Variação da Resistência com a Temperatura

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Departamento de Física e Química – Curso de Física
Laboratório de Competências Experimentais II
Variação da Resistência com a Temperatura
Objetivos
Na maioria dos circuitos elétricos, parte da energia é perdida devido ao aquecimento. Vamos
verificar, nesta experiência, como a resistência de um condutor varia com a temperatura, e determinar o
coeficiente de temperatura da resistividade do metal. Outro objetivo desta experiência é o de conhecer e
trabalhar com o circuito ponte.
Introdução
Quando um campo elétrico é aplicado a um condutor, a energia é recebida pelos elétrons livres, os
quais, através de um número muito grande de interações com a rede cristalina, transferem tal energia à
rede. Como a energia cinética a nível molecular é macroscopicamente medida como a temperatura, o
fenômeno do aquecimento que se pode constatar é a transferência de energia elétrica perdida no processo.
Por outro lado, quando um condutor recebe calor externamente, ocorre transferência deste calor
para a rede, gerando aumento na energia cinética a nível molecular.
Em qualquer hipótese, ocorrendo aumento de agitação interna no material, haverá um crescimento
de sua resistividade.
Podemos escrever a lei que rege este fenômeno de duas formas:
  0 (1  T)
ou
(5.1)
R  R 0 (1  T)
onde:
  resistividade em Tfinal
0  resistividade em Tinicial
  coeficiente de temperatura da resistividade do material
R  resistência em Tfinal
R 0  resistência em Tinicial
T  Tfinal  Tinicial  variação de temperatura sofrida.
Observação: nesta experiência trabalharemos com um banho térmico, ou seja, a resistência será
aquecida e a energia passará de fora para dentro.
Procedimento
a) Material utilizado:
01 resistor de fio de cobre
01 termômetro
01 béquer
01 aquecedor elétrico
01 resistor padrão (47)
01 ponte de fio
01 bateria (1,5 V)
07 Cabos de ligação
01 microamperímetro de zero central
b) Montagem:
R
R
X
resistor de fio de cobre
p
resistor padrão
A
L1
L2
+
_
c) Descrição do experimento:
1. Monte o circuito indicado.
2. A resistência R X é um resistor de cobre, em forma de bobina. Deverá ser colocado dentro do
béquer com água, que deve estar sobre o aquecedor.
3. Coloque o termômetro dentro do béquer, e antes de ligar o aquecedor meça a temperatura
inicial da água:
Tinicial 
4. Também antes de ligar o aquecedor, determine o valor de R 0 . Para isto a ponta móvel do
circuito deve estar numa posição tal que o microamperímetro marque o valor zero. O valor de R 0 é obtido
pela equação:
RX 
L1
Rp
L2
(5.2)
R0 
5. Ligue o aquecedor durante algum tempo. Então desligue e espere pelo equilíbrio térmico antes
de fazer medidas. Se você usar água da torneira, haverá equilíbrio térmico imediato para a primeira
medida. Outro bom ponto de equilíbrio térmico é obtido se você usar a água morna que estiver sobre a
mesa (usada pela turma anterior), também para a primeira medida. Para cada medida é necessário desligar
e esperar o equilíbrio térmico. Toda vez que o valor da leitura do amperímetro for zero, você estará
definindo também os valores de L1 e L 2 . Seria bom você discutir agora o que se entende por equilíbrio
térmico.
6. Preencha a tabela:
Temperatura (C)
L1 (cm)
L 2 (cm)
Resistência ()
RX
Questões
1. Trace o gráfico R X x Temperatura e faça a regressão linear.
2. Estude a regressão linear e determine o coeficiente  para o cobre. Mostre antes como se encontra este
coeficiente a partir do gráfico feito no item anterior. Compare seu resultado com o valor fornecido em
tabelas:
Metais típicos
coeficiente de temperatura da
resistividade (103 /  C )
Platina
3,9
Cobre
4,3
Tungstênio
4,5
Ferro
6,5
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