à fertilidade feminina em 1990, indicou um total de 2,7 filhos por
mulher. A expectativa de vida é de 62,1 anos para os homens e 68,9 anos para as
mulheres.
Reservas minerais
Petróleo - A plataforma continental brasileira é rica em jazidas de petróleo.
Dela são extraídas 60% da produção nacional. As reservas de petróleo do país
somam 2.816 milhões de barris2.
O petróleo começou a ser explorado no Brasil em 1953. Atualmente, a
produção é quase toda consumida internamente, exportando-se apenas uma pequena
porção já refinada. Apesar do surgimento de novos poços e do contínuo aumento da
produção, o petróleo explorado no Brasil não é suficiente para atender às
necessidades do país.
Existem 5.511 poços de petróleo em produção no país, sendo 4.872 terrestres
e 639 marítimos. A maior parte da produção vem da Bacia de Campos, no estado do
Rio de Janeiro, descoberta em 1974. Utilizando tecnologia nacional de exploração
em águas profundas, a produção da Bacia de Campos alcança 52.600 m3 (330 mil)
barris por dia.
Na região do Recôncavo Baiano, estado da Bahia, o petróleo vem sendo
explorado há mais tempo, tendo já sido produzidos naquela área mais de um bilhão
de barris do produto. O campo de Água Grande é o que mais produziu até hoje no
país, com um total de 42,9 milhões de m3 (274 milhões de barris) de petróleo
extraídos do solo.
Minerais metálicos - Entre os principais minerais encontrados no Brasil estão
a bauxita, o alumínio, o cobre, a cassiterita, o ferro, o manganês, o ouro e a prata.
Na região Norte do país são encontrados ferro, ouro, diamantes, cassiterita, estanho
e manganês. Também existem ferro e manganês em grande quantidade no estado de
Minas Gerais.
Relevo
As chuvas tropicais são as principais responsáveis pelas alterações de relevo
no território brasileiro. Uma vez que o Brasil não apresenta falhas geológicas na
crosta terreste de seu território, os tremores de terra que ocasionalmente ocorrem no
país são resultado de abalos sísmicos em pontos distantes.
Os planaltos são predominantes no relevo brasileiro. As regiões entre 201 e
1.200 m acima do nível do mar correspondem a 4.976.145 km2, ou 58,46% do
território. Existem dois planaltos predominantes no Brasil: o Planalto das Guianas e
o Planalto Brasileiro. As regiões acima de 1.200 m de altura representam apenas
0,54% da superfície do país, ou 42.267 km2. As planícies Amazônica, do Pantanal,
do Pampa e Costeira ocupam os restantes 41% do território. Predominam no Brasil
as altitudes modestas, sendo que 93% do território está a menos de 900 m de altitude.
Planalto das Guianas - Ocupa o norte do país e nele se encontram os dois
pontos mais elevados do território brasileiro, localizados na serra Imeri: os picos da
Neblina (3.014 m) e 31 de março (2.992 m).
Planalto Brasileiro - Devido à sua extensão e diversidade de características,
o Planalto Brasileiro é subdividido em três partes: o planalto Atlântico, que ocupa o
litoral de nordeste a sul, com chapadas e serras; o planalto Central, que ocupa a
região Centro-Oeste e é formado por planaltos sedimentares e planaltos cristalinos
bastante antigos e desgastados; e o planalto Meridional, que predomina nas regiões
Sudeste e Sul e extremidade sul do Centro-Oeste, formado por terrenos sedimentares
recobertos parcialmente por derrames de lavas basálticas, que proporcionaram a
formação do solo fértil da chamada terra roxa.
Planície Amazônica - Estende-se pela bacia sedimentar situada entre os
planaltos das Guianas ao norte e o Brasileiro ao sul, a cordilheira dos Andes a oeste
e o oceano Atlântico a nordeste. Divide-se em três partes: várzeas, que são as áreas
localizadas ao longo dos rios, permanecendo inundadas por grande parte do ano;
tesos, regiões mais altas, inundáveis apenas na época das cheias; e firmes, terrenos
mais antigos e elevados, que se encontram fora do alcance das cheias.
Planície do Pantanal - Ocupa a depressão onde corre o rio Paraguai e seus
afluentes, na região próxima à fronteira do Brasil com o Paraguai. Nela ocorrem
grandes enchentes na época das chuvas, transformando a região num grande lago.
Planície do Pampa - Também denominada Gaúcha, ocupa a região sul do
estado do Rio Grande do Sul e apresenta terrenos ondulados, conhecidos como
coxilhas.
Planície Costeira - Estende-se pelo litoral, desde o estado do Maranhão na
região Nordeste, até o estado do Rio Grande do Sul, numa faixa de largura irregular.
Em alguns trechos da região Sudeste os planaltos chegam até a costa, formando um
relevo original, as chamadas falésias ou costões.
Clima e Vegetação
Uma vez que a maior parte do país encontra-se em zona intertropical, com
predomínio de baixas altitudes, verificam-se no Brasil, variedades climáticas
quentes, com médias superiores a 20º. São seis os tipos de variação climática
encontrados em toda a extensão do território brasileiro: equatorial, tropical, tropical
de altitude, tropical atlântico, semi-árido e subtropical. Cada tipo de clima
corresponde a uma paisagem vegetal característica, com suas espécies típicas.
Clima Equatorial - Caracteriza-se por temperaturas médias entre 24º e 26ºC
e chuvas abundantes (mais de 2.500 mm/ano). É o tipo de clima encontrado em toda
a região da Amazônia Legal, com cerca de 5 milhões de km2. A vegetação típica
dessa região é a floresta equatorial.
Clima Tropical - Apresenta inverno quente e seco e verão quente e chuvoso.
É o clima encontrado em extensas áreas do planalto Central e nas regiões Nordeste
e Sudeste. As temperaturas médias são superiores a 20ºC, com amplitude térmica
anual de até 7º e precipitações de 1.000 a 1.500 mm/ano. A vegetação típica da região
onde se encontra esse tipo de clima é o cerrado, com gramíneas e arbustos retorcidos,
de casca grossa, folhas cobertas por pelos e raízes profundas. Embora tenha água em
abundância no subsolo, o solo do cerrado é ácido e pouco fértil, com alto teor de
alumínio. Com duas estações bem definidas - uma seca e outra chuvosa - na estação
seca parte das árvores perde as folhas para buscar água no subsolo.
Na região de clima tropical podem ainda ser encontradas matas de galerias
(ciliares) nos vales ao longo dos cursos dos rios.
Também é dominada por clima tropical a região conhecida como Complexo
do Pantanal que, em conseqüência da alternância entre a época das cheias e de seca,
possui vegetação diversificada, composta por espécies típicas de florestas, cerrado,
campos e caatinga.
Clima Tropical de Altitude - Caracteriza-se por temperaturas médias anuais
entre 18º e 22º, com amplitudes térmicas anuais de 7º a 9º e precipitações entre 1.000
e 1.500 mm/ano. O verão apresenta chuvas mais intensas, enquanto no inverno as
massas frias podem ocasionar geadas. É o clima encontrado nas partes altas do
planalto Atlântico do sudeste, estendendo-se para a região Sul, até o norte do estado
do Paraná e sul do estado de Mato Grosso do Sul. A vegetação original dessas
regiões é a mata tropical, densa, fechada e variada, porém não tão rica quanto a
vegetação encontrada na floresta amazônica.
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