PROJETO DE LEI Nº 3131/2010 Denomina Águas do Nilo a atual Rua 2, localizada no Bairro Queiroz de Melo. A CÂMARA MUNICIPAL DE PATOS DE MINAS APROVA: Art. 1º Fica denominada Águas do Nilo a atual Rua 2, localizada entre as quadras 26, 27, 28 e 29, setor 46, Bairro Queiroz de Melo. Art. 2º Fica o Executivo Municipal autorizado a proceder ao devido emplacamento da citada via pública. Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Câmara Municipal de Patos de Minas, 1º de julho de 2010. PEDRO LUCAS RODRIGUES – Xará – Vereador JUSTIFICATIVA: O Rio Nilo é um grande rio do nordeste do continente africano que nasce a sul da linha do Equador e deságua no Mar Mediterrâneo. A sua bacia hidrográfica ocupa uma área de 3 349 000 km² abrangendo o Uganda, Tanzânia, Ruanda, Quénia, República Democrática do Congo, Burundi, Sudão, Etiópia e Egipto. A partir da sua fonte mais remota, no Burundi, o Nilo apresenta um comprimento de 6 852 15 km. É formado pela confluência de três outros rios, o Nilo Branco (Bahr-el-Abiad), o Nilo Azul (Bahr-el-Azrak) e o Rio Atbara. O Nilo Azul (Bahr-el-Azrak) nasce no Lago Tana (Etiópia), confluindo com o Nilo Branco em Cartum, capital do Sudão. Muitos geógrafos deixaram de considerar como o maior rio do mundo, perdendo o posto para o rio Amazonas, com cerca de 6.992,06 km de extensão. Para alguns autores a palavra Nilo pode estar relacionada com a raiz semítica "nahal", que significa vale. Em língua árabe e hebraico, duas línguas semíticas, rio diz-se nahrun e nehar respectivamente. Contudo, duas outras línguas semíticas, o PL_3131/2010 1/4 amárico e a língua ge'ez usam palavras pouco semelhantes a "nahal" para se referirem a um rio (felege e wonz). Independente das incertezas, a palavra Nilo deriva do latim Nilus que por sua vez deriva do grego Neilos. Os antigos Egípcios chamavam ao Nilo Aur ou Ar o que significa "negro", numa alusão à terra negra trazida pelo rio por altura das cheias. Tradicionalmente considerase que o rio Nilo nasce no Lago Vitória. Tradicionalmente considera-se que o Rio Nilo nasce no Lago Vitória. Contudo, o próprio Lago Vitória tem como principal tributário o Rio Kagera, que é por causa disso considerado como fonte mais remota do Nilo. O Rio Kagera nasce no Burundi, a norte do Lago Tanganica, na confluência do Rio Niavarongo e Ruvuvu. O Nilo propriamente dito começa em Jinja (Uganda), na borda norte do Lago Vitória, correndo para norte através das quedas Ripon (que deixaram de existir desde a construção da barragem de Owen Falls em 1954), passando pelo Lago Kioga e pelo Lago Alberto. O ramo entre estes dois rios é conhecido como o Nilo Vitória. A partir do Lago Alberto e até Númula, no Sudão, o Nilo recebe a designação do Nilo Alberto. Em Númula e até se encontrar com o Rio Sobat (um pouco acima de Malakal) o Nilo é conhecido como o Bahr al-Jabal, o Rio Montanhoso. Torna-se então mais sinuoso, recebendo junto ao Lago No o rio Al-Ghazal (Gazela) como afluente. Porém, antes disso, o Nilo passou por entre um pântano, o Sudd. Entre Malakal e Cartum, o Nilo é conhecido como o Nilo Branco. Em Cartum o Nilo Branco recebe as águas do Nilo Azul, oriundo dos altos planaltos da Etiópia. A 322 quilómetros a norte de Cartum, o Nilo recebe o seu último grande afluente, o Rio Atbara, oriundo igualmente do planalto abissínio. O rio avança então pelos penhascos da região da Núbia até chegar a Assuão, no Egipto. A partir de Assuão o vale alarga até se atingir o Delta, que se inicia um pouco a norte da cidade do Cairo. O Delta do Nilo é uma região plana com uma forma triangular, apresentando 160 km de comprimento e 250 km de largura. No Delta o Nilo bifurca-se em dois canais que levam as suas águas para o Mediterrâneo: a oeste, o canal de Roseta, e, a leste, o de Damieta. O Nilo possui várias cataratas, mas na antiguidade distinguiam-se seis cataratas clássicas do Nilo que estavam situadas entre Assuão e Cartum. A primeira catarata situa-se em Assuão, constituindo hoje em dia a única catarata do Nilo em território egípcio. Esta catarata era na Antiguidade a fronteira sul do Antigo Egito, pois a partir dali começava a Núbia. PL_3131/2010 2/4 A segunda catarata, perto de Uadi Halfa, encontra-se hoje, submersa, o faraó Senuseret III ordenou a construção, nas suas redondezas, das fortalezas de Semna e Kumma. Ao longo do curso do Nilo existem algumas barragens, sendo uma das mais importantes a Grande Barragem de Assuão. Entre 1899 e 1902 construiu-se, com recurso de capitais ingleses, a primeira barragem de Assuão, que foi alargada em 1911 e 1934. Entre 1959 e 1970 construiu-se a Barragem de Assuã, acerca de oito quilómetros da primeira barragem, graças ao apoio fornecido pela União Soviética. Estudo e Exploração do Nilo. Margem esquerda (ocidental) do Rio Nilo, entre Edfu e Kom Ombo Julga-se que os Antigos Egípcios conheciam o Nilo até ao ponto de confluência do Nilo Branco com o Nilo Azul, em Cartum. Embora não tenham explorado o Nilo Branco, acredita-se que conheceriam o Nilo Azul até a sua nascente no Lago Tana. Em meados do século V a.C., o historiador grego Heródoto realizou uma viagem ao Egipto, tendo percorrido o rio até Assuão, a fronteira tradicional do Antigo Egipto. No século II a.C. Eratóstenes desenhou um mapa que mostrava, de forma bastante precisa, o percurso do Nilo até Cartum, no qual também se mostravam dois afluentes, o Atbara e o Nilo Azul. Eratóstenes foi o primeiro a postular que a nascente do Nilo estaria em lagos equatoriais. Em 25 a.C. o geógrafo Estrabão e Aelius Gallus (governador do Egipto romano) exploraram o Egipto até Assuão. Estrabão descreveu também o rio no Livro 17 da sua Geografia, aludindo às teorias de Eratóstenes. Em 66 d.C., na época do imperador Nero, o exército romano tentou encontrar a nascente do rio. Porém, e segundo Sêneca, o pântano Sudd, impediu o exército de avançar. Ainda no século I um mercador grego chamado Diógenes relatou ao geógrafo Marino de Tiro que durante uma viagem pela costa oriental africana decidiu penetrar pelo continente, tendo, ao fim de vinte e cinco dias, chegado junto a dois grandes lagos e a uma cadeia de montanhas cobertas de neve de onde o Nilo nasceria. No século II Ptolomeu utilizou esta informação para fazer um mapa onde se mostrava o Nilo Branco a nascer desses lagos, que recebiam as suas águas das Montanhas da Lua (Lunae Montes). É provável que estas montanhas sejam os montes Ruvenzori, situados entre o Uganda e o Zaire. No século XII, Muhammad Al-Idrisi atribui como nascente do Rio Nilo e do Rio Níger um lago. No século XVI conhece-se uma expedição árabe que procurou atingir as nascentes do Nilo pelo Sahara e Sudão. PL_3131/2010 3/4 Em 1618 o jesuíta Pero Pais (ou Pedro Páez) foi o primeiro europeu a localizar as nascentes do Nilo Azul no Lago Tana, tendo falecido na Etiópia vítima de malária. Em 1770 o escocês James Bruce realizou uma viagem de exploração do Nilo Azul no Lago Tana, ficando com a fama de descobridor da sua nascente, embora como exposto o jesuíta ali chegou primeiro. Cais da cidade de Kom Ombo, na margem direita do rio Nilo. A partir do ano de 1821 o vice-rei do Egipto Mehmet Ali e os seus filhos seriam responsáveis por várias viagens de exploração do Nilo. Em Dezembro de 1856, Richard Francis Burton convidou John Hanning Speke para participar numa expedição aos grandes lagos da África Oriental. Em resultado da expedição Burton e Speke tornaram-se os primeiros europeus a chegar ao Lago Tanganica em Fevereiro de 1858. Na viagem de regresso Speke viajou em sentido norte e descobriu o Lago Vitória (que recebeu este nome em honra da rainha Vitória) e que considerou como nascente do Nilo. Em 1860, sob os auspícios da Royal Geographical Society, Speke realiza uma nova expedição à região acompanhado por James Grant, da qual resultaria a descoberta do rio Kagera e do local de saída do Nilo a partir do Lago Vitória (as Quedas de Ripon, 1862). (Fonte: Wikipedia) PL_3131/2010 4/4