PERÍODO COMPOSTO Vamos observar os exemplos: Ele confessou a mentira. (1 verbo = 1 oração = Período Simples) c. Alternativas- expressam alternativa ou escolha. Ou chegava a chuva, ou todos morreriam de fome. Principais conjunções: ou... ou, ora... ora, quer...quer, já... já etc. Ele confessou que mentiu e esperava a compreensão dos amigos. (3 verbos = 3 orações = Período Composto) d.Conclusivas- exprimem idéia de conclusão ou conseqüência. No primeiro exemplo, a oração é formada por um verbo, trata se de uma oração absoluta, que representa, em Sintaxe, o chamado período simples. Já no segundo vê-se que temos três verbos, logo, três orações, temos assim o período composto. Principais conjunções: logo, portanto, por conseguinte, por isso, assim, pois (depois do verbo) etc. O período composto pode ser formado por dois tipos de orações: Oração coordenada: Independente - sintática e semanticamente. Oração subordinada: Dependente – exerce função sintática. As coordenadas, nosso primeiro objeto de estudo, são caracterizadas pela independência sintática; dispõem-se uma ao lado de outra, classificam-se como: Assindéticas- sem sindeto, sem união, ou seja, sem conjunção. Ele entrou na sala, sentou-se, nada falou. Sindéticas- com conjunção (ou o chamado sindeto, palavra de origem grega que significa união). Podem ser: a. Aditivas- expressam uma adição, uma seqüência de idéias. “Fabiano ainda lhe deu umas pancadas e esperou que ele se levantasse.” Principais conjunções: e, nem, não só... mas também. b. Adversativas- expressam uma idéia de aparente oposição ou contradição. “Certamente esse obstáculo miúdo não era culpado, mas dificultava a marcha.” Principais conjunções: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto, etc. Expressões acontecer Exemplos Acontece que não gosto mais daqui. admirar Admira-me que fiquem quietos. agradar Agrada-me que você tenha melhorado. convir Convém que não se manifestem. parecer Parece que ficamos mudos Não choveu, portanto Fabiano e sua família tinham de partir. e. Explicativas Fabiano sentiu pena de Baleia, pois era da família. Principais conjunções: porque, que, pois (antes do verbo) etc. ORAÇÃO PRINCIPAL É a oração que possui o sentido predominante no período e não vem introduzida por conjunção subordinativa ou pronome relativo. Ex.: Já se disse que a contribuição brasileira para a civilização será de cordialidade. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA A oração subordinada substantiva tem valor de substantivo e vem introduzida, geralmente, por conjunção integrante (que, se). Ex.: Seria engano supor que essas virtudes possam significar “boas maneiras”. Não sei se essas medidas deram resultado. Às vezes, a oração subordinada substantiva é introduzida por pronome interrogativo (que, quem, qual) ou por advérbio interrogativo (por que, como, onde, quando). Ex.: Perguntaram qual era o seu endereço. Esse período constitui uma interrogativa indireta, introduzida pelo pronome interrogativo qual. Ex.: Ignoramos por que o prefeito adotou essas medidas. Trata-se também de uma interrogativa indireta, introduzida pelo advérbio interrogativo por que. A oração subordinada substantiva exerce as funções sintáticas de um substantivo. De acordo com essas funções, ela pode ser subjetiva, objetiva direta, objetiva indireta, completiva nominal, predicativa e apositiva. 1. Subjetiva: É subjetiva quando exerce a função sintática de sujeito da oração principal. Ex.: É necessário que você venha. Observe que a oração subordinada substantiva pode ser substituída pelo pronome isso. Dessa transformação resulta um período simples: É necessário isso. ou Isso é necessário. ↓ sujeito Portanto, a oração correspondente a isso exercerá a função de sujeito. Quando a oração subordinada substantiva é subjetiva, o verbo da oração principal está sempre na 3ª pessoa do singular. Eis alguns verbos e expressões que podem ter como sujeito uma oração subordinada: Expressões (geralmente formadas por verbos de ligação + predicativo) É bom Seria conveniente É claro Exemplos É bom que não se manifestem. Seria conveniente que fossem embora. É claro que eu vou falar com ela. OBSERVAÇÃO: Costumam apresentar uma certa dificuldade de classificação as orações subordinadas subjetivas que dependem de uma oração principal com verbo na voz passiva. Ex.: Já se disse que a contribuição brasileira para a civilização será de cordialidade. Já foi dito que a contribuição brasileira para a civilização será de cordialidade. Decidiu-se que você sairia da escola. Foi decidido que você sairia da escola. 2. Objetiva Direta: Exerce função de objeto direto da oração principal. Desejamos que você venha. (Desejamos isso.) ↓ OD Decidiram que você sairia da escola. (Decidiram isso.) ↓ OD 3. Objetiva Indireta: Exerce função de objeto indireto da oração principal. Necessitamos de que você venha. (Necessitamos disso.) ↓ OI 4. Completiva Nominal: Exerce função de complemento nominal da oração principal. Temos necessidade de que você venha. (Temos necessidade disso.) ↓ CN 5. Predicativa: Exerce função de predicativo da oração principal. Nosso desejo é que você venha. (Nosso desejo é isso.) ↓ predicativo 6. Apositiva: Exerce função de aposto da oração principal. Vem, geralmente, depois de dois-pontos ou entre vírgulas. Desejamos apenas uma coisa: que você venha. (Desejamos apenas uma coisa: isso.) OBSERVAÇÃO: As orações subordinadas substantivas podem vir coordenadas entre si. Ex.: Percebo que você não me compreende e me rejeita. As orações “que você não me compreende” e “me rejeita” são subordinadas substantivas objetivas diretas e coordenadas entre si. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL As orações subordinadas adverbiais funcionam como adjunto adverbial de outras orações e vêm, normalmente, introduzidas por uma das conjunções subordinativas (com exclusão das integrantes). São classificadas de acordo com a conjunção ou locução conjuntiva que as introduz. Dessa forma, podem ser: 1. Causais: Indicam a causa de ação expressa pelo verbo da oração principal. Principais conjunções causais: porque, visto que, já que, uma vez que, como etc. Ex.: Precisavam enterrar os mortos em outra cidade porque não havia cemitério no local. 2. Comparativas: Estabelecem uma comparação com a ação indicada pelo verbo da oração principal. Principais conjunções comparativas: que, do que (precedidos de mais, menos, melhor, pior, maior, menor), como. OBSERVAÇÃO: Frequentemente, omite-se nas comparativas o verbo da oração subordinada. Ex.: Agem como crianças. 3. Concessivas: Indicam uma concessão às ações do verbo da oração principal, isto é, admitem uma contradição ou um fato inesperado. Principais conjunções concessivas: embora, a menos que, se bem que, ainda que, conquanto, apesar de que, nem que, mesmo que, (por mais) que, (por muito) que etc. Ex.: Ainda que os vereadores insistam, o prefeito não quer ouvir falar em cemitério. 4. Condicionais: Indica a condição necessária para que o fato expresso na oração principal se realize. Principais conjunções condicionais: se, salvo, exceto, caso, desde que, contanto que, sem que, a menos que, a não ser que etc. Ex.: Se alguém se descuidar, Odorico acaba prefeito de Dumont. 5. Conformativas: Indicam uma conformidade entre o fato que expressam e a ação do verbo da oração principal. Principais conjunções conformativas: conforme, consoante, segundo, como etc. Ex.: Conforme a revista Visão noticiou, não há cemitério em Dumont. 6. Consecutivas: Indicam a conseqüência resultante do fato expresso pelo verbo da oração principal. Principais conjunções consecutivas: (tão) que, (tanto) que, (taí) que, (tamanho) que, de forma que, de modo que, de sorte que etc. Ex.: Já morreu tanta gente na cidadezinha que poderiam ter construído o cemitério. 7. Finais: Indicam o fim, o objetivo a que se destina o verbo da oração principal. Principais conjunções: para que, a fim de que, que (= para que) etc. Ex.: As pessoas idosas mudam de cidade para que possam ser sepultadas em paz. 8. Proporcionais: Indicam uma relação de proporcionalidade com o verbo da oração principal. Principais conjunções proporcionais: à medida que, enquanto, (quanto mais)... mais (quanto mais) ... menos, à proporção que, ao passo que etc. À medida que cresce o número de mortos, a necessidade do cemitério se faz sentir com mais intensidade. 9. Temporais: Indicam a circunstância de tempo em que ocorre o verbo da oração principal. Principais conjunções temporais: quando, assim que, logo que, até que, depois, antes que, mal, apenas, sempre que, cada vez que etc. Ex.: Quando morre alguém muito conhecido, é feriado em Dumont.