FUNDAÇÃO EDUCACIONAL UNIFICADA CAMPOGRANDENSE – FEUC FACULDADE DE FILOSOFIA DE CAMPO GRANDE - RJ CENTRO DE ESTUDOS, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA – CEPOPE OS ELEMENTOS – LIVRO I DE EUCLIDES DE ALEXANDRIA PÁGINA HOSPEDADA EM: http://geocities.yahoo.com.br/telvabjr VIVALDO DE ANDRADE BORGES JÚNIOR RIO DE JANEIRO 2004 OS ELEMENTOS – LIVRO I DE EUCLIDES DE ALEXANDRIA PÁGINA HOSPEDADA EM: http://geocities.yahoo.com.br/telvabjr VIVALDO DE ANDRADE BORGES JÚNIOR Monografia apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Matemática do Ensino Fundamental e Médio no Centro de Estudo, Pós-Graduação e Pesquisa – CEPOPE da Faculdade de Filosofia de Campo Grande. Orientador: Prof. Carlos Matias Rio de Janeiro Junho / 2004 2 Júnior, Andrade Borges Vivaldo OS ELEMENTOS – LIVRO I DE EUCLIDES DE ALEXANDRIA PÁGINA HOSPEDADA EM: http://geocities.yahoo.com.br/telvabjr Rio de Janeiro: Faculdade de Filosofia de Campo Grande: CEPOPE, 2004. Monografia de Especialista em Educação Matemática do Ensino Fundamental e Médio. 1. Educação Matemática 2. Internet 3. Experiência lúdica com Os Elementos, obra de Euclides de Alexandria. I. CEPOPE – RJ. i VIVALDO DE ANDRADE BORGES JÚNIOR OS ELEMENTOS – LIVRO I DE EUCLIDES DE ALEXANDRIA PÁGINA HOSPEDADA EM: http://geocities.yahoo.com.br/telvabjr MONOGRAFIA SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOCENTRO DE ESTUDOS, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA – CEPOPE DA FACULDADE DE FILOSOFIA DE CAMPO GRANDE COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO TÍTULO DE ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO. Aprovada por: ____________________________________________ Prof Carlos Matias ____________________________________________ Prof Carlos Matias ____________________________________________ Prof Carlos Matias RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL XX DE XXXXXXX DE 2004. ii Dedicatória A Deus, autor e principio da existência; A minha família; iii Agradecimentos Aos meus professores, pelo incentivo e orientação. Aos meus sobrinhos: Celton, Emeline e Rafael, a minha filha Verônica, e ao colega Daniel Liberman pela colaboração nas experiências em campo. iv “O homem rude vê as formas geométricas, mas não as entende; o inculto entende-as, mas não as admira; o artista, enfim, enxerga a perfeição das figuras, compreende o Belo e admira a Ordem e a Harmonia! Deus é o grande geômetra. Geometrizou a Terra e o Céu “ Platão. v RESUMO Este trabalho monográfico destina apresentar a experiência obtida com a publicação, na internet, de um site que apresenta a obra Os Elementos de Euclides de Alexandria – Livro I – das demonstrações das proposições usando o software Cinderella para construções “on line” e, para proveito do referido trabalho para fins educacionais, submetido a estudo por internautas em geral, estudantes de nível fundamental e superior. vi LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figuras e ilustrações Pág.: Fig.: 1 – Mapa do site hospedado em http://geocities.yahoo.com.br/telvabjr 14 Fig.: 2 – Título da página 16 Fig.: 3 – Menu principal 16 Fig.: 4 – Página de introdução. 17 Fig.: 5 – Lista das definições. 20 Fig.: 6 – Os postulados e a demonstração do 5º postulado 21 Fig.: 7 – Os axiomas 21 Fig.: 8 – As proposições 26 Fig.: 9 – Organização das páginas de demonstração das proposições 27 Fig.: 10a – Exemplo de construção de demonstração de uma proposição – Enunciado e estado inicial 28 Fig.: 10b – Exemplo de construção de demonstração – Dica e construção 29 Fig.: 10c – Exemplo de construção de demonstração – Demonstração e estado final 30 Fig.: 11 – Página de ajuda. 33 Fig.: 12 – Exercício de ajuda do compasso 34 vii SUMÁRIO RESUMO.............................................................................................................. vi LISTA DE ILUSTRAÇÕES.................................................................................. vii CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO............................................................................ 9 CAPÍTULO II – A PÁGINA E SUA ESTRUTURA................................................ 10 CAPÍTULO III – ENSAIOS E EXPERIÊNCIAS.................................................... 11 13 14 16 viii CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO A aplicabilidade do lúdico no aprendizado em qualquer área tem se mostrado muito mais proveitoso, haja vista a presença das ilustrações e formas esquemáticas que povoam nossos livros. A palavra traz muito da essência da comunicação, mas não basta em si própria. Torna-se ai necessário os símbolos, as figuras e as formas, que geometricamente dispostas e harmonizadas com o tema que se quer apresentar, transferem ao pensamento, a consciência mais aproximada possível da realidade ou da proposta de conhecimento a ser transmitida. Então o exercício da prática também é um instrumento preciossisimo na aplicabilidade dessa proposta, literalmente “metendo a mão na massa” conseguimos alcançar com mais eficiência as bases do conhecimento. Com base neste raciocínio, pensamos em expor numa página da Internet, de forma simples, porém concisa e prática, a riqueza que nos traz a obra Os Elementos, que tem por seu principal autor Euclides de Alexandria (+/300 a.C.). Composta por quinze livros (ou volumes), onde trata dos acordos da matemática até então conhecidos. Esta obra é tida como uma das mais fascinantes da história humana, trata-se do trabalho mais traduzido e estudado, excetuando-se a Bíblia. Foi, ao longo desses séculos, enriquecida por célebres matemáticos, dos quais destacamos: Heron, Papus, Proclus, Simplicius, Teão de Alexandria (séc I a.C.), Hipsicles de Alexandria (séc. VII), Isidro de Mileto (séc VI), dentre outros. Cada um deles contribuiu para tornar esta obra o mais interessante possível, se bem que nem todos lograram bons êxitos em suas propostas, ora por carência de provas mais exatas, ora por preciosismo exagerado. Dos quinze volumes, atribui a Euclides a composição dos treze primeiros, os demais foram escritos por outros autores ou discípulos de Euclides. A autoria de Euclides está assim dividida: Livro I - Constitui-se por 23 definições, 5 postulados, 5 axiomas ou noções comum e 48 proposições, onde temos como aspectos 9 relevantes a congruência de triângulos, as propriedades das retas e paralelas, os paralelogramos e o Teorema de Pitágoras; Livro II – É constituído por 2 definições e 14 proposições, onde é tratado, principalmente a álgebra geométrica; Livro III – Possui 11 definições e 37 proposições, cujo aspecto mais relevante ali tratado é a teoria dos círculos; Livro IV – Encontra-se neste volume 7 definições e 16 proposições que tratam, principalmente, da construção de figuras inscritas e circunscritas; Livro V – Dispõe de 18 definições e 25 proposições cujo tema central é a teoria das proporções de Eudóxio na sua forma puramente geométrica; Livro VI – Figuram nesse volume 11 definições e 37 proposições, onde predominam o estudo das figuras semelhantes e proporções na geometria, também faz menção ao teorema de Pitágoras e a generalização do método de aplicação das áreas; Livro VII – Aqui encontra-se 22 definições e 39 proposições, cuja relevância abrange a introdução dos números e o algoritmo de Euclides para determinação do máximo divisor comum entre dois números; Livro VIII – É constituído por 27 proposições que tratam, principalmente, dos números enquanto progressão geométrica; Livro IX – Neste volume encontramos 36 proposições sobre a demonstração da existência infinita de números primos; Livro X – Dispõe de 16 definições e 115 proposições, cujo aspecto relevante é a teoria dos números irracionais; Livro XI – Constituído por 28 definições e 39 proposições que tratam dos sólidos geométricos; Livro XII – Composto por 18 proposições, onde são tratadas as medidas de figuras utilizando o método da exaustão; Livro XIII – São 18 proposições sobre as propriedades dos sólidos regulares. 10 O foco do nosso trabalho concentra-se, a princípio, no Livro I, onde estão expostos os tratados da geometria clássica plana. Axiomas, definições, postulados e proposições estão ali dispostos, de forma que podemos perceber nos conceitos formulados sua validade, excetuando-se ai o quinto postulado, objeto de discussão e disputas entre muitos matemáticos. Conta a história que até mesmo o próprio Euclides suspeitava da não validade deste postulado, contudo, necessitava dele para dar continuidade ao seu trabalho, ele e muitos sucessores tentaram demonstrá-lo a partir de outros axiomas geométricos, sem sucesso. A primeira tentativa, além de Euclides, atribui-se a Ptolomeu de Alexandria (c. 90 – 168). Proclo Licio (410 – 485) criticou este postulado escrevendo: “Este postulado deve ser eliminado da lista, pois é uma proposição com muitas dificuldades que Ptolomeu, em certo livro, propôs resolver... A asserção de que duas retas, por prolongar mais e mais acabam por se encontrar, é plausível, mas não necessária (...) É claro, portanto, que devemos procurar uma demonstração do presente teorema, e que este é estranho ao caráter especial dos postulados.” [www.opombo] Esta disputa continuou até meados do século XIX, quando Karl Gauss (1777 – 1855), Nicolai Lobachewsky (1792 – 1856), Janos Bolyai (1802 – 1860), entre outros, conseguiram demonstrar a invalidade deste postulado na recém inaugurada Geometria Hiperbólica. Daí decorre que todas as proposições dependentes deste postulado, tem seu reflexo inexato na espaço hiperbólico. Vejamos a contraposta de duas propostas de enunciados para este postulado: “Por um ponto exterior a uma reta, podemos traçar infinitas retas paralelas e esta reta.” (geometria de Lobachevski);[www.opombo] “Por um ponto exterior a uma reta, não podemos traçar nenhuma paralela a esta reta.” (geometria de Riemann). [www.opombo] 11 Por fim temos que, substituindo o axioma das paralelas, duas outras geometrias diferentes da geometria euclidiana, igualmente coerente e sem nenhuma contradição. Estas duas alternativas foi pouco sendo admitida e reconhecida como legítimas, chegando, até mesmo provar que se houvesse qualquer contradição, a própria geometria euclidiana seria também contraditória. Desde então, estamos perante os três sistemas geométricos diferentes: A geometria euclidiana, também chamada parabólica; A geometria hiperbólica, ou geometria de Lobachevski; A geometria esférica, ou geometria de Riemann. A exposição do Livro I em nossa página hospedada em http://geocities.yahoo.com.br/telvabjr conta com a lista das vinte e três definições, os cinco postulados, as cinco axiomas e as quarenta e oito proposições, estas últimas além dos enunciados, usamos o software Cinderella (Gerbet & Kortenkamp; 1996 – 2003) para construção, em forma de exercícios, as construções e demonstrações das quarenta e oito proposições constantes no Livro I. Com isso o usuário poderá verificar a exatidão das proposições, construindo, interativamente comprobatórios. A e potencialidade em do interface software amigável Cinderella os gráficos fornece as ferramentas (traço de retas usando régua não graduada, marcação de pontos de interseção e livres e compasso) necessárias a cada tarefa, mas caso o usuário desconheça o software Cinderella e suas facilidades, dispomos uma ajuda on-line, que o capacita a absorver e exercitar o aprendizado das ferramentas disponíveis, além de um dispositivo (botão) que constrói a demonstração da proposição automaticamente e apresenta sua conclusão. A consistência de cada demonstração está garantida, uma vez que o próprio software Cinderella apresenta excelente qualidade e estabilidade, mas no entanto, é requerido que o usuário possua em seu computador o suporte a execução de applets Java (Sum Microsystems - 1992), que é a linguagem nativa do produto. O HTML (acrônimo de Hiper Text Markup Language – Linguagem de construção em hiper texto) dinâmico (padrão de linguagem 12 multiplataforma para páginas da Internet) se encarrega de interpretar o script applets, contido no código Java e expor ao navegador. A disponibilidade dessa tecnologia apresenta como vantagem relevante numa publicação na Internet, isto porque apresenta a característica multiplataforma, podendo ser acessada por computadores baseados na tecnologia Intel (Intel Corporation) ou Apple (Machintosh Ind. Co.), tanto uma como a outra independe do sistema operacional, mas, no entanto, verificamos boa performance, tanto em máquinas que rodam o Linux (Linus Torvalds, 1988), o Windows, em versões superiores ao Windows 95 e MacOS, superiores ao 5,0. As fontes de caracteres, porém, podem variar conforme a disponibilidade das mesmas instaladas nas máquinas do cliente, mas, no entanto, observa-se boa compatibilidade com as fontes residentes ou substitutas, mesmo em plataformas Linux e Machintosh, objeto esse que não compromete a exploração do site. Outro aspecto que vale a pena ser mencionado, diz respeito a resolução do monitor, ao qual recomendamos como mínimo 800 x 600 pixels (unidade ou ponto de resolução em monitores de vídeo, cujo padrão é o SVGA), sendo o mais recomendado a resolução de 1024 x 768 pixels. A quantidade de cores requerida é de no mínimo 256 cores para este padrão. A memória, para se obter uma boa performance, deve situar acima dos 64 Mb de RAM. Mas ressaltamos que para atingir esta boa performance é requerido que a conexão com a Internet seja de velocidade igual ou superior a 56Kbps, para linhas discadas ou 64 Kbps para tecnologias de conexão de alta velocidade (ISDN, Cable modem, etc.). 13 CAPÍTULO II – A PÁGINA E SUA ESTRUTURA Reportemos ao esquema abaixo: Fig.: 1 – Mapa do site hospedado em http://geocities.yahoo.com.br/telvabjr Neste esquema visualizamos a estrutura da página, bem como os acessos disponibilizados pelos links, observamos também que o funcionamento das demonstrações das proposições e ajuda das ferramentas de construções recorrem a uma biblioteca de funções (arquivo cindyrun.jar) e a cada um deles estão ligados os respectivos códigos em Java, produzidos pelo software Cinderella, esses arquivos são a parte funcional das demonstrações. 14 A home page constitui-se por três campos paginados que a subdividem em: Cabeçalho: onde reportamos o título da página; OS ELEMENTOS - Livro I de Euclides de Alexandria @by Vivaldo Júnior Fig.: 1 – Título da página Menu principal: para acesso a introdução (apresentação); aos tópicos das definições, postulados, axiomas e proposições; links de interesse inerentes ao tema; pesquisa de opinião; contato com o autor da página; agradecimentos e links direto com a FEUC e o site do software Cinderella. Fig. 2: Menu principal. Apresentação e Conteúdo: Onde discorremos sobre a importância da geometria e a influencia da obra de Euclides neste ramo da matemática (Apresentação) e as demais funcionalidades da home page (Conteúdo). 15 A matemática encontra sua origem nos primórdios da civilização humana, tão antiga quanto o raciocino lógico e preciso dos primeiros pensadores, é a partir da evolução da contagem – primeiro elemento fundamentalmente utilizado – chega-se a necessidade das medições, comparações de espaço e volume, neste momento surge a geometria como o primeiro ramo da matemática a consolidar-se, é a ferramenta mais utilizada, de forma rústica e sem nenhum padrão, apenas usada de forma empírica. Deve-se ao trabalho do matemático grego Euclides de Alexandria (aproximadamente 300 a.C.), que reuniu na obra intitulada Os Elementos todo o conhecimento matemático da sua época, composta de 13 livros, onde estão descritos as vinte e três definições, cinco postulados, cinco axiomas e quatrocentos e sessenta e cinco proposições. A sistematização e a organização como está constituída contribui como qualidade principal que o fez de obra mais traduzida e estudada, excetuando-se a Bíblia. Esta obra é, no entanto, uma fonte de estudo e influencia para muitos matemáticos até os dias de hoje. Muito já foi acrescentado, corrigido em centenas de versões e reedições, mas a mais antiga dessas versões é a de autoria de Teão de Alexandria, outros ilustres matemáticos também contribuíram para o enriquecimento dessa obra, dentre eles Heron, Papus, Proclus e Simplicius. Neste trabalho sintetizamos a obra de Euclides, mais focada no livro I, de forma que o navegante possa apreciar seus tópicos e, embora, de forma simples, obter uma base suficiente para compreensão da geometria clássica e seus fundamentos. Nas proposições, além do enunciado, poderemos verificar a sua demonstração, acessando o link correspondente lá obtemos uma área de trabalho baseado no software Cinderella e ali construir sua demonstração. Não achamos, necessário aqui submeter aos mínimo detalhes, mas, no entanto, convidamos o leitor a visitar os sites, abaixo linkados, neles encontrarão mais subsídios, que, certamente, darão conhecimento dessa apaixonante obra. Meus agradecimentos; Vivaldo de Andrade B. Jr. Fig.: 3 – Página de introdução. O menu principal prove acessos aos demais recursos da home page, que são exibidos no campo apresentação e conteúdo. As definições, postulados, axiomas e proposições, aparecem em forma de lista, abaixo temos reproduzidos estas listas e como elas estão dispostas: 16 Definições Definição 1 Um ponto é o que não tem partes. Definição 2 Uma linha é o que tem comprimento sem largura. Definição 3 As extremidades de uma linha são pontos. Definição 4 Uma linha reta é uma linha que assenta igualmente entre as suas extremidades. Definição 5 Uma superfície é o que tem apenas comprimento e largura. Definição 6 As extremidades de uma superfície são linhas. Definição 7 Uma superfície plana é uma superfície sobre a qual assenta toda a linha reta entre dois pontos quaisquer da superfície. Definição 8 Um ângulo plano é a inclinação recíproca de duas linhas que se tocam numa superfície plana e que não fazem parte da mesma linha reta. Definição 9 E quando as linhas que contêm o ângulo são linhas retas, o ângulo chama-se retilíneo. Definição 10 Quando uma linha reta, incidindo com outra linha reta, fizer com esta dois ângulos adjacentes iguais, cada um desses ângulos é reto, e a linha reta incidente diz-se perpendicular à linha com a qual incide. Definição 11 Um ângulo obtuso é um ângulo maior que um ângulo reto. Definição. 12 Um ângulo agudo é um ângulo menor que um ângulo reto. 17 Definição 13 Uma fronteira é aquilo que é extremidade de alguma coisa. Definição 14 Uma figura é aquilo que está contido por uma ou mais fronteiras. Definição 15 Um círculo é uma figura plana fechada por uma só linha de forma que todas as linhas retas, que de um ponto existente no meio da figura se conduzem para a circunferência, são iguais entre si. Definição 16 E o ponto chama-se centro do círculo. Definição 17 O diâmetro do círculo é uma linha reta que passa pelo centro e termina, em ambas as direções, na circunferência e tal linha também bisseta o círculo. Definição 18 Um semicírculo é uma figura compreendida entre o diâmetro e a circunferência que é cortada pelo diâmetro. E o centro do semicírculo é o mesmo que o do círculo. Definição 19 Figuras retilíneas são as que são formadas por linhas retas, sendo as figuras triláteras as que são formadas por três linhas retas, os quadriláteros as que são formadas por quatro linhas retas, e as multiláteras as que são formadas por mais de quatro linhas retas. Definição 20 Das figuras triláteras, o triângulo equilátero é a que tem três lados iguais, o triângulo isósceles a que tem dois lados iguais e o triângulo escaleno a que tem os três lados desiguais. Definição 21 Das figuras triláteras, o triângulo retângulo é a que tem um ângulo reto, o triângulo obtusângulo é a que tem um ângulo obtuso e o triângulo acutângulo é a que tem todos os ângulos agudos. Definição 22 Das figuras quadriláteras, o quadrado é a que é simultaneamente equilátera e retângula; o oblongo é a que é retângula mas não é equilátera; o rombo é uma figura equilátera mas não retângula; e o romboide é a que, tendo os 18 lados e ângulos opostos iguais, não é nem equilátera nem retângula. E todas as outras figuras quadriláteras se chamam trapézios. Definição 23 Linhas retas paralelas são linhas retas que, estando na mesma superfície plana e sendo estendidas indefinidamente em ambas as direções, nunca se chegam a tocar. Fig. 4 – Lista das definições. Postulados Postulado 1 É possível desenhar uma linha reta de qualquer ponto para qualquer ponto. Postulado 2 É possível produzir uma linha reta finita continuamente numa linha reta. Postulado 3 É possível descrever um círculo com qualquer raio e centro. Postulado 4 Todos os ângulos retos são iguais. Postulado 5 Se uma linha reta, encontrando-se com outras duas linhas retas, fizer os ângulos internos da mesma parte menores que dois ângulos retos, então estas duas retas, produzidas indefinidamente, encontrar-se-ão no lado no qual os ângulos são menores que dois ângulos retos. 19 Supondo três retas aa’, bb’ e cc’. O postulado 5 diz que se aa’ cortar bb’ e cc’ de modo que os ângulos <D e <E, somados, resultem em um ângulo menor que dois ângulos retos, então bb’ e cc’ haverão de encontrar-se, desde que suficientemente prolongados. Fig.: 5 – Os postulados e a demonstração do 5º postulado. Axiomas Axioma 1 Coisas que são iguais à mesma coisa também são iguais entre si. Axioma 2 Se iguais forem somados a iguais, então os todos são iguais. Axioma 3 Se iguais forem subtraídos a iguais então os restos são iguais. Axioma 4 Coisas que coincidem umas com outras são iguais entre si. Axioma 5 O todo é maior que a parte. Fig.: 6 – Os axiomas. 20 Proposições Proposição 1 É possível construir um triângulo eqüilátero a partir de uma dada linha reta finita. Proposição 2 É possível traçar uma linha reta igual a uma dada linha reta com extremidade num dado ponto. Proposição 3 É possível dadas duas linhas retas desiguais, obter da linha reta maior uma parte igual à linha reta menor. Proposição 4 Se dois triângulos têm dois lados iguais a outros dois lados respectivamente, e se os ângulos compreendidos por esses lados forem também iguais, então, as bases, os triângulos e os ângulos que são opostos aos lados iguais, também são iguais. Proposição 5 Em triângulos isósceles os ângulos da base são iguais e, se as linhas retas iguais forem produzidas, então, os ângulos que se formam debaixo da base são iguais. Proposição 6 Se num triângulo dois ângulos são iguais, então, os lados opostos aos ângulos iguais são também iguais. Proposição 7 Dadas duas linhas retas que se intersectam num dado ponto, construídas a partir das extremidades de uma outra linha reta, não podem ser construídas outras duas linhas retas, a partir das extremidades da mesma linha reta e do mesmo lado desta, que se intersectem num outro ponto e que sejam iguais às duas primeiras linhas retas construídas a partir da mesma extremidade respectivamente. Proposição 8 Se dois triângulos têm dois lados iguais a dois lados respectivamente, e bases também iguais, então também os ângulos formados pela linhas retas iguais são iguais. Proposição 9 É possível bissetar um dado ângulo reto. 21 Proposição 10 É possível bissetar uma dada linha reta finita. Proposição 11 É possível traçar uma linha reta que passe por um ponto contido numa outra linha reta e que faça com esta um ângulo reto. Proposição 12 É possível traçar uma linha reta perpendicular a uma dada linha reta infinita e que passe por um ponto exterior a esta. Proposição 13 Se uma linha reta cortar outra linha reta, então, esta faz dois ângulos retos ou ângulos cuja soma é igual a dois ângulos retos. Proposição 14 Se em alguma linha reta, e num ponto desta, houver duas linhas retas que não estão do mesmo lado e cuja soma dos ângulos adjacentes é igual a dois ângulos retos, então, as duas linhas retas estão contidas numa única linha reta. Proposição 15 Se duas linhas retas se interceptam, então, os ângulos opostos pelo vértice são iguais entre si. Corolário Se duas linhas retas se intersectam, então a soma dos ângulos que fazem no ponto de intercessão é igual a quatro ângulos retos. Proposição 16 Em qualquer triângulo, se um dos lados for prolongado, então o ângulo externo é maior que cada um dos ângulos interno e oposto. Proposição 17 Em qualquer triângulo a soma de quaisquer dois ângulos internos é menor que dois ângulos retos. Proposição 18 Em qualquer triângulo o ângulo oposto ao maior lado é o maior ângulo. Proposição 19 Em qualquer triângulo o lado oposto ao maior ângulo é o maior lado. 22 Proposição 20 Em qualquer triângulo a soma de quaisquer dois lados é maior que o outro lado. Proposição 21 Se a partir das extremidades de um dos lados de um triângulo forem construídas duas linhas retas que se intersectam dentro do triângulo, então, a soma das linhas retas construídas é menor que a soma dos outros dois lados do triângulo, mas as linhas retas construídas fazem um ângulo maior que o ângulo feito pelos dois lados restantes do triângulo. Proposição 22 É possível construir um triângulo a partir de três linhas retas dadas, sendo necessário que a soma de quaisquer duas retas seja maior que a terceira. Proposição 23 É possível construir um ângulo igual a um dado ângulo numa linha reta e em um ponto desta. Proposição 24 Se dois triângulos têm dois lados iguais respectivamente, mas têm um dos ângulos maior que um dos ângulos do outro triangulo, então, a base de um é maior que a base do outro. Proposição 25 Se dois triângulos têm dois lados iguais a dois lados respectivamente, mas a base de um triângulo é maior que a base do outro, então, também este triangulo têm um dos ângulos formados pelas retas iguais maior que o outro. Proposição 26 Se dois triângulos têm dois ângulos iguais a dois ângulos respectivamente, e um lado igual a outro lado, quer estes lados sejam adjacentes ou opostos a ângulos iguais, então, os outros dois lados dos triângulos são iguais e o outro ângulo é igual ao outro ângulo. Proposição 27 Se uma linha reta, cortando outras duas linhas retas, fizer os ângulos alternados iguais, então, estas duas retas são paralelas entre si. Proposição 28 Se uma reta cortar outras duas e fizer o ângulo externo igual ao ângulo interno oposto do mesmo lado, ou se a soma dos ângulos internos no mesmo lado for igual a dois ângulos retos, então, as linhas retas são paralelas entre si. 23 Proposição 29 Uma reta que corta duas retas paralelas faz os ângulos alternados iguais entre si, o ângulo externo igual ao ângulo interno oposto e a soma dos ângulos internos do mesmo lado igual a dois ângulos retos. Proposição 30 Linhas retas paralelas a uma mesma reta são também paralelas entre si. Proposição 31 É possível de um ponto dado construir uma reta paralela a uma reta dada. Proposição 32 Em todo o triângulo, se de um dos lados é prolongado, então, o ângulo externo é igual à soma dos dois ângulos internos opostos, e a soma dos três ângulos internos do triângulo é igual a dois ângulos retos. Corolário Em qualquer triangulo, a soma dos ângulos internos é igual a dois retos. Proposição 33 Retas que unem as extremidades de duas retas paralelas iguais, na mesma direção são iguais e paralelas. Proposição 34 Em áreas paralelogramicas, os lados e os ângulos opostos são iguais entre si e o diâmetro bisseta a área. Proposição 35 Os paralelogramos que estão na mesma base e nas mesmas paralelas são iguais entre si. Proposição 36 Os paralelogramos que estão em bases iguais e nas mesmas paralelas são iguais entre si. Proposição 37 Os triângulos que estão na mesma base e nas mesmas paralelas são iguais entre si. Proposição 38 Os triângulos que estão em bases iguais e nas mesmas paralelas são iguais entre si. 24 Proposição 39 Os triângulos iguais que estão na mesma base e no mesmo lado também estão nas mesmas paralelas. Proposição 40 Os triângulos iguais que estão em bases iguais e no mesmo lado também estão nas mesmas paralelas. Proposição 41 Se um paralelogramo e um triângulo tiverem a mesma base e estiverem nas mesmas paralelas, então, o paralelogramo é o dobro do triângulo. Proposição 42 É possível construir um paralelogramo igual a um triângulo dado em um dado ângulo retilíneo. Proposição 43 Em qualquer paralelogramo, os complementos dos paralelogramos ao redor do diâmetro são iguais entre si. Proposição 44 É possível sobre uma linha reta dada e num ângulo retilíneo dado, construir um paralelogramo igual a um dado triângulo. Proposição 45 É possível construir um paralelogramo igual a uma dada figura retilínea num dado ângulo retilíneo. Proposição 46 É possível descrever um quadrado sobre uma linha reta dada. Proposição 47 Em triângulos retângulos, o quadrado construído sobre o lado oposto ao ângulo reto é igual à soma dos quadrados construídos sobre os outros lados que fazem o ângulo reto. Proposição 48 Se num triângulo, o quadrado construído sobre um dos lados for igual à soma dos quadrados construídos sobre os outros dois lados do triângulo, então, o ângulo formado por estes dois lados é reto. Fig.: 7 – As proposições. 25 No caso particular das proposições, temos disponível acesso às demonstrações das referidas proposições, para isto o usuário deve clicar no título correspondente, onde são exibidas a listas das proposições. As páginas de demonstrações das proposições são constituídas por alguns itens que tem por finalidade simplificar o acesso às construções, bem como, melhor visualização dos recursos (ferramentas para construção; enunciados, dicas e demonstrações; e área de trabalho). Para melhor disposição desses recursos, recomendamos ajustar a resolução de monitor para 1024x768. Vejamos, abaixo, como estão organizadas as nossas páginas de demonstrações das proposições: Fig.: 8 – Organização das páginas de demonstração das proposições. 26 Fig.: 9a – Exemplo de construção de demonstração de uma proposição – Enunciado e estado inicial. 27 Fig.: 9b – Exemplo de construção de demonstração – Dica e construção. 28 Fig.:9c – Exemplo de construção de demonstração – Demonstração e estado final. 29 Observemos que a cada passo da construção, a partir do estado inicial o MemoEdit dos Enunciados, dicas e demonstrações, atualiza a mensagem de acordo com a evolução da demonstração, contemplando as seguintes fases: Enunciado: onde propomos o objetivo a ser alcançado com a demonstração da proposição. A aplicabilidade inicial da proposição se dá a partir de um elemento previamente disposto na área de trabalho; Construção: são dicas apresentadas de forma que o usuário possa orientar-se na construção da demonstração da proposição; e, Demonstração: o referido texto conclui a proposição, explicando, de forma sucinta, os argumentos que sustentam sua validade na geometria plana. Contudo é possível que a fase construção não seja apresentada, caso o usuário consiga construir, por conta própria, a demonstração da proposição, mas, no entanto, é necessário dar um clique no botão para que a conclusão da demonstração seja apresentada. Este mesmo botão fornece a dica de construção e constrói a demonstração, caso o usuário não saiba como proceder. Em todas as páginas de demonstrações, dispomos de um link que fornece ajuda aos usuários que não conhecem o software Cinderella, na página de ajuda, além de um diagrama esquemático da página de demonstração das proposições, as descrições dos botões disponíveis na caixa de ferramenta, temos, também um link que dá acesso a uma página onde pode-se exercitar o referido recurso. Vejamos a seguir, a página de ajuda: 30 Ajuda Você mesmo poderá construir a demonstração da proposição, para isto utilize a área de trabalho, as dicas e as ferramentas disponíveis para desenhar os gráficos. Ferramentas: Este botão permite reiniciar a construção; Este botão permite movimentar a construção sobre a área de trabalho, para isto basta clicar sobre o ponto que permita tal movimento. Em alguns casos o movimento do ponto limita-se a uma "estrada" - círculo ou reta - a que o ponto pertença. Clique aqui para experimentar esta ferramenta. Com este botão, pode-se inserir um ponto livremente. Clique nele, mova o mouse até a área de trabalho, clique e mantenha o botão pressionado enquanto movimenta o mouse, até encontrar onde se quer localizar o ponto. Caso o ponto deva pertencer a outros elementos previamente construídos (reta, círculo, curva ou até mesmo outro ponto), mova-o até o(s) elemento(s) ao(s) qual(is) 31 pertencerá o ponto, ficar(em) "iluminado(s)", daí então libere o botão do mouse e o ponto então será "atracado" ao(s) elemento(s) selecionado(s); Clique aqui para experimentar esta ferramenta. Este botão traça um segmento de reta, da seguinte forma: Marque o ponto inicial - que pode ser a partir de outro elemento já existente ou livremente mantenha o botão do mouse pressionado e arraste-o até o ponto final onde desejar. Observe que tal como o ponto, o segmento de reta ao ser traçado, também "atraca" seu ponto final aos elemento a que deva pertencer; Clique aqui para experimentar esta ferramenta. Este é o compasso, o seu traço acontece a partir de um clique sobre um ponto pré existente, depois arrastado até o ponto que será o centro do círculo, estes pontos compreendem o raio do círculo, finalizando com dois cliques sobre o ponto central. Pode-se, também, transportar a medida obtida entre dois pontos à um outro ponto, neste caso, clique sobre o primeiro ponto, mova o mouse até o segundo ponto (esses dois pontos delimitam o raio do círculo), agora basta transportar o círculo que está atracado ao ponteiro do mouse até o ponto que será o centro do círculo, clique neste último ponto e estará completado o transporte; Clique aqui para experimentar esta ferramenta. Este botão desfaz a última ação, e as subseqüentes a partir do segundo clique ; Com esse botão, o sistema assume a ação do usuário, construindo, passo a passo, a demonstração. Serve também para exibir a conclusão da demonstração; O experimento das duas últimas ferramentas você poderá conferir em qualquer uma das nossas demonstrações das proposições. Fig.: 10 – Página de ajuda. 32 Este é o compasso, o seu traço acontece a partir de um clique sobre um ponto pré existente, depois arrastado até o ponto que será o centro do círculo, estes pontos compreendem o raio do círculo, finalizando com dois cliques sobre o ponto central. Pode-se, também, transportar a medida obtida entre dois pontos à um outro ponto, neste caso, clique sobre o primeiro ponto, mova o mouse até o segundo ponto (esses dois pontos delimitam o raio do círculo), agora basta transportar o círculo que está atracado ao ponteiro do mouse até o ponto que será o centro do círculo, clique neste último ponto e estará completado o transporte. Experimente: Clique no botão e depois aponte o mouse na área de trabalho, clique num dos pontos existentes (não precisa manter o botão esquerdo pressionado) e depois arraste o mouse até outro ponto onde deseja que seja o ponto final da circunferência, pronto! está criado o círculo, você pode manter este círculo atracado aos pontos que usou para construí-lo, bastando clicar mais uma vez no ponto final, ou transportar para outro ponto, escolha-o e clique nele. Observe que os dois pontos usados pelo compasso define o seu raio, porém ele é construído de um ponto "extremo" até o seu centro. Após criar alguns círculos, mova-os e observe os seus efeitos. Insira dois outros pontos quaisquer e trace um círculo a partir deles. Experimente também criar um círculo e transportar para outro ponto. Fig.: 11 – Exercício de ajuda do compasso. 33 CAPÍTULO III – ENSAIOS E EXPERIÊNCIAS Como mencionamos na introdução, este trabalho é parte de uma proposta de estudos que visa oferecer àqueles que queiram, um estudo mais prático e lúdico do volume I da obra Os Elementos de Euclides de Alexandria. Então submetemos nosso trabalho a apreciação de internautas de vários níveis culturais, em uma primeira instância, apenas para verificar a navegabilidade da página e a funcionalidade dos seus recursos. O pedido foi enviado por email a 194 pessoas, de diversos níveis do ensino, abrangendo desde aqueles que apenas possuíam o grau de estudo fundamental, a mestres e doutores em diversas áreas, e destes obtemos o retorno de 129 respostas que avaliaram as seguintes questões: Apresentação; Conteúdo teórico; Conteúdo prático; Facilidade de navegação; Uso das ferramentas de demonstração; Ajuda “on line”; e, Textos dos enunciados, construções e demonstrações. A fim de manter uniformidade e objetividade das respostas, oferecemos aos nossos usuários as opções ruim, regular, bom e ótimo, para cada uma das questões acima e daí obtemos o seguinte retorno: 34 Apresentação: 60% 53% 47% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 0% Ruim Regular 0% Bom Ótimo Conteúdo teórico: 60% 55% 50% 38% 40% 30% 20% 10% 6% 1% 0% Ruim Regular Bom Ótimo Conteúdo prático: 80% 73% 70% 60% 50% 40% 27% 30% 20% 10% 0% 0% Ruim Regular 0% Bom 35 Ótimo Facilidade de navegação: 50% 45% 37% 40% 30% 20% 12% 10% 0% 0% Ruim Regular Bom Ótimo Uso das ferramentas das demonstrações: 70% 59% 60% 50% 38% 40% 30% 20% 10% 0% 3% 0% Ruim Regular Bom Ótimo Ajuda “on-line”: 70% 60% 60% 50% 40% 40% 30% 20% 10% 0% 0% Ruim Regular 0% Bom 36 Ótimo Textos dos enunciados, construções e demonstrações: 80% 68% 70% 60% 50% 40% 30% 16% 20% 16% 10% 0% 0% Ruim Regular Bom Ótimo Como podemos observar há algumas coisas que precisam ser melhoradas, contudo, de um modo geral o site apresenta contextualmente, um conceito bom verificados nos seguintes índices, que totalizam de uma forma global todos os índices acima obtidos: 60,00% 54,51% 50,00% 39,91% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 5,33% 1,50% 0,00% Ruim Regular Bom Ótimo Um vez obtida estes índices, julgamos suficientemente satisfatório a fim de apresentar uma proposta de estudos à alunos das classes de ensinos do nível fundamental e médio de algumas escolas da nossa comunidade, para tanto propusemos aos alunos elaborar um estudo sobre a obra de Euclides de Alexandria disposto no site. Esta proposta abrange visitar o site, estudar as 37 listas de axiomas, definições, postulados e proposições, experimentar as proposições, construir os gráficos e verificar as suas demonstrações. Nesta fase do trabalho, buscamos essencialmente mensurar a utilidade do site para fins educacionais, não obstante temos como objetivo propor um aprendizado fácil e agradável. Aliado a isto, aproveitamos o fascínio que a Internet e o computador exerce nos adolescentes. Para isto convocamos, cerca de 60 alunos das escolas próximas e a eles propusemos este trabalho. Dividimos em dois grupos com cerca de 30 alunos cada e após explicar os objetivos desta tarefa, distribuímos um breve roteiro (Anexo 1) que descreve de forma sucinta o trabalho proposto. Elaboramos um plano de aula (Anexo 2) a fim de nos orientar nas etapas seguintes. Após explicado cada uma das tarefas propostas, pusemos “mãos à obra”. Acompanhamento e retorno do trabalho Em classe podemos acompanhar a aplicação do trabalho acima proposto. No início notamos os alunos, de um modo geral, reticentes quanto a novidade, pouco a pouco, com o desenvolvimento das atividades, no entanto, eles se mostraram mais receptivos, de certa forma alguns ainda transparecia certa indiferença, mas participavam com a parcela que lhes cabiam. Ao apresentar as páginas de listas de axiomas e definições, notamos que eles encaravam como quem diziam: “ – é obvio, mas que novidade tem isto?...”. Mas quando chegamos aos postulados, especialmente ao quinto, verificamos um início de debate, em um dos grupos um dos alunos chegou a desafiar quem provasse a não validade daquele postulado, ai explicamos que nas geometrias hiperbólica e esférica, tal postulado perderia sua validade, usando para isto um breve exemplo, tendo como ilustração um globo 38 geográfico, disponível no momento. A seguir foram apresentadas a lista das proposições, porém, antes de ser apresentado as suas demonstrações, entramos nas páginas da ajuda on line, onde os alunos aprenderam a manusear os recursos do software Cinderella. Após isto realizou-se um sorteio onde a cada aluno foi atribuído uma das demonstrações, a fim de estuda-las e expô-las ao restante da turma no próximo encontro. A exposição dos alunos seguiu de forma ordenada de acordo com a ordem das proposições. O que mais nos impressionou foi a eloqüência que alguns alunos apresentavam espontaneamente ao fazer a sua explanação. Alguns poucos, preferiram usar o botão de construção automática, mas mesmo assim aparentou conhecer os detalhes da construção da demonstração. No final de cada apresentação atribuímos a cada aluno uma nota mínima de zero e máxima de 10,0 pontos. Verificamos que tais notas variaram de 7,25 a 10,0 de acordo com a qualidade da apresentação de cada aluno. Inserir o gráfico das notas. A próxima fase dessa nossa proposta solicita que cada aluno avalie o site e seus recursos disponíveis, em um formulário previamente elaborado (anexo 3). Pedimos que expusesse, também as suas críticas e sugestões ao site e ao trabalho com um todo. Abaixo, reproduzimos algumas impressões expostas pelos alunos: Interesse pelo tema do site: 39 94% 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 6% 10% 0% Sim Não Apresentação 60,00% 52,94% 50,00% 38,24% 40,00% 30,00% 20,00% 8,82% 10,00% 0,00% 0,00% Ruim Regular Bom 40 Ótimo Conclusão Esta é mais uma experiência que vem demonstrar a importância do lúdico como uma proposta para o aprendizado, tal como um desafio, propomos aos educadores encontrar meios para sua viabilização nas diversas propostas de . É, pois, requerido que tais meios busquem sempre Bibliografia 41 Anexos: Introdução: Caros alunos, queremos apresentar a vocês Euclides de Alexandria, um matemático que viveu na Grécia, berço da civilização humana, da filosofia e do conhecimento, por volta de 300 anos antes de Cristo. Fascinado pela matemática, este célebre personagem elaborou uma obra que até hoje é tida como a mais lida e estudada, depois da Bíblia. A obra chamada de Os Elementos é composta de 15 livros, que reúne um conjunto de tratados matemáticos, conhecidos até então, que, entre outras qualidades, apresenta uma harmonia que lhe é peculiar por quê apresenta, com muita simplicidade, porém concisa e bem explicada, de forma progressiva, onde qualquer elemento ali apresentado tem seu 42 fundamento em outro, anteriormente provado, exposto, ou apenas proposto. Mas para experimentar essa maravilha de forma interativa, convidamos vocês a visitarem a nossa página hospedada em http://geocities.yahoo.com.br/telvabjr lá colocamos apenas o primeiro livro desta Obra, como ponto inicial, outros subsídios mais extensos e completos podem ser obtidos através dos links ali dispostos, mas por enquanto concentremos nossos estudos neste primeiro livro a fim de tomarmos gosto pela matemática e a riqueza de ensinamentos que ela nos traz. Abaixo propomos um breve roteiro que nos ajudarão neste projeto: Primeiro, vamos conhecer o nosso site (aqui uma breve visita ao site, mostrando as páginas e os recursos nelas disponíveis); o Nesta fase aproveitemos para um breve “passeio” pela página de ajuda “on-line” das construções das demonstrações, nesta página conheceremos alguns recursos fantásticos encontrados no software Cinderella. Nesta parte do trabalho, cada aluno deverá escolher uma das proposições, e após verificar e aprender bem a construção da sua demonstração, deverá preparar um bom plano para apresentá-la ao restante da turma; Por fim, iremos avaliar o site e sua utilidade para o aprendizado da geometria euclidiana, para isso será distribuído um formulário onde cada um poderá expressar sua avaliação e considerações sobre o trabalho realizado. 43