INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO – CAMPUS DE ALEGRE RELATÓRIO DO DVD – PRODUÇÃO DE MUDAS ORNAMENTAIS ALEGRE – ES 2010 PRODUÇÃO DE MUDAS ORNAMENTAIS As plantas ornamentais s produzidas por viveiristas profissionais que conhecem as plantas e sabem como multiplicarem e cuidar delas. Qualquer pessoas que gosta de plantar e conheça as técnicas de propagação e cultivo, pode montar um viveiro e produzir mudas de plantas ornamentais dos mais variados tipos. O investimento inicial depende do porte do viveiro. As técnicas de multiplicação de plantas não sã difíceis de aprender, na realidade são bem fáceis. O que vai dizer se é caro ou não montar um viveiro, é o seu porte. Segue a baixo, uma lista de estruturas necessárias para se ter um viveiro: Casa de sombra; Leito de enraizamento; Sistema de irrigação; Bancadas; Canteiros; Viveiro de espera; Depósito; Ferramentas; Matrizes; Casa de sombra É formada por canteiros localizados sob cobertura de sombrite. O sombrite deixa passar apenas uma parte da luz do sol, diminuindo a perda de água por evaporação nos canteiros e por transpiração das plantas, evitando ressecamentos. Conforme aumenta a produção, a área do sombrite deve ir aumentando. A área interna deve ser bem plana. A irrigação é feita por aspersão. Leito de enraizamento Apresenta 20 cm de profundidade e entre 80cm e 1m de largura. O comprimento varia de acordo com o tamanho da casa de sombra. No seu interior pode ser usado diversos substratos, mas o mais recomendado e utilizado é o de areia de textura mediana. Sistema de irrigação O sistema de irrigação no viveiro é importantíssimo. A rega das plantas pode ser feita com mangueira, mas normalmente utiliza-se aspersores que irrigam com maior eficiência, distribuindo melhor a água e gastando menos. A água pode ser captada em um rio, represa ou poço artesiano. Canteiros Nem todos os tipos de espécies de plantas precisam ser cultivados à sombra, por isso em um viveiro de plantas ornamentais, boa parte dos canteiros, podem ser a céu aberto. A instalação é bem fácil e prática. Deve ser uma área bem plana, com ligeira declividade para a água escoar mais rápido, deve se deixar um espaço para a circulação do viveirista. Bancadas Sobre as bancadas são colocadas as bandejas de isopor ou bandeja contendo tubetes, onde são depositadas as sementes para que germinem. Na bandeja de isopor coloca-se o substrato e depois a semente. Viveiros de espera Neles as espécies vendidas de maior porte são plantadas e cultivadas até a época de comercialização. Depois são transportadas para um vaso grande, sacolas plásticas ou até mesmo para a casa do cliente. Ferramentas, substrato, depósito Ferramentas: em um viveiro você pode ver uma série de ferramentas em uso, em varias situações diferente. Algumas ferramentas utilizadas em um viveiro: Carrinho, pá quadrada, pá redonda, enxada, cavadeira, ancinho, vassoura, forcado, foice, alfanje, serrote, colher de transplante, tesoura, regador, martelo, alicate e torquês. Todas essas ferramentas são importantes para o viveirista por isso elas devem ser usadas corretamente e após usá-las elas devem ser lavadas e protegidas do tempo. Substrato: para armazenar o substrato é necessário um depósito bem coberto porque o substrato não pode tomar chuva pois a água remove parte de seus nutrientes. Exemplo utilizado no viveiro do vídeo: duas partes de terra de barranco chamada terriço, que não contém sementes de plantas invasoras. Uma parte de esterco bovino bem curtido e por fim o adubo formulado segundo a análise do solo para aumentar a disponibilidade de nutrientes. Depois os materiais são bem misturados para que fiquem homogêneos. Depois passa por uma peneira grossa para reter materiais grosseiros e quebrar torrões. A peneira é feita com tela de alambrado comum, e o enchimento das sacolas é feito manualmente utilizando a colher de transplante. Depósito: depois de pronto o substrato pode ser guardado no depósito por um longo período, por isso o depósito deve ser bem coberto. Há em viveiros de maior porte que ainda utiliza um depósito que se guarda materiais de maior valor, como: bandejas, ferramentas, embalagens, etc. Como propagar espécies utilizando esses materiais vistos: Para propagar bem uma espécie tem que conhecê-la Uma planta possui os seguintes orgões: -Orgões vegetativos:raiz, caule e folhas; 1. Raiz: absorve água e nutrientes. 2. Caule: sustenta a planta. 3. Folhas: absorve a energia luminosa do sol. -Órgãos reprodutivo: flores, frutos e sementes. 1. Flores: responsáveis pela fase inicial da reprodução das plantas. As partes que realizam a reprodução são: Estames: parte masculina da planta que produz o grão-de-pólen. Gineceu: parte feminina da planta, onde estão o ovário que produz os óvulos. O óvulo em contato com o pólen são fecundados. O pólen é levado ao gineceu pela ação do vento, por insetos, e até mesmo por animais maiores. 2. Frutos: Os frutos são estruturas auxiliares no ciclo reprodutivo das angiospermas: protegem as sementes e ajudam na sua disseminação. Eles correspondem ao ovário amadurecimento, o que geralmente ocorre após a fecundação. 3. Sementes:a semente é a ultima estrutura reprodutiva que precisamos conhecer. Em condições adequadas dá origem a outras plantas. Na germinação, primeiro a semente emite uma pequena raiz chamada radícula, que cresce e se ramifica a partir do embrião. Depois a semente desenvolve uma pequena folha, chamada folha da gêmula, que depois se transforma em uma folha primária presa ao caule, sendo a primeira folha da planta. O cravo pode ser produzido em um viveiro sem muita sofisticação. Espécies comercias propagadas por sementes. - cravo - petúnia - crisântemo - caléndul - girassol-anão - zênia - amor-agarradinho - amor-perfeito Cada parte da planta é composta por uma função específica. Tem como exemplo os tecidos que estão nas pontas das plantas que tem função de crescimento e os que estão nas extremidades das raízes que também tem função de crescimento, mas como tempo, esses tecidos perdem essas funções. O que leva esses tecidos a cumprirem sua função são fatores genéticos, mas muitas vezes vimos alterações nessas funções por causa de fatores indutivos, como estresse e danos físicos. Os hormônios são produzidos dentro da própria planta e circulam por toda ela. São eles que fazem que os tecidos modifiquem suas funções, dependendo das situações interiores. Tipos de hormônios: - auxinas: Possuem a função de regular o crescimento e induzir o enraizamento, que é fundamental na multiplicação de plantas ornamentais. - giberelinas - citocinina - acetileno Produção de clones vegetais Estrutura de propagação vegetativa: - bulbos - rizomas - estolhos Caules modificados: - divisão de touceiras - filhotes - rebentos Técnicas de propagação de sementes A propagação de sementes tem algumas desvantagens, pois a planta filha não possui o mesmo vigor e beleza da planta mãe, por isso os viveiristas compram as sementes de um fornecedor idôneo, que garante a qualidade do material germinado. Vamos ver como isso é feito usando como exemplo o cravo que é uma planta muito decorativa e de fácil cultivo. No final de seu ciclo reprodutivo, toda semente começa a secar junto com a planta que o obriga o jardineiro a replantar a planta. A semente pode ser recolhida com facilidade no viveiro ou comprada de um fornecedor que garantirá a qualidade da semente. Se o viveirista for colher semente no próprio viveiro, deve escolher a semente de melhor aparência para ter um melhor percentual de germinação. Como é feito o plantio: São utilizadas bandejas de isopor que recebem o substrato peneirado. As células das bandejas devem ser bem cheias de substrato. As covas são abertas com os dedos bem no centro de cada célula. As sementes são distribuídas em um número de 6 a 10 em cada cova para diminuir a falha de germinação. Depois da distribuição, cobre as sementes com uma fina camada de substrato. O próximo passo é levar a bandeja para a bancada de germinação onde receberá os tratos necessários para o desenvolvimento das mudas. A irrigação é feita por aspersão e a mesma não pode ser contínua para que o substrato não se encharque, havendo necessidade de intervalo. Quinze dias depois, já vemos as plantas que germinaram a partir das sementes plantadas. E depois de alguns dias, faz-se o desbaste das plantas, onde são retiradas o excesso de plantas onde germinaram mais de uma planta em uma mesma célula. Das plantas retiradas, se escolhe as melhores e se faz o transplante nas células que não germinaram ou em uma bandeja que não foi plantada nenhuma semente, visando o melhor aproveitamento das plantas. Toda essa operação é feita a céu aberto, preferencialmente de manhã ou a tarde, tentando escapar das horas mais quentes do dia. Após esse trabalho, as plantas continuam com o processo normal do viveiro, destacando a importância crucial da irrigação até que atinge o tamanho suficiente para o transplante. Para fazer o transplante, primeiro é preciso preparar a área que vai receber as mudas, capinando e retirando as ervas daninhas e depois o solo é revolvido podendo colocar fertilizantes e calcário. Ao mesmo tempo é dada a forma ao canteiro, que é mais alta que os solos vizinhos. As covas são abertas com a colher de transplante. As plantas são retiradas da bandeja, sendo puxadas pelo caule, com cuidado, para em seguida ser plantada na cova. Esse trabalho também deve ser feito em horas menos quentes do dia e após o transplante, é necessário regar as mudas. A petúnia é uma espécie ornamental muito usada em jardins, pela sua beleza de cores e forma, alem disso é fácil de ser cultivadas em canteiros. Depois que a planta completa seu ciclo vital no canteiro, quando as folhas secam, olhando bem de perto, pode-se observar uns frutinhos globulares, ainda presos aos ramos, juntos com os restos das flores, para recolher as sementes, a palhada é colocada para secar por um ou dois dias sobre uma peneira fina. Com o tempo as sementes vão se soltando da palhada, caindo sobre a tela. Veja que quando levantamos a palhada, podemos observar a semente, sobre a peneira e que depois serão recolhidas para o plantio. As sementes serão plantadas da mesma maneira que o cravo que dizemos anteriormente. Já falamos sobre duas espécies de pequeno porte, sendo propagadas por sementes, mas são inúmeras as espécies de maior porte que precisam de sementes para a reprodução, principalmente arvores. A partir de agora, você vai ver um exemplo de espécie arbórea e outra de palmeira. O viveiro mostrado no vídeo era especializado em produção de Araucaria excelsa, espécie exótica, que é utilizada em ornamentação como árvore de natal. Elas são amarradas, para se evitar que os galhos se quebrem. No viveiro mostrado saia pelo menos 20 mil mudas com três anos de idade. As sementes são provenientes do sul do país, adquiridas junto a produtores especializados. Para serem plantadas não precisam de nenhum tipo de tratamento especial. Sendo colocadas deitadas sobre o substrato na sementeira ou em tubetes. Neste caso é utilizada uma sementeira posicionada sobre um bosque de casuarinas, que sombreiam a área. A germinação e a fase de crescimento do primeiro ano devem acontecer sob sombra. No vídeo mostrado, as mudas estavam prestes a serem repicadas (transplantadas para as sacolas), onde poderiam desenvolver e transportadas com facilidade. Depois de um ano de idade as mudas em sacolas e encanteiradas estavam ainda sobre sombra. Em pouco tempo elas seriam transplantadas para um viveiro de espera onde se desenvolveriam normalmente por um período de um ou dois anos, até poderem ser comercializadas. Em todas essas etapas é preciso um controle de ervas daninhas, irrigação e proteção contra danos físicos. As palmeiras são cultivadas de modo similar sendo que as sementes dependendo da espécie podem precisar de tratamentos contra a quebra de dormência. Para evitar maiores custos com tratamentos e devido a grande disponibilidade de sementes, o vídeo recomendava o uso do leito de areia, para a germinação de palmeira imperial que chega a demorar seis meses. Enquanto isso o leito é utilizado normalmente no enraizamento de estacas até que surgem os primeiros brotos de palmeira. Pouco depois quando elas atingem este porte são transplantadas para as sacolas, podendo ser comercializadas ou plantadas em viveiros de espera. Depois do cultivo em viveiro de espera por pelo menos três anos, a palmeira seja qual for a espécie tem um bom valor de venda. O transplante de um exemplar desse porte não chega a ser muito difícil e a técnica utilizada pode ser aplicada com as devidas adaptações às espécies arbóreas. Veja como o transplante é feito: - Utiliza-se como material uma marreta de madeira, saco de aniagem, pá reta, enxadão, cordão de nylon e um par de lâminas arredondadas. As duas lâminas são colocadas a cerca de 20 cm em torno do caule e com a marreta de madeira faz-se com que elas penetrem no dolo. As lâminas têm função de cortar o sistema radicular e o torrão em torno dele. Depois que as lâminas penetrem completamente no solo cava-se com o enxadão e com a pá reta, em torno delas, retirando o solo e os restos de raízes. Com isso fica fácil tombar a palmeira e retira-la do buraco, colocando-a sobre o saco de aniagem. A seguir retiram-se as suas lâminas. Com isso o torrão fica bastante compacto, o que facilita no transporte, sem que as raízes fiquem expostas. Logo é só amarrar os sacos de aniagem com o cordão, envolvendo-o completamente, para manter a coesão do torrão. Pronto! A palmeira já está pronta para ser transportada e plantada em outro local. Multiplicação por Estaquia A estaquia é a técnica de propagação mais utilizada em viveiros, sendo grande o número de espécies multiplicadas dessa maneira. A técnica de produção é bastante simples. Como primeiro exemplo falaremos do Fícus. Basicamente o que se faz é retirar da planta que se deseja multiplicar, pedaços de ramos com aproximadamente 30 cm de comprimento. No caso do fícus dá-se preferência para ramos ponteiros bem vigorosos com mais de cinco gemas. O corte nas partes superior e inferior da estaca deve ser feito com canivete ou tesoura de ponta muito bem afiada para que não fique imperfeições ou rachaduras que possam servir de ponto de partida para apodrecimento. Com relação à posição, o corte na base da estaca deve ser feito pouco abaixo da inserção da última folha onde está situado uma gema. Da mesma maneira, o corte na extremidade superior deve ser feito pouco acima da primeira gema. Isso é importante porque próximo das gemas estão as maiores concentrações de auxinas, hormônio que terá papel importantíssimo na brotação das raízes, na base e de novos ramos e folhas no topo da estaca. Para facilitar o escorrimento de água no topo e a penetração da estaca no substrato o corte deve ser feito em bisel (diagonal). Pode-se deixar ou não folhas na estaca, dependendo da espécie. Saiba que a presença de folhas aumenta a perda de água na estaca, mas em compensação, a presença das folhas significa que a estaca estará fazendo fotossíntese mais rápida. Na maioria dos casos, deixam-se no máximo duas folhas cortadas pela metade. Se a estaca é mais lenhosa, praticamente não se deixa nenhuma folha. Se ela é mais tenra, deixa-se um número maior de folhas. Em algumas espécies que enraízam com grande facilidade, as estacas podem ficar com todas as folhas. Após a coleta das estacas o plantio deve ser feito imediatamente. Primeiro, prepara-se o leito revolvendo-se a areia, nivelando e uniformizando. A areia deverá estar úmida, se não, deverá molhá-la. A seguir, coloca-se uma pequena quantidade de hormônio em recipiente, onde seja possível uma fácil aplicação. O hormônio no caso a auxina, foi preparado numa concentração adequada, previamente sendo mantido em um recipiente adequado, protegido da luz. Na sequência, as bases das estacas devem ser molhadas cuidadosamente na solução para imediatamente serem introduzidas verticalmente no substrato. Esse trabalho tem que ser feito cuidadosamente para que todas as estacas tenham a sua dosagem de hormônio, tornando o enraizamento mais eficiente e homogêneo. Pronto! De agora em diante é aguardar, e o enraizamento que demora um pouco mais, um pouco menos, conforme a espécie e dependendo das condições climáticas do período. Dentro da casa de sombra, quando a temperatura é muito baixa, o enraizamento é menos eficiente e é bom falar novamente sobre o hormônio utilizado. Todo o preparo com relação à diluição e a estocagem, serve as recomendações do fabricante. Mas vale a pena também dizer que o veículo utilizado, ao invés de líquido, pode ser sólido, em pó, utilizando talco ou argila. Digamos que o preparo deve ser feito com o maior cuidado. Vale a pena também destacar as concentrações adequadas em partes por milhão (PPM). Veja os dados de concentração abaixo: Solução Alcoólica · Álcool etílico a 50% · Concentração 2.000 – 10.000 PPM Quanto maior a concentração, menor o tempo de imersão. Agora vamos para mais um exemplo de propagação por estaquias, destacando detalhes de outra espécie. Detalhes da propagação por estaquia (Camará) Utilizaremos o camará (Lanthama camara), espécie com folhagem agradável, de flores pequenas e coloridas muito bonitas. As estacas serão colhidas de mudas já encanteiradas que ultrapassaram tamanho ideal de transplante em torno de 30 cm de altura, mas que dentro de poucos dias terão de deixar o viveiro. O material utilizado então será resultante da sobra da poda das mudas. Os restos serão então preparados para a estaquia. As hastes serão cortadas medindo de 20 – 30 cm, deixando-se uma ou duas folhas cortadas ao meio dos ramos mais lenhosos, ou um número maior de meias folhas nas estacas mais tenras. As ramificações são preservadas cortando-se em cada uma delas a cinco cm da inserção da haste principal. O trabalho é feito rapidamente em área protegida da luz solar, de preferência em local bem fresco, para que as estacas se conservem melhor. O resultado final é um material pronto para ser distribuído no leito de areia. Da mesma maneira que foi mostrada no exemplo do fícus. O processo das estaquias é muito parecido entre si. Detalhes da propagação por estaquia (Buganvília) (Espécie ornamental de porte médio) - Se os ramos que se cortam estiverem bem lenhosos, pode-se ficar sem nenhuma folha. - Quando as estacas estão bem grossas pode-se observar o corte da base em bisel, sempre próximo da gema. - A gema deve estar situada sobre o espinho, virado para baixo. O contrário de muitas outras espécies. - A haste deve ser posicionada no leito de areia, de modo que os espinhos fiquem voltados para baixo. - Na aplicação de hormônios deve ser feito o mesmo como o das outras espécies. A única diferença é a quantidade de raiz emitida pela planta. Após 60 dias as estacas são retiradas do leito. Nesta época as raízes ainda estão pequenas e pouco numerosas, mesmo assim, o enraizamento já está no ponto certo. A pega dessa planta em canteiro ou sacola será muito boa. O leito de areia serve para iniciar esse processo. Após a retirada, as raízes são lavadas para retirar o excesso de areia. As estacas podem ser transferidas para as sacolas plásticas, abrindo-se a cova com o dedo e introduzindo 1/3 da extremidade enraizada no substrato, tomando cuidado para não quebrar as raízes. Detalhes da propagação por estaquia (Camarão-Amarelo) Parecido com a técnica apresentada para a buganvília. As estacas devem ficar 45 dias na casa de sombra. Tempo suficiente para o enraizamento. Depois as raízes são lavadas em água corrente sem contato com as mãos. Isso é importante para que a raiz tenha melhor contato com o novo substrato da sacola. As sacolas, em área sombreada, são irrigadas antes da introdução das estacas. Para furar as covas pode-se utilizar uma haste de madeira, feita a partir de um cabo de vassoura. As estacas são colocadas cuidadosamente para não afetar o sistema radicular. Duas estacas, pouco desenvolvidas devem ser colocadas em uma única sacola. Já as mais desenvolvidas e vigorosas são colocadas sozinhas. Muito tempo depois as estacas se tornam plantas muito bonitas e prontas para serem comercializadas. As condições ambientais da região influenciam muito na propagação e no desenvolvimento de cada espécie. No viveiro do vídeo foram mostradas várias espécies que estavam em processo de enraizamento como: sálvia branca, sininho, azaléia, espirradeira, pitósporos, erântemo, iresine, alternanthera, hemigrafis e a dracena. Pragas e doenças em viveiros de pequeno porte ocorrem em pouca frequência, utilizando fungicidas e inseticidas caseiros ou através de controle mecânico. Os níveis de parasitas em viveiros de maior porte também são pequenos, o controle, no entanto, é mais complicado. O diagnóstico de qualquer praga, e posteriormente, o seu combate, deverá ter o auxílio de um profissional capacitado. O uso de agrotóxicos deve ser feito com o máximo de cuidado, estando seguro tanto quem faz a aplicação do produto, tanto o meio ambiente. Cada espécie em seu tempo. Todas as espécies atingem porte, forma e resistência adequados, devendo ser transportadas e comercializadas. O transporte de mudas em grandes distâncias deve ser feito em caminhões baú, que protegem as plantas do vento e sol excessivo. O viveirista deve estar atento ao mercado consumidor para conseguir sucesso em seu empreendimento. No encerramento deste vídeo, foi feito os agradecimentos aos produtores técnicos. REFERÊNCIAS DVD Centro de Produções Técnicas (CPT) – Produção de Mudas Ornamentais. Este curso, constituído de filmes, em DVD, e manual interativo, mostra como implantar um viveiro, como produzir mudas de plantas ornamentais, começando com um viveiro de pequeno porte, o que exige pouco investimento e permite que o empreendedor se adapte lentamente à atividade. Apresenta viveiros de tamanhos variados, produzindo grande variedade de plantas. Você vai conhecer os recursos necessários para implantação como: insumos, ferramentas e infra-estrutura física necessária. São mostrados os princípios biológicos e as técnicas de propagação de plantas ornamentais por semente e por estaquia, detalhadamente, para diferentes espécies, destacando as características de cada uma. A coordenação técnica e científica ficou a cargo de Wantuelfer Gonçalves, Doutor em Paisagismo pela USP, professor do Departamento de Engenharia Florestal e Chefe do Setor de Parques e Jardins da Universidade Federal de Viçosa Roteiro e Direção: Marcos Orlando de Oliveira Filmes: 63 minutos Manual: 22 páginas