Grumixama Nome Popular: grumixameira, grumixama. Nome

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Grumixama
Nome Popular: grumixameira, grumixama.
Nome Científico: Eugenia brasiliensis La M.
Família Botânica: Myrtaceae
Origem: Brasil – Mata pluvial Atlântica.
Característica da Planta: Árvore de até 20 m de altura, com tronco curto e copa
de forma piramidal. Folhas duras, de coloração verde-escura. Flores brancas,
pequenas, surgindo de setembro a novembro.
Fruto: Arredondados, achatados nas extremidades, com casca lisa, de
coloração amarela ou roxo-escura, quase preta, manchada de vermelho na
maturação. Polpa suculenta envolvendo 2 sementes esbranquiçadas, frutifica
de novembro a janeiro.
Cultivo: Propaga-se por sementes e adapta-se bem em qualquer tipo de clima
e solo, resistindo bem a geadas. Possui crescimento rápido.
A palavra grumixama, segundo o professor Pirajá da Silva, em comentário
sobre a obra de Gabriel Soares de Sousa, é, provavelmente, proveniente de
expressões de origem tupi que querem dizer: "aquilo que pega no comer" ou
"fruto que aperta na boca" alusões à consistência viscosa desse fruto.
No entanto, o fruto da grumixama não é apenas viscoso e pegajoso: é
adocicado e saboroso. Outros viajantes, em outras épocas, tais como Antoine
de Saint Hilaire, Pizarro e Spix & Martius, também se encantaram com essa
árvore e com o seu sabor.
Frutinha pequena, lisa e brilhante, de polpa bastante aquosa, a grumixama
pode ser encontrada em três variedades: a vermelho-escura, a amarela e a
roxa, sendo esta última bem mais doce e gostosa do que as primeiras.
Também com esta variedade roxa, para a doceira Lúcia C. Santos, pode ser
preparada uma bebida vinosa "tão boa quanto pouco conhecida".
Segundo Eurico Teixeira, a variedade vermelha, descrita em 1587, era comum
apenas na região Norte do país, em especial no Estado do Pará. Em suas
variedades amarela e roxa, podem ser encontradas espontaneamente em
grande parte do Brasil, desde o sul da Bahia até Santa Catarina, especialmente
na mata pluvial que margeia toda a costa atlântica.
Aliás, as Mirtáceas, família à qual também pertence a grumixama, são
especialmente importantes em toda a Mata Atlântica, tanto na diversidade de
espécies existentes como pelo grande número de exemplares ocorrentes. São
plantas encontradas geralmente à sombra, mas que se adaptam bem ao sol.
Uma de sua principais características é dada pela troca permanente da casca
do tronco, quase sempre fina e delicada, e que, por esse motivo, tem uma
bonita aparência mesclada de diferentes tonalidades de marrom.
A grumixameira é árvore muito ornamental. Suas folhas são duras e grandes,
se comparadas ao tamanho de suas flores e frutos, e têm a superfície superior
brilhosa. Sua copa, quando a árvore cresce isoladamente, possui uma forma
piramidal e muito bonita.
Por tudo isso, e pela delícia de seus frutos - que atraem os homens, as aves,
os insetos e outros animais em profusão - a grumixama é espécie que nunca
falta nos pomares daqueles que são apaixonados pelas frutas brasileiras.
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS/UNESP CÂMPUS
DE JABOTICABAL
Informações mais completas podem ser encontradas no Livro Frutas Exóticas
(Funep, FCAV/Unesp)
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