INVENTÁRIO NACIONAL DE REFERÊNCIAS CULTURAIS PECUÁRIA/BAGÉ, 1ª FASE INRC-Pecuária/Bagé, 1ª Fase PLANO PROVISÓRIO DE TRABALHO I. Apresentação: Em consonância com a política de preservação da diversidade étnica e cultural do país, a presente iniciativa de pesquisa atende a uma demanda da Prefeitura Municipal de Bagé/RS, acolhida pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), por intermédio do curso de Bacharelado em Antropologia, visando a documentação, a produção de conhecimento e o reconhecimento da pecuária, enquanto referência na estruturação da cultura gaúcha. Percebido como um fato social total, por permear diferentes dimensões da vida no pampa e permitir a discussão sobre uma ampla gama relações sociais, o sistema da pecuária – criação de bovinos, ovinos e eqüinos, para fins econômicos – tem, na perspectiva deste estudo, o estatuto de patrimônio dessa região. Ao pensar as culturas como patrimônio, a partir do que sugere Gonçalves (2004), atenta-se para a idéia de comunicação entre o passado e o presente, o cosmo e a sociedade, o indivíduo e o grupo social, e entre a história, a memória e a experiência. Assim, propõe-se o uso do patrimônio como fato social total, acompanhando a noção de Marcel Mauss, em atenção às dimensões da ressonância, da materialidade e da subjetividade. A ressonância nos remete aos significados dos fatos para além da atividade consciente e deliberada de indivíduos ou grupos, tratando do reconhecimento da particularidade de tal identificação. A ênfase na materialidade dialoga com o conceito antropológico de cultura, no intuito de indissociar os aspectos materiais e imateriais do patrimônio cultural. De outra parte, tais fatos não se constituem somente como emblemas exteriores ao indivíduo, trazendo a dimensão do patrimônio como constitutiva dos sujeitos. Desta forma, a proposta de inventariar a pecuária como referência cultural do pampa, privilegia a relação cultura/natureza, mais especificamente a relação do homem com os animais, para pensar a configuração desta paisagem. Respondendo a necessidade de classificar e salvaguardar bens imateriais, foram criadas, a partir do ano 2000, Comissões com a finalidade de propor formas de proteger a memória coletiva de tantos grupos sociais, culminando no reconhecimento dessas manifestações como bens nacionais e na definição do conceito de patrimônio imaterial, estabelecida pela Unesco em 2003, que o define como: (...) as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas – junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares que lhe são associados – que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural. Este patrimônio cultural imaterial, que se transmite de geração em geração, é constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade, contribuindo assim para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana. (Freire, 2005, p. 16) Essa Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), em sua 32ª sessão, realizada em Paris do dia 29 de setembro ao dia 17 de 2003, estabelece que o “patrimônio cultural imaterial”, tal como definido acima, se manifesta em particular nos seguintes campos:a) tradições e expressões orais, incluindo o idioma como veículo do patrimônio cultural imaterial;b)as expressões artísticas;c)as práticas sociais, rituais e atos festivos;d)os conhecimentos e práticas relacionados à natureza e ao universo; e)as técnicas artesanais tradicionais. Ao mesmo tempo afirma que se entende por “salvaguarda” as medidas que visam garantir a viabilidade do patrimônio cultural imaterial, tais como a identificação, a documentação, a preservação e a promoção deste patrimônio em seus diversos aspectos. Tal patrimônio imaterial, fundado sobre a tradição é apresentado como intangível e também como absolutamente dinâmico uma vez que revela uma renovação constante de suas formas de expressão. A metodologia desenvolvida pelo IPHAN para inventariar bens patrimoniais de caráter imaterial será empregada neste projeto, beneficiando- se da experiência acumulada por membros da equipe de pesquisa do Inventário Nacional de Referências Culturais - Produção de Doces Tradicionais Pelotenses1. O projeto ainda recebe sustentação do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Produção em Antropologia da Imagem e do Som (LEPPAIS)2. II. Justificativa: A formação do estado do Rio Grande do Sul assenta-se na relação conflituosa entre os impérios português e espanhol na disputa por território e domínio político e econômico (Zanotelli et al, 2003). Tal ocupação territorial teve início através dos padres jesuítas que, vindos do Paraguai, instalaram –se na margem leste do Rio Uruguai com o objetivo primordial de catequizar grupos indígenas que habitavam os territórios sulinos. Inicialmente logrando em seus intentos, os jesuítas fundaram, a partir de 1626, aldeias e povoados chamados missões ou reduções. O conjunto de povoados de maior importância histórica foram os Sete Povos das Missões. Ademais, foram os jesuítas que introduziram a criação de animais no Rio Grande do Sul: ovinos, eqüinos e principalmente bovinos. Junto com a pecuária e valendo-se do trabalho indígena, desenvolveram também a agricultura e a extração da erva-mate. Ainda no século XVII, as missões começaram a ser invadidas por bandeirantes – homens vindos de São Paulo , que atacavam as aldeias com a Equipe do Inventário Nacional de Referências Culturais – produção de doces tradicionais pelotenses: Flavia Maria Silva Rieth (Coordenadora), Fábio Vergara Cerqueira, Maria Letícia Mazucchi Ferreira, Francisca Ferreira Michelon (consultora em imagem), Mario Osorio Magalhães (consultor em história), Tiago Lemões da Silva e Marília Floôr Kosby (pesquisadores vinculados ao Lepaarq – Laboratório de Ensino e Pesquisa em Antropologia e Arqueologia da Universidade Federal de Pelotas). A realização do INRC - Produção de doces tradicionais pelotenses tem como proponente a Câmara de Dirigentes Lojistas de Pelotas e conta com a parceria da Secretaria Municipal de Cultura e do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. A Universidade Federal de Pelotas é executora desta investigação, por intermédio do Laboratório de Ensino e Pesquisa em Antropologia e Arqueologia. O Inventário é financiado pela Unesco e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento. 1 O LEPPAIS, coordenado pela Profª. Drª Claudia Turra Magni, está vinculado ao Curso de Antropologia Social e ao Mestrado em Ciências Sociais da UFPel. 2 finalidade de aprisionar os índios para vendê-los como escravos. Em função destes sucessivos ataques, as missões entraram em decadência3 e os rebanhos espalharam-se pelo campo aberto reproduzindo-se livremente, tornando-se um gado selvagem (Moreira, 1999). Este gado cresceu livre durante décadas. Inicialmente milhares de cabeças de gado vacum eram sacrificados apenas para a retirada e venda do couro. Em 1634, mil e quinhentas cabeças de gado foram introduzidas e distribuídas entre os povos da margem esquerda do rio Uruguai. Quando essas comunidades missioneiras recuaram para a outra margem do rio, em razão dos ataques dos paulistas escravizadores, os animais foram transferidos para a margem meridional do rio Jacuí, onde se desenvolveram, formando as vacarias do mar. Nos anos 1700, quando a vacaria do Mar começou a esgotar-se, devido à extração de gado, vaqueiros dos Sete Povos, introduziram milhares de animais nos campos de Cima da Serra, formando a vacaria dos Pinhais (Maestri, 2006) Em 1737, para garantir os interesses dos portugueses instalados na região, foi construído o forte Jesus-Maria-José, junto ao canal que liga laguna dos Patos ao oceano Atlântico. Ao lado do forte formou-se uma povoação que deu origem a atual cidade de Rio Grande. O domínio português se expandiu pelas áreas vizinhas, que no seu conjunto eram chamadas de Continente de Rio Grande de São Pedro, primeira denominação do atual estado do Rio Grande do Sul. Neste mesmo período, desenvolveu-se a mineração em Minas Gerais, o que atraiu milhares de pessoas para a região e formou um mercado de consumo para os produtos da pecuária riograndina: couro, carne, leite e animais para transporte. Em conseqüência, a atividade de caça foi sendo substituída pela criação de gado, pois os animais passaram a ser reunidos em locais destinados a tal finalidade: as estâncias (Idem, 1999). Assim, estimulada pelo mercado do Sudeste do país, principalmente de Minais Gerais, desenvolveu-se a pecuária no Rio Grande do Sul. Portugueses, paulistas e catarinenses ganhavam do governo grandes extensões de campo, onde instalavam suas fazendas de criação de gado. Com Em 1750, pelo Tratado de Madri, Portugal e Espanha determinaram que a população dos Sete Povos deveria deixar a área, que ficaria para os portugueses. Embora tal tratado tenha sido anulado em 1761, e os índios missioneiros tenham obtido o direito de permanecer na região, as sucessivas guerras causaram a destruição dos Sete Povos. 3 o tempo, as áreas campestres, principalmente as da Campanha, ficaram povoadas de fazendeiros. A partir de 1780 notamos uma modificação na utilização do gado vacum. Iniciam, na província de São Pedro, as charqueadas em Pelotas, e a carne começa a ganhar considerável valor comercial. Porém, durante anos o couro continuou com grande valor monetário. As vacarias geralmente vindas da região da campanha traziam o gado para ser vendido na região de Pelotas. Um ano após a chegada da família real Portuguesa ao Brasil, ocorre a primeira divisão administrativa da província de São Pedro. Em 1809 a região fica dividida em quatro localidades: Rio Pardo, Rio Grande, Santo Antônio e Porto Alegre. A seguir, mapa onde podemos visualizar a divisão territorial da então capitania. 4 Em meados do Século XIX, para delimitar as propriedades, iniciou-se o uso do arame farpado e alambrado. Desta forma o dono da estância conseguia controlar seus peões e impedir o uso de sua propriedade por gaúchos nômades, geralmente tropeiros sem a posse da terra, que habitavam na região. 4 http://1.bp.blogspot.com/_8MIylRVe43o/SCdQyS0CbsI/AAAAAAAAA1s/DTZqoCh1naA/s400/m apa1809.jpg acessado em 25 de março de 2010 Estes gaúchos sem nacionalidade definida transitavam facilmente entre os atuais territórios brasileiro, uruguaio e argentino, e tinham como principal atividade retirar o couro do gado vacum e vendê-lo no mercado informal, na região de domínio português e para a metrópole hispânica. O modelo de transação econômica praticado por estes gaúchos era possível porque havia o gado nesta região, ao mesmo tempo, era considerado ilegal porque os animais soltos pelos campos eram de propriedade real – tanto da coroa portuguesa quanto espanhola. As estâncias pertencentes a proprietários portugueses iniciaram a domesticação do gado da região. Entretanto, não existia tratamento para a saúde dos animais. A partir do século XX notamos uma drástica diferença no tratamento da saúde do gado, com evidente melhora. A qualidade da carne e a genética destes animais tornam-se referência no país e a carne bovina produzida na região da campanha é exportada para inúmeros países. A região da campanha5, onde se localiza o município de Bagé, é conhecida pela criação de gado bovino de corte de significativa qualidade, com melhoramento genético dos animais. Começam na região exposições de gado, ovinos e eqüinos. O cavalo, principal instrumento de trabalho fundamental para a produção pecuária, era utilizado para arrebanhar o gado vacum6. Já a criação de ovelhas, além de suprir a demanda doméstica de carne da propriedade, através da venda anual de lã, ajudava a cobrir as despesas de manutenção da propriedade – com o advento da lã sintética, a criação de gado ovino diminui expressivamente, passando a atender nichos específicos do mercado de carne e a demanda da produção artesanal de artefatos de lã. A criação de gado de corte e a exposição destes animais, gera milhões de reais para a região da campanha. Estas duas atividades são majoritariamente vinculadas a grandes e médias propriedades rurais. No entanto, embora o ponto de partida para este estudo seja a região da campanha, mais O município de Bagé, pertencente ao Estado do Rio Grande do Sul, localiza-se na região geográfica conhecida como escudo Sul-Riograndense, chegando a formações de altitude de quinhentos metros na região da campanha e também abrange a região geográfica denominada Depressão central, composta por terras com altitude ao nível do mar. 6 Com as atualizações deste modo de produção, ao seu valor como instrumento de trabalho, o cavalo tem acrescentado o valor genético, configurando aumento no valor econômico do eqüino. Paradoxalmente, estes animais de pedigree apurado e elevado preço não são utilizados no dia-dia do trabalho pecuário, mesmo que seu valor provenha de características morfológicas somadas a aptidões ligadas a lida campeira. 5 especificamente, a localidade de Bagé, a paisagem cultural que se configura a partir da produção pecuária, sua origem, manutenção e perpetuação, extrapola tais limites geográficos e políticos, transitando suas fronteiras pelos territórios que abrange a chamada “cultura gaúcha”. Assim sendo, tal área cultural7 perpassa tanto o sul do Rio Grande do Sul quanto países vizinhos, como Argentina e Uruguai. III. Objeto: Por “cultura gaúcha” entende-se, a princípio, o conjunto dinâmico de relações geradas e transformadas a partir da presença dos gaúchos em territórios que, não possuindo fronteiras étnicas fixas, se construíram em estreita relação com o trânsito da criação e comercialização de gado em terras argentinas, uruguaias e sul-riograndenses. A noção de “cultura gaúcha” trazida por este projeto, portanto, é construída a partir de conceitos discutidos pela literatura historiográfica e antropológica no que tange à configuração de um ethos claramente delimitado por relações de dominação do homem sobre a natureza, postas em ressonância com a dominação do masculino sobre o feminino. Todavia, conforme Ondina Fachel Leal, por serem as noções de masculino e feminino categorias socialmente construídas, está a primeira - na cultura gaúcha diretamente relacionada à dominação do homem sobre a natureza: “na cultura gaúcha, a masculinidade tem que ser constantemente adquirida e provada entre o grupo masculino de iguais”. Neste sentido, a própria noção de natureza, para Marshall Sahlins, deve ser relativizada, já que a distinção natureza/cultura é uma distinção operada pela cultura. Ou seja, mesmo os fatos relegados à esfera da natureza são classificações culturalmente avaliadas, e, obviamente, desenvolvem esquemas específicos em diferentes culturas. Sahlins traz como exemplo as operações totêmicas que tornam a carne de determinados animais comestíveis e de outros não, conforme os diferentes graus de proximidade que apresentam Ondina Fachel Leal discute a constituição acadêmica e sócio-antropológica do “Sul” como um território de significados de uma realidade social específica, de um sistema de valores e de uma determinada área social. Para Leal (1997), “os limites destas área cultural etnografada e etnografável, freqüentemente nominada o Sul, numa estratégica imprecisão retórica, não coincidem com os limites políticos do estado rio Grande do Sul ou mesmo os da nação Brasil.” 7 com relação aos seres humanos, numa escala de afastamento do canibalismo – como no esquema americano boi-porco-cavalo-cachorro, do comível para o que corresponde ao tabu da não-comensalidade, que segue antes uma lógica de comparação totêmica e uma razão da cultura do que determinações econômicas ou biológicas. Esta breve apresentação de algumas teorias da cultura vem a introduzir a descrição que se pretende fazer do objeto desta pesquisa, qual seja, o processo de construção e as transformações da cultura gaúcha a partir das relações estabelecidas entre os diferentes agentes (humanos, animais e utensílios8), que têm no sistema da pecuária um fato social total presente na estrutura das mais diferentes dimensões de sua existência. IV. Metas: Elaboração da primeira fase do inventário da cultura gaúcha, a partir de levantamento preliminar de dados bibliográficos e etnográficos sobre as relações sociais entre homens, animais e utensílios envolvidos na produção pecuária na região sul do Rio Grande do Sul, e sua consecutiva documentação e divulgação. V. Etapas da execução: - constituição da equipe de pesquisadores e consultores - realização de levantamento bibliográfico acerca da produção pecuária no Rio Grande do Sul; - preenchimento das fichas do levantamento bibliográfico; - delimitação do sítio da pesquisa e mapeamento das localidades abrangidas pelo trabalho de campo; - constituição da lista de contatos a serem entrevistados; - realização das entrevistas com interlocutores vinculados ao universo da produção pecuária; Lúcia Hussak van Velthem, em “Farinha, casas de farinha e objetos familiares em Cruzeiro do Sul – Acre”, aponta para a importância de a perspectiva antropológica extrapolar o utilitarismo dos objetos e artefatos, tomando-os como agentes capazes de constituírem sistemas de relações sociais entre si e os seres humanos com quem trabalham. Desta forma, são agregados aos objetos materiais, atributos genealógicos, históricos e de intencionalidade. 8 - registro etnográfico em feiras, remates e leilões de gado; - registro etnográfico do trabalho de criação, reprodução e comercialização dos rebanhos ovinos, bovinos e eqüinos, configurado na lida campeira. - levantamento e documentação em fichas dos agentes relacionados à cultura material constituinte da produção pecuária; - constituição de acervo documental (visual e audiovisual) dos registros de pesquisa; - produção bimestral de relatórios de atividades realizadas; - produção de pôsteres com textos e imagens expondo os resultados das atividades da primeira fase do inventário; - elaboração do relatório final da primeira fase do INRC- pecuária / Bagé-RS; VI. Cronograma: Período de Execução Atividades Elaboração do plano de trabalho Formação da equipe Levantamento bibliográfico Pesquisa de campo Elaboração dos relatórios bimestrais Elaboração do relatório final Elaboração dos produtos audiovisuais finais abr Período: março de 2010 a fevereiro de 2011 jul ago set out nov dez jan fev mai jun X X X X X X X X mar abr X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X VI. Plano de aplicação dos recursos: ETAPAS DA 1ª FASE PRELIMINAR Período: de abril de 2010 a junho de 2010. IDENTIFICAÇÃO Período: de maio a outubro de 2010. SISTEMATIZAÇÃO DOS DADOS DA 1ª FASE Período: de novembro de 2010 a abril de 2011. AÇÕES PREVISTAS - Formação da equipe: seleção dos bolsistas; - Delimitação do sítio e localidades a serem investigadas; - Identificação dos contatos; - Planejamento do trabalho de campo; - Realização de saídas de campo: identificação dos contatos, sítio e localidades; - Levantamento bibliográfico e documental da primeira fase; - Preenchimento das fichas de identificação do sítio, localidades e contatos; - Elaboração de Relatório Parcial. - Saídas de campo: realização das entrevistas com os contatos identificados; - Transcrição das entrevistas; - Preenchimento das fichas de contatos, dos questionários e dos bens ligados à cultura material; - Realização de registros audiovisuais e preenchimento das fichas do anexo audiovisual; - Aprofundamento da pesquisa documental e bibliográfica; - Seleção dos bens a serem inventariados - Realização de relatórios parcial - Acompanhamento da realização dos pôsteres; - Elaboração de relatório final da investigação, conforme metodologia do Inventário Nacional de Referência Cultural (IPHAN) VII. CRONOGRAMA DE DESENBOLSO ETAPAS PRELIMINAR E IDENTIFICAÇÃO PERÍODO DE REPASSE FINANCEIRO De abril a outubro de 2010. Repasse de R$ 125.000,00. DESPESAS - Despesas de campo: R$ 29.000,00 - Pagamento dos pesquisadores: R$ 27.000,00 - Pagamento dos pesquisadores de campo: R$ 27.000,00 - Pagamento da pesquisadora local: R$ 3.000,00 - Material de consumo: R$ De novembro de 2010 a SISTEMATIZAÇÃO abril de 2011. DOS DADOS DA Repasse de R$ 1ª FASE 75.000,00 dos recursos TOTAL DO REPASSE 10.000,00 - Serviços técnicos administrativos de apoio: R$ 5.000,00 - Elaboração, diagramação e impressão dos relatórios parciais: R$ 24.000,00 - Pagamento dos pesquisadores de campo: R$ 27.000,00 - Pagamento dos pesquisadores: R$ 10.000,00 - Serviços técnicos administrativos de apoio: R$ 5.000,00 - Elaboração, diagramação e impressão dos produtos audiovisuais (pôsteres e publicação impressa) e do relatório final da primeira fase: R$ 33.000,00 R$ 200.000,00 VIII. Equipe de pesquisa: Pesquisador/a Instituição Formação Flávia Maria Silva Rieth (coordenadora) UFPEL / Bacharelado em Antropologia e INRC-doces Fábio Vergara Cerqueira UFPEL / Bacharelado em Antropologia, Doutor em Antropologia Laboratório de Ensino e Pesquisa em Social /concentração em Antropologia e Arqueologia e INRC-doces Arqueologia Clássica Maria Letícia Mazzucchi Ferreira UFPel / Laboratório de Ensino e Pesquisa em Antropologia e Arqueologia e INRCdoces Doutora em História Renata Menasche UFPEL / Bacharelado em Antropologia Doutora em Antropologia Social Marília Floôr Kosby UFPel / Laboratório de Ensino e Pesquisa em Antropologia e Arqueologia e INRCdoces Mestre em Ciências Sociais Tiago Lemões da Silva UFPel / Laboratório de Ensino e Pesquisa em Antropologia e Arqueologia e INRCdoces Graduado em História – UFPel / Mestrando em Ciências Sociais Odilon Leston UFPel / Laboratório de Ensino e Pesquisa em Antropologia e Arqueologia Graduando em História Evander Eloi Krone UFSM/ Universidade Federal de Santa Maria e Projeto sobre o Queijo artesanal Serrano (RS) Mestre em Desenvolvimento Rural Mariciana Zorzi UFPel / Laboratório de Ensino e Pesquisa em Antropologia e Arqueologia Mestranda em Memória e Patrimônio (colaborador) Doutora em Antropologia Social Pablo Fabião Lisboa UFPel e Secretaria de Cultura de Bagé Graduado em Design Gráfico – UFPel / Mestrando em Memória e Patrimônio UFPEL / Bacharelado em Antropologia e Mestrado em Ciências Sociais Doutora em Etnologia e Antropologia Social URCAMP / Universidade da Região da Campanha Doutora em História (colaborador) Cláudia Turra Magni (consultora em imagem) Clarisse Ismério de Oliveira (consultor em História) Referências FREIRE, Beatriz Muniz. O Inventário e o Registro do Patrimônio Imaterial: novos instrumentos de preservação. In: Cadernos do LEPAARQ. Textos de Arqueologia, Antropologia e Patrimônio.Pelotas: Editora da Universidade Federal de Pelotas, vol. II, n. 3, 2005. pgs 11-19. GONÇALVES, José Reginaldo Santos. Ressonância, materialidade e subjetividade: as culturas como patrimônios. In: Horizontes Antropológicos / UFRGS. Ano 10, n. 22. Porto Alegre: PPGAS, 2004. LEAL, Ondina Fachel. Do etnografado ao etnografável: “O Sul” como área cultural. In: Horizontes Antropológicos. Porto Alegre: Programa de PósGraduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, ano 3, n. 7, p. XXX, Nov. de 1997. _____. O mito da Salamandra do Jarau: a constituição do sujeito masculino na cultura gaúcha. Revista Psiquiatria. RS, 14 (1): 8-11, jan/abr, 1992. _____. Honra, morte e masculinidade na cultura gaúcha. Cadernos de Antropologia PPGAS-UFRGS, n. 6, 1992. MAESTRI, Mario. A Ocupação do Território (Da luta pelo território à instalação da economia pastoril-charqueadora escravista), Passo FundoRS: Ed. UPF. 2006. MOREIRA, Igor. O espaço rio-grandense. São Paulo: João Guizzo Editor, 1999. SAHLINS, Marshall. Cultura e Razão Prática. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1979. ZANOTELLI, Jandir João. Rio Grande do Sul. Arquétipos culturais e desenvolvimento cultural. EDUCAT: Pelotas, 2003.