ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO EM ADULTOS JOVENS: FATORES DE RISCO E PREVENÇÃO Alana Karine Becher¹ Ana Flavia Grigoletti Brotto¹ Carmen Heloise Antunes¹ Paloma Sabrina Ribeiro¹ Leide C. Sanches² Descritores: AVC isquêmico. Adultos jovens. Causas de AVC. Prevenção de AVC. Resumo: O presente artigo sobre Acidente Vascular Cerebral Isquêmico em adultos jovens tem por objetivo apontar os fatores de risco e os modos de prevenção de um problema que tem acometido os adultos jovens cada vez com maior frequência, e que não é mais uma doença que atinge somente os idosos. Entende-se ser cada vez mais relevante buscar esclarecer o que é o AVC isquêmico, suas causas, prevenções, conseqüências, tratamento e qual é o melhor modo de usar uma nomenclatura para representar uma doença cerebrovascular aguda, tendo sido definido que dentre os termos AVC, AVE e derrame, o correto a ser usado é o AVC. O AVC é resultado da obstrução ou entupimento dos vasos sanguíneos do cérebro, fazendo com que a irrigação sanguínea na região afetada seja insuficiente, causando danos nas funções neurológicas. O AVC isquêmico ocorre devido a um entupimento de uma veia ou artéria cerebral, e pode ser trombótico, embólico ou lacunar. Já o AVC hemorrágico é o rompimento de uma veia, causando uma hemorragia. Por meio de uma revisão de literatura, baseada em livros e artigos científicos da Scielo, demonstra-se que os hábitos da sociedade atual, como tabagismo, alcoolismo, anticoncepcionais orais, sedentarismo, má alimentação e também os fatores ambientais, alta temperatura, poluição provinda da fumaça dos carros e cigarro, estão elevando significativamente a ocorrência de _____________ ¹ Acadêmicas do curso de Biomedicina das Faculdades Pequeno Príncipe. Curitiba, Paraná, 2011. Email: [email protected] ² Orientadora, professora de Sociologia, Antropologia e Momento Integrador das Faculdades Pequeno Príncipe, Curitiba, Paraná. Email: [email protected] AVC isquêmico em adultos jovens, segundo pesquisas feitas recentemente. Outro fator de risco do AVC é de natureza genética e hereditária, na qual as alterações nos genes do DNA afetam a estrutura dos vasos sanguíneos ou na facilidade de coagulação do sangue dentro dos vasos, podendo causar o desenvolvimento do AVC, por isso, os profissionais da saúde devem estar atentos ao histórico familiar dos pacientes para recomendações de prevenção. A combinação de pílulas anticoncepcionais e cigarro elevam em oito vezes o risco de AVC, pois o sangue dos fumantes torna-se mais propenso à formação de coágulos e a nicotina também enrijece as artérias que irrigam o cérebro. A maternidade, enxaqueca e diabetes mellitus também tornam o paciente mais suscetível ao AVC. Uma dieta rica em gorduras e alimentos industrializados, entre outras atitudes deste tipo pode aumentar o colesterol. Consequentemente haverá formação de placas de gordura nas artérias, principal razão do aumento dos coágulos, os quais podem atingir as artérias cerebrais, causando a isquemia. Porém, hábitos simples têm grande impacto na prevenção do AVC. Pesquisas indicam que a diminuição de três gramas de sal diárias e aumento no consumo de frutas e verduras de poupas brancas diminuiriam 60 mil quadros clínicos de AVC por ano. Entre outras formas de prevenção, a prática de exercícios físicos, controle da hipertensão através de medicamentos, manutenção dos exames de rotina em dia são maneiras essenciais para uma vida saudável, evitando um futuro caso de AVC. O tratamento da doença a torna reversível, eliminando quase que completamente as sequelas causadas. Há estudos recentes avançando na técnica do tratamento do AVC a partir de células-tronco do cordão umbilical e da medula óssea, na qual as células da medula óssea do próprio paciente são reintroduzidas por uma artéria do cérebro, evitando assim a rejeição pelo próprio corpo. Essas pesquisas são muito importantes para o desenvolvimento de tratamentos eficientes no Brasil. Esse artigo também relata os procedimentos imediatos que devem ser tomados quando alguém sofre um ataque de AVC, como deitar o indivíduo de lado, leválo ao pronto socorro imediatamente e nunca usar medicamento sem orientação médica. Concluímos que, como os fatores de riscos dessa doença podem ser evitados, há necessidade de melhorar a eficácia da prevenção primária, e que campanhas para fazer com que os fatores de prevenção estejam ao alcance do conhecimento da população são imprescindíveis para diminuir o número de casos, que são a maior causa de óbito no Brasil. Referências GUYTON, Arthur C. 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