COMO LIDAR COM DOENÇAS ( 87 visitas ) Publicado em: 28/10/2005 Por: José Carlos Alexandre Assembléia de Deus em Parque Amorim - Rio de Janeiro [email protected] Bíblia Virtual Versão impressora Textos Bíblicos : II Rs. 8.8; Is.53.4 INTRODUÇÃO: A doença, escreve um capelão, é mais do que falta de saúde. Trata-se de uma expressão de nossas limitações físicas, emocionais e espirituais. Ela é uma indicação viva de que somos seres humanos, habitando um corpo destinado a morrer. A doença inibe nossas atividades, nos atrasa, torna a vida mais difícil e com freqüência parece não ter significado ou propósito. 1. O QUE A BIBLIA DIZ SOBRE A DOENÇA As Escrituras muito tem a nos dizer sobre doença, tanto no Novo quanto no Antigo Testamento. Os evangelhos nos mostram de maneira clara que boa parte do ministério terreno do Senhor Jesus, esteve ligado diretamente a pessoas enfermas. As escrituras sagradas mencionam diversos tipos de doenças tais como: febre – Mt. 8.16; lepra – Mt. 8.2; paralisia – Mt. 9.1; cegueira – Jô. 9.1ss; Lc. 19.35ss; desinteria – At. 28.8; surdez, mudez, hemorragia etc... 2. 4 COISAS IMPORTANTES QUE DEVEMOS SABER SOBRE DOENÇAS 2.1. A DOENÇA FAZ PARTE DA VIDA É quase impossível descrever uma pessoa que na vida não tenha tido nenhum tipo de doença. Desde a queda do homem no pecado a doença tem feito parte da vida humana na terra. 2.2. CUIDADO, COMPAIXÃO E CURA SÃO IMPORTANTES PARA OS CRISTÃOS Jesus ensinou através de palavras e atos que a doença embora comum, é indesejável. Ele passou boa parte de seu ministério ministrando aos enfermos – vide Mt. 16,17, e também encorajou os seus discípulos a fazerem o mesmo – Mc. 16.15ss, e salientou o quanto é importante ser compassivo e cuidar daqueles que são necessitados e doentes. Ele mesmo disse, que ajudar a uma pessoa doente, era o mesmo que ministrar a Ele – Mt. 25.34-36, isto nos mostra que somos instruídos a orar pelos doentes e ajuda-los de maneira prática. 2.3. DOENÇA, PECADO E FÉ NÃO SÃO COISAS NECESSARIAMENTE RELACIONADAS Toda doença tem sua origem, em análise final, na queda da humanidade no pecado, mais os casos individuais de doença não são necessariamente resultantes dos pecados da pessoa doente (vide o caso de Jó - 1.1ss; 2.1ss; e do cego de nascença – João 9.1ss) embora podemos admitir que em certas ocasiões a doença vem como resultado do pecado individual - vide referências Sl. 107.17; 30.20;41.4; II Cr. 26.16-19. Outro ponto importante que deve prender nossa atenção é o fato de que se o doente não tenha sido curado, não seja porque lhe faltou fé ou que o mesmo esteja fora da vontade de Deus. Veja o caso do apostólo Paulo – II Co. 12.7-12, A Bíblia não apóia tal coisa, Deus jamais prometeu curar todas nossas moléstias nesta vida, e é tanto incorreto como cruel ensinar que a saúde instantânea sempre virá virá para aqueles cuja fé é forte. Nem todas as pessoas que pediram cura alcançaram, devemos ter em mente que acima de tudo a vontade de Deus é que prevalece em nossas vida – vide I João 5.14; Mt.6.9ss 2.4. A DOENÇA FAZ SURGIR QUESTÕES DIFICEIS E CRUCIAIS SOBRE O SOFRIMENTO Quando somos atingidos por doenças , somos levados a fazer as seguintes indagações: Se Deus é bom, porque permite o sofrimento??? Se Ele é Todo-Poderoso, porque não suspende o sofrimento??? É provável que nossas mentes finitas jamais venham a compreender plenamente as razões do sofrimento, mais a Bíblia ensina que ele nos mantém humildes, purifica nossa fé, produz paciência, maturidade e perseverança e caráter. O sofrimento nos ensina a nos tornarmos mais compassivos e cheios de cuidado. – vide Sl. 73.1ss 3. AS PRINCIPAIS CAUSAS DA DOENÇA E OS PROBLEMAS RELACIONADOS A MESMA A doença surge de uma variedade de causas, tais como: • Desobediência • Acidentes • Ingratidaão • Má alimentação • Falta de exercícios • Hereditária • Ingestão de substâncias prejudicias (drogas e veneno) • Ferimentos • Contato com temperaturas extremas (muito frio ou muito calor) • Desgaste ou degeneração de órgãos no corpo • Participar indignamente da santa ceia – I Co. 11.27-30 • Medo, ansiedade, preocupação • Trabalho excessivo – Fp. 2.25-30 Mas a doença envolve muito mais do que o mau funcionamento físico, ela está associada a uma grande variedade de reações tanto psicológicas quanto espirituais. Muitas dessas influências agravam a moléstia física e atrasam ou impedem a recuperação da pessoa. Consideremos algumas dessas influências: a. A INFLUÊNCIA DA DOR Algumas pessoas sentem pouca dor , outros muita dor quando atingidos por doenças, outras parecem até gostam ou se acostumam com a dor. b. SENTIMENTO DE DESESPERANÇA Não é fácil ficar doente, pois a doença interrompe nossa rotina, quando não compreendemos o que está errado com nosso corpo, quando não sabemos quando vamos sarar, quando nos submetemos aos cuidados de estranhos, alguns dos quais são mais indiferentes ou científicos do que compassivos e sensíveis, tudo isso aumenta nossa sensação de desânimo em face da doença. Foi sugerido que os doentes, especialmente os hospitalizados, experimentam sete categorias de tensão psicológica: 1) uma ameaça a nossa integridade; 2) medo de estranhos; 3) ansiedade pela separação; 4) medo de perder o amor e a aprovação; 5) medo de perder o controle; 6) medo de expor e perder partes do corpo; 7) a culpa e o medo do castigo c. A EXPERIÊNCIA DA EMOÇÃO As emoções incluem as seguintes coisas: = medo da dor, de diagnósticos subseqüentes, de complicações físicas, do futuro incerto, de não se recuperar, da rejeição e por fim da morte; = ira em relação a si mesmo, à doença, aos médicos e a outros, e até mesmo a Deus; = culpa, com relação do que fez ou deixou de fazer; um estudo feito evidenciou que 94% dos pacientes com câncer sentiam que sua doença era um resultado ou falhas passadas; = depressão, que algumas vezes leva ao suicídio ou perda da vontade de recuperar-se; = confusão que surge quando não é possível determinar o prognóstico e não há certeza quanto à avaliação da doença. d. A PRESENÇA DE REAÇÕES DENTRO DA FAMÍLIA Quando ficamos doentes, nossa família é afetada, e quando percebemos tal coisa nos pertubamos quanto a isso. Nossa rotina é toda mudada, surge as crises, as dificuldades finaceiras, e até a perda de manter relação sexual, isso pode criar tensão dentro da família, resultando em fadiga, irritabilidade, e preocupação. É de suma importância que a família esteja unida e preparada para encarar com paciência e naturalidade tal situação, pois isso com certeza faciliatará na recuperação do doente. 4. PRINCIPAIS EFEITOS DA DOENÇA É conhecido de todos nós que toda causa tem um efeito e todo efeito uma causa, analisamos anteriormente as causas da doença, agora analisaremos os efeitos da mesma. Vejamos alguns: = DEFESA E NEGATIVA – Uma vez que a doença é tão mal recebida, existe a tendência de negar sua gravidade e até sua presença. Quando somos afligidos, pelo menos por algum tempo indagamos: Não é possível que isso aconteça comigo??? O diagnóstico não foi bem feito. Deus com certeza vai me curar. Os leitores de manuais de psicologia estão familiarizados com os “mecanismos de defesa” – isto é modo de pensar que nos capacita a negar a realidade e simular que uma frustação ou conflito não tem importância. Os psicólogos identificaram diversos tipos de mecanismos de defesa, e muitos são vistos tanto nos doentes, quanto em seus familiares. Vejamos alguns desses mecanismos: = RACIONALIZAÇÃO – tendência a apresentar justificativas razoáveis. (“Eles erraram na interpretação do exame”). = A PROJEÇÃO – Essa faz com que coloquemos nossos sentimentos de ira ou medo sobre outras pessoas. (“meu problema é com o médico que está tentando tornar minha vida miserável”). = A REAÇÃO DISFARÇADA – É a tendência de aparentar, em excesso, o oposto daquilo que sentimos (“veja como estou bem, e como estou melhorando dia a dia). = O PENSAMENTO MÁGICO – Esse permite a simulação (“ o médico irá com certeza encontrar um novo medicamento em breve”). = A REPRESSÃO – É um esquecimento inconsciente. = A SUPRESSÃO – É o esquecimento deliberado, sendo ambos usado para afastar de nossa mente a realidade desagradável. Tais coisas podem nos ser úteis se nos derem tempo de reunirmos forças e o conhecimento necessário para enfrentarmos com realidade. Porém se as defesas e negativas persistirem, tanto o paciente, quanto sua família não estão sendo realistas. = ESPERANÇA – Em seu notável livro, ON DEATH DYING, a psiquiatra Elisabeth Kubler-Ross, menciona que toda vez que o paciente deixa de manifestar esperança, trata-se geralmente de um sinal que a morte se aproxima. A esperança é fundamental no processo da cura, pois ela sustenta e encoraja o paciente em momentos difíceis. No caso do crente em Jesus, a esperança faz com que ele creia que o Deus vivo irá lhe responder. = RETRAIMENTO – Quando estamos doentes, precisamos deixar que os outros nos ajudem e nos amem. Porém muitos não acham isso fácil e sentem-se ameaçados por dependerem de outros, fracos e incompreendidos, como resultado disso, retraem-se, algumas vezes numa atitude de autopiedade e subseqüente solidão. = MANIPULAÇÃO – Algumas pessoas vivem tentando controlar e manipular outros através de meios engenhosos ou a “força” quando essas pessoas ficam doentes, não é surpresa que façam uso da doença para controlar ou obter simpatia, atenção e favores de outros. 5 – ATITUDES IMPORTANTES QUE DEVEMOS TOMAR EM RELAÇÃO A DOENÇA = APRENDA A VER SIGNIFICADO NA DOENÇA – Nada acontece por acaso, as vezes Deus permite doença sobre nós, para que possamos tirar lições preciosas para nossa vida. É certo que quando ficamos doentes, somos forçados a uma série de coisas, como a diminuir nosso ritmo. Mas se abrirmos nossos olhos espirituais poderemos ver algo significativo na doença. A doença escreve um capelão do hospital, muitas vezes tranforma-se na oportunidade que muitos precisam a fim de deixar de correr o suficiente para descobrir uma vida mais feliz e proveitosa, há ocasiões que o individuo necessita ficar doente para melhorar, pelo menos emocional e espiritualmente, caso não fisicamente – ver Rm. 8.28ss; Is. 40.31; Sl.119.67 = ENFRENTE SUAS PREOCUPAÇÕES REALISTICAMENTE – Quanto mais aprendermos a enfrentar as coisas como elas são, melhor será – ver At. 20.23-24 = OBTENHA INFORMAÇÃO – Estudos revelam que pacientes submetidos a cirurgia mostraram que a recuperação é mais rápida e a dor menor quando é contado antes aos pacientes o que devem esperar durante e após o tratamento. Quanto mais informações tivermos a respeito de nossa doença, o tratamento será mais eficaz. = FORTALEÇA O COMPROMISSO CRISTÃO – Aprenda a andar com Deus, através da oração, adoração, meditação, adoração e estudo constante das Sagradas Escrituras. Entrega o teu caminho a Deus, confie Nele e não deixe sua fé esmorece. Reafirme seu compromisso, e sua confiança em Deus, pois Ele é o único que pode nos dar vitória – vide Lm. 3.21-24;Sl.118.18,19; Fp. 4.13; Rm. 8.18. Por isso não desanime, Deus velará por ti, não deixe o diabo roubar sua fé, a Bíblia diz: espera no Senhor, anima-te e Ele fortalecerá o teu coração. 6. COMO RECEBER CURA DE NOSSAS DOENÇAS • • • • • Através Através Através Através Através 7. da da da do da oração – Tg. 5.16; Nm. 12.13 manifestação dos dons de curar – I Co. 12.9 imposição de mãos – Mc. 16.16-18 toque de Jesus – João 9.1ss Palavra de Jesus – Lc. 18.35ss A BÍBLIA, A MAIOR FONTE DE CURA – Sl. 107.20 É na Palavra de Deus que encontramos o maior de todos os remédios, para nossas doenças. Quero salientar que a Bíblia tem o poder curador, não só para nossas enfermidades físicas, mais para todas as enfermidades que nos cercam em nosso viver. Haja visto que os problemas de doenças que hoje assolam o mundo, não se prende só ao campo físico, mais também ao campo emocional, psicológico e espiritual, para todas essa moléstias que assolam o ser humano encontramos na Bíblia cura. Vejamos: 7.1. 7.2. 7.3. 7.4. 7.5. 7.6. 7.7. 7.8. 7.9. cura cura cura cura cura cura cura cura cura para para para para para para para para para nossa ansiedade – I Ped. 5.7; Mt. 6.24-34 o medo – Sl. 27.1ss; 91.1ss; Hb. 13.5,6 complexo de inferioridade – Is. 6.1-8; Jr. 1.4-10 ingratidão – Sl. 100; 103.1-3; Hb. 13.15 solidão – Sl. 42.1ss; Fp. 4.19; Sl. 142.1ss; o estresse – Is. 55.1-9; Mt. 11.25-30; Ap. 22.17 a depressão – Sl. 16.1; 143.1ss; Is. 61.1-4; Lm. 3.55-57 o desanimo e desencorajamento – Rm 15.13; II Co. 4.4; 10-13 perda de forças em horas de tentação – Sl 19.12-14; Lc. 4.1-13; Hb. 4.14-16; Tg. 1.12-18; I Co. 6.12-20. CONCLUSÃO: Amados irmãos que em meio as adversidades que nos cercam, incluindo as doenças, possamos estar seguros em Cristo, sabendo que se Deus é por nós quem será contra nós? E em todas as coisas (inclusive as doenças) somos mais do que vencedores por aquele que nos amou, fiquemos firmes na presença do Senhor, e venha o que vier, haja o que houver, não deixemos a presença bendita de nosso Senhor Jesus. A Ele seja dada toda honra e toda a glória, não só hoje como no dia da eternidade, pelos séculos dos séculos. amém “ E quanto mais sábio foi o pregador, tanto mais sabedoria ao povo ensinou”