PRIMEIRA EPÍSTOLA DE PAULO A TIMÓTEO Por: Dr. Cornélio Hegeman Mestre em Divindades (Calvin Theological. Grand. Rapids: USA) Ph.D em Pensamento Cristão (American University of Biblical Studies. Atlanta, USA) Doutor em Ministérios (Westminster Theological Seminary, Philadelphia, USA) Doutor em Teologia “Honoris Causa” Universidade Nacional Evangélica. Santo Domingo, RD MANUAL DO ESTUDANTE Um curso do Seminário Internacional de Miami. Miami International Seminary, 14401 Old Cutler Road. Miami, FL 33158 305-238-1589 e-mail: [email protected] web site, www.mints.edu A EPÍSTOLA DE PAULO A TIMÓTEO INTRODUÇÃO DIAGNÓSTICO INTRODUTÓRIO PRIMERA LIÇÃO: A IDENTIDADE DE UM AUTOR APOSTÓLICO EXPOSIÇÃO DE I TIMOTEO 1.1-2 INTRODUÇÃO Vs. 1. A IDENTIDADE DO AUTOR Vs. 1. A VOCAÇÃO APOSTÓLICA Vs. 1 A COMISSÃO DO APÓSTOLO Vs. 2a. O DISCÍPULO DO APÓSTOLO Vs. 2b. UMA TRIADE DE BENÇÃOS DA PARTE DO TRINO DEUS CONCLUSÃO PERGUNTAS SOBRE I TIMOTEO 1:1-2 FOLHA DE TRABALHO EXEGÉTICO SEGUNDA LIÇÃO: DEFESA CONTRA OS LÍDERES DESLEAIS EXPOSIÇÃO DE I TIMOTEO 1.3-11 INTRODUÇÃO Vs. 3-4. DESMASCARANDO OS IMPOSTORES Vs. 5. O ESPIRITO DA SÃ DOUTRINA É O AMOR Vs. 6-7. FALSOS LÍDERES DESENCAMINHADOS Vs. 8. A LEI APOIA OS JUSTOS E CONDENA AOS MAUS Vs. 9. A ILEGALIDADE QUE SE REBELA Vs. 9b. UMA ILEGALIDADE QUE MATA Vs. 10a UMA ILEGALIDADE QUE PERVERTE Vs. 10b. A ILEGALIDADE QUE CONTRADIZ Vs. 11. O GLORIOSO EVANGELHO CONCLUSÃO PERGUNTAS SOBRE I TIMOTEO 1:3-11 FOLHA DE TRABALHO EXEGÉTICO TERCEIRA LIÇÃO: A IDENTIDADE DE UM LÍDER CRISTÃO EXPOSIÇÃO DE I TIMOTEO 1.12-20 INTRODUÇÃO Vs. 12. A FONTE DO CHAMADO E MINISTÉRIO DE UM LÍDER Vs. 13. A CONFISSÃO DE UM LÍDER Vs. 14-17. APRENDENDO UMA LIÇÃO TEOLÓGICA Vs. 18-19a. O ENCARGO À BATALHA Vs. 19b-20. ADVERTÊNCIA SOLENE AOS REBELDES CONCLUSÃO PERGUNTAS SOBRE I TIMÓTEO 1.12-20 FOLHA DE TRABALHO EXEGÉTICO QUARTA LIÇÃO: ORAÇÕES E RESPONSABILIDADE ESPIRITUAL EXPOSIÇÃO DE I TIMOTEO 2.1-15 INTRODUÇÃO Vs. 1. ORAÇÕES POR TODO O MUNDO Vs. 2. ORAÇÃO PELAS AUTORIDADES GOVERNAMENTAIS Vs. 3-4. O PROPÓSITO DE DEUS NA ORAÇÃO Vs. 5-6. O PAPEL DE DEUS NA ORAÇÃO Vs. 7. O PAPEL DE PAULO NA ORAÇÃO Vs. 8. O PAPEL DO IRMÃO NA ORAÇÃO Vs. 9. A ESPIRITUALIDADE DAS MULHERES Vs. 10-15 A COOPERAÇÃO DAS IRMÃS CONCLUSÃO PERGUNTAS SOBRE I TIMOTEO 2.1-15 FOLHA DE TRABALHO EXEGÉTICO QUINTA LIÇÃO: QUALIDADES DOS OFICIAIS DA IGREJA EXPOSIÇÃO DE I TIMOTEO 3 INTRODUÇÃO Vs. 1. QUEM É O NOBRE ANCIÃO? Vs. 2-7. QUALIDADES DO ANCIÃO Vs. 8-13. QUALIDADES DO DIÁCONO Vs. 14-15. QUALIDADES DA IGREJA Vs. 16. UM CREDO PRIMITIVO CONCLUSÃO PERGUNTAS SOBRE I TIMOTEO 3 FOLHA DE TRABALHO EXEGÉTICO SEXTA LIÇÃO: CUIDADO COM A APOSTASÍA EXPOSIÇÃO DE I TIMOTEO 4 INTRODUÇÃO Vs. 1. A IDENTIFICAÇÃO DO APÓSTATA Vs. 2. MESTRES HIPÓCRITAS Vs. 3-5. O APÓSTATA PROIBE O QUE DEUS CRIA Vs. 6-10. INSTRUÇÕES PARA UM BOM MINISTRO Vs. 11-16. INSTRUÇÕES PESSOAIS PARA O MINISTÉRIO CONCLUSÃO PERGUNTAS SOBRE I TIMOTEO 4 FOLHA DE TRABALHO EXEGÉTICO SÉTIMA LIÇÃO: ASSUNTOS FAMILIARES EXPOSIÇÃO DE I TIMOTEO 5 INTRODUÇÃO Vs. 1-2. A FAMÍLIA DE DEUS E A FAMÍLIA HUMANA Vs. 3-16. APOIO ÀS VIÚVAS Vs. 17-20. APOIO PARA OS ANCIÃOS DA IGREJA Vs. 21-25. INSTRUÇÕES DE ENCERRAMENTO CONCLUSÃO PERGUNTAS SOBRE I TIMOTEO 5 FOLHA DE TRABALHO EXEGÉTICO OITAVA LIÇÃO: ESCRAVIDÃO, DIFAMAÇÃO E RIQUEZAS EXPOSIÇÃO DE I TIMÓTEO 6 INTRODUÇÃO Vs. 1-2. CONSELHO PARA OS ESCRAVOS CRENTES Vs. 3-5. A DIFAMAÇÃO CONDENADA Vs. 6-10. A PIEDADE COM CONTENTAMENTO Vs. 11-19. LUTANDO PELA FÉ Vs. 20-21. DECLARAÇÃO DE ENCERRAMENTO CONCLUSÃO PERGUNTAS SOBRE I TIMOTEO 6 FOLHA DE TRABALHO EXEGÉTICO BIBLIOGRAFIA MANUAL DO MESTRE COMO FAZER O ESTUDO BÍBLICO DO MINTS RESPOSTAS ÀS PERGUNTAS SOBRE O AUTOR INTRODUÇÃO Uma das principais tarefas do professor é preparar seus discípulos para promover o evangelho, para denunciar o mal e ficar longe de atividades anti-evangélicas. O discipulador precisa preparar seus discípulos para promover a verdade e apartar-se da mentira. Para ilustrar este ponto a um grupo de estudantes missionários de "For Every Tribe” (Maio de 2008), assistimos a dois filmes: La Misión e First Fruits. O filme La Misión tratava sobre os jesuítas no Paraguai, que durante o século XVIII estiveram trabalhando com os índios Guarani. Os jesuítas e os índios viviam em um acampamento missionário onde eles compartilhavam seus recursos e se desenvolveram na música e nas atividades culturais. No entanto, um emissário do Vaticano, Altamirano, trouxe más notícias. O Vaticano concordou que o território espanhol em que o acampamento foi construído, deveria ser dado para os portugueses por causa de um acordo em Madrid em 1750. O Vaticano não queria perturbar o equilíbrio do trabalho político ao negar a transferência e trazer má sorte para a igreja na Europa. No entanto, o mesmo respeito não foi dado aos Guaranis. Os portugueses eram traficantes de escravos e os índios guaranis lutaram até à morte para preservar sua liberdade e dignidade. Os jesuítas não treinaram os índios para que fossem protegidos contra a política corrupta do Vaticano e da teologia sincretista, eles tampouco foram protegidos da avareza dos espanhóis e portugueses e da comercialização do tráfico de escravos dos colonizadores. Eles foram traídos por serem bem intencionados, porém mal direcionados missionários. Também no século XVIII, contou-se uma história bastante diferente sobre os morávios. O filme, The First Fruits, nos relata a história sobre a formação da comunidade Herrnhut na Alemanha. A igreja Morávia esteve debaixo do cuidado do Conde Nicolas Von Zinzendorf. Em 1732 eles embarcaram para trabalhar com escravos africanos na ilha caribenha de Santo Tomás. Em vez de comprometer-se com a liderança da igreja reformada que protegia os comerciantes de escravos e com o trato cruel aos escravos, os primeiros missionários, Leonardo Dober e David Nitschman, chegaram a ser servos dos escravos e lhes levaram o Evangelho. Mesmo quando foram ameaçados com violência tanto pelos escravos quanto pelos donos de escravos, eles se mantiveram firmes. Muitos dos missionários morreram devido a enfermidades tropicais. Eles prepararam os africanos para que fossem membros e líderes da igreja que os substituiriam nos seus trabalhos missionários. Jesus viveu 33 anos e ministrou apenas 3 anos na terra. Ele treinou um grupo de 13 apóstolos que por sua vez, treinou milhares de líderes cristãos que fundaram a primeira igreja cristã. Os Apóstolos Pedro e Paulo escrevetam suas cartas da prisão e pastorais aos seus discípulos na véspera de seu martírio. Sua principal preocupação era treinar e disciplinar seus seguidores e alertá-los contra impostores, falsos mestres e falsos profetas. Jesus dirigiu a sua igreja do céu; os apóstolos treinaram seus discípulos mesmo estando na prisão e através de cartas e os cristãos locais tomaram a responsabilidade de liderança para o trabalho. A liderança do discipulado é o tema principal para que de I e II Timóteo. A metodologia de ensino de Paulo sobre a liderança é o discipulado. Ele escreve ao seu discípulo Timóteo. O discipulado de Paulo a Timóteo vai além da mentoria espiritual, porque seus esforços são parte da transição monumental na história da redenção, que lançou a fundação apostólica e, agora, estavam sendo postos os ofícios da liderança. O leitor não vai entender 1 Timóteo, a menos que aprecie o papel dos apóstolos na história da construção da igreja cristã. Os antagonistas em 1 Timóteo são os falsos líderes e apóstatas. Como apóstatas (1 Timóteo 4) eles foram membros e até líderes na igreja, mas abandonaram a fé está baseada nos ensinamentos e doutrinas apostólicas (1.3). Paulo aponta as incoerências e as formas destrutivas. Eles são provavelmente os gnósticos (1 Tim 6.20). O autor faz referência aos comentários de Calvino neste estudo1. Isto dá ao estudante a oportunidade de refletir sobre os pensamentos do reformador genebrino que também ajudou a moldar o futuro da igreja. O estudante vai notar que o autor nem sempre concorda com o grande reformador, especialmente nos temas sociais, tais como o papel do governo nos assuntos religiosos e o papel do cristianismo na escravidão. No entanto, a contribuição teológica de Calvino sobrepõe as suas posições sociológicas, que são reflexos de sua cultura. Acima de tudo, o respeito de Calvino aos ensinamentos apostólicos, sua hermenêutica de harmonizar a Escritura com a Escritura e seu respeito pela natureza histórica e gramática do texto bíblico, fazem seu comentário imortal. Uma vez que este estudo será traduzido para vários idiomas, o autor restringiu o seu uso de comentários ao inglês. Esforços têm sido feito para usar os comentários que são clássicos e que foram ou serão traduzidos para outras línguas. DIAGNÓSTICOS INTRODUTÓRIOS DE 1 TIMÓTEO (Determine se a seguinte declaração é verdadeira ao ensino de 1 Timóteo) 1 Os comentários são de dominio público. www.ccel.org. Os comentarios estão em inglês. 1. As pessoas que têm matado e perseguido os cristãos não podem se tornar líderes na igreja cristã. 2. A venda de escravos foi fortemente condenada por Paulo. 3. Paulo ensinou a Timóteo e a igreja em Éfeso para orar por César e pelas autoridades romanas. 4. Paulo ensinou que os crentes maduros são livres dos efeitos da queda de Adão e Eva. 5. Os presbíteros e diáconos na igreja deve se abster de beber vinho. 6. Paulo encorajou Timóteo a permanecer solteiro, a fim de fortalecer a sua relação com o Senhor. 7. O apóstolo ensinou que as viúvas mais jovens não deveriam se casar e, assim, ter mais tempo para servir ao Senhor. 8. Paulo tinha um trabalho de tempo parcial como fabricante de tendas e assim ele ensinou por seu exemplo que os pastores locais não devem ser pagos pela pregação. 9. Ele incentivou os ricos a vender tudo o que tinham e dar os ganhos para a igreja. 10. Os cristãos não são lutadores e não deve ser tolerante com as opiniões de líderes que têm uma opinião diferente da dos apóstolos. PRIMEIRA LIÇÃO A IDENTIDADE DE UM AUTOR APOSTÓLICO EXPOSIÇÃO DE 1 TIMÓTEO 1:1-2 INTRODUÇÃO 1 Timóteo permite que o leitor olhe para o coração de um dos maiores servos na igreja cristã, o apóstolo Paulo. Esta carta foi escrita por Paulo não apenas ao seu discípulo Timóteo, mas também a igreja em geral. A igreja universal tem de apreciar o que Cristo realizou e como Cristo está construindo sua Igreja sobre o fundamento dos ensinamentos apostólicos. A breve saudação é característica de outras saudações paulinas. Os versos 1-2 reivindica a historicidade, vocação, comissionamento, propósito e tema do escrito do autor. Vs. 1 A IDENTIDADE DO AUTOR Paulo é um personagem histórico. O autor da Primeira Epístola a Timóteo identifica a si mesmo como Paulo2. Paulo não identifica a data ou o lugar de onde ele estava escrevendo, mas o conteúdo da carta que nos permite dizer que ele estava escrevendo a Timóteo e que ele estava em Éfeso. Ele escreveu, porque não podia visitar. A maioria dos comentaristas conservadores colocam a escrita da carta após a quarta viagem missionária de Paulo e, obviamente, antes de seu martírio em torno do ano 68 DC. A tentativa dos comentaristas em colocar a escrita (e reescrever) desta epístola na segunda ou terceira geração da igreja (ao final do primeiro ou segundo século) é negada pela clara e taxativa auto-identificação do autor. Negar a autoria paulina também mudaria o gênero literário e carta pessoal para uma lenda mitológica. Paulo é o autor desta carta. Nesta carta, vemos como a responsabilidade de edificar a igreja é passada para a próxima geração, uma geração de evangelistas, pastores, presbíteros, diáconos e membros da Igreja. Vs. 1 A VOCAÇÃO APOSTÓLICA 2 William Hendriksen, no seu libro I Timothy, New Testament Commentary, p. 49, nos lembra que Paulo é o nome greco-romano e Saulo é seu nome judeu. Os apóstolos são enviados. Paulo identifica a si mesmo como um apóstolo do Senhor Jesus Cristo. O título “Apóstolo” significa simplesmente “enviado”3. Ele é um apóstolo, não da igreja em Jerusalém, nem tampouco foi enviado por outros apóstolos (Gl 1.15-17), mas ele é um apóstolo de Jesus Cristo. Ele foi chamado e enviado por Jesus Cristo (Atos 9). O leitor não deve perder a mensagem que Cristo mesmo dirige a sua igreja. Ele chama, treina e envia os seus mensageiros. O cabeça da igreja dirige o Corpo da Igreja. A intervenção divina é sempre necessária na liderança e direção da Igreja. Os cristãos envolvidos no trabalho missionário, local ou internacional, com freqüência comentam que a igreja não entende seu trabalho missionário. É sempre uma tentação tirar os olhos de quem nos chama. É Cristo, o cabeça da igreja, quem chama. A igreja não nos chama, ela confirma a chamada de Cristo. A fonte é o Cabeça e o instrumento é o corpo. Os missionários se desiludem extremamente quando eles colocam "a carroça à frente dos bois." Os apóstolos originais eram peculiares. O apostolado de Paulo e dos apóstolos originais foi algo peculiar. Eles foram chamados diretamente por Jesus (Romanos 1.5, 15.16), eles foram testemunhas oculares do Senhor ressuscitado (1 Cor 15.1-11); eles foram inspirados a escrever as Escrituras e os seus ensinamentos foram autoritativas (2 Pe 3.15-16), eles fizeram parte da fundação da Igreja (Efésios 2.20). Onze dos doze discípulos deram suas vidas em martírio. Eles foram ao local onde a igreja não havia sido fundada ainda. Tomé foi para a Índia. Marcos foi para a África. André foi para a Europa. No momento de suas mortes, o testemunho ocular do Senhor havia sindo estabelido, a igreja foi fundada, as Escrituras foram escritas e esse ofício especial foi encerrado. No entanto, a natureza apostólica da Igreja continua. O Senhor continua a chamar e enviar servos para construir a sua Igreja, o testemunho da ressurreição histórica de Jesus continua; as Escrituras foram traduzidas para outras línguas; a Igreja está no mundo inteiro. Enquanto os apóstolos originais eram apóstolos, com um “A” Maiúsculo, nós continuamos a construir em seus ministérios fundacionais e somos apóstolos com “a” minúsculo4. 3 Ibíd. pp. 49-51. Barnabé, Epafrodito, Apolo, Silvano e Timóteo foram chamados apóstolos, mas eram diferentes dos doze apóstolos e de Paulo. Hendriksen sinaliza cinco características dos doze e de Paulo. 1) comissionados diretamente por Cristo; 2) eles são testemunhas visuais e auditivas de Cristo; 3) eles têm uma tarefa especial dada pelo Espírito Santo; 4) seu trabalho foi confirmado com sinais, milagres e muito fruto; 5) seu ofício não foi restringido à igreja local. Alguém pode acrescentar que os apóstolos estabeleceram os líderes da primeira igreja; eles foram os autores das Escrituras e seu ensino foi considerado autoritativo. George Knight, Commentary of the Pastoral Epistles, “As epístolas pastorais foram conhecidas e consideradas Paulinas na Igreja Primitiva.” p.13. “Para o tempo de Irineu (Segundo século), quando os livros do NT foram citados pelo nome do Autor, as Epístolas pastorais são definitivamente consideradas como Paulinas.” p.14. 4 Para os líderes das megas igrejas que são denominados de apóstolos minha pregunta é: “Para onde eles estão sendo enviados? São eles fiéis ao testemunho do Senhor, ao Trino Deus; à doutrina apostólica; tem um estilo de vida consistente com a doutrina apostólica? A moda evangélica comtemporânea é a de colocar pastores de mega-igrejas como apóstolos. Para onde estão enviando esses pastores? Será que eles deixarim o conforto de sua mega-igreja, mega-casas, mega-carros e mega-salários para dar suas vidas em martírio em nações muçulmanas ou fechadas para o evangelho? Se o significado dos apóstolos é “ser enviado”, para onde é que se está enviando esses pastores apostólicos? Existe alguma maneira podemos ajudar-lhes? Sim, se tão somente eles pudessem ir! O chamado vem de Deus. Paulo recebeu o convite diretamente de Jesus (Atos 9.1516). Em muitas ocasiões, o apostolado de Paulo foi desafiado pelos inimigos do evangelho. No entanto, Paulo continuou a depender de sua vocação divina, algo que ninguém poderia lhe tirar. Uma missionária me escreveu dizendo que os membros da junta missionária disseramlhe para retornar ao seu país. Ela respondeu ao chamado, há muitos anos, para ajudar as crianças no Haiti. O que ela deveria fazer? Obedecer ao que alguns membros da Junta de Missões lhe disseram para regressar ao seu país, porque eles estavam preocupados com o estresse que ela estava enfrentando, ou continuar o chamado para ajudar os pobres no Haiti? Meu conselho foi: siga o chamado de Deus. É uma questão entre o chamado de Deus e os apelos dos homens. A menos que o Senhor nos chame para ir para outra parte, o chamado presente continua. Então, ela mudou dessa Junta de Missões para outra, permaneceu no Haiti e continuou a ajudar os pobres de maneira incrível. Os servos do Senhor devem saber a quem eles estão servindo. Então, como você pode ter certeza que está respondendo ao chamado de Deus? O próprio Deus, pela sua Palavra e Espírito direciona os chamados. Deus também usa a igreja fiel para confirmar o seu chamado. Assim como Ananias foi enviado para dar mais direção e instrução a Paulo, assim o Senhor envia outros servos, para fazer o mesmo para os seus servos. A história da igreja está cheia de tristes testemunhos dos líderes da igreja, comitês missionários e até mesmo missionários que não têm sido fiéis ao chamado de evangelização mundial e de serviço ao Cordeiro. No entanto, existem também exemplos incríveis de cristãos que contra a dúvida e o medo, serviam ao Senhor com temor e tremor e tornaram-se instrumentos de grande bênção no ministério e nas missões. Leia as biografias de David Brainerd, William Carey, Amy Carmichael, Os Morávios, Johan Willem Kals, Jerry Potts, Juan Boonstra e outros, e em cada caso, você vai ver que eles foram chamados por Deus. De acordo com esta observação, a missão da igreja é de evangelizar, plantar e construir a igreja e dar testemunho do reinado e ressurreição do Senhor em todas as áreas da vida. Esta é a definição de Gisbertus Voetus, teólogo reformado holandê do século XVI. Sandra e eu servimos como missionários na República Dominicana de 1981 a 1993. Voltamos para o Canadá e servimos tanto à igreja local por dois anos e também com também ao Ministério Ligonier por três anos. Sabendo da necessidade incrível de formação teológica, senti o chamado de Deus para voltar ao Caribe e América Latina com o objetivo de treinar líderes cristãos. No entanto, o comitê dirigente da igreja não tinha a mesma sensação. Pode-se dizer que houve um desacordo entre o comitê local e eu. Quem poderia acabar com o impasse? Representantes do comitê local chegaram a nossa casa e com respeito mútuo, como irmãos no Senhor, nós conversamos sobre o meu chamado. Finalmente, o pastor perguntou Sandra: “O que você acha sobre o seu marido ir para Miami?” Ela disse: “Se o Senhor o está chamando para ir para Miami para ser um missionário, então eu honrarei esse chamado e irei com ele.” Isso funcionalmente acabou com o impasse e pouco tempo depois recebemos a aprovação do consistório da igreja local para que fôssemos. O sentido do chamado de Deus. Em vez de fazer a nossa vontade, fui seriamente provado no ano seguinte. Quando nos mudamos para Miami, Sandra e os dois filhos mais velhos foram deportados ao cruzar fronteira dos EUA. O oficial de fronteira não gostou da forma como fizeram os trâmites. Sandra passou três meses em uma casa vazia que ainda não tínhamos conseguido vender, esperando a papelada. As crianças mais velhas receberam vistos humanitários e se juntou ao seu pai. Eventualmente, nós nos encontramos. No momento em que escrevo este manuscrito, apenas pouco mais de dez anos depois, os líderes da igreja em London ainda não apóiam o trabalho missionário para a qual Deus nos chamou. No entanto, outras igrejas da mesma denominação, mais de 25 delas nos tem apoiado. É bom saber que é Deus quem chama e não a igreja. Agora (2008), dez anos depois, demos início ao Seminário Internacional de Miami (MINTS) e estamos trabalhando em mais de 50 países com mais de 200 centros de estudos e mais de 3.500 alunos que estão estudando um ou mais dos mais de 100 cursos teológicos que foram preparados. Mas temos de passar os oficiais de fronteira americanos, bem como o consistório da igreja local e as nossas próprias emoções para chegar lá. Só o chamado de Deus, Sua providência e sua orientação podem fazer isso. Para que Deus o está chamando? Há obstáculos que Deus tem permitido para desafiar a parar ou para fortalecê-lo a depender dele para continuar. Vs 1. A COMISSÃO DO APOSTÓLO Os chamados são comissionados e enviados. Se você é como eu, então você não foi chamado no caminho de Damasco como Paulo. Em vez disso, você respondeu ao Senhor pela fé e procura obedecer a Grande Comissão de fazer discípulos indo por todo o mundo, preparando-os para o batismo em nome do Deus trino e ensinando-os a observar tudo o que Cristo ordenou (Mateus 29.19-20). Se você e eu somos chamados, então temos de estar convictos do nosso compromisso e a Quem estamos servindo. O que você e eu temos em comum com a comissão do apóstolo Paulo é que: 1) ambos pertencemos a Cristo, 2) Vamos em nome do verdadeiro Deus, 3) Compartilhamos os ensinamentos apostólicos e 4) o verdadeiro Deus é a nossa esperança e futuro comum. Os comissionados pertencem a Jesus. Paulo era um apóstolo "de Cristo." A palavra "de" mostra possessão. Nós pertencemos a Cristo, porque ele nos comprou com Seu sangue. Somos os seus servos. O Catecismo de Heidelberg resume esta verdade majestosamente: "Pergunta: 1. Qual é o seu único fundamento, na vida e na morte? Resposta: O meu único fundamento é meu fiel Salvador Jesus Cristo. A Ele pertenço, em corpo e alma, na vida e na morte, e não pertenço a mim mesmo. Com seu precioso sangue Ele pagou por todos os meus pecados e me libertou de todo o domínio do diabo. Agora Ele me protege de tal maneira que, sem a vontade do meu Pai do céu, não perderei nem um fio de cabelo. Além disto, tudo coopera para o meu bem. Por isso, pelo Espírito Santo, Ele também me garante a vida eterna e me torna disposto a viver para Ele, daqui em diante, de todo o coração.” A comissão vem do verdadeiro Deus. Paulo afirma que ele pertence e é chamado ao serviço por Jesus Cristo e identifica este Deus verdadeiro a quem ele está servindo. Ele fala do nosso Salvador e Senhor Jesus Cristo. Paulo imediatamente identifica Jesus, o Salvador, como Deus (Theos). Jesus não é simplesmente um ser humano (o que ele era 100%), mas na sua humanidade, ele é também a encarnação de Deus (100% Deus). Paulo não é um embaixador da boa vontade, dos valores e das crenças religiosas do mundo; ele representa a voz, a vontade e os caminhos para o Deus vivo e verdadeiro. Paulo não se ajoelha perante as autoridades romanas que o prendem para confessar que “César é o Senhor.” Não, ele morreria uma morte de mártir e permaneceria firme em sua crença de que Jesus é o Senhor. Com Paulo, permanecemos no fundamento apostólico da igreja que Cristo está construindo. Toda a história da redenção de Deus é sustentada pela construção de Cristo de sua igreja. A igreja está construída sobre um alicerce de apóstolos, profetas, e Cristo é a pedra angular. Todos os verdadeiros cristãos, onde quer que estejam em todo o mundo são chamados a permanecer firmes no mesmo fundamento estável. E, finalmente, Paulo confessa que no Deus verdadeiro se encontra a única esperança, dele e nossa. A única esperança da humanidade perdida e pecaminosa é que o Pai enviou seu Filho para viver uma vida perfeita. Ele morreu e deu um pagamento perfeito para redimir-nos e restaurar seu povo para si mesmo por toda a eternidade. Vs. 2a. O DISCIPULO DO APÓSTOLO Paulo e Timóteo eram modelos para o discipulado. A relação entre Paulo e seu discípulo Timóteo não é apenas uma relação pessoal, é o modelo para todas as idades. Jesus tinha comissionado aos apóstolos e seus discípulos para fazer discípulos. Isto é o que Paulo estava fazendo com Timóteo. Mas Timóteo não era apenas um discípulo no sentido de se tornar um membro do Corpo de Cristo, mas a questão de Paulo com Timóteo era prepará-lo como um líder da igreja que iria continuar edificando a igreja sobre o único fundamento. Este é um modelo histórico no discipulado. De uma perspectiva histórica da redenção, a relação entre Paulo e Timóteo é um grande momento no crescimento da igreja. Os apóstolos estabeleceram o fundamento do Corpo de Cristo (Efésios 2.20) e o treinamento dos presbíteros, pastores ou bispos, diáconos, pregadores, mestres, evangelistas, missionários e membros; estes são, todos, parte do edifício nesse fundamento. O relacionamento entre Paulo e o jovem líder Timóteo mostra a progressão do fundamento histórico da igreja, a sua edificação nesse fundamento. "Todas as camadas dos blocos" estariam em consonância com o fundamento apostólico, isto é, as doutrinas apostólicas. A maior alegria no trabalho missionário é ver a igreja apostolicamente crescendo de geração em geração. Que bênção é ver um discípulo ter tanto a função de membresia como de liderança da igreja e afirmar as verdades apostólicas. É muito melhor quando eles, a seu tempo, estão treinando outros discípulos. A eficácia de um discípulo é visto nas atividades de discipular seus discípulos (II Tim 2.2). O discipulado é pessoal. Timóteo é reconhecido pelo nome e é identificado como “um verdadeiro filho na fé.” Timóteo foi regenerado pelo Espírito Santo, através da fé em Jesus Cristo, o Senhor. Embora todos os cristãos tenham em comum o novo nascimento para virem a ser filhos espirituais, nem todos os líderes-servos têm a mesma vocação espiritual. Paulo foi um apóstolo e Timóteo foi um evangelista e pastor local. No entanto, todos os cristãos, sejam eles membros ou líderes, são chamados para discipular outros. Assim, a relação entre Paulo e Timóteo é instrutiva para todo o povo de Deus. Quem são os teus discípulos? Eles se tornaram membros da Igreja? Eles são líderes na igreja? Recentemente assisti a um funeral de um ex-líder de uma escola cristã. No dia do ofício fúnebre ele completaria 54 anos de idade. Bem jovem! Seu filho, que está se preparando para ser pastor, falou de forma eloquente de como seu pai queria que Jesus fosse o número um em sua vida e em seu futuro. O discipulado vai além do túmulo! Vs. 2b. UMA TRÍADE DE BENÇÕES DA PARTE DO DEUS TRINO A saudação de Paulo apresenta um trio de bênçãos que pertencem ao trino Deus, este incluem: graça, misericórdia e paz. Graça. Graça (caris)5 é o favor imerecido e a disposição de Deus para nós quando recebemos algo que não merecemos. Paulo está falando da graça redentora, pela qual o povo de Deus foi resgatado de sua condição pecaminosa, como ele nos diz em (1.14). A Graça envolve ser colocado em um relacionamento santo, embora imerecido, servindo ao Pai. Salvos pela graça significa que só podemos viver uma vida de gratidão para a glória de Deus (6.17). Misericórdia. Misericórdia (oleos) é não receber o que merecemos. Deus transformou sua ira contra o pecado em Seu Filho, que recebeu a ira do Santo Pai e morreu pelos pecadores (1.15). Paulo obteve misericórdia (1.15), apesar de ser um perseguidor da igreja, já que ele atuou na ignorância. Ele também recebeu misericórdia com o fim de se tornar um modelo do sofrimento de Deus para o mundo (1.16). Paz. Paz (aireen) é o fruto da graça e da misericórdia de Deus. A salvação é dada por graça; o juízo foi aplacado pelo Filho e agora o filho de Deus está reconciliado e reunido com Deus e com a comunidade cristã (5.13). Essa paz é declarada por Deus (1.2), operada por Deus no coração dos crentes (5.23) e é um sinal da santa presença de Deus6. Deus Nosso Pai. Uma vez mais a verdade da Trindade é apresentada ao leitor. No versículo um Deus é chamado pelo nome de Jesus, isto é, Salvador. No versículo 2, o Pai é chamado Deus. Para fortalecer essa confissão, Paulo identifica Jesus como Senhor (kurios). Kurios é outro nome para Deus. A confissão da divindade de Cristo separa a comunidade cristã dos judeus não crentes e dos pagãos.7 5 Concordância de Strong William Mounce, em las Epístolas Pastorales, escreveu: O segundo ponto de Paulo é de que os crentes permaneçam em uma relação objetiva com Deus, e isto, como resultado de que sua esperança é segura. A misericórdia e a paz não são primordialmente emoções. Ambas estão baseadas no fato de que os crentes têm uma relação com Deus, e por consequência Deus tem misericórdia dos crentes e o crente tem paz com Deus” (p. 12). 7 Jesus é chamado tanto de theos como de kurios. Todos os nomes do AT para Deus são traduzidos para o grego por estes dois nomes. 6 Jesus Cristo é nosso Senhor. Se a identidade da divindade de Cristo distinguiu os cristãos dos judeus incrédulos, então Jesus Cristo como Senhor é um afronta direto aos Césares de que eles são kurios. E mais, o apóstolo deseja para a audiência: graça, misericórdia e paz. Será que ele não sabe que, confessando a divindade e o Senhorio de Cristo, ele estava colocando a vida dos crentes em perigo tanto com os leitores judeus como o governo romano? Certamente Paulo sabia isso; ele mesmo foi perseguido para provar isso. Entretanto, a tríade das bênçãos de Deus está SEMPRE com os crentes, sejam eles perseguidos ou não. Onde se menciona o Espírito Santo? Alguém poderia argumentar que a obra do Espírito Santo é o uso implícito do nome Cristo. Cristo significa ungido pelo Espírito Santo. No entanto, a obra do Espírito Santo é mencionado em 3.16 e 4.1. A primeira menção tem a ver com o testemunho do Espírito Santo no batismo (Mt 4.16), com o ministério (Mt 12.28), e com a ressurreição de Jesus (Romanos 1.4). O Espírito Santo também funções de revelar e iluminar. De acordo com I Timóteo 4.1-5 o Espírito Santo dá ao crente uma visão da apostasia que viria à igreja. O apóstolo Paulo revela o Deus trino, no início de sua carta. Ele não se envergonhou do verdadeiro Deus. CONCLUSÃO A saudação de Paulo a Timóteo na Igreja primitiva está saturada com verdades sobre a identidade do apóstolo, sua vocação, seu comissionamento e sua mensagem para a igreja. Esta saudação não faz com que Paulo se afeiçoe aos inimigos do evangelho. Nestes dois curtos versos ele já identificou as distinções cristãs, incluindo a natureza do Deus verdadeiro, a divindade de Cristo, o Senhorio de Jesus, a graça, a misericórdia e a paz em que eles vivem na esperança. Todas estas maravilhosas verdades que foram apresentadas por Paulo, demonstram a continuidade da edificação da Igreja de Jesus Cristo; agora, ela está agora progredindo a partir de seu fundamento apostólico para a construção de paredes espirituais e salas interiores das quais todos os discípulos de Jesus são parte, incluindo você e eu. Na próxima seção, 1 Timóteo 1.3-11, Paulo identifica os inimigos da Igreja e da piedade e dá a Timóteo as razões pelas quais estas pessoas são perigosas. Elas são perigosas porque eles negam o próprio fundamento e os pilares nos quais a verdade têm sido construída. PERGUNTAS PARA 1 TIMÓTEO 1:1-2 1. Como se identifica o autor desta carta? 2. Quais são algumas características dos apóstolos originais? 3. De qual maneira os cristãos de hoje se relacionam com a obra e testemunho dos apóstolos originais? 4. Quem chama o cristão para o serviço? Que diferença isto faz na maneira em que servimos? 5. Como Paulo identifica o Deus verdadeiro? 6. Como a divindade de Cristo é afirmada? 7. Que resposta social houve para a confissão cristã primitiva de que Jesus Cristo é o Senhor? 8. Como se relacionam a graça, a misericórdia e a paz? 9. Como 1 Timóteo apresenta o Espírito Santo? 10. Qual foi a lição mais importante que aprendeu ao estudar I Timóteo 1:1-2? FOLHA DE TRABALHO EXEGÉTICO Texto: Título: MÉTODO INDUTIVO (Obtenha informação do texto bíblico) Textos de Referência. Como outros textos influenciam na leitura de nosso texto? 1.1. (etc.) Explicação de informação importante no texto: - Palavras chaves e definições: - Observações gramaticais (estrutura da oração, variantes das leituras) - Gênero literário: (evangelho, história, parábola, legal, poesia, profecia, provérbio, etc.) - Como o texto se relaciona aos textos circundantes? - Como o texto está relacionado ao tema do capítulo e ao livro em que se encontra? - O texto diz algo explicito ou implícito sobre Deus ou sobre a salvação? - Método de tradução utilizada; - Há diferenças entre as versões da Bíblia? Quais são? - Autor humano. Como o conhecemos? - Que ocasião motivou o autor humano a escrever? - Audiência original para a leitura. Por que eles leriam o texto? - Contexto Geográfico: - Contexto Cultural, Social - Contexto histórico - Contexto religioso - Em suas próprias palavras, O que diz o texto e qual é o significado? Notas de comentário Identifique os ensinos principais do texto no estudo 1. 2. 3. (outros) SEGUNDA LIÇÃO DEFESA CONTRA OS LÍDERES DESLEAIS EXPOSIÇÃO DE I TIMÓTEO 1:3-11 INTRODUÇÃO Paulo encoraja Timóteo a lutar sem medo contra os falsos líderes. Paulo ajuda seu jovem discípulo a desmascarar os impostores, bem como também a ser uma alternativa genuína do modelo de liderança. A maneira como os impostores devem ser tratados é a de “não ensinar outra doutrina.” O ensino da doutrina apostólica, bíblica e cristológica é a ofensiva segura que colocará os impostores na defensiva. Vs. 3-4 DESMASCARANDO OS IMPOSTORES Os impostores ensinam doutrinas não-apostólicas. O primeiro indício que Paulo dá a Timóteo para detectar um impostor é que os seus ensinos são contrários aos ensinamentos dos Apóstolos (1.3, Ef 2.20, 1 Pedro 1.10-12). Você ainda ouve hoje: “o ensino de Paulo é relativo à sua cultura.” Argumenta-se que as opiniões de Paulo sobre as mulheres, sexualidade e homossexualidade foram aceitos em sua época, mas o mundo mudou, de forma que, os ensinamentos de Paulo não se aplicam hoje. Bem, boa tentativa, mas Paulo não usou o argumento cultural. O ponto de vista de Paulo não foi aceito nem mesmo na cultura de seu tempo. Sua recusa em se render à cultura de seu tempo é a razão pela qual ele foi perseguido, por isso ele teve que escrever esta carta e é por isso que ele foi martirizado. Paulo não está falando sobre a sua própria opinião, mas ele está escrevendo como um mensageiro. Paulo é "um apóstolo de Jesus Cristo”. Ele foi enviado "pelo mandato Deus, nosso Salvador." Os ensinamentos dos apóstolos são parte da Palavra de Deus (2 Pedro 3.1516). Os ensinamentos dos apóstolos fazem parte da doutrina da igreja. Quando os hereges do tempo moderno assaltam os ensinamentos dos apóstolos eles estão questionando a inspiração do Espírito Santo. Tal assalto pode disfarçar-se por trás da crítica a um apóstolo particular ou à sua mensagem. Os ensinamentos de Paulo podem ser rejeitados por alguns, porque é um judeu solteiro e do sexo masculino. Algumas pessoas não confiam nos judeus. Outros têm problemas porque ele é solteiro. As feministas não podem tolerar por elr ser do sexo masculino. Faça a sua escolha, existem muitas razões pelas quais os escritos de Paulo são rejeitados. No entanto, o ataque a Paulo tem como alvo a sua mensagem que expõe aqueles que ensinam o contrário da doutrina apostólica. Você está pronto para representar a mensagem de Jesus Cristo e ser atacado como o mensageiro dessa mensagem? A mensagem de Jesus não pode ser destruida, assim pois, Satanás usa seus colaboradores para atacar os mensageiros. O apóstolo se opõe aos mensageiros de Satanás. Ele os identifica como aqueles que rejeitam o fundamento bíblico da igreja. Os impostores amam fábulas e genealogias intermináveis. Os místicos gnósticos, os judeus legalistas e os filósofos gregos amam fábulas ou mitos. O poder do mito é que seu autor pode dizer qualquer coisa que lhe agrada. Um mito não tem de corresponder aos fatos ou à história. A doutrina apostólica não é um mito; é um fato revelado baseado solidamente na revelação histórica de Deus no Antigo e Novo Testamentos, e de acordo com o ministério e o comissionamento de Cristo. Estudiosos europeus e americanos da alta crítica passaram gerações buscando desmitologizar as Escrituras. Adão e Eva, sua criação e queda; Noé e o dilúvio global; o sacrifício de Abraão de seu filho Isaque; as dez pragas, a divisão do Mar Vermelho; o nascimento de Jesus através de uma virgem; os milagres de Jesus; a ressurreição de Jesus; Sua ascensão e Sua segunda vinda tem se tornado mitos folclóricos sem bases históricas. Se as doutrinas pelas quais vivemos, morremos e entramos para a eternidade são baseados em um mito, em que, na realidade, está baseada nossa verdadeira fé? Uma forma eficaz de colocar a carta de Paulo no gênero literário da mitologia é desafiar sua autoria e historicidade. Se esta carta foi escrita pelos discípulos de Paulo, no segundo século, então, a historicidade e fatos relacionados com as epístolas podem ser legitimamente questionados. No entanto, Paulo identifica a si mesmo como o autor e Timóteo como o destinatário da carta. Paulo fala sobre sua - muito bem documentada - viagem à Macedônia e sua estadia histórica em Éfeso. Praticamente a cada ano Hollywood promove uma versão agnóstica ou mitológica da vida de Jesus. Jesus Cristo Superstar, Seminário de Jesus o o livro do autor Dan Brown, O Código Da Vinci, são populares. Um fato permanecerá consistente com todas estas tentativas, elas contradizem o relato bíblico e histórico. A afirmação das realidades históricas (vs. 1-3) e advertência contra as fábulas são ainda necessárias hoje. Como um jovem seminarista tive a tarefa de desafiar um professor do Antigo Testamento que não afirmava a historicidade de Adão e Eva. A questão sobre a historicidade de Adão foi colocada em sala de aula e o professor não deu uma resposta convincente. Então, tendo aprendido nas aulas de aconselhamento pastoral que, de acordo com Mateus 18.15 que temos de falar com a pessoa que nos ofendeu, eu fui falar com o professor em particular. Eu lhe perguntei: Você crer que Adão era uma pessoa como você e eu? Ele foi honesto e me disse que não acreditava no que eu cria ou no que a igreja tem tradicionalmente acreditado. Então, fui visitar o presidente do seminário e perguntei-lhe se essa resposta era aceitável. Ele me disse que não e pediu que confiasse que ele investigaria o assunto e que o levaria ao Conselho Deliberativo, se necessário. A reação do meu desafio ao professor foi fascinante. De manhã, quando os outros professores perceberam que um de seus colegas estava sendo investigado pelo conselho do seminário, um professor entrou na classe furioso, mostrou a sua raiva e gastou o tempo falando sobre o fato de que seu respeitado colega estava sendo investigado. Ele suspendeu suas aulas pelo resto do ano em solidariedade a seu companheiro acusado. Antes de ele sair, eu levantei minha mão, fiquei em pé e disse que eu era o aluno de quem ele estava falando, e se alguém quisesse saber da própria fonte sobre o que tinha acontecido, eles poderiam me perguntar. Meus colegas questionaram minha sabedoria. Alguns nunca mais falaram de novo comigo. O pastor da nossa igreja disse: "Quem você acha que é para, como um jovem estudante, questionar a sabedoria de professores e membros do conselho?” Eu tive que comparecer perante o Consistório para explicar as minhas ações. Um dia antes da formatura no seminário, o professor de aconselhamento pastoral me chamou em seu escritório e disse que ele e seus colegas tinham decidido desafiar o meu direito de formar. Enquanto a investigação contra o professor continuasse, a minha candidatura deveria ser suspensa, mesmo que isso levasse anos. "Bem", eu disse: "Isso soa como psicologia reversível. Vá em frente, façam o que vocês acham que Deus quer e eu vou fazer o que Deus quer que eu faça." Imediatamente após a ameaça liguei para o presidente do seminário e ele disse que iria cuidar do professor de aconselhamento e seus amigos. Ele manteve sua palavra. No dia seguinte eu estava na fila para a graduação e um membro do conselho do seminário veio até mim. "E agora o que será?" pensei. Os confrontos intermitentes estavam se acumulando e quem sabia o que viria a seguir. Para minha grata surpresa, o membro do conselho disse: “Você teve muita coragem em fazer o que você fez, mas quero agradecer-lhe pessoalmente por manter-se firme.” Essa foi uma bela maneira para um jovem Timóteo graduar-se. Minha reputação de desafiar a autoridade me seguiu até uma entrevista para trabalhar como missionário na denominação. A pessoa que me entrevistou me perguntou: "Cornélio, ouvimos dizer que você não tem medo de desafiar a autoridade. O que você faria se você visse um missionário fazer algo que você não concorda?" "Desafiaria-o". Eu disse, sentindo-me aliviado pois as perguntas não eram tão difíceis. Essa lição eu aprendi no seminário. A investigação durou cinco anos. No final da investigação disseram ao professor para não ensinar as suas opiniões no seminário. O conselho também aceitou a proposta de que cada professor do seminário deveria declarar que eles crêem na historicidade de Adão. O falecido Professor Gordon Spykman expressou isso de melhor maneira em uma reunião do Sínodo, em Sioux Center, que tratava da historicidade de Adão. Spykman disse: "Não vamos jogar como macacos com o texto." E o Sínodo afirmou a historicidade de Adão e Eva. V. 4. Disputas inúteis. Calvino também teve as suas disputas. Isto é o que ele diz: "Tudo o que não edifica deve ser rejeitado, mesmo que não tenha outra falha; e tudo que está a disposição, mas traz a contenda, deve ser duplamente condenado. E o mesmo deve ser dito para todas as perguntas de sagazes nas quais os homens ambiciosos exercitam as suas faculdades. Portanto, lembremos, que todas as doutrinas devem ser tratadas por esta regra, que aquilo que contribue para a edificação deve ser aprovado, e aquilo que der lugar à disputas sem valor pode ser rejeitado como inútil para a Igreja de Deus." Certamente, temos de aprender a pôr fim as disputas que não edificam a fé. Teve qualquer valor o desafio que fiz ao professor de Antigo Testamento? Edificou isto ao corpo de Cristo? Teve o assunto algo a ver com doutrinas essenciais da fé cristã? Se o primeiro Adão é um mito, não o é também o segundo Adão (Romanos 5.12-19)? Se o primeiro Adão era um super macaco, o que se pode dizer do segundo Adão? Um macaco supremo? Que diria o evolucionista quando estivesse diante do trono de juízo do Filho do Homem (Mateus 25:31)? “Jesus, por que não me deixa julgar, eu tenho cerca de 2.000 anos de processo evolutivo! Não deveria a raça superior julgar as raças primitivas? Temos ascendido ao trono de sabedoria superior, uma sabedoria que nem Jesus possuía? Um desastre ético monumental que está associado com a doutrina da evolução é a incrível matança do feto. A tendência dos evolucionistas é de não considerar que a origem humana começou com Adão. Isso pode levar à negação de que a vida humana começa na concepção8. Eles não considerariam as pessoas que não-nascidas como humanas. Então, eles não consideram o aborto do feto como matar seres humanos. Centenas de milhões de bebês foram abortados no século 20 e século 21, seja no mundo comunista ou no "mundo livre" sob a assinatura de uma ética biológica evolucionista. Somados à vergonha do aborto estão os resultados do pecado na vida pessoal; pecado no comportamento sexual irresponsável, pecado nas relações familiares, pecado no uso da espada pelo governo; pecado de falso testemunho e uma série de outros resultados do pecado. A única solução tem a ver com o problema do pecado. A salvação para isso é mortificar o pecado e dá à luz a um novo estilo de vida que edifica ao invés de destruir. Só através da fé em Cristo é que a vida da cultura florescerá. Vs. 5 O ESPÍRITO DA SÃ DOUTRINA É O AMOR Deves fazer assim para que o amor brote de um coração puro, de uma boa consciência e de uma fé sincera. A coisa mais fácil de acontecer fazer é ao nos opormos ao erro é a cair nos mesmos erros e pecados que aqueles que desafiamos. Em setembro de 2008 falei na Colômbia sobre temas relacionadas ao aborto. O público e os alunos tiveram a oportunidade de responder com testemunhos. Fiquei impressionado com a resposta positiva. Um homem assinalou que muitas (ele disse: a maioria) das crianças eram resultados de gestações indesejadas! No entanto, encontramos o nosso valor em Cristo! Uma senhora mostrou marcas em seus braços que mostravam que ela sobreviveu ao aborto. Como foi difícil para ela perdoar seus pais e não obstante, essa cura é encontrada em Cristo. Muitos estudantes estiveram envolvidos em ministérios nas ruas para alimentar e fazer amizades com milhares de crianças que vivem nas ruas da Colômbia. Alguns dos estudantes foram adotados e outros estão criando os filhos de outras pessoas. Oremos para que a resposta cristã ao mundo cheio de crianças não desejadas, crianças maltratadas, crianças nas ruas, mães desesperadas, maridos irresponsáveis; continue manifestando-se entre os estudantes do MINTS. A glória de Deus é vista no ministério a “um dos meus irmãos menores.” 8 Há evolucionistas que não crêem que a origem humana veio de Adão e Eva e, entretanto, se opõem fortemente ao aborto por uma variedade de razões. Vs. 6-7 FALSOS LÍDERES QUE TEM SE DESVIADO Os impostores são aspirantes a mestres com resultados contraditórios. O apóstolo adverte Timóteo sobre aqueles que falam palavras inúteis e sem sentido e querem ser mestres, que pensam que conhecem a lei, mas que não entendem seu significado ou as implicações destrutivas de sua desobediência à longo prazo. Sem dúvida ele se refere ao gnósticos que pensavam que tinham um conhecimento especial, uma relação especial com Deus através de seu conhecimento superior (6.20). No entanto, os princípios de rebelião é aplicada a todos os rebeldes. Na passagem seguinte (vs. 8-10) Paulo mostra como a falsa doutrina leva a falsa ética. Vs. 8 A LEI DEFENDE AO JUSTO E CONDENA O ÍMPIO A lei defende o justo. A lei tem um propósito para o homem bom e para o homem mau. Para o justo é um padrão pelo qual ele vive. A lei não salva o justo, porque o justo viverá pela fé em Cristo. A lei mostra o caráter de Deus e estabelece regras para que justo viva. A lei condena o ímpio. Para os maus a lei condena seus atos injustos. O apóstolo explica em detalhes os atos irreverentes dos ímpios. Esta lista inclui a violação de cada um dos dez mandamentos. Os teus mestres ensinam que os Dez Mandamentos não são para hoje? Normalmente, quando alguém menciona esta posição eu pergunto: “Com qual dos Dez Mandamentos você está tendo problemas para que você possa excluir todos os demais?” Você se incomoda com a exclusividade de “só Deus” no primeiro mandamento? Queres pendurar seus ídolos condenados no segundo mandamento? Você tem dificuldade para confessar o nome do Senhor Jesus Cristo como único Senhor? Você está comprometido com o serviço do culto e com o dia de repouso? Você está lutando contra a autoridade dos pais? Não considera o uso indevido de pesticidas como morte? Tem problemas para confessar suas atividades lascivas? Você está enganando o governo com seus impostos? Você tem um vazio no que diz respeito à verdade? O seu materialismo e comportamento obsessivo ditam a sua consciência? Se assim for, eu posso ver porque você tem um problema com os dez mandamentos. Mas o versículo 8 diz que a lei é boa se usada legitimamente. Então, vamos ser realistas sobre este problema, o problema não é a justa lei de Deus, mas o nosso injusto pecado. Os estudantes do MINTS na República Dominicana realizaram uma pesquisa entre os evangélicos e não evangélicos. A pesquisa abordou o conhecimento dos Dez Mandamentos. A primeira pergunta foi: Você conhece os Dez Mandamentos? A segunda pergunta era: Quais são os Dez Mandamentos? A terceira pergunta era: Você guarda os Dez Mandamentos? Pouquíssimos evangélicos disseram que conheciam os Dez Mandamentos. Ninguém pode citar os Dez Mandamentos. No entanto, muitos pensaram que estavam guardando os Dez Mandamentos perfeitamente. A resposta à primeira pergunta mostra que alguns entrevistados eram ignorantes. Eles disseram que conheciam os Dez Mandamentos entretanto, não os conheciam. A resposta à segunda questão mostra que alguns eram mentirosos. Eles disseram que sabiam os Dez Mandamentos, mas realmente não conheciam. A resposta à terceira pergunta mostra a tendência à arrogância evangélica. Embora tivessem mentido com respeito a conhecer os Dez Mandamentos, eles ainda disseram que os guardavam! Como é fácil a lei expor nossas injustiças! Não admira que somente podemos ser salvo pela justiça perfeita de Cristo. Vs. 9a UMA ILEGALIDADE QUE SE REBELA O apóstolo lista as seguintes características que mostram o coração do pecador. Esta atrocidade é manifestada nos falsos líderes: desordem e insubordinação, impiedade e pecados; e, irreverência e profanação. Desordem e insubordinação. O transgressor ou injusto conhece a lei, mas optam por não submeter-se a ela. Paulo afirma que o fruto ou resultado do pecado é: desordem. Cristãos hereges e apóstatas, historicamente, têm quebrado cada mandamento de Deus. O MANDAMIENTO DE DEUS TRANSGRESSÃO E INSUBORDINAÇÃO 1. Não terás outros deuses diante de Em vez de adorar a um Deus em três pessoas mim. como foi revelado por Jesus (Mt. 28:19-20), os hereges chamam ao Pai, Mãe; negam a divinidade de Cristo e ignoram ao Espírito Santo como uma pessoa divina 2. Não farás para ti imagem, nem Jesus é a imagem de Deus. Os idolátras semelhança alguma apresentam um Jesus cultural e humano. Ele é feito à imagem do observador. O papa da Igreja Católica Romana é visto como o vigário de Cristo na terra. Seus congregados têm que responder a ele como eles respondem ao Senhor. 3. Não tomarás o nome do Senhor teu Jesus disse, “Nem todos que me dizem Deus em vão Senhor, Senhor entrará no reino dos céus.” 4. Lembra-te do dia do sábado, para o Os Apóstolos permitiram a observação de santificar diferentes dias ou cada dia para a oração e descanso (Romanos (14:5-6). Os hereges condenam os cristãos que não respeitem um determinado dia 5. Honra a teu pai e a tua mãe Os hereges minimizam o autoridade dos pais em nome da liberdade cristã ou secular. Eles aconselham adolescentes a abortar sem informar os pais dos adolescentes. 6. Não matarás. Igrejas protestantes liberais como a Igreja Presbiteriana Unida, Igreja Metodista Unida, Discípulos de Cristo e a Igreja Episcopal nos Estados Unidos, permitem que os membros para façam o aborto, que é matar o feto. 7. Não adulterarás. As igrejas protestantes liberais permitem o concubinato, o divórcio não bíblico e até mesmo a união de homossexuais e lésbicas. 8. Não furtarás. Para que se usa o dízimo na igreja? As igrejas hereges e apóstatas usam o dízimo para propósitos hereges e apóstatas. 9. Não dirás falso testemunho contra o As igrejas estão dizendo a verdade ao teu próximo próximo? 10. Não cobiçarás O evangelho da prosperidade ensina seus paroquianos para doar dinheiro, a fim de receber as bênçãos espirituais e materiais. Eles ensinam os seus paroquianos a não serem gratos por aquilo que eles têm, mas a pedir mais. Impiedade e pecadores. Literalmente falando. Os falsos mestres são ímpios, ou seja, indiferentes a Deus. Na verdade, o que eles ensinam e praticam vão contra tudo o que Deus declarou com bom. Tenho ouvido sermões em igrejas protestantes, onde o pregador sistematicamente declarou exatamente o que o texto bíblico não afirma ou adverte. Assim, a Lei deve ser aplicada ao ímpio, incluindo aqueles que estão na igreja e nos púlpitos. Através da explicação da lei, o ímpio precisa ver a sua transgressão. No final do século 19, Abraham Kuyper era um aluno brilhante em um seminário liberal de Leiden, Holanda. Quando um dos professores fez uma negação estimulante da ressurreição histórica de Jesus, ele se juntou a seus colegas para bajular o herege. Ele era um excelente orador como um estudante e jovem pastor, mas permaneceu um pensador liberal. Em sua primeira igreja, uma mulher idosa chamada Neltje, parou de ir à igreja, assim ele resolveu visitá-la para perguntar por que ela parou de ir à igreja. Ela disse ao pastor que ele tinha que nascer de novo. Pela graça de Deus, essa admoestação foi usada para que o jovem Abraham nascesse de novo e se convertesse em um grande servo de Deus para reformar a Igreja Reformada, ao promover as atividades do reino nas áreas de educação teológica, missões, desenvolvimento da igreja, educação, organizações sociais, literatura cristã e política através de toda Holanda. Ele veio a ser primeiro-ministro dos Países Baixos. Agora, um século depois, a denominação que Kuyper ajudou a reformar voltou para o pecado e desordem. Os fiéis da congregação têm saído ou estão indo para outra denominação. Que o Senhor levante um novo Abraham Kuyper na Holanda! Impiedade e profanação. O fim da liderança pecaminosa é blasfemar contra Deus. A denominação que Kuyper ajudou a reformar agora tolera e o aborto, sexo antes do casamento, homossexualismo, lesbianismo, feminismo, eutanásia, Nova Era e outros pecados que você pode enumerar. E fazem tudo isso em nome de Cristo e do pluralismo tolerante. Paulo não ensinou a Timóteo a ser tolerante com o pecado ou a praticar o pluralismo ético e teológico na Igreja. O Corpo de Cristo não pode separar-se da verdade de Cristo. Vs. 9b. UMA ILEGALIDADE QUE MATA Doutrina ímpia leva a uma ética ímpia, boa doutrina leva a boa ética. Assassinos. Paulo menciona três tipos de assassinos: aqueles que matam sua mãe, seu pai e outros. Jesus havia profetizado que os cristãos seriam perseguidos, até mesmo por membros da sua família. O ódio por Deus é tão profundo que são capazes de matar os seus membros da familia em resposta ao ódio. Paulo sabia o que estava falando pois antes de sua conversão, ele tinha perseguido os cristãos novos (1.13, Atos 8:1). As pessoas no século 21 estão cientes do jihadista. Há muçulmanos que estão dispostos ao auto-sacrifício, a fim de matar um infiel. O cristianismo é o oposto. Os cristãos sacrificam suas vidas e estão dispostos a morrer nas mãos dos inimigos de Deus, com a finalidade de que os inimigos de Jesus possam ser salvos. Foi o que aconteceu a Saulo (agora Paulo). Antes de sua conversão ao cristianismo, ele consentiu com a morte de Estevão e perseguiu aos cristãos. Agora, como um homem transformado por Jesus, ele está disposto a dar a sua vida no serviço do Senhor para que outros possam conhecer a Cristo (1.15). As pessoas no mundo livre não matam membros da família, certo? Falso. Quantos membros não nascidos de uma família tem sido deliberadamente abortados? Um ancião em uma igreja conservadora me lembrou, "Cornelio, você não tem idéia de quantos pais sentados nos bancos aconselharam as filhas a abortar." Políticos Pró-aborto apoiaram o aborto com um sorriso americano e uma Bíblia em suas mãos . A transgressão que mata está viva e ativa entre aqueles que dizem que seguem a Jesus. Vs. 10a UMA ILEGALIDADE QUE PERVERTE Fornicadores e sodomitas. Paulo diz que os pecadores quebram o sétimo mandamento, "Não cometerás adultério." Paulo coloca os fornicadores e sodomitas na mesma categoria. Pornografia, adultério, homossexualismo, lesbianismo e todos os pecados que requerem arrependimento. No Sermão do Monte, Jesus assinala com exatidão a origem do pecado sexual e luxúria. Não só a relação sexual está pervertida, mas suas "consciências queimadas" também forçam a outros aprová-las. Nos Estados Unidos, um fotógrafo cristão não aceitou tirar uma fotografia com um casal de lésbicas. Ele foi levado ao tribunal e teve que pagar fiança de mil dólares. O evangelho da graça exige que os cristãos confesse os seus crimes, tais como o aborto. Paulo foi um assassino ou um cúmplice de assassinato também. Ele também consentiu com a morte de mártires cristãos. Ele confessou o seu pecado e viveu pela graça. Seqüestradores, mentirosos, perjuros. A lei diz: "Não furtarás, não dirás falso testemunho contra o teu próximo, não cobiçarás.” Quando Paulo fala dos seqüestradores se refere àqueles que vendem ou roubam escravos. Paulo está se dirigindo a prática vil do tráfico de escravos, onde famílias são separadas e escravos são vendidos por homens pervesos9. O ponto de vista de Paulo é apoiado por Êxodo 21.16. Na teocracia do Antigo Testamento, o seqüestro era punido com a morte. Isto condena todo o comércio Afro-americano de escravos, no qual os africanos foram seqüestrados na África para se tornarem escravos na Europa e no Novo Mundo. Ele também dirige aos mentirosos. Um mentiroso levanta falso testemunho, a fim de roubar ou prejudicar o seu próximo. O mentiroso não respeita a verdade ou os direitos dos outros. O perjuro, mente sob juramento. Tão grande era o ódio pelos cristãos que, se eles precisassem mentir para os romanos para matar cristãos, eles fariam isso. Paulo tinha experimentado isso (Atos 21.27-29 e 23.12-14). Mentem os cristãos de hoje sob juramento? Cada oficial das muitas igrejas cristãs fizeram um juramento diante do Senhor. Cada membro da igreja confessa crer e seguir a Jesus. No Último Dia, o Senhor nos considerará responsáveis por esses votos. "Como fizeste para um dos meus pequeninos, também o fizeste a mim". Paulo pagou o preço de permanecer firme pelo que é certo. Ele foi rejeitado e desprezado tanto por seus amigos como por seus inimigos. E ainda assim ele não abandonou o chamado e a responsabilidade de seu ofício apostólico. Isso também requer a aplicação do evangelho da salvação e graça. Mesmo o pior dos pecadores como Saulo, pode ser um grande mensageiro da graça de Deus. Vs. 10b A ILEGALIDADE QUE CONTRADIZ Contrário à sã doutrina. Como Paulo começou a falar sobre os impostores que ensinam doutrinas diferentes das que os apóstolos ensinaram (v. 3), ele conclui com o mesmo pensamento. Boa ética começa com boa doutrina que é exercida através de uma fé sincera, um coração puro e boa consciência, e é expressa em amor (v. 5). Os judeus incrédulos que perseguiam os cristãos até a morte, eram pessoas cuja razão de existir era viver de acordo com a lei de Deus. Mas eles se tornaram transgressores, a ponto de martirizar Jesus e Tiago e de perseguir os apóstolos. Sua transgressão começa com a rebelião contra o verdadeiro Deus e se expressa na rejeição dos ensinos apostólicos. Vs. 11 O GLORIOSO EVANGELHO Veja El Orígen y el desarrollo de las iglesias… de Cornelio Hegeman. Ali, o autor discute os resultados do envolvimento protestante no comercio de escravos. 9 Enquanto a Lei expõe a natureza vil do pecado, mesmo entre pessoas religiosamente equivocadas, o evangelho é a boa notícia gloriosa da salvação pela fé em Cristo. A bênção e o favor de Deus vem através da fé em seu Filho para a salvação. Somente em Deus nosso Pai e em Jesus Cristo, o Senhor, há graça, misericórdia e paz. CONCLUSÃO O apóstolo Paulo não perdeu tempo em expor os adversários do evangelho de Jesus Cristo. Ele coloca essas advertências no início de sua carta. Ele ensina o jovem Timóteo, de tal forma que seu discípulo entenderia porque os judeus não convertidos, os pagãos romanos, os filósofos gregos e os gnósticos místicos odeiam a doutrina apostólica. Todos os que rejeitam a doutrina apostólica, estejam dentro da igreja ou fora dela, se degeneram a um estado vil da transgressão, heresia e apostasia, uma condição que é comum no cristianismo hoje. PERGUNTAS SOBRE 1 TIMÓTEO 1:3-11 1. Qual é o sinal seguro de que um mestre na igreja está se desviando? 2. O cristianismo está baseado em fatos históricos ou em mitos lendários? 3. Que postura doutrinária Paulo recomenda para Timóteo? 4. A lei é somente para os ímpios? 5. Que relação tem a lei com o ímpio? 6. Quais são as caracteristicas principais do transgressor da lei? 7. Como se expressa a trangressão de “não matar” nas pessoas religiosas de hoje? 8. Como é expressa a trangressão da perversão sexual pelos protestantes de hoje? 9. Há algo que não ficou claro nessa lição? 10. Qual foi a lição mais importante que você aprendeu em 1 Timóteo 1:3-11? FOLHA DE TRABALHO EXEGÉTICO Texto: Título MÉTODO INDUTIVO: (Obtenha informação do texto bíblico) Textos de Referência. Como outros textos influem na leitura de nosso texto? 1.1. (etc.) Explicação de informação importante no texto - Palavras chaves e definições: - Observações gramaticais (estrutura da oração, variantes das leituras) - Figuras de linguagem (comparações, associações, representações) - Gênero literário: (evangelho, história, parábola, legal, poesia, profecia, provérbio, etc.) - Como o texto se relaciona ao contexto anterior e posterior? - Como o texto está relacionado ao tema do capítulo e ao livro em que se encontra? - O texto diz algo explicito o implícito sobre Deus ou sobre a salvação? - Método de tradução utilizada; - Há diferenças entre as versões da Bíblia? Quais são? - Autor humano. Como o conhecemos? - Que ocasião motivou o autor humano a escrever? - Audiência original para a leitura. Por que eles leriam o texto? - Contexto Geográfico: - Contexto Cultural, Social - Contexto histórico - Contexto religioso - Em suas próprias palavras: O que diz o texto e qual é o significado? Notas de comentário Identifique os ensinos principais do texto em apreço: 1. 2. 3. (outros) TERCEIRA LIÇÃO A IDENTIDADE DE UM LÍDER CRISTÃO EXPOSIÇÃO DE I TIMÓTEO 1:12-20 INTRODUÇÃO Paulo atribui a sua liderança ao chamado de Deus que tomou um perseguidor da igreja, e o transformou por graça, para fazer dele um exemplo da misericórdia de Deus e, usar o seu exemplo para glorificar ao Deus verdadeiro. O apóstolo enfatiza nesse texto, o encargo dado a Timóteo e lhe alerta sobre os líderes que se tornaram instrumentos de Satanás. Vs. 12 A FONTE DO CHAMADO E MINISTÉRIO DE UM LÍDER Paulo enfatiza a sua ascensão ao ofício cristão. Primeiro, ele foi chamado por Jesus Cristo, o Senhor. Em segundo lugar, o Senhor o capacitou. Em terceiro lugar, Paulo deve ser fiel ao chamado porque foi Deus quem o colocou no ministério. A origem do apostolado de Paulo e seu serviço ao Senhor Jesus não está nele mesmo ou na comunidade cristã, mas em Deus que revelou a si mesmo através de Jesus Cristo. Como o apóstolo atribui o seu serviço a Deus? Quando menciona "Jesus Cristo, nosso Senhor”. Aqui ele se distingue daqueles que rejeitam a Jesus Cristo como Senhor e Deus. Há muitos líderes cristãos e membros da igreja que são impostores. Simplesmente, eles não se submetem a Jesus Cristo como Senhor (kurios). Eles não acreditam que Jesus é Senhor e Deus. Quando eu preparava líderes cristãos entre os imigrantes haitianos na República Dominica, realizamos avaliações regionais para os candidatos a pastor. Perguntei a um candidato, se Jesus Cristo é Deus. Ele disse, “Sim”. Eu disse: “Vem cá, você acha que ele é realmente Deus?” Ele titubeu. Eu continuei: “Você não acha que é uma delaração exagerada?” Ele disse: “Eu acho que sim.” “Bem, você tem que esperar até à próxima revisão por não estar seguro de uma verdade central.” Felizmente, o irmão não teve que esperar um ano e passou em seu exame na prova seguinte e ele se tornou um líder muito frutífero. Anos mais tarde, quando eu estava visitando a República Dominicana, nos encontramos novamente e ele me recebeu com um grande sorriso. “Eu me lembro do que você fez comigo Cornélio, e era a coisa certa a ser feita”. O Senhor chama, capacita e fortalece. Se Deus te chama para o ministério, então, Ele também lhe dará os meios para cumprir teu chamado. Assim, quando nosso serviço ao Senhor se torna difícil e as pessoas respondem de forma negativa, temos de voltar à fonte da nossa vocação e fortaleza. Vs. 13 A CONFISSÃO DE UM LÍDER Paulo não escondeu os pecados de sua vida antes de se tornar um cristão. Ele também descreve a si mesmo como um blasfemador, perseguidor, e um homem violento ou insolente. Como blasfemo Saulo (o nome hebraico de Paulo) negou o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Ele achava que conhecia e defendia o verdadeiro Deus, mas ele estava totalmente equivocado. Saulo também foi um perseguidor. Ele perseguiu os novos crentes, os colocou na cadeia e consentiu que estes fossem assassinados. E ele foi também um homem violento. Ele maltratava os prisioneiros cristãos. Por tudo isso, Paulo também se considerou como o menor dos apóstolos, tendo negado o verdadeiro Deus e havendo perseguido a Igreja. No entanto, Deus o escolheu para ser um apóstolo aos gentios. A igreja primitiva teve problemas em aceitar o ex-perseguidor da igreja, mas o chamado de Deus e Sua graça é maior que o nosso medo, desconfiança e rejeição. Deus usou Paulo de todas as maneiras. Será que você e eu aceitaríamos um ex-assassino de cristãos como um missionário, pregador e mestre na nossa igreja? Provavelmente não. Essa pessoa teria que trabalhar fora da "igreja institucional" posto que a nossa autojustiça eclesiástica e moral muitas vezes excedem a graça e a justiça de Cristo. O consolo do líder cristão que tem sido chamado, capacitado e equipado por Deus é que Deus vai usá-lo no ministério (vs. 12), não pelo que ele foi quando não conhecia a Cristo, mas porque que ele está "em Cristo". “Mas alcancei misericórdia, porque agi por ignorância, na incredulidade” (v. 13). Esta não é uma desculpa ou auto-justificativa para o seu antigo estilo de vida pecaminoso. O apóstolo faz uma distinção entre a vida antes de ser cristão e a vida depois que tornou-se um cristão. Se Paulo tivesse sido um blasfemo, perseguidor e homem violento como um cristão, ele não teria sido considerado como um apóstolo. Em vez disso, o apóstolo descreve a causa da rejeição, que é a ignorância e incredulidade como um descrente. Um dos melhores exemplos que conheço de como um ex assassino tornou-se um mensageiro do Evangelho da vida é retratada no filme End of the Spear. O filme descreve os esforços de cinco missionários e suas famílias, tentando alcançar os índios Waodani no Equador, em 1956. Cinco dos missionários foram assassinados pelos homens da tribo. Um dos assassinos foi Mincayani, que foi depois convertido ao cristianismo e tornou-se amigo de Steve Saint, filho de um dos mártires. A história continua e mostra como os familiares dos mártires foram batizados pelos homens da tribo que se converteram. Um final comovente que mostra o poder do evangelho de Jesus Cristo. Vs. 14-17 APRENDENDO UMA LIÇÃO TEOLÓGICA Depois de confessar sua total dependência de Deus, Paulo lembra a seus leitores que a graça de Deus é mediante a fé e amor em Jesus Cristo, que nos humilha e nos faz modelos para que os outros vejam a graça de Deus e o glorifiquem por seu atributo glorioso. A graça do Pai vem através da fé e do amor em Cristo. A graça salvadora não é encontrada na natureza, em outras pessoas, nas religões ou em ritos sacramentais. A graça de Deus vem do Pai através da fé em Jesus Cristo. Os líderes cristãos que conhecem as doutrinas da graça podem ser transparentes, Deus conhece tudo. Para Paulo, ele foi o pior pecador que ele conheceu. É possível que houvesse outros que tenha matado mais cristãos, mas ele se considerava como o principal dos pecadores. Você é o pior pecador que conhece? Você se considera um pouco melhor do que outros pecadores? Ao dizer isto, você está dizendo que Cristo morreu por bons pecadores como você? Será que Jesus morreu por pessoas boas, inocentes e justas? R. C Sproul pergunta se é justo Deus permitir que o inocente sofra. Sproul nos lembra que se alguma vez existiu uma pessoa inocente, seria injusto para essa pessoa ter de sofrer os efeitos do pecado. Jesus foi o único inocente e totalmente justo que existiu e ele tomou o lugar dos pecadores na cruz com a finalidade de espiar nossos pecados. Sem embargo, depois que Paulo confessou sua condição pecaminosa, ele reafirma o evangelho de perdão em Jesus Cristo e compartilha com Timóteo que Deus o fez um padrão ou modelo para “os que haveriam de crer na vida eterna”. Se Deus perdoou a Paulo, ele pode perdoar a qualquer outra pessoa. Se Deus pode salvar-me, ele pode salvar a qualquer outro. Depois Paulo encerra com uma doxologia de adoração a seu Salvador e Senhor. Os pecadores perdoados são as pessoas mais felizes da eternidade. Depois que Paulo confessa seu crime terrível contra a igreja primitiva, ele diz, “assim (conectando a declaração de sua confissão do pecado com a confissão de esperança no Deus verdadeiro) ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém!” Que declaração! O mesmo Deus que o perdoou é o Deus de eternidade e glória. Apenas aquele que foi perdoado e aqueles que perdoam aqueles O glorificarão para sempre. Vs. 18-19a O ENCARGO DA BATALHA O velho apóstolo, que logo seria martirizado, é realista sobre a batalha Timóteo terá que enfrentar. "Prepare-se para lutar a batalha espiritual!" Temos que estar preparado para a batalha, esta é uma boa batalha e tem suas regras. Timóteo estava pronto para a guerra espiritual porque as profecias avisam sobre a existencia de tal batalha. Uma função da profecia é para alertar o povo de Deus sobre os perigos reais e espirituais. Os pregadores bíblicos precisam interpretar as experiências da Igreja à luz da Palavra de Deus. Para isto, precisamos está continuamente sob a pregação da Palavra profética de Deus. Como Timóteo deve entrar na batalha? "Firmando nelas (profecias), combate o bom combate”. A palavra profética de Deus é o nosso instrumento de batalha espiritual. A Palavra de Deus é a espada do Espírito. Precisamos aprender a manejar ou interpretar a Palavra de Deus com grande precisão. No entanto, como vemos quando Satanás estava tentando Jesus, ele pode citar as Escrituras também. Muitas das seitas estão baseadas em uma má interpretação da Palavra de Deus. Isto também é visto nas principais religiões do mundo. Cristãos, judeus e muçulmanos usam uma tradução ou versão do Velho Testamento. Mas o uso do Velho Testamento e a interpretação que alguns fazem são contraditórios com a suprema revelação de Deus em Jesus Cristo. Nem toda batalha é ruim. Paulo identificou a guerra espiritual como "bom combate". Da mesma forma que o governo civil deve se engajar em uma "guerra justa" contra os inimigos de seus cidadãos, assim também o líder cristão é chamado a lutar contra os inimigos da evangelho com a Palavra de Deus. A Igreja está pronta para ministrar e representar a Cristo em um mundo caído e quebrado? Estão os "principais dos pecadores", equipado com o evangelho da graça de Jesus Cristo, para pregar e praticar a graça, misericórdia e amor? Vs. 19b-20 UMA ADVERTÊNCIA SOLENE CONTRA OS REBELDES Os líderes apóstatas, aqueles que abandonaram o ensino de Cristo e dos apóstolos não podem se livrar da “vara e cajado: de Cristo”. Esses traidores não só deixaram e dividiram a igreja, mas Paulo diz que ele os entregou a Satanás. João Calvino interpreta isso referindo-se à disciplina ou a excomunhão de membros e líderes em questões de fé e doutrina. Os resultados do excomunhão são graves. Eles foram entregues ao engano e às formas destrutivas que Satanás usa. Eles são entregues à cultura de morte. Para que propósito? “a fim de não mais blasfemarem”. Mesmo aqui a graça de Deus é evidente. Deus usa essas medidas extremas para ensinar o pecador rebelde e a não blasfemar e a confessar a graça de Deus. CONCLUSÃO Os versos 12-20 nos mostram uma descrição gráfica de como a graça de Deus é maior do que o nosso pecado e um instrumento em nossa batalha espiritual. O idoso apóstolo "não torna fácil a vida" de seu jovem discípulo, mas ele usa a sua própria vida, bem como os desastres dos líderes apóstatas para deixar claro a Timóteo que a graça de Deus não é barata e há conseqüências para a forma como respondemos a Deus. PERGUNTAS SOBRE 1 TIMÓTEO 1:12-20 1. Como o versículo 12 mostra que o ministério de Paulo está controlado por Deus? 2. Você conhece algum exemplo de como um perseguidor da igreja se converteu em um líder cristão? 3. Que razões Paulo deu para explicar sua perseguição aos cristãos? 4. Você está de acordo com a opinião do autor sobre a expressão “o principal dos pecadores?” 5. Uma pessoa com o passado igual ao de Paulo seria bem vinda para ministrar em sua igreja? 6. Como Deus usou o passado pecaminoso de Paulo? 7. Que batalha espiritual Timóteo está encarando? 8. Quais as duas qualidades que Timóteo precisa apresentar a fim de lutar a batalha espiritual? 9. Como João Calvino interpreta a expressão “os entreguei a Satanás?” 10. Qual a principal lição que você aprendeu ao estudar esta passagem? FOLHA DE TRABALHO EXEGÉTICO Texto: Título MÉTODO INDUTIVO: (Obtenha informação do texto bíblico) Textos de Referência. Como outros textos influem na leitura de nosso texto? 1.1. (etc.) Explicação de informação importante no texto - Palavras chaves e definições: - Observações gramaticais (estrutura da oração, variantes das leituras) - Figuras de linguagem (comparações, associações, representações) - Gênero literário: (evangelho, história, parábola, legal, poesia, profecia, provérbio, etc.) - Como o texto se relaciona ao contexto anterior e posterior? - Como o texto está relacionado ao tema do capítulo e ao livro em que se encontra? - O texto diz algo explicito o implícito sobre Deus ou sobre a salvação? - Método de tradução utilizada; - Há diferenças entre as versões da Bíblia? Quais são? - Autor humano. Como o conhecemos? - Que ocasião motivou o autor humano a escrever? - Audiência original para a leitura. Por que eles leriam o texto? - Contexto Geográfico: - Contexto Cultural, Social - Contexto histórico - Contexto religioso - Em suas próprias palavras: O que diz o texto e qual é o significado? Notas de comentário Identifique os ensinos principais do texto em apreço: 1. 2. 3. (outros) QUARTA LIÇÃO ORAÇÃO E RESPONSABILIDADE ESPIRITUAL EXPOSIÇÃO DE 1 TIMÓTEO 2:1-15 INTRODUÇÃO O segundo capítulo de 1 Timóteo tem sido um tema de muita controvérsia, especialmente no que se refere ao papel das mulheres na igreja. Um exame aprofundado do contexto do capítulo mostra que a ênfase principal não está no papel dos homens ou das mulheres na sociedade, mas no papel do homem ou mulher na oração e sua posição na sociedade de Deus, a igreja. 1 Timóteo 2:1-7 ensina ao jovem Timóteo da igreja de Éfeso, bem como aos cristãos contemporâneos a orar pelo governo para que haja estabilidade e o evangelho possa ser pregado a todos, tanto judeus como gentios . Os versos 8-15 formam uma afirmação teológica sobre a relação entre irmãos e irmãs na igreja. Vs. 1 ORAÇÕES POR TODAS AS PESSOAS Quatro tipos de sentenças ou quatro dimensões da oração são mencionadas pelo apóstolo Paulo. Cada uma dessas dimensões da oração deve ser aplicada ao orarmos pelo governo. Súplicas. A oração é o meio pelo qual pedimos a intervenção de Deus. Os cristãos devem orar para que seja feita a vontade de Deus. Eles devem orar de acordo com a Palavra revelada de Deus. Calvino observa que as súplicas apresentam uma necessidade especial diante do Senhor. No contexto da oração pelo governo, isso pode ser que a petição de que o governo libere Paulo ou que Paulo tenha um julgamento justo, ou entre outras coisas, para parar a perseguição à comunidade cristã. Mas vai além disso. Envolve oração pelo bem-estar tanto da Igreja e da sociedade para que o Evangelho possa continuar sendo difundido. Fazer uma súplica a Deus é diferente de dar ordens a Deus. Deus não pode ser comandado, como Satanás deu-e conta quando tentou Jesus. Deve-se distinguir entre fazer súplicas e fazer “declarações”. Há alguns que pensam que podem declarar a Palavra de Deus em ação baseados em uma promessa ou princípio da Bíblia. Tanto dar ordens como declarar vão além do âmbito da oração, que é essencialmente um apelo de um servo indigno ante o Rei do universo. É a súplica de um filho pródigo ao Pai Celestial. Literalmente significa “mendigar.” No mundo antigo, as pessoas oravam com a cabeça inclinada para o chão. Alguns cristãos humanistas e capitalistas são orgulhosos demais para mendigar ante Deus. No entanto, quando você está ministrando a "todos os homens" bem como a "a uns dos meus pequeninos irmãos" que estão sem comida, água, abrigo, roupas, justiça, proteção e as necessidades básicas da vida; você aprende rapidamente como “mendigar” por outros! Como você pode ver, tudo depende de: para que e por quem está orando? Nas palavras de Martinho Lutero, "é verdade, somos todos mendigos." A oração é um mendigo orando por outro mendigo para que ele tenha a próxima refeição de graça. Um dia todos compareceremos perante o Filho do Homem. Então, ser levado em conta a nossa mendicância e a nossa ação por "todos os homens" e "o pequenino irmão." Oração não é pedir o que você merece ou quer, mas pedi pela graça que você precisa para glorificar a Deus nesta vida. Paulo instruiu a igreja primitiva a orar por paz e estabilidade para que todos os homens possam ouvir o evangelho. Ele instrui a igreja a orar pelos perseguidos. Não só orar por paz e estabilidade para todos os homens, de todas as esferas da vida, mas para que eles possam ouvir e crer no evangelho. Nós oramos por aqueles que enfrentam necessidades especiais. Portanto, a crença verdadeira de quem é Deus e quem somos nós começa com a oração. Por conseguinte, nossa crença ortodoxa leva-nos ao ministério e ação missionária peos perdidos e necessitados. Quando oramos para "todos os homens", independentemente da sua etnia, idioma ou classe social, nossa vida de oração mudará. Nossos olhos se abrirão para considerar as necessidades dos outros. Nossa consciência do mundo crescerá. Nossos corações serão carregados e nossas orações serão direcionadas para alcançar os outros com o evangelho. Então oremos com fervor para que Deus "me envie" e "me use" para alcançar a todos os homens em todo o mundo. A paixão global pelo evangelho começa em uma vida de oração em que levo a palavra de Deus a sério. (Deus) "deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade." Se estamos orando para “um pequenino irmão” nossa oração mudará radicalmente das coisas que queremos para as coisas que ele precisa. Quando o conhecimento da ovelha perdida do Pastor e a aguda necessidade do povo de Deus me alcançam, isso leva meu coração regenerado a uma oração apaixonada. A verdadeira oração une minha alma e corpo à vontade de Deus. Eu sei que o Bom Pastor ama as suas ovelhas e envia servos e mensageiros para resgatar aos perdidos e servir aos necessitados. A verdadeira oração conduz a uma missão autêntica. Eu sei disso e por fim, dentro de meu interior devo ser redirecionado radicalmente a ser um mensageiro e servo das ovelhas perdidas e necessitadas. Devo mendigar a Deus para que Ele “me encha e me use”. Você já se converteu em um mendigo para Deus? Se esse não for o caso, então você não sabe nada do ministério ou de missões. A paixão de sua vida de oração é o ministério e missão para todas as pessoas e para "meus pequeninos irmãos"? Orações. Isso se refere à prática geral de orar em todo tempo10. O cristão deve orar sem cessar. Ele vive em um ambiente espiritual de oração. O cristão não deve deixar de orar pelo governo, ainda que este esteja perseguindo a igreja. Os cristãos devem procurar oportunidades para orar pelo governo. Por esta razão, o cristão presta atenção às responsabilidades do governo e o apresenta perante o Senhor. É imprescindível que se faça orações contínuas pelas ovelhas perdidas e necessitadas. Orar para que Deus levante um grande exército de mensageiros e servos para ministrar às ovelhas perdidas e necessitadas. Orar para que não fiquemos satisfeitos tão somente em orar. Devemos lembrar que Deus nos chama, nos envia e nos usa para a Sua glória ao responder a nossa oração. Intercessões. A oração envolve apresentar outras pessoas diante de Deus. Essa era a prática do dos sacerdotes do Antigo Testamento que representavam Deus ao povo de Deus e também apresentaram as necessidades do povo diante de Deus. Jesus é nosso intercessor divino perante Deus, o Pai (Hebreus 7.25) e o Espírito Santo intercede por nós diante de Deus ao trabalhar em nosso espírito (Romanos 8.27). Embora os reis e governantes não creiam e não orem ao Deus verdadeiro, o povo de Deus deve servir como sacerdotes pela nação, pedindo a Deus que as condições sociais sejam favoráveis para que os cristãos possam viver uma vida estável, em busca da piedade e santidade; e com condições de pregar aos outros para que eles possam conhecer a verdade de Jesus Cristo. A intercessão de Cristo e do Espírito são suficientes para que a oração do crente seja ouvida. Calvino bem expressou que os ensinamentos da Igreja Católica sobre a intercessão dos santos no céu desviam a atenção do crente de Cristo para os santos. A idéia de que Jesus está muito ocupado e por isso Maria e os santos precisam interceder não tem base bíblica e descreve Jesus como um intercessor impotente. Na oração do Pai Nosso, Jesus instrui seus discípulos a orar diretamente ao Pai. Hendriksen, op.cit., p. 92. “Me aventuro ao pensamento de que ela (a oração) se refere às petições para que Deus supra as necessidades que sempre estão presentes em contraste com súplicas em situações específicas”. 10 Ação de Graças. Nenhuma oração é completa sem ser saturada com o elemento da gratidão11. Que privilégio Jesus dá aos seus discípulos quando os convida a falar diretamente com o pai celestial. Temos de reconhecer as bênçãos de Deus e dar graças por cada um delas. Uma vez que o contexto do versículo 1 é que os cristãos devem orar por seus governantes, então os cristãos devem agradecer a Deus quando há paz e estabilidade e pedir a Ele se tais condições não estiverem presentes. A única responsabilidade de um cristão na sociedade é a de orar pela sociedade onde Deus o colocou. Somente os verdadeiros cristãos oram autenticamente ao verdadeiro Deus para que seja feita a vontade de Deus na sociedade. Os verdadeiros cristãos são geralmente um remanescente na sociedade e por isso são chamados para o cargo mais alto na sociedade, o de orar pelo governo divino de Deus nos governos humanos. Você vai ouvir tais orações de pregadores fiéis nos púlpitos de igrejas fiéis. Vs. 2 ORAÇÃO PELAS AUTORIDADES GOVERNAMENTAIS Vários grupos de pessoas são mencionados nos versículos 1-2 em relação à oração: todos os homens, reis, os que se acham investidos de autoridade e o cristão que ora. Há pelo menos quatro posições sobre como definir "todos os homens" no versículo 1. 1) “Todos os homens” é uma referência a cada indivíduo no mundo 2) “Todos os homens” refere-se aos reis e a todos os que estão em autoridade 3) “Todos os homens” refere-se a todo tipo de pessoas 4) “Todos os homens” refere-se somente aos eleitos que estão orando A posição (1) é não é consistente com o uso de "todos os homens" no resto do Novo Testamento12. A posição (2) não faz sentido no contexto do encarceramento de Paulo e da . Ibid, p. 93. A ação de graças “completa o círculo, para que assim, as bênçãos que vem de Deus retornem de novo a ele na forma de gratidão expressa”. 12 Ibid. “Varios expositores asseveram que isto significa cada membro de toda a raça humana; cada homem, mulher e criança, sem exceção alguma. E deve-se admitir que tomada por si mesma a expressão “todos os homens” pode ser assim interpretada. Entretanto, cada intérprete calmo e imparcial também admite que, em certos contextos, este, simplemente, não pode ser o significado. Tito 2.11, realmente ensina que a graça salvadora de Deus se tornou manifesta a cada membro da raça humana sem exceção? É claro que não! Pouco importa se alguns interpretam “a manifestação da graça salvadora” como se referindo à outorga da salvação, ou ao fato de que o Evangelho da graça salvadora já foi pregado a cada pessoa na terra. Em qualquer dos casos é impossível de fazer com que “todos os homens” signifique “cada individuo na terra sem exceção. E Romanos 5.18, ensina que “todos os membros da raça humana” são “justificados”? A intenção real de 1 Co 15:22 é de nos dizer que “cada membro da raça humana” é vivificado em Cristo? Se essa é a verdade, então segue que Cristo não apenas morreu por cada membro da raça humana, mas que ele também, de fato, salvou cada membro sem exceção alguma. A maioria dos conservadores não iria tão longe. Além disso, se cada vez que ocorrer a expressão “todos”, ou seu equivalente, tenha esta conotação universalista absoluta, então o que segue não seria verdade? 11 perseguição da igreja. A posição (3) é verdadeira no sentido de que os cristãos devem orar por cada classe de pessoas não-cristãs. A posição (4) é tomada por aqueles que interpretam "todos" que aparece nos versículos 1, 4, e 6 como se referindo somente aos eleitos. É sábio não forçar o significado dos quatro usos de "todos" nos versículos 1-6. É melhor examinar cada texto com seu próprio mérito e, em seguida, usar o contexto como um ponto de referência. USO DE “TODOS” E DIFERENTES INTERPRETAÇÃO “HOMENS” INTERPRETAÇÕES PREFERIDA E EXPLICAÇÃO Vs. 2 “todos os que estão em autoridade” #1. Cada indivíduo #2. O texto é explicito e o #2. Governantes e contexto se refere ao Autoridades problema que os cristãos #3. Cada tipo de pessoa podem estar tendo ao orar #4. O crente pelas autoridades que lhes estão perseguindo. Vs. 4. “Que quer que todos #1. Cada indivíduo #3. O texto não é explicito. os homens se salvem”. #2. Governantes e Posto que o contexto está Autoridades falando da relação dos #3. Cada tipo de pessoa cristãos com as autoridades #4. O crente governantes, quem eram gentias (vs. 7), isto está de acordo com a grande comissão de evangelizar a todas as pessoas Vs. 5. “um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” #1. Cada indivíduo #4. No Antigo Testamento #2. Governantes e os sacerdotes foram os Autoridades mediadores por aqueles que #3. Cada tipo de pessoa buscavam mediação. Nem #4. O crente toda pessoa busca a a) Cada membro da raça humana considerou João Batista como um profeta (Marcos 11.32); b) Cada membro da raça humana se questionou se Jão, era, talvez o Cristo (Lucas 3.15) c) Cada membro da raça humana se maravilhou com respeito ao endemoninhado gadareno (Marcos 5.20) d) Cada membro da raça humana estaba buscando a Jesus (Marcos 1.37) e) Disseram a João Batista que todos os membros da raça humana estavam vindo a Jesus (João 3.26) mediação de Jesu Cristo, somente os crentes o fazem. Vs. 6. “em resgate por #1. Cada indivíduo #4. Jesus Cristo pagou o todos” #2. Governantes e resgate para tornar seu povo Autoridades livre das acusações de #3. Cada tipo de pessoa Satanás, do poder do #4. O crente pecado e da penalidade do pecado. Nem todos pensam que precisam ser resgatados. A questão da I Timóteo 2: 6 não é sobre a salvação universal, mas sobre a evangelização universal. Tem a ver especificamente com orar pelas autoridades governamentais que não eram cristãs e que perseguiam a igreja, para que Deus interviesse e permitisse estabilidade para que o evangelho de Jesus pudesse ser compartilhado com todos na sociedade, tanto judeus como gentios. Calvino diz que os cristãos têm negligenciado as orações pelo governo posto que os romanos eram conhecidos por perseguir os cristãos. Paulo está ensinando a Timóteo a orar por aqueles que o colocaram na prisão e logo o martirizariam. Os cristãos devem orar pelo restabelecimento da paz e da estabilidade e para que assim o evangelho possa ser levado a todo o mundo. No entanto, Calvino vai um passo adiante e seu posicionamento traz complicações. “O segundo resultado é a preservação da piedade, isto é, quando os magistrados se dão para promover a religião, para manter a adoração a Deus, e cuidar para que as ordenanças sagradas sejam observadas com a devida reverência.” Enquanto Paulo fala sobre a oração pelo governo, Calvino quer que o governo "promova a religião, mantenha a adoração a Deus e cuide das ordenanças sagradas." Essa visão levou a tantos abusos da parte de católicos romanos, coptas, ortodoxos e protestantes que cristãos do século 16 tiveram que propor a separação entre os poderes do governo dos assuntos da Igreja. É melhor voltar para o mandato apostólico de orar pelas autoridades governamentais em vez de dar autoridade aos governantes sobre os assuntos de religião no Estado. A separação entre igreja e estado não significa separação do Estado da moralidade cristã. Os cristãos devem promover a doutrina cristã e a moralidade na sociedade e ainda mais. O poder da oração sacerdotal pode iluminar o nosso caminho para a evangelização, e também para a responsabilidade social. O apóstolo nos assegura que Deus é soberano sobre toda a sociedade e ele quer que oremos como parte de nossa responsabilidade social. Vs. 3-4 O PROPÓSITO DE DEUS NA ORAÇÃO Há três propósitos relacionados com a oração expressa nos versos 3-4. Estes são: 1) influência social: orar pelos governantes para que o cristão possa desfrutar de tempo de paz social, para que vivem vidas santas; 2) evangelismo: orar pela salvação de todos os homens, judeus e cristãos; 3) proclamação e testemunho. Orar para que os incrédulos venham a conhecer a verdade. Paulo em breve será executado pelo governo romano. No entanto, ele exorta os cristãos a orar por todas as autoridades governamentais. Paulo e as orações da igreja não pararam a perseguição aos cristãos, mas ajudaram os cristãos a levar o evangelho aos seus perseguidores. Nem em 1 Timóteo nem em qualquer parte da Bíblia, Paulo convida os cristãos a protestar, se revoltar ou até mesmo a votar. Não foi revolta, protesto ou democracia que deteve a perseguição e, eventualmente, causou a queda dos perseguidores romanos. A função social constante do cristão é orar, evangelizar todos os homens e apelar para o Pai através de Cristo, misericórdia e graça. O compromisso dos cristãos na sociedade deve ser conduzido e motivado pela oração. Ainda que a oração pública nas instituições esteja proibida em muitos países comunistas e também democráticos, ninguém pode impedir o cristão de orar constantemente, em segredo, dentro dessas instituições públicas. O cristão deve exercer o seu papel sacerdotal na sociedade e para a sociedade. Pode ser que o cristão seja a única pessoa cristã no escritório, em canteiros de obras ou na sala de aula, mas isso não deve detê-lo de orar pelos trabalhadores, estudantes, professores e governantes da sociedade. Deus tem uma ótima maneira de se infiltrar em todas as áreas da sociedade com seus agentes de oração. A oração não significa estar satisfeito em face do mal. Os mártires da Igreja primitiva se retiraram da cultura e pagaram o preço máximo por permanecer firmes na verdade de Sua palavra. Para eles e para os mártires ao longo da história da igreja devemos a tradição de resistência não-violenta, a liberdade de expressão, separação entre Igreja e Estado e pluralismo religioso na sociedade. A resistência não-violenta foi empregada pela comunidade da igreja primitiva ao desobedecer aos decretos de César de chamá-lo Senhor e continuar seus cultos de adoração honrando a Jesus como Senhor. A igreja cristã primitiva estava separada tanto do Estado judeu como do gentio. Foi apenas no século 4, que o cristianismo se tornou uma religião de Estado em Roma. A isto chamamos a Constantinização da igreja, porquanto o Imperador Constantino fez a declaração de que o cristianismo era uma religião do Estado. Ao tempo em que os romanos pagãos pararam a perseguição contra a igreja; dentro da Igreja Católica Romana começou o profano ofício da Inquisição, e assim a Igreja Católica Romana começou a perseguir os seus inimigos. Não foi senão até o movimento de independência nas Américas, que culminou com a independência dos Estados Unidos em 1776, que a doutrina da separação entre Igreja e Estado foi implantada de forma regular. O pluralismo religioso, o conhecimento, a coexistência de uma variedade de grupos religiosos na sociedade é uma necessidade social13. A diversidade ajuda a não permitir que um grupo religioso se torne culturalmente dominante. Ele também garante que os não-cristãos, que precisam que por eles oremos e evangelizemos, morem perto e ao alcance de nossa oração e de nossos esforços evangelísticos. Como mencionado anteriormente, orar pelos governantes e por tempos de paz está relacionado com alcançar todos os povos. O evangelho tem uma direção para fora. Na vida de oração do cristão devemos nos concentrar nos de fora. Então, quando oramos por nossos vizinhos, estamos também lhes levando a mensagem de salvação que só pode vir através do mediador para o homem, o Jesus Cristo homem. Finalmente, devemos orar para que cada pessoa na sociedade encontre o conhecimento da verdade. A verdade vem através do conhecimento e o conhecimento por meio de ouvir, aprender e crer. Vs. 5-6 O PAPEL DE DEUS NA ORAÇÃO Nem toda oração é a oração verdadeira. A verdadeira oração é feita apenas para o verdadeiro Deus. O verdadeiro Deus é um Deus em três pessoas: Pai (1:2), Filho (1:1) e Espírito Santo (3:16, 4:01, 4:12). As orações feitas a pessoas, relíquias religiosas, santos, 13 Devemos fazer diferença entre o pluralismo religioso na sociedade e o pluralismo religioso dentro da igreja. O pluralismo na sociedade é necessário para a coexistencia de grupos de pessoas. O apóstolo Paulo não está ensinando pluralismo teológico dentro da igreja cristã, mas a uniformidade religiosa em asuntos de ensino apóstolico. demônios e ídolos são falsas. As orações falsas são como discar um número errado. Quando você disca um número errado, você pode conversar com alguém, mas não é a pessoa com que você pretendia falar. Jesus ensinou e convidou seus discípulos a orar diretamente ao Pai santo e divino. "Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome" (Mateus 6:9). Crendo no Pai, o Senhor Jesus nos assegura que nós pertencemos ao Pai (Pai Nosso). O trono do Pai está nos céus, e não em um santuário de sacramentos da igreja ou no espaço sideral. O Pai é santo. Como um Deus santo, Deus está separado do pecado e completamente dedicado à sua glória. A santidade de Deus se apresenta ao crente com um problema que ele não pode resolver. Todos os crentes são profanos por causa do pecado e Deus não pode aceitar o pecado. Somente um Deus soberano, por graça, pode oferecer uma solução para o problema. A solução que o Pai oferece é a de enviar Seu Filho como resgate pelos pecadores. O Filho de Deus se tornou nosso substituto e mediador para os crentes ante Deus Pai. Ele fez isso para oferecer a si mesmo como resgate a Deus Pai. Paulo diz que Jesus é "o nosso mediador." Os cristãos não precisam de hierarquia de mediadores na terra, nas regiões sobrenaturais nem diante do trono. Um mediador é suficiente. O comentário de Calvino no versículo 5 é bastante claro. O que podemos dizer sobre os evangélicos no século 21? Há muitos falsos religiosos que infundem medo nos crentes novos e que se oferecem para interceder como algo mágico entre Deus e o crente. Isso é só possível porque o crente imaturo não sabe que há um mediador, Jesus Cristo, a quem os fiéis estão ligados pela fé. A razão pela qual Jesus Cristo é o único mediador é que ele, como o nosso único Sumo Sacerdote, fez o sacrifício supremo e pagou o maior resgate com seu sangue. Os sacerdotes católicos, pregadores e evangelistas protestantes não fizeram nada parecido. Há somente um que pode ser mediador entre o Pai e nós. O resgate de Jesus foi feito ao Pai, não a Satanás. Deus não deve nada a Satanás. Satanás não pode oferecer nada ao crente que seja santo. A única esperança que a pessoa profana tem é receber a graça de Deus. A solução para a profanação do homem pode ser encontrado somente em Deus. O resgate é para todos. Nós gastamos um tempo considerável tentando entender o uso de "todos" no versículo 1, 2, 4 e 5. Será que isto se refere a todas as pessoas em geral ou identifica todos os tipos de pessoas que se beneficiariam do resgate? Jesus apresentou seu resgate ao Pai por Seu povo ou por cada indivíduo no mundo? A oração de Jesus ao Pai coloca isto em perspectiva. “Tendo Jesus falado estas coisas, levantou os olhos ao céu e disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique a ti, assim como lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste”. (João 17:1-2). Charles Wesley resume isto em um hino: Vocês pecadores resgatados, escutem Os prisioneiros do Senhor E esperem até que Cristo apareça De acordo com a Sua Palavra: Alegrai-vos na esperança, regozijem-se em mim. Alegrai-vos na esperança, regozijem-se em mim. Seremos livres de todos os nossos pecados Em Deus colocamos a nossa confiança Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo, De todas as nossas injustiças Nos limpa, a você e a mim; Nos limpa, a você e a mim; Seremos livres de todos os nossos pecados. Vs. 7 O PAPEL DE PAULO NA ORAÇÃO Qual é o propósito do versículo 7? É a declaração final dos versos 1-6. Temos mencionado o uso de "todos" nos versos 2, 4, 5, 6. No versículo 7 Paulo coloca o “todos” no contexto. Ele é o apóstolo, não só dos judeus, mas também dos gentios. Sim, os cristãos devem orar pelas autoridades e pela sociedade de pagãos romanos e gentios que os estão perseguindo, blasfemando do verdadeiro Deus, rejeitando o evangelho e que logo executará o apóstolo Paulo. Há uma expressão que diz: “você não tem uma oração”. Isso significa que há pouca chance de que as coisas vão sair como você quer. Paulo parece ter esse ponto de vista. No entanto, Paulo está ensinando a Timóteo e a nós que em todas as circunstâncias os cristãos devem orar. A circunstância não determina a nossa vida de oração, mas a nossa vida de oração afeta a forma como lidamos com nossas circunstâncias. Além de ser um guerreiro de oração, parte do sacerdócio de todos os crentes, Paulo também se identifica como um arauto, apóstolo e mestre. Como arauto ele proclama e anuncia a mensagem de seu Rei. Como apóstolo ele foi enviado como embaixador e representante de Jesus para escrever a Escritura, ensinar a doutrina apostólica, estabelecer a igreja e dar testemunho da ressurreição de Jesus. Como mestre, ele se denomina como “mestre dos gentios na fé e na verdade”, sabendo que os não-judeus ainda não haviam recebido o evangelho e que eles precisam crer em Jesus Cristo para a salvação. Vs. 8 O PAPEL DO IRMÃO NA ORAÇÃO Paulo se dirige aos homens das igrejas. Ele quer que todos orem em vez de brigar! (sem raiva e sem animosidade). Líderes da Igreja tomem nota! Quando a discussão fica quente e os ânimos se acendem, é aconselhável parar e orar ante o problema que enfrentamos. É melhor colocá-lo nas mãos do Senhor do que nas nossas. No entanto, o apóstolo também pode estar falando também como a oração pública diz respeito aos assuntos públicos. O irmão pode ter usado um argumento caloroso sobre como responder aos governantes romanos que lhes estão perseguindo. Novamente a idéia é “levar a Deus em oração”. Devemos fazer isso por que as orações mudam as coisas? A oração faz com que Deus atue? Calvino nos dá uma perspectiva equilibrada sobre tais assuntos. “O argumento essencial se mantém válido, da fé à oração e da oração à fé, seja que raciocinemos da causa para o efeito ou do efeito para a causa. Isto é digno de observação, porque nos lembra que Deus se releva a nós no mundo, que podemos clamar a ele, e isto é o principal exercício da nossa fé”. A oração não é apenas para os ministros ordenados, todos os homens devem levantar as mãos e orar. O sacerdócio de todos os crentes é para todos os crentes e os homens devem assumir a liderança. Novamente, o segundo capítulo enfatiza a natureza de “todos”. Todos os homens devem orar pelos governantes, porque o desejo de Deus é que todos os homens sejam salvos. O homem é chamado a ser o líder espiritual do casamento, da casa e da igreja. Muitas vezes, 1 Timóteo 2 é usado para argumentar a favor ou contra as mulheres que têm autoridade sobre os homens. Muitas vezes a mensagem do versículo 8 é negligenciado, posto que Paulo ensina que homens e mulheres devem orar em comum. Depois, nos versículos 9-15, há uma série de lições para diferentes papéis de homens e mulheres. Tanto os homens quanto as mulheres devem estar envolvidos em oração e cada um tem seu papel especial e complementar ao interagir uns com os outros e trabalhar juntos na igreja. Vs. 9 A ESPIRITUALIDADE DAS IRMÃS "Da mesma forma" (quero: NVI). O apóstolo também fala às mulheres sobre a oração14. Como os homens devem orar sem disputas as mulheres devem orar sem vaidade. Qualquer comunidade cristã estará bem servida se conhece a fraqueza dos homens (ira) e debilidade das mulheres (vaidade). A solução é orar reconhecendo honestamente esses traços pecaminosos e orar a Deus para nos perdoar e nos restaurar. Eu acho que essa é a chave para entender as questões de contenda abordadas no restante da passagem. O apóstolo instrui as mulheres a realçar a beleza de servir os outros em vez de chamar a atenção para si mesmas. Paulo está tratando um problema particular ao lembrar às irmãs a regra de ouro “amarás o teu próximo como a ti mesmo." É mais bonito dar prata, ouro, roupas e ajudar aos outros em suas necessidades do que mimar-se com as coisas que você deseja. Os versos 8-9 propõem os verdadeiros assuntos que Paulo estava tratando ao relacionar o papel dos homens e das mulheres na igreja de Éfeso. Os homens estavam irados, as mulheres eram vaidosas e Paulo agora quer explicar-lhes biblicamente por que isso acontece e como eles podem responder de uma forma espiritual. Até agora nós aprendemos que devemos orar pelos outros e mostrar amor pelos outros15. Paulo agora passa a explicar como o crente restaurado precisa evitar os pecados do passado. Vs. 10 – 15 A COOPERAÇÃO DAS IRMÃS I Timóteo 2:11 quase encabeça a lista de "erros de política cultural" na sociedade ocidental. A hermenêutica feminista de libertação iguala a submissão à dominação masculina e à injustiça social. O homem machista é visto neste versículo como uma fonte de controle. Então, quem vai quebrar o laço? O versículo 11 é um ensinamento apostólico sobre a submissão no relacionamento cristão entre marido e mulher e irmãos e irmãs espirituais. A verdadeira libertação vem com O comentário de Calvino: “como ele impõe aos homens levantar mãos santas, assim também ele prescreve a maneira de as mulheres se prepararem para a oração”. 15 William Mounce, op. cit., p. 148. 14 uma submissão mútua e de fidelidade à obediência de Cristo16. Essa verdade milita contra a insubordinação, bem como a dominação e o machismo. Além da dominação masculina e os desvios da libertação feminista, a cultura contemporânea levou o igualitarismo a uma mistura. Argumenta-se que de acordo com Gálatas 3:28 que "todos devem ser um em Cristo Jesus." Será que a unidade da qual Paulo fala em Gálatas contradiz os seus ensinamentos em 1 Timóteo 2:11? Não é bem assim, se você interpreta as Escrituras com as Escrituras (e Paulo com Paulo, neste caso). Gálatas fala sobre como os cristãos deveriam ser um só em Cristo, independentemente do status social, raça ou gênero. Gálatas não fala do papel de esposas e maridos, mas sobre a salvação. 2 Timóteo 2:11-14 fala sobre os papéis de maridos e esposas no casamento e do relacionamento entre irmãos e irmãs na igreja. Uma das conseqüências de se ignorar os ensinamentos dos apóstolos é que a pecaminosidade da queda e suas manifestações nos visitarão e repetiremos o pecado de Adão e Eva repetidas vezes. A menos que o Soberano Senhor não nos permita repetir os mesmos erros, mas somos "pessoas mentirosas" que não podem ver a verdade sobre o assunto? Se marido e mulher não se submetem aos padrões de Deus para o casamento e família, então qual padrão será usado? O machismo? O feminismo? Igualitarismo? De onde vem esta autoridade e estrutura? São melhorias no modelo bíblico complementar?17 Se o nosso conceito sobre a origem da humanidade reside na evolução, então a lei do mais forte é a base para a autoridade e a ética (machismo) da nossa família? Poderia ser desígnio de Deus a família matriarcal (feminismo)? As crianças devem ter a mesma igualdade de expressão que os pais no que concerne à responsabilidade da casa (igualitarismo)? Existe alguma maneira pela qual a família possa evitar o pecado de Adão e Eva? Quando homens e mulheres são fiéis ao Senhor em seus papéis em casa e na igreja, então há harmonia. Haverá harmonia com Deus, o Criador. Haverá harmonia na tentativa de evitar a tendência natural do ser humano para o pecado. Haverá harmonia para restaurar a dignidade de cada homem e cada mulher de acordo com sua vocação, talentos, dons espirituais e situação de vida em que Deus os colocou. A validade de um princípio pode ser provada por suas exceções. Em relação ao estado de esposa-esposo. O que acontece se o esposo está ausente? Paulo trata com o tema das jovens viúvas no Capítulo 5. Se a viúva é jovem, é encorajada a se casar novamente. Se tem mais de Ibid. “A igualdade do valor e papeis é um ponto de vista não bíblico e secular. Em nenhuma parte das Escrituras se iguala os papeis e valor máximo. De fato, encontramos constantemente o oposto. O último será primeiro (Mateus 19:30; João 13:16, 1 Pedro 3:1-7; Lucas 7:28). p. 148. 17 Council of Biblical Manhood and Womanhood. www.cbmw.org 16 60 anos, é considerada como uma "verdadeiramente viúva" (viúva permanente) e o papel da igreja é apoiá-la se ela não tiver apoio familiar. Na ausência do "você" a relação “eu-você” se intensifica (5:4) Isso é positivo. Então, quem vai desempatar com respeito a quem deve se submeter a quem? Deus. No mistério da tri-unidade de Deus você tem tanto a igualdade (todos os três são igualmente Deus) como funções complementares (o Filho e o Espírito Santo se submetem ao Pai a fim de realizar a obra da salvação). “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana” (Filipenses 2:5-7). Assim, a cooperação necessária na relação de marido e mulher, irmão e irmã na igreja, é uma atitude de submissão a Deus e ao cumprimento do papel que Deus nos tem dado. Para que a família e a igreja funcionem, deve haver liderança. Os versos 11-15 apresentam uma razão histórica, bem como cultural para as mulheres se submeterem à liderança masculina no lar e na igreja. Embora houvesse, sem dúvida, problemas na igreja de Éfeso, Paulo não apresenta um argumento cultural para resolver o problema local. Este problema vai muito antes da criação e da queda. Hendriksen resume os versículos 11-14 da seguinte forma: "Não por exercitar domínio sobre os homens, mas através da submissão é que uma mulher alcança a verdadeira liberdade e verdadeira bênção. Agora a maldição que foi pronunciada a Eva incluiu dois elementos: a) submissão ao (agora pecaminoso) marido e b. dor de parto (mencionado em Gênesis 3:16). É por isso que não é de estranhar que Paulo, conhecendo muito bem a Lei e escrevendo por inspiração, imediatamente menciona a procriação de crianças depois de haver mencionado a submissão”18. Paulo usa o paradigma da criação-queda-restauração. Criação. Primeiro foi formado Adão. A história da criação diz que Eva foi criada para ser ajudadora idônea de Adão Queda. Eva foi enganada primeiro. Restauração. Em fé, amor, santidade, e auto-controle as mães crentes e salvas dão à luz a seus filhos. Sua vocação como uma mãe é restaurada em Cristo. 18 Hendriksen, op. cit. p. 111. Jesus usou o mesmo paradigma para falar sobre o divórcio em Mateus 19:1-1019. A obra do Criador complementa o trabalho do Redentor e Restaurador. O apóstolo não defende que as mulheres sejam salvas eternamente ao dar à luz, ao contrário, a vocação da mulher e mãe cristã é restaurada e honrada através da fé em Jesus Cristo20. João Calvino acrescenta: "Primeiro, aqui o apóstolo fala não meramente sobre a procriação dos filhos, mas sobre suportar as angústias, que são muitas e graves, tanto no parto como na educação dos filhos. Segundo, qualquer coisa que o hipócrita ou sábio do mundo possa pensar disso, quando uma mulher, considerando para o que ela tem sido chamada, se submete à condição na qual Deus lhe designou, e não se recusa a suportar a dor, ou melhor, a agonia terrível do parto ou a ansiedade sobre seus filhos, ou qualquer coisa que pertence ao seu dever, Deus valoriza a obediência mais do que se ela fizesse, de outra maneira, uma grande exposição de suas virtudes heróicas, ao se negar a obedecer o chamado de Deus”. CONCLUSÃO O apóstolo Paulo instrui ao jovem Timóteo a instruir homens e mulheres a orar pelos governantes, a orar sem animosidade e orar de uma forma responsável. Paulo lembra a Timóteo que os erros do passado, como aconteceram na queda não devem ser repetidos, em vez disso, o cristão precisa ser obediente e submeter-se à vontade de Deus. Através da oração e da ordem relacional, o cristão deverá se comprometer e vencerá em uma sociedade hostil. 19 20 O paradigma de criação-queda-redenção em Mateus 19. Criação (4-6); queda (7-9); redenção (9-10). Mounce, op. cit., assinala que os gnósticos minimizam a importância do matrimônio (p. 146). PERGUNTAS SOBRE 1 TIMÓTEO 2:1-15 1. Por que foi dificil para os cristãos do primeiro século orar pelo governo romano? 2. Por que é peculiar a oração do cristão pelo governo? 3. Em sua leitura do versículo 2, a palavra “todos” refere-se a quem? Justifique a sua resposta. 4. Em sua leitura do verso 4, a palavra “todos” refere-se a quem? Justifique a sua resposta. 5. Em sua leitura do versículo 5 a palavra “todos” refere-se a quem? Justifique sua resposta. 6. Como pode ser interpretado o ensino de Paulo sobre a oração por um governo perseguidor como um protesto não violento? 7. Por que os cristãos necessitam de mediação entre Deus o Pai e eles mesmos? 8. Que fraqueza Paulo expõe com exatidão como problema dos homens e das mulheres na oração? 9. Que tipo de raciocínio Paulo usa para ensinar que as mulheres não devem exercer a autoridade espiritual sobre os homens? 10. Como o versículo 15 exalta o papel da maternidade cristã? FOLHA DE TRABALHO EXEGÉTICO Texto: Título: MÉTODO INDUTIVO (Obtenha informação do texto bíblico) Textos de Referência. Como outros textos influenciam na leitura de nosso texto? 1.1. (etc.) Explicação de informação importante no texto: - Palavras chaves e definições: - Observações gramaticais (estrutura da oração, variantes das leituras) - Gênero literário: (evangelho, história, parábola, legal, poesia, profecia, provérbio, etc.) - Como o texto se relaciona aos textos circundantes? - Como o texto está relacionado ao tema do capítulo e ao livro em que se encontra? - O texto diz algo explicito ou implícito sobre Deus ou sobre a salvação? - Método de tradução utilizada; - Há diferenças entre as versões da Bíblia? Quais são? - Autor humano. Como o conhecemos? - Que ocasião motivou o autor humano a escrever? - Audiência original para a leitura. Por que eles leriam o texto? - Contexto Geográfico: - Contexto Cultural, Social - Contexto histórico - Contexto religioso - Em suas próprias palavras, O que diz o texto e qual é o significado? Notas de comentário Identifique os ensinos principais do texto no estudo 1. 2. 3. (outros) QUINTA LIÇÃO QUALIDADES DOS LÍDERES DA IGREJA EXPOSIÇÃO DE I TIMÓTEO 3:1-16 INTRODUÇÃO21 Em meio a uma enxurrada de livros que foram escritos sobre liderança cristã, alguém me perguntou qual deles eu recomendaria para um estudo. "As cartas de Paulo a Timóteo.” Através de todas as eras esses livros têm sido o manual mais lido sobre a liderança cristã para a igreja. As igrejas que tem seguido fielmente os ensinos do apóstolo são parte da igreja apostólica. Aqueles que se rebelaram contra os ensinos apostólicos trouxeram desordem e confusão à igreja. O apóstolo fala sobre as qualidades dos líderes em dois ofícios principais da igreja: o bispo e os servos (diáconos) da igreja.22 Vs. 1 QUEM É O BISPO NOBRE? O capítulo três emana do capítulo dois e está relacionado com as lutas na igreja de Éfeso. No capítulo dois, o apóstolo ensinou aos homens para parar as disputas, a serem homens de oração e serem líderes em casa e na igreja. No capítulo três Paulo trata especificamente com duas formas principais de liderança na igreja: o supervisor espiritual e os servos da igreja.23 William Mounce, op. cit., “O leitor perderá a mensagem do capítulo se não o interpretar à luz da situação de Éfeso. Quase cada qualidade que Paulo especifica aquí tem uma contrapartida negativa nos oponentes efésios. Eles estão levando a igreja ao descrédito. Por isso, encabeçando a lista, Paulo diz que o líder da igreja deve ser irrepreensível. Os oponentes estão só ensinando com vistas aos recursos financeiros; Paulo disse que o ancião deve não deve ser avarento nem amante do dinheiro. Eles são promíscuos; Paulo diz que o bispo deve ser marido de uma só mulher.” (p. 153. Veja-se o esquema nas páginas 156-158). 22 George Knight, op. cit., p. 175. Guthrie, The Pastoral Epistles, (episkopos) “no original, ao menos até o tempo de Inácio, este termo foi restringido àqueles que exerciam a supervisão da igreja local.” P. 79. Mounce, op. cit. Em Inácio (começo do segundo século) há três estruturas. A palavra episkopos (monarca) “bispo” que governa como um só líder na comunidade cristã da cidade/provincia. Abaixo dele está o colégio de presbíteros (presbuteroi, “anciãos”) e os diáconos (diakonoi), ambos servem ao bispo como também à igreja.” p. 154. 23 Os presbiterianos e reformados argumentam que os termos ancião e bispo são usados intercambiavelmente (Atos 20.17-18; 1 Timóteo 3.1; 5.17; Tito 1;5; 1 Pedro 5. 1-2). Entretanto, dentre os mesmos ofícios podem haver funções diferentes. 21 Há denominações que têm mais de dois ofícios de liderança na igreja, como se ver no esquema de sistema de Governo da Igreja. No entanto, Paulo lida com dois ofícios de liderança em 1 Timóteo 3.1-13, Tito 1.07 e Filipenses 1.1. Lucas descreve a origem do ofício diaconal em Atos 6.1-6 e prática apostólica de eleger presbíteros em Atos 14.23. Hendriksen diz que a supervisão espiritual é a tarefa do ancião.24 A maioria dos pensadores reformados unem o ofício de bispo com o ofício de ancião, porque dizem que os termos são usados indistintamente. No entanto, dentro do ofício de presbítero (ancião) ele têm anciãos governantes e pregadores, pastores e anciãos com ministérios especiais. O termo episkope é definido de variadas formas ao longo da história da igreja. O sistema papal e episcopal de governo da igreja interpreta episkope como o governo dos Bispos. O bispo é o pastor de pastores e eles formam um tipo superior de overno da igreja. A forma de governo dos presbiterianos e ongregacional considera episkope o mesmo ofício de pastor e ancião (presbítero). SISTEMAS DE GOVERNO DA IGREJA TIPO EXPRESSÃO FOCO DE AUTORIDADE DENOMINACIONAL E TOMADA DE DECISÕES PAPA Igreja Católica Romana Governado pelo papa universal que é a continuação dos apóstolos. PATRIARCAL Ortodoxa Oriental Governado pelos patriarcas Ortodoxa Russa regionais Cóptica EPISCOPAL Anglicana Governado por bispos Episcopal escolhidos Luterana Metodista PRESBITERIANO Presbiteriana Governado por um grupo Assembleia de Deus regional de anciãos e pastores. 24 Hendricksen, p. 118. CONSISTORIAL CONGREGACIONAL CARISMATICO PARA ECLESIASTICO Reformada Governado pelos anciãos na Igreja dos Irmãos congregação Batista A congregação vota em Congregacional assuntos maiores. Irmãos (amigos) Governado por líderes25 Pentecostal Independente com dons espirituais. Exército de Salvação Governado por uma equipe Cruzada Estudiantil e ministerial Profissional Para Cristo IGREJA NACIONAL Formas mais antigas das Governado pelo estado, os igrejas do estado tais como pregadores são empregados os luteranos e reformados do estado. Embora as denomiações tenham desenvolvido diferentes estruturas, é interessante ver a variedade de sistemas de governos acabam desempenhando funcionalmente tarefas semelhantes. Por exemplo, os presbiterianos reconhecem tanto os anciãos leigos quanto os ministros ordenados como tendo poder espiritual na igreja. No entanto, no nível de presbitério e Sínodo homens são escolhidos para serem líderes (como os bispos) em funções tais como presidente da assembléia e secretários da denominação. No seminário da denominação, os professores e líderes de seminários dirigem outros líderes. Assim, enquanto os presbiterianos não têm bispos (pastor de pastores, líder de líderes), eles têm líderes que trabalham como um pastor de pastores, presbíteros e líderes da igreja. A ênfase do apóstolo não está em estabelecer um sistema uniforme de governo da igreja, mas em tratar as questões da obediência do líder ao pastor celestial e cabeça da igreja. Cristo governa a sua igreja através do Apóstolo que ele nomeou. Cristo envia o Seu Espírito Santo para completar o seu trabalho. O líder piedoso precisa ser dotado com os dons do Espírito e servir de acordo com o fruto do Espírito. O Espírito Santo estará de acordo com a Palavra de Deus (2 Tm 3.16). O episkope é um supervisor e alguém que atende às necessidades espirituais. Isto implica que a igreja precisa de supervisão espiritual. A supervisão espiritual é necessária por razões de boa ordem (1 Coríntios. 14.40), pregação (Atos 20.28), ensino (Efésios 4.11, 1 Tm 5.17, 2 Tm 2.2), disciplina moral (1 Tm 4.15-16) e, o mais importante, para aplicar o governo 25 Episkopay, inspeção (para ajuda), supervisor (Strong). do Rei na comunidade do Rei na terra. O espiskope da terra é a extensão da supervisão celestial de Cristo, como Ele é o Pastor e Bispo das nossas almas (1 Pedro 2.25). O apóstolo diz que desejar tal ofício é uma coisa boa. Isso é bom para a igreja, bem como para a pessoa que deseja a posição. Uma vez que este ofício é importante, Paulo lista as qualificações que exemplificam uma liderança piedosa. Vs. 2-7 QUALIDADES DO BISPO Hendriksen escreve: “Observe que a primeira série de sete características é positiva (exceto para o cuidado: irrepreensível). A segunda série é principalmente negativa.”26 Vamos dar uma olhada nas qualidades positivas necessárias para ser supervisor espiritual. Ele deve ser irrepreensível.27 Quando os líderes da igreja estão procurando um novo pastor, é aconselhável fazer uma verificação abrangente e perguntar ao candidato se ele precisa dizer aos mais velhos sobre sua vida passada. Como o candidato tem tratado com o seu passado pecaminoso? Essa preocupação não significa que o candidato deve professar perfeccionismo. Um candidato perfeito não existe e se este se apresenta como tal, então você está lidando com uma pessoa que está enganando a si mesma que precisa re-examinar sua relação com o evangelho. “Se dissermos que não temos pecado, enganamos a nós mesmos e a verdade não está em nós ... Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso” (1 João 1.8, 10). A única perfeição que o candidato deve reclamar é a “perfeição alheia” de Cristo. Cristo é perfeito e quando o cristão vive pela fé em Cristo, ele caminha em perfeição com os méritos e obras de Cristo. (Efésios 2.10). Aquele que escreve a Timóteo sobre a qualificação de irrepreensível teve um passado pecaminoso terrível. No capítulo um, Paulo é honesto e diz: “"Antes, eu era um blasfemo, perseguidor, e insolente, mas Deus teve misericórdia de mim porque eu era um descrente e atuei na ignorância” (1.13). Isso nos leva a concluir que o irrepreensível a que o Apóstolo se refere está enraizado na condição atual do bispo vivendo pela fé na perfeição do Cristo e sua obra perfeita através do cristão. Isto implica que o líder cristão deve ser sempre o humilde, com contínuo arrependimento de seu pecado e viver pelas perfeições do fruto do Espírito. O bispo deve ser marido de uma só mulher. Embora o apóstolo Paulo não fosse casado, ele descreve a condição de casamento para o bispo. Esta é uma proibição contra a 26 27 Ibid. p. 119. Anepileptos, não preso, irreprensível (Strong) poligamia (muitas mulheres)? Ou isso se refere à infidelidade conjugal do bispo e sua esposa? Isto é uma proibição para a pessoa que contraiu segunda núpcia se tornar um bispo? A relação de um só mulher do bispo anula um casamento polígamo para o candidato. O matrimônio cristão é um relacionamento monogâmico entre um homem e uma mulher. Não se pode esperar que os novos crentes saiam da poligamia e escolham uma esposa se os líderes da igreja não estão praticando isto.28 Paulo não está falando diretamente sobre infidelidade passada para desqualificar o candidato, apesar da fidelidade está envolvida no casamento atual. O apóstolo aborda a situação ter uma só mulher. No que diz respeito ao conceito de Paulo de ser irrepreensível, se alguém é irreprensível na presente relação, através da fé em Cristo, assim também a presente condição matrimonial precisa ter boa reputação. Se os problemas passados de casamento desqualificam o candidato, então, pecados passados, como perseguir os cristãos até a morte, certamente haveria desclassificado o autor desses mandatos. O legalismo de pretensão moral superior que condena os outros pecadores que se arrependeram e foram perdoados, precisa ter uma conversa com o assassino Paulo e perguntar a ele porque ele foi tão transparente sobre o seu passado pecaminoso. Paulo não deveria sair do ministério por ter um passado tão terrível? Muitas vezes a nossa própria justiça e juízo sobre os outros supera a justiça e a graça de Cristo. Obviamente, ao contrário das práticas atuais da Igreja Católica Romana, bispos podem se casar. Essa foi a condição de Pedro (Marcos 1.30).29 Paulo adverte mais adiante que o apóstata (aqueles que deixam a fé) proibiram o casamento. A proibição do casamento e a ordem de se abster de certos alimentos está por trás da máscara do judaísmo, a filosofia estóica ou ainda o gnosticismo é antimaterial, mas é um legalismo e não uma doutrina apostólica. No caso de novo casamento, os anciãos da igreja precisam determinar a causa do divórcio e discernir se o candidato se arrependeu. Se o candidato levou a sério o mandamento de Cristo para "não peques mais" (referindo-se ao contexto da mulher adúltera em João 8) e, assim, deixa de viver em adultério e casar com uma mulher cristã, então deve-se aceitar como arrependimento e reconciliação. Os anciãos também precisam consultar a ex-mulher e os filhos para ver se os passos do arrependimento que foram tomadas pelo adúltero são consistentes com as Escrituras e, portanto, autênticos. Quando se consulta as vítimas de 28 La elección del polígama de una esposa debe también incluir la debida provisión para las otras que no fueron escogidas. 29 Marcos 1:30. El apóstol Pedro tuvo una suegra, lo que significa que estaba casado. La prohibición del matrimonio es descrito por Pablo como una apostasía, el apartarse de la fe (I Timoteo 4:1-3). adultério você vai descobrir traços não resolvidos no caráter e estilo de vida do candidato que iria prejudicar a eficácia da sua liderança na igreja. Como um plantador de igrejas entre os imigrantes haitianos na República Dominicana, a maioria dos adultos que vieram a Cristo chegou com casamentos desfeitos. Através de aconselhamento sério e arrependimento sincero, muitos casais cheagaram-se para o Senhor. Seus votos de casamento renovados permaneceram fortes diante de Deus. Dos 12 casais que oficiei, 11 eram recasados. Até onde sei, todos eles ainda estão juntos hoje ou morreram no Senhor. A cola do evangelho da reconciliação é muito forte. O bispo tem de ser moderado.30 Ele não deve ter um temperamento vivo, mas deve prestar atenção a áreas de potencial dano. Uma pessoa moderada ou vigilante tem suas emoções sob controle e sabe como responder a circunstâncias difíceis de uma forma equilibrada. O bispo sabe como responder a situações emocionais, tentações, assim como momentos de profunda aflição. Haverá muitas razões para ficar com raiva. Eles poderiam ter odiado os judeus e romanos por causa da extrema perseguição; eles poderiam se irar com a traição dos cristãos, que agora viraram as costas para os apóstolos e seus ensinamentos. Apesar de tudo o que o bispo deve ser moderado. Lembro-me de um missionário na República Dominicana que teve de ser repreendido pelos “superiores” da missão por causa da sua fúria. Ele se irava tanto se o trânsito estava lento a ponto de empurrar os carros da frente dele com seu jipe 4 x 4. Ninguém está acima da necessidade de ser moderado. Ele é sensato.31 Um pastor boliviano me falou sobre um missionário coreano que bateu num pastor boliviano com uma cadeira de madeira. Outro pastor estava tão zangado que quando viu que o missionário não se arrependeu, que foi ao hospital para coletar informações para fazer um relatório para a polícia. O pastor ferido disse que não fez isso porque sentia que mereceu o castigo. Ser sóbrio é ser de mente sã. Tem que ser racional. Você tem que pensar sobre as conseqüências de suas idéias e ações. O ministro boliviano vitimizado certamente não seria capaz de defender seu rebanho quando esse fosse vitimizado. Ele estava pensando em seu salário que vinha do líder religioso coreano, ao invés de fazer o que era certo. Quando esses missionários foram denunciados por seus abusos, eles eventualmente foram ao pastor que queria processá-los. Eles trataram de exonerá-lo do seu cargo. Disseram a escola onde estavam ensinando que eles não iriam apoiar a escola se eles continuassem em 30 31 Nephaleos. Sobrio e vigilante (Strong) Sophron. De mente sã. Domínio própio (Strong). acordo com o pastor. A escola demitiu o ministro, a fim de continuar a receber fundos coreanos. Felizmente, o pastor que fez o que era certo, pode separar-se dos missionários abusivos e estabeleceu o seu próprio ministério e uma igreja auto-suficiente. Ele também é respeitável.32 Os bispos devem tratar a todos igualmente e com respeito. Tratar uma pessoa com respeito não significa que você concorda com ela, mas você a trata como pessoas que portam a imagem de Deus, embora eles ajam pior que animais. Em nosso ministério para os desabrigados em Miami, nos dirigimos às pessoas como “senhor” ou “senhora”. Em vez de dizer “faça isso ou aquilo” nós perguntamos “como podemos servi-lo hoje.” A dignidade que uma pessoa não depende da sua condição humana, mas da sua designação e vocação como portador da imagem de Deus. O bispo, e se ele é casado, também sua esposa, devem ser hospitaleiros. Eles devem fazer com que as pessoas se sintam bem-vindos quando visitam a Igreja ou quando são membros. A igreja é composta por pessoas de todas as posições na vida e Paulo não quer que os líderes mostrem parcialidade. Os líderes devem ensinar aos outros líderes e membros da igreja, por exemplo, como ser hospitaleiro para os outros. O evangelho é adornado com atos de hospitalidade e amizade. Quando você vai a uma igreja onde a pregação do genuína do evangelho está acompanhada por uma confraternidade calorosa, você logo descobrirá que o pastor pratica tal hospitalidade. Por dois anos, quando minha filha estava fazendo sua pós-graduação, ela assistiu os cultos de pregação e as lições dominicais de um dos mais famosos pregadores reformados de fala inglesa do mundo. Durante esse tempo ela não recebeu um convite para jantar na casa de qualquer pessoa da igreja. E, o pastor não mencionou tais práticas nos sermões que ouvimos. Quando você apertava a mão dele na saída do culto você recebia um sorriso e a maneira como ele apertava a sua mão dele fazia você sentir como se ele estivesse lhe empurrando para que saisse da igreja o mais rápido possível. O medo da comunhão era parte dos sermões e da linguagem corporal do bispo daquela igreja. Os bispos devem ser professores. O bispo não só prega, mas também ensina. A pregação é a proclamação do evangelho e o ensino explica as implicações do evangelho. O ensino envolve a explicação das Escrituras e ajuda os cristãos a seguir as exigências da Bíblia. O Bispo ensinará tanto a jovens como a idosos. A juventude da igreja são bem servidos quando eles são instruídos pelos líderes da igreja. Adultos também precisam de ensino 32 Kosmio, Ordenado, modesto (Strong) continuado na escola dominical e nas suas leituras devocionais. Os líderes da igreja deve estar constantemente aprendendo. O bispo deve conduzir o ministério de ensino sendo exemplo de estudante e praticante da Palavra. Howard Hendricks nos recorda que a primeira lei do ensino é ser um estudante. O professor que deixa de aprender deve também deixar de ensinar. Então, como você está aprendendo as Escrituras? Está envolvido em um estudo bíblico bem disciplinado? Os líderes de sua igreja estão fazendo cursos e sendo instruidos? MINTS usa seu programa de doutorado para encorajar os professores a escrever, ensinar e treinar outros. No nível de Doutorado em Ministério, o aluno escreverá cinco cursos. Quando ele concluir o primeiro, ele é enviado para ministrar o curso internacionalmente. Quatro estudantes colombianos tem ido para Argentina, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela para ministrar o curso. Um dos cinco, o Dr. Ismael Quintero, terminou tanto o D. Min, bem como o nosso programa de doutorado em filosofia. Ele agora é o mentor da maioria dos estudantes da América do Sul. O bispo deve ser um professor. Ele precisa ser o melhor professor possível. A glória de Deus e de Seu padrão de excelência, nos motiva a melhorar sempre. Ele não deve ser um bêbado. Ainda que transformar água em vinho tenha sido o primeiro milagre mencionado de Jesus, isto não significa que os seus discípulos e líderes cristãos deve ser a alma da festa! Os bispos devem exercer moderação no consumo privado ou público de vinho e bebidas alcoólicas. Paulo não proíbe o consumo de vinho (1 Tm 5.23), mas adverte contra a embriaguez. O bispo precisa dar o exemplo de sobriedade e moderação, sem cair no legalismo para proibir determinados alimentos e bebidas (1 Tm 4.1-15). Por outro lado, o bispo deve se abster de proibir as pessoas de tomarem vinho, dando como motivo o fato de que o vinho contém álcool e o álcool é mal. Esse crime do legalismo é tão mal quanto o crime de libertinagem. Tal ensino contradiz o primeiro milagre do Senhor. Vai contra os ensinos apostólicos de que o bispo não deve beber “muito” vinho. Em vez disso, a comida e a bebida que Deus criou devem ser recebidos com ações de graças. E quanto aos alcoólatras? Deveriam os alcoolátras testar sua fé começando a beber de novo? Claro que não. Essas pessoas devem ter prudência ao tomar o vinho na Santa Ceia e deve ter cautela em eventos sociais com a família e com a igreja no que diz respeito ao consumo de bebidas alcoólicas. No entanto, a exceção não dita a regra que é que Deus criou essas coisas para serem recebidas com ações de graças. O Bispo de ser gentil e não violento. Uma vez que o poder do evangelho vem de Deus e não das ações e emoções humanas, o líder-servo deve constantemente apontar para o Evangelho em vez de seu carisma pessoal ou ação sócio-política. Ser um líder na igreja não depende da personalidade do servo, mas na fidelidade à missão para a qual foi chamado. Um servo gentil aponta para a grandeza de seu Mestre. O mandato para ser legal deve ser observado nos procedimentos eclesiásticos de hoje. As assembléias e as comissões da igreja local podem violentar a reputação dos membros e líderes da igreja ao não seguir cuidadosamente o devido processo e os princípios de justiça bíblica (Mateus 18:15). O candidato para o ofício de supervisor não deve ser de espírito briguento. Se a marca do seu ministério de pregação e ensino é que você nunca perde um argumento, então talvez você esteja no negócio errado. O ministro não representa suas próprias opiniões, mas os pontos de vista das Escrituras, exemplificados pelo Senhor e ensinado pelos apóstolos. Temos de ser honestos mesmo quando apresentammos os nossos próprios pontos de vista. Aqueles que amam o dinheiro não deve ser ser recebidos no ministério do evangelho. O ministro do evangelho é um servo que é sustentado pela congregação ou que se sustenta a si mesmo. Isso pode exigir a procura de um segundo emprego para complementar suas necessidades financeiras. Isso não é algo vergonhoso, tampouco uma falha. O apóstolo Paulo era um ministro do evangelho, bem como fabricante de tendas. O ministro não trabalhar com o fim de ganhar dinheiro, mas é sustentado pela comunidade cristã para servir. Seu estilo de vida deve refletir tais princípios. O cristianismo americano, com o advento dos ministérios para-eclesiásticos mais individualista, introduziu no protestantismo a idéia de que o ministro do evangelho deve ser tratado como um profissional altamente treinado, que merece o salário correspondente ao mundo secular. Esta é a antítese do exemplo do ministério de Jesus, onde ele e seus discípulos foram apoiados por um grupo de cerca de 120 discípulos. Isso também vai contra os ensinamentos dos apóstolos sobre ministros e servos. Aqueles que estão sendo servidos precisam responder às necessidades do servo do Senhor e sua família. Alguns pastores são presidente executivo de seus ministérios e todos os fundos recolhidos como oferta para o Senhor se torna sua possessão pessoal. Então, quando ele encoraja as pessoas a “dar para o Senhor,” ele chega a parar com os evangelistas, arrecadadores de fundos, ministro ou missionário. A tentação do materialismo ministerial precisa ser combatida através da submissão à assembléia local dos anciãos da igreja (presbíteros) que supervisionam a igreja e ministérios afins. O ministério ou missão que se recusa a se submeter à supervisão financeira da igreja e outros cristãos não são dignos de apoio financeiro da igreja. O bispo deve governar a sua casa. No capítulo 2, Paulo lida com a relação de marido e mulher. Agora, no capítulo 3 discute a relação dos pais com seus filhos. O raciocínio do apóstolo é simples: se o bispo não é capaz de organizar sua própria casa de acordo com os princípios bíblicos como pode ele vai supervisionar o desenvolvimento espiritual da igreja? As crianças devem ser crentes (Tito 1.6) e não desobedientes aos seus pais. Paulo não tinha medo de reconhecer que o Espírito de Deus é capaz de trabalhar nas vidas dos filhos dos crentes. Na verdade, ele toma essa ação do Espírito como normal e normativo para a família cristã. O chamado do Senhor para o discipulado (Mateus 28:19-20) aplica-se a jovens como a idosos, Jesus não estabeleceu uma idade limite ou uma idade de consentimento no que diz respeito às crianças. Os pactos do Antigo e Novo Testamentos incluem os filhos dos crentes (Atos 2.37-39). E se os filhos dos bispos são desobedientes? Em primeiro lugar, o bispo entenderá melhor o dilema Deus, o Pai celestial enfrenta com Seus filhos desobedientes. O fato real é que as crianças são desobedientes e não refletem necessariamente a condição espiritual do pai. Como o pai responde a isso mostrará seu caráter e por qual princípio ele vive. Paul assumiu uma posição de bom senso. Os bispos devem governar a própria casa, bem como a igreja, de acordo com altos padrões do evangelho. Todos são chamados a se arrependerem de seus pecados e a crer e seguir o Senhor Jesus Cristo. Quando um membro da igreja não se arrepende ele passará pelo processo de disciplina. Quando se tiver usado todos os meios de disciplina e não houver arrependimento, então o membro é colocado fora da comunhão da igreja. Tais medidas são tomadas, mas não como medidas vindicativas, porém como meio extremo pelo qual o pecador pode ser trazido de volta ao seu Senhor e Seus caminhos. A disciplina cristã na igreja e em casa é para restaurar, não para punir. Como acontece na Igreja, assim também deve acontecer em casa. Se a criança ou jovem se recusa a obedecer o bom senso dos pais e as regras da casa, então é necessário tomar medidas de aconselhamento. Uma variedade de métodos de aconselhamento devem ser usados, inclusive enviá-lo a um parente para que esteja sob supervisão ou até mesmo enviá-lo para um acampamento especial para jovens. E há jovens que querem sair de casa. Tal como acontece com o filho pródigo, o pai aceitou a demanda financeira do filho e a liberdade da família, mas também o aceitou de volta quando ele voltou arrependido. A porta do lar pode está fechada para um pecador, mas a chave do arrependimento e da fé em Jesus pode sempre abrir a porta novamente. Os pais cristãos nunca devem desistir do poder da graça de Deus para seus filhos. A graça é maior do que o pecado, o juízo, Satanás e a rebelião. Ele não deve ser um recém-convertido. Paulo aponta para a fraqueza dos líderes, que tenham sido convertido recentemente: o orgulho e o engano podem levar à rebelião contra Deus. Por que isso? É porque o novo convertido tem pouca experiência em lamentar sua própria natureza pecaminosa e não tem praticamente nenhum registro de viver pelo Espírito. Alegramo-nos com os novos convertidos no fato de que é uma nova criação em Cristo, mas lembrem-se, a pessoa é nascida e regenerada como os bebês, e não como adultos maduros. O papel do novo convertido é aprender como seguir a orientação do Senhor através do estudo da Palavra de Deus, da vida devocional no Espírito Santo e da orientação do líder cristão. O novo convertido começa a ministrar como um membro do Corpo de Cristo, não como líder. Antes de se tornar um líder o novo crente deve aprender a seguir outros líderes. Por outro lado, existem comunidades eclesiais que não usam os talentos e dons espirituais dos novos convertidos. A liderança é reservada para que são ordenados eclesiasticamente e não para membros de toda a igreja. Isso também é um erro. Paulo ensina em Efésios 4.11-12 que a liderança da igreja lá para treinar os santos para o ministério para que assim a igreja cresça. Os novos convertidos precisam de treinamento constante e participação no ministério da igreja. O bispo deve ter uma boa reputação com os de fora. Mesmo uma pessoa má reconhece e falará de algo que é verdadeiro e bom. Uma pessoa má pode não ser capaz de praticar, mas pode reconhecer tal bondade. A razão de Paulo declarar que o bispo tem de ter boa reputação, é porque se a pessoa não a tem, a pessoa pode ter falhas ou pecado oculto, e isso o levará a cair na armadilha do diabo. Há algo no passado do bispo que possa fazê-lo cair? A maneira pela qual o apóstolo lidou com seu passado pecaminoso foi confessá-lo honestamente e reivindicar a promessa de restauração e salvação de Deus. Vs. 8-13 QUALIDADES DE UM DIÁCONO A palavra de ligação “semelhantemente” une o ofício de supervisão espiritual ao ofício de administração e misericórdia, Desde a instituição do ofício de diácono (Atos 6), os apóstolos mencionam esses dois ofícios juntos (Filipenses 1.1). O início da lista de virtudes para diáconos segue o final das qualificações para bispos. Homens dignos de respeito (honorável). O ofício de diácono é um ofício que deve ser altamente respeitado. Por esta razão, o ofício exige homens de respeito. O ofício de diácono é de respeito, porque mostra o alto valor que Deus dá à sua igreja, pela necessidade de seu povo e por aqueles que sofrem por causa do evangelho (Mateus 25.31-46). O registro histórico da instituição do ofício de diácono é descrito em Atos 6. Devido às necessidades sociais das viúvas, os homens foram escolhidos para facilitar a tarefa dos apóstolos de alimentar as pessoas e organizar um ministério para atender às necessidades diárias de quem precisa. A existência do ofício de diácono mostra que Deus ouve as orações dos necessitados e inspira a Igreja a organizar e atender às necessidades diárias. Devido ao desenvolvimento do ofício diaconal, muitos ministérios foram organizados em todo o mundo para atender às necessidades do povo de Deus e de outros em necessidade (Gálatas 6.10). Há centros de aconselhamento, orfanatos, programas educacionais, de trabalho social, ajuda de emergência, clínicas, hospitais, programas de alimentação e todos os tipos de organizações criativas dirigidas por cristãos. Os diáconos da igreja desempenham um papel na busca de apoio financeiro para estes ministérios e em incentivar a continuação da missão de servir as necessidades de “o menor dos meus irmãos.” Os diáconos devem ser sinceros. 33 Os diáconos devem falar a verdade com aqueles que ministram. Quando um diácono serve às pessoas em necessidade eles devem falar a verdade sobre o evangelho. Eles devem ser honestos sobre as situações que levam à necessidade. Se a necessidade é causada pela injustiça na igreja ou na sociedade, o diácono deve falar e, se possível encontrar uma solução. Se os diáconos são responsáveis pelas finanças da igreja, eles precisam dar bom relatório e estar abertos para os recursos que lhes são confiados. Os diáconos não são os tesoureiros do pastor, mas são tesoureiros de fundos do Senhor. Eles não devem ser inclinados a muito vinho. Tanto os bispos quanto os diáconos são advertidos a não tomar muito vinho. Quando um diácono se volta para a garrafa para consolo ele está se voltando contra seu Mestre. É hora de voltar para o Bom Pastor e confiar Nele. Não cóbiçoso de sórdida gânancia. Os diáconos estarão lidando com o dinheiro da igreja para fins de administração e de ajuda aos pobres. O exemplo de Ananias e Safira (Atos 5) deve servir como um alerta sobre o uso indevido ou sobre a falsa informação dos fundos da igreja. O apóstolo foca na utilização do dinheiro da igreja para ter ganhos ilícitos. Foi dada a um pastor local na República Dominicana a responsabilidade para gerenciar US $ 25.000 para fundos de desenvolvimento. Em 1992 isso era muito dinheiro. O que é estranho sobre esta 33 Dilogos. De (no) lengua doble (Strong). transação foi que o missionário diaconal decidiu fazer o empréstimo a ele sem consultar aqueles que conheciam este pastor. Sabíamos que este pastor teve problemas de gestão de dinheiro. A última coisa que ele precisava era tal quantidade de dinheiro! Nosso irmão recebeu o dinheiro mesmo assim e como um verdadeiro capitalista e homem de desenvolvimento, ele decidiu investir o dinheiro, a fim de obter lucros antes de usá-lo. O dia seguinte após o investimento, o homem que recebeu o dinheiro deixou a ilha. O pastor perdeu sua posição na igreja, caiu em outros infortúnios e hipotecou sua casa e a casa de seus pais para pagar a dívida. Ele tomou um empréstimo que exigia juros de 25%. Ele finalmente deixou o país em busca de trabalho. Quando retornou, ele sofreu um derrame cerebral e ficou parcialmente paralisado. Quando você ouvir isso, eu perguntei aos seus colegas pastores se a responsabilidade de ajudá-lo. Decidimos colocar dinheiro em uma cooperativa que havia sido estabelecida anos atrás a fim de produzir fundos através de juros para atender às necessidades especiais da igreja. No entanto, não estávamos recolhendo muitos juros (certamente não 25%) e poderíamos usá-lo para pagar “o empréstimo trapaceiro.” Eu visitei a pessoa que emprestou o dinheiro para o irmão e disse: "o homem a quem você fez o empréstimo, teve um derrame e não pode pagá-lo, ele não tem uma casa. Estamos dispostos a pagar o empréstimo inicial, sem nenhum juros.” Ele concordou. A dívida maldita foi redimida. Isso poderia ter sido evitado pelo missionário diaconal que deu muito dinheiro a esse pobre pastor que não soube administrá-lo. Todos nós somos advertidos a não sermos gananciosos “de sórdida ganância” com o dinheiro do Senhor seja dando-lhe irresponsavelmente ou esbanjndo-o. Os diáconos não são somente administradores e obreiros diaconais. O apóstolo os desafia a “conservar o mistério da fé com a consciência limpa.” Os diáconos devem ser ortodoxos e também compassivos. É muito tentador para a igreja aceitar recursos do governo para atender às necessidades de emergência, desenvolvimento e outras necessidades sociais. Grandes subvenções estão disponíveis para os ministérios diaconais, se os diáconos estiverem dispostos a cumprir as regras daquele que fará a doação. Quando o ministério diaconal recebe dinheiro do governo, muitas vezes há um laço secular ligado a ele, afirmando que esses recursos não devem ser acompanhadas de proselitismo religioso. O governo tem o direito de proteger o pluralismo religioso na sociedade. Esse não é o problema. O problema é que a Igreja deixou de evangelizar, pregar e testemunhar ao aceitar os recursos do governo. A alternativa é que os ministérios diaconais e missionários desenvolvam e utilizem recursos que não têm laços políticos e seculares. Isso significaria mais voluntários do que a subvenção do governo; mais orações do que o dinheiro do governo; mais sacrificios e menos sobras, tudo o que contribua para o avanço da extensão do reino; como cristãos somos desafiados a responder à necessidade. O apóstolo diz que os diáconos devem ser testados. Em que eles devem ser testados? O apóstolo continua34 dizendo “e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato.” É interessante ver como potenciais líderes lidam com conflitos. Alguns fogem quando são confrontados. Certamente você não quer um diácono não pode lidar com a adversidade. Outros respondem de forma errada. Este se envolve emocionalmente no assunto. Pode haver aqueles que são atraídos ao ofício de diácono, porque eles têm uma agenda social ou política. Quais são as crenças do possível diácono? É um homem nascido de novo? O que crer a respeito de Deus, da Bíblia, da igreja, dos ofícios da igreja, das questões éticas e do ministério? Os líderes da igreja devem testar o diácono, em cada caso. Melhor prevenir do então remediar. Paulo trata do papel de esposa do diácono (v. 11). Ele menciona quatro qualidades: respeitáveis, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo. O apóstolo começa com uma elevada qualidade: ela deve ser respeitável. Enquanto Paulo menciona Eva como a enganadora em 2.14, ele agora identifica a virtude oposta para as esposas do bispo ou do diácono. Elas servem como exemplos vivos da restauração do papel da mulher para com o marido. Tanto quanto a primeira qualidade da esposa do diácono é uma virtude superlativa de honestidade, a segunda característica identifica o abismo da maldade. A esposa de um oficial não deve ser diabolos, uma caluniadora. Não há nada menos atraente do que a esposa de um oficial da Igreja apresentando pensamentos de acusação e insinuações sobre pessoas a quem os diáconos estão servindo ou sobre outros líderes ou membros da igreja. Como o marido, a esposa deve ser sóbria e vigilante, vigiando para não incorrer nas astutas ciladas do maligno; distanciar-se da tentação; e, se proteger contra a sedução do dinheiro e do poder. A qualidade final, e isso resume todas as boas virtudes é ser fiel. Paulo acrescenta, fiel em todas as coisas. Isto implica que a esposa do diácono é uma crente e pode-se estar confiante do seu apoio à variedade de ministérios na igreja que exige discrição e ações responsáveis. Paulo continua com a mesma admoestação que foi dada aos bispos relacionada à família. Eles deveriam ser esposos de uma só mulher e devem manter sua casa em ordem. 34 Semmos significa ser honesto. A raiz da palavra é sebomia, adorar, reverenciar (Strong). O apóstolo termina com uma promessa: “Aqueles que servem bem como diáconos, ganham um lugar de honra e adquirem maior confiança para falar sobre sua fé em Cristo Jesus” (v. 13). Que quadro mais lindo: um líder de igreja com integridade, uma esposa fiel, criando filhos bem governados e uma igreja que é governada da mesma forma que a família é dirigida. Isto levanta uma questão óbvia: O que aconteceria se a família do líder da igreja não está em tal condição? As implicações ter duas repercussões: 1) Ainda há tempo para colocar o casamento e a casa em ordem, 2) o líder da Igreja e a Igreja precisam examinar como a integridade pessoal, o casamento e a vida da família do líder da igreja tem afetado a igreja. O evangelho deve ser crido, vivido e posto em prática primeiramente na casa do líder. Os capítulos 2 e 3 são exemplos da graça restauradora de Deus através das pessoas, das suas famílias e da igreja. Vs. 14 – 15 QUALIDADES DA IGREJA O apóstolo escreve a Timóteo esta ordem a fim de que a igreja possa saber como se comportar e porque eles devem se comportar dessa maneira. Os versículos 14 e 15 identificam a natureza da igreja de Deus. A igreja é a casa de Deus, a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade. A igreja é a casa de Deus,35 o lugar onde se reúne a família de Deus. Mais uma vez, o apóstolo traz a analogia entre a família cristã e família da igreja. A família cristã é um pequeno modelo para a família de Deus. Ainda que todos os seres humanos nasçam na família humana, Calvino nos lembra que os filhos de Deus são adotados na família de Deus. A igreja é a ekklesia. A igreja é a congregação que é chamada (klesia) para fora (ek) do mundo para adorar e servir ao Senhor neste mundo e no mundo vindouro. A natureza de ser chamado para fora, mostra que Deus está preparando para si mesmo um povo especial, uma comunidade redimida e uma comunidade dentro da comunidade mundial. Deus é o autor do chamado das pessoas. As pessoas não chamam a si mesmas à igreja. Deus usará seus servos para ir ao mundo e chamar as pessoas para que venham a Ele. A quem Deus usou para que você viesse a Cristo? Pare e agradeça a Deus por essa pessoa. Certifiquese de agradecer a essa pessoa também. 35 Oikos. Uma morada, um lugar onde a familia se reúne (Strong) Estamos chamando outros para virem ao Pai através de Jesus Cristo? Somos gratos pelas estações de rádio, programas de televisão, distribuição de literatura e programas evangelisticos que chamam as pessoas para que venham a Jesus pela fé? A maioria das pessoas virá através de um convite pessoal de um cristão que evangeliza ou levar a pessoa à igreja para ser evangelizada. A igreja é uma "comunidade de chamados.” As pessoas são chamados a deixar o seu pecado e o mundo e entrar pela fé para o Corpo de Cristo. No entanto, a natureza do chamado da igreja não para por aí. Na obra do Espírito Santo na santificação somos chamados para separar todas as coisas ao Senhor. Dedicamos nosso trabalho, amizade, família e todos os relacionamentos da vida para o propósito do Senhor. Este é um processo maravilhoso. O cristão começa a florescer na obra do Senhor quando o Senhor opera Sua santa vontade através das relações da vida. A igreja é tanto a pedra angular como o fundamento da verdade.36 É somente dentro da Igreja de Jesus Cristo que a verdade de Deus é apresentada e mantida com firmeza. Civilizações vêm e vão, mas a igreja de Deus existe desde Adão e Eva e tem continuado a manter a verdadeira revelação de Deus. A imagem de que a igreja é um pilar e fundamento da verdade pode ser melhor compreendida ao olharmos para o templo de Jerusalém, ou mesmo olhar para a estrutura dos templos pagãos gregos. Sem uma base sólida e pilares fortes, o terremoto mais leve destruirá o templo. Assim é com a igreja institucional de hoje. A apostasia do liberalismo teológico e ético, bem como o legalismo, destroem tanto o fundamento quanto os pilares ao deturpar a verdade. O apóstolo ensinou à igreja primitiva que o fundamento da igreja eram os profetas, os apóstolos, sendo Jesus Cristo, a pedra angular (Efésios 2.20). O apóstata desafiaria os profetas do Antigo Testamento e os ensinamentos apostólicos do Novo Testamento. Os ensinamentos apostólicos são negligenciados por aqueles que dizem que os ensinamentos de Pedro, Paulo e João são interpretações pessoais e culturais, em vez de ensinamentos apostólicos e proibições que são parte da Palavra inspirada de Deus (2 Tm 3.26). A areia movediça do relativismo, e da doutrina e da ética cambaleante do cristianismo são monumentos da verdade das palavras do apóstolo Paulo. As denominações protestantes históricas que antes foram colunas da verdade se tornaram apóstatas porque tem negado a 36 A verdade é tudo o que corresponde à revelação de Deus, porque Deus é verdade. divindade de Cristo, a infalibilidade da Bíblia, apoiado o aborto, aprovado a liberdade sexual e promovido a destruição da familia, das instituições sociais e da igreja. A força maravilhosa e zelo bíblico das igrejas fiéis em todo o mundo, são testemunhos do fato de que Deus continuará edificando a sua igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Em meio à hierarquia apóstata da Igreja Católica Romana, do liberalismo protestante e das manipulações evangélicas, Deus continua a chamar o seu povo, levando-lhes à sua casa e fortalecendo-lhes pelo seu Espírito e Palavra. Jesus disse: “Eu edificarei a minha Igreja” (Mateus 16:18). Vs. 16 UM CREDO PRIMITIVO O apóstolo lembra aos oficiais da igreja qual deve ser o seu credo.37 Ele mostra como eles devem ter boa (eu) adoração (sebia). Ele nos lembra que, embora a bondade seja um mistério e nem todo mundo entenda isso, Deus veio ao mundo, tendo um corpo humano, sendo justificado pelo espírito, visto pelos anjos, pregado em todo o mundo, crido pelos que não criam e agora está reinando em glória. Os líderes da igreja, aos quais ele está direcionando este capítulo, precisavam conhecer a verdade de Jesus. Por sua vez, eles deviam ensinar os membros da igreja. Eu fiquei em estado de choque quando visitei uma igreja em Guadalajara, no México, uma igreja que é reconhecida por seu crescimento dinâmico e extenso programa de educação. No entanto, haviam membros que acreditavam que Deus, o Pai tinha um corpo, que Jesus não ressuscitou corporalmente, que o Pai, Filho e Espírito Santo eram todos uma só pessoa e não três pessoas divinas, e uma série de heresias. Felizmente, quando associamos a prova de um texto bíblico com outros, a maioria creu na verdade. Todavia foi triste pensar que eles haviam estado em um estado tal de ignorância e auto-engano, devido à escassez de ensinamentos básicos. Este pequeno credo é colocado na seção de qualificações para os ofícios da igreja. Ninguém deve servir como bispo, ancião ou diácono, a menos que eles realmente creiam verdadeiramente nas doutrinas do versículo 16. Ninguém deve ser um membro da igreja sem crer nisso. Uma pessoa não deve identificar-se como cristã, sem sinceramente afirmar que Jesus é Deus e que Ele foi manifestado na carne. 37 William Hendricksen e outros escritores vêem esse credo como um hino. Isso, entretanto, não retira dele o conteúdo doutriário. Cristo foi manifestado na carne.38 O primeiro princípio de adoração para os oficiais da Igreja é crer que Jesus é Deus e se tornou homem.39 Os profetas do Antigo Testamento pregaram sua vinda. Isaías escreve: “eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel. (que quer dizer: Deus conosco)” (7.14). E em seguida, “porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu...” (9.67). Ele nascerá como o Filho do Homem e nos será dado como o Filho de Deus. Você crer a que Jesus é Deus? Os judeus não-cristãos, os pagãos romanos, arianos ou Testemunhas de Jeová, os Mórmons, os protestantes liberais, os ignorantes evangélicos, as pessoas da Nova Era, os muçulmanos, os budistas e os hinduitas de hoje não creêm que Jesus é Deus. Cremos porque Jesus se revelou a si mesmo dessa maneira. Ele recebe adoração, ele se identifica como igual ao Pai e ao Espírito Santo. Ele faz as obras de Deus e ele se confessou como Senhor e Deus, como disse Tomé a Jesus: “Meu Senhor e meu Deus”. Que diferença faz, se cremos que Jesus é Deus? Muita diferença. Toda diferença! Em primeiro lugar, se Jesus não é Deus, então ele foi o maior mentiroso que caminhou sobre a face da terra porque Ele disse que ia sentar no trono de glória e haveria de julgar os vivos e os mortos. Ele recebeu adoração dos seus discípulos, ele se colocou no mesmo nível que o Pai e o Espírito Santo. Ele recebeu os nomes divinos de Teo (Deus), Kurios (Senhor) Messias, Filho do Homem e Filho de Deus. Nós, os que lhe seguimos seríamos os mais tolos seres humanos do planeta se Jesus não fosse Deus. Em segundo lugar, Jesus deve ser Deus para nos salvar. Somente um Deus eterno pode nos salvar para a eternidade. Um Jesus temporal não pode salvar-nos para a eternidade, posto que ele não possui a eternidade como o Deus eterno a possui (Mateus 25.31). E, finalmente, cremos que isso é verdade porque Jesus ensinou (Mateus 28.19) e nos encarregou de fazer discípulos em nome do Deus trino, do qual Ele é uma das três pessoas. Você crer que o Filho de Deus se encarnou? O Pai nunca teve um corpo, nem tampouco o Espírito Santo, só Jesus Cristo. A encarnação de Jesus aconteceu na concepção de Jesus. O que foi concebido no ventre de Maria veio do Espírito Santo (Mateus 1.21). A vida humana começa na concepção e é onde a humanidade de Jesus começou. A discussão é se “quem” se refere a Jesus ou a Deus. Posto que o sujeito é Cristo, isso teria sentido. E, posto que Jesus é Deus, isso também seria correto. 39 Calvino resume isto dessa forma: “Primeiro, temos aqui um testemunho expresso de ambas as naturezas (de Cristo); por ele se declara ao mesmo tempo que Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Segundo, ele sinaliza a distinção entre as duas naturezas, quando, por uma parte, ele o chama Deus, e por outra, expressa que ele “foi manifestado em carne”. Terceiro, ele assevera a unidade da pessoa, quando ele declara, que é uma e a mesma pessoa que foi Deus, e que havia sido manifestado em carne. 38 Que diferença faz se Jesus tinha um corpo humano ou não? Em primeiro lugar, acima de tudo, a Bíblia diz que o espírito do anticristo nega que Jesus se fez carne. O apóstolo João escreve: “Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo...” (1 João 4.2-3). Em segundo lugar, pelo fato de Jesus se fazer carne, Ele tomou o nosso lugar. Ele é o segundo Adão, Ele é o novo representante da nova humanidade, Ele é o nosso substituto em mérito e sacrifício. Se Jesus não fosse humano não poderíamos ser salvos. Deus o Pai exige perfeição da humanidade. Apenas Jesus viveu e morreu perfeitamente. E Ele morreu por nós e pagou a nossa pena. Ele ressuscitou de forma corporal e agora nos representa à destra do Pai. Você acredita na ressurreição e ascensão corporal de Jesus? Ou isso é apenas algo sem sentido para você? Você deve ler a história de Jesus em Lucas 24.39: “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho.” Porque Jesus ressuscitou de novo em um corpo, nós também ressuscitaremos como indivíduos inteiros e integrais: tanto alma como corpo. O coxo andará, o surdo ouvirá, o mudo falará, o paralítico se levantará e Deus cumprirá o Seu plano de criação. Você acredita que Jesus é uma pessoa divina? Jesus é uma das três pessoas divinas da Santíssima Trindade. Ele nos ensinou e nos encarregou de fazer discípulos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Três pessoas, um Deus. Jesus é a segunda pessoa da Trindade. Você acredita que Jesus tem duas naturezas? Ele é uma pessoa divina com duas naturezas: uma humana e outra divina. Ele é o Emanuel, Deus conosco. Ele sempre permaneceu como Deus e Ele se manifestou a nós em forma humana. Paulo espera que os bispos e diáconos, assim como suas esposas, tenham uma idéia clara sobre a implicação de “Deus foi manifestado na carne. Então, como podemos manter tudo correto e está certos de que cremos na verdade? Precisamos do Espírito Santo para nos guiar através da Palavra de Deus, a Bíblia. Precisamos de pregadores, mestres e treinamento contínuo como alunos e discípulos. Ou será que estamos acima disso? Paulo está preparando Timóteo e à igreja em Éfeso para manter a sã doutrina e estilo de vida fiel. O bom ensino leva a boa ética ou bom estilo de vida. Justificado em Espírito. Embora Cristo tenha se humilhado assumindo a carne humana, Ele também foi justifica pelo Espírito.40 O Antigo Testamento é rico em profecias sobre como o Espírito Santo identificaria o Messias e Servo do Senhor (Isaías 11.2, 42.1, 48.16, 61.1). O Espírito de Deus dá testemunho de Jesus na Sua concepção, nascimento, batismo, através de todo o seu ministério e em sua chegada especial no dia de Pentecostes. A justificação no Espírito significa que o Espírito Santo confirmou tudo o que Jesus ensinou e fez. O Espírito Santo aplica o que Cristo completou. Nada do que o Espírito faz é contra a pessoa, ensino e ações de Jesus. Se o oficial da igreja é regenerado pelo Espírito, ele confessará que Jesus é o Senhor (1 Coríntios 12.3). Há muitas pessoas que afirmam ter uma relação íntima com o Espírito Santo. Eles falam em língua, profetizam, expulsam demônios, evangelizam, pregam e ensinam; mas eles não crêem que o Espírito Santo é a terceira pessoa da Trindade. Eles não acreditam que o Espírito Santo é uma pessoa divina. Isso significa que eles não têm o Espírito Santo, eles são fraudes e Paulo adverte Timóteo para fugir de tais pessoas. Lembre-se, Deus usou o jumento de Balaão para professar a verdade. O animal não era sequer humano, muito menos salvo. Só porque você tem alguns dons sobrenaturais não garante a sua salvação eterna. Somente se você nasceu de novo e vive na santidade do Espírito Santo você pode viver de acordo com a Palavra inspirada de Deus. Então, como você pode ter certeza que você foi influenciado pelo Espírito Santo? Não há substituto para a leitura, estudo e instrução da Palavra de Deus. “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” (2 Timóteo 3.16-17). Com o autor do hino cantamos: Sopra o Espírito de Deus Encha-me de nova vida Que possa eu amar os que amas E fazer o que queres que eu faça. 40 Duas leituras são possíveis. Tanto a Reina Valera como a NVI interpretam espírito como o Epírito de Deus. Calvino e outros falam sobre Jesus sendo justificado por seu próprio espírito. Posto que o artigo está ausente não há sentido falar sobre a afirmação do Espírito Santo do Cristo encarnado. Contemplado por anjos. Os anjos, tanto os fiéis como os caídos, conhecem que Jesus se fez homem, redimiu ao homem, ressuscitou dos mortos, subiu ao céu e reina como Rei soberano sobre o seu reino. Se o diabo sabe disso e treme, se os demônios sabem disso, por que tantos seres humanos são tão ignorantes e negam esta verdade? Alguém tem de lhes dizer que o maligno lhes prendeu no espírito da ignorância e do engano. Há apenas uma maneira de ser libertado de tal engano: é que o Espírito de Deus nos conduza a Jesus Cristo que nos revela o Pai. Deus usa anjos para revelar verdades que o homem não conseguiria por si mesmo. Mas agora a verdade de Jesus Cristo e sua revelação é superior a tudo o que os anjos nos possam dizer (Hebreus 1.1-2). Agora os pregadores são os anjos, os mensageiros da revelação de Deus. Como os anjos da Bíblia foram instrumentos da revelação especial de Deus, assim os pregadores que proclamam a Palavra de Deus são mensageiros da revelação especial de Deus. Temos que nos quedar constantemente sob a pregação da Palavra de Deus, porque não há outra maneira pela qual possamos discernir a vontade de Deus para nossas vidas. As glórias de Cristo deve ser anunciadas a nós na pregação, na proclamação e no ensino. Pregado entre os gentios. Jesus é pregado entre os não-judeus, como prometido tanto no Antigo (Gênesis 12.1-13) como no Novo Testamento (Romanos 15.7-13). A Grande Comissão de fazer discípulos entre todas as nações e pregar o evangelho a todas as pessoas será cumprida. Calvino nos lembra que Deus escolheu a igreja para proclamar as boas novas de salvação ao mundo. Que séria e maravilhosa tarefa! A Igreja de Jesus Cristo pregará o evangelho aos gentios. Esta igreja é conhecida: 1) Pela pregação o evangelho; 2) Pela pregação aos gentios; 3) Pela implantação de igrejas que pregue o evangelho e preguem aos gentios. Você faz parte do programa de Deus de pregar aos gentios? Você pode não ser um pregador, mas você pode fazer parte da equipe de apoio, tal como os 120 que apoiaram a Jesus e aos 12 discípulos. O cristão toma parte deste incrível programa de participação e ajuda na pregação do evangelho a todos os homens, mulheres e crianças. Crido no mundo. A pregação do evangelho terá fruto. Há pessoas no mundo que responderão. A pregação não é em vão. A pregação é o instrumento escolhido por Deus para trazer a salvação às pessoas.Tanto o pastor como os membros de igreja devem proclamar o evangelho a todos. O evangelho deve ser pregado a todos, no espírito dos ensinamentos de Paulo no capítulo 2. As Olimpíadas foram realizadas na China, no verão de 2008. Pouco se sabia do que estava acontecendo na China. Ouvimos relatos de 80-130 milhões de cristãos que ali vivem. Mais de 220.000 estão na prisão, dizem eles. A maioria dos cristãos fazem parte da igreja clandestina. Eles adoram em segredo de uma maneira discreta. A maioria se converteram sem a intervenção da igreja apóstata e liberal da Europa e da América do Norte. Mas eles entraram no reino através do evangelismo pessoal, a expansão se dá com o evangelho transmitido de pessoa a pessoa. Sem nenhuma junta missionária, nem comitês missionários, nem reuniões de avivamento, nem cura, nem concertos musicais, nem instituições cristãs de ensino... só evangelismo, estudo bíblico, música simples, discipulado, comunhão, adoração tranquila, crescimento da igreja; testemunhado no martírio . Se tão somente as igrejas apreciassem e retornassem à simplicidade da igreja primitiva de uma só vocação, uma só fé, um só corpo, um só Senhor, um só batismo (Ef 4.1-4), então, a maioria das coisas que dividem os cristãos sinceros seria posta em seu lugar: fora da porta da igreja com o fim de ser armazenado no museu da igreja. Nossa principal tarefa como Igreja é pregar o evangelho às pessoas no mundo para que elas possam crer. Oswald Smith colocou isto em perspectiva. Por que pregar a segunda vinda de Jesus, quando a maioria das pessoas não ouviram sua primeira vinda? Recebido na glória. Jesus está reinando em glória em sua morada celestial. Quando ele subiu ao céu foi para receber a glória. Os teólogos reformados referem-se a coroação de Jesus Cristo como foi profetizado no Salmo 24 e referido ao longo do livro do Apocalipse. Jesus reina no céu e virá de novo para dar o reino ao Pai. Glória se refere ao propósito perfeito e à excelência de Deus. As perfeições de Deus são arruinadas pelo homem pecador. O homem nasce destituído da glória de Deus (Romanos 3.23). No entanto, a glória de Deus é através de cristãos regenerados que vivem pela fé no Cristo crucificado, ressuscitado e reinante. Todo a obra de Cristo derramada sobre a terra através do Espírito Santo através de servos de Deus retornará para dar glória a Deus! No final do dia, a única coisa que permanecerá é o que glorifica Deus. Deus será glorificado no juízo, tanto no castigo dos ímpios como no prêmio e na vida eterna dos justos. Há aqueles que dizem que não acreditam que o Jesus histórico está glorificado no céu. Alguns negam a ressurreição corporal de Jesus e crêem que somente o seu espírito foi para o céu. Outros não acreditam que o Messias há de vir. Não é assim com os cristãos. Eles sabem que Ele vive em glória, tanto em corpo como em alma, e ele reina dos céus, construindo sua igreja na Terra e cumprindo seu plano. O ensino e ministério de Paulo a Timóteo e a igreja em Éfeso é um exemplo abrangente do que isso. CONCLUSÃO O capítulo 3 é um ensino glorioso sobre as qualidades do bispo, dos diáconos, de suas esposas, da igreja e da doutrina cristã. O capítulo 4 é uma admonestação sobre o que não é um servo autêntico. PERGUNTAS SOBRE 1 TIMÓTEO 3:1-16 1. Qual é a relação do bispo com o pastor e o ancião? 2. Um pessoa pode desejar o ofício de liderança e deve ser chamada pela igreja? 3. Se Paulo foi um perseguidor da Igreja como pode ele propor que os líderes cristãos sejam como ele? 4. Como você interpreta a frase “esposo e esposa”? Alguém que casou pela segunda vez pode chegar a ser um bispo? 5. Qual é obra essencial de um diácono? 6. Quais são as quatro qualidades que a esposa do bispo e do diácono deve ter? 7. O que acontece com a igreja quando a verdade não é pregada e praticada? 8. Como as duas naturezas de Cristo são apresentadas no credo primitivo cristão? 9. Que importância tem “justificado em Espírito” para o cristianismo de hoje? 10. O que significa para você “recebido na glória”? FOLHA DE TRABALHO EXEGÉTICO Texto: Título: MÉTODO INDUTIVO (Obtenha informação do texto bíblico) Textos de Referência. Como outros textos influenciam na leitura de nosso texto? 1.1. (etc.) Explicação de informação importante no texto: - Palavras chaves e definições: - Observações gramaticais (estrutura da oração, variantes das leituras) - Gênero literário: (evangelho, história, parábola, legal, poesia, profecia, provérbio, etc.) - Como o texto se relaciona aos textos circundantes? - Como o texto está relacionado ao tema do capítulo e ao livro em que se encontra? - O texto diz algo explicito ou implícito sobre Deus ou sobre a salvação? - Método de tradução utilizada; - Há diferenças entre as versões da Bíblia? Quais são? - Autor humano. Como o conhecemos? - Que ocasião motivou o autor humano a escrever? - Audiência original para a leitura. Por que eles leriam o texto? - Contexto Geográfico: - Contexto Cultural, Social - Contexto histórico - Contexto religioso - Em suas próprias palavras, O que diz o texto e qual é o significado? Notas de comentário Identifique os ensinos principais do texto no estudo 1. 2. 3. (outros) SEXTA LIÇÃO CUIDADO COM OS APÓSTATAS EXPOSIÇÃO DE I TIMÓTEO 4 INTRODUÇÃO O apóstolo apela diretamente ao que o Espírito lhe há revelado, que haverá dissensão engano que são engendrados no inferno. Paulo usa a linguagem mais forte possível para mostrar como o Maligno buscará infiltrar-se na comunidade cristã. Calvino declara: “Aqui Paulo, por fim, na pessoa de Timóteo, adverte não só aos efésios, mas a todas as igrejas, em todo o mundo, sobre os mestres hipócritas, que, por estabelecer falsos cultos, e por cauterizar consciências com novas leis, adulteram o verdadeiro culto a Deus, e corrompem a pura doutrina da fé.” Cada geração vai enfrentar a infiltração de apostasia na igreja. Para Paulo e Timóteo foram os gnósticos (1 Tim 6.20) e os judaizantes (Gálatas). Calvino enfrentou a apostasia da Igreja Católica Romana. O cristianismo do século 21 confronta-se com o protestantismo liberal e e evangélicos que manipulam as pessoas. O apóstolo nos oferece uma forte identificação desses traidores, os “Cains” do cristianismo. IDENTIFICAÇÃO DO APÓSTATA A Apostasia é deixar a fé e ensinar o que a contradiz. Paulo identifica três coisas que identificam um mestre apóstata: 1) Eles abandonarão a fé; 2) eles seguirão espíritos enganadores e; 3) eles pregarão doutrinas de demônios. O RETRATO DOS LÍDERES APÓSTATAS Líderes apóstatas = Deserção Desapontamento Doutrinas diabólicas Esse deserção que acontecerá significa que haverá pessoas na igreja que terminarão negando a fé. Por que alguém iria querer negar as boas novas de salvação? O Apóstolo aponta as razões exatas: as influências espirituais que vêm do inferno. As pessoas que deixaram uma igreja que é fiel ao evangelho estão enganando a si mesmos e tornam-se mensageiros do maligno. As obras dos maus espíritos, demônios e Satanás têm o mesmo selo: engano. O engano (planos) é a obra de um impostor, enganador, de alguém que engana. Nos versículos seguintes o apóstolo mostra como é o engano religioso. O engano busca substituir a verdade por uma mentira que se parece com a verdade. Mas, o apóstolo tem mais verdades a adicionar. Ele menciona a obra e ensinos dos demônios. O autor não especifica exatamente de que demônios (daimonion) ele está falando, mas parece que os mestres estavam ensinando doutrinas errôneas sobre os demônios. Estes mestres conhecem mais sobre os demônios e sua hierarquia de autoridade e operação do que sabem do Evangelho de Jesus Cristo! Sua ênfase está em combater os demônios ao invés de seguir Jesus incondicionalmente. Eles requerem um sistema religioso legalista para manter seus membros com suas doutrinas sobre a batalha espiritual. Vs. 2 MESTRES HIPÓCRITAS Os mestres apóstatas aos quais Paulo se refere são: hipócritas, mentirosos e tem uma consciência cauterizada. Os apóstatas falam como hipócritas (hupokritis). Eles agem à parte, mas não apresentam a verdade. Calvino faz referência aos ritos externos dos romanistas: os jejuns, cerimônias e tradições que substituem a simples necessidade de viver pela fé em Jesus Cristo. No protestantismo liberal há um amor pelos sinais externos da unidade ecumênica. O Conselho Mundial de Igrejas se reúne em nome da unidade, entretanto, tolera as heresias uns dos outros tais como negar as Escrituras, negar a divindade de Cristo, aborto, eutanásia, homossexualidade e insubordinação. Os evangélicos manipuladores criam mega-movimentos que requerem os seus fiéis dêem dinheiro, comprem produtos de seu ministério e apoiem os mensageiros e a mensagem que estão contra o evangelho. O apóstolo Paulo expõe a evidência dos enganadores, eles enfatizam a religião externa, mas falta-lhes a operação interna da regeneração e da santificação do Espírito Santo e, eles estão perdidos por toda a eternidade. Eles são mentirosos. Eles contradizem a si mesmos. Eles são irracionais. O que eles dizem não concorda com o que Deus disse. O que Deus disse está na Bíblia. Não temos o suficiente respeito por Deus para comparar o que ele diz com aquilo que os nossos mestres religiosos estão dizendo? Isso criaria um conflito! Os líderes mentirosos não vão ficar satisfeitos com tais comparações. Eles o acusarão de ter um complexo messiânico. Eles dirão que você está julgando. Eles te chamarão de fariseu. Mas é tudo fumaça emocional. O fogo da verdade está no que a Bíblia diz. Os hipócritas tem consciência cauterizada. A consciência dos falsos mentres não opera apropriadamente. Em vez de lhes dizer que certo é certo e o errado é errado, sua consciência torna o certo em errado e o errado em certo! Nos versículos seguintes o apóstolo dá alguns exemplos práticos. Os servos de Deus devem ser praticantes da verdade. Eles precisam denunciar as mentiras e resistir à coerção da falsidade. Eles terão momentos solitários, como Paulo e Timóteo tiveram. Mas Deus está com eles como nos esclarecem as epístolas de Paulo. Vs. 3-5 OS APÓSTATAS PROIBEM O QUE DEUS CRIA O apóstolo se concentra em duas proibições contra o evangelho que os líderes apóstatas apresentaram. A proibição do casamento e comer certos alimentos. Paulo não está falando sobre aqueles que voluntariamente escolhem não se casar a fim de passar mais tempo servindo ao Senhor. Tal foi o caso com Paulo! Ele está falando sobre aqueles que, como a Igreja Católica Romana de hoje, tão enfaticamente proíbem o casamento de seus sacerdotes. Colocar peso sobre a consciência humana, onde as Escrituras e Cristo não nada nos proibe, é identificado pelo autor como a ação de “consciência cauterizada.” Ao contrário, vemos como o verdadeiro cristianismo exalta as virtudes da instituição do casamento e da família entre seus líderes (que é o marido de uma mulher) e afirma a boa criação de Deus como pode ser visto na provisão de comida e bebida. A atual crise no clero católico romano é vista no abuso infantil, no relacionamento com entre seus amantes, no ter filhos fora do casamento, na condescendência com a fornicação e pornografia que está relacionada à não natural, não bíblica e anti-apostólica proibição do casamento de padres e freiras. A justificativa de que os padres estão entrando voluntariamente no celibato é desmentida por aqueles sacerdotes que querem casar, mas isso não lhes é permitido. Não há nada de errado em ser solteiro e celibatário voluntariamente. Mas a Igreja Católica Romana, exige que seus líderes sejam solteiros. Mesmo os cristãos mais simples que lêem 1 Timóteo 4 e que têm observado a proibição da ICR deve ser capaz de ver a hipocrisia da hierarquia católica romana em forçar seus líderes ao celibato. Sabendo disso, o crente deve tomar uma decisão entre tolerar esse tipo de liderança ou de submeter-se à liderança bíblica. A opção de se casar secretamente ou de ter uma concubina é contraprodutiva para a edificação de uma sociedade sólida, construída sobre valores de integridade. A proibição de comer certos alimentos e bebidas deve ter causado um choque nos novos convertidos do judaísmo. Paulo deixa a porta aberta para que judeus convertidos se abstenham de alimentos, mas ele não nos permite julgar e condenar os outros por não fazer a mesma coisa (Romanos 14). O mesmo deve ser dito sobre os evangélicos que proíbem o consumo de vinho e bebidas alcoólicas. Quem somos nós para negar o primeiro milagre mencionado de Jesus como também a instrução do apóstolo a Timóteo a tomar com moderação e para fins medicinais? Os crentes são instruídos a receber tudo que Deus criou com ações de graças, e consagrar seu uso pela Palavra e pela oração. Obviamente, com isso não se promove libertinagem. O crente deve usar seu conhecimento das Escrituras e sua consciência responsável participando nos dons de Deus. Paulo instruiu os crentes primitivos a não usar a sua nova liberdade para ofender os outros. A discrição deve ser praticada, mas comer e beber alimentos e bebidas que Deus tem dado, não deve ser proibido de forma legalista. O evangelho da fé em Jesus Cristo afirma a boa criação de Deus e expõe o engano da religião falsa. Cada crente é chamado a resistir e separar-se líderes que dizem que são guiados pelo Espírito, mas as suas doutrinas e ações mostram o contrário. Sua doutrinas falsas mostrarao onde está a sua lealdade suprema. Vs. 6-10 INSTRUÇÕES PARA UM BOM MINISTRO Ser um bom ministro é o resultado de ter sido criado nas verdades da fé, ensinando fielmente nas verdades e também praticando-as. Bom ministro = Criado nas verdades Ensinando fielmente Prática fielmente a da fe + a verdade + verdade + Alimentado com as palavras da fé. Um bom ministro tem de nutrido e edificado na verdade, crendo e exercitando a fé. Não há substituto para o estudo da Bíblia e para a oração. No estudo da Bíblia vemos a revelação de Deus no passado (a história bíblica da redenção). Na oração, aplicamos estas verdades a nosso presente e futuro. Martinho Lutero observou: “Tenho tanto a fazer (hoje), que passarei as três primeiras em oração.” Ensinando fielmente a verdade. O ministro é um professor. Ele instrui. Ele guia. Ele conduz. Ele adverte. Ele treina naquilo que é bom e agradável a Deus (2 Tm 3.16-17). Ele pratica fielmente a verdade. Se você realmente quer saber se um pastor e um mestre cristão pratica a verdade pergunte à sua esposa e filhos. O mestre pode enganar aos alunos que estão com ele por uma hora ou duas por semana, mas o comportamento diário dele é observado em casa. O que o mestre faz em secreto? Como é sua vida em seus pensamentos? Ele pratica a verdade do evangelho no seu interior? O que faz um mestre em secreto mostra o que ele pensa sobre o seu ensino. Tais questões não se destinam a condenar o mestre por ser inconsistente. A intenção dessas questões é incentivar o mestre a aplicar o "bom ensino" em todas as áreas da vida. O evangelho é capaz de transformar cada pensamento e paixão. É por isso que o evangelho é uma boa notícia ao invés de más notícias. O bom ministro evita as fábulas profanas e de velhas caducas. Uma fábula profana é uma história que minimiza a glória de Deus. Os líderes apóstatas têm ensinamentos extravagantes sobre o mundo do diabo, batalha espiritual e disciplina cristã. Mas eles estão vazios da glória de Deus. Deus quer que nos concentramos nele e não prestemos atenção, ouçamos ou demos crédito ao diabo. O cristão baseia seu sistema de crença na história, sobre os fatos, eventos diários, e não em fábulas. Para o cristão a criação do mundo por Deus, a criação de Adão do pó, a serpente, a queda, a maldição, são eventos reais e dados concretos da história humana. Assim como o primeiro Adão, a vida do segundo Adão é histórica (Romanos 5.19). Se a vida, morte, ressurreição e ascensão de Jesus não está na história, então nossa fé está baseada em fábula que está sempre mudando e que não pode ser assegurada ou garantida (1 Coríntios 15). Evite as fábulas de velhas caducas. A idéia de uma fábula de velhas caducas é uma expressão curiosa. Evoca em nossas mentes todos os erros cômicos de nossos antepassados. A palavra grega que Paulo usa tem uma conotação de “histórias tolas.” O leitor será surpreendido ao saber quantas idéias idiotas existem até mesmo entre os nossos líderes. Por esta razão, todas as nossas habilidades e idéias precisam ser equilibradas com a Palavra de Deus. Quais são alguns dos contos de velhas caducas que seriam equivalentes a fábulas de hoje? Você já ouviu falar que, para se comunicar com o Filho de Deus você precisa falar com sua mãe, Maria? Dizem que os protestantes ofendem à Mãe de Deus por não orar a ela. Mas, não apenas isso, os protestantes ofendem a “igreja mãe”, isto é a Igreja Católica, por não nos submetermos à ela. não rezar para ele. Um conjunto de ensinos foram desenvolvidos em torno do papel de Maria no céu. A Mariologia tradicional está construída sobre as premissas do Concílio de Éfeso (431) de que Maria é a mãe de Deus. O protestante clássico define o papel de Maria como uma serva especial de Deus, um ser humano necessitado de salvação e de um Salvador "”e meu espírito se alegra em Deus meu Salvador” (Lucas 1:47). O bom ministro precisa de treinamento constante. Paulo lembra a Timóteo que o exercício físico é de algum valor, mas que o treinamento na piedade é de valor no presente, no futuro e por toda a eternidade. Note-se a preocupação que o apóstolo tem com piedade.41 Piedade, é a antítese de concentrar-se nos pressupostos humanistas, tradicionais e filosóficos. Timóteo tem de ser centrado em Deus, não somente com seu intelecto, mas também com a sua consciência e em suas tarefas físicas. O apóstolo Paulo não minimiza o papel da exercício físico. No entanto, ele o coloca no lugar adequado. O exercício físico deve ser realizado de forma piedosa, tendo em mente a importância e a realidade do treinamento para a eternidade. O apóstolo lembra Timóteo do objetivo do Evangelho e os meios pelos quais ele deve cumprir este objetivo. O evangelho deve ser pregado a todos os homens. Deve ser ouvido por todos. Os meios usados para cumprir esse propósito são servos de Deus labutando e se esforçando sobremodo. Mais uma vez, o apóstolo faz referência a todos os homens. Observamos no Capítulo 2 que isto inclui os gentios. Então, a salvação em Cristo deve ser oferecido para cada tipo de pessoa, tanto a judeus como a gentios. Os crentes responderão e clamarão a Jesus como Senhor e Salvador. Este pensamento é semelhante à conclusão do capítulo 3, “pregado entre os gentios, crido no mundo ...” Não é uma tarefa fácil levar o evangelho a todos os homens. Em primeiro lugar, acima de tudo, essas pessoas não acham que precisam do evangelho! Se eles achassem que têm essa necessidade, eles o buscariam. Assim, o pregador deve primeiro mostrar às pessoas a necessidade do evangelho. Alguns servos do Senhor foram mortos tentando alcançar as pessoas. Em segundo lugar, o evangelho deve ser explicado apropriadamente. Isso também exige trabalho duro. Eles devem ensinar, pregar, disciplinar e testemunhar em todas as áreas da vida. Em terceiro lugar, os discípulos precisam ser treinados para ensinar outros discípulos (2 Tm 2.2). Vs. 11-16 INSTRUÇÕES PESSOAIS PARA O MINISTÉRIO A ousadia do apóstolo Paulo é difícil de ser apreciada pelo cristão contemporâneo no "mundo livre". Nesse mundo a verdade não é considerada revelada, proclamada e ensinada, mas deve ser descoberta e reconstruída pelo aluno (construtivismo) ou reformulada para expressar uma síntese socialista (dialética social). A verdade, para o homem moderno 41 Calvino. Por la palabra piedad, él quiere decir la adoración espiritual de Dios que consiste en la pureza de consciencia. encontra-se na intenção do humano que o define (humanismo) ou nos princípios da elite social (engenharia social). A filosofia de ensino do apóstolo é: “Ordena e ensina estas coisas.” Paulo não está interessado na opinião de Timóteo ou em uma seção para compartilhar com a congregação em Éfeso. Não é necessário consulta a outros apóstolos. Ele está falando como um apóstolo com autoridade divina e seus ensinamentos devem ser recebidos como tal. Pode ter havido ocasiões em que os apóstolos consultaram, compartilharam ou até mudaram seus pensamentos, mas nesse contexto, o tempo é curto, a situação é intensa e Paulo escreve não só para a situação imediata, mas para a igreja universal. Paulo lembra a Timóteo para não ficar perturbado com as críticas por ele ser muito jovem. A salvação ou a santidade não vem com a idade. Em vez disso, Paulo encoraja Timóteo a pregar e praticar a fé, amor e pureza. O evangelicalismo americano tem uma teologia contraditória em relação às crianças. Por um lado encontramos aqueles que dizem que todas as crianças nascem inocentes. Isso significa que eles não precisam de salvação, porque eles são inocentes. No entanto, alguns desses mesmos teólogos dizem que você deve nascer de novo para ser salvo. Isso significa que se todas as crianças são inocentes e são salvas automaticamente, se elas morrerem na infância elas não precisam nascer de novo para ser salvo. Então, se cada teólogo evangélico fosse consistente em sua teologia eles deveriam ter dito: "você deve nascer de novo, a menos que você é uma criança que morre na infância." Então, em que idade as crianças passam a “não nascer de novo” ou deixam de ser inocente?” É possível ir de um estado de ser nascido de novo e chegar a não ser nascido de novo? É muito mais bíblico afirmar como o salmista que somos concebidos e nascidos em pecado e concordar com Paulo, que afirmou que todos estamos destituidos da glória de Deus. “Não há justo, nem um sequer.” Crianças e adultos precisam nascer de novo, regenerados pelo Espírito de Deus para entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne (não há inocência, e nem salvação por mérito) e o que é nascido do Espírito é espírito (vida espiritual). Paulo aponta para os sinais de vida espiritual no regenerado jovem Timóteo. Ele era um ser espiritual que creu, amou e viveu em santidade. Porque Timóteo, filho espiritual de Paulo, era nascido de novo, ele foi capaz de manifestar os frutos da vida espiritual. Movendo-se do conselho pessoal para os assuntos da igreja, o jovem discípulo também deve se dedicar à leitura da Escritura, pregação e ensino. Este ministério é necessário para que o Corpo de Cristo conheça a vontade de Deus, tenha discernimento espiritual para conhecer quem são os verdadeiros mestres e quem são os impostores, e, para crescer em santidade e ministério. O ministério não é simplesmente um assunto pessoal, mas o chamado de Timóteo foi confirmado pelos anciãos da igreja que lhe ordenaram com a imposição de mãos e que profetizaram seu ministério. Paulo lembra a Tímóteo que seu chamado e ofício na igreja vão além das opiniões e críticas de outros, vão além da sua idade e de sua própria opinião. Seu chamado foi confirmado pela profecia e acompanhado do dom de Deus. Medita nessas coisas e nelas sê diligente, para que o teu progresso a todos seja manifesto. Timóteo é chamado a crer completamente no que Deus é capaz de fazer. Deus nos tem dado Sua Palavra, Seu Espírito, o Corpo de Cristo, mentores e também desafios na vida. Deus é soberano sobre todas as coisas. Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus. Timóteo não deve depender de si mesmo, mas está completamente envolvido no reino de Deus. Timóteo dever ter cuidado de si mesmo e da doutrina. Boa ética vem da boa doutrina; a obra flui da fé; ortopraxia é baseada na ortodoxia. O premio de manter tal equilíbrio entre a vida pessoal e comunitária é a salvação tanto para Timóteo como para seus discípulos. A salvação de “todos os homens” requer que os líderes cristãos preguem a todos, ensinem a todos, sofram por todos. CONCLUSÃO O apóstolo alerta a Timóteo, a igreja de Éfeso e aos leitores da epístola acerca da presença do apóstata e da destruição que este trará à igreja. Paulo chama Timóteo e seus ouvintes à sã doutrina e a um viver fiel, “porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes”. PERGUNTAS SOBRE I TIMÓTEO 4 1. O que significa apostasia? 2. O que a apostasia inclui? 3. Qual é o mal da proibição do casamento e de comer certos alimentos? 4. Que tipos de fábulas deve ser evitadas? 5. Como o apóstolo reafirma que Jesus é Deus? 6. O que é piedade? 7. A idade é um fator determinante para a liderança cristã? 8. O que deve fazer o jovem Timóteo com as Escrituras? 9. Por que os anciãos impuseram as mãos sobre Timóteo? 10. Porque Timóteo deve ter cuidado de si mesmo e da doutrina? FOLHA DE TRABALHO EXEGÉTICO Texto: Título: MÉTODO INDUTIVO (Obtenha informação do texto bíblico) Textos de Referência. Como outros textos influenciam na leitura de nosso texto? 1.1. (etc.) Explicação de informação importante no texto: - Palavras chaves e definições: - Observações gramaticais (estrutura da oração, variantes das leituras) - Gênero literário: (evangelho, história, parábola, legal, poesia, profecia, provérbio, etc.) - Figuras literárias: (comparações, associações, representações) - Como o texto se relaciona aos textos circundantes? - Como o texto está relacionado ao tema do capítulo e ao livro em que se encontra? - O texto diz algo explicito ou implícito sobre Deus ou sobre a salvação? - Método de tradução utilizada; - Há diferenças entre as versões da Bíblia? Quais são? - Autor humano. Como o conhecemos? - Que ocasião motivou o autor humano a escrever? - Audiência original para a leitura. Por que eles leriam o texto? - Contexto Geográfico: - Contexto Cultural, Social - Contexto histórico - Contexto religioso - Em suas próprias palavras, O que diz o texto e qual é o significado? Notas de comentário Identifique os ensinos principais do texto no estudo 1. 2. 3. (outros) SÉTIMA LIÇÃO ASSUNTOS FAMILIARES EXPOSIÇÃO DE 1 TIMÓTEO 5 INTRODUÇÃO Como em Atos 6, os apóstolo trata de assuntos familiares, especialmente ao referir-se às viúvas na igreja. A família humana é o fundamento mais básico da igreja, a família de Deus. Quando um crente não tem o apoio de uma família humana, a Igreja que é a família de Deus e se torna sua família de uma maneira especial. Vs. 1 -2 A FAMÍLIA DE DEUS E A FAMÍLIA HUMANA GENTE NA IGREJA Os Anciãos MEMBROS DA FAMILIA Como pais, não o repreendas com dureza, mas exorta-o Jovens Como irmãos Mulheres idosas Como mães Mulheres jovens Como irmãs, com toda pureza Novamente, Paulo lida com assuntos de família, desta vez usando a família como um exemplo de como relacionar-se na igreja. Quando os jovens se convertem, sem dúvida, eles serão atraídos por mulheres jovens na igreja. Como eles devem se comportar com relação a isso? Eles devem tratar as jovens como irmãs com toda a pureza. Assim também, as moças devem tratar os rapazes como irmãos. Se a relação vai além da amizade e avança para o namoro, os casais devem prestar atenção à forma como a outra pessoa trata o membro da sua família e observar como eles se relacionam. Geralmente é verdade que a maneira como nos relacionamos com nossos familiares é como trataremos os outros. Outra dimensão do ensino de Paulo é que o Senhor diz sobre segui-lo. Ele disse que aquele que deixa a seu pai, mãe, irmão e irmã por causa do seu nome receberá muito mais. Deus usará a família da fé para nos prover de avôs, avós, tias, tios, irmãos e irmãs. Esta tem sido a experiência da nossa família missionária. Nosso filho e nossas filhas vivem a centenas de quilômetros de nossa família. Cada lugar onde temos servido em missões e ministério, o Senhor tem claramente providenciado famílias adotivas. Na República Dominicana, Jonathan foi rapidamente "adotado" pelo vaqueiros na cidade rural onde vivemos e ele andou a cavalo com eles nas encostas das montanhas para lidar com gado. Milagres, Julia e Tatica se tornaram nossos amigos e nos trataram como família. Companheiros missionários foram como tios e tias para os filhos dos missionários. Quando nos mudamos para London, Ontário, a igreja local estava cheia de famílias adotivas, irmãos e irmãs no Senhor e tivemos um momento de grande companheirismo e risadas. Em Miami, cada um dos meus filhos teve um relacionamento especial com um adulto: Jon com John e Van Nick Wingerden; Katrina com “tio” Dickie Philips Melinda com Drew e Jen Linds. Pres Hopkins era como um avô, uma relação que vem desde a sua visita à República Dominicana. Ann e Fritz Kalmyns foram como avós em Miami. O Senhor multiplicou a sua promessa de prover uma família! A igreja dá esperança às pessoas que vêem de lares desfeitos. Os cristãos são os primeiros a apoiar as medidas pró-vida tais como adotar ao invés de abortar, acampamentos para jovens, educação cristã, o cuidado de deixar na escola, escola dominical, clubes bíblicos, grupos de jovens, sociedades para jovens adultos, grupos para mulheres, sociedades para homens e outros ministérios que ajudam o ser humano a desenvolver a família e a comunhão. Vs. 3-16 APOIO AS VIÚVAS Paulo reconhece, como foi o caso em Atos 6, que existem viúvas que passam necessidade. Então, Ele passa a descrever a responsabilidade da família e da igreja. A igreja deve ensinar as famílias a cuidar das viúvas. Ele dá muitas razões importantes para isso: 1) a família deve colocar a sua religião em prática, 2) o Senhor se agrada quando as famílias recompensam seus pais e avós, e 3) não fazê-lo seria como negar a fé e se tornar pior que um não-cristão. Portanto, a regra geral na igreja é para as famílias cuidarem das suas próprias viúvas. Dito isso, Paulo fala de três exceções. A viúva deve ser: 1) uma viúva com mais de 60 anos que não tem uma família para apoiá-la, 2) uma jovem viúva e, 3) caso da família de anciãos apoiados pela igreja. A igreja primitiva desde o início do ofício diaconal como descrito em Atos 6, tem uma forma especial de tratar viúvas acima de 60 anos e que não têm família para apoiá-las. Calvino observa corretamente: “Paulo diz aqui que as viúvas “esperam em Deus,” da mesma forma como ele escreve em outro lugar que a não casada cuida de agradar a Deus, porque as suas afeições não estão divididas como as das pessoas casadas” (1 Coríntios 7.32). Paulo descreve as viúvas nos versículos 9-10 como fiéis aos seus maridos, fiéis na criação dos filhos (embora eles agora provavelmente já tenham saído de casa ou não tenham mais contato com sua mãe) e que sejam conhecidam por suas boas obras. Essas viúvas continuariam servindo os santos nas suas necessidades, sendo interecessoras em especial oração e sendo apoiadas pela igreja. Em seguida, Paulo lida com a questão das viúvas jovens. Essas ao invés de renunciar ao desejo natural de casarem-se de novo, ele as encoraja a casarem de novo ao invés de ficaraem sob o cuidado da igreja. Paulo elabora muitas razões para isso. Primeiro, as mulheres mais jovens devem casar de novo para evitar a morte espiritual (vs. 6). É natural que a jovem viúva queira casar de novo. Tal desejo natural não é mal e deve ser respeitado. Assim, a Igreja não deve pedir-lhes que façam um voto de celibato, quando na verdade isso seria antinatural. Não casar de novo também abre a porta para a preguiça e para a busca de prazer e tentação. Paulo lembra às mulheres mais jovens que é honroso está casada, ter filhos, cuidar de suas casas e evitar ser acusada de serem irresponsáveis. Calvino aponta as conseqüências do celibato forçado. “Quantos crimes monstruosos são cometidos todos os dias dentro do papado pelo celibato obrigatório das freiras! Muitas barreiras são deliberadamente transpostas! E assim, embora este curso pareça aconselhável no início, no entanto, alertados por tantas e terríveis experiências, eles deveriam ter atentado, de alguma forma, para o conselho de Paulo. Porém, eles estão tão longe disso, que provocam a ira de Deus, mais e mais, a cada dia, por sua obstinação. E falo não só de freiras, mas também de padres e monges, que também são obrigados a observar o celibato perpétuo. No entanto, a vergonhosa luxúria irrompe entre eles, de modo que dificilmente um em cada dez vivem de forma casta; e nos mosteiros, o menor de todos os males é a fornicação comum. Se eles curvassem seus corações para ouvir Deus falando através de Paulo, imediatamente lançariam mão desse remédio que ele prescreve; mas tão grande é o seu orgulho, que furiosamente perseguem aqueles que o lembram disso. " Felizmente, Calvino foi casado. No entanto, Calvino vai além das realidades da felicidade conjugal e vê isso como uma negação do evangelho. Calvino continua: “Ora desaprovamos essa tirânica regra de celibato, por duas razões primordiais. Primeiro, porque eles pretensionamente acham que, por meio de tais votos, alcançarão meritos diante de Deus e, em segundo lugar, porque pela precipitação em fazer os votos, eles empurram suas almas à destruição. Nenhuma dessas coisas se encontrava na antiga instituição. Elas (as viúvas) não fazia um voto de castidade, como se a vida de casado fosse menos agradável a Deus, mas apenas, porque o ofício para o qual foram eleitas o requeria; nem renunciavam sua liberdade de casarem-se, até o tempo em que o matrimônio fosse algo absurdo e impróprio, por mais livres que fossem elas. Em suma, essas viúvas eram tão diferentes das freiras, como o era a profetisa Ana de Claudia, a virgem vestal. (Em Roma as virgens consagradas à deusa Vesta, era chamadas de vestal (como se dissessemos, hoje em dia, as freiras de Santa Clara, e essa Claudia, que era muito famoso, era uma delas.)” Paulo não trata com a situação de uma jovem viúva que não tem a oportunidade de casar de novo. Em vez disso, o apóstolo acrescenta ao princípio geral a recomendação de que as jovens viúvas procurem casar de novo. A terceira situação que Paulo trata tem a ver com os anciãos na igreja. A igreja deve apoiar financeiramente aos anciãos que pregam e ensinam? Vs. 17-20 APOIO PARA O ANCIÃO DA IGREJA O apóstolo advoga tanto ajuda financeira quanto apoio moral para os presbíteros da igreja que ensinam, principalmente os que têm dedicado o seu tempo ao estudo, à oração, e direção dos assuntos da igreja. Na maioria das igrejas que aderem à essa regra, há anciãos que trabalham em tempo parcial e anciãos que trabalham em tempo integral, ou ao menos nas responsabilidades da pregação e do ensino. Não somente o justo apoio financeiro aos anciãos que pregam e ensinam, mas também o cuidado com as necessidades dos anciãos tem de seguir um padrão de justiça. As acusações contra o ancião precisam ser respaldadas por duas ou três testemunhas. Esta foi a prática tanto no Antigo (Dt 19.15) como no Novo Testamento (Mateus 18. 15-16). Se o ancião for considerado culpado, ele deveria ser repreendido publicamente para que outros líderes e membros da igreja fossem advertidos. Por implicação, a igreja deve cuidar das viúvas dos anciãos que ensinavam e pregavam. Tal como acontece com seus maridos, eles merecem dupla honra, porque elas apoiavam seus maridos quando eles estavam vivos. A maioria das denominações e igrejas têm feito provisão para o cuidado das viúvas de pastor, missionário e evangelista. Esta é uma implicação lógica do ensino do Apóstolo sobre as viúvas e os anciãos. Vs. 21 -25 INSTRUÇÕES FINAIS Não se deve mostrar favoritismo ou parcialidade. A igreja deve seguir os princípios gerais que o apóstolo ensinou. Estes princípios se aplicam a todos. Quando a igreja está considerando “a imposição das mãos” ou a nomeação para o ofício da igreja, isso não deve ser feito às pressas. Precisamos entender bem o contexto do candidato; ele deve provar-se a si mesmo e, em seguida, com o treinamento adequado, ser ordenado ao ofício. Se a igreja não é cuidadosa, os ofícios serão preenchidos por líderes fracos e reprováveis. É melhor que o candidato prove a si mesmo na membresia da igreja antes de se tornar um líder. A exigência do verso 21, de não mostrar favoritismo, precisa ser observado na escolha dos que irão ocupar os ofícios da igreja. É uma tentação para o pastor está rodeado de seus amigos e de homens que dizem “sim”. O favoritismo pode ser evitado no processo da nomeação apresentando o candidato à congregação de forma pública, para ver se existe alguma acusação contra este, e então, fazer com que todos os líderes da igreja votem a favor da adição do novo candidato. Paulo lembra a Timóteo a não ser estóico a ponto de não usar vinho para fins médicos. Algumas igrejas exigem que os candidatos ao ofício se restrinjam de tomar alcóol, inclusive vinho. Isto pode ser o primeiro teste de conhecimento bíblico e de ética para o candidato ao ofício da igreja. Será que o candidato é contra os ensinamentos do Apóstolo de que todas as coisas que Deus criou podem ser usadas com ação de graças? Ou ele deve dizer: “os anciãos desta igreja me pediram para fazer um voto de temperança, enquanto estiver no ofício da igreja e vou honrar isso, sabendo que não é um pecado beber vinho com moderação, mas para não ser ofensivo eu me refrearei” (veja Romanos 14). Se, como líder de igreja o novo ancião percebe a temperança está sendo usado com um falso sentido de religiosidade, então ele deve tratar o assunto com seus companheiros de liderança. Se a proibição se torna em legalismo, em vez de uma ação responsável, então os anciãos da igreja precisa reconsiderar sua postura. Por fim, Paulo lembra a Timóteo e a outros líderes que os frutos do seu trabalho ou a falta do mesmo será revelado no dia do juízo (vv. 24-25). Deus é o juiz final. O Bom Pastor dirá no Dia da Julgamento “sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.” CONCLUSÃO Os cristãos tomam cuidam de sua família. Eles amam os nascituros, eles não cometem aborto; eles adotam crianças; criam seus filhos no temor do Senhor; ajudam outras crianças; vivem em abstinência se forem solteiros; amam as suas mulheres; são provedores das suas famílias; respeitam um ao outro; e, cuidam de suas viúvas. Os anciãos devem ensinar esses padrões e ele, por sua vez devem ser apoiados pela comunidade cristã. PERGUNTA PARA I TIMÓTEO 5 1. Como Paulo usa o exemplo da família humana para falar sobre as relações na família de Deus? 2. O que Paulo quer dizer quando ele fala sobre as viúvas que são verdadeiramente viúvas? 3. O que Paulo quer dizer quando diz que uma verdadeiramente viúva “espera em Deus”? 4. Quais são as condições para que uma viúva em necessidade esteja sob o cuidado de sua igreja? 5. Por que as viúvas jovens devem considerar casarem-se de novo? 6. Por que é digno que um ancião que prega e ensina receba ajuda financeira? 7. Como os anciãos devem se proteger legalmente? 8. Como pode ser evitado o favoritismo entre os que ocupam ofícios na igreja? 9. Paulo favorece a proibição de beber vinho? 10. Ao juízo final, como serão recompensadas as boas ou as más obras daqueles que ocupam os ofícios na igreja? FOLHA DE TRABALHO EXEGÉTICO Texto: Título: MÉTODO INDUTIVO (Obtenha informação do texto bíblico) Textos de Referência. Como outros textos influenciam na leitura de nosso texto? 1.1. (etc.) Explicação de informação importante no texto: - Palavras chaves e definições: - Observações gramaticais (estrutura da oração, variantes das leituras) - Gênero literário: (evangelho, história, parábola, legal, poesia, profecia, provérbio, etc.) - Como o texto se relaciona aos textos circundantes? - Como o texto está relacionado ao tema do capítulo e ao livro em que se encontra? - O texto diz algo explicito ou implícito sobre Deus ou sobre a salvação? - Método de tradução utilizada; - Há diferenças entre as versões da Bíblia? Quais são? - Autor humano. Como o conhecemos? - Que ocasião motivou o autor humano a escrever? - Audiência original para a leitura. Por que eles leriam o texto? - Contexto Geográfico: - Contexto Cultural, Social - Contexto histórico - Contexto religioso - Em suas próprias palavras, O que diz o texto e qual é o significado? Notas de comentário Identifique os ensinos principais do texto no estudo 1. 2. 3. (outros) OITAVA LIÇÃO ESCRAVIDÃO, DIFAMAÇÃO E RIQUEZAS EXPOSIÇÃO I TIMÓTEO 6 INTRODUÇÃO O apóstolo não evita as questões éticas que a igreja enfrenta. Paulo trata com escravos e com os proprietários de escravos. Ele fala sobre das questões de difamação e do uso indevido das riqueza. Vs. 1-2 CONSELHO PRA OS ESCRAVOS CRENTES Paulo lida com a questão da escravidão em várias de suas epístolas. Em primeira aos Coríntios ele os encoraja, se possível, a buscar sua liberdade, (1 Coríntios 7.21-23). Na carta a Filemon, ele argumenta cuidadosamente sobre a reconciliação entre o senhor crente e o escravo regenerado que fugiu, chamado Onésimo. Em 1 Timóteo 1.10 Paulo chama o comércio de escravos ou o sequestro de pessoas de abominação. Além disso, Paulo esclarece que se a emancipação não for possível, então o escravo crente deve submeter-se tanto aos senhores crentes como aos não-crentes (1 Timóteo 6.1-2). Portanto não é razoável quee Calvino escreva: “parece que, no início do evangelho, os escravos tinham corações alegres, como se tivessem lhes dado um sinal de emancipação, porque Paulo fala duramente em todos os seus escritos para reprimir esse desejo...” Uma revisão completa dos escritos de Paulo sobre a escravidão inclui o desejo de emancipação (1 Coríntios 7, Filemom), bem como um confronto com a realidade que se a emancipação não fosse possível, a submissão era necessária. Tanto o ensino completo de Paulo, bem como o curso de abolição da escravatura na história do mundo, mostra que o impulso para a emancipação é parte da graça comum de Deus na humanidade que porta a imagem de Deus. O sistema de escravidão afro-americano baseou-se em seqüestro, uma prática proibida pelas Escrituras (Êxodo 21.16, 1 Timóteo 1.10). Outros sistemas de escravidão estão relacionados à justiça criminal, dívida financeira e operação de guerra. O escravo israelita devia ser liberado no sétimo ano (Ex. 21.2). Disposições e proteções foram codificadas na lei para proteger os escravos (Êxodo 21, Levítico 19, 21, 25, Deuteronômio 15, 23). 42 Paulo reconhece que a escravidão é um jugo. A escravidão é o resultado de uma criação caída. No entanto, o poder do jugo do evangelho é maior do que o poder do jugo da escravidão. (Mateus 11.29-30). A história da igreja mostra que alguns diáconos que arrecadaram dinheiro para pagar o custo de um escravo (redenção) e, assim, libertá-lo. Alguns cristãos concederam a liberdade voluntariamente aos seus escravos. Isto nem foi sempre o caso. Os cristãos fizeram esforços para justificar a escravidão, em vez de desenvolver uma alternativa à escravidão. O apóstolo está ensinando que a liberdade cristã é claramente mencionada, não a partir de uma mudança revolucionária, mas em ações que refletem o respeito mútuo e de serviço comum a Deus. A escravidão seria “eticamente ganhada” em vez de “revolucionariamente derrubada.” Sem dúvida, a escravidão é baseada em seqüestro e foi chamada por Paulo de abominação (1 Tm 1.10). Os cristãos precisam se arrepender de tal desgraça, fazer restituições e libertar os prisioneiros. Vs. 3 -5 A DIFAMAÇÃO CONDENADA Paulo descreve em detalhes os mestres ímpios. Estes foram os mestres que costumavam estar na igreja, eles tinham sido ensinados, mas optaram por abandonar a verdade e seguir a natureza de seu líder caído e derrotado, Satanás. E eles agiram como Satanás, o chefe de difamação. Eles distorcem, distraem e desprezam a verdade. Eles sempre duvidar da verdade e oferecem suas próprias soluções. MESTRES IMPIOS Ensinam falsa doutrina Não estão de acordo com a doutrina sobre Jesus Vaidoso Não entende nada Interesse doentio por controvérsia e disputas Devido à polêmica, causa inveja, contenda, blasfêmias, suspeitas malignas 42 Doug Barnes, “The Bible an Slavery,” Christian Renewal, 18 de Junio, 2008. e constante atritos Mentes corruptas Privados da verdade Piedade como fonte de ganância Isso significa que os líderes cristãos não devem lutar para defender a fé? Mais adiante neste capítulo, o apóstolo diz: “Combate o bom combate da fé.” É triste observar o silêncio de muitos púlpitos com relação à doutrina e à ética. O silêncio é ensurdecedor. No entanto, os falsos líderes continuam tagarelando sobre muitas coisas, especialmente ganhos materiais (verso 5). “Foge dos tais.” O primeiro ato e avivamento é afastar-se do mal. Os cristãos devem formar grupos com o objetivo de apresentar um testemunho unido e fiel. Santidade significa afastar-se do mal e dedicar-se a servir o Senhor fielmente. “O justo viverá pela fé”. Vs. 6 – 10 PIEDADE COM CONTENTAMENTO O apóstolo instrui o jovem Timóteo a estar contente, dar graças a Deus por estar vivo, e por ter comida e água; e a não desejar ganhos desonestos. Como podemos ter mais alegria nas coisas simples da vida? Primeiro, devemos reconhecer a provisão diária que Deus nos dá de vida, comida, bebida, roupas, justiça, família (você pode enumerar mais). Estes favores da providência de Deus para nós. Entende-se que um cão não ora antes de comer porque não foi criado à imagem de Deus e não tem espírito pelo qual orar. Mas por que não dar graças todas as manhãs quando ao acordarmos, pelo alimento, pela amizade e peo trabalho? No versículo 18, Paulo ensina que os ricos devem ser ricos em boas obras. Os ricos foram abençoados com mais recursos, não para guardá-los para si mesmos, mas para compartilhar com os demais, especialmente os pobres, os cristãos necessitados, seus irmãos e irmãs no Senhor. Não é errado ser rico, mas é errado que os ricos mantenha a sua riqueza para si mesmos. É maravilhoso ver um irmão ou irmã rico(a) partilhar a sua riqueza no ministério e nas missões. O que é mui surpreendente sobre isso é a humildade com que eles dão e a sabedoria usada na distribuição de seus recursos. Os cristãos se tranformam num instrumento, num servo do rei. No dia do julgamento o Senhor perguntará a cada um de nós, rico ou pobre, sobre o que fizemos com os recursos que nos Ele deu. Respondemos nós às necessidades dos cristãos pobres e dos pobres não-cristãos, ao dividir a comida, a bebida, o vestuário, ao fazer visitas e outros atos de compaixão? Vs. 11 -19 LUTANDO PELA FÉ O conselho de Paulo a Timóteo é batalhar pela fé. Ele deve fugir, encontrar, lutar e guardar. Fugir. “Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas coisas.” Ele tem que fugir dos líderes ímpios e das influências do materialismo (11a). Há um tempo quando se tem que fugir dos pecadores. A separação dos pecadores impenitentes ajudará o crente a evitar cair no mesmo pecado que eles. A separação não é uma síndrome de comportamento evasivo, ou seja, fugir da responsabilidade que tem, mas fugir para encontrar a solução. Fugindo do pecado você se tornará um modelo para que outros fujam do pecado. Por implicação, o crente deve aprender a fugir dos pecadores não arrependidos, bem como figir do seu próprio pecado. Todos os cristãos têm “pecados que os afligem.” Os pecados que nos afligem são padrões de má conduta que fazem parte de nossa natureza humana, e esta se desenvolvem através de nossa experiência do passado e se manifesta em nossa condição presente. Estes são os pecados que surgem todos os dias quando você faz uma promessa a si mesmo de que esses pecados nunca aparecerão novamente em sua vida. O apóstolo João coloca isso da seguintes maneira: “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo.” (1 João 2.15-16). Você tem a convicção de que você tem a necessidade de fugir de seu próprio pecado? Eu sim! Ódio, desejo, luxúria, orgulho ocorrem todos os dias na minha vida. Não me lembro de um só dia na minha vida cristã que não tenha sido assim. É por isso que devo ser um cristão que se arrepende a cada dia, e recebe graça a cada dia. Mas como podemos lidar com a velha natureza de Adão? Fugindo. Fuja dos seus pecados! Faça um plano de como você deseja lidar com as suas tentações; um plano de fuga. Você não é um covarde ao fugir, ao contrário é sábio e obediente, porque quando você foge do pecado você foge para o Bom Pastor e estará a Seu serviço. Ser separado dos pecadores impenitentes dará ao crente mais tempo e oportunidade para fazer o que é correto. Não somente fugimos da irresponsabilidade, mas fugimos para a responsabilidade. Timóteo teve que fugir e persegui a justiça, a piedade e outros atributos de Deus. Encontre. Segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança e a mansidão (v. 11). As qualidades que Paulo menciona não vêm automaticamente. Elas precisam ser perseguidos pela fé em Jesus Cristo. É um ato de fé encontrá-las e colocá-las em ação. Sem fé, estas qualidades só podem ser imitado, mas nunca atualizado. Segue a justiça. A justiça de Cristo não é só imputada ao crente, mas é também um atributo ativo que precisa ser praticado. Quando você vê a oportunidade de fazer o que é certo, então, busque um curso de ação. Certifique-se que tais atos de justiça não são os seus próprios (que fazem você se sentir com uma justiça superior) mas que a obra de justiça de Cristo flua através de você (Efésios 2.10) (que fará com que Deus seja louvado!). A única justiça que é digna de ser perseguida é a justiça de Cristo, a justiça de Cristo (imputação), a justiça por Cristo (santificação) e, finalmente, a justiça para Cristo (glorificação). Segue a piedade. As pessoas não nascem piedosas. As pessoas renascem na piedade. A piedade através do poder da regeneração do Espírito Santo e do fruto do Espírito tem de ser perseguida. Paulo diz: “Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gl 2.20). O fruto do Espírito está presente na vida do regenerado, mas você precisa vivê-la pela fé. Segue a fé. “O justo viverá pela fé.” Paulo não diz: “o injusto viverá pela fé,” ou “o justo não viverá por fé.” Em vez disso, o justo precisa procurar fielmente viver pela fé. A fé em Jesus Cristo, é o estilo de vida justo. Segue o amor. Deus é amor. Nós não somos. Para amar a Deus acima de todas as coisas nós temos de conhecer o verdadeiro Deus. Os falsos mestres e os gnósticos não conheciam o verdadeiro Deus e, portanto, não poderia realmente amá-lo. Eles tentaram imitar o amor, mas acabaram distorcendo a verdade sobre Deus e odiando ao Deus verdadeiro. O verdadeiro amor começa por amar ao Deus verdadeiro. Só então somos capazes de amar os nossos vizinhos e a nós mesmos. Qualquer outro tipo de amor não é genuíno e não alcança o objetivo desejado. Segue a constância. O verdadeiro cristão será testado pelo fogo e purificado como o ouro. Aquele que é de Deus precisa ser testado com firmeza. O cristão não está sozinho. Jesus promete está conosco quando lhe servimos, discipulamos outras pessoas e o adoramos (Mateus 28:20). Segue a mansidão. É importante que lutemos com as dificuldades para nos mantermos gentis. Deus está no controle, não nós. Quando as chamas da nossa justiça-própria, maldade, auto-confiança, amor-próprio e falta de perseverança estão atacando nossa alma, lembre-se de se voltar para Deus e de estar em paz e ser gentil. Ele está trabalhando através de nós, a batalha pertence a Ele. Combate o bom combate da fé (vs. 12-13). O cristão é um lutador. Ele deve ser um bom lutador. Ele tem que lutar a bom combate da fé. Pela fé, ele agarra a promessa da vida eterna. Pela fé, ele confessa a Cristo em todas as circunstâncias. Guardes. Assim como o Senhor Jesus manteve sua confissão perante Pôncio Pilatos assim os cristãos devem testemunhar até o fim, guardando “o mandato imaculado, irrepreensível, até à manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo” (v. 14). Um líder veterano missionário encorajado outros missionários para terminar a carreira com firmeza. Muitos missionários deixaram esposa, igreja, e até mesmo sua fé, quando estão na reta final. Mantenha-se firme! O Senhor promete estar com você todos os dias até o fim (Mateus 28.20). Quando Jesus disse: “Eis que eu estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos,” a palavra “Eis” é um imperativo que nos ensina a ver o Senhor ressuscitado. Nos manteremos firmes quando mantemos os nossos olhos no Senhor ressuscitado e glorificado (1 Tim. 3.16). A verdadeira teologia termina em adoração ao verdadeiro Deus através de Jesus Cristo, nosso Senhor. Os versículos 15-16 são uma doxologia ao Deus que conhecemos em Jesus Cristo. Ele é o Bendito, o Soberano e o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Paulo descreve o Pai como imortal, invisível, poderoso e digno de honra. O bendito e único. Todas as bênçãos de Deus fluem através de Jesus ao seu povo. Pela fé em seguir a Jesus, as bênçãos de Abraão são outorgadas à comunidade cristã (Gênesis 12.13). Todas as bênçãos do Sermão do Monte pertence ao crente (Mateus 5.1-11). Timóteo deve absorver em Cristo a bênção para que ele seja uma bênção para outros. O soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores. O apóstolo João dá essa designação ao Senhor vitorioso (Apocalipse 17.14, 19.16). Embora os judeus incrédulos tenham acusado os cristãos às autoridades romanas por tal declaração politicamente perigosa, os cristãos não puderam reter a verdade do domínio de Jesus Cristo, o Senhor. Paulo pagaria com sua vida. Jesus virá novamente em seu próprio tempo. As ações dos homens não determinam a segunda vinda do Senhor. Deus tem um plano. Ele está executando esse plano de bênção (Gênesis 12.1-3). Ele reina sobre o seu próprio reino e trará todo o seu povo à submissão. Nossa viagem deve estar em Sua presença e temos de estar preparados para um futuro eterno. O autor retorna mais uma vez à questão que ele havia mencionado anteriormente: o tema dos ricos. Eles são chamados a reconhecer que seus recursos vêm de Deus. Eles devem fazer o bem, sejam ricos de boas obras, pronto para dar, compartilhar e armazenar tesouros no céu. Vs. 20 – 21 CONSIDERAÇÕES FINAIS Como acontece em um romance de mistério, o autor finalmente identifica os protagonistas, os falsos mestres. Eles são os gnósticos (que é falsamente chamado conhecimento, gnose). Eles são profanos, pessoas que falam palavras vazias e cheias de contradições. Estes incluem ex-membros e líderes que se desviaram da fé. Paulo encomenda Timóteo à graça de Deus. CONCLUSÃO Guardamos o que nos foi confiado? Somos mordomos do fundamento profético, apostólico e Cristocêntrico da igreja? Os apóstolos deixaram essa responsabilidade tanto para os líderes da igreja quanto para seus membros. Não há outro fundamento para a igreja, exceto o que Deus manifestou, o Espírito testificou, o que tem sido pregado em todo o mundo, o que tem sido crido por milhões e milhões; e glorifica ao Soberano, o Rei dos reis e do Senhor dos senhores. PERGUNTAS SOBRE I TIMÓTEO 6 1. O apóstolo defende a libertação revolucionária dos escravos cristãos? 2. Como sabemos que os mestres ímpios eram parte da igreja? 3. A quem os falsos mestres seguem e como sabemos disso? 4. Em qual condição Timóteo deve ter contentamento? 5. Quais são alguns problemas relacionados a riqueza? 6. Do que fugir Timóteo fugir e para onde? 7. Descreva uma das coisas que Timóteo deve seguir (vs 11). 8. Como o rico deve comportar-se na igreja? 9. Qual é o grupo que falsamente proclama ter um conhecimento especial? 10. Qual ensino de Paulo mais lhe impressionou nesse capítulo? FOLHA DE TRABALHO EXEGÉTICO Texto: Título: MÉTODO INDUTIVO (Obtenha informação do texto bíblico) Textos de Referência. Como outros textos influenciam na leitura de nosso texto? 1.1. (etc.) Explicação de informação importante no texto: - Palavras chaves e definições: - Observações gramaticais (estrutura da oração, variantes das leituras) - Gênero literário: (evangelho, história, parábola, legal, poesia, profecia, provérbio, etc.) - Como o texto se relaciona aos textos circundantes? - Como o texto está relacionado ao tema do capítulo e ao livro em que se encontra? - O texto diz algo explicito ou implícito sobre Deus ou sobre a salvação? - Método de tradução utilizada; - Há diferenças entre as versões da Bíblia? Quais são? - Autor humano. Como o conhecemos? - Que ocasião motivou o autor humano a escrever? - Audiência original para a leitura. Por que eles leriam o texto? - Contexto Geográfico: - Contexto Cultural, Social - Contexto histórico - Contexto religioso - Em suas próprias palavras, O que diz o texto e qual é o significado? Notas de comentário Identifique os ensinos principais do texto no estudo 1. 2. 3. (outros) FOLHA DE AVALIAÇÃO NOME DO CURSO: _________________________________________________ DATA PARA TERMINAR OS ESTUDOS: ___________________________________________________________________ NOME DO ESTUDANTE: ___________________________________________________________________ NOME DO PROFESSOR: ___________________________________________________________________ NOME DO FACILITADOR: ___________________________________________________________________ BIBLIOGRAFIA LIDA EM RELAÇÃO AO CURSO Barnes, Doug. “The Bible an Slavery” Christian Renewal, 18 de Junio, 2008. Calvin, John, I Timothy, Public Domain. www.ccel.og Council of Biblical Manhood and Womanhood. www.cbmw.org Guthrie, The Pastoral Epistles. Hegeman, Cornelius. “El Orígen y el desarrollo de las iglesias Hendriksen, William, I Timothy, New Testament Commentary. Grand Rapids: Baker Book House. Jackson, Robert. Breath on Me, Breath of God. Knight, George, Commentary of the Pastoral Epistles. Mounce, William. en las Epístolas Pastorales, Strong Concordancia