Se eu fosse o cão, mordia

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Se eu fosse o cão, mordia-lhe a mão!
Mas como não sou
vou saltar da cadeira e sentar-me no chão.
O sisudo coelho tem a mão
em cima do joelho
e olha para a feia mulher de vermelho.
No chão
um tapete muito estranho,
parecem minhocas
porém, de estranha forma e tamanho.
A feia mulher loira tinha um cão
que comprou quando saiu da prisão
porque desde então
vive sozinha com uma enorme tristeza no coração.
O cão já não a pode ouvir falar
pois aquela tristeza
deu-lhe para não trabalhar.
Passa os dias em casa
sentada
isolada
mas o que queria realmente era ser amada.
Ainda hoje espera pelo príncipe encantado,
que quando a vir,
vai ficar transtornado.
Com a feia mulher ninguém quer ser casado.
Continua sentada
isolada,
NÃO AMADA...
Filipa
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