Plano de trabalho

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INVENTÁRIO NACIONAL DE REFERÊNCIAS CULTURAIS
PECUÁRIA/BAGÉ, 1ª FASE
INRC-Pecuária/Bagé, 1ª Fase
PLANO PROVISÓRIO DE TRABALHO
I. Apresentação:
Em consonância com a política de preservação da diversidade étnica
e cultural do país, a presente iniciativa de pesquisa atende a uma demanda da
Prefeitura Municipal de Bagé/RS, acolhida pela Universidade Federal de
Pelotas (UFPel), por intermédio do curso de Bacharelado em Antropologia,
visando a documentação, a produção de conhecimento e o reconhecimento da
pecuária, enquanto referência na estruturação da cultura gaúcha.
Percebido como um fato social total, por permear diferentes
dimensões da vida no pampa e permitir a discussão sobre uma ampla gama
relações sociais, o sistema da pecuária – criação de bovinos, ovinos e eqüinos,
para fins econômicos – tem, na perspectiva deste estudo, o estatuto de
patrimônio dessa região. Ao pensar as culturas como patrimônio, a partir do
que sugere Gonçalves (2004), atenta-se para a idéia de comunicação entre o
passado e o presente, o cosmo e a sociedade, o indivíduo e o grupo social, e
entre a história, a memória e a experiência. Assim, propõe-se o uso do
patrimônio como fato social total, acompanhando a noção de Marcel Mauss,
em atenção às dimensões da ressonância, da materialidade e da subjetividade.
A ressonância nos remete aos significados dos fatos para além da
atividade consciente e deliberada de indivíduos ou grupos, tratando do
reconhecimento da particularidade de tal identificação. A ênfase na
materialidade dialoga com o conceito antropológico de cultura, no intuito de
indissociar os aspectos materiais e imateriais do patrimônio cultural. De outra
parte, tais fatos não se constituem somente como emblemas exteriores ao
indivíduo, trazendo a dimensão do patrimônio como constitutiva dos sujeitos.
Desta forma, a proposta de inventariar a pecuária como referência
cultural do pampa, privilegia a relação cultura/natureza, mais especificamente a
relação do homem com os animais, para pensar a configuração desta
paisagem.
Respondendo a necessidade de classificar e salvaguardar bens
imateriais, foram criadas, a partir do ano 2000, Comissões com a finalidade de
propor formas de proteger a memória coletiva de tantos grupos sociais,
culminando no reconhecimento dessas manifestações como bens nacionais e
na definição do conceito de patrimônio imaterial, estabelecida pela Unesco em
2003, que o define como:
(...) as práticas, representações, expressões, conhecimentos e
técnicas – junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares
que lhe são associados – que as comunidades, os grupos e, em
alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de
seu patrimônio cultural. Este patrimônio cultural imaterial, que se
transmite de geração em geração, é constantemente recriado pelas
comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação
com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de
identidade e continuidade, contribuindo assim para promover o
respeito à diversidade cultural e à criatividade humana. (Freire, 2005,
p. 16)
Essa Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), em sua 32ª sessão, realizada em
Paris do dia 29 de setembro ao dia 17 de 2003, estabelece que o “patrimônio
cultural imaterial”, tal como definido acima, se manifesta em particular nos
seguintes campos:a) tradições e expressões orais, incluindo o idioma como
veículo do patrimônio cultural imaterial;b)as expressões artísticas;c)as práticas
sociais, rituais e atos festivos;d)os conhecimentos e práticas relacionados à
natureza e ao universo; e)as técnicas artesanais tradicionais.
Ao mesmo tempo afirma que se entende por “salvaguarda” as
medidas que visam garantir a viabilidade do patrimônio cultural imaterial, tais
como a identificação, a documentação, a preservação e a promoção deste
patrimônio em seus diversos aspectos. Tal patrimônio imaterial, fundado sobre
a tradição é apresentado como intangível e também como absolutamente
dinâmico uma vez que revela uma renovação constante de suas formas de
expressão.
A metodologia desenvolvida pelo IPHAN para inventariar bens
patrimoniais de caráter imaterial será empregada neste projeto, beneficiando-
se da experiência acumulada por membros da equipe de pesquisa do
Inventário Nacional de Referências Culturais - Produção de Doces Tradicionais
Pelotenses1.
O projeto ainda recebe sustentação do Laboratório de Ensino,
Pesquisa e Produção em Antropologia da Imagem e do Som (LEPPAIS)2.
II. Justificativa:
A formação do estado do Rio Grande do Sul assenta-se na relação
conflituosa entre os impérios português e espanhol na disputa por território e
domínio político e econômico (Zanotelli et al, 2003). Tal ocupação territorial
teve início através dos padres jesuítas que, vindos do Paraguai, instalaram –se
na margem leste do Rio Uruguai com o objetivo primordial de catequizar grupos
indígenas que habitavam os territórios sulinos. Inicialmente logrando em seus
intentos, os jesuítas fundaram, a partir de 1626, aldeias e povoados chamados
missões ou reduções. O conjunto de povoados de maior importância histórica
foram os Sete Povos das Missões. Ademais, foram os jesuítas que
introduziram a criação de animais no Rio Grande do Sul: ovinos, eqüinos e
principalmente bovinos.
Junto com a pecuária e valendo-se do trabalho indígena,
desenvolveram também a agricultura e a extração da erva-mate.
Ainda no século XVII, as missões começaram a ser invadidas por
bandeirantes – homens vindos de São Paulo , que atacavam as aldeias com a
Equipe do Inventário Nacional de Referências Culturais – produção de doces tradicionais
pelotenses: Flavia Maria Silva Rieth (Coordenadora), Fábio Vergara Cerqueira, Maria Letícia
Mazucchi Ferreira, Francisca Ferreira Michelon (consultora em imagem), Mario Osorio
Magalhães (consultor em história), Tiago Lemões da Silva e Marília Floôr Kosby
(pesquisadores vinculados ao Lepaarq – Laboratório de Ensino e Pesquisa em Antropologia e
Arqueologia da Universidade Federal de Pelotas).
A realização do INRC - Produção de doces tradicionais pelotenses tem como proponente a
Câmara de Dirigentes Lojistas de Pelotas e conta com a parceria da Secretaria Municipal de
Cultura e do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. A Universidade Federal de
Pelotas é executora desta investigação, por intermédio do Laboratório de Ensino e Pesquisa
em Antropologia e Arqueologia. O Inventário é financiado pela Unesco e pelo Banco
Interamericano de Desenvolvimento.
1
O LEPPAIS, coordenado pela Profª. Drª Claudia Turra Magni, está vinculado ao Curso de
Antropologia Social e ao Mestrado em Ciências Sociais da UFPel.
2
finalidade de aprisionar os índios para vendê-los como escravos. Em função
destes sucessivos ataques, as missões entraram em decadência3 e os
rebanhos espalharam-se pelo campo aberto reproduzindo-se livremente,
tornando-se um gado selvagem (Moreira, 1999).
Este gado cresceu livre durante décadas. Inicialmente milhares de
cabeças de gado vacum eram sacrificados apenas para a retirada e venda do
couro.
Em 1634, mil e quinhentas cabeças de gado foram introduzidas e
distribuídas entre os povos da margem esquerda do rio Uruguai.
Quando essas comunidades missioneiras recuaram para a outra
margem do rio, em razão dos ataques dos paulistas escravizadores,
os animais foram transferidos para a margem meridional do rio
Jacuí, onde se desenvolveram, formando as vacarias do mar. Nos
anos 1700, quando a vacaria do Mar começou a esgotar-se, devido
à extração de gado, vaqueiros dos Sete Povos, introduziram
milhares de animais nos campos de Cima da Serra, formando a
vacaria dos Pinhais (Maestri, 2006)
Em 1737, para garantir os interesses dos portugueses instalados na
região, foi construído o forte Jesus-Maria-José, junto ao canal que liga laguna
dos Patos ao oceano Atlântico. Ao lado do forte formou-se uma povoação que
deu origem a atual cidade de Rio Grande. O domínio português se expandiu
pelas áreas vizinhas, que no seu conjunto eram chamadas de Continente de
Rio Grande de São Pedro, primeira denominação do atual estado do Rio
Grande do Sul.
Neste mesmo período, desenvolveu-se a mineração em Minas
Gerais, o que atraiu milhares de pessoas para a região e formou um mercado
de consumo para os produtos da pecuária riograndina: couro, carne, leite e
animais para transporte. Em conseqüência, a atividade de caça foi sendo
substituída pela criação de gado, pois os animais passaram a ser reunidos em
locais destinados a tal finalidade: as estâncias (Idem, 1999).
Assim, estimulada pelo mercado do Sudeste do país, principalmente
de Minais Gerais, desenvolveu-se a pecuária no Rio Grande do Sul.
Portugueses, paulistas e catarinenses ganhavam do governo grandes
extensões de campo, onde instalavam suas fazendas de criação de gado. Com
Em 1750, pelo Tratado de Madri, Portugal e Espanha determinaram que a população dos
Sete Povos deveria deixar a área, que ficaria para os portugueses. Embora tal tratado tenha
sido anulado em 1761, e os índios missioneiros tenham obtido o direito de permanecer na
região, as sucessivas guerras causaram a destruição dos Sete Povos.
3
o tempo, as áreas campestres, principalmente as da Campanha, ficaram
povoadas de fazendeiros.
A partir de 1780 notamos uma modificação na utilização do gado vacum.
Iniciam, na província de São Pedro, as charqueadas em Pelotas, e a carne
começa a ganhar considerável valor comercial. Porém, durante anos o couro
continuou com grande valor monetário. As vacarias geralmente vindas da
região da campanha traziam o gado para ser vendido na região de Pelotas.
Um ano após a chegada da família real Portuguesa ao Brasil, ocorre a
primeira divisão administrativa da província de São Pedro. Em 1809 a região
fica dividida em quatro localidades: Rio Pardo, Rio Grande, Santo Antônio e
Porto Alegre. A seguir, mapa onde podemos visualizar a divisão territorial da
então capitania.
4
Em meados do Século XIX, para delimitar as propriedades, iniciou-se o
uso do arame farpado e alambrado. Desta forma o dono da estância conseguia
controlar seus peões e impedir o uso de sua propriedade por gaúchos
nômades, geralmente tropeiros sem a posse da terra, que habitavam na região.
4
http://1.bp.blogspot.com/_8MIylRVe43o/SCdQyS0CbsI/AAAAAAAAA1s/DTZqoCh1naA/s400/m
apa1809.jpg acessado em 25 de março de 2010
Estes gaúchos sem nacionalidade definida transitavam facilmente entre os
atuais territórios brasileiro, uruguaio e argentino, e tinham como principal
atividade retirar o couro do gado vacum e vendê-lo no mercado informal, na
região de domínio português e para a metrópole hispânica. O modelo de
transação econômica praticado por estes gaúchos era possível porque havia o
gado nesta região, ao mesmo tempo, era considerado ilegal porque os animais
soltos pelos campos eram de propriedade real – tanto da coroa portuguesa
quanto espanhola.
As estâncias pertencentes a proprietários portugueses iniciaram a
domesticação do gado da região. Entretanto, não existia tratamento para a
saúde dos animais. A partir do século XX notamos uma drástica diferença no
tratamento da saúde do gado, com evidente melhora. A qualidade da carne e a
genética destes animais tornam-se referência no país e a carne bovina
produzida na região da campanha é exportada para inúmeros países.
A região da campanha5, onde se localiza o município de Bagé, é
conhecida pela criação de gado bovino de corte de significativa qualidade, com
melhoramento genético dos animais. Começam na região exposições de gado,
ovinos e eqüinos. O cavalo, principal instrumento de trabalho fundamental para
a produção pecuária, era utilizado para arrebanhar o gado vacum6. Já a criação
de ovelhas, além de suprir a demanda doméstica de carne da propriedade,
através da venda anual de lã, ajudava a cobrir as despesas de manutenção da
propriedade – com o advento da lã sintética, a criação de gado ovino diminui
expressivamente, passando a atender nichos específicos do mercado de carne
e a demanda da produção artesanal de artefatos de lã.
A criação de gado de corte e a exposição destes animais, gera milhões de
reais para a região da campanha. Estas duas atividades são majoritariamente
vinculadas a grandes e médias propriedades rurais. No entanto, embora o
ponto de partida para este estudo seja a região da campanha, mais
O município de Bagé, pertencente ao Estado do Rio Grande do Sul, localiza-se na
região geográfica conhecida como escudo Sul-Riograndense, chegando a formações de
altitude de quinhentos metros na região da campanha e também abrange a região geográfica
denominada Depressão central, composta por terras com altitude ao nível do mar.
6 Com as atualizações deste modo de produção, ao seu valor como instrumento de
trabalho, o cavalo tem acrescentado o valor genético, configurando aumento no valor
econômico do eqüino. Paradoxalmente, estes animais de pedigree apurado e elevado preço
não são utilizados no dia-dia do trabalho pecuário, mesmo que seu valor provenha de
características morfológicas somadas a aptidões ligadas a lida campeira.
5
especificamente, a localidade de Bagé, a paisagem cultural que se configura a
partir da produção pecuária, sua origem, manutenção e perpetuação, extrapola
tais limites geográficos e políticos, transitando suas fronteiras pelos territórios
que abrange a chamada “cultura gaúcha”.
Assim sendo, tal área cultural7
perpassa tanto o sul do Rio Grande do Sul quanto países vizinhos, como
Argentina e Uruguai.
III. Objeto:
Por “cultura gaúcha” entende-se, a princípio, o conjunto dinâmico de
relações geradas e transformadas a partir da presença dos gaúchos em
territórios que, não possuindo fronteiras étnicas fixas, se construíram em
estreita relação com o trânsito da criação e comercialização de gado em terras
argentinas, uruguaias e sul-riograndenses.
A noção de “cultura gaúcha” trazida por este projeto, portanto, é
construída a partir de conceitos discutidos pela literatura historiográfica e
antropológica no que tange à configuração de um ethos claramente delimitado
por relações de dominação do homem sobre a natureza, postas em
ressonância com a dominação do masculino sobre o feminino. Todavia,
conforme Ondina Fachel Leal, por serem as noções de masculino e feminino
categorias socialmente construídas, está a primeira - na cultura gaúcha diretamente relacionada à dominação do homem sobre a natureza: “na cultura
gaúcha, a masculinidade tem que ser constantemente adquirida e provada
entre o grupo masculino de iguais”.
Neste sentido, a própria noção de natureza, para Marshall Sahlins,
deve ser relativizada, já que a distinção natureza/cultura é uma distinção
operada pela cultura. Ou seja, mesmo os fatos relegados à esfera da natureza
são classificações culturalmente avaliadas, e, obviamente, desenvolvem
esquemas específicos em diferentes culturas. Sahlins traz como exemplo as
operações totêmicas que tornam a carne de determinados animais comestíveis
e de outros não, conforme os diferentes graus de proximidade que apresentam
Ondina Fachel Leal discute a constituição acadêmica e sócio-antropológica do “Sul”
como um território de significados de uma realidade social específica, de um sistema de
valores e de uma determinada área social. Para Leal (1997), “os limites destas área cultural
etnografada e etnografável, freqüentemente nominada o Sul, numa estratégica imprecisão
retórica, não coincidem com os limites políticos do estado rio Grande do Sul ou mesmo os da
nação Brasil.”
7
com relação aos seres humanos, numa escala de afastamento do canibalismo
– como no esquema americano boi-porco-cavalo-cachorro, do comível para o
que corresponde ao tabu da não-comensalidade, que segue antes uma lógica
de comparação totêmica e uma razão da cultura do que determinações
econômicas ou biológicas.
Esta breve apresentação de algumas teorias da cultura vem a
introduzir a descrição que se pretende fazer do objeto desta pesquisa, qual
seja, o processo de construção e as transformações da cultura gaúcha a partir
das relações estabelecidas entre os diferentes agentes (humanos, animais e
utensílios8), que têm no sistema da pecuária um fato social total presente na
estrutura das mais diferentes dimensões de sua existência.
IV. Metas:
Elaboração da primeira fase do inventário da cultura gaúcha, a partir
de levantamento preliminar de dados bibliográficos e etnográficos sobre as
relações sociais entre homens, animais e utensílios envolvidos na produção
pecuária na região sul do Rio Grande do Sul, e sua consecutiva documentação
e divulgação.
V. Etapas da execução:
- constituição da equipe de pesquisadores e consultores
- realização de levantamento bibliográfico acerca da produção
pecuária no Rio Grande do Sul;
- preenchimento das fichas do levantamento bibliográfico;
- delimitação do sítio da pesquisa e mapeamento das localidades
abrangidas pelo trabalho de campo;
- constituição da lista de contatos a serem entrevistados;
- realização das entrevistas com interlocutores vinculados ao
universo da produção pecuária;
Lúcia Hussak van Velthem, em “Farinha, casas de farinha e objetos familiares em Cruzeiro do
Sul – Acre”, aponta para a importância de a perspectiva antropológica extrapolar o utilitarismo
dos objetos e artefatos, tomando-os como agentes capazes de constituírem sistemas de
relações sociais entre si e os seres humanos com quem trabalham. Desta forma, são
agregados aos objetos materiais, atributos genealógicos, históricos e de intencionalidade.
8
- registro etnográfico em feiras, remates e leilões de gado;
- registro etnográfico do trabalho de criação, reprodução e
comercialização dos rebanhos ovinos, bovinos e eqüinos, configurado na lida
campeira.
- levantamento e documentação em fichas dos agentes relacionados
à cultura material constituinte da produção pecuária;
- constituição de acervo documental (visual e audiovisual) dos
registros de pesquisa;
- produção bimestral de relatórios de atividades realizadas;
- produção de pôsteres com textos e imagens expondo os resultados
das atividades da primeira fase do inventário;
- elaboração do relatório final da primeira fase do INRC- pecuária /
Bagé-RS;
VI. Cronograma:
Período de Execução
Atividades
Elaboração do plano
de trabalho
Formação da equipe
Levantamento
bibliográfico
Pesquisa de campo
Elaboração
dos
relatórios bimestrais
Elaboração do relatório
final
Elaboração
dos
produtos audiovisuais
finais
abr
Período: março de 2010 a fevereiro de 2011
jul ago set out nov dez jan fev
mai
jun
X
X
X
X
X
X
X
X
mar
abr
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
VI. Plano de aplicação dos recursos:
ETAPAS DA 1ª FASE
PRELIMINAR
Período: de abril de 2010
a junho de 2010.
IDENTIFICAÇÃO
Período: de maio a
outubro de 2010.
SISTEMATIZAÇÃO DOS
DADOS DA 1ª FASE
Período: de novembro de
2010 a abril de 2011.
AÇÕES PREVISTAS
- Formação da equipe: seleção dos bolsistas;
- Delimitação do sítio e localidades a serem
investigadas;
- Identificação dos contatos;
- Planejamento do trabalho de campo;
- Realização de saídas de campo: identificação
dos contatos, sítio e localidades;
- Levantamento bibliográfico e documental da
primeira fase;
- Preenchimento das fichas de identificação do
sítio, localidades e contatos;
- Elaboração de Relatório Parcial.
- Saídas de campo: realização das entrevistas
com os contatos identificados;
- Transcrição das entrevistas;
- Preenchimento das fichas de contatos, dos
questionários e dos bens ligados à cultura
material;
- Realização de registros audiovisuais e
preenchimento das fichas do anexo audiovisual;
- Aprofundamento da pesquisa documental e
bibliográfica;
- Seleção dos bens a serem inventariados
- Realização de relatórios parcial
- Acompanhamento da realização dos pôsteres;
- Elaboração de relatório final da investigação,
conforme metodologia do Inventário Nacional de
Referência Cultural (IPHAN)
VII. CRONOGRAMA DE DESENBOLSO
ETAPAS
PRELIMINAR
E IDENTIFICAÇÃO
PERÍODO DE
REPASSE
FINANCEIRO
De abril a outubro de
2010.
Repasse de R$
125.000,00.
DESPESAS
- Despesas de campo: R$
29.000,00
- Pagamento dos
pesquisadores: R$ 27.000,00
- Pagamento dos
pesquisadores de campo: R$
27.000,00
- Pagamento da pesquisadora
local: R$ 3.000,00
- Material de consumo: R$
De novembro de 2010 a
SISTEMATIZAÇÃO abril de 2011.
DOS DADOS DA
Repasse de R$
1ª FASE
75.000,00 dos recursos
TOTAL DO
REPASSE
10.000,00
- Serviços técnicos
administrativos de apoio: R$
5.000,00
- Elaboração, diagramação e
impressão dos relatórios
parciais: R$ 24.000,00
- Pagamento dos
pesquisadores de campo: R$
27.000,00
- Pagamento dos
pesquisadores: R$ 10.000,00
- Serviços técnicos
administrativos de apoio: R$
5.000,00
- Elaboração, diagramação e
impressão dos produtos
audiovisuais (pôsteres e
publicação impressa) e do
relatório final da primeira fase:
R$ 33.000,00
R$ 200.000,00
VIII. Equipe de pesquisa:
Pesquisador/a
Instituição
Formação
Flávia Maria Silva Rieth
(coordenadora)
UFPEL / Bacharelado em Antropologia e
INRC-doces
Fábio Vergara Cerqueira
UFPEL / Bacharelado em Antropologia,
Doutor em Antropologia
Laboratório de Ensino e Pesquisa em
Social /concentração em
Antropologia e Arqueologia e INRC-doces Arqueologia Clássica
Maria Letícia Mazzucchi
Ferreira
UFPel / Laboratório de Ensino e Pesquisa
em Antropologia e Arqueologia e INRCdoces
Doutora em História
Renata Menasche
UFPEL / Bacharelado em Antropologia
Doutora em Antropologia
Social
Marília Floôr Kosby
UFPel / Laboratório de Ensino e Pesquisa
em Antropologia e Arqueologia e INRCdoces
Mestre em Ciências Sociais
Tiago Lemões da Silva
UFPel / Laboratório de Ensino e Pesquisa
em Antropologia e Arqueologia e INRCdoces
Graduado em História –
UFPel / Mestrando em
Ciências Sociais
Odilon Leston
UFPel / Laboratório de Ensino e Pesquisa
em Antropologia e Arqueologia
Graduando em História
Evander Eloi Krone
UFSM/ Universidade Federal de Santa
Maria e Projeto sobre o Queijo artesanal
Serrano (RS)
Mestre em Desenvolvimento
Rural
Mariciana Zorzi
UFPel / Laboratório de Ensino e Pesquisa
em Antropologia e Arqueologia
Mestranda em Memória e
Patrimônio
(colaborador)
Doutora em Antropologia
Social
Pablo Fabião Lisboa
UFPel e Secretaria de Cultura de Bagé
Graduado em Design
Gráfico – UFPel / Mestrando
em Memória e Patrimônio
UFPEL / Bacharelado em Antropologia e
Mestrado em Ciências Sociais
Doutora em Etnologia e
Antropologia Social
URCAMP / Universidade da Região da
Campanha
Doutora em História
(colaborador)
Cláudia Turra Magni
(consultora em imagem)
Clarisse Ismério de Oliveira
(consultor em História)
Referências
FREIRE, Beatriz Muniz. O Inventário e o Registro do Patrimônio Imaterial:
novos instrumentos de preservação. In: Cadernos do LEPAARQ. Textos de
Arqueologia, Antropologia e Patrimônio.Pelotas: Editora da Universidade
Federal de Pelotas, vol. II, n. 3, 2005. pgs 11-19.
GONÇALVES, José Reginaldo Santos. Ressonância, materialidade e
subjetividade: as culturas como patrimônios. In: Horizontes Antropológicos /
UFRGS. Ano 10, n. 22. Porto Alegre: PPGAS, 2004.
LEAL, Ondina Fachel. Do etnografado ao etnografável: “O Sul” como área
cultural. In: Horizontes Antropológicos. Porto Alegre: Programa de PósGraduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, ano 3, n. 7, p. XXX, Nov. de 1997.
_____. O mito da Salamandra do Jarau: a constituição do sujeito masculino na
cultura gaúcha. Revista Psiquiatria. RS, 14 (1): 8-11, jan/abr, 1992.
_____. Honra, morte e masculinidade na cultura gaúcha. Cadernos de
Antropologia PPGAS-UFRGS, n. 6, 1992.
MAESTRI, Mario. A Ocupação do Território (Da luta pelo território à
instalação da economia pastoril-charqueadora escravista), Passo FundoRS: Ed. UPF. 2006.
MOREIRA, Igor. O espaço rio-grandense. São Paulo: João Guizzo Editor,
1999.
SAHLINS, Marshall. Cultura e Razão Prática. Rio de Janeiro: Zahar Editores,
1979.
ZANOTELLI, Jandir João. Rio Grande do Sul. Arquétipos culturais e
desenvolvimento cultural. EDUCAT: Pelotas, 2003.
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