DISCIPLINA CONTABILIDADE PROFESSOR: ADILSON DE BARROS Apostila nº. 01 1º SEMESTRE DE 2010 Nome do(a) aluno(a) :____________________________________________________________________ Matrícula nº:________________________ Turma:_________________ Período ___________________ Tel.: (____)__________-____________ e-mail: ______________________________________________ INTRODUÇÃO Nesse programa, a Contabilidade será tratada como instrumento para os interessados exercerem sua profissão como usuários das informações, e não como aos que pretendem serem contadores. Serão identificados os principais relatórios contábeis (Demonstrações Financeiras), e a forma de interpretação para o desenvolvimento das suas atividades administrativas, por meio da Contabilidade como instrumento de auxílio á tomada de decisão. A tomada de decisão, é fundamental para os responsáveis pela empresa, representando o sucesso do negócio, necessitando de dados com informações precisas, colhidas com agilidade para o correto auxílio na tomada de decisão eficaz. A contabilidade demonstra dados econômicos e financeiros, de forma monetária, por meio dos relatórios contábeis. A contabilidade não deve ser elaborada com a única finalidade de atender as exigências fiscais. As necessidades econômicas atuais, como a forte concorência, exigem o levantamento de informações precisas, para dar suporte na tomada de decisão. Os relatórios contábeis são utilizados por segmentos internos e externos como: Sócios, Acionistas e Proprietários de Quotas. Essas pessoas têm interesse primário na contabilidade e segurança de seus investimentos, e necessitam de informações resumidas que dêem respostas claras e concisas às suas perguntas. Administradores, Diretores e Executivos. O interesse nos dados contábeis destas pessoas atinge um grau de profundidade e análise muito maior do que para os demais grupos, pois, são eles os agentes responsáveis pelas tomadas de decisões dentro da empresa. Bancos e Agentes Financeiros O interesse deste grupo de pessoas é saber qual a rentabilidade da empresa quando esta recorrer a empréstimos e/ou financiamentos. Governo e Entidades Governamentais O interesse das pessoas pertencentes a este grupo é no sentido de tributar e arrecadar impostos, taxas e contribuições. Concorrentes Interessados em conhecer a situação da empresa para poder atuar no mercado. Fornecedores Interessados em conhecer a situação da entidade para poder continuar ou não as transações comerciais com a entidade, além de medir a garantia de recebimento futuro. Clientes Interessados em medira a integridade da entidade e a garantia de que seu pedido será atendido nas suas especificações e no tempo acordado. Professor: Adilson de Barros 2 Pessoas Físicas A contabilidade não deixa de desempenhar seu papel de ordem e controle das finanças também no caso dos patrimônios individuais. O contador tem a função de produzir informações técnicas aos usuários da contabilidade, além do atendimento das exigências fiscais. Sua área de atuação envolve a coleta de dados, o registro e o processamento dos dados, com geração dos relatórios contábeis. Existem alguns relatórios contábeis, exigidos por lei, indispensáveis pela gerência na tomada de decisões como: Balanço Patrimonial - BP Demonstração do Resultado do Exercício – DRE Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados - DLPA; Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos – DOAR Obs. Para as companhias abertas e de grande porte, a partir de 2010 o DLPA e o DOAR serão substituído pela Demonstração do Valor Adicionado – DVA e pela Demonstração de Fluxo de Caixa - DFC No caso de Sociedades Anônimas, esses relatórios devem ser publicados em dois jornais de grande circulação, sendo um deles no Diário Oficial, inclusive contendo os saldos correspondentes ao Exercício contábil anterior. As Demonstrações Financeiras devem obrigatoriamente, estar assinadas pelo contabilista devidamente habilitado pelo Conselho Regional de Contabilidade – CRC. As Sociedades Anônimas devem divulgar nas Demonstrações Financeiras, informações como: Relatório da Administração – informações de caráter não financeiro/monetário (dados estatísticos, indicadores de produtividade, desenvolvimento tecnológico, contexto socioeconômico da empresa, políticas de recursos humanos e outras) relativas ao futuro da empresa, dados do orçamento, projetos de expansão, desempenho em relação aos concorrentes e entre outras. Notas Explicativas – dados contábeis necessários ao esclarecimento da situação patrimonial e da apuração dos resultados do exercício como; critérios de cálculos, obrigações a longo prazo, composição do capital social por tipo de ações, ajustes de exercícios anteriores e outros. Parecer dos auditores – trata-se de parecer de auditor externo, no caso da empresa estar sujeita à Auditoria, realizada por profissional sem nenhum vínculo com a instituição, com independência para manifestação de suas opiniões. As opiniões fornecidas por empresas de auditoria são confiáveis, principalmente por que a empresa que emite sua opinião está preocupada com o seu prestígio no mercado. Capital Social – Evidencia o perfil social da empresa em relação à responsabilidade social como em relação aos empregados (quantidade, sexo, escolaridade, encargos sociais, gastos com alimentação, educação e saúde do trabalhador), investimentos Professor: Adilson de Barros 3 para a comunidade (em cultura, esportes, habitação, saúde pública, saneamento, assistência social), investimentos no meio ambiente e outros. A Contabilidade fornece aos administradores, informações importantes, relativas à gestão econômica, financeira e patrimonial das empresas, por meio da utilização de princípios e normas técnicas. O Governo passou a exigir que seja feito a Contabilidade das empresas, porque a partir dos dados contábeis, são calculados os impostos a pagar aos cofres públicos. O Imposto de Renda a pagar é calculado a partir do Balanço Patrimonial. Para melhorar a qualidade das informações fornecidas pela Contabilidade, às vezes é necessário aperfeiçoar o processo de escrituração contábil ou ainda o sistema de apuração dos custos da empresa. Pelo fato dos métodos contábeis registrarem os fatos administrativos ocorridos, sem levar em consideração questões de caráter qualitativo, os relatórios contábeis nem sempre expressam a realidade econômica da empresa. O principal foco da Contabilidade é medir o resultado do período nas empresas. A escrituração contábil é feita por meio dos documentos que comprovam a ocorrência de fatos administrativos na empresa. Como exemplos de fato administrativos têm a aquisição de um equipamento onde o documento de registro é a Nota fiscal. Para abertura de uma empresa, é necessária a sua constituição jurídica. Se for uma empresa comercial, é necessário o registro em pelo menos seis órgãos públicos como: Junta Comercial do Estado; Secretaria da receita Federal; Prefeitura Municipal; Secretaria da Fazenda do Estado; Previdência Social; Sindicato de Classe. Para efetuar o registro nos órgãos, não é necessário que seja feito por um contador. Os escritórios de contabilidade são contratados porque eles conhecem os caminhos mais curtos (atalhos) necessários percorrer para agilizar a legalização nos órgãos. O R I G E M DA CONTABILIDADE A contabilidade vem sendo empregada pelos homens desde o aparecimento da propriedade, do sistema de troca, do dinheiro e do comércio. O pastor que contava seu rebanho, o camponês que trocava mercadorias, os navegadores que comercializavam produtos variados, todos já praticavam uma forma rudimentar de contabilidade com um objetivo principal: controlar os bens que lhes pertenciam e as operações que realizavam. Essa constante comercialização dos bens fez com que a contabilidade evoluísse e se adaptasse às características de cada época, tornando-se uma importante ciência. Segundo os historiadores, Aristóteles, há mais de 2.000 anos, já refletia acerca de uma ciência que controlaria a riqueza. Professor: Adilson de Barros 4 Bens: - Caixa (dinheiro) - Terrenos - Construções - Máquinas, Veículos Direitos: - Duplicatas a receber - Aplicações Financeiras - Saldo de Conta Corrente Bancária - Empréstimos a empregados Obrigações: - Salário dos empregados - Duplicatas a pagar a fornecedores - Empréstimos Bancários - Impostos a recolher (pagar) CONCEITO Contabilidade é a ciência social que tem por objetivo registrar o patrimônio de qualquer entidade, em seus aspectos qualitativos e quantitativos, bem como, as suas variações. Ë a arte de registrar todas as transações de uma entidade, que possam ser expressas em termos monetários. Podemos, então, definir contabilidade como sendo: “uma ciência que estuda e controla o patrimônio de uma entidade, registrando os atos e fatos administrativos”. APLICAÇÃO O campo de aplicação da contabilidade abrange todas as entidades econômicoadministrativas, até mesmo as pessoas de direito público como União, Estados, Municípios, Autarquias etc. A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE O trabalho contabilista não se resume à escrituração comercial. A contabilidade é fundamental ao empresário, para o controle do patrimônio, gerenciamento dos negócios e instrumento imprescindível no desenvolvimento econômico. É considerado um sistema informativo. Nas informações tributárias, atende a legislação, pois qualquer empresa necessita manter escrituração contábil completa, que está contida como exigência expressa em diversas legislações, como o Código Comercial, a Legislação Tributária, a Legislação Previdenciária. Professor: Adilson de Barros 5 Nas Informações de Controle, o contabilista desenvolve o trabalho com a finalidade de oferecer ao empresário as ferramentas necessárias para a preservação do seu patrimônio e gerenciamento dos seus negócios. Nas informações para Avaliação dos Resultados o contabilista deverá oferecer condições para que seja feita uma avaliação do desempenho e do resultado da empresa e como esse resultado foi atingido. As decisões, o contabilista realiza o trabalho de levantamento e apuração de dados. Nesse nível, essas informações deverão ser utilizadas com a finalidade de orientar decisões futuras, novas políticas, investimentos etc. FUNÇÃO DA CONTABILIDADE As empresas, tanto a Indústria o Comércio bem como a empresas prestadoras de serviços, tem, na contabilidade, pontos significativos, pois depende para um bom desempenho de sua administração o bom funcionamento da contabilidade, para assessoramento dos informes patrimoniais. Os dados da contabilidade são gerados em todos os departamentos da empresa. Uma simples requisição de material, registros de horas de trabalho, requisições de compras e a coleta de dados estatísticos, são apenas uma pequena parte dos meios pelos quais os dados da contabilidade são gerados. A função da contabilidade é: Captar; Registrar; Acumular; Resumir e Interpretar os fenômenos que afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas de qualquer ente, seja este; o Pessoa física; o Entidades com finalidade lucrativas; o Entidades com finalidade não lucrativas; o Empresas ou pessoas de direito público; o União; Estados; o Município; o Autarquias FINALIDADE DO USO DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL A contabilidade deve identificar, classificar e anotar as operações da entidade e de todos os fatos que de alguma forma afetam sua situação econômica, financeira e patrimonial. Com esta acumulação de dados, convenientemente classificados, a Contabilidade procura apresentar de forma Professor: Adilson de Barros 6 ordenada, o histórico das atividades da empresa a interpretação dos resultados, e através de relatórios demonstrarem as informações que se fizerem precisas para o atendimento das diferentes necessidades As finalidades fundamentais da Contabilidade referem-se à orientação da administração das empresas no exercício de suas funções. Portanto a Contabilidade é o controle e o planejamento de toda e qualquer entidade sócio-econômica. 1. Controle: A administração através das informações contábeis via relatórios pode certificar-se na medida do possível, de que a organização está agindo em conformidade com os planos e políticas determinados. 2. Planejamento: A informação contábil, principalmente no que se refere ao estabelecimento de padrões e ao inter-relacionamento da Contabilidade e os planos orçamentários, é de grande utilidade no planejamento empresarial, ou seja, no processo de decisão sobre que curso de ação deverá ser tomado para o futuro. PRINCIPAIS RAMOS DE ATIVIDADE Contabilidade Comercial Contabilidade Industrial Contabilidade Agrícola Contabilidade no Turismo Contabilidade Bancária Contabilidade Pública Contabilidade Hospitalar e outras (Rural, Condomínio) PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE Introdução Para que os Administradores possam entender a importância da contabilidade para tornar atividades empresariais eficazes e sentirem-se à vontade quando se utilizarem dela, devem ter compreensão total das operações financeiras da empresa. O melhor meio para conseguir isso é começar pelos princípios contábeis. A compreensão destes princípios é vital para a utilização correta dos dados financeiros, pois eles determinam a natureza e o caráter da informação que o Administrador recebe; portanto, para que um Administrador seja capaz de entender, avaliar e utilizar apropriadamente os dados financeiros, ele precisa primeiramente entender os princípios que orientam a compilação e apresentação de dados. Professor: Adilson de Barros 7 Regra Básica Se quisermos praticar um esporte, ou fazer parte de qualquer tipo de associação, ou pertencer a uma seita religiosa, ou mesmo estudar astronomia, precisaremos, inicialmente, conhecer algumas regras básicas ou princípios sobre a nova atividade. Só assim, teremos um melhor aproveitamento, que será decisivo para o desempenho de tal atividade. Com a contabilidade não poderia ser diferente. Os princípios geralmente aceitos surgiram da necessidade de se apresentar uma linguagem comum para se preparar e interpretar apropriadamente os relatórios contábeis. Para que nos iniciemos no estudo desta disciplina é necessário, a priori, que conheçamos algumas regras básicas que a regem e a estas regras denominamos de princípios contábeis geralmente aceitos. SÃO PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE: O da ENTIDADE O da CONTINUIDADE O da OPORTUNIDADE O do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL O da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA O da COMPETÊNCIA, e O da PRUDÊNCIA ou CONSERVADORISMO 1. O DA ENTIDADE A contabilidade é executada e mantida para a entidade, no caso de uma Indústria; quem paga ou recebe é a entidade (caixa, banco). Qualquer indivíduo, empresa, grupo de empresas ou entidades, que efetue movimentações quantificáveis monetariamente, desde que haja a necessidade de manter a contabilidade, será tratado como uma Entidade Contábil. O patrimônio não se confunde com aqueles de seus sócios ou proprietários. 2. O DA CONTINUIDADE A empresa é um empreendimento em andamento, isto é, não há expectativa de funcionar por apenas um período específico de tempo, mas por prazo indefinido. Os bens que a empresa possui não se destinam à venda e sim utilizá-los em seus negócios. 3. O DA OPORTUNIDADE Professor: Adilson de Barros 8 Refere-se, simultaneamente, a tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando que esse seja feito de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que as originaram. 4. O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL Os registros contábeis são efetuados com base no valor de aquisição do bem ou pelo preço de fabricação (incluindo todos os gastos necessários para colocar o bem em condições de gerar benefícios para a empresa); dessa forma, dois contadores, ao se defrontarem com o mesmo evento (fato) não divergirão na mensuração do fato contábil. 5. O PRINCÍPIO DA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis através do ajustamento da expressão formal dos componentes patrimoniais. Para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, afim de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e conseqüência, o do patrimônio líquido. A atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente, o ajustamento dos valores originais. 6. O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA A contabilidade considera a Receita gerada em determinado exercício social, não importando o recebimento da mesma. Importa, portanto, o período em que a receita foi ganha (fato gerador) e não o seu recebimento. No que tange à Despesa, o raciocínio é o mesmo, importa a despesa consumida (incorrida) em determinado período contábil, sendo irrelevante o período de pagamento. 7. O DA PRUDÊNCIA OU CONSERVADORISMO É adotada uma posição conservadora (precaução) pelo contador, sendo evidenciada no sentido de antecipar prejuízo e nunca antecipar lucro. Assim, ele não estará influenciando os acionistas, por exemplo, a um otimismo que poderá ser ilusório. Se o contador estiver em dúvida diante de dois montantes, igualmente válidos de dívida da empresa com terceiros, ele deverá registrar o maior valor. Quanto aos componentes do Ativo deverá ser adotado o de menor valor. Professor: Adilson de Barros 9 PATRIMÔNIO É um conjunto de bens, direitos e obrigações que poderá ser de uma pessoa física ou jurídica. a) Pessoa física: seres humanos, pessoas naturais. b) Pessoa jurídica: conjunto de pessoas físicas, que por força da lei, tornam-se uma pessoa jurídica, mediante registros em órgãos competentes. Ex. Jucesp – Junta Comercial do Estado de S.P. – Cartório de Registro de Títulos de Documentos. A contabilidade estuda o patrimônio, ou seja, os bens, direitos e obrigações em seu aspecto estático (demonstrações) e em seu aspecto dinâmico (variações patrimoniais). Pessoa física constitui sociedade Abertura CNPJ capital contrato social Bens: É tudo aquilo que pode ser avaliado em dinheiro e pode ser usado ou comercializado. Ex. Aplicações, Terrenos, Máquinas, Veículos etc. Direitos: Quando a propriedade do bem se transmite para outra pessoa, ou quando prestamos serviços sem que tenhamos recebido o valor correspondente, adquirimos o direito de reclamar o pagamento. Direitos são representados pelos valores que a empresa tem a receber. Esse direito permanece até que a obrigação por parte do devedor seja cumprida. Ex.: Vendas de mercadorias ou passagens à prazo; empréstimo de dinheiro; prestação de serviços (são dívidas de terceiros para com nossa empresa). Obrigações: São dívidas assumidas pela nossa empresa para com terceiros. Ex.: Recebimento de dinheiro a título de empréstimo (dizemos que essas pessoas são credoras). REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO O Patrimônio geralmente é representado em um gráfico na forma de “ T ” Professor: Adilson de Barros 10 O T, como vemos, tem dois lados. No lado esquerdo colocamos os Bens e os Direitos: Patrimônio Bens Direitos No lado direito, colocamos as obrigações: Patrimônio Obrigações Então, a representação gráfica do Patrimônio, fica assim: Patrimônio Bens Direitos Obrigações O lado esquerdo do gráfico é chamado lado positivo, pois, os bens e os direitos são para a empresa a parte positiva. O lado direito é chamado lado negativo, pois, as obrigações representam a parte negativa da empresa. Os elementos positivos são chamados de componentes ativos e o seu conjunto forma o Ativo. Os elementos negativos são chamados componentes passivos e o seu conjunto forma o Passivo. Patrimônio Ativo Bens Moveis Estoque de Mercadorias Caixa(dinheiro) Passivo Obrigações Salários a pagar Duplicatas a Pagar Impostos a Pagar Direitos Duplicatas a Receber Professor: Adilson de Barros 11 Patrimônio Líquido: Consiste na apuração de bens + direitos – obrigações. PL = B + D - Obr. PL = A – P Patrimônio Líquido = Ativo - Passivo Elementos Positivos Ativo Elementos Negativos Passivo Bens Obrigações Direitos Patrimônio Líquido Patrimônio Líquido (P.L.) = Capital Social Reservas (de Capital, de Lucros) Lucros Acumulados Prejuízos Acumulados Exemplo: 1) Integração de Capital em Dinheiro (elemento patrimonial) = $ 500,00 Em contabilidade trata como Caixa (conta contábil) A T I V O P A S S I V O Caixa 500,00 Patrimônio Líquido 500,00 Total 500,00 Total 500,00 2) Aquisição de uma máquina de escrever à vista. = $ 50,00 A T I V O Caixa 450,00 M. / Utensílios 50,00 Total 500,00 P A S S I V O Patr. Líquido Total 500,00 500,00 M. / Utensílios = Móveis e Utensílios Professor: Adilson de Barros 12 Classificação do Patrimônio O ATIVO está dividido em Circulante, Realizável a Longo Prazo e Permanente (Investimento, Imobilizado e Diferido) O PASSIVO está dividido em Circulante, Exigível a Longo Prazo, Resultado de Exercícios Futuros e Patrimônio Líquido. A Classificação das contas é de acordo com seu grau de liquidez, ou seja, primeiro se classificam as contas que tem maior facilidade em se transformar em dinheiro. a) - ATIVO a.1) O Circulante Disponível - As disponibilidades, o dinheiro em caixa, os saldos monetários em contas bancárias e contas de liquidação imediata, também os numerários em trânsito. Créditos - São os valores a receber referente às vendas a prazo de mercadorias e serviços a clientes, e outras transações que geram valores a receber. Estoque - Estocagem de produtos e mercadorias, matéria prima e material secundário empregado no processo em andamento. Material de consumo, produtos em trânsito. Mercadorias em poder de terceiros para beneficiamento. Despesas antecipadas - Valores das despesas que devem ser apropriadas como despesas no decurso do exercício seguinte. a.2) Realizável a Longo Prazo Mesma natureza que as do circulante, mas com vencimentos após o término do exercício seguinte. a.3) O Permanente: Bens de permanência duradoura, destinados ao funcionamento normal da empresa. Serve a empresa mais de uma vez. Divididos em: - Investimento – Participação em outras empresas, aplicação em incentivos fiscais - Imobilizado – Bens destinados à manutenção das atividades da empresa, ou que sejam exercidos com esta finalidade. (Tangíveis e intangíveis) Professor: Adilson de Barros 13 - Diferido – Aplicação de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado de mais de um exercício: Despesas pré-operacionais b) - PASSIVO b.1) O Circulante Circulante - Obrigações da empresa, inclusive financiamentos para a aquisição de direitos do ativo permanente, quando tiverem vencimentos no exercício seguinte. b.2) Exigível a Longo Prazo - Obrigações da empresa vencíveis após o exercício seguinte. b.3 Resultado de Exercício Futuros – São consideradas receitas já recebidas que efetivamente devem ser recolhidas em resultado de exercícios seguinte. c) - PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social Reserva de Capital Reserva de Reavaliação Reserva de lucros Lucros e prejuízos acumulados 1) Capital Social : O capital social representa o capital próprio aplicado pelos sócios. Esse investimento pode assumir a forma de ações (se for sociedade anônima) ou quotas (se for uma limitada) O Capital Social pode ser: - Capital Subscrito: compromisso assumido pelos sócios ou acionistas de contribuir com certa quantia para a empresa. - Capital Social a Realizar: parcela do capital subscrito ainda não transformado em dinheiro ou valor monetário pelos sócios ou acionistas. - Capital Social Realizado: parcela do capital subscrito efetivamente transformado em dinheiro ou valor monetário pelos sócios ou acionistas. 2) Reserva de Capital: São contribuições recebidas dos proprietários e de terceiros que não representam receitas ou ganhos e que, portanto, não devem transitar por conta de resultado. Professor: Adilson de Barros 14 3) Reserva de Reavaliação: A Lei das Sociedades Anônimas e o Regulamento do Imposto de Renda admitem a modificação do valor contábil do Ativo Permanente, nas seguintes hipóteses: a) Para diminuir: mediante depreciação, amortização acumuladas. Correção Monetária: atualiza o custo de aquisição de bens, tendo como parâmetro as variações do poder aquisitivo da moeda. b)Para aumentar: mediante reavaliação. Representa a complementação, até o valor de mercado, pela diferença entre este valor e o do custo contábil do bem, corrigido monetariamente 4) Reserva de Lucros: São contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia. Representam lucros reservados e constituem garantia e segurança adicional para saúde financeira da companhia, porque são lucros contabilmente realizados Que ainda não foram distribuídos aos sócios ou acionistas. 5) Lucros ou Prejuízos Acumulados: Representam o saldo remanescente da conta Lucros ou Prejuízos Acumulados como, por exemplo, os lucros não distribuídos, não capitalizados ou ainda não apropriados na formação de reservas de lucros. BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO CIRCULANTE CIRCULANTE REALIZÁVEL A LONGO PRAZO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ATIVO PERMANENTE RESULTADO EXERCÍCIOS FUTUROS PATRIMÕNIO LÍQUIDO TOTAL Professor: Adilson de Barros TOTAL 15 Procedimentos para elaboração do Balanço Ao término do exercício, como se faz em todos os meses, procede-se ao levantamento do balancete de verificação, com o objetivo de conhecer os saldos das contas do razão e conferir sua exatidão. No balancete são relacionadas todas as contas utilizadas pela empresa, demonstrando seus débitos, créditos e saldos. Conciliação dos saldos contábeis A conciliação consiste, na comparação do saldo de uma conta com uma informação externa à contabilidade, de maneira que se possa ter certeza quanto à exatidão do saldo em análise. As fontes de informações mais usuais para verificação dos registros contábeis são os livros fiscais, os extratos bancários, as posições de financiamentos e carteiras de cobranças, as folhas de pagamento, os controles de caixa, etc. Lançamentos de encerramento do exercício Para apuração do resultado do exercício, fazem-se os lançamentos de encerramento, debitando-se as contas de receitas e creditando-se uma conta transitória, chamada de “apuração do resultado do exercício”. O inverso é efetuado nas contas de despesas e custos, debitando-se a conta “apuração do resultado do exercício” e creditando-se as contas de custos ou despesas. O saldo da conta “Apuração do Resultado do Exercício” será então transferida para a conta de “Lucros ou Prejuízos Acumulados”. Classificação das contas patrimoniais Após os ajustes pertinentes e lançamentos de encerramento das contas de resultado, as contas remanescentes são apenas as contas patrimoniais, que devem ser separadas e classificadas em grupos para elaboração do balanço patrimonial, sendo que o saldo do ativo deve ser igual ao do passivo. Professor: Adilson de Barros 16 BALANÇO PATRIMONIAL – EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO A Contabilidade por Balanços sucessivos, uma metodologia mais prática para entender os Registros Contábeis. Exercício: n. 1 Para cada operação realizada, um balanço (um quadro). 1) O Sr. Paulo, e Ana resolveram organizar uma empresa, as quais denominaram Metalúrgica Ideal, com um capital integralizado no ato, em moedas correntes de $ 100.000. Após, as operações da empresa foram às seguintes: 2) Aquisição, em dinheiro, de móveis e utensílios $ 12.000. 3) Aquisição de peças no valor total de $ 15.000, em duas parcelas, sendo $ 5.000 a vista e $ 10.000 para pagamento em 30 dias. 4) A administração da Metalúrgica Ideal, chegou a conclusão, após análise, que havia adquirido muitas peças, assim vendeu $ 5.000 a prazo. 5) Aquisição de um veículo a prazo, no valor de $ 6.000. 6) Pagamento da 2ª parcela referente aquisição de peças $ 10.000 – conforme lançamento item 3. 7) Empréstimo obtido no valor de $ 50.000. 8) Os acionistas efetuaram um aporte de Capital no valor de $ 50.000, sendo $ 25.000 em moedas correntes, e $ 25.000 em peças. 9) Foi efetuada a venda a vista de $ 2.000 em peças. 10) Foi recebida a fatura, referente à venda a prazo (de peças) no valor de $ 5.000 - conforme lançamento item 4 Pede-se: Levantar Balanços Patrimoniais para a empresa após cada operação realizada (Balanços sucessivos). Contas a serem utilizadas: caixa; capital; contas a pagar; móveis e utensílios; peças; contas a receber; veículo; Empréstimo a pagar; 1 Professor: Adilson de Barros 2 17 ATIVO PASSIVO ATIVO Patrimônio Líquido Total Total 3 PASSIVO Patrimônio Líquido Total Total 4 ATIVO PASSIVO ATIVO Patrimônio Líquido Total Total 5 PASSIVO Patrimônio Líquido Total Total 6 ATIVO PASSIVO ATIVO Patrimônio Líquido Total Total 7 PASSIVO Patrimônio Líquido Total Total 8 ATIVO PASSIVO ATIVO Patrimônio Líquido Total Total 9 PASSIVO Patrimônio Líquido Total Total 10 ATIVO PASSIVO ATIVO Patrimônio Líquido Total Total PASSIVO Patrimônio Líquido Total Total Exercício – n. 2 Professor: Adilson de Barros 18 1 – José Antônio e Ricardo Fernandes resolveram organizar uma empresa em 15 jan. 20x7, as quais denominaram JR Ltda. com um capital integralizado no ato, em moedas correntes de $ 35.000. As primeiras operações da empresa foram às seguintes: 18 jan – Compra de um imóvel por $ 30.000, pagando da seguinte maneira: $ 3.000, em dinheiro, e o restante mediante uma promissória com vencimento para 18 mar x7. 19 jan – Compra a vista, de móveis necessários para a instalação da empresa por $ 3.000 20 jan – Foram comprados de A & Cia., a crédito, $ 8.500 em equipamentos. 23 jan – Foi obtido um empréstimo para a empresa, junto ao Banco Sul S.A, de $ 15.000, e o dinheiro ficou em conta corrente. 25 jan – Foram pagos $ 5.000 a A & Cia., para liquidação da parte da dívida contraída pela compra efetuada em 20 jan. (caixa) 27 jan – Os dois sócios aumentaram o capital da empresa em $ 10.000 em dinheiro. 30 jan – Compra a vista, da Cia B, de $ 17.000 em peças para reparos. Pede-se: Levantar Balanços Patrimoniais para a empresa após cada operação realizada (Balanços Sucessivos). Separar o Ativo em Bens e Direitos e o Passivo em Obrigações e Patrimônio Líquido. Contas a serem utilizadas: caixa; capital; imóveis; títulos a pagar; móveis e utensílios; peças; equipamentos; bancos c/m; empréstimo a pagar. PLANO DE CONTAS COMO ELABORAR UM PLANO DE CONTAS CONTÁBIL Plano de Contas (ou Elenco de Contas) é o conjunto de contas, previamente estabelecido, que norteia os trabalhos contábeis de registro de fatos e atos inerentes à entidade, além de servir de parâmetro para a elaboração das demonstrações contábeis. A montagem de um Plano de Contas deve ser personalizada, por empresa, já que os usuários de informações podem necessitar detalhamentos específicos, que um modelo de Plano de Contas geral pode não compreender. OBJETIVOS DO PLANO DE CONTAS Professor: Adilson de Barros 19 Seu principal objetivo é estabelecer normas de conduta para o registro das operações da organização e, na sua montagem, devem ser levados em conta três objetivos fundamentais: a) atender às necessidades de informação da administração da empresa; b) observar formato compatível com os princípios de contabilidade e com a norma legal de elaboração do balanço patrimonial e das demais demonstrações contábeis (Lei 6.404/76, a chamada "Lei das S/A”); c) adaptar-se tanto quanto possível às exigências dos agentes externos, principalmente às da legislação do Imposto de Renda. ELENCO DE CONTAS E CORRESPONDENTE CONJUNTO DE NORMAS O Plano de Contas, genericamente tido como um simples elenco de contas constituiu na verdade um conjunto de normas do qual deve fazer parte, ainda, a descrição do funcionamento de cada conta - o chamado "Manual de Contas", que contém comentários e indicações gerais sobre a aplicação e o uso de cada uma das contas (para que serve, o que deve conter e outras informações sobre critérios gerais de contabilização). CONTAS DO BALANÇO PATRIMONIAL A empresa deve manter escrituração contábil com base na legislação comercial e com observância das Normas Brasileiras de Contabilidade. O balanço patrimonial é uma das demonstrações contábeis que visa a evidenciar, de forma sintética, a situação patrimonial da empresa e dos atos e fatos consignados na escrituração contábil. Essa demonstração deve ser estruturada de acordo com os preceitos da Lei 6.404/76 (chamada “Lei das S/A”) e segundo os Princípios Fundamentais de Contabilidade. Tal estrutura de contas, dentro do conceito legal da própria Lei 6.404/76 (artigos 176 a 182 e artigo 187), em síntese, se compõe de: PLANO DE CONTAS O plano de Contas normalmente é composto de cinco grupos. Professor: Adilson de Barros · ATIVO - CONTAS DEVEDORAS · PASSIVO - CONTAS CREDORAS · DESPESAS - CONTAS DEVEDORAS 20 · RECEITAS - CONTAS CREDORAS · APURAÇÃO DE RESULTADO Estes grupos por sua vez também se dividem em subgrupos, os quais passarão a ser analisados: ATIVO CIRCULANTE (Bens e direitos realizáveis num prazo inferior a 365 dias) REALIZÁVEL A LONGO PRAZO (Idem, num prazo superior a 365 dias) PERMANENTE (Investimentos e bens destinados à manutenção da atividade) O ATIVO representa a parte positiva do patrimônio, a fonte de investimentos, às aplicações de recursos (BENS E DIREITOS). PASSIVO CIRCULANTE (Obrigações exigíveis num prazo inferior a 365 dias) EXIGÍVEL A LONGO PRAZO(Idem, num prazo superior a 365 dias) RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS (Resultados antecipados) PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Capitais próprios) O PASSIVO representa a parte negativa do patrimônio, a fonte de financiamentos, às origens dos recursos (OBRIGAÇÕES). DESPESAS Com VENDAS ADMINISTRATIVAS FINANCEIRAS DESPESAS NÃO OPERACIONAIS Despesas: Todo gasto despendido na manutenção da atividade da empresa. Professor: Adilson de Barros 21 RECEITAS VENDAS PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS FINANCEIRAS RECEITAS NÃO OPERACIONAIS Receitas: Todo valor obtido decorrente da venda dos produtos e serviços da sua atividade. MODELO DE UM PLANO DE CONTAS PARA EMPRESAS INDUSTRIAIS 1 - ATIVO 1.1 - CIRCULANTE 1.1.1 - Disponível 1.1.1.001 - Caixa 1.1.1.002 - Bancos Conta Movimento 1.1.1.003 - Aplicações Financeiras 1.1.2 - Realizações 1.1.2.001 - Clientes 1.1.2.002 - ( - ) Duplicatas Descontadas 1.1.2.003 – Ações de Outras Empresas 1.1.2.004 - IPI a Recuperar 1.1.2.005 - Despesas do Exercício Seguinte 1.1.2.006 - ( - ) Provisão para Devedores Duvidosos 1.1.3 - Estoques 1.1.3.001 - Estoque de Produtos Acabados 1.1.3.002 - Estoque de Produtos em Elaboração 1.1.3.003 - Estoque de Matérias-primas 1.1.3.004 - Estoque de Materiais Secundários 1.1.3.005 - Estoque de Materiais de Embalagem 1.1.3.006 – Estoque de Subprodutos 1.1.3.007 - (-) Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado Professor: Adilson de Barros 22 1.2 - ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 1.2.1 - Realizações 1.2.1.001 - Títulos a Receber 1.3 - ATIVO PERMANENTE 1.3.1 - Investimentos 1.3.1.001 - Participações em Outras Cias 1.3.1.002 - Imóveis para Renda 1.3.2 - Imobilizado 1.3.2.001 - Equipamentos de Informática 1.3.2.002 - Imóveis 1.3.2.003 - Instalações 1.3.2.004 - Máquinas e Equipamentos Industriais 1.3.2.005 - Móveis e Utensílios 1.3.2.006 - Veículos 1.3.2.007 - (-) Depreciação Acumulada 1.3.3 - Diferido 1.3.3.001 - Despesas Pré-Operacionais 1.3.3.002 - (-) Amortização Acumulada 2 - PASSIVO 2.1 - CIRCULANTE 2.1.1 - Obrigações 2.1.1.001 - Fornecedores 2.1.1.002 - Aluguéis a Pagar 2.1.1.003 - Empréstimos a Pagar 2.1.1.004 - ICMS a Recolher 2.1.1.005 - IPI a Recolher 2.1.1.006 - IRR Fonte a Recolher 2.1.1.007 - Contribuições Previdenciárias a Recolher 2.1.1.008 - FGTS a Recolher 2.1.1.009 - Honorários da Diretoria a Pagar 2.1.1.010 - Salários a Pagar 2.1.1.011 - Dividendos a pagar 2.1.1.012 - Outras Obrigações a Pagar 2.2 - EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 2.2.1 - Obrigações 2.2.1.001 - Financiamentos a Pagar 2.3 - RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS Professor: Adilson de Barros 23 2.3.1 - Resultados Futuros 2.3.1.001 - Receitas de Exercícios Futuros 2.3.1.002 - ( - ) Custos e Despesas 2.4 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.4.1 - Capital 2.4.1.001 - Capital 2.4.1.002 - ( - ) Capital a Realizar 2.4.2 - Reservas de Capital 2.4.2.001 - Ágio na Emissão de Ações 2.4.3 - Reservas de Reavaliação 2.4.3.001 - Reavaliação do Permanente 2.4.4 - Reservas de Lucros 2.4.4.001 - Reserva Legal 2.4.5 - Lucros ou Prejuízos Acumulados 2.4.5.001 - Lucros Acumulados 2.4.5.002 - ( - ) Prejuízos Acumulados 3 - DESPESAS 3.3 - DESPESAS OPERACIONAIS 3.3.1 - Despesas com Vendas 3.3.1.001 - Comissões sobre Vendas 3.3.1.006 - Fretes e Carretos 3.3.1.007 - Material de Embalagem 3.3.1.008 - Propaganda e Publicidade 3.3.1.009 - Despesas c/ Devedores Duvidosos 3.3.2 - Despesas Administrativas 3.3.2.001 - Aluguel 3.3.2.002 - Energia Elétrica 3.3.2.003 - Água 3.3.2.004 - Correios 3.3.2.005 - Depreciação 3.3.2.006 - Fretes e Carretos 3.3.2.007 - Material de Expediente 3.3.2.008 - Prêmios de Seguro 3.3.2.009 - Comunicações 3.3.2.010 - Impostos e Taxas 3.3.2.011 - Serviços de Terceiros 3.3.2.012 - Multas Fiscais 3.3.2.013 - Salários Professor: Adilson de Barros 24 3.3.2.014 - Honorários da Diretoria 3.3.2.015 - Décimo Terceiro Salário 3.3.2.016 - Encargos Sociais 3.3.2.017 - Férias 3.3.3 - Despesas Financeiras 3.3.3.001 - Despesas Bancárias 3.3.3.002 - Juros Passivos 3.3.3.003 - Descontos Concedidos 3.3.4 - Outras Despesas Operacionais 3.3.4.001 - Prejuízo de Participação em outras Cias 3.3.4.002 - Despesas Eventuais 3.4 - DESPESAS NÃO OPERACIONAIS 3.4.1 - Perdas não Operacionais 3.4.1.001 - Perdas na Alienação de Bens 4 - CUSTOS 4.1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO 4.1.1 - Produtos em Elaboração 4.1.1.001 - Produto em Elaboração - A 4.1.1.002 - Produto em Elaboração - B 4.1.1.003 - Produto em Elaboração - C 4.1.2 - Materiais 4.1.2.001 - Matéria-prima 4.1.2.002 - Materiais Secundários 4.1.2.003 - Materiais de Embalagem 4.1.3 - Mão de Obra Direta 4.1.3.001 - Salários 4.1.3.002 - Encargos Sociais 4.1.3.003 - Décimo Terceiro Salário 4.1.3.004 - Férias 4.1.3.005 - Seguro Acidentes do Trabalho 4.1.3.006 - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço 4.1.3.006 - Lanches e Refeições 4.1.3.007 - Outros Gastos com Pessoal 4.1.4 - Mão de Obra Indireta 4.1.4.001 - Salários 4.1.4.002 - Encargos Sociais 4.1.4.003 - Décimo Terceiro Salário 4.1.4.004 - Férias 4.1.4.005 - Seguro Acidentes do Trabalho 4.1.4.006 - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço Professor: Adilson de Barros 25 4.1.4.007 - Lanches e Refeições 4.1.4.008 - Outros Gastos com Pessoal 4.1.5 - Gastos Gerais de Fabricação 4.1.5.001 - Energia Elétrica 4.1.5.002 - Aluguéis 4.1.5.003 - Depreciação 4.1.5.004 - Prêmios de Seguro 4.1.5.005 - Serviços de Terceiros 4.1.5.006 - Comunicações 4.1.5.007 - Água 4.1.5.008 - Conservação e Manutenção 4.1.5.009 - Combustíveis e Lubrificantes 4.1.5.010 - Materiais de Expediente 4.1.5.011 - Materiais de Limpeza 4.1.5.012 - Materiais Diversos 5 - RECEITAS 5.1 - RECEITAS OPERACIONAIS 5.1.1 - Receitas de Vendas 5.1.1.001 - Venda de Produtos 5.1.1.002 - ( - ) Vendas Anuladas 5.1.1.003 - ( - ) ICMS sobre Vendas 5.1.1.004 - ( - ) PIS sobre Faturamento 5.1.2 - Receitas Financeiras 5.1.2.001 - Rendimentos de Aplicações Financeiras 5.1.2.002 - Descontos Obtidos 5.1.2.003 - Juros Ativos 5.1.3 - Outras Receitas Operacionais 5.1.3.001 - Lucros de Participações em Outras Cias 5.1.3.002 - Receitas Eventuais 5.2 - RECEITAS NÃO OPERACIONAIS 5.2.1 - Ganhos não Operacionais 5.2.1.001 - Ganho na Alienação de Bens 6 - CONTAS DE APURAÇÃO DE RESULTADOS Professor: Adilson de Barros 26 6.1 - APURAÇÃO DE RESULTADO 6.1.1 - Apuração de Resultado 6.1.1.001 - Custo dos Produtos Vendidos (CPV) 6.1.1.002 - Resultado com Vendas de Produtos (RVP) 6.1.1.003 - Apuração do Resultado do Exercício (ARE) Método das Partidas Dobradas Este método, desenvolvido por Frei Luca Pacioli, na Itália, século XIV, hoje universalmente aceito, da início a uma nova fase para a contabilidade como disciplina adulta, alem de desabrochar a “escola contábil italiana” que iria dominar o cenário contábil até o início do século XX. O método consiste em que para qualquer operação haverá um débito e um crédito de igual valor ou um débito (ou mais débitos) de valor idêntico a um crédito (ou mais créditos). Portanto, “NÃO HÁ DÉBITO (S) SEM CRÉDITO(S)” correspondente(s). MECANISMO DO DÉBITO E CRÉDITO Os registros das operações da empresa são feitos através de lançamentos nas contas próprias. Estes lançamentos podem ser a débito ou a crédito da conta movimentada. Quando a soma dos lançamentos de débito (despesa) é maior que a soma dos lançamentos de crédito (receita), temos a conta de saldo devedor. Ao contrário, quando os valores de crédito (receita) são superiores aos de débitos (despesas) a conta tem saldo credor. (D) C a i x a (C ) (D) C a p i t a l (C ) 500 500 ATIVO Débito Caixa Total PASSIVO Crédito 500,00 500,00 Patrimônio Líquido Capital Total 500,00 500,00 RAZONETE É uma representação gráfica em forma de “ T “ bastante utilizada pelos contadores. É um instrumento didático para desenvolver o raciocínio contábil. Por meio dos razonetes são feitos os registros individuais por conta, dispensando-se o método por balanços sucessivos. Professor: Adilson de Barros 27 Os Razonetes funcionam como uma simplificação do Livro Razão através de gráficos na forma de “T”. Título da Conta Débito Crédito Componentes AUMENTA POR DIMINUI POR ATIVO....................................... DÉBITO CRÉDITO PASSIVO.................................. CRÉDITO DÉBITO PATRIMÔNIO LÍQUIDO........ CRÉDITO DÉBITO Professor: Adilson de Barros 28 Exercícios: n. 3 1) 2) 3) 4) Duas pessoas formam uma sociedade e integram $ 20.000, em dinheiro. A empresa compra móveis e utensílios à vista por $ 5.000 A empresa comprou instalações à prazo por $ 25.000 Pagamento de $ 10.000 – referente dívida por compra de instalações (conforme item 3) Pede-se: A cada operação, efetuar um balanço (balanços sucessivos) e trabalhar com os razonetes. Obs. Contas a serem utilizadas: caixa, capital, móveis e utensílios, fornecedores, instalações D______________C _______________ ________________ _______________ D______________C _______________ ________________ _______________ D______________C _______________ ________________ _______________ D______________C _______________ ________________ _______________ D______________C _______________ ________________ _______________ D______________C _______________ ________________ _______________ Professor: Adilson de Barros 29 Exercício n. 4 Utilizando as contas abaixo, dizer quais contas serão debitadas e quais serão creditadas: (registro no livro diário) a) Imóveis b) Veículos c) Fornecedores d) Caixa e) Bancos C./Movimento f) Títulos a pagar g) Material de expediente h) Instalações i) Consumo de água j) Aluguéis 1) Compra de veículo a prazo: veículos D C 2) Compra de instalações à vista: instalações D C 3) Compra de material de expediente à vista: Material de expediente D C 4) Depósito Bancário: Bancos C./M. Movimento) D C (Dinheiro da conta Caixa para a conta Bancos conta 5) Pagamento de conta de água: Consumo de água D C 6) Recebimento de Aluguéis: Aluguéis D C 7) Compra de Imóveis a prazo: Imóveis D C 8) Pagamento de duplicata a fornecedores: Fornecedores D C Observação. Não sendo mencionado pagamento em cheque, considerar pagamento através do Caixa. Professor: Adilson de Barros 30 CONTAS DE RESULTADO APURAÇÃO ANUAL DO RESULTADO O exercício social terá duração de um ano e a cada exercício será apurado o resultado do período, isto é, se deu lucro ou prejuízo. Portanto, em cada final de período todas as despesas e receitas são transferidas para a Demonstração do Resultado do Exercício, sendo que, no próximo período, apurar-se-á despesa e receita começando-se do zero, ou seja, não se acumulam despesas e receita de um ano para o outro (Independência Absoluta de Períodos). Ao fim de cada exercício social, conforme disposição da Lei das Sociedades por Ações, a Contabilidade da empresa elabora, entre outras demonstrações, a Demonstração do Resultado do Exercício, onde observamos o grande indicador global de eficiência: o retorno resultante do investimento dos donos da empresa (lucro ou prejuízo). Não há dúvida de que o objetivo precípuo de uma Entidade econômica é o Lucro, mas o “bom Lucro” que remunere condignamente o capital investido pelos proprietários da empresa. Confronto das despesas e receitas RECEITA > DESPESA = LUCRO DESPESA > RECEITA = PREJUÍZO O resultado quer seja lucro ou prejuízo será somado ou diminuído no Patrimônio Líquido, isto quer dizer que: O Lucro aumenta o PL O Prejuízo diminui o PL DESPESAS = Consumo de Bens e Serviços Despesas com Água, Luz, Telefone, Impostos, Salários, Despesas Financeiras, Despesas com Juros, Descontos concedidos. É o consumo de bens e serviços sempre realizado com a finalidade de obter receita. Toda despesa é de natureza devedora e sempre vai diminuir o Patrimônio Líquido. RECEITAS = Têm origem nas vendas, remuneração dos Capitais ou Serviços. São decorrentes da utilização dos recursos da entidade. Toda receita é de natureza credora e sempre vai aumentar o Patrimônio Líquido. Ex.: Venda de Mercadorias, Produtos e Serviços; Receitas sobre Aplicações Financeiras, Receitas de Juros, Descontos Obtidos, Receita de Aluguéis. Professor: Adilson de Barros 31 Exercício: n. 5 Apure o Resultado, elabore o Balanço Patrimonial e responda as questões. Conta Terminologia 1. Caixa = 10.000 2. Despesas com Impostos = 850 3. Impostos a Pagar = 1.200 4. Veículos = 2.100 5. Capital Social = 20.000 6. Descontos Concedidos = 250 7. Estoque mercadorias = 3.900 8. Fornecedores = 800 9. Descontos Obtidos = 3.000 10. Aluguéis Passivos = 900 Conta Terminologia 11. Máquinas e Equipamentos = 1.000 12. Receitas Aplicação Financeira = 450 13. Aluguéis a Pagar = 600 14. Juros Ativos = 300 15. Banco C/ Movimento = 4.500 16. Salários = 500 17. Salários a Pagar = 900 18. Venda de Mercadorias = 1.050 19. Estadia e Viagens = 400 20. Imóveis = 3.900 despesas (D) BALANÇO DO RESULTADO ativo (D) BALANÇO PATRIMONIAL Capital Próprio $ _______________________ Capital Total a Disposição $ ______________ Capital Integralizado $ ___________________ Professor: Adilson de Barros (C) (C) receitas passivo Capital de Terceiros $ ________________ Capital Social $______________________ 32 EXERCÍCIO – n. 6 1 – Classifique as contas abaixo de acordo com os códigos. n.º 01 02 03 04 05 60 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 (1) Patrimonial (P) ou de Resultado (R) (2) Ativo (A), Passivo (P), Despesa (D) ou Receita (R) (3) Devedora (Dev) ou Credora (Cred) (4) Especificar o grupo do plano de contas a que pertencem. CONTAS (1) Caixa Duplicatas a pagar Bancos Conta Movimento Água e Esgoto Fornecedores Imóveis Aluguéis Passivos Promissórias a Pagar – Vencimento após 2 anos Descontos Obtidos Clientes Despesas Eventuais Instalações Café e Lanches Salários a Pagar Descontos Concedidos FGTS a Recolher Juros Ativos Duplicatas a Receber Material de Expediente Estoque de Material de Expediente Impostos a Recolher Móveis e Utensílios Ações de Outras Empresas Veículos Capital Estoque de Mercadorias Salários Marcas e Patentes Juros Passivos Computadores COFINS a Recolher Aluguéis Ativos Despesas Bancárias Aplicações Financeiras Contribuições de Previdência ICMS a Recolher Professor: Adilson de Barros (2) (3) (4) 33