Sociedade Brasileira de Espectrometria de Massas – BrMASS Categoria do Resumo (Tahoma 11 – centralizado) Inserir a categoria do trabalho Identificação e caracterização de novos metabólitos de Exemestano em urina humana utilizando Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de Massas Gustavo de A. Cavalcanti1, Monica C. Padilha 1,2, Francisco Radler de A. Neto1 [email protected] Laboratório de Controle de Dopagem (LAB DOP) - Instituo de Química – Universidade Federal do Rio de Janeiro 1 Núcleo de Pesquisa de Produtos Naturais – Universidade Federal do Rio de Janeiro 2 O exemestano (6-metilenoandrosta-1,4-dieno-3,17-diona) é um potente inibidor da conversão de andrógenos a estrógenos. Este fármaco tem seu uso abusivo no doping para elevar os níveis de andrógenos, como por exemplo, a testosterona, e também para evitar alguns efeitos adversos causados pelo uso excessivo de esteróides anabolizantes, como por exemplo, a ginecomastia. Recentemente os inibidores da aromatase entraram na lista de substancias proibidas da Agencia Mundial Antidoping (AMA). Os objetivos desse estudo é avaliar o exemestano em duas partes, onde a primeira é referente a verificação da alteração do perfil esteroidal endógeno frente a administração do fármaco, e a segunda parte é a realização de um estudo de excreção para buscar novos metabólitos na urina, os quais possam ser devidamente monitorados por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas (CG-EM). O estudo de excreção foi realizado por quatro voluntários sadios. As urinas foram coletadas durante uma semana, após a administração de uma única dose oral de 50 mg da drágea de exemestano (Aromasin). O perfil endógeno não foi alterado quando comparado com o branco de urina de cada voluntário. A razão testosterona/ epitestosterona não apresentou alteração estatisticamente relevante. Depois da avaliação do perfil endógeno após a administração do fármaco, foi realizada a procura de possíveis metabólitos do exemestano. Nesta segunda etapa do trabalho, foi observada a formação do artefato que se forma a partir do exemestano no injetor do cromatógrafo, auxiliado pela mistura derivatizante. Motivando-nos ainda mais a buscar na urina metabólitos alvos para serem monitorados por CG-EM. A procura de metabólitos do exemestano foi realizada através da sobreposição do cromatogramas de íons totais (CIT) das urinas de excreção com os brancos de urinas (BU) de cada voluntário. Foram encontrados nos quatro voluntários quatro possíveis metabólitos do exemestano. A partir da via metabólica dos esteróides anabólicos já descrita na literatura, foram então propostos as possíveis estruturas e seus respectivos íons moleculares e alguns fragmentos. Todos os possíveis metabólitos descritos foram formados pela oxidação na posição seis da porção metileno, já descrita na literatura, ou pela redução do metileno e posterior oxidação. [1]Mareck, U.; Geyer, H.; Guddat, S.; Haenelt, N.; Koch, A; Kohler, M.; Opfermann, G.; Thevis, M.; Schanzer, W. Rapid Communications in Mass Spectrometry. 2006, 20, 1954 – 1962. 3º Congresso BrMass – 12 a 15 de Dezembro de 2009