Figura 2 – Modelo original de aceitação de tecnologia

Propaganda
Implementação e Aceitação de Sistemas: Um Estudo com base no Modelo de Aceitação
de Tecnologia de Informação
RESUMO
Este trabalho analisa alguns dos fatores que influenciam a aceitação e uso da Tecnologia de
Informação (TI). O objetivo foi investigar as causas da não obtenção dos potenciais benefícios
decorrentes da implementação de sistemas de informações, tendo por base o modelo de
aceitação de tecnologia TAM (Technology Acceptance Model). A análise foi realizada a partir
de um estudo de caso de implementação de um sistema de informações (SI) considerando três
enfoques: tecnológico, organizacional e pessoal. Inicialmente identificou-se a história de
compromissos e de desenvolvimento do sistema e o contexto no qual as pessoas o utilizam.
Em seguida foi investigada a questão da aceitação da tecnologia pelo usuário através do uso
da técnica multivariada do coeficiente de caminho (Path Analysis), βpadronizado. A análise
permitiu um melhor entendimento dos motivos que afetam a percepção de benefícios
decorrentes do uso da tecnologia e corrobora pesquisas que sugerem a adaptação do TAM a
contextos específicos.
INTRODUÇÃO
Cada vez mais as empresas têm recorrido ao uso da TI de maneira a obterem benefícios em
favor dos negócios, seja para suportar as atividades internas, seja para integrar a cadeia de
valor, seja para obter vantagens competitivas. Como conseqüência os gastos com TI tendem a
crescer e tornam-se cada vez mais importantes. Por outro lado, um estudo realizado em 1998
pelo Standish Group apud Legris, Ingham e Collerette (2003) concluiu que poucos projetos
de TI alcançam resultados claramente efetivos. Apenas 26% de todos os projetos de TI são
completados dentro do tempo, do orçamento e com todos os requisitos satisfeitos. Em grandes
empresas o índice de sucesso cai para 23,6%. Mais de 46% dos projetos ou ultrapassam o
orçamento, atrasam ou atendem poucas características e funções originalmente especificadas.
Os resultados também mostram que quase um terço dos projetos de TI são cancelados. Além
disso, para os sistemas cuja implementação se efetivou, existe a expectativa de que sejam
utilizados de maneira efetiva e eficaz, porém, segundo Igbaria, Parasuraman e Baroudi
(1996), o uso atual de TI por profissionais e gerentes não tem correspondido às expectativas
das empresas.
De acordo com Cooper e Zmud (1990), o termo implementação refere-se a todos os processos
envolvidos, desde o reconhecimento que existe um problema organizacional até o uso efetivo
da solução. Estes autores propõem um modelo de seis estágios para a implementação de um
SI e que está representado na figura 1. O modelo foi construído a partir da literatura sobre
mudança organizacional, inovação e difusão tecnológica, bem como dos modelos
desenvolvidos inicialmente por Know e Zmud (1987) e posteriormente adaptados por Zmud e
Apple (1989). Cada estágio representa um processo cuja definição é apresentada a seguir:
• Iniciação: processo através do qual os problemas da organização e as possibilidades de uso
de sistemas de informações são examinados até que se localize uma possibilidade de
aplicação como solução de um problema organizacional.
• Adoção: processo de negociação entre os interessados da organização e que termina com a
aprovação do projeto de implementação e dos investimentos necessários.
• Adaptação: são todos os processos através dos quais o SI é desenvolvido, instalado e
mantido. Nessa etapa os procedimentos organizacionais são revistos e os usuários são
treinados tanto nos novos procedimentos como no uso do SI.
• Aceitação: processo através do qual os usuários são convidados a se comprometerem com o
uso da aplicação e ela passa a ser empregada nos processos organizacionais.
• Rotinização (Uso): processo através do qual o uso da aplicação é encorajado como uma
atividade do dia-a-dia, deixando de ser responsabilidade da área de TI e de ser percebida
como algo extraordinário.
• Incorporação: processo através do qual a efetividade organizacional é finalmente ampliada
pelo uso da TI. Através desse processo obtém-se o total potencial da tecnologia
implementada.
Mudança
Descongelamento

Iniciação 

Adoção 
Recongelamento

Adaptação 

Aceitação 

Uso 
(performance)
(satisfação)

Incorporação
Figura 1 – Modelo de processo de implementação (fonte: Cooper e Zmud (1990))
Dentre os estágios do modelo evidencia-se o estágio de aceitação da tecnologia implantada.
Esse estágio eventualmente tem interposto dificuldades inesperadas para as organizações e
por esta razão tem merecido particular atenção de profissionais e pesquisadores de gestão da
TI. Neste trabalho a questão da aceitação da TI é retomada em um contexto particular e é
proposto um encaminhamento específico julgado replicável a situações análogas.
MODELO DE ACEITAÇÃO DE TECNOLOGIA
Desde os anos 70 pesquisadores têm concentrado esforços para identificar as condições ou
fatores que facilitam a integração da tecnologia de informação nas empresas. Esses estudos
produziram uma longa lista de fatores que podem influenciar o uso de TI. Um dos fatores está
associado à constatação de que, ao implementar mudanças ou inovações, as organizações
muitas vezes enfrentam resistências internas, o que influencia a aceitação da tecnologia pelo
usuário.
A partir da década de 80 os primeiros modelos que auxiliam a prever o uso de sistemas de
informações começaram a ser desenvolvidos e testados. Em 1986, Fred D. Davis propôs o
Modelo de Aceitação de Tecnologia TAM (Technology Acceptance Model) em sua tese de
doutorado, e desde então esse modelo tem sido testado e estendido por muitos pesquisadores
(Legris, Ingham e Collerette, 2003). A figura 2 apresenta o modelo proposto pelo citado autor
através de retângulos que representam seus constructos e de setas que representam as relações
causais entre estes constructos.
A proposta básica do TAM é prover uma base para traçar o impacto de variáveis diversas em
crenças internas, atitudes e intenções. O TAM teoriza que uma intenção comportamental do
indivíduo para usar um sistema é determinada por duas crenças: Utilidade Percebida e
Facilidade de Uso Percebida. De acordo com o TAM, os efeitos de Variáveis Externas na
Intenção de Uso são mediados pela Utilidade Percebida e pela Facilidade de Uso Percebida
(Legris, Ingham e Collerette, 2003).
Utilidade
Percebida
Atitude em
Relação
ao Uso
Variáveis
Externas
Intenção
Comportamental de Uso
Uso Real
do
Sistema
Facilidade
de Uso
Percebida
Figura 2 – Modelo original de aceitação de tecnologia (fonte: Davis (1989)).
De modo geral o TAM tem se mostrado um bom modelo para predizer e mensurar a aceitação
de tecnologia pelo usuário. Ele tem a vantagem de ser específico para a TI e tem uma forte
base teórica, além de um amplo apoio empírico (Hu, Chau e Sheng, 1999; Davis, 1989). Por
mais de uma década o TAM tem oferecido um conjunto de variáveis para explicar a intenção
dos usuários em adotar e usar a TI. O TAM é resultante da Teoria da Ação Racional TRA
(Theory of Reasoned Action) proposto por Fishbein e Ajzen (1975). Os conceitos que
permeiam os constructos do TAM são brevemente resumidos a seguir:
• Variáveis Externas: referem-se às características do sistema, ao processo de
desenvolvimento, ao treinamento de usuários, etc.
• Facilidade de Uso Percebida: refere-se ao grau segundo o qual um usuário acredita que, ao
usar o sistema, estará livre de esforços.
• Utilidade Percebida: é o grau segundo o qual um usuário acredita que, ao usar o sistema,
irá melhorar sua performance.
• Atitude em Relação ao Uso: refere-se ao nível de sentimento favorável (ou não favorável)
do usuário em relação ao uso do sistema.
• Intenção Comportamental de Uso: reflete o nível de intenção do usuário em usar o sistema
no futuro.
• Uso Real do Sistema: é a quantidade de uso numa determinada unidade de tempo. Para essa
medida pode-se usar o uso real do sistema mensurado pela organização.
No site www.guuspijers.com é encontrada uma extensa lista de pesquisas que utilizaram o
TAM original ou suas variações e que foram publicados em jornais, revistas e conferências. A
partir da revisão bibliográfica realizada pelos autores, de artigos publicados entre 1998 e
2004, foram selecionadas várias contribuições que se mostram importantes para este trabalho
e que estão resumidas no quadro 1.
Conceito
Autor
Contribuição
Facilidade de Uso
Percebida e Utilidade
Percebida
Davis (1989)
Validação de escalas de medida para Facilidade de Uso
Percebida e Utilidade Percebida.
Davis (1993)
Facilidade de Uso Percebida foi afetada significativamente por
Características do Sistema. A ligação entre Características do
Sistema e Utilidade Percebida não foi confirmada. Uma
pequena, mas significante influência direta de Características do
Sistema na Atitude em Relação ao Uso sugere que Utilidade e
Facilidade podem não ser as únicas variáveis que mediam a
relação entre Características do Sistema e Atitude.
Utilidade de Curto
Prazo e Utilidade de
Longo Prazo
Chau (1996)
Facilidade de Uso como um fator significante para determinar a
Utilidade de Curto Prazo. A facilidade do uso da tecnologia
permite aos usuários explorarem a utilidade de suas tarefas
diárias. A Utilidade de Curto Prazo teve maior influencia na
Intenção Comportamental de Uso. O treinamento deve focar
como a tecnologia pode ser benéfica para o trabalho no curto
prazo, mas também enfatizar a questão do longo prazo.
TAM
e World Wide Web
Lederer et al.
(2000)
Identificação da importância que os antecedentes de utilidade e
facilidade de uso exercem diretamente sobre as percepções do
usuário.
TAM
e revisitas a Websites
Heijden
(2000)
Conceitos relacionados ao constructo Utilidade Relativa
Percebida na comparação de sistemas novos com substituídos.
TAM e
Características do
Sistema
Quadro 1 - Contribuição das publicações analisadas
Sun e Zhang (2004) analisaram e classificaram as metodologias empregadas nas principais
pesquisas que utilizaram o TAM. Para a análise das diversas metodologias identificadas, os
autores, utilizaram as dimensões da estrutura causal, proposta por Markus e Robey (1988). As
dimensões consideradas são:
Agente causal: refere-se a crenças sobre a natureza da causalidade. A questão é se forças
externas causam mudanças, se pessoas atuam propositalmente para alcançar objetivos
intencionais, ou se mudanças surgem de maneira imprevisível devido à interação entre
pessoas e eventos. Existem três tipos de agentes causais: imperativo tecnológico, imperativo
organizacional e perspectiva emergente. A perspectiva tecnológica vê a tecnologia como uma
força exagerada que determina o comportamento de indivíduos e organizações. Em contraste,
o imperativo organizacional, argumenta que os atores humanos projetam sistemas de
informação para satisfazer as necessidades organizacionais por informação. A perspectiva
emergente espera que o uso e as conseqüências da tecnologia de informação surjam de
maneira imprevisível segundo interações do complexo social.
Nível de análise: são os três níveis de análise, macro, micro e misto. Proponentes do macro
nível de análise explicam fenômenos sociais sem a aplicação de conceitos como a percepção,
atitudes e intenção dos indivíduos. Em contraste, a base lógica do micro nível de análise é que
coletivos sociais consistem de individuais, e macro conceitos (como estrutura organizacional)
são lícitos apenas quando é possível decompô-los em comportamentos individuais, eventos e
processos de micro nível. O nível misto de análise abrange os níveis micro e macro.
Estrutura Lógica: reflete a formulação lógica do argumento teórico. Enquanto a variância de
teorias mantém a preocupação em predizer o resultado, o processo teórico busca a sua
construção.
Os resultados obtidos por Sun e Zhang (2004), mostram que os principais estudos foram
realizados sob a perspectiva tecnológica. Esses autores chamam a atenção para fato de que
muitos pesquisadores identificam o constructo Variáveis Externas, do TAM original, como
fatores técnicos que podem influenciar a percepção de uso e, conseqüentemente, as atitudes
do usuário. Eles argumentam que no TAM a relação entre tecnologia, indivíduos e
organização é uma via de mão única e que a interação entre fatores tecnológicos e estrutura
organizacional influencia percepções individuais. Também sugerem que a perspectiva
emergente pode ser a mais apropriada para pesquisas de aceitação de tecnologia.
As pesquisas analisadas privilegiavam a micro análise, embora algumas tenham tratado de
fatores contextuais. O esforço dos pesquisadores concentrou-se em identificar antecedentes de
percepções individuais, como atitude, utilidade e facilidade de uso. A estrutura lógica mais
considerada foi a variância de teorias. Da análise das metodologias utilizadas na aplicação do
TAM os autores sugerem que, devido a complexidade do comportamento humano, o processo
teórico pode ser mais apropriado para a pesquisa de aceitação de tecnologia e que o nível de
análise misto pode proporcionar respostas mais próximas da realidade dentro da estrutura
lógica do processo teórico.
Com base nestes argumentos o presente trabalho de pesquisa se inicia com o entendimento do
contexto considerado por meio de uma macro-análise do ambiente. A partir disso é proposto
um modelo teórico modificado de aceitação de tecnologia e que se demonstra refletir mais
adequadamente esse contexto. Finalmente, a verificação da aderência desse modelo à
realidade é realizada considerando o nível micro de análise.
METODOLOGIA DA PESQUISA
Contexto da Pesquisa
Em 2001 foi implementado na unidade Delta, da organização pública Alfa, um sistema de
informações que tinha por objetivo substituir um processo de negócio realizado em papel. O
processo substituído é de apoio administrativo e refere-se à gestão documental. O sistema
substituto é um sistema de gerenciamento eletrônico de documentos e que é usado em
diversas unidades de Alfa. Não é de uso obrigatório na empresa Alfa, mas sim na unidade
Delta. A proposta e promessa inicial do sistema era a substituição do suporte a papel do
processo de negócio pelo suporte eletrônico.
Após dois anos de utilização do novo sistema, alguns problemas foram percebidos pelos
gestores da organização em relação ao seu uso. A exemplo de outras organizações que
investiram e implementaram TI, os benefícios potenciais não foram percebidos e os resultados
obtidos pelo uso do sistema não eram satisfatórios. O uso do suporte em papel ainda fazia-se
presente e o sistema não o havia substituído plenamente. Vários usuários manifestaram a
sensação de realizar trabalho duplo: em papel e por meio do sistema. Isto constitui o contexto
da pesquisa onde se procurou entender o fenômeno e identificar os motivos que afetavam a
percepção dos benefícios decorrentes do uso da tecnologia implementada.
Objetivos da Pesquisa
A pesquisa tem por objetivo aprofundar o entendimento dos fatores que influenciam o uso da
tecnologia da informação. O relato do contexto evidencia que os benefícios obtidos através da
implementação do sistema não estão conforme a meta estabelecida de substituição dos
procedimentos a papel. Também há evidências de insatisfação do usuário quanto ao uso do
sistema e de não atendimento das expectativas em torno das tarefas realizadas. Dessa situação
foram derivadas as questões de pesquisa conforme exposto a seguir.
Questão principal: por que o total potencial do sistema implementado não é percebido pela
organização e pelos usuários?
A pesquisa procura identificar as causas que geraram os problemas. Conforme Orlikowski e
Iacono (2001), uma pesquisa sobre a qualidade de sistemas de informações não deve
considerar apenas o enfoque tecnológico. A TI envolve mais do que apenas ferramentas
disponibilizadas em mesas ou no chão de fábrica. Ela envolve um conjunto de equipamentos,
técnicas, aplicações e pessoas que definem um contexto social. Este contexto inclui a história
de compromissos, o desenvolvimento do sistema e a composição do ambiente no qual as
pessoas usam a TI. Para entender os fatores relacionados com a questão central foi necessário
conhecer como ocorreu a implementação do sistema. Para análise dessa história lançou-se
mão da metodologia de estudo de caso e ficou estabelecida a primeira questão secundária
indicada a seguir para orientar a investigação.
Questão Secundária nº 1: como ocorreu o processo de implementação do sistema?
Os dados obtidos no estudo de caso fornecem subsídios para a realização de uma macroanálise e proporcionam respostas quanto à história de compromissos, desenvolvimento e a
composição do ambiente de uso do sistema implementado. A análise realizada, aliada à
revisão bibliográfica, possibilitou identificar a importância de fatores externos e que na
pesquisa acabam identificados com um constructo que foi denominado como Características
do Sistema.
A fim de investigar os fatores que influenciam o comportamento do usuário, refletido pela sua
insatisfação, fez-se necessário realizar uma pesquisa de opinião para identificar quais são as
suas percepções, atitudes e intenções em face da experiência de uso do sistema. Assim, uma
segunda questão secundária fora elaborada para conhecer melhor o comportamento do usuário
em relação ao uso do sistema.
Questão Secundária nº 2: quais são as percepções, atitudes e intenções do usuário?
Os dados obtidos na pesquisa de opinião compõem uma micro-análise com objetivo de
verificar a influência de fatores extrínsecos (características do sistema) sobre fatores
intrínsecos (percepções, atitudes e intenções) que influenciam direta e indiretamente o
comportamento do usuário. A análise mista envolvendo a abordagem por estudo de caso, de
natureza qualitativa, e a pesquisa de opinião, de natureza quantitativa, permitiu responder a
questão principal de maneira a alcançar os objetivos da pesquisa.
RESULTADOS DA PESQUISA
Estudo de Caso
O estudo de caso procurou esclarecer proposições, arroladas mais adiante, que mostram a
história de compromissos, seu desenvolvimento e a composição do ambiente no qual as
pessoas usam o sistema de informação estudado. Esta etapa caracteriza a macro-análise e
procurou responder a questão secundária nº 1. Para isso foram examinados os seguintes
aspectos que mantém relação com o objeto do estudo:
1. Organização: descrição básica; diretrizes organizacionais; competências básicas; perfil do
quadro pessoal; organização interna.
2. Processo de Negócio: principais processos; processo de negócio em estudo;
especificidades do processo estudado; gestão de documentos na organização; normas e
regulamentos relacionados.
3. Tecnologia e Sistemas de Informação: tecnologia da informação (infra-estrutura,
hardware, software, suporte, treinamento e investimentos); gestão de tecnologia e sistemas
de informação (modelo de gestão da TI na organização, área de TI da organização,
planejamento, organização, direção e controle de TI).
4. Implementação do Sistema: processo de início de uso; processo de adoção; processo de
adaptação; processo de aceitação; processo de uso; processo de uso rotineiro; processo de
incorporação.
5. Características do Sistema: histórico; requisitos; possibilidades.
6. Metas: metas da organização e metas da função de TI na transição do sistema antigo para
o novo.
As proposições, seus conceitos e a análise dos dados obtidos através do estudo de caso são
apresentados a seguir.
Proposição 1 – Existe um modelo de gestão de TI na organização.
Conceito: A gestão de TI na administração pública em geral se enquadra em modelos bem
estabelecidos. Além disso, a implementação de um sistema de informações é uma atividade de
gestão de TI e, portanto é de se esperar a existência de um modelo de gestão de TI na
organização em questão.
Análise: Foi evidenciada a existência de um modelo de gestão de TI na organização, porém
há oportunidades de melhorias a serem desenvolvidas, especificamente quanto ao
gerenciamento da área de TI. Tal fato afetou diretamente o potencial de uso da tecnologia
implementada.
Proposição 2 – O processo de seleção do sistema foi baseado em critérios técnicos.
Conceito: Uma forma de lidar com a complexidade do gerenciamento de TI é através do
emprego de métodos padronizados com resultados previsíveis. Em princípio seria de se
esperar que a organização tenha implementado o SI através do apoio de método ou técnicas
disponíveis no mercado ou desenvolvidas internamente.
Análise: Não foi evidenciado o uso de método na seleção do sistema. A unidade não analisou
a cobertura do sistema em relação aos requisitos do processo substituído. A decisão foi
influenciada, principalmente, por ser um sistema de uso disseminado em outras unidades. Na
pesquisa realizada foram estudados os subprocessos, atividades e procedimentos do processo
de gestão documental da organização e verificado se o sistema atendia aos requisitos legais.
Há evidências de que o sistema atende apenas aos procedimentos das atividades de trâmite e
uso. Entretanto, não foi verificado que o sistema contribua para o planejamento e organização
do ciclo documental da organização.
Proposição 3 – Os recursos de TI são adequados ao sistema.
Conceito: A infra-estrutura de TI existente numa organização deve suportar os requisitos
técnicos necessários ao funcionamento dos seus sistemas sem comprometer a sua
funcionalidade.
Análise: A infra-estrutura de TI é adequada. Hardware, telecomunicações, software de apoio
e aplicativos atendem aos requisitos do sistema e não comprometem o seu total potencial.
Entretanto, há claras deficiências de suporte ao usuário e que devem interferir no adequado e
pleno uso do SI.
Proposição 4 – As características do sistema atendem às necessidades da organização e dos
usuários.
Conceito: Presume-se que um SI apresente, na medida do possível, amigabilidade e
funcionalidade suficientes para a plena e completa realização de uma ou mais tarefas. Não se
espera a complementação das tarefas envolvidas por outros meios, desde que a sua realização
seja viável através de suporte computacional. No caso, a proposta de implementação do
sistema era de substituir um processo realizado em papel e, portanto, presume-se que esta
substituição deveria ser integral.
Análise: O sistema é amigável, porém a sua funcionalidade é percebida de maneira distinta
conforme os procedimentos realizados pelos diversos tipos de usuários. Claramente o SI não
apresenta funções suficientes para a realização do processo e obriga os usuários a
complementarem o trabalho com atividades paralelas.
Proposição 5 – A transição do processo realizado em papel para o sistema foi completa.
Conceito: Presume-se que implementação de um novo SI se encerre com a transição completa
do sistema antigo para o novo. No caso, era de se esperar que o sistema tivesse sido
efetivamente implementado e o processo realizado em papel substituído plenamente.
Análise: Sob o ponto de vista do processo como um todo a implantação foi parcial e o sistema
completo não foi consolidado. Tal fato conduz o usuário a uma percepção errônea, julgando
que o processo todo acaba realizado em duplicidade (em papel e em meio eletrônico). Esta
duplicidade não foi efetivamente constatada quando foi realizada a análise da decomposição
funcional da cobertura do SI, apresentada no anexo I.
No quadro 2 são apresentadas as conclusões da análise das proposições e com quais
constructos do TAM original elas mantém relação. Estas conclusões justificam a elaboração
do novo constructo denominado Características do Sistema e que irá compor o modelo de
micro-análise adotado na pesquisa. A pesquisa de opinião irá em seguida verificar a influência
destas características no comportamento do usuário com base no modelo de micro-análise.
Conceitos
Análise
Influência
Gap entre metas
organizacionais e
possibilidades do
sistema
Foi verificado que o sistema:
Não atende às metas da organização quanto ao subprocesso
de produção.
Atende parcialmente às metas da organização quanto ao
subprocesso de trâmite. O usuário final dificilmente percebe
as limitações, pois elas dizem respeito ao arquivamento dos
documentos.
Atende plenamente às metas da organização quanto ao
subprocesso de uso.
Utilidade Relativa
Percebida
Cobertura do sistema
em relação a tarefas
realizadas pelo
usuário
Foi verificado que o sistema:
Não atende o usuário quanto ao processo de produção.
Atende parcialmente o usuário devido a um procedimento,
ainda não padronizado da atividade de solução, que obriga a
sua realização através do meio eletrônico e em papel, apesar
Utilidade Relativa
Percebida
do sistema possibilitar a plena realização através do meio
eletrônico.
Atende plenamente o usuário quanto ao subprocesso de
trâmite. São plenamente realizadas as atividades:
recebimento,
registro,
direcionamento,
expedição,
distribuição e controle.
Suporte e
treinamento
Atende parcialmente. Foi verificado que há deficiência da
organização quanto ao suporte e treinamento de usuários.
Facilidade de Uso
Percebida
Antecedentes de
utilidade e
familiaridade de uso
de sistemas
Atende plenamente. De acordo com informações a respeito
de softwares similares, pode-se concluir que o sistema
apresenta característica que aproveitam os antecedentes de
utilidade e familiaridade de uso do usuário. O SI é baseado
no navegador Internet e foi desenvolvido para o ambiente
Windows.
Facilidade de Uso
Percebida
Quadro 2 – Características do Sistema
Pesquisa de Opinião
A pesquisa de opinião visou analisar as percepções, atitudes e intenções em relação ao uso
dos usuários do sistema após a sua implementação. Esta etapa caracteriza a micro-análise e
procurou responder a questão secundária nº 2. Para a micro-análise foi utilizado o TAM
modificado a fim de atender às peculiaridades da pesquisa. O sistema avaliado é utilizado há
mais de dois anos, o que sugere evitar a aplicação do TAM original, pois este foi
desenvolvido com o objetivo de verificar a aceitação do usuário após a sua exposição inicial
ao sistema. A modificação foi realizada de maneira a verificar a percepção relativa do usuário
diante da experiência de uso do sistema comparado com as tarefas realizadas com papel.
Cabe lembrar que o sistema é de uso obrigatório. Legris, Ingham e Collerette (2003)
observam que em algumas pesquisas que utilizaram o TAM o uso real do sistema não foi
medido, pois se avaliavam sistemas de uso obrigatório. Isso se justifica, pois de acordo com
Ajzen e Fishbein (1980), o controle sobre a ação voluntária é obtido quando uma pessoa é
razoavelmente hábil para expressar sua vontade, usualmente mensurada na forma de intenção
em realizar uma dada ação. Quando o controle da ação voluntária é baixo, como no caso da
obrigatoriedade, a relação intenção-comportamento é reduzida devido às pessoas não terem
dificuldades em obtê-lo. Este também é o caso da pesquisa e esclarece a não inclusão do
constructo no modelo modificado.
Assim, nesta pesquisa a aceitação do usuário não será verificada pelo real uso do sistema, mas
pela intenção comportamental do usuário diante de uma situação definida. Essa situação é
apresentada através de uma suposição, isto é, caso o sistema deixe de ser de uso obrigatório
qual a intenção comportamental do usuário em relação ao uso. Desta forma, ao permitir que o
usuário tenha controle sobre a sua ação voluntária de uso do sistema, pretende-se resgatar a
força de predição do uso real do sistema do TAM.
A relação entre características do sistema e a aceitação da tecnologia foi analisada através do
modelo TAM modificado, apresentado na figura 3. Ele está baseado na precedência de
estímulos extrínsecos sobre estímulos intrínsecos no comportamento do usuário. Os estímulos
extrínsecos são derivados das variáveis externas e os estímulos intrínsecos de percepções,
atitudes e intenções do usuário.
Utilidade
Relativa
Percebida
Características
do
Sistema
Atitude em
Relação
ao Uso
Intenção
Comportamental
de Uso
Facilidade
de Uso
Percebida
Figura 3 – Modelo de micro-análise da pesquisa
O constructo Características do Sistema (CS) foi definido operacionalmente a partir da
análise do caso estudado e incorpora os 4 conceitos relacionados no quadro 2. A partir desta
análise eles podem ser conceituados como segue:
• Gap entre metas organizacionais e possibilidades do sistema: é o grau segundo o qual as
características do sistema suportam as metas organizacionais.
• Cobertura do sistema sobre tarefas realizadas pelo usuário: é o grau segundo o qual as
características do sistema atendem às necessidades de realização de tarefas pelos usuários.
• Suporte e Treinamento: é o grau segundo o qual as condições de suporte e treinamento
oferecidas pela organização ao usuário favorecem a efetiva utilização do SI.
• Antecedentes de utilidade e facilidade de uso de sistemas: é o grau segundo o qual as
características do sistema aproveitam antecedentes de utilidade e facilidade de uso de
sistemas experimentados pelo usuário.
O constructo Facilidade de Uso Percebida (FUP) é o grau segundo o qual o usuário acredita
estar livre de esforços quando usa o sistema. Esse constructo é definido operacionalmente
segundo escala de medida validada por Davis (1989). O constructo Utilidade Relativa
Percebida (URP) é o grau segundo o qual o usuário percebe que uma inovação lhe é melhor
do que a idéia que foi superada. Esse constructo foi proposto por Heijden (2003). No caso da
aceitação do SI em questão os usuários provavelmente o comparam com a realização do
processo de negócio em papel. Portanto, é verificada a vantagem relativa de utilidade do
sistema pelo usuário.
O constructo Atitude em Relação ao Uso (ARU) retrata o sentimento, favorável ou não, do
usuário em usar o sistema para realizar seu trabalho. Finalmente o constructo Intenção
Comportamental de Uso (IC) mede o grau de voluntariedade de uso do sistema e expressa o
julgamento do usuário em relação ao uso do sistema, caso ele deixe de ser de uso obrigatório.
No modelo modificado a hipótese a ser testada é se Características do Sistema influencia
indiretamente a Intenção Comportamental de Uso. Essa influência é desencadeada por uma
série de relações causais entre variáveis. A Intenção Comportamental de Uso é influenciada
diretamente por Atitude em Relação ao Uso. Atitude em Relação ao Uso é influenciada por
Utilidade Relativa Percebida bem como por Facilidade de Uso Percebida. Portanto, há uma
progressão causal fixa no modelo utilizado e não são consideradas influências tipo feedback.
Procedimentos e Dados Obtidos
O instrumento utilizado para medir as percepções, atitudes e intenções em relação ao uso do
sistema foi um questionário cujo conteúdo é apresentado no anexo II. As variáveis Facilidade
de Uso Percebida e Utilidade Percebida foram operacionalizadas através da utilização de
perguntas fechadas de escalas tipo Likert. A variável Atitude em Relação ao uso foi
operacionalizada por meio de cinco questões de diferencial semântico. A variável Intenção
Comportamental de Uso foi operacionalizada por meio de uma única questão onde o
respondente indicou a sua intenção de uso.
O entendimento, a terminologia, o enunciado e a ordem das questões foram submetidos a um
pré-teste, envolvendo um total de 10 questionários. A aplicação final do questionário
envolveu uma amostra aleatória de respondentes escolhidos dentre o conjunto de possíveis
respondentes. O levantamento envolveu simultaneamente uma entrevista e o preenchimento
do questionário e foi realizado em junho de 2004. Foram obtidos 32 questionários
considerados válidos.
Os dados obtidos foram validados através do teste Qui-quadrado. Também, foram realizados
testes de correlação através do V-Cramer que é uma medida baseada no Qui-quadrado para a
validação dos dados obtidos. Essa medida de associação foi selecionada, pois é a mais
adequada às escalas nominais (Cooper e Schindler, 2003). Os dados foram analisados através
de estatísticas descritivas e o estudo do relacionamento entre as variáveis foi conduzido
através da técnica de Path Analysis.
Análise dos Dados
Para avaliar a significância estatística dos resultados obtidos foi feita uma análise através do
coeficiente de caminho (Path Analysis) βpadronizado. O Path Analysis é uma extensão direta da
regressão múltipla. Seu objetivo é prover estimativas da magnitude e significação entre
conexões causais hipotéticas para um dado conjunto de variáveis. Vários pesquisadores usam
a análise do caminho (Path Analysis), pois a consideram apropriada para verificar a relação
causal entre duas ou mais hipóteses causais pré-especificadas num único diagrama de
caminho de contribuição (Bryman e Cramer, 1990).
Para a construção do diagrama de caminho foram utilizadas as variáveis do TAM modificado,
onde as setas indicam a relação causal entre variáveis. A influência se dá através da
identificação dos caminhos de contribuição. Um diagrama de caminho de contribuição é
previamente especificado para auxiliar o plano da análise e representa as conexões causais
que são consideradas como hipótese. A seguir são apresentadas as equações que representam
os caminhos de contribuição no modelo de micro-análise da pesquisa:
IC = β11ARU + e1
ARU = β21 FUP + β22 URP + e2
URP = β31 FUP + β32 CS + e3
FUP = β41 CS + e4
Os resultados obtidos comparecem na figura 4. Como se observa, um dos quatro caminhos do
modelo estrutural foi considerado significativo ao nível 0,001 e os outros dois ao nível 0,05.
Estes resultados foram obtidos usando o software SPSS por meio do recurso de regressão
multivariada com βpadronizado.
β32 (não significante)
Características
do
Sistema
β41 = 0,563**
Utilidade
Relativa
Percebida
β22 = 0,402*
β11 (não significante)
β31= 0,543*
Facilidade
de Uso
Percebida
Intenção
Comportamental
de Uso
Atitude em
Relação
ao Uso
β21 (não significante)
(*) ρ ≤ 0,05; (**) ρ ≤ 0,001
Figura 4 – Modelo estrutural e seus efeitos
Dessa forma as variáveis preditoras dos constructos e seus efeitos diretos, indiretos e total
podem ser expressas através das seguintes equações:
ARU = (0,402) URP + e1
URP = (0,543) FUP + e2
FUP = (0,563) CS + e3
Portanto, em princípio não existe efeito indireto das Características do Sistema na Intenção
Comportamental do usuário, uma vez que os resultados obtidos para o constructo Intenção
Comportamental de Uso mostraram-se não-significantes estatisticamente. Além disso, as
Características do Sistema também não influenciam diretamente a percepção de utilidade em
relação ao método de trabalho anterior. Entretanto, foi identificado que o efeito indireto de
Características do Sistema sobre a Atitude do Usuário em Relação ao Uso do sistema
corresponde a 0,123 (0,563 x 0,543 x 0,402 = 0,123). Tal resultado mostra um efeito indireto
significativo, porém, baixo. Finalmente, os resultados mostram que Características do Sistema
têm pouco efeito no comportamento do usuário e que outros fatores possivelmente interferem
em sua atitude e intenção de uso, mas que através da micro-análise não foi possível
identificar.
CONCLUSÕES
O estudo realizado mostra que a obtenção dos benefícios potenciais do sistema implementado
foi afetada não apenas por aspectos técnicos, mas também pelo contexto social e por questões
comportamentais dos seus usuários.
No estudo da aplicabilidade do TAM para a análise da situação ficou evidente a necessidade e
importância do estudo de caso realizado. Foi a partir desse esforço que se evidenciou o
constructo Características do Sistema e se qualificaram os conceitos a ele associados. A partir
disso foi possível justificar e realizar as modificações no TAM original e identificar os fatores
que influenciaram o comportamento do usuário em relação ao uso do sistema.
Os resultados da análise dos dados obtidos na pesquisa de opinião sugerem que o TAM
original não é apropriado para a avaliação de sistemas de uso obrigatório ou de sistemas em
uso há muito tempo. Vale observar que Singletary et al. (2000) justificam tal constatação
devido ao fato do TAM ter sido desenvolvido para mensurar comportamentos similares,
enquanto os sistemas de uso obrigatório envolvem múltiplos aspectos comportamentais.
Mais uma vez fica claro que o simples fato de uma empresa possuir recursos tecnológicos não
significa que irá obter os benefícios prometidos ou potenciais. Há a necessidade dos usuários
destes recursos fazerem real uso do que foi disponibilizado. Para tanto, questões relacionadas
ao planejamento da aplicação do sistema mostraram constituir um importante fator de sucesso
para a obtenção do máximo potencial da tecnologia implementada. Também fica evidente a
conveniência da revisão de processos pela organização. No caso a organização não aproveitou
a oportunidade da implementação para realizar uma revisão de seus processos, o que conduziu
à automação de apenas alguns procedimentos. Tal fato comprometeu as metas estabelecidas e
ocasionou frustração de expectativas dos usuários na realização de suas tarefas. Dessa forma a
aplicação implementada acabou não entendida como um avanço no processo de gestão
documental, apesar de seu potencial inovador.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AJZEN, I; FISHBEIN, M. Understanding attitudes and predicting social behaviour. London:
Prentice Hall, 1980.
BRYMAN, A.; CRAMER, D. Quantitative data analysis for social scientists, pp. 246-251,
1990. http://www.exeter.ac.uk/~SEGLea/multvar2/pathanal.html
CHAU, P. Y. K. An empirical investigation on factors affecting the acceptance of CASE by
systems developers. Information & Management, v. 30, p. 269-280, 1996.
COOPER, R. B.; ZMUD, R. W. Information technology implementation research: a
technological diffusion approach. Management Science, v. 36, n. 2, p. 123-139, 2000.
COOPER, D. R.; SHINDLER, P. S. Métodos de Pesquisa em Administração. 7a edição, Porto
Alegre: Bookman, 2003.
DAVIS, F. D. Perceived usefulness, perceived ease of use and user acceptance of information
technologies. MIS Quartely, v. 13, n. 13, p. 319-340, 1989.
DAVIS, F. D. Use acceptance of information technology: system characteristics, user
perceptions and behavioral impacts. International Journal of Man-Machine Studies, v. 38, p.
475-487, 1993.
FISHBEIN, M.; AJZEN, I. (1975). Belief, attitude, intention and behaviour: An introduction
to theory and research. New York: John Wiley, 1975.
HEIJDEN, H. A revision of the Technology Acceptance Model to explain website revisits.
Serie Research Memoranda. Research Memorandum, n. 29, Amsterdam, September 2000.
HEIJDEN, H. Factors influencing the usage of websites: the case of a generic portal in The
Netherlands, Information & Management, Vol. 40, No. 6, pp. 541-5492003
HU, P. J.; CHAU, P. K.; SHENG, O. L. Examining the technology acceptance model using
physician acceptance of telemedicine technology. Journal of Management Information
Systems, v. 16, n. 2, p. 91-112, 1999.
IGBARIA, M.; PARASURAMAN, S.; BAROUDI, J. A motivational model of microcomputer usage. Journal of Management Information System, v. 13, n. 1, p. 127-143, 1996.
KNOW, T. H.; ZMUD, R. W. Unifying the fragmented models of information systems
implementation. In Critical issues in information systems research. R. J. Boland Jr.; R. A.
Hirschheim. New York: John Willey & Sons, 1987 apud COOPER, R. B.; ZMUD, R. W.
Information technology implementation research: a technological diffusion approach.
Management Science, v. 36, n. 2, p. 123-139, 2000.
LEDERER, A.; MAUPIN, J.; SENA, P.; ZHUANG, Y. The Technology Aceptance Model
and the World Wide Web. Decision Support Systems, v. 13, n. 1, p. 75-91, 2000.
LEGRIS, P.; INGHAM, J; COLLERETTE, P. Why do people use information technology? A
critical review of the technology acceptance model. Information & Management, v. 40, n. 3,
p. 191-204, 2003.
MARKUS, L. M.; ROBEY, D. Information Technology and Organization Change: causal
structure in theory and research. Management Science, v. 34, n. 5, p. 583-598, 1988.
ORLIKOWSNI, W. J.; IACONO, C. S. Research Commentary: desperately seeking the “IT”
in IT research. Information Systems Research, v. 12, n. 2, p. 121-134, 2001.
SINGLETARY, L. A.; AKBULUT, A. Y.; HOUSTON, A. L. Innovative Software Use After
Mandatory Adoption. Proceedings of the Americas Conference on Information Systems,
AMCIS, 2000.
SUN H.; ZHANG P. A methodological analysis of user technology acceptance. Proceedings
of the Hawaii Conference on System Sciences, Hawaii, 2004.
ZMUD, W. R., L. E. APPLE. Measuring information technology infusion. Unpublished
manuscript. 1989. apud COOPER, R. B.; ZMUD, R. W. Information technology
implementation research: a technological diffusion approach. Management Science, v. 36, n.
2, p. 123-139, 2000.
Anexo I – Processo de Gestão Documental e Cobertura do Sistema
Gestão Documental
Planejamento
Controle
Uso
Solução
Trâmite
Consulta
Produção
Recebimento
Reprodução
Elaboração
Revisão
Aprovação
Classificação
Registro
Direcionamento
Expedição
Distribuição
Controle
Classificação
Análise
LEGENDA
Transição completa
Transição parcial
Não houve transição
Avaliação
Seleção
Arquivo
Transferência
Arquivo
Recolhimento
Arquivo
Eliminação
Anexo II – Instrumento de Coleta de Dados da Pesquisa de Opinião
Eu uso o sistema:
( ) Há menos de 1ano e
mais de 6 meses
( ) Há mais de 2 anos
( ) Entre 1 e 2 anos
( ) Treinamento nesta
unidade
( ) Treinamento em outra
unidade
( ) Há menos de 6 meses
( ) Nunca usei
( ) Sozinho
( ) Estou em treinamento
Aprendi a usar o sistema:
( ) Com outro usuário
ATRAVÉS DO USO DO SISTEMA CONCLUO QUE:
Concordo
Concordo
parcialmente
Indiferente
Discordo
parcialmente
Discordo
É um sistema fácil e simples de usar.
Cometo erros por não serem claros seus comandos.
É muito rígido e inflexível quanto a seus
procedimentos.
Foi fácil aprender a usar o sistema, pois é parecido
com softwares que já utilizei.
Interagir com o sistema não requer muito esforço.
Foi fácil desenvolver habilidades para interagir com
o sistema.
Meu trabalho tornou-se mais complicado.
Acredito que consigo ensinar ou auxiliar outro
usuário a utilizar o sistema.
Emprego muito tempo para realizar tarefas através
do sistema.
Necessito de ajuda para realizar meu trabalho
através do sistema.


















































Concordo
Concordo
parcialmente
Indiferente
Discordo
parcialmente
Discordo


















































COMPARADO A UM SISTEMA BASEADO EM
PAPEL, O SISTEMA
É mais produtivo.
Melhora meu desempenho ao realizar as tarefas de
trâmite de documentos.
Possibilita realizar despachos e anotações no sistema
sem a adição de documentos
Tornou meu trabalho mais fácil e rápido de ser
realizado.
Aumentou meu trabalho.
É útil, pois outros usuários também usam o sistema.
Possibilita realizar tarefas independente da
disponibilidade de outras pessoas.
Melhora o controle.
É mais simples e mais rápido rastrear um
documento.
Posso pesquisar e reproduzir documentos de modo
simples e rápido.
Quanto ao uso do Sistema:
Bom
Benéfico
Favorável
Prudente
Positivo

























Péssimo
Nocivo
Desfavorável
Insensato
Negativo
Se não fosse um sistema de uso obrigatório, o/a Sr(a):
( ) Certamente o usaria.
( ) Provavelmente o usaria.
( ) Não tenho certeza.
( ) Provavelmente não o
usaria.
( ) Certamente não o
usaria.
Download