MARX Marx, filósofo, historiador, sociólogo, economista, busca entender o funcionamento de uma sociedade. Com a revolução industrial, aconteceu um inchamento nas grandes cidades, e assim se forma a classe operária, em condições de trabalho completamente desumanas e por conta disso começam a surgir os primeiros partidos organizados, agremiações, sindicatos, e indivíduos vão se juntando em grupos, pela busca da igualdade e começam a surgir idéias de como a sociedade poderia ser mais justa. Conquistas sociais são frutos de muitas lutas e é nesse pano de fundo, que Marx vai se envolver, só que os grupos não eram muito organizados. Marx é influenciado por pensamentos modernos por ser judeu, via a sociedade de forma diferente, por conta da exclusão que sofria, mas a educação que recebeu. Marx achava que as condições materiais de uma sociedade determinam nosso pensamento e nossa consciência, que uma sociedade se organiza a partir da divisão do trabalho. As relações materiais, econômicas e sociais são chamadas de bases, e o modo de pensar, as instituições políticas, leis religião, são chamadas superestrutura. A origem e o sentido da realidade com a cultura só pode ser entendida nas relações dos homens com a natureza, pelo desejo e pela linguagem às instituições sociais, o Estado, a religião, a arte, a ciência, a filosofia. Para Marx, o Espírito (toda manifestação humana, a vida do ser humano, os pensamentos e a cultura) é a cultura, encarnada nela. O Real é a cultura, as obras que o homem produz e quando se reconhece nela: quando sabe que elas (obras) são ele próprio. Então, o Real é histórico. A história é temporal, dotada de um movimento interno (contradição) onde dois termos antagônicos, em relação, são criados e transformados por ela. Aspecto importante da contradição: é um motor temporal produzido na e pela história. Produção e superação das contradições é o movimento da história. O Real se realiza com luta. Entretanto, realidade já é produzida fragmentada, num pólo positivo e num pólo que nega esse primeiro. Essa negação, luta mortal dos contrários, só termina quando os dois termos se negam inteiramente um ao outro, criando uma nova síntese. Realidade nova também surgirá fragmentada e aberta à luta dos contraditórios. História é a história da humanidade. Começando por exteriorizar-se na produção das obras culturais, numa perpétua divisão consigo mesma. Produção da humanidade, são contradições que vão sendo superadas pelos humanos com respostas e novas formas do viver. O humano prossegue produzindo novas (sínteses), novas culturas. Síntese final para Marx, seria o momento em que o humano, ao terminar seu trabalho, compreendesse o que realizou. Isto é, que a cultura é sua obra, e se reconciliasse consigo mesma. Para Hegel, a memória da história do humano começa com o histórico. DIALÉTICA – modo de entendermos a realidade como algo contraditório e em constante transformação. Assim, ao pensarmos na história com reflexão, significa a volta sobre si mesmo. Para Hegel essa é uma forma menor de consciência do homem. Este se exterioriza em obras, mas é capaz de reconhecer-se nelas, é produtor delas. É capaz de compreender-se ou de interiorizar sua criação. O homem sai “fora de si” criando a cultura e “volta para dentro de si” reconhecendo sua produção, fazendo com que o que ela é em si, seja também para si. Só nesta medida, história é reflexão. E o humano é o sujeito da história, pois somente um sujeito é capaz de reflexão. Alienação -> Em geral, considera-se que o exterior (as coisas naturais, os produtos da sociedade etc.) é algo positivo em si, e que distingue do interior (consciência, sujeito). Hegel diz que interno e externo são duas faces do homem, são dois momentos da vida e do homem. Essas duas faces aparecem como separadas, porque foram produzidas pelo homem; ao se exteriorizar nas obras e ao se interiorizar compreendendo sua produção. Quando não há essa interiorização, quando não se reconhece como produtor das obras e como sujeito da história, mas toma as obras como forças estranhas, exteriores, alheias a ele, e que o dominam e perseguem, temos o fenômeno da alienação. Diferença entre imediato e mediato, abstrato e concreto, aparência e ser. Imediato, abstrato e aparência são sinônimos: não significam irrealidade, mas o modo pelo qual uma realidade se oferece como algo dado e pronto. Mediato, concreto e ser são sinônimos e referem-se ao processo de constituição de uma realidade através de mediações contraditórias. Conhecimento da realidade -> diferenciemos o modo como uma realidade aparece e o modo como é concretamente produzida – suspensão, alienação.