Livrem-se de Tudo Isto - Igreja Presbiteriana de Casa Caiada

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Livrem-se de Tudo Isto
O ser humano ao ver em um erro, é sempre tentado a defender a si mesmo, ou a
sua posição, buscando sempre encontrar um jeito para explicar ou se justificar. Nunca
nos sentimos bem, assumindo a realidade da nossa falha, e à semelhança de Adão e Eva,
quase sempre procuramos esconder ou jogar a culpa nos outros. O apóstolo Paulo, ao
escrever aos crentes da cidade de Colossos, ordena matar a natureza humana
pecaminosa, focalizando cinco aspectos que brotam do nosso interior, tais como
imoralidade, indecência, paixões más, etc. (Cl 3.4-6). Porém, Paulo sabia que o cristão
não é uma pessoa solitária, daí Paulo ir um pouco mais além e abordar questões acerca
de relacionamentos. A proposta tem semelhança com o processo de destruir a velha
natureza, porém, uma vez que se está lidando com outras pessoas, pressupõe-se
coletividade. A carta era para os crentes da igreja de Colossos, portanto, o primeiro tipo
de relacionamento adequado que Paulo desejava ver funcionando era o da igreja.
1. Reconhecendo o Museu do Passado (Cl 3.7)
Todos nós temos lembranças do que fizemos no passado e são elas que, em parte,
embasam o que somos hoje. O ser humano é um verdadeiro museu de fatos acontecidos,
pois ao tê-los vivenciados, cada um forma sua concepção das experiências e produz uma
espécie de banco de alternativas. É justamente nesse processo que o Apóstolo Paulo
utiliza a expressão “antigamente”, para mostrar que antes de estar unido a Cristo, todos
eram dominados pelos desejos da velha natureza pecaminosa (Cl 3.7). Sendo isto uma
verdade bíblica (leia Rom. 3:10-23), logo, o passado também exerce influência sobre os
filhos de Deus (porém não domina), mesmo estando estes vivenciando a graça. Não
temos como apagar o nosso passado, nem muito menos desfazer o que já fizemos.
Entretanto, é preciso reconhecer o que presta e o que não presta em nosso museu de atos
cometidos. Embora Paulo não mencione em sua carta, as Sagradas Escrituras são muito
claras, revelando que pecado não confessado produz angústia e pesar (Salmo 32 e 51).
Todavia, ao olharmos para o nosso museu e encontrarmos pecado, a solução divina é
arrependimento (reconhecimento do erro) e confissão a Deus. Depois disso o crente
desfruta de perdão e proximidade com Deus (I Jo 1.9-2.1).
2. Limpando o Museu dos Erros (Cl 3.8)
Se todos têm um museu de fatos e lembranças, todos também têm “uma fábrica” que
produz as ações do presente. Entretanto, Paulo adverte que para que a fábrica funcione
bem, é preciso fazer uma limpeza no museu, pois muito da “matéria prima da fábrica”
vem de lá. Não se trata de esquecer o que se fez, mas de evidenciar um estilo de vida
contrário a Deus, e que não pode ser repetido pela nova “linha de produção”. Para que
isto seja realidade é preciso limpar, “livrar-se tudo” que nos faz ligados ao erro dos
relacionamentos inadequados. Note, estamos falando de você, você tem o museu e você
é a fábrica. Muito pertinente é o texto escrito pelo salmista Davi no Salmo 139.23-24:
“Ó Deus, examina-me e conhece o meu coração! [desejo de ter o museu examinado].
Prova-me e conhece os meus pensamentos [exame dos locais mais secretos]. Vê se há
em mim algum pecado e guia-me pelo caminho eterno [disposição de fabricar o que
agrada a Deus]”. É nesse sentido que nós, como igreja de Cristo, também somos
orientados a fazer uma limpeza dos erros do passado e uma verdadeira reforma na
fábrica das ações de hoje (Cl 3.8).
3. Reformando a Fábrica de Hoje (Cl 3.8-9)
O reconhecimento do erro sem uma ação de correção é puro remosso. Assim, orientado
pelo Espírito Santo, o apóstolo Paulo descreve o que deve ser rejeitado na nossa fábrica
de relacionamentos para que haja unidade e harmonia.
Livrem-se da ira e do ódio – É certo que esta recomendação diz respeito ao que
os outros fazem conosco, porém a recomendação se refere ao que produzimos como
resposta. Escrevendo aos efésios Paulo alerta, praticamente para os mesmo perigos. Ele
diz que quem passa o dia inteiro com raiva, transforma a ira em amargura (Ef 4. 25-26),
e esta cria raízes, tornando-se a mãe do ódio e contaminando muita gente (Heb 12.15).
Livrem-se do insulto e da conversa indecente – Creio que se Paulo vivesse
hoje, ele escreveria isto de novo para todos nós. Mesmo como cristão somos tentados a
provocar as pessoas com palavras que ferem (insulto: provocar reação emocional,
desafiar alguém provocantemente), principalmente quanto se quer ver o outro irritado.
Insultamos quando desejamos “dar o troco” a alguém. Quanto à conversa indecente, este
é tipo de conversa relacional que destrói a santidade e afasta qualquer cristão da
presença de Deus. Como imitadores de Cristo lembremos dos insultos que ele sofreu e
como reagiu, e de que a ninguém insultou e nunca de sua boca saiu maledicência
alguma.
Livrem-se da Mentira – É muito interessante registrar que a expressão utilizada
para mentida significa falsidade, e isto nos relacionamentos é doença mortal. Jesus
chamou os fariseus de filhos do Diabo porque eles mentiam, eram falsos na vida, pois
tinham aparência de santos, mas eram falsos (Jo 8.31-47). O cristão autêntico não vive
uma vida de mentiras, ele não é um falso. A fábrica do todo cristão deve produzir
verdade, sinceridade e fidelidade, ações que geram um relacionamento saudável.
Uma palavra final precisa ser dita. Quando o apóstolo Paulo ordenou limpar os
erros do nosso museu e reformar a fábrica de nossas ações atuais, é certo que ele não
estava considerando essa uma tarefa fácil. Muito menos, ele cria que era uma tarefa que
poderíamos fazer sem a ajuda e o poder do Espírito Santo (leia Rom 8.1-14). A
mudança nos nossos relacionamentos é o resultado direto do nosso relacionamento com
Cristo. Assim, a tônica da carta volta: É a nossa unidade com Jesus que viabiliza a
correção dos erros cometidos no passado e a remodelação das nossas ações no presente.
Pelo seu “produto” os outros irão descobrir que tipo de “fábrica” você é.
Para refletir e agir
(1) O que pode acontecer quando um cristão esconde um erro do passado sem o
confessar?
(2) O que podemos fazer para que os relacionamentos na igreja reflitam o padrão
que a Bíblia requer?
(3) Para você pensar: O que seria da sua igreja se todos produzissem o que a sua
“fábrica” produz?
Rev Sérgio Lyra
Avisos
FAZ APENAS CINCO ANOS - Olhe um pouco para a sua igreja, veja o que já foi
construído, o que já conseguimos compramos e o quantos somos. Em julho de 2001 nós
nos mudamos das instalações da Rua Joaquim de Medeiros, e viemos para a “rua dos
maconheiros”. E hoje? É a rua da igreja do Senhor Jesus! Todos os dias, de manha e à
noite temos atividades aqui na quadra: Cultos, cursos profissionalizantes, escolinha de
futsal, encontros ministeriais, pequenos grupos ou simples encontros de lazer e
comunhão. Que a IPCC consiga marcar o Bairro de Casa Caiada com os valores do
Reino de Deus! Como membro da igreja você é parte disso tudo, mas glória é de Deus!
UM POUCO DE ESTATÍSTICA
 Com mais de 650 membros somos a maior igreja do presbitério.
 A taxa de crescimento anual da membresia é de aproximadamente 11,3%, isto
significa que se continuarmos a crescer nesse ritmo dobraremos a cada sete anos
 O ano que mais crescemos foi 2002, com um percentual de 21,5%, e o de menos
crescimento foi 2001 com 3,1%.
 Em 2005 recebemos 76 novos membros com uma taxa de 18,5%.
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