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GEOGRAFIA
1- Apresentação da Disciplina
O conhecimento da geografia já era exercido desde a Pré-História, quando o
homem fazia o reconhecimento do espaço que o mesmo ocupava. Porém, esta
ciência só veio evoluir após a Idade Moderna com Ratzel, La Blache e Milton
Santos.
Esses pensadores geográficos contribuíram com suas propostas científicas,
cada um em seu tempo de modo evolutivo, para como analisar o processo de
produção do espaço geográfico.
O alemão Friedrich Ratzel (1844-1904), construiu a Escola Determinista ou o
Pensamento do Determinismo Ambiental, o qual dizia que “o meio determina o
homem”. Diante desta definição de análise, em um tempo que a natureza realmente
dominava o homem em diversas paisagens diferentes, pode-se entender a
determinação da natureza sobre ela mesma e sobre o homem. Já o francês Paul
Vidal de La Blache (1845-1918) em plena Revolução Industrial, verificou que o
Pensamento Determinista não conseguia explicar as novas realidades desta época
com tantas renovações e que o meio já não determinava o homem, pelo contrário,
era ele que agora dominava e transformava a natureza, criando diversas
possibilidades jamais imagináveis de o homem alcançar pelo avanço tecnológico.
Esta nova Escola Possibilista ou Pensamento chamou-se de Possibilismo
Geográfico. Mas, diante de constantes reorganizações do espaço geográfico fruto do
Capitalismo Industrial e Agrícola, o mundo ficou a mercê deste sistema e necessitou
de uma nova forma de analisá-lo.
Alguns fatos históricos destacam-se como emblemáticos e precursores do
que se denominou Geografia Crítica no Brasil. O principal deles foi o Encontro
Nacional de Geógrafos Brasileiros, em 1978, promovido pela Associação dos
Geógrafos Brasileiros (AGB), em Fortaleza. Esse evento foi marcado pela volta do
professor Milton Santos ao Brasil, após os anos de exílio por causa da ditadura e
teve como principal tema de discussão a Geografia Crítica, baseada na publicação
do livro de Yves Lacoste, A Geografia: Isso serve, em primeiro lugar, para fazer a
guerra.
Esse movimento era orientado por uma aproximação entre a Geografia, o
materialismo histórico, como teoria, e a dialética marxista como método para os
estudos geográficos e para a abordagem dos conteúdos de ensino da Geografia.
Seu aparecimento ocorreu na metade da década de setenta. Nesta época, a
Geografia Crítica iniciou sua influência no âmbito universitário e teve decisiva
participação nas disputas verificadas na Associação de Geógrafos Brasileiros (AGB).
Podemos afirmar Oque o Encontro Nacional de Geógrafos Brasileiros realizado em
Fortaleza ( Ceará ), no ano de 1978, demarcou o início da Geografia Crítica a nível
nacional, sendo o encontro seguinte, o de 1980, no Rio de Janeiro, a vitória desta
corrente frente às tendências existentes.
Com o estabelecimento da abertura política brasileira a partir da década
de setenta, o marxismo tornou-se um verdadeiro ponto de referência na Geografia
para ajudar a compreender o que se passava e o que passou. Cabe destacar, no
entanto, que este vigor da Geografia Crítica foi mais fácil ser verificado no ambiente
universitário e muito menos nos órgãos de planejamento do governo. Já Armando
Corrêa da Silva observa que o processo de renovação tem, também, a concorrência
de uma velha instituição.
Um outro fator importante para compreendermos o vigor da Geografia Crítica,
à época, foi a volta do exílio do Prof. Milton Santos. A sua obra Por uma Geografia
Nova , combinada ao seu estilo carismático, atraiu para si a atenção da comunidade
acadêmica e novos adeptos para a nova corrente de pensamento, de tal modo que
mesmo aqueles que não somaram com o movimento, reconheceram a sua
importância em função da estatura intelectual deste professor.
A SEED desencadeou, a partir de 2003, o processo de construção das
Diretrizes Curriculares para a rede pública estadual. O processo de reformulação
curricular teve como orientação a construção coletiva por parte de todos os
profissionais da educação, a ênfase nos conteúdos científicos e nos saberes
escolares das disciplinas que compõem a matriz curricular. No início do ano de
2005, a versão preliminar chegou às escolas, para que os professores pudessem ler,
discutir e sugerir alterações para o texto final de Geografia. Para dar continuidade ao
processo de implementação, e também como forma de capacitação, a SEED propôs
as seguintes modalidades de formação continuada: grupos de estudos, semana
de
estudos
pedagógicos descentralizados, simpósio e semana pedagógica e o
Processo de Formação Continuada denominado Itinerante, 2007/2008, DEB
Itinerante 2009, NRE Itinerante 2010, Professor, agora é sua vez.
Com o resultado das discussões coletivas, os técnicos pedagógicos de
Geografia e assessores sistematizaram as discussões e reorganizaram o presente
texto, o qual pretende espelhar todo o processo de construção da Diretriz de
Geografia para o Ensino da Rede Pública Estadual.
Assim sendo, a DCE é resultado de todo este movimento de discussão e
construção coletiva, que pretende assegurar que as partes envolvidas possam se
reconhecer neste documento que expressa as orientações comuns para o ensino de
Geografia na rede pública estadual.
A geografia tem como objeto
de estudo as relações entre o processo
histórico na inter-relação das sociedades humanas com o espaço de vivencia ,ou
seja, o espaço geográfico por meio da análise dos conceitos de paisagem, lugar,
território e região na busca dessa abordagem relacional, ela trabalha com diferentes
noções espaciais e temporais, bem como com os fenômenos sociais, culturais e
naturais, todos fazendo parte das características de cada paisagem, os quais
permitem uma compreensão processual e dinâmica de sua constituição a fim de
identificar aquilo que na paisagem representa as heranças das sucessivas relações
no tempo entre a sociedade e a natureza em sua interação.
Esta ciência propõe um trabalho pedagógico que visa a ampliação das
capacidades dos alunos de posicionar-se criticamente frente à sociedade em que
está inserido.
O educando motivado a ser um agente transformador do espaço e da
sociedade se compromissará por conquista política, econômicas, sociais, ambientais
e de seus direitos em uma sociedade mais justa e humana.
Tal abordagem visa favorecer também a compreensão, de que somos parte
integrante do ambiente e também agente e passivo das transformações das
paisagens terrestres.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
De acordo com a concepção teórica assumida, serão apontados os Conteúdos
Estruturantes da Geografia para Educação Básica, considerando que seu objeto de
estudo/ensino é o espaço geográfico.
Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande
amplitude que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina
escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e
ensino.
Nesta Proposta Pedagógica Curricular, os conteúdos estruturantes da
Geografia são:
• Dimensão econômica do espaço geográfico;
• Dimensão política do espaço geográfico;
• Dimensão socioambiental do espaço geográfico;
• Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.
Os conteúdos estruturantes e os conteúdos específicos devem ser tratados
pedagogicamente a partir das categorias de análise – relações Espaço
↔ Temporais
relações Sociedade ↔ Natureza – e do quadro conceitual de
referência. Por meio essa abordagem, pretende-se que o aluno compreenda os
conceitos geográficos
o objeto de estudo da Geografia em suas amplas e
complexas relações.
2 - CONTEÚDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
6º Ano
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
C
R
I
T
É
R
I
O
S
D
E
A
V
A
L
I
A
Ç
Ã
O
-As paisagens na zona rural do oeste
Dimensão
Formação e
paranaense.
Econômica do
transformação
-As transformações na paisagem cultural
Espaço Geográfico
das paisagens
de Cascavel.
naturais e
-O trabalho e a transformação do espaço
culturais.
geográfico de Cascavel.
Dimensão Política
do Espaço
Geográfico
Dinâmica da
natureza e sua
alteração pelo
-Rochas e minerais: formação e a
espacialização natural, alterações
Dimensão Cultural
emprego de
antrópicas e desafios para a
e Demográfica do
tecnologias de
sustentabilidade.
Espaço Geográfico
exploração e
-Atividades econômicas e recursos
produção
naturais em Cascavel.
-Atividades econômicas: indústria local.
Dimensão
Socioambiental do
A formação,
-O solo de Cascavel e a monocultura.
Espaço Geográfico
localização,
-A exploração econômica dos recursos
exploração e
minerais do PR.
utilização dos
recursos
naturais.
A distribuição
-Tipos de indústrias, agroindustrias e sua
espacial das
distribuição no espaço geográfico local.
atividades
-Tipos de comércio.
produtivas e a
-Prestação de serviços.
(re)organiza-ção
do espaço
geográfico.
As relações
-(Re) organização econômica do espaço
entre campo e a
rural e urbano.
cidade na
-Sistemas de circulação de mercadorias,
sociedade
pessoas, capitais e informações entre
capitalista.
campo e cidade.
A
transformação
demográfica, a
distribuição
espacial e os
indicadores
estatísticos da
população.
-Brasil: um país populoso, mas pouco
povoado.
-A distruibuição da população brasileira.
-O crescimento da população brasileira.
-A formação da população brasileira: um
país marcado pela diversidade.
A mobilidade
-O movimento do povo africano no tempo
populacional e
e no espaço no Brasil.
as manifesta-
-Questões relativas ao trabalho e renda
ções sócio
do povo afro-descendente no Brasil.
espaciais da
-O mito da democracia racial brasileira.
diversidade
cultural.
As diversas
-Divisão geoeconômica do Brasil
regionaliza-ções
relacionando o clima e vegetação.
do espaço
-Ação dos elementos e fatores climáticos
geográfico.
no Brasil.
7º Ano
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
C
R
I
T
É
R
I
O
S
D
E
A
V
A
L
I
A
Ç
Ã
O
Dimensão
A formação,
-Formação espacial dos Estados
Econômica do
mobilidade das
Brasileiros.
Espaço Geográfico
fronteiras e a
-Localização do território brasileiro.
reconfigura-ção
-Regionalização do território brasileiro.
do território
-Brasil: regiões e políticas regionais.
brasileiro.
Dimensão Política
A dinâmica da
-O setor de serviços e reorganização do
do Espaço
natureza e sua
espaço geográfico.
Geográfico
alteração pelo
-Exploração econômica dos recursos
emprego de
naturais no Brasil.
tecnologias de
-O desmatamento no território brasileiro
exploração e
e os efeitos para o meio ambiente.
Dimensão Cultural
produção.
e Demográfica do
Espaço Geográfico
As diversas
-Regionalização oficial e os complexos
regionaliza-ções
regionais.
Dimensão
do espaço
-Organização do espaço geográfico a
Socioambiental do
brasileiro.
partir de políticas econômicas,
Espaço Geográfico
manifestações culturais e
socioambientais.
As manifestações
-Movimentos sociais: ONGs, -
socioespaciais da
Movimento dos Trabalhadores Sem
diversidade
Terra (MST), Movimento dos
cultural.
Trabalhadores Atingidos por Barragens
(MAB), -Movimento dos Trabalhadores
sem Teto (MTST), Fórum Social Mundial
(FSM), sua distribuição e ação na
configuração dos territórios.
-Contribuições de afro-brasileiros na
transformação do espaço geográfico
brasileiro
A transforma-ção
demográfica, a
distribuição
espacial e os
indicadores
estatísticos da
população.
-A distribuição da população e o seu
crescimento no Brasil.
-Brasil: aspectos demográficos.
-A pirâmide etária brasileira: de país
jovem a país maduro.
-Formação da população brasileira
(povos indígenas, africanos e
imigrantes).
Movimentos
-Migrações externas e internas.
migratórios e suas -Migrações temporária e pendular.
motivações.
-Migrações inter-regional e
intrarregional.
-Brasileiros fora do Brasil.
O espaço rural e
-Características gerais da economia
a modernização
brasileira (pecuária, agricultura e
da agricultura.
extrativismo).
-Êxodo rural como consequência da
mecanização do campo.
A formação, o
Características da industrialização
crescimento das
brasileira.
cidades, a
-Atividades terciárias.
dinâmica dos
-Rede e hierarquias urbanas.
espaços urbanos
-As regiões metropolitanas.
e a urbanização
-Problemas sociais e ambientais nas
________________ A
cidades.
distribuição
____________________________________
espacial das
atividades
-Primeiras atividades econômicas: obras
produtivas, a
e projetos de desenvolvimento.
(re)organização
-Os limites territoriais segundo a
do espaço
economia produtiva dos estados
geográfico.
bresileiros.
________________
____________________________________
A circulação de
mão-de-obra, de
mercadorias e
das informações
-População e o trabalho no Brasil.
-População economicamente ativa.
-O desemprego e seus fatores.
-A economia informal: novas profissões.
-A exploração do trabalho infantil no
Brasil.
8º Ano
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
ESTRUTURANTES
BÁSICOS
Dimensão
As diversas
-Acordo e blocos econômicos.
Econômica do
regionaliza-ções
-Consumo, consumismo e cultura: as
Espaço Geográfico
do espaço
influências dos meios de comunicação
geográfico.
nas manifestações culturais e na
(re)organização social do espaço
geográfico.
-Países desenvolvidos e
Dimensão Política
subdesenvolvidos
do Espaço
Geográfico
A formação,
mobilidade das
fronteiras e a
reconfigura-ção
Dimensão Cultural
e Demográfica do
Espaço Geográfico
Dimensão
dos territórios do
continente
americano.
Espaço Geográfico
América.
-Formação histórica do continente
americano.
_A conquista do continente.
- A regionalização por critérios histórico,
cultural e socioeconômico.
A nova ordem
-As relações econômicas, a
mundial, os
dependência tecnológica e a
territórios
desigualdade social no espaço
supranacionais e o geográfico.
papel do Estado.
Socioambiental do
-Localização e regionalização da
- Duas potências, dois blocos.
_ O sistema capitalista e o sistema
socialista.
O comércio em
-Sistemas (redes) de produção
suas implicações
industrial, econômica, política e suas
sócio espaciais.
espacialidade.
- O crescimento do setor terciário.
A circulação da
mão-de-obra, do
capital, das
mercadorias e das
informações.
A distribuição
espacial das
atividades
produtivas, a
(re)organização do
espaço
geográfico.
As relações entre
-A economia mundial e as
transformações no espaço geográfico.
-Características da economia global.
-A economia global e o aumento do
desemprego.
-Organizações internacionais: ONU,
OMC, FMI, OTAN, Banco Mundial, entre
outros, e suas influências na
reorganização do espaço geográfico.
- Os blocos econômicos.
- Os blocos econômicos americanos.
-Outras associações.
-Atividades dos setores da economia
o campo e a
global (primário, secundário e terciário).
cidade na
- O êxodo rural e suas consequências
sociedade
no continente americano.
capitalista.
-As transformações ocorridas nos
setores da economia.
O espaço rural e a
moderniza-ção da
agricultura
-Recursos naturais e o avanço da
tecnologia no campo.
-O desenvolvimento da agricultura
comercial e de subsistência de produtos
tropicais e cereais.
A transformação
demográfica, a
distribuição
espacial e os
indicadores
estatísticos da
população.
-Regionalização de acordo com o IDH.
-Características demográficas.
-Indicadores sociais.
-Estrutura etária da população mundial.
Os movimentos
migratórios e suas
motivações.
-Falta de opção no mercado de trabalho.
-Brasiguaios.
-Brazucas.
-Dekasseguis.
As manifestações
sociespaciais da
-Formação étnico-religiosa: distribuição
e organização espacial e conflitos.
diversidade
cultural.
Formação,
localização,
exploração e
utilização dos
recursos naturais.
-Regionalização da América pelo
critério físico.
-A influência dos fatores determinantes
do clima.
- As consequências para o meio
ambiente com a exploração dos
recursos naturais.
9º Ano
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
BÁSICOS
As diversas
Dimensão
regionaliza-ções
-Mapa do Mundo. ( Estado, nação,
Econômica do
do espaço
território e país).
Espaço Geográfico
geográfico.
-Organização do espaço geográfico em
continentes.
A nova ordem
-As grandes guerras : 1º guerra mundial
mundial, os
e 2º guerra mundial.
Dimensão Política
territórios
-Organização do espaço mundial pós
do Espaço
supranacionais e o guerras.
Geográfico
papel do Estado.
- O período entre guerras.
A revolução
-A globalização e seus efeitos: Afinal, o
tecnico-científico-
que significa globalização?
informacional e os
-As fases da globalização.
Dimensão Cultural
novos arranjos no
-Globalização e desemprego.
e Demográfica do
espaço da
-Globalização e meio ambiente:
Espaço Geográfico
produção.
Problemas ambientais do século XXI, e
as conferências mundiais.
O comércio
-Organizações econômicas.
Dimensão
mundial e as
(ONU, OMC, FMI, Banco Mundial).
Socioambiental do
implicações
- Principais blocos econômicos regionais
Espaço Geográfico
socioespaciais.
e interesses nacionais.
A formação,
-Reorganização do espaço geográfico
mobilidade das
após os conflitos mundiais.
fronteiras e a
-Origem da União Européia e suas
reconfiguração
políticas comuns.
dos territórios
-O fim da União Soviética e a formação
da CEI.
- O redesenho do continente africano.
A transformação
-Distribuição da população, crescimento
demográfica, a
demográfico e desigualdades sociais.
distribuição
- Variedade linguistica.
espacial e os
- Políticas de controle demográfico .
indicadores
- Territórios hostis a ocupação humana.
estatísticos da
população.
-As influências dos meios de
As manifestações
comunicação nas manifestações
socioespaciais da
culturais e na reorganização social do
diversidade
espaço geográfico.
cultural
- Berço das maiores religiões:
Cristianismo, Islamismo e hinduísmo.
- O Apartheid: Segregação étnica racial.
-Distribuição populacional e
Os movimentos
organização espacial e conflitos.
migratórios
- Fluxos migratório atuais: A imigração
mundiais e suas
ilegal, xenofobia e racismo.
motivações.
A distribuição das
-As relações econômicas a dependência
atividades
tecnológica e a desigualdade social.
produtivas, a
-Nivel de desenvolvimento difirenciado
transformação da
dos países: Tradicional e Moderno.
paisagem e a
- Desenvolvimento em pouco espaço
(re)organização do territorial de alguns países.
espaço
geográfico.
A dinâmica da
-Distribuição espacial e as
natureza e sua
consequências sócio-ambientais dos
alteração pelo
desmatamentos, da chuva àcida, do
emprego de
buraco na camada de ozônio do efeito
tecnologias de
estufa.
exploração e
-Emissão dos poluentes e o futuro dos
produção.
transportes.
O espaço em
-Organização do espaço geográfico a
rede: produção,
partir de políticas econômicas,
transporte e
manifestações culturais e sócio-
comunicações na
ambientais.
atual
- Sociedade de consumo: Indústria
configuração.
cultural, cultura popular, padrões
culturais e artigos da moda.
ENSINO MÉDIO
1ºANO
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
ESTRUTURANTE BÁSICOS
S
A formação e a
-Os elementos naturais e culturais que compõem
transformação
as diferentes paisagens e as alterações
das paisagens.
provocadas pela sociedade de acordo com seus
interesses econômicos, sociais e políticos.
-Os elementos naturais das paisagens (tipo de
Dimensão
Econômica do
Espaço
Geográfico
Dinâmica da
solo, clima, vegetação, hidrografia, relevo) sua
natureza e sua
distribuição e transformação: tempo da natureza,
alteração pelo
dinâmica da natureza, os domínios
emprego de
morfoclimáticos brasileiros e a alteração das
tecnologias de
paisagens terrestre.
exploração e
produção
-A exploração dos recursos naturais (renováveis
Dimensão Política A formação,
e não renováveis) para a produção de energia:
do Espaço
localização,
biocombustível, energia nuclear, eólica,
Geográfico
exploração e
carbonífera e suas implicações na ocupação do
utilização dos
espaço.
recursos
-Os recursos naturais (vegetal, animal e mineral)
naturais.
e as ações políticas para sua preservação: o
extrativismo, sua importância na produção de
Dimensão
matérias-primas, os conflitos gerados pela
Cultural e
escassez e uso e os acordos ambientais
Demográfica do
internacionais.
Espaço
-A relação das atividadees produtivas com a
Geográfico
Dimensão
Socioambiental
A distribuição
dinâmica hidrológica: alteração do curso dos rios
espacial das
(represas), agricultura irrigada, fonte de energia,
atividades
via de transporte, erosão e sedimentação
produtivas e a
costeira, poluição das águas.
(re)organizaçã
-A produção agrícola nas comunidades
o do espaço
quilombolas e indígenas no Brasil e diferentes
geográfico.
manifestações culturais no campo.
-Os complexos agroindustriais e a produção para
do
a exportação: expansão das fronteiras agrícolas
Espaço
e a produção de matérias-primas.
Geográfico
-A atividade industrial, a produção e os impactos
socioambientais: aquecimento atmosférico, a
poluição e a crise da água, poluição do solo,
alterações climáticas e outros.
O espaço rural
-As alterações espaciais resultantes da
ea
mecanização do campo, uso de agrotóxicos,
modernização
insumos e o emprego de novas tecnologias na
da agricultura.
produção agropecuária.
-O uso e preservação do solo nos diferentes
sistemas de produção agrícola: agricultura
familiar, terraceamento (jardinagem),
agronegócio.
-Redes de transportes (portos, aeroportos,
. O espaço em
rede:
produção,trans
porte e
comunicação
na atual
rodovias, hidrovias), pessoas e matérias-primas.
configuração
territorial.
-A reconfiguração dos territórios e os impactos
Formação,
culturais, demográficos e econômicos: a
mobilidade das dispersão das atividades produtivas.
fronteiras e a
reconfiguração
dos territórios
O comércio e
-Protecionismo comercial e as barreiras
as implicações
alfandegárias e zoofitossanitárias: subsídios a
sócio-
produção agrícola para a agricultura dos países
espaciais.
emergentes e pobres.
A revolução
-Os avanços tecnológicos da/na indústria e sua
técnico-cientifico- distribuição espacial: tecnopólos, indústrias globais
informacional e
i industrialização nos países pobre.
os novos arranjos -O desenvolvimento da biotecnologia e os impactos
no espaço da
na produção no espaço rural: trangênicos,
produção.
Revolução Verde, agricultura orgânica
2ºano
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
C
ESTRUTURANTE BÁSICOS
R
S
I
T
É
R
I
O
S
D
E
A
V
A
L
I
A
Ç
Ã
O
As diversas
-A formação territorial brasileira em sua relação
Espe
regionalizaçõe
com os contrastes e semelhanças regionais.
• Ap
s do espaço
-As diversas possibilidades de regionalizar o
regiã
geográfico.
Brasil: regiões geoeconômicas, macrorregiões do
natu
IBGE, regiões de planejamento.
• Loc
Dimensão
A circulação de -Novas tecnologias e alteração do espaço rural:
Econômica do
mão-de-obra,
Espaço
do capital, das trabalho, os complexos agroindustriais e a
• Ide
Geográfico
mercadorias e produção para a exportação.
form
das
e as
informações.
regio
Dimensão Política
do Espaço
mecanização do campo, a (re) estruturação do
O espaço rural
-Estrutura agrária e a distribuição de terras no
ea
Brasil.
modernização
-A expansão das fronteiras agrícolas e os
da gricultura.
impactos culturais, demográficos e ecoômicos no
territ
lingu
geog
• En
form
agríc
Geográfico
Brasil .
territ
-Demarcação dos territórios indígenas e os
• En
conflitos resultantes da invasão das áreas pela
dent
mineração e agricultura (grileiros).
com
-As implicações espaciais dos movimentos
econ
Dimensão
sociais dos trabalhadores rurais: áreas de
polít
Cultural e
assentamento e de disputa no Brasil.
• Ve
Demográfica do
-As diferentes identidades culturais das cidades e
econ
Espaço
As
o reordenação do espaço urbano: cidades
hidro
Geográfico
manifestações
sagradas, turísticas, os micro territórios urbanos.
• Ide
socioespaciais
prote
da diversidade
impo
cultural.
pres
As
relações -Interdependência econômica, cultural,
natu
entre o campo demográfica e política entre o campo e a cidade:
• Ide
Dimensão
e a cidade na produção e comercialização, políticas públicas,
cultu
Socioambiental
sociedade
do Espaço
capitalista.
Geográfico
migrações etc.
cons
povo
-Êxodo rural e a sua influência na configuração
Movimentos
espacial urbano e rural.
migratórios e
-Movimentos pendulares entre países e cidades
suas
decorrentesdas atividadees econômicas.
• Co
cres
sua
• Re
motivações.
-Deslocamentos mundiais da população
ocup
motivados por questões econômicas.
bras
• Ide
fator
-Áreas de agregação no espço urbano: favelas
nova
A formação, o
condomínios fechados e outros, na
agro
crescimento
espacialização das desigualdades sociais.
• Est
das cidades, a
-Ocupação do território por diferentes grupos
estru
dinâmica dos
sociais e étnicos: os micro territórios.
mov
espaços
-A espacialização das desigualdades sociais:
• En
urbanos e a
especulação imobiliária, a periferia e a ocupação
form
urbanização.
das áreas de risco em sua relação como o
micr
crescimento das cidades.
• Co
-Urbanização desigual: conurbação, hierarquia
indu
das cidades, as cidades globais, as megalópoles,
proc
metrópoles, cidades grandes, cidades médias.
bras
-As implicações espaciais da formação e
• En
crescimento das cidades: função das cidades.
trans
-Utilização e distribuição da água no espaço
bras
urbano: rede de saneamento e poços artesianos.
cons
-Destino e consequências do lixo doméstico e
ocup
industrial: aterrros sanitários, reciclagem,
econ
depósitos impróprios (lixões).
dinâ
dive
O comércio e
-O comércio do consumo: ruas comerciais,
as implicações
shopping centers, feiras, hipermercados, espaços
sócio-
de lazer e suas implicações sócio-espaciais.
espaciais.
• En
indu
expl
natu
cons
• Est
uso
difer
econ
cons
relaç
amb
• Re
espa
de-o
relaç
prod
3ºano
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS
ESTRUTURA
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
NTES
-A importância da revolução técnico-científica
A revolução
informacional em sua relação com os espaços de
técnico-científica-
produção, circulação de mercadorias e nas
informacional e os
formas de consumo.
novos arranjos no
-A revolução técnico-científica-informacional e os
espaço da
novos arranjos no espaço da produção:
produção
tecnopólos e as cidades globais.
A circulação de
-O comércio mundial: fronteiras internacionais,
mão-de-obra, do
tratados multilaterais e as organizações
capital, das
econômicas internacionais (FMI, Banco Mundial,
mercadorias e das OMC).
informações
A transformação
-Crescimento populacional – teorias
demográfica, a
demográficas, expectativa de vida, estrutura
distribuição
etária, taxa de fecundidade, transição
espacial da
demográfica, taxa de natalidade e mortalidade,
população e os
envelhecimento da população e as políticas de
indicadores
planejamento familiar.
estatísticos
-A distribuição espacial da população e os
indicadores socioeconômicos: renda, população
economiciamente ativa, distribuição da população
por faixas salariais, empregos por setor de
atividade econômica, escolaridade.
A formação,
-A fragmentação dos territórios no pós guerra fria
mobilidade das
e formação de novas territorialidades na Europa e
fronteiras e a
Ásia.
reconfiguração
-A constituição dos microterritórios e o comércio
dos territórios
ilegal: contrabando, narcotráfico, o poder das
milícias.
As manifestações
-As manifestações culturais dos diferentes grupos
sócio-espaciais da étnicos evidenciado na paisagem
diversidade
cultural
-Os deslocamentos populacionais decorrentes de
Os movimentos
fatores econômicos , políticos, ambientais e
migratórios
religiosos: os refugiados e zonas de atraão e
mundiais e suas
repulsão
motivações.
-As políticas migratórias dos países ricos e as
restrições aos imigrantes pobres: as nações.
As implicações
-Os países emergentes e as mudanças na divisão
socioespaciais do
internacional do trabalho: as áreas de produção.
processo de
-Novos papéis das organizações internacionais
mundialização.
na mediação de conflitos internacionais: ONU e
OTAN.
A nova ordem
-A formação dos territórios supranacionais
mundial, os
decorrentes das relações econômicas e de poder
territórios
na nova ordem mundial. -Internacionalização do
supranacionais e
capital e o sistema financeiro: o Neoliberalismo,
o papel do
abertura econômica e seus impactos econômicos
Estado.
e sociais nos espaços nacionais.
3- ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS.
Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos conteúdos
básicos e serão apresentados de uma perspectiva crítica.
Ao aperfeiçoar tais conhecimentos, o aluno pode com mais propriedade e
profundidade, analisar os fenômenos citados na escala nacional (Brasil),
relacionando-os quando possível, com a realidade mundial. Neste momento, as
reflexões podem ser promovidas pelo professor em torno da aplicação dos conceitos
construídos desde as séries iniciais e, descobrindo as especificidades naturaissociais, as relações de poder político e econômico no processo de globalização, das
regiões e do território.
Cabe ainda ressaltar a importância do papel do professor, enquanto
pesquisador, na formação de futuros pesquisadores. Essa iniciação pode ocorrer
através da implementações de propostas que estimule e amplie os conteúdos
específicos.
Com essa abordagem, propõe-se que ao final do Ensino Fundamental e
Médio, o aluno possa entender o espaço geográfico, onde os elementos não estejam
segregados sem ter uma ligação entre si.
Para isto serão utilizados várias práticas pedagógicas como exposição do
conteúdo, leitura interpretação e produção de textos geográficos, aulas dialogadas,
trabalhos em grupo, utilização de videos e mapas.
4- AVALIAÇÃO
O processo de avaliação deve estar articulados com os conteúdos
estruturantes, os conceitos geográficos, o objeto de estudo, as categorias espaço-
tempo, a relação sociedade-natureza e as relações de poder, contemplando a
escala local e vice-versa. A avaliação seja diagnóstica e continuada, e que
contemplam diferentes metodologias tais como: leitura, interpretação e produção de
textos
geográficos,
leitura
e
interpretação
de
fotos,
imagens,
tabelas
e
principalmente diferentes tipos de mapas, pesquisas bibliográficas, aulas de campo
entre outros, cuja uma das finalidades seja a apresentação de experiências práticas
de aulas de campo ou laboratório, construção de maquetes; produção de mapas,
mentais, interpretação e produção de textos de Geografia, apresentação e discussão
de temas em seminários.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) determina que
a avaliação do processo de ensino-aprendizagem seja formativa, diagnóstica e
processual. Respeitando o prenúncio da lei, cada escola da rede estadual de ensino,
ao construir seu Projeto Político Pedagógico, deve explicitar detalhadamente a
concepção de avaliação que orientará a prática dos professores.
Propõe-se, nesta Proposta Pedagógica Curricular que a avaliação deve tanto
acompanhar a aprendizagem dos alunos quanto nortear o trabalho do professor.
Para isso, deve se constituir numa contínua ação reflexiva sobre o fazer pedagógico.
Nessa perspectiva, a avaliação deixa de ser um momento terminal do processo
educativo (como hoje é concebida) para se transformar na busca incessante de
compreensão das dificuldades do educando e na dinamização de novas
oportunidades de conhecimento. (HOFFMANN, 1995, p. 21)
Nessa concepção de avaliação, considera-se que os alunos têm diferentes
ritmos de aprendizagem, identificam-se dificuldades e isso possibilita a intervenção
pedagógica a todo o tempo. O professor pode, então, procurar caminhos para que
todos os alunos aprendam e participem das aulas.
Assim, recomenda-se que a avaliação em Geografia seja mais do que a
definição de uma nota ou um conceito. Desse modo, as atividades desenvolvidas ao
longo do ano letivo devem possibilitar ao aluno a apropriação dos conteúdos e
posicionamento crítico frente aos diferentes contextos sociais.
O processo de avaliação deve considerar, na mudança de pensamento e atitude
do
aluno,
alguns
ensino/aprendizagem,
elementos
quais
que
sejam:
demonstram
a
o
êxito
aprendizagem,
a
do
processo
compreensão,
de
o
questionamento e a participação dos alunos. Ao destacar tais elementos como
parâmetros de qualidade do ensino e da aprendizagem, rompe-se a concepção
pedagógica da escola tradicional que destacava tão somente a memorização, a
obediência e a passividade (HOFFMANN, 1995).
O processo de aprendizagem discutido por Vygotsky é condicionado pelo
conflito/confronto entre as ideias, os valores, os posicionamentos políticos, a
formação conceitual prévia dos alunos e as concepções científicas sobre tais
elementos. Esse método pedagógico dialético possibilita a (re)construção do
conhecimento, em que o processo de aprendizagem atinge, ao longo da
escolarização, diferentes graus de complexidade de acordo com o desenvolvimento
cognitivo dos alunos(CAVALCANTI, 2005).
A prática docente, sob os fundamentos teórico-metodológicos discutidos estas
Diretrizes Curriculares, contribui para a formação de um aluno crítico, que atua em
seu meio natural e cultural e, portanto, é capaz de aceitar, rejeitar ou mesmo
transformar esse meio. É esse resultado que se espera constatar no
processo de avaliação do ensino de Geografia.
Para isso, destacam-se como os principais critérios de avaliação em
Geografia a formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das
relações socioespaciais para compreensão e intervenção na realidade. O professor
deve observar se os alunos formaram os conceitos geográficos e assimilaram as
relações espaço-temporais e Sociedade ↔ Natureza para compreender o espaço
nas diversas escalas geográficas.
No entanto, ao assumir a concepção de avaliação formativa, é importante que
o professor tenha registrado, de maneira organizada e precisa, todos os momentos
do processo de ensino-aprendizagem, bem como as dificuldades e os avanços
obtidos pelos alunos, de modo que esses registros tanto explicitem o caráter
processual e continuado da avaliação quanto atenda às exigências burocráticas do
sistema de notas.
Será necessário, então, diversificar as técnicas e os instrumentos de
avaliação. A avaliação é parte do processo pedagógico e, por isso, deve tanto
acompanhar a aprendizagem dos alunos quanto nortear o trabalho do professor. Ela
permite a melhoria do processo pedagógico somente quando se constitui numa ação
reflexiva sobre o fazer pedagógico. Não deve ser somente a avaliação do
aprendizado do aluno, mas também uma reflexão das metodologias do professor, da
seleção dos conteúdos, dos objetivos estabelecidos e podem ser um referencial para
o redimensionamento do trabalho pedagógico.
Nas Diretrizes Curriculares de Geografia para a Educação Básica, valoriza-se
a noção de que o aluno possa, durante e ao final do percurso, avaliar a realidade
socioespacial em que vive, sob a perspectiva de transformá-la, onde quer que esteja
e orientados pela diretriz a PPC de Geografia do Colégio Estadual São Cristóvão –
Ensino Fundamental e Médio.
Os alunos que, mesmo após a realização das atividades propostas, não
obterem êxito, terão direito a realizar a recuperação de conteúdos e notas.
A
recuperação será ofertada paralelamente para os alunos que não se apropriarem
satisfatoriamente do conteúdo trabalhado, sendo uma prova escrita no valor 70,
somada ao trabalho depesquisa no valor 20 e as atividades no caderno que foram
realizadas com o valor 10.
5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SEED.Diretrizes Curriculares Da Educação Básica para o Ensino de Geografia.
2008.
MARINA, Lúcia e Tércio. Geografia: Série Novo Ensino Médio. 2ª ed. São Paulo:
Ática, 2006.
MOREIRA, Igor. Construindo o Espaço. 2ª ed. São Paulo: Ática, 2006.
PIFFER, Osvaldo. Ensino de Geografia. Coleção Caderno do Futuro. IBEP.
LUCCI, Ababi Elian e BRANCO, Lazaro Anselmo e MENDONÇA, Claudio. Geografia
Geral e do Brasil – Ensino Médio – 3ª edição – São Paulo, Editora Saraiva.
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