Compaixão é sofrer com Por: ABEL DIAS, Professor Faz o

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Compaixão é sofrer com
Por: ABEL DIAS, Professor
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Em Abril celebramos a Páscoa, que foi precedida por um período de
preparação, a Quaresma. A semana que antecede a Páscoa – a Semana
Santa – é caracterizada pela reflexão e pela celebração do sofrimento
resgatador de Cristo. A presença do sofrimento na vida de Jesus
despontou Nele a capacidade de se compadecer pelos seus
contemporâneos a ponto de dar a sua vida para que todos tenham vida, e vida em abundância. De
igual modo, a presença do sofrimento na nossa vida e na vida dos nossos irmãos deve despontar
em nós o valor da compaixão.
O termo «compaixão» deriva de duas palavras latinas: «cum» e «patire». «Cum» significa
«com» e «patire» designa «sofrer», daí que, pela etimologia da palavra, poderemos dizer que a
compaixão é a capacidade que uma pessoa tem de sofrer com outra. Ter compaixão significa
compartilhar o sofrimento dos outros, é não ser indiferente ao sofrimento deles.
A compaixão não deve ser confundida com pena (lamento) ou empatia (conhecimento da dor).
Esses são sentimentos passivos que não nos levam ao envolvimento com o sofrimento dos outros.
A pena e a empatia que sentimos pelos outros colocam-nos numa situação elevada em relação aos
outros… olhamo-los de cima para baixo, e isso diferencia-nos e separa-nos deles, e não nos
envolve no alívio do seu sofrimento.
A compaixão, pelo contrário, significa o desejo de aliviar ou minorar o sofrimento de outra
pessoa, bem como demonstrar especial gentileza com aqueles que sofrem. A compaixão
caracteriza-se, assim, pela acção através da qual a pessoa compassiva procura ajudar aqueles
pelos quais se compadece.
Para ser autêntica, a compaixão deve basear-se no respeito pelos outros e na compreensão de
que os outros, tal como nós, têm o direito de serem felizes e de acabarem com o sofrimento. A
partir daí, porque tomamos consciência do seu sofrimento, desenvolvemos um verdadeiro
sentimento de preocupação pelos outros. Assim, a verdadeira compaixão assenta no
reconhecimento de que o direito dos outros à felicidade é idêntico ao nosso e que, por conseguinte,
mesmo um inimigo é um ser humano que, tal como nós, aspira à felicidade e, tal como nós, tem o
direito de ser feliz. Chamamos compaixão ao sentimento de envolvimento com o sofrimento dos
outros com a intenção de o eliminar. A compaixão é a linguagem do coração.
Jesus, homem compassivo
Jesus ao longo da sua vida foi um homem compassivo e, com as suas palavras, gestos e
atitudes, mostrou-nos o rosto compassivo de Deus. Não se poupou a esforços para libertar as
pessoas do sofrimento que as atormentava. «Ao ver as multidões, Jesus enchia-se de compaixão
por elas, pois estavam cansadas e abatidas, como ovelhas sem pastor» (Mt 9,36). Deste modo,
Jesus mostrou-nos como é Deus, Seu e nosso Pai, e desafiou-nos a sermos como Ele: «Sede
compassivos como o vosso Pai é compassivo» (Lc 6,36).
Sociedade compassiva, precisa-se
Como no tempo de Jesus, também hoje há muitos gritos de multidões famintas de pão, de
alegria, de paz e de amor. Há pessoas concretas, ao nosso lado, a viver no desemprego, na
instabilidade, na miséria, na solidão ou a sofrer violência. A compaixão, isto é, a capacidade que
temos de sofrer com os outros, deve levar-nos a reflectir: como poderemos aliviar o seu sofrimento
e ajudá-los a serem felizes? Na realidade, se não houver compaixão, sintonia com o sofrimento dos
outros, e caridade fraterna, de pouco valem as tecnologias e o progresso para a felicidade dos
humanos. Mesmo vivendo com bem-estar material, comodidade e consumismo, o ser humano
poderá continuar a sofrer a angústia, a solidão e o medo. O egoísmo e a indiferença são a natural
consequência de uma sociedade sem compaixão. Todos necessitamos uns dos outros. Não basta
dar uma esmola ou ter um qualquer gesto de filantropia, para desanuviar a consciência. É
necessário ter compaixão, sintonizar com os outros… para sofrer ou alegrarmo-nos com o outro e,
assim, construirmos o «Nós», de que fala este conto de António Ramalho, que adaptei.
Compaixão: eu, tu e nós
Era uma vez um nome, igual a tantos outros, que vivia numa terra de algures. Sentia o que
tantos sentem. Vivia como muitos vivem e queria e desejava o que tantos desejavam. Chamava-se
Eu. Um dia partiu para a terra da aventura e conheceu Tu. Tu era alguém como Eu, simples, mas
com a palavra «amor» e «compaixão» pintadas no coração a letras de generosidade e bondade.
Eu e Tu conheceram-se, cresceram juntos e evoluíram mutuamente. Perceberam que o mundo é
uma passagem. Eu e Tu aprenderam a amar, descodificaram a vida na sua simplicidade e
perceberam o valor da compaixão. Mas perceberam que não basta Eu conhecer Tu, é preciso
mais, muito mais. Não basta o amor, a compaixão, não basta serem as pessoas certas, é preciso
trabalharem o interior, é necessário serem inteligentes emocionalmente, é preciso trabalharem a
relação, é preciso flexibilidade e capacidade de adaptação.
A vida é apenas uma curta passagem num tempo muito relativo. Extrair o sumo da vida num
período de Tempo tão pequeno é sentir que mereceu a pena ter vivido e que a nossa missão está
na palavra «compaixão». Eu e Tu aprenderam a ser compassivos. E à sua volta cresceu a emoção,
a compreensão, os afectos e os momentos de felicidade plena. No ar que respiravam e na
compaixão que exalavam, Eu e Tu transformaram-se na mais bela flor da compaixão... a flor do
Nós! A flor do Nós nasceu da união da semente do físico, emocional, mental e espiritual. A Flor do
Nós nasceu da compaixão…
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