GEOGRAFIA 1- Apresentação da Disciplina O conhecimento da geografia já era exercido desde a Pré-História, quando o homem fazia o reconhecimento do espaço que o mesmo ocupava. Porém, esta ciência só veio evoluir após a Idade Moderna com Ratzel, La Blache e Milton Santos. Esses pensadores geográficos contribuíram com suas propostas científicas, cada um em seu tempo de modo evolutivo, para como analisar o processo de produção do espaço geográfico. O alemão Friedrich Ratzel (1844-1904), construiu a Escola Determinista ou o Pensamento do Determinismo Ambiental, o qual dizia que “o meio determina o homem”. Diante desta definição de análise, em um tempo que a natureza realmente dominava o homem em diversas paisagens diferentes, pode-se entender a determinação da natureza sobre ela mesma e sobre o homem. Já o francês Paul Vidal de La Blache (1845-1918) em plena Revolução Industrial, verificou que o Pensamento Determinista não conseguia explicar as novas realidades desta época com tantas renovações e que o meio já não determinava o homem, pelo contrário, era ele que agora dominava e transformava a natureza, criando diversas possibilidades jamais imagináveis de o homem alcançar pelo avanço tecnológico. Esta nova Escola Possibilista ou Pensamento chamou-se de Possibilismo Geográfico. Mas, diante de constantes reorganizações do espaço geográfico fruto do Capitalismo Industrial e Agrícola, o mundo ficou a mercê deste sistema e necessitou de uma nova forma de analisá-lo. Alguns fatos históricos destacam-se como emblemáticos e precursores do que se denominou Geografia Crítica no Brasil. O principal deles foi o Encontro Nacional de Geógrafos Brasileiros, em 1978, promovido pela Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB), em Fortaleza. Esse evento foi marcado pela volta do professor Milton Santos ao Brasil, após os anos de exílio por causa da ditadura e teve como principal tema de discussão a Geografia Crítica, baseada na publicação do livro de Yves Lacoste, A Geografia: Isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. Esse movimento era orientado por uma aproximação entre a Geografia, o materialismo histórico, como teoria, e a dialética marxista como método para os estudos geográficos e para a abordagem dos conteúdos de ensino da Geografia. Seu aparecimento ocorreu na metade da década de setenta. Nesta época, a Geografia Crítica iniciou sua influência no âmbito universitário e teve decisiva participação nas disputas verificadas na Associação de Geógrafos Brasileiros (AGB). Podemos afirmar Oque o Encontro Nacional de Geógrafos Brasileiros realizado em Fortaleza ( Ceará ), no ano de 1978, demarcou o início da Geografia Crítica a nível nacional, sendo o encontro seguinte, o de 1980, no Rio de Janeiro, a vitória desta corrente frente às tendências existentes. Com o estabelecimento da abertura política brasileira a partir da década de setenta, o marxismo tornou-se um verdadeiro ponto de referência na Geografia para ajudar a compreender o que se passava e o que passou. Cabe destacar, no entanto, que este vigor da Geografia Crítica foi mais fácil ser verificado no ambiente universitário e muito menos nos órgãos de planejamento do governo. Já Armando Corrêa da Silva observa que o processo de renovação tem, também, a concorrência de uma velha instituição. Um outro fator importante para compreendermos o vigor da Geografia Crítica, à época, foi a volta do exílio do Prof. Milton Santos. A sua obra Por uma Geografia Nova , combinada ao seu estilo carismático, atraiu para si a atenção da comunidade acadêmica e novos adeptos para a nova corrente de pensamento, de tal modo que mesmo aqueles que não somaram com o movimento, reconheceram a sua importância em função da estatura intelectual deste professor. A SEED desencadeou, a partir de 2003, o processo de construção das Diretrizes Curriculares para a rede pública estadual. O processo de reformulação curricular teve como orientação a construção coletiva por parte de todos os profissionais da educação, a ênfase nos conteúdos científicos e nos saberes escolares das disciplinas que compõem a matriz curricular. No início do ano de 2005, a versão preliminar chegou às escolas, para que os professores pudessem ler, discutir e sugerir alterações para o texto final de Geografia. Para dar continuidade ao processo de implementação, e também como forma de capacitação, a SEED propôs as seguintes modalidades de formação continuada: grupos de estudos, semana de estudos pedagógicos descentralizados, simpósio e semana pedagógica e o Processo de Formação Continuada denominado Itinerante, 2007/2008, DEB Itinerante 2009, NRE Itinerante 2010, Professor, agora é sua vez. Com o resultado das discussões coletivas, os técnicos pedagógicos de Geografia e assessores sistematizaram as discussões e reorganizaram o presente texto, o qual pretende espelhar todo o processo de construção da Diretriz de Geografia para o Ensino da Rede Pública Estadual. Assim sendo, a DCE é resultado de todo este movimento de discussão e construção coletiva, que pretende assegurar que as partes envolvidas possam se reconhecer neste documento que expressa as orientações comuns para o ensino de Geografia na rede pública estadual. A geografia tem como objeto de estudo as relações entre o processo histórico na inter-relação das sociedades humanas com o espaço de vivencia ,ou seja, o espaço geográfico por meio da análise dos conceitos de paisagem, lugar, território e região na busca dessa abordagem relacional, ela trabalha com diferentes noções espaciais e temporais, bem como com os fenômenos sociais, culturais e naturais, todos fazendo parte das características de cada paisagem, os quais permitem uma compreensão processual e dinâmica de sua constituição a fim de identificar aquilo que na paisagem representa as heranças das sucessivas relações no tempo entre a sociedade e a natureza em sua interação. Esta ciência propõe um trabalho pedagógico que visa a ampliação das capacidades dos alunos de posicionar-se criticamente frente à sociedade em que está inserido. O educando motivado a ser um agente transformador do espaço e da sociedade se compromissará por conquista política, econômicas, sociais, ambientais e de seus direitos em uma sociedade mais justa e humana. Tal abordagem visa favorecer também a compreensão, de que somos parte integrante do ambiente e também agente e passivo das transformações das paisagens terrestres. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES De acordo com a concepção teórica assumida, serão apontados os Conteúdos Estruturantes da Geografia para Educação Básica, considerando que seu objeto de estudo/ensino é o espaço geográfico. Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande amplitude que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino. Nesta Proposta Pedagógica Curricular, os conteúdos estruturantes da Geografia são: • Dimensão econômica do espaço geográfico; • Dimensão política do espaço geográfico; • Dimensão socioambiental do espaço geográfico; • Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico. Os conteúdos estruturantes e os conteúdos específicos devem ser tratados pedagogicamente a partir das categorias de análise – relações Espaço ↔ Temporais relações Sociedade ↔ Natureza – e do quadro conceitual de referência. Por meio essa abordagem, pretende-se que o aluno compreenda os conceitos geográficos o objeto de estudo da Geografia em suas amplas e complexas relações. 2 - CONTEÚDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL 6º Ano CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS C R I T É R I O S D E A V A L I A Ç Ã O -As paisagens na zona rural do oeste Dimensão Formação e paranaense. Econômica do transformação -As transformações na paisagem cultural Espaço Geográfico das paisagens de Cascavel. naturais e -O trabalho e a transformação do espaço culturais. geográfico de Cascavel. Dimensão Política do Espaço Geográfico Dinâmica da natureza e sua alteração pelo -Rochas e minerais: formação e a espacialização natural, alterações Dimensão Cultural emprego de antrópicas e desafios para a e Demográfica do tecnologias de sustentabilidade. Espaço Geográfico exploração e -Atividades econômicas e recursos produção naturais em Cascavel. -Atividades econômicas: indústria local. Dimensão Socioambiental do A formação, -O solo de Cascavel e a monocultura. Espaço Geográfico localização, -A exploração econômica dos recursos exploração e minerais do PR. utilização dos recursos naturais. A distribuição -Tipos de indústrias, agroindustrias e sua espacial das distribuição no espaço geográfico local. atividades -Tipos de comércio. produtivas e a -Prestação de serviços. (re)organiza-ção do espaço geográfico. As relações -(Re) organização econômica do espaço entre campo e a rural e urbano. cidade na -Sistemas de circulação de mercadorias, sociedade pessoas, capitais e informações entre capitalista. campo e cidade. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. -Brasil: um país populoso, mas pouco povoado. -A distruibuição da população brasileira. -O crescimento da população brasileira. -A formação da população brasileira: um país marcado pela diversidade. A mobilidade -O movimento do povo africano no tempo populacional e e no espaço no Brasil. as manifesta- -Questões relativas ao trabalho e renda ções sócio do povo afro-descendente no Brasil. espaciais da -O mito da democracia racial brasileira. diversidade cultural. As diversas -Divisão geoeconômica do Brasil regionaliza-ções relacionando o clima e vegetação. do espaço -Ação dos elementos e fatores climáticos geográfico. no Brasil. 7º Ano CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS C R I T É R I O S D E A V A L I A Ç Ã O Dimensão A formação, -Formação espacial dos Estados Econômica do mobilidade das Brasileiros. Espaço Geográfico fronteiras e a -Localização do território brasileiro. reconfigura-ção -Regionalização do território brasileiro. do território -Brasil: regiões e políticas regionais. brasileiro. Dimensão Política A dinâmica da -O setor de serviços e reorganização do do Espaço natureza e sua espaço geográfico. Geográfico alteração pelo -Exploração econômica dos recursos emprego de naturais no Brasil. tecnologias de -O desmatamento no território brasileiro exploração e e os efeitos para o meio ambiente. Dimensão Cultural produção. e Demográfica do Espaço Geográfico As diversas -Regionalização oficial e os complexos regionaliza-ções regionais. Dimensão do espaço -Organização do espaço geográfico a Socioambiental do brasileiro. partir de políticas econômicas, Espaço Geográfico manifestações culturais e socioambientais. As manifestações -Movimentos sociais: ONGs, - socioespaciais da Movimento dos Trabalhadores Sem diversidade Terra (MST), Movimento dos cultural. Trabalhadores Atingidos por Barragens (MAB), -Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST), Fórum Social Mundial (FSM), sua distribuição e ação na configuração dos territórios. -Contribuições de afro-brasileiros na transformação do espaço geográfico brasileiro A transforma-ção demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. -A distribuição da população e o seu crescimento no Brasil. -Brasil: aspectos demográficos. -A pirâmide etária brasileira: de país jovem a país maduro. -Formação da população brasileira (povos indígenas, africanos e imigrantes). Movimentos -Migrações externas e internas. migratórios e suas -Migrações temporária e pendular. motivações. -Migrações inter-regional e intrarregional. -Brasileiros fora do Brasil. O espaço rural e -Características gerais da economia a modernização brasileira (pecuária, agricultura e da agricultura. extrativismo). -Êxodo rural como consequência da mecanização do campo. A formação, o Características da industrialização crescimento das brasileira. cidades, a -Atividades terciárias. dinâmica dos -Rede e hierarquias urbanas. espaços urbanos -As regiões metropolitanas. e a urbanização -Problemas sociais e ambientais nas ________________ A cidades. distribuição ____________________________________ espacial das atividades -Primeiras atividades econômicas: obras produtivas, a e projetos de desenvolvimento. (re)organização -Os limites territoriais segundo a do espaço economia produtiva dos estados geográfico. bresileiros. ________________ ____________________________________ A circulação de mão-de-obra, de mercadorias e das informações -População e o trabalho no Brasil. -População economicamente ativa. -O desemprego e seus fatores. -A economia informal: novas profissões. -A exploração do trabalho infantil no Brasil. 8º Ano CONTEÚDOS CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Dimensão As diversas -Acordo e blocos econômicos. Econômica do regionaliza-ções -Consumo, consumismo e cultura: as Espaço Geográfico do espaço influências dos meios de comunicação geográfico. nas manifestações culturais e na (re)organização social do espaço geográfico. -Países desenvolvidos e Dimensão Política subdesenvolvidos do Espaço Geográfico A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfigura-ção Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico Dimensão dos territórios do continente americano. Espaço Geográfico América. -Formação histórica do continente americano. _A conquista do continente. - A regionalização por critérios histórico, cultural e socioeconômico. A nova ordem -As relações econômicas, a mundial, os dependência tecnológica e a territórios desigualdade social no espaço supranacionais e o geográfico. papel do Estado. Socioambiental do -Localização e regionalização da - Duas potências, dois blocos. _ O sistema capitalista e o sistema socialista. O comércio em -Sistemas (redes) de produção suas implicações industrial, econômica, política e suas sócio espaciais. espacialidade. - O crescimento do setor terciário. A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações. A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico. As relações entre -A economia mundial e as transformações no espaço geográfico. -Características da economia global. -A economia global e o aumento do desemprego. -Organizações internacionais: ONU, OMC, FMI, OTAN, Banco Mundial, entre outros, e suas influências na reorganização do espaço geográfico. - Os blocos econômicos. - Os blocos econômicos americanos. -Outras associações. -Atividades dos setores da economia o campo e a global (primário, secundário e terciário). cidade na - O êxodo rural e suas consequências sociedade no continente americano. capitalista. -As transformações ocorridas nos setores da economia. O espaço rural e a moderniza-ção da agricultura -Recursos naturais e o avanço da tecnologia no campo. -O desenvolvimento da agricultura comercial e de subsistência de produtos tropicais e cereais. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. -Regionalização de acordo com o IDH. -Características demográficas. -Indicadores sociais. -Estrutura etária da população mundial. Os movimentos migratórios e suas motivações. -Falta de opção no mercado de trabalho. -Brasiguaios. -Brazucas. -Dekasseguis. As manifestações sociespaciais da -Formação étnico-religiosa: distribuição e organização espacial e conflitos. diversidade cultural. Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. -Regionalização da América pelo critério físico. -A influência dos fatores determinantes do clima. - As consequências para o meio ambiente com a exploração dos recursos naturais. 9º Ano CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS BÁSICOS As diversas Dimensão regionaliza-ções -Mapa do Mundo. ( Estado, nação, Econômica do do espaço território e país). Espaço Geográfico geográfico. -Organização do espaço geográfico em continentes. A nova ordem -As grandes guerras : 1º guerra mundial mundial, os e 2º guerra mundial. Dimensão Política territórios -Organização do espaço mundial pós do Espaço supranacionais e o guerras. Geográfico papel do Estado. - O período entre guerras. A revolução -A globalização e seus efeitos: Afinal, o tecnico-científico- que significa globalização? informacional e os -As fases da globalização. Dimensão Cultural novos arranjos no -Globalização e desemprego. e Demográfica do espaço da -Globalização e meio ambiente: Espaço Geográfico produção. Problemas ambientais do século XXI, e as conferências mundiais. O comércio -Organizações econômicas. Dimensão mundial e as (ONU, OMC, FMI, Banco Mundial). Socioambiental do implicações - Principais blocos econômicos regionais Espaço Geográfico socioespaciais. e interesses nacionais. A formação, -Reorganização do espaço geográfico mobilidade das após os conflitos mundiais. fronteiras e a -Origem da União Européia e suas reconfiguração políticas comuns. dos territórios -O fim da União Soviética e a formação da CEI. - O redesenho do continente africano. A transformação -Distribuição da população, crescimento demográfica, a demográfico e desigualdades sociais. distribuição - Variedade linguistica. espacial e os - Políticas de controle demográfico . indicadores - Territórios hostis a ocupação humana. estatísticos da população. -As influências dos meios de As manifestações comunicação nas manifestações socioespaciais da culturais e na reorganização social do diversidade espaço geográfico. cultural - Berço das maiores religiões: Cristianismo, Islamismo e hinduísmo. - O Apartheid: Segregação étnica racial. -Distribuição populacional e Os movimentos organização espacial e conflitos. migratórios - Fluxos migratório atuais: A imigração mundiais e suas ilegal, xenofobia e racismo. motivações. A distribuição das -As relações econômicas a dependência atividades tecnológica e a desigualdade social. produtivas, a -Nivel de desenvolvimento difirenciado transformação da dos países: Tradicional e Moderno. paisagem e a - Desenvolvimento em pouco espaço (re)organização do territorial de alguns países. espaço geográfico. A dinâmica da -Distribuição espacial e as natureza e sua consequências sócio-ambientais dos alteração pelo desmatamentos, da chuva àcida, do emprego de buraco na camada de ozônio do efeito tecnologias de estufa. exploração e -Emissão dos poluentes e o futuro dos produção. transportes. O espaço em -Organização do espaço geográfico a rede: produção, partir de políticas econômicas, transporte e manifestações culturais e sócio- comunicações na ambientais. atual - Sociedade de consumo: Indústria configuração. cultural, cultura popular, padrões culturais e artigos da moda. ENSINO MÉDIO 1ºANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS ESTRUTURANTE BÁSICOS S A formação e a -Os elementos naturais e culturais que compõem transformação as diferentes paisagens e as alterações das paisagens. provocadas pela sociedade de acordo com seus interesses econômicos, sociais e políticos. -Os elementos naturais das paisagens (tipo de Dimensão Econômica do Espaço Geográfico Dinâmica da solo, clima, vegetação, hidrografia, relevo) sua natureza e sua distribuição e transformação: tempo da natureza, alteração pelo dinâmica da natureza, os domínios emprego de morfoclimáticos brasileiros e a alteração das tecnologias de paisagens terrestre. exploração e produção -A exploração dos recursos naturais (renováveis Dimensão Política A formação, e não renováveis) para a produção de energia: do Espaço localização, biocombustível, energia nuclear, eólica, Geográfico exploração e carbonífera e suas implicações na ocupação do utilização dos espaço. recursos -Os recursos naturais (vegetal, animal e mineral) naturais. e as ações políticas para sua preservação: o extrativismo, sua importância na produção de Dimensão matérias-primas, os conflitos gerados pela Cultural e escassez e uso e os acordos ambientais Demográfica do internacionais. Espaço -A relação das atividadees produtivas com a Geográfico Dimensão Socioambiental A distribuição dinâmica hidrológica: alteração do curso dos rios espacial das (represas), agricultura irrigada, fonte de energia, atividades via de transporte, erosão e sedimentação produtivas e a costeira, poluição das águas. (re)organizaçã -A produção agrícola nas comunidades o do espaço quilombolas e indígenas no Brasil e diferentes geográfico. manifestações culturais no campo. -Os complexos agroindustriais e a produção para do a exportação: expansão das fronteiras agrícolas Espaço e a produção de matérias-primas. Geográfico -A atividade industrial, a produção e os impactos socioambientais: aquecimento atmosférico, a poluição e a crise da água, poluição do solo, alterações climáticas e outros. O espaço rural -As alterações espaciais resultantes da ea mecanização do campo, uso de agrotóxicos, modernização insumos e o emprego de novas tecnologias na da agricultura. produção agropecuária. -O uso e preservação do solo nos diferentes sistemas de produção agrícola: agricultura familiar, terraceamento (jardinagem), agronegócio. -Redes de transportes (portos, aeroportos, . O espaço em rede: produção,trans porte e comunicação na atual rodovias, hidrovias), pessoas e matérias-primas. configuração territorial. -A reconfiguração dos territórios e os impactos Formação, culturais, demográficos e econômicos: a mobilidade das dispersão das atividades produtivas. fronteiras e a reconfiguração dos territórios O comércio e -Protecionismo comercial e as barreiras as implicações alfandegárias e zoofitossanitárias: subsídios a sócio- produção agrícola para a agricultura dos países espaciais. emergentes e pobres. A revolução -Os avanços tecnológicos da/na indústria e sua técnico-cientifico- distribuição espacial: tecnopólos, indústrias globais informacional e i industrialização nos países pobre. os novos arranjos -O desenvolvimento da biotecnologia e os impactos no espaço da na produção no espaço rural: trangênicos, produção. Revolução Verde, agricultura orgânica 2ºano CONTEÚDOS CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS C ESTRUTURANTE BÁSICOS R S I T É R I O S D E A V A L I A Ç Ã O As diversas -A formação territorial brasileira em sua relação Espe regionalizaçõe com os contrastes e semelhanças regionais. • Ap s do espaço -As diversas possibilidades de regionalizar o regiã geográfico. Brasil: regiões geoeconômicas, macrorregiões do natu IBGE, regiões de planejamento. • Loc Dimensão A circulação de -Novas tecnologias e alteração do espaço rural: Econômica do mão-de-obra, Espaço do capital, das trabalho, os complexos agroindustriais e a • Ide Geográfico mercadorias e produção para a exportação. form das e as informações. regio Dimensão Política do Espaço mecanização do campo, a (re) estruturação do O espaço rural -Estrutura agrária e a distribuição de terras no ea Brasil. modernização -A expansão das fronteiras agrícolas e os da gricultura. impactos culturais, demográficos e ecoômicos no territ lingu geog • En form agríc Geográfico Brasil . territ -Demarcação dos territórios indígenas e os • En conflitos resultantes da invasão das áreas pela dent mineração e agricultura (grileiros). com -As implicações espaciais dos movimentos econ Dimensão sociais dos trabalhadores rurais: áreas de polít Cultural e assentamento e de disputa no Brasil. • Ve Demográfica do -As diferentes identidades culturais das cidades e econ Espaço As o reordenação do espaço urbano: cidades hidro Geográfico manifestações sagradas, turísticas, os micro territórios urbanos. • Ide socioespaciais prote da diversidade impo cultural. pres As relações -Interdependência econômica, cultural, natu entre o campo demográfica e política entre o campo e a cidade: • Ide Dimensão e a cidade na produção e comercialização, políticas públicas, cultu Socioambiental sociedade do Espaço capitalista. Geográfico migrações etc. cons povo -Êxodo rural e a sua influência na configuração Movimentos espacial urbano e rural. migratórios e -Movimentos pendulares entre países e cidades suas decorrentesdas atividadees econômicas. • Co cres sua • Re motivações. -Deslocamentos mundiais da população ocup motivados por questões econômicas. bras • Ide fator -Áreas de agregação no espço urbano: favelas nova A formação, o condomínios fechados e outros, na agro crescimento espacialização das desigualdades sociais. • Est das cidades, a -Ocupação do território por diferentes grupos estru dinâmica dos sociais e étnicos: os micro territórios. mov espaços -A espacialização das desigualdades sociais: • En urbanos e a especulação imobiliária, a periferia e a ocupação form urbanização. das áreas de risco em sua relação como o micr crescimento das cidades. • Co -Urbanização desigual: conurbação, hierarquia indu das cidades, as cidades globais, as megalópoles, proc metrópoles, cidades grandes, cidades médias. bras -As implicações espaciais da formação e • En crescimento das cidades: função das cidades. trans -Utilização e distribuição da água no espaço bras urbano: rede de saneamento e poços artesianos. cons -Destino e consequências do lixo doméstico e ocup industrial: aterrros sanitários, reciclagem, econ depósitos impróprios (lixões). dinâ dive O comércio e -O comércio do consumo: ruas comerciais, as implicações shopping centers, feiras, hipermercados, espaços sócio- de lazer e suas implicações sócio-espaciais. espaciais. • En indu expl natu cons • Est uso difer econ cons relaç amb • Re espa de-o relaç prod 3ºano CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURA BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS NTES -A importância da revolução técnico-científica A revolução informacional em sua relação com os espaços de técnico-científica- produção, circulação de mercadorias e nas informacional e os formas de consumo. novos arranjos no -A revolução técnico-científica-informacional e os espaço da novos arranjos no espaço da produção: produção tecnopólos e as cidades globais. A circulação de -O comércio mundial: fronteiras internacionais, mão-de-obra, do tratados multilaterais e as organizações capital, das econômicas internacionais (FMI, Banco Mundial, mercadorias e das OMC). informações A transformação -Crescimento populacional – teorias demográfica, a demográficas, expectativa de vida, estrutura distribuição etária, taxa de fecundidade, transição espacial da demográfica, taxa de natalidade e mortalidade, população e os envelhecimento da população e as políticas de indicadores planejamento familiar. estatísticos -A distribuição espacial da população e os indicadores socioeconômicos: renda, população economiciamente ativa, distribuição da população por faixas salariais, empregos por setor de atividade econômica, escolaridade. A formação, -A fragmentação dos territórios no pós guerra fria mobilidade das e formação de novas territorialidades na Europa e fronteiras e a Ásia. reconfiguração -A constituição dos microterritórios e o comércio dos territórios ilegal: contrabando, narcotráfico, o poder das milícias. As manifestações -As manifestações culturais dos diferentes grupos sócio-espaciais da étnicos evidenciado na paisagem diversidade cultural -Os deslocamentos populacionais decorrentes de Os movimentos fatores econômicos , políticos, ambientais e migratórios religiosos: os refugiados e zonas de atraão e mundiais e suas repulsão motivações. -As políticas migratórias dos países ricos e as restrições aos imigrantes pobres: as nações. As implicações -Os países emergentes e as mudanças na divisão socioespaciais do internacional do trabalho: as áreas de produção. processo de -Novos papéis das organizações internacionais mundialização. na mediação de conflitos internacionais: ONU e OTAN. A nova ordem -A formação dos territórios supranacionais mundial, os decorrentes das relações econômicas e de poder territórios na nova ordem mundial. -Internacionalização do supranacionais e capital e o sistema financeiro: o Neoliberalismo, o papel do abertura econômica e seus impactos econômicos Estado. e sociais nos espaços nacionais. 3- ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS. Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos conteúdos básicos e serão apresentados de uma perspectiva crítica. Ao aperfeiçoar tais conhecimentos, o aluno pode com mais propriedade e profundidade, analisar os fenômenos citados na escala nacional (Brasil), relacionando-os quando possível, com a realidade mundial. Neste momento, as reflexões podem ser promovidas pelo professor em torno da aplicação dos conceitos construídos desde as séries iniciais e, descobrindo as especificidades naturaissociais, as relações de poder político e econômico no processo de globalização, das regiões e do território. Cabe ainda ressaltar a importância do papel do professor, enquanto pesquisador, na formação de futuros pesquisadores. Essa iniciação pode ocorrer através da implementações de propostas que estimule e amplie os conteúdos específicos. Com essa abordagem, propõe-se que ao final do Ensino Fundamental e Médio, o aluno possa entender o espaço geográfico, onde os elementos não estejam segregados sem ter uma ligação entre si. Para isto serão utilizados várias práticas pedagógicas como exposição do conteúdo, leitura interpretação e produção de textos geográficos, aulas dialogadas, trabalhos em grupo, utilização de videos e mapas. 4- AVALIAÇÃO O processo de avaliação deve estar articulados com os conteúdos estruturantes, os conceitos geográficos, o objeto de estudo, as categorias espaço- tempo, a relação sociedade-natureza e as relações de poder, contemplando a escala local e vice-versa. A avaliação seja diagnóstica e continuada, e que contemplam diferentes metodologias tais como: leitura, interpretação e produção de textos geográficos, leitura e interpretação de fotos, imagens, tabelas e principalmente diferentes tipos de mapas, pesquisas bibliográficas, aulas de campo entre outros, cuja uma das finalidades seja a apresentação de experiências práticas de aulas de campo ou laboratório, construção de maquetes; produção de mapas, mentais, interpretação e produção de textos de Geografia, apresentação e discussão de temas em seminários. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) determina que a avaliação do processo de ensino-aprendizagem seja formativa, diagnóstica e processual. Respeitando o prenúncio da lei, cada escola da rede estadual de ensino, ao construir seu Projeto Político Pedagógico, deve explicitar detalhadamente a concepção de avaliação que orientará a prática dos professores. Propõe-se, nesta Proposta Pedagógica Curricular que a avaliação deve tanto acompanhar a aprendizagem dos alunos quanto nortear o trabalho do professor. Para isso, deve se constituir numa contínua ação reflexiva sobre o fazer pedagógico. Nessa perspectiva, a avaliação deixa de ser um momento terminal do processo educativo (como hoje é concebida) para se transformar na busca incessante de compreensão das dificuldades do educando e na dinamização de novas oportunidades de conhecimento. (HOFFMANN, 1995, p. 21) Nessa concepção de avaliação, considera-se que os alunos têm diferentes ritmos de aprendizagem, identificam-se dificuldades e isso possibilita a intervenção pedagógica a todo o tempo. O professor pode, então, procurar caminhos para que todos os alunos aprendam e participem das aulas. Assim, recomenda-se que a avaliação em Geografia seja mais do que a definição de uma nota ou um conceito. Desse modo, as atividades desenvolvidas ao longo do ano letivo devem possibilitar ao aluno a apropriação dos conteúdos e posicionamento crítico frente aos diferentes contextos sociais. O processo de avaliação deve considerar, na mudança de pensamento e atitude do aluno, alguns ensino/aprendizagem, elementos quais que sejam: demonstram a o êxito aprendizagem, a do processo compreensão, de o questionamento e a participação dos alunos. Ao destacar tais elementos como parâmetros de qualidade do ensino e da aprendizagem, rompe-se a concepção pedagógica da escola tradicional que destacava tão somente a memorização, a obediência e a passividade (HOFFMANN, 1995). O processo de aprendizagem discutido por Vygotsky é condicionado pelo conflito/confronto entre as ideias, os valores, os posicionamentos políticos, a formação conceitual prévia dos alunos e as concepções científicas sobre tais elementos. Esse método pedagógico dialético possibilita a (re)construção do conhecimento, em que o processo de aprendizagem atinge, ao longo da escolarização, diferentes graus de complexidade de acordo com o desenvolvimento cognitivo dos alunos(CAVALCANTI, 2005). A prática docente, sob os fundamentos teórico-metodológicos discutidos estas Diretrizes Curriculares, contribui para a formação de um aluno crítico, que atua em seu meio natural e cultural e, portanto, é capaz de aceitar, rejeitar ou mesmo transformar esse meio. É esse resultado que se espera constatar no processo de avaliação do ensino de Geografia. Para isso, destacam-se como os principais critérios de avaliação em Geografia a formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações socioespaciais para compreensão e intervenção na realidade. O professor deve observar se os alunos formaram os conceitos geográficos e assimilaram as relações espaço-temporais e Sociedade ↔ Natureza para compreender o espaço nas diversas escalas geográficas. No entanto, ao assumir a concepção de avaliação formativa, é importante que o professor tenha registrado, de maneira organizada e precisa, todos os momentos do processo de ensino-aprendizagem, bem como as dificuldades e os avanços obtidos pelos alunos, de modo que esses registros tanto explicitem o caráter processual e continuado da avaliação quanto atenda às exigências burocráticas do sistema de notas. Será necessário, então, diversificar as técnicas e os instrumentos de avaliação. A avaliação é parte do processo pedagógico e, por isso, deve tanto acompanhar a aprendizagem dos alunos quanto nortear o trabalho do professor. Ela permite a melhoria do processo pedagógico somente quando se constitui numa ação reflexiva sobre o fazer pedagógico. Não deve ser somente a avaliação do aprendizado do aluno, mas também uma reflexão das metodologias do professor, da seleção dos conteúdos, dos objetivos estabelecidos e podem ser um referencial para o redimensionamento do trabalho pedagógico. Nas Diretrizes Curriculares de Geografia para a Educação Básica, valoriza-se a noção de que o aluno possa, durante e ao final do percurso, avaliar a realidade socioespacial em que vive, sob a perspectiva de transformá-la, onde quer que esteja e orientados pela diretriz a PPC de Geografia do Colégio Estadual São Cristóvão – Ensino Fundamental e Médio. Os alunos que, mesmo após a realização das atividades propostas, não obterem êxito, terão direito a realizar a recuperação de conteúdos e notas. A recuperação será ofertada paralelamente para os alunos que não se apropriarem satisfatoriamente do conteúdo trabalhado, sendo uma prova escrita no valor 70, somada ao trabalho depesquisa no valor 20 e as atividades no caderno que foram realizadas com o valor 10. 5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SEED.Diretrizes Curriculares Da Educação Básica para o Ensino de Geografia. 2008. MARINA, Lúcia e Tércio. Geografia: Série Novo Ensino Médio. 2ª ed. São Paulo: Ática, 2006. MOREIRA, Igor. Construindo o Espaço. 2ª ed. São Paulo: Ática, 2006. PIFFER, Osvaldo. Ensino de Geografia. Coleção Caderno do Futuro. IBEP. LUCCI, Ababi Elian e BRANCO, Lazaro Anselmo e MENDONÇA, Claudio. Geografia Geral e do Brasil – Ensino Médio – 3ª edição – São Paulo, Editora Saraiva.