Clipping - Departamento DST/AIDS e Hepatites Virais ÍNDICE Cartunista Jaguar revela que tem cirrose e câncer...............................................................................2 Cidade de Lula é campeã em repasses federais em 2012 ..................................................................2 Casos de hepatite A crescem com cheia dos rios no Amazonas .......................................................3 Santos promove atividades de prevenção as hepatites virais (Santos e Região) ...........................3 Leite materno é a causa de mais da metade das infecções pediátricas por HIV .............................4 Conferência discute problema da transmissão do HIV através da amamentação (Tecnologia) ...4 Avanços e desafios do ECA nestes 22 anos .........................................................................................6 Diomedes de volta às livrarias ..................................................................................................................7 Cientistas estabelecem agenda de pesquisa para cura da aids .........................................................8 Conferência internacional sobre Aids começa neste domingo em Washington...............................9 Conferência internacional sobre luta contra AIDS abre em Washington...........................................9 JB ONLINE - RJ | PAÍS ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 22/07/2012 09:16 Veja a matéria no site de origem Cartunista Jaguar revela que tem cirrose e câncer O cartunista Jaguar, de 80 anos, revelou em sua coluna no jornal que tem Cirrose e câncer. "Uma piscina olímpica, no mínimo, foi o que bebi nos últimos 62 anos", começa o texto. A descoberta aconteceu durante exames de rotina, que mostraram a doença em estágio avançado, além de diversos tumores pelo corpo. Ainda de acordo com o texto, Jaguar foi internado para uma cirurgia de emergência no Hospital Sírio-Libanês, no dia 9 de julho - mesmo dia da saída do cantor Pedro Leonardo, como ele ressaltou. JB ONLINE - RJ | PAÍS ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 22/07/2012 08:07 Veja a matéria no site de origem Cidade de Lula é campeã em repasses federais em 2012 São Bernardo do Campo (SP), administrada pelo PT e onde mora o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi a cidade campeã em repasses federais em 2012 no período pré-campanha. Governado pelo ex-ministro Luiz Marinho, o município recebeu R$ 69 milhões, a maior parte do Ministério da Saúde, comandado pelo petista Alexandre Padilha. Segundo levantamento do jornal , os dez municípios mais beneficiados são governados por prefeitos da base aliada de Dilma. O segundo lugar no ranking de prefeituras beneficiadas é Belo Horizonte (MG), que recebeu R$ 29,5 milhões. O prefeito, Marcio Lacerda (PSB), era aliado de Dilma até o fim de junho, quando o PT lançou candidato próprio. A cidade gaúcha de Palmeira das Missões, comandada pelo petista Lourenço Ardenghi Filho, tem apenas 34,3 mil habitantes e aparece como o terceiro município que mais recebeu verbas do governo. Prefeituras de médio e pequeno portes foram contempladas com mais verbas que as grandes. São Paulo aparece na 15ª posição. G1 | AMAZONAS DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 22/07/2012 09:21 Veja a matéria no site de origem Casos de hepatite A crescem com cheia dos rios no Amazonas Somente no primeiro semestre de 2012, foram registrados 152 casos.Médico alerta para os perigos da automedicação. Dados da Fundação de Medicina Tropical da Amazônia apontam que 158 casos de Hepatite A foram registrados no Amazonas no primeiro semestre de 2012. A cheia histórica do Rio Negro contribuiu para o grande número de pessoas infectadas, já que a doença é contraída através de vírus em alimentos e água contaminados. O vírus da Hepatite A ataca o fígado e é tão resistente que pode sobreviver por até quatro horas na pele das mãos e dedos. Porém, segundo o infectologista, Antônio Magela, são poucos os casos de morte pela doença. "Felizmente, a Hepatite A tem evolução benigna. Em 99% dos casos, as pessoa adoecem, ficam em repouso e com a ajuda de uma dieta controlada, acabam se curando pelas defesas do próprio sistema imunológico", explicou. Capaz de causar febre, dores no corpo e fraqueza, a Hepatite A é muitas vezes confundida com a gripe. Para o infectologista, é importante sempre procurar um médico para receber o diagnóstico e iniciar o tratamento, evitando assim o tratamento caseiro. Somente em 2011, foram registrados em todo Amazonas 452 casos de Hepatite A. G1 | DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 22/07/2012 07:49 Veja a matéria no site de origem Santos promove atividades de prevenção as hepatites virais (Santos e Região) Entre as ações estão a vacina contra a Hepatite B.Atividades acontecem até o dia 31. A partir desta segunda-feira (23) a Secretaria de Saúde de Santos, no litoral de São Paulo, promove atividades de orientação e prevenção a Hepatite. Estão previstos oficinas, mesa-redonda, curso, testes e vacinação. A programação faz parte da 11ª Semana de Prevenção e Controle das Hepatites Virais. Entre as atividades que vão acontecer até o dia 31 deste mês, a principal, segundo os organizadores, é a vacinação contra a Hepatite B, voltada para jovens de até 30 anos e grupos mais vulneráveis (qualquer idade) como as gestantes, caminhoneiros, funcionários da área da saúde, profissionais do sexo, doadores de sangue, manicures, pedicures, podólogos e coletores de lixo domiciliar e hospitalar. A imunização ocorre de segunda a sexta, das 9h às 16h, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nas Unidades de Saúde da Família (USF), onde também será possível agendar o exame de sorologia para as hepatites tipos B e C. Outra local que vai realizar o exame é o Centro de Testagem e Aconselhamento (Rua Silva Jardim, 94), que realiza coleta de exame das 8h às 16h. No Sesc Santos, está prevista a oficina sobre sexo seguro na terça (24), das 14h às 17h, e ação de prevenção na quarta (25), quinta (26) e sexta (27), das 14h às 17h, para frequentadores do local. Em parceria com a ONG Grupo Esperança, será realizado o teste rápido para Hepatite C de segunda até sexta, das 9h às 16h, na sede do DRS IV (entrada pela rua Alexandre Martins, 70, Aparecida) e nos dias 30 e 31, das 9h às 17h, no Poupatempo Santos (rua João Pessoa, 246). Esta ação é aberta à população. No dia 31, às 14h, haverá mesa-redonda com profissionais de saúde da região na Associação dos Médicos de Santos. CORREIO BRAZILIENSE ONLINE | CIÊNCIA E SAÚDE DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 22/07/2012 08:13 Imagem 1 Veja a matéria no site de origem Leite materno é a causa de mais da metade das infecções pediátricas por HIV O leite materno é a principal fonte de nutrição e proteção imunológica do recém-nascido, capaz de prevenir 15 milhões de óbitos em uma única década. No entanto, a transmissão do HIV pela amamentação também é responsável por mais da metade do volume de novas infecções pediátricas. A duplicidade na ação do leite materno de gestantes portadoras do vírus desafia a comunidade médica mundial a buscar novas estratégias para o uso mais efetivo da medicação antirretroviral. A preocupação de impedir completamente a transmissão do vírus ao bebê é um dos principais temas discutidos na 19ª Conferência Internacional de Aids 2012, que começa hoje, em Washington DC, nos Estados Unidos. A transmissão vertical - situação em que a criança é infectada pelo vírus durante a gestação, o parto ou por meio da amamentação - também foi o tema de destaque da última edição da revista especializada Science Translational Medicine. Philippe Van de Perre e sua equipe mostraram que a existência de reservatórios de HIV no leite materno pode ajudar a entender os fatores que influenciam a transmissão do vírus da mãe para o feto (veja infografia). Segundo o pesquisador da universidade francesa de Montpellier, mulheres com respostas bem-sucedidas à terapia antirretroviral e taxas indetectáveis de HIV no plasma sanguíneo e no leite materno não podem ser consideradas livres do HIV replicante, que transmite o vírus ao bebê. Ainda que a terapia resulte em uma grande queda na presença do HIV, células que carregam secretamente o vírus podem ser detectadas em todas as mulheres infectadas, até mesmo aquelas tratadas com a medicação adequada. "Essas células podem ser as responsáveis por uma transmissão viral residual de mãe para filho", afirma o artigo. Dessa forma, a equipe sugere que novas abordagens de terapia profilática são necessárias para prevenir a transmissão de HIV a crianças durante a amamentação. ESTADO DE MINAS ONLINE | DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 22/07/2012 08:09 Veja a matéria no site de origem Conferência discute problema da transmissão do HIV através da amamentação (Tecnologia) Especialistas afirmam que são necessárias novas abordagens que contornem o problema com eficácia O leite materno é a principal fonte de nutrição e proteção imunológica do recém-nascido, capaz de prevenir 15 milhões de óbitos em uma única década. No entanto, a transmissão do HIV pela amamentação também é responsável por mais da metade do volume de novas infecções pediátricas. A duplicidade na ação do leite materno de gestantes portadoras do vírus desafia a comunidade médica mundial a buscar novas estratégias para o uso mais efetivo da medicação antirretroviral. A preocupação de impedir completamente a transmissão do vírus ao bebê é um dos principais temas discutidos na 19ª Conferência Internacional de Aids 2012, que começa hoje, em Washington DC, nos Estados Unidos.A transmissão vertical - situação em que a criança é infectada pelo vírus durante a gestação, o parto ou por meio da amamentação - também foi o tema de destaque da última edição da revista especializada Science Translational Medicine. Philippe Van de Perre e sua equipe mostraram que a existência de reservatórios de HIV no leite materno pode ajudar a entender os fatores que influenciam a transmissão do vírus da mãe para o feto. Segundo o pesquisador da universidade francesa de Montpellier, mulheres com respostas bem-sucedidas à terapia antirretroviral e taxas indetectáveis de HIV no plasma sanguíneo e no leite materno não podem ser consideradas livres do HIV replicante, que transmite o vírus ao bebê.Ainda que a terapia resulte em uma grande queda na presença do HIV, células que carregam secretamente o vírus podem ser detectadas em todas as mulheres infectadas, até mesmo aquelas tratadas com a medicação adequada. "Essas células podem ser as responsáveis por uma transmissão viral residual de mãe para filho", afirma o artigo. Dessa forma, a equipe sugere que novas abordagens de terapia profilática são necessárias para prevenir a transmissão de HIV a crianças durante a amamentação.Exposição A busca por uma estratégia de prevenção efetiva é o objeto de um estudo conduzido pela professora de medicina da divisão de HIV da Universidade da Califórnia (EUA) Monica Gandhi, em conjunto com profissionais da Universidade de Makerere, na Uganda. Os pesquisadores querem entender a quantidade de medicação antirretroviral no organismo do bebê e o momento em que ele foi exposto, se na gestação e/ou durante a amamentação. Para isso, os cientistas analisaram amostras de cabelo e do plasma sanguíneo de crianças de 3 meses de idade, nascidas e amamentadas por mães soropositivas. Eles perceberam que dois dos medicamentos tomados pelas gestantes foram transferidos aos filhos somente pela placenta, e um terceiro por meio também da amamentação.Um nível único de plasma sanguíneo é capaz de refletir a exposição à droga ao longo de aproximadamente 24 horas, enquanto a amostra de cabelo revela a exposição por todo o mês anterior. A partir dos fios, é possível examinar a exposição antes do nascimento da criança. Os bebês no grupo das gestantes que receberam o antirretroviral Lopinavir registraram o equivalente a 87% dos níveis da droga encontrados no cabelo de suas mães. Os índices de Ritonavir antirretroviral que tem o uso associado ao Lopinavir - foram cerca de 45%. No entanto, quando as amostras de sangue foram estudadas, os níveis nos exemplares das mães estavam como esperado, mas nada foi encontrado na concentração plasmática dos bebês.A incapacidade de encontrar drogas no sangue dos bebês, mas sim nas amostras de cabelo, indica que não houve uma exposição recente. Sendo assim, a amamentação não transferiu as drogas para as crianças. As duas medicações, na verdade, foram passadas ainda no útero. "Talvez esse resultado nos mostre que, para conseguir proteção, não precisamos que o bebê seja exposto a tanto Lopinavir, por exemplo, durante a gravidez, ou ainda que devêssemos usar outro agente. Essa transferência muito alta durante a gravidez pode levar a efeitos tóxicos." No caso da terceira droga analisada, Efavirenz, os registros nas mechas de cabelo era cerca de 40% do encontrado nas das mães, e os níveis no sangue foram de aproximadamente 15%, demonstrando uma transferência moderada tanto no útero quanto durante a amamentação.Resistência Gandhi afirma que uma das conclusões possíveis é que talvez não se deveria usar o Efavirenz durante a amamentação, pois a transferência é moderada. É possível que, se o bebê for infectado, os baixos níveis da medicação em seu corpo levem à resistência aos medicamentos. "Uma vez que sabemos mais sobre essa transferência, podemos descobrir os melhores medicamentos para uso durante a gravidez e a amamentação, para atingir o nível máximo de proteção possível, minimizando o potencial de toxicidade de drogas e resistência viral nas crianças, se infectadas." Gandhi reforça que ainda não é possível saber precisamente qual o mecanismo de proteção nos bebês dos Antirretrovirais tomados pela mãe.O infectologista Francisco Ivanildo da Silveira Júnior, do Instituto Emílio Ribas, em São Paulo, explica que os dois estudos afirmam que somente tomar o antirretroviral na gestação ou na amamentação - seja por indicação clínica ou por profilaxia - não é o suficiente. Algumas medicações não são transferidas pelo leite materno e não estão protegendo a criança. "Isso se mostra importante, porque vemos no outro estudo que, mesmo em uma situação de baixa concentração viral, ainda existe HIV dentro de algumas células no leite, e a terapia da mãe não consegue exterminá-lo. Se o bebê não estiver sob profilaxia, esse é o gargalo que justifica a mãe passar o vírus para ele", diz. Segundo Silveira, a questão é descobrir qual o melhor antirretroviral. "Dependendo do tipo de medicação anti-HIV que é administrada, o coquetel não passa para o bebê, então o risco de overdose é eliminado. Mas também é preciso que o antirretroviral não seja tóxico ao recém-nascido. Já existem alguns remédios sob estudo", conta.Transmissão verticalA OMS estima que, em dezembro de 2009, a taxa global de transmissão de HIV de mãe para filho era de 27%. O objetivo é reduzir esse índice para menos de 5% até 2015, diminuindo o número de novas infecções pediátricas para um valor abaixo de 40 mil. No Brasil, suplementos substituem leiteO trabalho de Monica Gandhi será exibido hoje na 19ª Conferência Internacional de Aids 2012. No mesmo evento, a Organização Mundial da Saúde (OMS) apresentará propostas do uso estratégico de Antirretrovirais para a redução significante da transmissão do vírus. A organização recomendará que seja considerada a modificação das práticas atuais para prevenção da transmissão vertical do HIV. A OMS traz como exemplo a oferta da terapia antirretroviral em Malaui, na África, a todas as gestantes infectadas com o HIV, independentemente da força do seu sistema imunológico. A medida não só trataria as mulheres infectadas pelo HIV, mas também preveniria a transmissão para seus filhos e parceiros.No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda que o bebê não seja amamentado pela mãe portadora do vírus. Em vez dessa fonte nutricional, a criança recebe um substitutivo ao leite materno com o objetivo de continuar protegido de uma possível infecção viral vinda da mãe. O infectologista Alberto Chebabo, do Laboratório Exame e do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF/UFRJ), explica que essa medida coloca o país em uma posição de vantagem frente às nações africanas. "No Brasil, conseguimos repor o leite materno com o material dos bancos de leite e com leite em pó. Mas do que a amamentação, qualquer mulher que chegue em trabalho de parto sem o pré-natal, um teste rápido de HIV é realizado. Se der positivo, iniciamos a administração de um antirretroviral no parto e orientamos para que não seja feita a amamentação", detalha o médico.Ele considera que essas medidas de precaução são os principais fatores que levam à baixa incidência de transmissão vertical no país. Nos países africanos, a amamentação da mãe infectada é aconselhada pelo alto custo da alimentação por fórmula. Além disso, falta água limpa para a manipulação, e o substitutivo não possui as vantagens de prevenção a outras infecções. Por esses motivos, no cenário de recursos limitados, mães infectadas pelo HIV são incentivadas a amamentar seus bebês. No entanto, para proteger a criança da infecção a partir do leite materno, ou a mãe deve receber os medicamentos Antirretrovirais para controlar a sua carga viral ou o bebê deve receber profilaticamente remédios que combatam o vírus. JORNAL DIÁRIO | PARÁ DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 22/07/2012 Veja a matéria no site de origem Avanços e desafios do ECA nestes 22 anos Cada criança e adolescente tem o direito de sobreviver e se desenvolver, de aprender, que possam crescer sem violência; que estejam protegidas do vírus HIV/Aids, sendo prioridade absoluta nas políticas públicas. Garantir esses direitos é uma da missões do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil e que na Amazônia ganha uma dimensão muito maior face aos graves problemas que crianças e adolescentes enfrentam na nossa região. No último dia 13 o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completou 22 anos. A despeito dos avanços nas conquistas e na redução patente de índices sociais negativos, é fato que ainda há muito o que fazer na defesa das crianças e adolescentes no Brasil. O Unicef é um organismo parceiro do poder público na implementação de políticas em defesa das crianças e dos adolescentes. O fundo existe em 151 países no mundo e está no Brasil desde 1950, sendo pouco mais de 20 anos na Amazônia, onde mantém três escritórios centrais: o de Belém, com jurisdição nos Estados do Pará, Amapá, Tocantins e Mato Grosso; o de Manaus com atuação no Amazonas, Acre, Roraima e Rondônia; e o de São Luís, abrangendo a plataforma dos nove estados da Amazônia Legal Brasileira. Antônio Carlos Cabral, Oficial de Desenvolvimento Infantil para a Amazônia Legal, falou essa semana ao DIÁRIO sobre o ECA, suas conquistas e seus desafios. P: Qual o contexto do surgimento do ECA no Brasil? R: Realmente houve uma mudança para as crianças e adolescentes nesses mais de 20 anos do ECA, mas é bom ressaltar que esse Estatuto não caiu do céu. Surge através de um grande movimento para que nossas crianças e adolescentes saiam da situação irregular para outra de proteção integral. Em 1927 criou-se o Código de Menores que era totalmente assistencialista e repressivo, que era considerado um ser inferior, um pequeno adulto, sem perspectiva alguma e esse código reforçava isso, na medida que afastava esses menores do convívio social e da cidade para uma maior estética da cidade. Existiam os menores normais e os irregulares, que eram os infratores, os viciados, os abandonados... Precisava-se recolhê-los em espaços especiais para que não atrapalhassem o processo de urbanização das cidades. O tempo passou e chegou a época da redemocratização do país na década de 80. Surgiram os grupos dos menoristas, que continuavam defendendo esse código; e dos estatutistas, que queriam mudar essa situação. Em 1988 a nossa Constituição garantiu no artigo 227 a proteção integral com prioridade absoluta do Estado às crianças e adolescentes. Em 1990 surge o Estatuto da Criança e Adolescente, onde se aprofunda mais essa questão. P: E de lá prá cá, houve realmente melhoras? R Sim. Houve redução para menos de um quinto da extrema pobreza entre crianças e adolescentes. Houve aumento da expectativa de vida com a redução em 58% da mortalidade infantil; a redução do percentual de crianças desnutridas de 20% para menos de 2%; a redução de 30% nos partos na faixa etária de 10 a 19 anos; a elevação da taxa de escolaridade nos Ensinos Fundamental e Médio. Com o ECA surgem os Conselhos Tutelares que são responsáveis pelo selo ao direito das crianças e adolescentes. Hoje 98% dos municípios brasileiros já contam com esses conselhos, o que é um avanço. Outro grande avanço foi a criação dos Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente hoje presentes em 91% dos municípios e que formulam e fiscalizam as políticas públicas para as crianças e adolescentes. Não adianta discutir Conselho Tutelar se ele não tem estrutura física adequada e nem carro para exercer as suas atividades e essa é uma luta constante. P: O Disque-Denúncia para denunciar os abusos contra crianças e adolescentes funciona? R:Sim. O Disque-Denúncia Nacional, o "Disque 100" que realizou mais de 2,5 milhões de atendimentos e que recebeu ligações de 88% dos municípios brasileiros. Não podemos deixar de citar ainda a criação dos juizados da Infância e da Juventude, os Núcleos Especializados do Ministério Público e da Defensoria Pública, além das delegacias especializadas no atendimento de crianças e adolescentes. Houve também sensível redução no trabalho infantil. Mas o mais importante de tudo foi a mobilização social para essas questões. Ainda precisamos avançar muito para que a sociedade entenda e incorpore o ECA e vejam as crianças e adolescentes como sujeitos de direitos. O estatuto regulamenta ainda o Sistema Nacional de Atendimento Sócio-Educativo (Sinase), que humanizam as medidas socioeducativas dos jovens que infringem a Lei, transformando a execução dessas medidas em trabalhos integrados com o Judiciário, Executivo e do Legislativo. O sistema traz ainda o Plano Individual de Atendimento (PIA) que é fiscalizada pelo MP e pela Defensoria. P: E como o Unicef vê o debate sobre a redução da maioridade penal? R:Existem hoje no Brasil 60 mil jovens cumprindo medidas socioeducativas. Há um estereótipo equivocado de que esses jovens são bandidos. Precisamos ter uma discussão ética e transparente sobre essa questão. Não podemos nos deixar levar pela espetacularização que muitas vezes a mídia faz dos fatos e deixemos de refletir e de entender as origem dessas crianças e adolescentes, que viveram inúmeras formas de violência ao longo da vida, sendo privados de direitos básicos. E isso ocorre nos lares mais pobres e nos mais abastados. Precisamos compreender as circunstâncias e, a partir daí, elaborar novas políticas pedagógicas que coloquem a criança e o adolescente como prioridade. P: Mas com certeza nesses mais de 20 anos não foram apenas conquistas... Muita coisa ainda precisa ser melhorada... R:Claro que sim. Os desafios ainda são imensos. Existem ainda 3,1 milhões de crianças e adolescentes de 4 a 17 anos fora da escola no Brasil, além de outras 4,2 milhões dentro do contexto do trabalho infantil de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Hoje em nosso país, a cada mil nascidos vivos, 19,3 morrem antes de completar um ano. O grande desafio mesmo é fazer com que o ECA seja, de fato, aplicado no dia a dia dessas crianças e adolescentes, com os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário trabalhando em rede. Sem essa articulação é impossível termos uma política em defesa das crianças e adolescentes. É preciso que o ECA chegue aos quatro cantos do país abrangendo inclusive outros grupos populacionais, como quilombolas e indígenas, historicamente excluídos desse processo. Muitos falam que o ECA é uma utopia, que é inadequado. Isso não é verdade. O que existem são políticas inadequados que não dão conta de garantir o direito dessas crianças e adolescentes. O ECA possui três dimensões: a legal, da Lei que precisa ser cumprida; a técnica dos que trabalham diariamente com as crianças e adolescentes e a dimensão ética-política que tem a criança e adolescente com uma causa que precisa ser garantida. P: Qual projeto o Unicef vem desenvolvendo hoje na região Norte e que merece destaque? R: Trouxemos para a Amazônia em 2009 o programa o Selo Unicef Município Aprovado e implantamos após uma grande mobilização social. A meta é que os gestores coloquem a proteção de crianças e adolescentes como prioridade absoluta. Pactuamos vários indicadores de proteção, de saúde e de educação, entre outros. Demos um prazo de quatro anos para que os municípios conseguissem reverter os índices ruins e estamos em processo final do projeto esse ano e vamos avaliar o desempenho de cada um dos municípios. Inicialmente participaram 100 municípios, mas apenas 40 permaneceram após várias avaliações de cumprimentos de requisitos. Vamos comparar a situação inicial e como está agora dentro das estratégia do selo, melhorando a qualidade de vida das crianças e adolescentes. O mais importante não é receber o selo, mas o surgimento de um olhar diferenciado para suas crianças e adolescentes. P: O senhor falou ainda há pouco que o ECA precisa abranger as populações excluídas como os indígenas. Há alguma política específica nesse sentido? R: Estamos focando sim os indígenas na Amazônia. Estamos fazendo um estudo em quatro municípios da Amazônia Legal que possuem a maior população indígena na faixa etária de zero a 12 anos para entender por que há o sub-registro de nascimento nas comunidades indígenas. Aqui no Pará será estudado o município de Jacareacanga. De posse dos dados levaremos aos gestores e para a sociedade para reduzir esse problema. O registro civil é o mínimo para garantir os demais direitos. Outro projeto em comunidades indígenas é o fortalecimento do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional e estamos trabalhando nos nove estados da Amazônia com equipes multidisciplinares de saúde indígena para dar um aporte teórico e prático para os indígenas. Outra prioridade é implantar a Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância desses indígenas para reduzir a mortalidade infantil nas comunidades indígenas, cuja média é três vezes maior que a média brasileira. Também fortalecemos a rede de jovens e adolescentes (Rede Mais Pará) que convivem com o HIV-Aids, fornecendo informações para possam entender e combater essa doença, sempre entendendo seus direitos. (Diário do Pará) JORNAL DO COMMERCIO ONLINE - PE | CULTURA ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 22/07/2012 Veja a matéria no site de origem Diomedes de volta às livrarias O personagem de Lourenço Mutarelli, clássico dos quadrinhos nacionais, "Por mais que as embalagens de cigarro alertem que o Ministério da Saúde adverte que fumar é prejudicial à saúde, foi justamente um cigarro que salvou a minha vida". É assim, de forma mordaz, que começa um dos volumes da trilogia Diomedes (Quadrinhos na Cia, R$ 59, 432 páginas), do quadrinista e escritor Lourenço Mutarelli, lançada agora (finalmente) em edição completa. Clássico dos quadrinhos alternativos nacionais, foi uma experimentação do autor dentro das histórias policiais de que ele tanto gostava - mas, claro, com Mutarelli, isso nunca seguiria por um caminho convencional. A história começou a ser publicada em 1999, apresentando Diomedes, um policial aposentado, beberrão e dono de um estranho senso de humor, que procura solucionar casos para complementar sua precária renda. Não é um herói nobre e tampouco um anti-herói minimamente charmoso, ainda que, para um cliente, finja compromisso com a verdade: "Sou detetive porque não admito a mentira". Como toda história de detetive, essa começa no seu escritório, com um novo caso: um cliente precisa encontrar o mágico que o deslumbrou na sua infância, o renomado Enigmo. "Um mágico é a única criatura na face da Terra que tem o direito de desaparecer", explica uma das pessoas que Diomedes procura. O impressionante ilusionista, junto com o detetive, é o fio da meada que une todos os volumes da história, mesmo estando sempre ausente. Os personagens e diálogos que vão sendo inseridos na história mostram, indiretamente, a ironia (ou autoironia) e o gosto pelo absurdo tão caro a Mutarelli. Mas, no fim, ele não se furta de inserir questões pessoais - marca de deus quadrinhos - e chega até, em uma nota no fim do livro, a confessar que a inspiração para o personagem e para a história foi o seu próprio pai, delegado de polícia. Ele discutia os casos com o filho, impressionando-se com a natureza humana e com as fotos da perícia de corpos mortos, belas em sua morbidez. "Eu pensava no glamour mostrado nos filmes e na literatura policial e pensava nesses homens, como meu pai, nesses seres que simplesmente trabalhavam como policiais. Pensava no meu pai chegando em casa, pensava nos seus pequenos sonhos... inalcançáveis... pensava no quanto a realidade se distanciava da ficção", diz. No mesmo texto, ainda confessa que o primeiro volume, O dobro de cinco, era pensado como a história de Enigmo, e não Diomedes, que assumiu o protagonismo. Só que, se continua existindo um personagem em declínio, um fracasso autoirônico como Diomedes, um personagem típico de Mutarelli, há também espaço para um enredo mais convencional, divertido. O quadrinista já havia afirmado que havia feito Diomedes para criar uma história que gostaria de ler. Mesmo que o divertido para o autor seja a anedota fora de hora, a tragédia cotidiana da realidade. Como diz em uma frase no livro: "A própria vida é um tipo de piada, e é fácil saber quem não a entende: basta olhar quem não está rindo". OLHARDIRETO.COM.BR | CIÊNCIA E SAÚDE DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 22/07/2012 Veja a matéria no site de origem Cientistas estabelecem agenda de pesquisa para cura da aids Uma equipe global de cientistas concebeu uma estratégia para encontrar a cura da Aids, um esforço inspirado na notável história de um paciente americano chamado Timothy Ray Brown, que conseguiu se curar da doença. O tratamento de Brown, em Berlim, envolveu a destruição do seu sistema imunológico e um transplante de células-tronco de um doador com uma rara mutação genética que impede a contaminação pelo vírus HIV. O procedimento é muito caro e difícil de ser repetido em grande escala. Mas, nos anos transcorridos desde o bem sucedido tratamento, em 2007, a história de Brown se tornou um mantra para os cientistas que acreditam ter chegado a hora de buscar a cura da doença. Desde o surgimento da epidemia de Aids, há 31 anos, os cientistas fizeram grandes avanços no tratamento da doença. As mortes em decorrência da Aids no mundo todo caíram de cerca de 1,8 milhão em 2010 para 1,7 milhão no ano passado, segundo o mais recente relatório do Programa da ONU para a Aids (Unaids). Coquetéis de drogas poderosas contra o HIV podem manter a infecção sob controle durante anos, mas o vírus é astuto, entrelaçando-se ao DNA de células imunológicas especiais, onde pode permanecer dormente e inacessível aos medicamentos. Isso obriga os pacientes soropositivos a usarem as medicações pelo resto da vida. Como resultado do melhor acesso ao tratamento, mais pacientes com HIV estão vivendo vidas quase normais, mas o número de pacientes que precisa dos medicamentos também está crescendo, o que eleva os futuros custos dos tratamentos contra a Aids. Michel Sidibé, diretor-executivo da Unaids, disse que o tratamento não pode ser um fim em si. "Se continuarmos acreditando que ele é o fim de jogo, então teremos um desafio de chegar ao ""zero""", disse ele, referindo-se à meta de debelar a epidemia. "É um primeiro passo", disse Françoise Barre Sinoussi, ganhadora de um Nobel por sua participação na identificação do HIV. Ela é copresidente do Grupo de Trabalho Internacional para a Cura do HIV, que lançou na quinta-feira suas propostas de várias etapas até a cura. Sinoussi disse que o próximo passo será determinar a relação custo/benefício da estratégia. Esse trabalho vai começar em conjunto com a conferência de 2012 da Sociedade Internacional da Aids, entre os dias 22 e 27 de julho em Washington. Steven Deeks, da Universidade da Califórnia em San Francisco, e também copresidente do grupo de trabalho, disse que os profissionais da saúde veem uma crescente necessidade de "passar do bloqueio ao vírus para se livrar do vírus". Em vez de tentar copiar o tratamento feito por Brown, os pesquisadores buscarão uma reação semelhante de uma forma mais barata e fácil de replicar. Uma das primeiras tarefas, segundo Deeks, será dar continuidade à pesquisa básica em laboratório para entender por que o vírus persiste no organismo e onde ele se esconde. Os cientistas também precisam entender a função do sistema imunológico em pacientes com HIV, e determinar se a inflamação tem um papel na proteção ao vírus. Outras equipes precisarão determinar por que alguns pacientes desenvolvem anticorpos ao vírus, permitindo o controle da infecção, e se isso pode ser aplicado na busca por uma cura. Deeks disse que os médicos precisam de exames melhores para mensurar os níveis do vírus. Os pesquisadores terão de desenvolver drogas que expulsem o vírus dos seus esconderijos no organismo, tornando-o mais vulnerável ao tratamento, e também medicamentos poderosos para tornar o sistema imunológico mais apto a combater infecções. Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos EUA, parte do Instituto Nacional de Saúde, disse que sua agência apoia a iniciativa, mas que é cedo para avaliar seu sucesso. "Ainda temos muitas descobertas a fazer com relação a uma cura sobre a qual não existe garantias de se e quando irá acontecer. Estamos mais ou menos onde estávamos há uma década com uma vacina", afirmou. Na época, após repetidos fracassos em testes clínicos, os cientistas tinham poucas perspectivas de desenvolver uma vacina eficaz contra o HIV, sentimento que mudou em 2009, após o relato de um teste relativamente bem sucedido na Tailândia. "Agora posso dizer que estou confiante de que teremos uma vacina, só não posso lhe dizer quando. Com a cura, ainda estamos em uma fase muito nascente da descoberta", disse Fauci. RFI PORTUGUÊS | ULTIMAS NOTICIAS DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 22/07/2012 Veja a matéria no site de origem Conferência internacional sobre Aids começa neste domingo em Washington Cerca de 25 mil pessoas participam a partir deste domingo em Washington da 19ª Conferência Internacional sobre a Aids. As discussões deste ano serão centradas em uma nova mobilização para acabar com a epidemia, um objetivo que é considerado possível graças aos tratamentos existentes atualmente. Esta é a primeira vez que essa conferência, organizada a cada dois anos, acontece nos Estados Unidos, país que havia proibido em 1990 a entrada de pessoas seropositivas. A medida foi suspensa em 2009, quando o presidente Barack Obama promulgou uma lei votada pelo Congresso. Os principais especialistas mundiais engajados na luta contra a Aids consideram que o arsenal terapêutico desenvolvido nos últimos vinte anos permite imaginar o fim dessa epidemia devastadora, que fez 30 milhões de mortos desde seu surgimento no início dos anos 80. Cerca de 35 milhões de pessoas no mundo - das quais 97% em países onde o nível de renda é baixo ou intermediário - foram infectadas pelo vírus da Aids, o HIV. A esperança de uma erradicação da epidemia foi reforçada pelos recentes resultados de testes clínicos que mostraram que os tratamentos Antirretrovirais permitem reduzir fortemente o risco de infecção das pessoas seronegativas que tiveram relações sexuais de risco. Essas terapias desenvolvidas nos anos 90 diminuem muito a carga viral dos seropositivos, permitindo que eles vivam em boa saúde e transmitam muito menos o HIV. Segundo os últimos dados do UNAids, o programa das Nações Unidas sobre a Aids e o HIV, mais de oito milhões de pessoas contaminadas pelo vírus se tratavam com medicamentos Antirretrovirais no final de 2011 nos países onde o nível de renda é baixou ou intermediário, e especialmente na África Subsaariana, região mais afetada pela epidemia. Mas esse número recorde representa somente 54% das 15 milhões de pessoas infectadas. A falta de recursos para permitir que todos os seropositivos tenham acesso aos tratamentos Antirretrovirais continua sendo uma das maiores preocupações das autoridades de saúde pública, em um contexto de cortes orçamentários nos países doadores. Assim, a conferência em Washington será a ocasião de uma mobilização mais intensa, sobretudo por parte dos políticos, para ampliar o acesso aos tratamentos e também continuar a persquisa sobre o HIV. Para a cientista Françoise Barré-Sinoussi, co-vencedora do prêmio Nobel de Medicina pela identificação do HIV, a cura para a Aids parece possível com os progressos científicos realizados e um novo impulso global para mobiilzar talentos e recursos. Essa opinião é compartilhada pelos principais especialistas mundias no tema. O expresidente americano Bill Clinton, a secretária de Estado Hillary Clinton, Bill Gates e o cantor Elton John estão entre as personalidades que devem participar da conferência, que acontece até o dia 27 de julho. RUVR PORTUGUESE | CIENCIA DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 22/07/2012 Veja a matéria no site de origem Conferência internacional sobre luta contra AIDS abre em Washington Como se espera, cerca de 25 mil pessoas, entre elas políticos, cientistas, personalidades sociais e alguns portadores do vírus da imunodeficiência humana (HIV), participarão do evento que se reúne pela 19ª vez. Ativistas apelam a que os líderes mundiais contribuam para a aplicação de medidas urgentes que possam deter a propagação da HIV. Segundo as últimas avaliações, hoje no mundo vivem cerca de 34 milhões de pessoas contagiadas por este vírus. Só no ano passado, 1,5 milhões de pessoas morreram por causa da Aids.