Isidore Auguste Marie François Xavier Comte

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ISIDORE AUGUSTE MARIE
FRANÇOIS XAVIER COMTE
1798 – 1857
Nasceu em Montpellier, a 19 de janeiro de 1798
e desencarnou em Paris, a 5 de setembro de 1857. Foi
um filósofo francês, fundador da Sociologia e do
Positivismo.
Em 1814, aos dezesseis anos de idade, com
interesse pelas ciências naturais, conjugado às
questões históricas e sociais, ingressou na Escola
Politécnica de Paris. No período de 1817-1824 foi
secretário do conde Henri de Saint-Simon, expoente
do socialismo utópico. São dessa época algumas
fórmulas fundamentais: "Tudo é relativo, eis o único
princípio absoluto" (1819) e "Todas as concepções
humanas passam por três estádios sucessivos,
teológico, metafísico e positivo, com uma velocidade
proporcional
à
velocidade
dos
fenômenos
correspondentes" (1822) - "lei dos três estados".
Em 1824 rompeu com Saint-Simon ao discordar das idéias deste sobre as relações entre
a ciência e a reorganização da sociedade. Comte estava convicto que o mestre priorizava
auxílio à elite industrial e científica do período com sacrifício da reforma teórica do
conhecimento.
Em 1826 sofreu um colapso nervoso enquanto trabalhava na criação de uma filosofia
positiva, supostamente desencadeado por "problemas conjugais". Recuperado, iniciou a
redação de Curso de filosofia positiva (renomeado para Sistema de filosofia positiva em
1848), trabalho que lhe tomou doze anos.
Em 1842 perdeu o emprego de examinador de admissão à Escola Politécnica por
criticar a corporação universitária francesa. Começou a ser ajudado por admiradores, como o
pensador inglês John Stuart Mill (1806-1873). No mesmo ano separou-se de Caroline
Massin, após 17 anos de casamento. Em 1845 apaixonou-se por Clotilde de Vaux, que
morreria no ano seguinte por tuberculose.
Entre 1851 e 1854 redigiu o Sistema de política positiva, no qual expôs algumas das
principais consequências de sua concepção de mundo não-teológica e não-metafisica,
propondo uma interpretação pura e plenamente humana para a sociedade e sugerindo
soluções para os problemas sociais; no volume final da obra apresentou as instituições
principais de sua Religião da Humanidade.
Em 1856 publicou o primeiro volume de Síntese Subjetiva, projetada para abarcar
quatro volumes, cada um a tratar de questões específicas das sociedades humanas: lógica,
indústria, pedagogia, psicologia. Não pôde concluir a obra ao falecer, possivelmente de
câncer, em 5 de setembro de 1857, em Paris. Sua última casa, na rua Monsieur-le-Prince, n.
10, foi posteriormente adquirida por positivistas e transformada no Museu Casa de Augusto
Comte.
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