suplementação com l-lisina em um programa de

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SUPLEMENTAÇÃO COM L-LISINA EM UM PROGRAMA DE
TREINAMENTO ANAERÓBIO SOBRE O TECIDO MÚSCULAR
CARDÍACO DE RATOS WISTER.
Scheila Daniele Trog (UNICENTRO), Eduardo Francisco Teixeira
(UNICENTRO), Robson Ruiz Olivoto (UFPR Co-Orientador), e-mail:
[email protected]
Universidade Estadual do Centro Oeste/Departamento de Educação Física –
Irati – PR.
Palavras-chave: l-lisina, músculo cardíaco, suplementação.
Resumo:
A circulação sanguínea depende do auxilio de uma bomba, o miocárdio, o
processo conhecido como acoplamento excitação-contração do músculo
cardíaco promove sua contração. A utilização de suplementos a base de
aminoácidos essenciais pode promove hipertrofia no músculo cardíaco, por
elevar a concentração de hormônio GH e insulina.
Introdução
Um potencial de ação inicia na membrana da célula do miocárdio
propagando se para o interior da célula pelo túbulo T. Assim a célula
cardíaca possui um platô em que Ca²+ penetra na mesma aumentando sua
concentração. Esse aumento na concentração do íon Ca²+ dispara a
liberação de mais Ca²+ do retículo sacoplasmático, processo chamado de “
Ca²+ que libera Ca²+”. O Ca² em grande quantidade na miofibrila se liga a
troponina C movendo a tropomiosina para longe, deixando expostos os
locais de ligação da actina com a miosina. Actina e miosina unem-se
formando as pontes cruzadas através da hidrolise do ATP gerando força
promovendo a contração, processo conhecido como acoplamento excitaçãocontração. Assim o presente trabalho teve como objetivo analisar os efeitos
da suplementação com l-lisina aliado a um treinamento anaeróbio sobre o
tecido muscular cardíaco em ratos winter.
Materiais e Métodos
A amostra foi composta por 10 (dez) ratos wister novregicus, machos, com
150 dias de vida, do biotério da Universidade Estadual do Centro Oeste –
UNICENTRO, campus de Irati. Os animais foram divididos em quatro
grupos, sendo: Grupo Controle com Treino (GCCT), Grupo Experimental “A”
(GEA), Grupo Experimental “B” (GEB) e Grupo Controle sem Treino (GCST),
contendo três animais em cada grupo exceto o GCST composto apenas por
um animal. Todos os Grupos foram submetidos a treinamento com
predominância anaeróbia por um período de 5 (cinco) semanas exceto o
GCST. A definição de exercício com predominância anaeróbia deu-se em
função, primeiro: resistência produzida pelo ambiente de densidade maior
que o ar, ou seja, água; segundo: os animais nadavam com pesos, ou seja,
uma resistência extra, pendurados em seu tórax, terceiro: os treinamentos
duravam apenas 5 (minutos). O GEA e GEB foram submetidos, além do
treinamento, há suplementação com a proteína L-lisina, seguindo o protocolo
estabelecido por OLIVOTO, 2004 (0,06 gramas por quilo de peso corporal),
30 (trinta) minutos antes de iniciar o treinamento. O treinamento dos animais
foi feito nos laboratórios da UNICENTRO, em uma piscina adaptada, com
água com profundidade tripla ao tamanho dos animais e temperatura
constante, da água, em 30ºC. Os GCCT e CEA treinaram 3 (três) dias por
semana, enquanto o GEB treinou 2 (dois) dias por semana. Após há quinta
semana os animais foram anestesiados de acordo com o Conselho Federal
de Medicina, resolução numero 714/2002. Logo após foram retirados os
tecidos muscular esquelético (músculo solear) e muscular cardíaco
(miocárdio). Após a retirada, o tecido foi fixado em lamina e recoberto com
lamínula para então ser analisado em microscopia de luz com objetivo de 40,
onde então foram fotografados. A determinação da morfometria do tecido
cardíaco em milímetros (mm), obtidos com um paquímetro, utilizando a
parede externa do músculo miocárdio do ventrículo esquerdo. A estatística
foi realizada pelo programa Prisma.
Resultados e Discussão
Figura 01: Media das espessuras do Músculo Miocárdio expressas em
mm.
A figura 01 (um) demonstra os dados médios das espessuras das fibras
musculares cardiacas expressas em mm, e quando analisamos os
resultados com o grupo amostral, percebemos que a maior espessura é do
grupo amostral suplementado com L-lisina e que treinou 3 (três) dias por
semana (GEA), e que mesmo o GEB tendo treinado apenas 2 (dois) dias na
semana, a media da espessura das células musculares cardíaca foi superior
ao GCCT que treinou 3 (três) dias na semana, indicando que mesmo
treinando mais, a suplementação induziu, aliada ao treinamento, ao aumento
maior do tecido miocárdio. O aumento pode ser explicado pelo fato da
proteína L-lisina ser formada pelos aminoácidos lisina, que é um aminoácido
essencial e é utilizado pelo fígado em sua via de biossíntese para formação
de outros aminoácidos não essenciais e que é a mesma via para síntese de
aminoácidos como arginina, metionia e isoleucina. A LISINA assim como a
arginina e a ornitina são aminoácidos isolados, que proporciona o aumento
da massa muscular, pois elevam as concentrações sangüíneas de
hormônios como à insulina e o hormônio do crescimento GH. Isso deve
influenciar em qualquer exercício físico na qual a aumento de massa
muscular que poderia potencialmente melhorar o desempenho.
(BACURAU,2007). A lisina utilizada como suplemento para indivíduos que
realizam treinamento de força, pois estimula a liberação dos hormônios de
crescimento e de insulina promovendo o crescimento muscular. (POWERS,
HOWLEY, 2005). Os aminoácidos como a arginina e a lisina estimulam a
secreção de insulina isso pode ocorrer devido a uma resposta intencional,
pois a insulina promove a formação intracelular de proteínas, a insulina é
importante para a utilização dos excessos de aminoácidos, da mesma forma
é também importante na utilização dos carboidratos. (GUYTON, 1993).
Como a lisina esta envolvida no aumento do aporte energético para
exercícios tende a induzir uma vasodilatação no tecido muscular para suprir
a necessidade energética, isso acarreta o aumento do retorno venoso (pré
carga) e como conseqüência o aumento do debito cardíaco, conceito este da
lei de Frank/Starling. Com o aumento do trabalho cardíaco (contração)
ocorre a adaptação do músculo miocárdio o que provoca uma hipertrofia
cardíaca como podemos observar na figura. Além de alteração
Heterometrica dos cardiomiócitos, temos também a ação do hormônio do
crescimento.
Conclusões
Assim a suplementação com L-lisina aliado ao treinamento anaeróbio induz
a hipertrofia do músculo cardíaco, em função da maior disponibilidade de
energia para a atividade e por um aumento circundante da concentração de
hormônios de crescimento e insulina.
Referências
BACURAU, R. F. Nutrição e Suplementação Esportiva,5 ed. São Paulo Phorte, 2007.
GUYTON, A. C. Fisiologia Humana e Mecanismos de Doença. 5 ed. Rio de
janeiro: Guanabara,1993.
OLIVOTO, Robson; ORDÁS, José Yañez. A Influencia da Suplementação de
Creatina Monohidratada no Acumulo de Lactato Sanguíneo. Lecturas:
Educación Física y Deportes, revista digital. No 68, 2004.
POWERS, Scott K; HOWLEY, Edward T. Fisiologia do exercício: teorias e
aplicações ao condicionamento e ao desempenho. 5.ed. Barueri: Manole,
2005.
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