MAGNETISMO CAMPO MAGNÉTICO DE UM ÍMÃ 1

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MAGNETISMO
CAMPO MAGNÉTICO DE UM ÍMÃ
1 - DEFINIÇÃO
Magnetismo é a parte da Física que estuda os materiais magnéticos, ou seja, que estuda materiais
capazes de atrair ou repelir outros que ocorre com materiais eletricamente carregados.
A primeira referência conhecida sobre uma substância capaz de atrair outras é a de Tales de
Mileto (600 A.C.) em uma de suas viagens a Ásia (na época província da Grécia) para Magnésia (nome da
região da Ásia) constatou que pequenas pedrinhas estavam sendo atraídas na ponta de ferro do seu
cajado. Então estudou tal fenômeno e descobriu o magnetismo e a eletricidade.
O magnetismo terrestre é causado pela movimentação de seu núcleo que é supostamente dividido
em uma parte sólida e uma líquida, ambas compostas de ligas magnéticas de ferro, em que a movimentação
da parte líquida em relação à parte sólida, causa a indução de um campo magnético muito forte no núcleo
que é quase totalmente barrado pelo manto, composto principalmente de material eletricamente isolante.
Assim, apenas uma parte desse poderoso campo pode ser percebida acima da superfície.
O magnetismo terrestre tem o seu pólo sul magnético próximo ao pólo norte geográfico, assim
também como o pólo norte magnético é próximo do pólo sul geográfico, com estes dois pólos magnéticos
interagindo da mesma forma que os pólos de um imã.
2 – O MAGNETISMO NA CIÊNCIA E TECNOLOGIA
- Engenheiros nos Estados Unidos, desenvolveram uma nova liga magnética permanente que
mantém sua força magnética até 200º C. A nova liga permitirá a construção de motores elétricos mais
eficientes e poderá ser crucial para a adoção em larga escala dos veículos elétricos, que exigem motores
potentes e de alta durabilidade.
- “Recentemente, cientistas norte-americanos, desenvolveram o ferropapel”, que consiste em um
papel magnético com potencial para ser utilizado na construção de micromotores de baixo custo para uso
em robótica, instrumentos cirúrgicos, pinças minúsculas para estudar células individuais e até altofalantes em miniatura.
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Trata-se de um pedaço de papel comum - até mesmo papel jornal serve - com uma mistura de óleo
mineral e nanopartículas magnéticas, obtidas pela trituração de óxido de ferro. O papel carregado com
nanopartículas ferrosas pode ser movido pela aplicação de um campo magnético externo, tornando-se
adequado para a criação de motores e outros tipos de atuadores.
- Um grupo internacional de pesquisadores descobriu um aglomerado estável de átomos capaz de
representar diferentes elementos da tabela periódica, chamado de "superátomo magnético", a novidade,
segundo os cientistas, poderá ser usada na criação de componentes eletrônicos moleculares para equipar
a próxima geração de computadores, que seriam muito mais rápidos e com maior capacidade de
armazenamento.
3 – O MAGNETISMO E A INFLUÊNCIA NA NATUREZA
O magnetismo é um dos fenômenos mais notáveis da Natureza. Ela providenciou-nos com
abundante material magnético sob a forma de pedra-ímã, uma variedade de óxido de ferro conhecida por
magnetita, e tem aguardado pacientemente que descubramos as pistas deixadas. Há milhares de anos que
os poderes magnéticos e magnetizadores da pedra-ímã são conhecidos; mas só no final do século XVI o
físico londrino William Gilbert (1544-1603), com a publicação do seu livro “De magnete”, denunciou muitas
superstições que envolviam este fenômeno e realizou experiências que marcam o início do estudo
sistemático das propriedades dos magnetes e do magnetismo terrestre. Ainda assim, só após mais de
três séculos de intensa atividade científica, sobretudo experimental, depois de desbravadas outras
importantes pistas, desde a da eletricidade até à da constituição do átomo, foi possível ter uma visão
coerente dos fenômenos magnéticos.
Muitas pessoas estão familiarizadas com as propriedades gerais dos imãs, mas desconhecem qual a
fonte do magnetismo na Natureza e a explicação de alguns fenômenos curiosos associados. É o caso da
formação da pedra-ímã, dos diferentes comportamentos magnéticos da matéria, do magnetismo
terrestre, da inversão da polaridade magnética da Terra, da existência de manchas magnéticas na
superfície do Sol e, até, das manifestações do magnetismo em outros planetas do Sistema Solar e para
além dele.
Um condutor, carregado eletricamente, gera um campo magnético, daí a rede de alta tensão da
Light, possui espaçadores entres os cabos que passam no alto das torres
4 – O MAGNETISMO E A INFLUÊNCIA NO HOMEM
Todos nós temos pleno conhecimento da ação magnética exercida pelo astro Lua, atuando
diretamente sobre o Ser Humano, de diversas formas, tais como a influência sobre a mulher, os ciclos
das doenças e até mesmo o humor de certas pessoas.
Um grande exemplo do magnetismo que convivemos no dia a dia é a força da gravidade, onde o
planeta nos puxa constantemente para o seu centro.
Tem-se que o magnetismo humano consiste na concentração, por efeito da vontade do homem, dos
fluidos existentes nele e na atmosfera que o cerca e mediante a certa distância ele atua sobre outro
homem ou sobre as coisas e o magnetismo espiritual (na mesma forma do magnetismo humano) resulta na
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concentração da vontade dos Espíritos, concentração por meio da qual estes reúnem à volta de si, fluidos
quaisquer que sejam, encerrados no ser humano ou disseminados no espaço e os dispõem de modo a
exercerem ação sobre o homem ou sobre as coisas, produzindo os efeitos por eles desejados.
A ação magnética pode ser produzida de várias maneiras:
- Pelo próprio fluido do magnetizador; é o magnetismo propriamente dito, cuja ação se acha
adstrita à força e, sobretudo, à qualidade do fluido.
- Pelo fluido dos Espíritos, atuando diretamente e sem intermediário, sobre um encarnado ou
desencarnado, seja para curar ou amenizar um sofrimento, seja para provocar o sono sonambúlico
espontâneo, seja para exercer sobre um indivíduo, uma influência física ou moral qualquer, estando na
razão direta das qualidades do Espírito.
- Pelos fluidos que os Espíritos emanam sobre o magnetizador, que serve de veículo para esse
processo. Combinando com o fluido humano, o fluido espiritual lhe imprime qualidades de que ele carece.
Em tais circunstâncias, o concurso dos Espíritos é amiúde espontâneo, porém muitas vezes, provocado por
um apelo do magnetizador.
5 – O MAGNETISMO E MESMER
Iniciado em 1766, o Magnetismo animal fez a primeira proposta terapêutica científica da era
moderna, antes da também vitalista homeopatia, descoberta por Hahnemann, e da pesquisa laboratorial
iniciada por Claude Bernard. Foi pela metodologia que o Dr. Mesmer fez sua descoberta
A doutrina do magnetismo animal considera a existência do fluido universal, fonte primária de
todos os fluidos e de toda a matéria. O fluido vital ou magnetismo animal seria, segundo Mesmer, um
estado particular de vibração do fluido universal.
“Nem a luz, nem o fogo, nem a eletricidade, nem o magnetismo e nem o som são substâncias, mas
sim efeitos do movimento nas diversas séries do fluido universal”, definiu o magnetizador.
A matéria imponderável, ou fluídica, vibrando em velocidades maiores que a da luz (300.000Km/s),
é o meio de comunicação das informações trocadas, por exemplo, nos fenômenos de telepatia, de
magnetismo animal e espiritismo.
O magnetismo animal avançou, em sua base teórica, nos pontos negados pelo materialismo
mecanicista da medicina tradicional. Ele demonstrou experimentalmente, pelos efeitos do sonambulismo,
que o homem possui um sentido íntimo, que recebe as impressões dos sentidos orgânicos e comanda o
cérebro conforme a vontade da alma.
Esse sentido íntimo não se encerra no âmbito do corpo físico, mas permite o contato com todos os
outros seres, não importando a distância. A comunicação do pensamento estende-se mesmo por todo o
universo.
“Estes mesmos movimentos assim modificados pelo pensamento no cérebro e na substância dos
nervos são comunicados ao mesmo tempo à série de um fluido sutil com a qual esta substância dos nervos
está em continuidade, podendo, estender-se a distâncias indefinidas e comunicar-se imediatamente com o
senso íntimo de um outro indivíduo (Mesmer, 1781).
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A ciência do magnetismo animal enfrentou diversas barreiras e preconceitos do pensamento
ocidental e exerceu a tarefa fundamental de aplainar o caminho para o surgimento da doutrina dos
espíritos. Esclareceu Mesmer:
“Os preconceitos são inimigos da felicidade dos homens. Só sobre a verdade pode repousar sua
felicidade. Apresentar aos Povos com sabedoria e circunspeção a verdade livre dos de erros, de
prestígios e de embustes é, pois, o dever mais caro ao verdadeiro Legislador: eis o que eu proponho
(Mesmer, 1781)”
Allan Kardec, décadas depois, na obra inaugural do espiritismo, O Livro dos Espíritos, questão 555,
esclarecia:
“O espiritismo e o magnetismo nos dão a chave de uma imensidade de fenômenos sobre os quais a
ignorância teceu um sem-número de fábulas, em que os fatos são exagerados pela imaginação. O
conhecimento esclarecido dessas duas ciências que se resumem numa só, mostrando a realidade das
coisas e suas verdadeiras causas, é o melhor preservativo contra as idéias supersticiosas, porque revela o
que é impossível e o que está nas leis da Natureza e o que não passa de crendice ridícula”
Estas duas ciências acrescentarão, neste milênio, ao elemento material estudado em seus detalhes
pela ciência oficial, o elemento espiritual positivamente pesquisado, dando início a uma nova era.
6 – O MAGNETISMO E O ESPIRITISMO
Esboçava Kardec uma nova obra sobre as relações entre o Magnetismo e o Espiritismo, quando lhe
chegou a ordem de partida.
Por ele não ter concluído este trabalho, as pessoas que se intitulam espíritas não dão a devida
atenção a esta ciência que muito complementará os nossos estudos.
Se olharmos o Espiritismo, sem tentarmos entendê-lo, transformaremos este em dogma, como
tantas outras religiões e ficaremos parados no tempo e no espaço.
Questão 388 – Livro dos Espíritos
“Os encontros que se dão algumas vezes entre certas pessoas, e que se atribuem ao acaso, não
seriam o efeito de uma espécie de relações simpáticas?”
R: Há, entre os seres pensantes, ligações que ainda não conheceis. O Magnetismo é a
bússola desta ciência, que mais tarde compreendereis melhor.
Quando apareceram os primeiros fenômenos espíritas, algumas pessoas pensaram que esta
descoberta, se assim a podemos chamar, iria desferir um golpe de morte no magnetismo e que
aconteceria como nas invenções: a mais aperfeiçoada faz esquecer sua predecessora. Tal erro não tardou
a se dissipar e prontamente se reconheceu o parentesco próximo das duas Ciências.
“Com efeito, baseando-se ambas na existência e na manifestação da alma, longe de se
combaterem, podem e devem se prestar mútuo apoio: elas se completam e se explicam mutuamente.
Entretanto, seus respectivos adeptos discordam nalguns pontos: certos magnetistas ainda não admitem a
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existência ou, pelo menos, a manifestação dos Espíritos; pensam que podem tudo explicar só pela ação do
fluido magnético, opinião que nos limitamos a constatar, reservando-nos para a discutir mais tarde.
Nós mesmos a partilhávamos a princípio; mas, como tantos outros, tivemos que nos render à
evidência dos fatos. Ao contrário, os adeptos do Espiritismo são todos concordes com o magnetismo,
todos admitem sua ação e reconhecem nos fenômenos sonambúlicos uma manifestação da alma. Esta
oposição, aliás, se enfraquece dia a dia, e é fácil prever que não está longe o dia em que cessará qualquer
distinção. Tal divergência nada tem de surpreendente. No começo de uma Ciência ainda tão nova é muito
fácil que cada um, olhando as coisas de seu ponto de vista, dela forme uma idéia diferente. As Ciências
mais positivas tiveram sempre, e têm ainda, suas seitas, que sustentam ardorosamente teorias
contrárias; os sábios criaram escola contra escola, bandeira contra bandeira e, muitas vezes, para sua
dignidade, as polêmicas se tornaram irritantes e agressivas para o amor próprio ofendido e
ultrapassaram os limites de uma sábia discussão. Esperemos que os sectários do magnetismo e do
Espiritismo, melhor inspirados, não dêem ao mundo o escândalo de discussões muito pouco edificantes e
sempre fatais à propagação da verdade, seja qual for o lado em que ela esteja. Podemos ter nossa
opinião, sustentá-la e discuti-la: mas o meio de nos esclarecermos não é nos estraçalhando, processo
pouco digno de homens sérios e que se torna ignóbil desde que entre em jugo o interesse pessoal.
O magnetismo preparou o caminho do Espiritismo, e os rápidos progressos desta última doutrina
são incontestavelmente devidos à vulgarização das idéias sobre a primeira. Dos fenômenos magnéticos, do
sonambulismo e do êxtase ás manifestações espíritas há apenas um passo; sua conexão é tal que, por
assim dizer, é impossível falar de um sem falar do outro. Se tivermos que ficar fora da Ciência do
magnetismo, nosso quadro ficará incompleto e poderemos ser comparados a um professor de Física que
se abstivesse de falar da luz. Contudo, como o magnetismo já possui entre nós órgãos especiais
justamente acreditados, seria supérfluo insistirmos sobre um assunto tratado com superioridade de
talento e de experiência. A ele não nos referiremos, pois, senão acessoriamente, mas de maneira
suficiente para mostrar as relações íntimas das duas Ciências que, na verdade, não passam de uma.
Devíamos aos nossos leitores esta profissão de fé, que terminamos com uma justa homenagem aos
homens de convicção que, enfrentando o ridículo, o sarcasmo e os dissabores, dedicaram-se
corajosamente à defesa de uma causa tão humanitária. Seja qual for a opinião dos contemporâneos sobre
o seu proveito pessoal, opinião que é sempre mais ou menos o reflexo das paixões vivazes, a posteridade
far-lhes-á justiça: ela colocará os nomes do Barão Du Potet, diretor do journal du Magnétisme, do Sr.
Millet, diretor da Union Magnétique, ao lado de seus ilustres pioneiros, o Marquês de Puységur e o sábio
Deleuze.
Graças aos seus esforços perseverantes, o magnetismo, popularizado, fincou pé na Ciência oficial,
onde já se fala dele aos cochichos. “Este vocábulo passou à linguagem comum: já não afugenta e, quando
alguém se diz magnetizador, já não lhe riem no rosto.”
Allan Kardec
(Revista Espírita, fevereiro de 1858)
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O magnetizador
Os elementos de toda a ação magnética são: o Espírito, a vontade, o perispírito, o fluido e o corpo
físico.
Segundo a lição de Kardec, há no homem três coisas: o corpo ou ser material, análogo ao dos
animais e animado pelo mesmo princípio vital; a alma ou ser imaterial, Espírito encarnado no corpo; o laço
que prende a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o Espírito.
A alma, sempre suscetível de progresso na escala evolutiva, até galgar os últimos degraus da
perfeição, é quem pensa e delibera. Por isso, ensinam os Espíritos que o nosso principal cuidado deve ser
a educação do pensamento por uma mente sã e boa, pois as forças que dele emanarão serão, igualmente,
belas e benéficas.
A nossa vontade atua mais sobre nós mesmos do que fora de nós; produz uma atividade maior no
cérebro e em todos os plexos, e daí resulta uma emissão maior e mais intensa na ação; quanto mais a
vontade se exprime com firmeza e continuidade, tanto mais a emissão se faz abundante e intensa.
Todavia, a vontade só por si não terá a virtude de tornar eficiente a ação magnética, se não for
acompanhada de um outro elemento - a confiança. Se sustentarmos a tese que o magnetismo é fenômeno
de ordem espiritual, o elemento confiança há de surgir necessária e logicamente da nossa fé e do auxílio
que sempre recebemos do Alto.
É certo que a incredulidade não impede a produção dos efeitos magnéticos, assim como não impede
a própria manifestação mediúnica. O que se deve assinalar é que os incrédulos deixam muitas vezes de
atingir a meta e de conseguir êxitos, precisamente pela falta de fé.
“O poder da fé se demonstra, diz Kardec, de modo direto e especial na ação magnética; por seu
intermédio o homem atua sobre o fluido, agente universal, modifica-lhe as qualidades e lhe dá uma
impulsão por assim dizer irresistível. Daí decorre que aquele que, a um grande poder fluídico normal junta
ardente fé, pode, só pela força de sua vontade dirigida para o bem, operar esses singulares fenômenos de
cura e outros, tidos antigamente por prodígios, mas que não passam de efeitos de uma lei natural. Tal o
motivo por que Jesus disse a seus discípulos: se não o curastes, foi porque não tendes fé.”
Há que acrescentar ainda, de acordo com os princípios gerais da Doutrina, que tanto maior será a
força do magnetizador quanto mais puro for o seu coração. Quanto mais o homem se elevar
espiritualmente, tanto maior será o poder de sua irradiação.
O perispírito, que é o órgão transmissor do pensamento e da vontade da alma, recebe a influência
da elevação espiritual em que aquele se encontrar e influencia o perispírito de quem recebe a ação
magnética.
Os casos de telepatia e de transmissão de pensamento não podem ser negados e bastariam por si
só para demonstrar a existência de um fluido humano, qualquer que seja a denominação que lhe queiram
dar os mais sábios.
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Com efeito, observa Bertholet, para que possa ocorrer a comunicação telepática entre dois
cérebros é necessário que exista entre eles um veículo que se propague de um para o outro como
onda nervosa ou fluídica.
Os experimentadores são unânimes em afirmar que os sonâmbulos não só vêem o fluido que
se escapa dos dedos dos magnetizadores, como também atestam a sua maior ou menor intensidade
e a sua qualidade pela cor mais ou menos brilhante. A força magnética do operador pode ser
igualmente indicada por eles.
Quando um magnetizador, depois de estabelecer contato com o paciente e de fazer a sua
rogativa ao Alto, impõe-lhe a mão, não tardará muito que do seu corpo, principalmente dos dedos,
dos olhos, da boca, da cabeça e do tórax, saiam correntes de matéria fluídica sobre o
magnetizado. Essa matéria fluídica é que se denomina fluido magnético, muito sutil, que penetra
todos os corpos.
Todos podem magnetizar, porque todos possuem o fluido magnético ou fluido vital, mas os
adolescentes não devem fazê-lo, não porque lhes falte a força necessária, mas porque na idade de
crescimento em que se encontram, o fluido que despendessem far-lhes-ia falta para o seu próprio
desenvolvimento.
Seria impossível fixar com segurança o limite máximo de idade em que se deve magnetizar,
porque isso depende de cada caso e, portanto, é variável conforme o estado hígido de cada
indivíduo.
Assim como a qualidade do fluido está na razão direta do estado de evolução da alma, assim
também a maior ou menor eficiência da magnetização depende da saúde do corpo. A razão é óbvia:
um corpo sem saúde não pode transmitir aquilo que não possui; a sua irradiação seria fraca,
ineficaz e mais nociva do que útil, para si e para o paciente.
Aplicam-se aos magnetizadores todas as cautelas salutares aconselhadas aos médiuns em
geral, quer em relação ao seu estado físico e moral, quer em relação ao meio em que deve operar.
Assim, o exercício muito prolongado da magnetização, tal como da mediunidade, ocasiona um
dispêndio de fluido e, conseqüentemente, a fadiga, que cumpre reparar pelo repouso.
A fadiga que resulta das experiências muito prolongadas ou muitas vezes repetidas
reflete-se, particularmente, no cérebro, na cavidade do estômago e nas articulações.
A atenção e a direção da vontade não devem sofrer nenhuma solução de continuidade;
devem ser constantes, uniformes, tranqüilas, sem vacilações, sem objetivo de produzir fenômenos
curiosos, mas somente de fazer o bem.
De um modo geral, deve-se evitar tudo quanto importa no desgaste ou perda de energia:
excessos sexuais, trabalhos demasiados, alimentação imprópria, hiperácida, hipercarnívora,
energética, bem como o álcool, a nicotina e os entorpecentes de toda espécie; deve-se, enfim,
viver mais naturalmente e adquirir melhores qualidades.
É evidente que, se existem substâncias que perturbam, enfraquecem e aniquilam a ação
magnética, desequilibrando as funções nervosas, outras existem que, do mesmo modo, facilitam,
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aumentam e exageram a ação. Entretanto, esses expedientes não naturais são desaconselháveis.
Deixemos as drogas e os tóxicos para os hipnotizadores e reservemos para os magnetizadores a medicina
medicina do espírito, pois na alma se concentra toda a sua força e todo o seu poder.
Os perigos e os acidentes do magnetismo, geralmente, são provenientes dos experimentadores
curiosos, que agem sem a necessária cautela e sem conhecimento dos princípios em que ele se funda, e
dos quais não se pode afastar impunemente.
Por isso, cumpre fazer um exame de si próprio, e refletir maduramente: considerando que se
propõe a curar, é necessário tomar a resolução de imprimir a todos os seus atos o mais correto
procedimento, as intenções mais puras, inteira discrição, dedicação absoluta, e só empreender o
tratamento quando certo de o levar a bom termo nas condições exigidas.
Pequenos acidentes poderão surgir durante a magnetização, principalmente nos primeiros minutos,
como contraturas musculares, dispnéia, ranger de dentes, riso convulsivo, lágrimas abundantes, palidez
com transpiração, forte pressão na cabeça, etc.
Em casos tais, o magnetizador deve usar os passes dispersivos para restabelecer o equilíbrio e
acalmar o doente, para depois prosseguir na sua ação.
O magnetizado
Nem todos os homens são sensíveis à ação magnética e entre os que o são, pode haver maior ou
menor receptividade, o que depende de diversas condições, umas que dizem respeito ao próprio
magnetizador e outras ao próprio magnetizado, além de circunstâncias ocasionais oriundas de diversos
fatores.
Há uma relação ou uma simpatia física, moral e espiritual entre alguns indivíduos. É uma
decorrência da lei de afinidade e, por paradoxal que pareça, essa relação já é um princípio de
magnetização.
Na ausência de simpatia, que gera a confiança, é necessário pelo menos que entre operador e
paciente não haja antipatia, um motivo de repulsa que possa diminuir e até anular a ação magnética.
Alguns autores negam a necessidade da fé, quer para os magnetizadores, quer para os
magnetizados, e a substituem pela confiança.
Não é possível transigir nessa troca, somente admitida por aqueles que apenas vêem no
magnetismo um fenômeno de efeitos puramente físicos. Assim, o nosso conselho é que o magnetizador
deverá, antes de iniciar o processo de magnetização, fazer uma ligeira doutrinação, a fim de que o
paciente se coloque por si mesmo em recolhimento e que erga com o coração a sua rogativa ao Alto,
qualquer que seja a sua crença ou a sua religião. Será a maneira mais eficiente para coadjuvar a emissão e
a recepção de fluidos.
Como assinala Kardec, “a prece, que é uma verdadeira evocação, atrai os bons Espíritos, sempre
solícitos em secundar os esforços do homem bem intencionado; o fluido benéfico dos primeiros se casa
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facilmente com o do segundo, ao passo que o do homem vicioso se junta ao dos maus Espíritos que
o cercam”.
Por isso mesmo que todos estão sujeitos às influências dos bons ou dos maus Espíritos, não
só Kardec, mas também todos os que se entregaram ao estudo do magnetismo, inclusive os não
espíritas, advertem que os pacientes devem ter muito cuidado e muita cautela na escolha dos
magnetizadores.
É necessário considerar que o magnetismo excita muitas vezes as dores na parte do corpo
em que se acha situado o mal e provoca outras crises. Entretanto, esses fatos não devem
atemorizar o doente; eles são até certo ponto um prenúncio de êxito, porque revelam a reação do
organismo para triunfar sobre a moléstia.
Assim como existem pessoas de ambos os sexos que não podem ser magnetizadas e outras
cuja receptividade é maior ou menor, assim também existem animais, vegetais, minerais, que
recebem mais ou menos facilmente o fluido magnético e os que não o toleram, porém é certo que
não mediunizamos diretamente nem animais nem a matéria inerte, pois sempre será necessário o
concurso consciente ou não, de um médium humano, pois há a necessidade da união dos fluidos
similares, que não é encontrado nos animais nem na matéria bruta.
“O Sr. T., dizem, magnetizou o seu cão. A que resultado chegou? Matou-o. Porque esse
infeliz animal morreu depois de haver caído numa espécie de atonia, de langor, conseqüência de sua
magnetização. Com efeito. Infiltrando-lhe um fluido haurido numa essência superior à essência
especial de sua natureza, ele o esmagou, agindo sobre ele, embora mais lentamente, à semelhança
do raio. Assim não havendo nenhuma possibilidade de assimilação entre o nosso perispírito e o
envoltório fluídico dos animais propriamente ditos, nós os esmagaríamos imediatamente ao
mediunizá-los.”
Processo da magnetização
O magnetizador deverá, antes de tudo, certificar-se do ambiente em que vai operar, de
maneira que possa agir com calma, atenção, recolhimento, sem receio de que possa ser perturbado.
Para isso, salvo os casos de formação de cadeia magnética, não deve permitir aglomeração de
pessoas no recinto e aconselhar o maior silêncio. Todavia, é útil a presença de uma a três pessoas,
preferentemente das que mais desejam a cura do paciente.
Tomada essa cautela, deve o magnetizador dirigir o seu pensamento ao Alto e orar
fervorosamente. Passará então, à tomada de relação, isto é, a estabelecer entre ele e o paciente
uma relação magnética, pela qual se possa realizar a transmissão do fluido de um para outro.
Para isso, estando o paciente sentado ou deitado comodamente e de modo que o operador
fique sempre em ponto mais alto, quer sentado ou de pé, ele iniciará a ação por um dos processos
aconselhados pelos experimentadores. Esses processos variam. Recomendamos a ação à distância,
de uns 10 a 15 centímetros, como fazia o Barão Du Potet, sistema que achamos eficiente, mas
depois de tomado o contacto pela imposição da mão direita ou esquerda sobre a cabeça do
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paciente. Reconhecemos, todavia, que a prática, segundo as circunstâncias, é a melhor conselheira,
principalmente para aqueles que, sempre bem assistidos, recebem as melhores intuições.
A relação se estabelece ordinariamente dentro do espaço de 5 minutos, tempo esse que poderá
ser diminuído nas magnetizações posteriores e até mesmo, o que dependerá da observação, ser suprimido
o ato preliminar da tomada de relação.
Quando já se está um pouco exercitado, diz Bué, sente-se depressa quando a relação se
estabelece: grande calor nas mãos e formigamento na ponta dos dedos são indícios mais comuns.
Em relação ao paciente, o sintomas habituais são: sensação de calor ou de frio, opressão, peso na
cabeça, sonolência, convulsões, agitação, contraturas, dormência nos membros, tremuras, aceleração ou
diminuição do pulso, etc.
Hoje os magnetizadores não dizem mais imposição das mãos, mas simplesmente imposição, que se
compreende o ato de colocar a mão sobre o paciente.
Em regra, as imposições precedem e preparam os passes, mas também podem com estes últimos
ser combinados e intercalados, de acordo com as circunstâncias.
Os movimentos que se fazem com as mãos sobre o corpo do doente com o pensamento e a vontade
de curá-lo chamam-se passes.
Os passes, portanto, precederam de muito o Espiritismo codificado por Allan Kardec, eis que o
magnetismo era conhecido e usado desde os mais remotos tempos. E eles precederam também o próprio
magnetismo, porque encontramos a sua origem, conforme nos adverte Durville, no Velho Testamento, em
que as imposições e os movimentos das mãos aparecem em diversos episódios.
Como regra geral, que deve ser rigorosamente observada, os passes não podem ser feitos no
sentido contrário às correntes, isto é, de baixo para cima, o que seria, se assim nos podemos exprimir,
uma verdadeira desmagnetização, de conseqüências graves.
Os passes que se fazem ao longo do corpo, isto é, de cima para baixo, chamam-se longitudinais.
São feitos com a mão direita ou com a mão esquerda ou com ambas as mãos e podem ser praticados tanto
pelos médiuns curadores não autômatos, como pelos magnetizadores em geral.
Nunca é demais dizer que o fluido magnético, por si só, não apresenta nenhuma propriedade
terapêutica, mas age principalmente como elemento de equilíbrio. De sorte que o desequilíbrio dos fluidos
magnéticos que envolvem todos os órgãos do corpo humano, acarreta a desordem nas funções desses
órgãos e, daí a caracterização do que chamamos doença. Todas as vezes que se rompe o equilíbrio, quer
por excessiva condensação ou concentração, quer por excessiva dispersão de fluidos, cumpre
restabelecê-lo e, daí, a cura.
Por isso, adverte Durville, o magnetizador deve procurar equilibrar a atividade do movimento do
doente com o seu, diminuindo-a ou aumentando-a, de acordo com os casos, de maneira a dar-lhe uma
sincronização conveniente.
Assim como o magnetizado recebe as influências boas ou más do magnetizador, este também pode
sofrer, quando extremamente sensível, em virtude dos efeitos reflexo-magnéticos, as influências
daquele.
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Contudo, há que distinguir os efeitos reativos da ação, que todos os magnetizadores, em
maior ou menor grau experimentam, constituindo o que se denominou de tato magnético, faculdade
preciosa no diagnóstico das moléstias e que se pode desenvolver pelo exercício e pela prática.
Assim, quando o operador sente em suas mãos um calor seco e abrasante, é indício de que
no doente a circulação geral está entravada por uma tensão anormal dos nervos. Se o
magnetizador sente frio nas mãos, é indício certo de que no paciente há atonia e paralisia dos
órgãos. Titilações e formigamentos nos dedos anunciam a existência de excesso de bílis, sangue
alterado, estado herpético. Adormecimento nas mãos e dores de câimbras nos dedos, que se
propagam aos braços, é sinal de estagnações linfáticas, de embaraço na função digestiva e de
acúmulo de viscosidades. Quando o magnetizador experimenta estremecimentos nervosos,
vibrações, abalos rápidos e fugitivos, quais choques elétricos, é sinal de um estado congestivo do
sistema nervoso e de congestões fluídicas no paciente.
Todos os corpos, animados e inanimados, são suscetíveis de magnetização, isto é, podem
carregar-se e saturar-se de fluido magnético.
Essa propriedade serve de base à magnetização indireta ou intermediária, que é a
praticada com o auxílio de corpos previamente magnetizados.
Em regra, esses corpos, impregnados do fluido magnético, são colocados nas partes
doentes, produzindo excelentes resultados.
A magnetização indireta ou intermediária nos levaria a reflexões mais complexas e mais
profundas, pela demonstração de que o fluido universal, que se nos apresenta sob as mais sutis
nuanças, é a chave da explicação de muitos fenômenos supranormais.
Verificamos que o clássico do assunto, Ernesto Bozzano, admitiu clara e inequivocamente a
hipótese do fluido como o “modus operandi” mais racional de toda a fenomenologia psicométrica.
Assim diz ele:
“Na psicometria parece evidente que os objetos apresentados ao sensitivo, longe de
atuarem como simples estimulantes, constituem verdadeiros intermediários adequados, que à falta
de condições experimentais favoráveis, servem para estabelecer a relação entre a pessoa ou meio
distantes, mercê de uma influência real, impregnada no objeto, pelo seu possuidor.
“Esta influência, de conformidade com a hipótese psicométrica, consistiria em tal ou qual
propriedade da matéria inanimada para receber e reter, potencialmente, toda espécie de
vibrações e emanações físicas, psíquicas e vitais, assim como se dá com a substância cerebral, que
tem a propriedade de receber e conservar em latência as vibrações do pensamento.
“Daí o seguir-se que para explicar os fatos, somos levados, em todos os casos, a admitir a
existência de um fluido pessoal humano ligando-se aos objetos.”
Exemplos típicos dos princípios magnéticos aplicados à magia são os talismãs, amuletos,
filtros, etc., que desde os mais remotos tempos foram empregados pelos homens como defesa
contra os seus inimigos ou como armas para dominar e vencer.
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Kardec, com a síntese e a clareza de sempre, põe tudo nos seus devidos lugares:“Algumas pessoas
dispõem de grande força magnética, de que podem fazer mau uso, se maus forem seus próprios Espíritos,
caso em que possível se torna serem secundadas por outros Espíritos maus. Não se deve acreditar,
porém, num pretenso poder mágico, que só existe na imaginação de criaturas supersticiosas, ignorantes
das verdadeiras leis da Natureza. Os fatos que citam, como prova da existência desse poder, são fatos
naturais, mal observados e sobretudo mal compreendidos. Todas as fórmulas são mera charlatanaria. Não
há nenhuma palavra sacramental, nenhum sinal cabalístico, nem talismã, que tenha qualquer ação sobre os
Espíritos, porquanto estes só são atraídos pelo pensamento e não pelas coisas materiais. Efetivamente,
Espíritos há que indicam sinais, palavras estranhas, ou prescrevem a prática de atos por meio dos quais se
fazem os chamados conjuros. Mas ficai certos de que são Espíritos que escarnecem e zombam da vossa
credulidade.”
Não se deve, portanto, confundir o magnetismo com a magia, que são práticas diferentes e com
objetivos também diferentes.
De todos os corpos da Natureza, a água é o que mais completamente recebe o fluido magnético, e
o recebe de maneira a chegar facilmente ao estado de saturação.
Desde a mais alta antigüidade, a água foi considerada como elemento a que se emprestavam as
mais diversas e excepcionais virtudes. A água, por si mesma já é um elemento primordial à vida. Sob a
ação da nossa vontade e da nossa fé podemos impregná-la de um fluido mais sutil, enchendo-lhe “os
interstícios” até à saturação.
Por isso, como acessório de qualquer tratamento, os magnetizadores empregam a água
magnetizada com resultados surpreendentes. Assim, não se deve, na terapêutica magnética, olvidar esse
poderoso agente durante o tempo de tratamento de uma doença.
Se o uso interno da água magnetizada produz extraordinários efeitos, o seu uso externo não é
menos eficiente. Assim, ela pode ser aplicada com os melhores resultados nas doenças da pele, como
feridas, erisipelas, dartros, queimaduras, etc., como também nas moléstias dos olhos.
A magnetização da água se opera de modo simples. Se se tratar de uma garrafa ou jarro, colocar
a vasilha destampada, na mão esquerda, e fazer com a direita imposições e passes sobre a entrada do
vaso e ao longo de suas paredes externas, pelo espaço de 5 minutos.
Os espíritas têm em grande apreço a água fluidificada, que mais não é senão a água que recebe os
eflúvios magnéticos dos planos espirituais através das nossas rogativas fervorosas e sinceras.
Sonambulismo
O sono, na ordem natural das coisas, é um fenômeno necessário e mesmo indispensável à
existência dos homens e dos animais.
Sabe-se que a saúde perfeita, alimentação sadia, os exercícios moderados e mais a calma do
espírito e dos sentidos, constituem as condições favoráveis ao sono. Mas as condições favoráveis à
produção de um fenômeno podem ser, entretanto, estranhas à causa que o determina.
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Ao volvermos nossa atenção para a explicação do sono no sentido espiritual, verificamos de
imediato que a sua causa reside precipuamente na alma, na luta constante pela sua emancipação ou
regresso ao mundo donde ela proveio.
Um dos efeitos do magnetismo é o sonambulismo, que é um estado de emancipação da alma
mais completo do que o sono, em que as suas faculdades adquirem maior amplitude.
Dentro da concepção espiritualista, nada há a inovar no resumo teórico do sonambulismo
apresentado por Allan Kardec:
“Os fenômenos do sonambulismo natural, diz ele, se produzem espontaneamente e
independem de qualquer causa exterior conhecida. Mas, em certas pessoas dotadas de especial
organização, podem ser provocados artificialmente, pela ação do agente magnético.
“O estado que se designa pelo nome de sonambulismo magnético apenas difere do
sonambulismo natural em que um é provocado, enquanto o outro é espontâneo.
“No estado de desprendimento em que fica colocado, o Espírito do sonâmbulo entra em
comunicação mais fácil com os outros Espíritos encarnados, ou não encarnados, comunicação que se
estabelece pelo contacto dos fluidos que compõem os perispíritos e servem de transmissão ao
pensamento, como o fio elétrico.”
Não só o magnetismo e o hipnotismo podem provocar o estado sonambúlico. Causas outras,
muitas vezes ainda desconhecidas, podem igualmente provocá-lo.
Os autores pouco se detiveram no estudo dessas causas. Quem mais amplamente examinou
o assunto foi o Dr. Prosper Despine, chegando à conclusão de que diversas causa mórbidas,
provenientes de certas afecções, de acidentes, de aspiração de tóxicos etc., podem conduzir ao
estado sonambúlico.
Todavia, o sonambulismo provocado por essas causas mórbidas difere profundamente do
sonambulismo magnético. Ao passo que, neste último, se busca imprimir equilíbrio à atividade
nervosa, tornando-se excelente processo terapêutico para determinados casos, aquele se
apresenta como fenômeno patológico, e neste caráter deve ser tratado.
A tendência dos magnetizadores é reconhecer a existência de três graus no estado
sonambúlico, conforme a classificação de Charcot: a letargia, a catalepsia e o sonambulismo. Essa
igualmente é a classificação aceita por Kardec.
O estado letárgico é o mais profundo. O paciente nada ouve, nada sente, não vê o mundo
exterior, tornando-se incapaz de toda vida consciente. Para que ele desperte é necessário fazê-lo
passar para o estado cataléptico, o que se consegue quase instantaneamente pelo erguimento das
pálpebras.
A catalepsia se caracteriza pela imobilidade dos músculos e pela fixidez das atitudes em
que o paciente é colocado pelo experimentador. Não anda, não fala, não ouve, não pensa.
Além dos três estados apontados - letargia, catalepsia e sonambulismo -, alguns autores
estudam separadamente o êxtase, com tendência a encará-lo como outro grau do sono magnético.
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Kardec considera o êxtase um estado mais apurado de emancipação da alma. No sono e no
sonambulismo, diz ele, o Espírito anda em giro pelos mundos terrestres. No êxtase, penetra em um mundo
desconhecido, o dos Espíritos etéreos, com os quais entra em comunicação, sem que todavia lhe seja lícito
ultrapassar certos limites, porque se os transpusesse, totalmente se partiriam os laços que o prendem ao
corpo.
No estado sonambúlico o magnetizador transmite ao paciente a sua vontade, como também o seu
pensamento, o seu estado emotivo e as sugestões de toda a natureza.
As sugestões constituem um eficiente processo na terapêutica magnética para a cura das
moléstias nervosas e psíquicas, sendo empregadas com grande êxito para a reeducação dos indivíduos
desviados pelos vícios e pelas más tendências.
Todos os magnetizadores estudam o fenômeno a que chamam dupla vista, que ocorre por força de
uma forte ação magnética, segundo uns, ou espontaneamente, segundo outros.
O certo é que o fenômeno da dupla vista revela apenas uma faculdade do indivíduo. E, como
resultante do estado de libertação da alma, o exercício dessa faculdade tanto pode ser espontâneo como
provocado pela ação magnética.
A teoria de Kardec é a seguinte:
“Desde que no estado sonambúlico as manifestações da alma se tornam, de certo modo, ostensivas,
fora absurdo supor que no estado normal ela se ache confinada, de modo absoluto, em seu envoltório,
como o caramujo em sua concha. Não é de maneira alguma a influência magnética que a desenvolve; essa
influência nada mais faz do que a tornar patente pela ação que exerce sobre os órgãos corporais.”
Quase nunca é permanente a segunda vista. “Em geral o fenômeno se produz espontaneamente, em
dados momentos, sem ser por efeito da vontade, e provoca uma espécie de crise que, algumas vezes,
modifica sensivelmente o estado físico.”
“Há infinitos graus na potencialidade da segunda vista, desde a sensação confusa, até a percepção
tão nítida quanto no sonambulismo. Há carência de um termo para designar-se esse estado especial e,
sobretudo, os indivíduos suscetíveis de experimentá-lo. Tem-se empregado a palavra “vidente”, que
embora não exprima com exatidão a idéia, adotaremos até nova ordem, em falta de outra melhor.”
“Se agora confrontarmos os fenômenos de segunda vista com os da clarividência sonambúlica,
compreenderemos que o vidente possa perceber coisas que lhe estejam fora do alcance da visão
ordinária, do mesmo modo que o sonâmbulo vê, à distância, acompanha o curso dos acontecimentos,
aprecia-lhes a tendência e, em certos casos, lhes prevê o desenlace.”
“Podem, pois os médiuns videntes ser identificados às pessoas que gozam da vista espiritual; mas
seria demasiado considerar essas pessoas como médiuns, porquanto a mediunidade se caracteriza
unicamente pela intervenção dos Espíritos, não se podendo ter como ato mediúnico o que alguém faz por
si mesmo. Aquele que possui a vista espiritual vê pelo seu próprio Espírito, não sendo de necessidade,
para o surto da sua faculdade, o concurso de um Espírito estranho.”
“No fenômeno da dupla vista, por se achar a alma parcialmente liberta do envoltório material, que
lhe limita as faculdades, não há duração, nem distância; visto que lhes é dado abranger o espaço e o
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tempo, tudo se lhe confunde no presente. Livre dos entraves da carne, ela julga dos efeitos e das
causas melhor do que nós, que não podemos fazer outro tanto; vê as conseqüências das coisas
presentes e pode levar-nos a pressenti-las.”
É pela magnetização (passes) positiva que a espiritualidade pode restituir a condição normal do
indivíduo buscar o seu equilíbrio pleno.
As influências externas são recebidas pelos nossos sentidos psíquicos e através dos mecanismos
espirituais vão conduzir o espírito (nós), segundo a sua vontade.
De acordo com nossos caminhos nosso perispírito pode se transformar em matéria densa ou
diáfana, se nos deixamos levar pelo lado das sombras, cada vez mais ficaremos presos nas teias da
limitação e do engano, ao passo que se buscarmos o caminho da luz, poderemos desfrutar melhor da ajuda
daqueles que estão sempre ao nosso lado, tentando nos ajudar.
Nos processos obsessivos, os seres menos evoluídos tentam e geralmente conseguem, de várias
formas agir através de processos magnetizadores e hipnóticos, dominando as suas vítimas e após
conseguirem o consentimento da própria vítima, mesmo que estas não queiram, manipulam-na com
extrema habilidade através dos dispositivos de culpa e da cobrança e estando a vítima convencida desta
culpabilidade, cede e se entrega.
Os processos obsessivos são diversos tais como:
- O do desencarnado que continua vivendo preso a casa onde morava, atuando sobre todos os
freqüentadores daquela casa, não admitindo outro morador;
- O do desencarnado que é atraído pelo encarnado com perfil psicológico, geralmente
desequilibrado e ali se instala e influencia;
- O do encarnado que procura atrair o desencarnado, por não suportar a sua falta, prejudicando a
evolução do desencarnado;
- O do desencarnado que é atraído pelo encarnado devido a ambiência deste último, geralmente
ambientes bem desequilibrados;
- O do desencarnado que por amor ao encarnado se nega a se afastar dele trazendo grandes
influencias e geralmente perturbando a vida do encarnado;
- O do desencarnado que ficou tão desnorteado e fragilizado com o desencarne que fica semiconsciente e conseqüentemente a mercê de certos encarnados que intencionalmente conseguem
aprisioná-los e manipulá-los a sua vontade;
- O do desencarnado que de tamanho apego aos prazeres e gozos materiais permanecem vivendo
junto ao plano físico se aproveitando dos prazeres sensuais, induzindo aqueles que consegue influenciar a
levá-los para os ambientes de prazeres terrenos;
- O do desencarnado que por desequilíbrio e fanatismo estão sempre a tentar de todas as formas
possíveis desviar o encarnado do caminho do bem, geralmente atuam diretamente em encarnados que
procuram seguir e trabalhar os caminhos mais edificantes;
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- O do desencarnado que busca praticar o mal por puro ódio do encarnado, por motivos passados,
estes são os mais tenazes, pois em sua ignorância estão convictos de seus propósitos e em momento
algum largam de mão a sua intenção.
Com frequência, também, os hipnotizadores procuram atuar sobre os membros de um grupo,
lançando as bases de induções preliminares, a serem desenvolvidas depois, durante o desprendimento do
sono, ou mesmo durante a vigília. Não é nada fácil lidar com esses terríveis manipuladores de mentes.
Nada os detém e, para eles, tudo é válido, desde que alcancem os resultados que desejam.
7 – O PASSE COMO CURA MAGNÉTICA
Tudo é atração magnética no Universo. Essa é a grande Lei que rege todas as coisas.
Toda matéria é formada de pelo menos 02 elétrons, um positivo e outro negativo.
Com a combinação deles, mais prótons e nêutrons, vão se formando as moléculas e a partir daí a
matéria vai se moldando, mantendo sempre a lei da polaridade, onde mesmas polaridades se repelem e
polaridades opostas se atraem para se completarem.
Quando a matéria está equilibrada perante a natureza, ela fica estática, mas quando há o
desequilíbrio, positivo ou negativo, surge a necessidade de uma ação externa para retomar o equilíbrio.
Um quadro do antigo Egito mostra um dos Grandes chefes Divinos projetando na nuca do Faraó o
fluido que lhe confere vida, saúde e força. Um papiro descoberto nas ruínas de Tebas já ensinava a
fórmula básica da cura magnética: “Pousa tua mão sobre o doente para acalmar a dor e dize que a dor
cesse”
Se o fenômeno da imposição das mãos sempre existiu, foi com Jesus que se mostrou em toda a sua
magnitude, inspirando aos seus discípulos a continuidade da terapêutica consoladora.
Os antigos estudiosos do passado ao descobrirem esta relação, começaram a fazer experimentos
que resultaram em uma série de tratamentos em pacientes enfermos, conseguindo na maioria das vezes,
grandes sucessos, aumentando ainda mais os estudos sobre a matéria, embora contrária a Escola de
Medicina da época, porém o Magnetismo Animal não surgiu com Mesmer, pois já os antigos sacerdotes
dos templos dos deuses do antigo Egito, já eram iniciados nos segredos da experimentação magnética,
Paracelso já falava em simpatias magnéticas e no século XVII Van Helmpont, já usava o nome de
Magnetismo Animal.
A essência do Mesmerismo, (doutrina de Mesmer) cita as 6 proposições mais importantes do
magnetismo:
1º A influência dos Astros uns sobre os outros e sobre os corpos animados;
2º O fluido universal é o agente desta influência;
3º Essa ação recíproca está submetida a leis mecânicas;
4º Os corpos gozam de propriedades análogas às do imã;
5º Essas propriedades podem ser transmitidas a outros corpos animados ou inanimados;
6º A moléstia é apenas a resultante da falta ou do desequilíbrio na distribuição do magnetismo
pelo corpo.
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“O Magnetismo é uma das maiores provas do poder da fé posta em ação. É pela fé que ele cura e
produz esses fenômenos singulares, qualificados outrora de milagres”
Desde os gregos, o éter era compreendido como um meio material que banha todo o espaço. Esse
conceito já sofreu várias transformações em física, tanto no século XX quanto neste, a ponto de
constituir uma das mais famosas fênix da física, pois tal como a ave mitológica, vem morrendo e
ressuscitando das próprias cinzas através dos tempos.
Nos dias de hoje, em vez de éter, algumas teorias voltam-se ao termo de Aristóteles, o de
matéria quintessenciada, introduzindo-a como hipótese explicativa para a incógnita da matéria e da
energia escura, que tomam 90% do Universo. Em fim para nós, segundo instruções espirituais, o fluido
cósmico é a partícula elementar por excelência e a quinta força presente no universo, além da força
nuclear fraca e a força nuclear forte, do eletromagnetismo e da gravidade são a força do pensamento de
Deus – o fluido cósmico – que a tudo dá suporte e sustentação.
Como herdeiro do Criador, o ser humano também pode co-criar em plano menor. E o pensamento é
a expressão desse seu poder.
Atualmente no Cristianismo redivivo, temos, de novo, o movimento socorrista do Plano Invisível,
através da imposição das mãos. Os passes, como transfusões de forças psíquicas, em que preciosas
energias espirituais fluem dos mensageiros do Cristo para os doadores e beneficiários, representam a
continuidade do esforço do Mestre para atenuar os sofrimentos do mundo.
Onde existia sincera atitude mental do bem, pode estender-se o serviço providencial de Jesus.
Não importa a fórmula exterior. Cumpre-nos reconhecer que o bem pode e deve ser ministrado em seu
nome.
Quando um passista impõe as mãos sobre o paciente subordinando-se às forças superiores da vida,
em atitude de prece e de confiança no Poder Divino, está carreando para o receptor, energias poderosas,
que poderão favorecer-lhe a cura. Exerce, então sobre o paciente, uma ação magnética peculiar.
Os Espíritos atuam sobre os fluidos espirituais, não como manipulando-os como os homens
manipulam os gases, mas empregando o pensamento e a vontade. Pelo pensamento eles imprimem àqueles
fluidos tal ou qual direção , os aglomeram, combinam ou dispersam, organizam com eles conjuntos que
apresentam uma aparência, uma forma, uma coloração determinadas; mudam-lhe as propriedades, como
um químico muda a dos gases ou de outros corpos, combinando-os segundo certas leis.
Com a diversificação de fluidos, lembremo-nos de um segmento especial da transmissão de passes,
o das chamadas benzedeiras, sendo possível compreender porque elas atuam com mais eficácia em
determinadas doenças. Muitas têm especialidade para tratar cobreiro ou doenças dermatológicas, outras,
mau-olhado ou fluidos de inveja, e assim por diante.
O pensamento expressa-se em ondas eletromagnéticas, a velocidade acima da velocidade da luz e
as partículas dele obedecem à lei dos quanta de energia. Guardam, sobretudo, a possibilidade de
comunicação não-local, quer dizer, não depende de tempo e espaço.
O passista precisa se conscientizar da importância do pensamento, porque o fluido magnético que
se predispõe a doar está impregnado da qualidade de seus próprios pensamentos. É importante não
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esquecer que a natureza do pensamento é dada pelo sentimento, desse modo é impossível dissociar
cérebro e coração, porque ambos estão indissoluvelmente ligados na elaboração do pensamento.
Tanto passista como beneficiário, não podem esquecer de que nossos exemplos, maneiras, gestos e
palavras, geram idéias partindo de nós para os outros e voltando dos outros para nós com a qualidade do
sentimento e pensamentos que lhe infundimos, levando-nos para o triunfo ou impulsionando-nos para a
derrota.
Kardec considera a maioria das moléstias, assim como a miséria humana, resultante da ação do
espírito através das sucessivas encarnações, podendo se transformar em expiações do presente ou
passado ou em provações para o futuro, cujas conseqüências devem ser sofridas até que tenham sido
equilibradas.
Grande número de doenças cuja origem é devida a fluidos maléficos que penetram no organismo,
devem ser tratadas não com a substituição da molécula deteriorada e sim na expulsão do corpo estranho,
que desaparecendo a causa, o equilíbrio se restabelece.
No caso acima, o remédio terapêutico não tem eficácia, pois a matéria pode se opor a matéria, mas
a um fluido mal deve se opor um fluido melhor e mais poderoso.
Para finalizar não poderíamos deixar de mencionar as formas defendidas hoje por alguns
cientistas sobre curas, pois estes começam a admitir uma presença imaterial no ser humano e com o
raciocínio quântico constataram que a consciência está fora da matéria e esta obedece ao seu comando.
Para estes, consciência não é mente, consciência é o fundamento do ser fundamento tanto da matéria
como da mente.
A constituição do ser humano proposta pelo espiritismo já é plenamente entendida e explicada à
luz da física quântica e dos avanços da biologia contemporânea, onde a doença pode ter origem em vários
níveis embora para a medicina convencional, a doença continue a ter a sua origem no organismo físico.
As forças determinantes do espírito e as forças perispirirtuais, se vinculam ao corpo físico,
particularmente sobre a glândula pineal e o tálamo, derramando toda a produção de pensamentos, sendo
distribuídos pelo tálamo, por todas as regiões do sistema nervoso.
Recentes revelações nos trouxeram conhecimentos de que a alma atua no citoplasma da célula.
Neste, várias organelas, entre as quais a mitocôndria, o aparelho de Golgi, o centríolo, que são chamados
de bióforos(unidades de força), recebem a influência direta do comando mental
Desde 1970, com o trabalho da Dra. Candace Pert e outros pesquisadores, ficou claro que o
cérebro secreta moléculas denominadas neuropeptídios, que atuam como intermediários na supressão da
dor, na produção de hormônios e de outras substâncias importantes na economia orgânica. Com essa
importante descoberta, foi possível compreender a inter-relação objetiva entre o sistema nervoso e os
sistemas imunológico e o sistema endócrino, esclarecendo como a mente influencia o organismo físico de
forma positiva ou negativa.
Neste prisma, o enigma da cura seria resolvido da seguinte forma: a consciência recolhe e escolhe
simultaneamente o pensamento de mudança que promoveria a autocura, determinando a manifestação
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cerebral que produz, por exemplo, um determinado neuropeptídio; este por sua vez, seria responsável por
uma resposta do sistema imunológico e/ou do sistema endócrino, que tornaria a cura uma realidade.
8 – CONCLUSÃO
O Magnetismo é uma ciência que vem sendo praticada através dos séculos desde o antigo Egito,
mas foi no meado do século XVIII que Mesmer reavivou a velha chama da Medicina Vitalícia nos seus
processos experimentais, abrindo caminho para Hahnemann na homeopatia, fugindo dos horrores das
sangrias e purgações e por contrariar a sociedade médica materialista e dominante na época, Mesmer foi
caluniado e até banido de sua cidade natal e Hahemann começa a ser ouvido nos dias hoje, mas quem
propôs primeiro a constituição de uma ciência pedagógica na virada do século XVIII para o século XIX,
foi Pestalozzi, seguido de seu discípulo Rivail, que iniciou um estudo em conjunto do Magnetismo com o
Espiritismo, mas o plano espiritual o convocou para uma tarefa maior, deixando seus escritos para serem
estudados e desenvolvidos pelos seus adeptos, o que parece não ter acontecido, pois o silêncio imposto
pela sociedade médica européia materialista do século XIX, ainda surte efeito nos dias de hoje e os que
se propõem estudar a doutrina dos espíritos codificada por Allan Kardec não atentam que embora não
tenha concluído a sua pesquisa, Kardec nos deixou sinais em sua obra de que o Magnetismo é peça
importante no estudo e prática desta ciência que achamos adorar e enaltecemos, para compreendermos
melhor, procuremos as já mencionadas às questões 388 e 555 do Livro dos Espíritos como exemplo
dentre outros.
No Rio de Janeiro a imprensa falou sobre o Magnetismo Animal pela primeira vez em dezembro de
1852, através dos principais jornais de circulação, sendo que a maioria era veiculada pelo Jornal do
Comércio, que falava também dos assuntos na Europa e assim também a homeopatia ganhava espaço até
que em 14 de junho de 1853 foi publicado pela primeira vez no Brasil, através do Jornal do Comércio no
Rio de Janeiro uma matéria sobre a nova efeméride, “as mesas girantes”.
Para aqueles que buscam realmente entender o fenômeno da mediunidade, as atrações benéficas
ou maléficas, que buscam entender os processos espirituais, que olham a doutrina dos espíritos divulgada
por Kardec, como uma ciência que merece ser estudada, uma filosofia que merece ser entendida na sua
linguagem simbólica e uma nova forma de religião que vale a pena por em prática, o Magnetismo é um
excelente início de uma belíssima estrada infindável, rumo a um mundo aparentemente desconhecido, pois
haverá um momento em nossa existência onde a carne deixará de ter importância e o ser se tornará
energia pura, o conhecimento em sua essência, onde a centelha divina desprendida do criador voltará a
ser um.
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Bibliografia:
O Livro dos Espíritos – Allan Kardec
O Livro dos Médiuns – Allan Kardec
O Evangelho segundo o Espiritismo – Allan Kardec
A Gênese – Allan Kardec
Mesmer A Ciência Negada e os Textos Escondidos – Paulo Henrique Figueiredo
Magnetismo Espiritual - Michaelus
Revista Espírita – Março/1858
Diálogo com as Sombras – Hermínio C. Miranda
O Passe Como Cura Magnética – Marlene Nobre
Memória Espírita – João Marcos Weguelin
(trabalho realizado por Walter Machado)
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