Reflexões de uma nova Muçulmana. Dedicatória Dedicamos este livro à pessoa do Imam Mahdi (P) , que Deus aprece sua revelação. Esperança dos seres humanos. Restaurador da justiça na Terra. Rompedor de ídolos e avassalador dos arrogantes no mundo. Instaurador de todos os valores humanos. Salvador dos pobres, oprimidos e desolados do mundo. Ele unificará a Religião Divina. Ele receberá Jesus e rezará junto com ele. Ele libertará e comandará um único governo mundial. Ele trará a felicidade e o bem- estar para toda humanidade. Ele trará as bênçãos para todos os seres vivos. Deus nosso, considera-nos entre seus partidários que esperam por sua chegada! Nota do Tradutor ??????????? ( Centro Brasileiro de Estudos Islâmicos) Introdução Há muito tempo sinto que seria interessante escrever sobre a minha conversão ao Islã. Meu problema foi que não sabia o que escrever e como escrever. Uma das minhas principais preocupações agora é escrever algo que seja de valor, não só para mim, mas também, para os outros. Posso lembrar-me de algumas vezes quando me pediam para falar na mesquita e eu me assustava porque o que eu sabia ou o que havia aprendido foi por intermédio deles (os muçulmanos). O que podia dizer? Que não sabia? Cada vez que perguntava a mim mesma, a resposta sempre foi que somente eu mesma podia falar sobre minhas experiências pessoais. Bem, parece arrogante pensar que outros quiseram ouvir-me falar de mim mesma. Mas, talvez há algo de valor na história da experiência de alguém que escolheu ser muçulmana. No passado escrevi algumas coisas sobre como cheguei a me tornar muçulmana e, em função disso, recebi muitos comentários e opiniões. Algumas pessoas me escreveram querendo pesquisar sobre o Islã e queriam referi-se à minha história e pediam mais informações. Outras pessoas que me escreveram nasceram muçulmanas mas, haviam encontrado inspiração nas histórias dos convertidos. Na verdade, desfrutei do fato de ter conhecido tantas pessoas através de minhas breves narrações. Compreendi que algo de minha história deve ter valor para outras pessoas. Assim sendo, ao narrar esta historia , pode ser que contribua para a situação de alguém. Inicio este trabalho em nome de Allah, o Clemente, o Misericordioso, e peço que Ele me ajude a fazer deste trabalho algo valioso ; que traga benefício a outras pessoas. Diana (Massuma) Beatty Nota: Ao longo deste texto “swt” aparecerá como abreviatura de (Subhanahu wa ta’ála), que significa “Glorificado e Elevado seja”. Esta abreviatura será utilizada cada vez que aparecerá o nome de Deus. Também, “A.S” ou “S.A.” será utilizada como abreviatura de (sal-lal-lahualaihi ua álihi) que significa a paz seja sobre ele e sua purificada família, toda vez que se mencionar o Profeta do Islã (Muhamad) ou outro Profeta, como abreviação de “a paz esteja com ele/ ela/ eles/ elas”. Isto pode parecer estranho para um leitor não muçulmano, mas não é algo místico. Faz parte da ética Islâmica, e muitas pessoas acreditam que esta é uma obrigação. Além disso, eu utilizo ambas as palavras Deus e Alláh para referir-me ao Único Deus. Este nome é utilizado por Muçulmanos, Judeus e Cristãos de língua Árabe. Para as traduções de passagens do Sagrado Alcorão foram utilizadas as obras de Pickthall e de Yusef Ali. A versão da Bíblia utilizada aqui é NIV. Humildemente dedico o bom desta obra ao Imam Az-Zaman (o Imam Al-Mahdi) (A.S), que Allah (swt) aprece sua aparição. Primeira Parte Como poderiam estar errados todos os meus conhecimentos? Por ser uma menina que cresceu nos Estados Unidos da América, minha informação sobre a religião Islâmica era muito pobre. Apenas uma ou duas vezes fui apresentada ao Islamismo rapidamente por meio de um livro de história no colégio. Pelo que me recordo daquelas leituras é que os muçulmanos tinham um Deus chamado Allah, um profeta guerreiro chamado Muhamad; que oravam, se vestiam estranhamente e, por último, que o Islã era uma religião Árabe. Suponho que o resto da minha educação a respeito do Islã chegou através dos meios de comunicação. O Islã aparecia como exótico, retrógrado e nocivo. Os muçulmanos eram qualificados como mal educados, guiados por governantes tiranos, e eram cruéis. Alguns deles pensavam que era bom explodir meninos nos aviões e bater nas mulheres e tratá-las como objetos. Não entendia que há relação entre o Islamismo, o Cristianismo e o Judaísmo. Até onde eu sabia, o Cristianismo e o Judaísmo eram as únicas religiões que tinham um Único Deus, o Deus de Moisés e Abraão (A.S.). O Islamismo era agrupado a todas as outras religiões como, por exemplo, o Budismo e o Hinduismo. Não havia muitos que me animariam a aprender sobre o Islamismo. Estava segura de que o Cristianismo estava com a verdade, e não sentia obrigação de observar e conhecer outras religiões e muito menos uma, que , pelo que me foi passado era tão prejudicial,. Naquela época, na verdade, podia chegar a acreditar que uma nação inteira , com todas as suas pessoas era de coração mau, e nós (da América Ocidental) éramos os bons exemplos. Além de tudo, como poderiam estar equivocados todos os meus conhecimentos? Uma pergunta obvia, finalmente, me fez voltar os olhos para Islamismo. Para responder a isso com justiça, é necessário primeiramente explicar rapidamente minha vida religiosa antes disso da conversão. Talvez todos os que eu conhecia acreditavam em Deus e que Jesus (A.S.) havia morrido pelos nossos pecados. Geralmente, não passava disso. As pessoas que conhecia tinham crenças religiosas e tentavam ser pessoas com moral, mas não se associavam a uma igreja em particular e não faziam nada de excêntrico em suas vidas que as enquadrasse como religiosas. A espiritualidade e a religião não eram temas de nossas conversas. Não se falava de Deus em nossas casas e tão pouco na escola. A religião era algo privado entre os indivíduos e Deus. Quando era menina, me mandavam a algumas escolas Dominicais para adquirir conhecimento básico da religião. Meus pais muito esporadicamente iam à igreja, mas eles nos mandavam (eu e meu irmão) às escolas Dominicais e nos tiraram logo ao finalizar nossos estudos. Nesta época eu estava no segundo ou terceiro grau e já havia terminado nossa educação religiosa. Isso foi suficiente para mim até eu chegar ao bacharelado. Talvez então começasse a compreender que o mundo não era um lugar justo pelas muitas perguntas que surgiram ao meu redor. Passei por períodos de decepção e baixa auto-estima. Durante este tempo, comecei a procurar a religião. Onde estava a prova científica da existência de Deus? Se existia, Por que se escondia de nós? Por que permitia que coisas más acontecessem? Por que havia coisas boas e coisas más? O universo e a vida na terra apreciavam o azar? Por que existo? Por um momento talvez me convencesse de que Deus não existia, e ainda mais: que Ele era uma fantasia criada pelos seres humanos. Não era o suficiente! Quando cheguei ao bacharelado comecei buscar Deus de novo. Interessava-me seriamente pelo Cristianismo. Uni-me à campanha de Atletas cristãos e lia a bíblia regularmente. Encontrei uma revista chamada Verdade Plena, anunciada em um programa religioso de televisão e publicado pela Igreja do Deus Mundial. Interessei-me por esta igreja em particular. Este grupo estudava a Bíblia literalmente. Não celebravam o Natal por que não constava na Bíblia. Não celebravam os aniversários, não comiam carne de porco, e observavam as mesmas festividades que segundo a Bíblia, Jesus havia celebrado. Guardavam o sábado como estava escrito na Bíblia. Eu me sentia fortemente atraída por este grupo porque seguiam Deus seriamente e tratavam a Bíblia seriamente. Não tinham a religião somente como algo para se sentir bem, como muitos outros grupos fazem. Pareciam mais lógicos que os outros grupos, e faziam da religião uma parte diária de suas vidas, ao invés de ser algo ocasional. A idéia da religião é algo que me atrai. Eu sabia que Deus tinha algo em mente quando nos criou, e sabia que deveria haver um caminho melhor, ou uma forma mais correta de fazer tudo. Assim que eu encontrei esta igreja, imediatamente me atraiu. Ainda que nunca tivesse assistido suas reuniões, porque pensava que minha família não aprovaria o meu relacionamento com um grupo radical. Mais tarde, quando fiquei informada, foi considerado como culto, especialmente enquanto cursava meu bacharelado. Coloquei em minha mente uma idéia: quando ficasse um pouco maior, investigaria sobre este grupo mais de perto. Em meu primeiro ano de Universidade me uni a um grupo de estudos Bíblicos patrocinada pela Cruzada Universitária por Cristo. E, finalmente, fui à Igreja de Deus depois de conhecer alguém na Universidade que pertencia a esta igreja. Eram pessoas muito agradáveis e muito atraentes. Porém, logo na primeira visita percebi que não era esta a igreja que eu estava procurando. Meu anfitrião me contava que a igreja se encontrava em estado de caos devido a uma grande divisão entre seus líderes nacionais. Estava dividindo-se em duas igrejas; um grupo se afastava porque sabia que a igreja original havia se corrompido. Um homem e sua família estavam em um conflito decidindo em que lado deveriam ficar. Quais das duas partes falava a verdade? Após escutá-los, me decepcionei. Senti que este grupo estava mais perto do que eu procurava, mas provavelmente nenhuma das duas facções o sabia claramente. Além de tudo, eram seres humanos que não estavam dotados de juízo perfeito. Eu queria aceitar algo que houvesse sido enviado por Deus e que não tivesse sido alterado pelos homens, mesmo pelos homens de boas intenções. E assim nunca mais retornei. Havia me resignado a ser uma das muitas pessoas religiosas sem uma igreja, porque estava convencida de que todas as igrejas tinham defeitos. Com freqüência me sentia incomodada no meu grupo de estudo Bíblico. Os outros membros pereciam estar muito mais felizes com sua Fé. Quando estudávamos um versículo da Bíblia, tinham muitas interpretações diferentes e pareciam que sempre viam os versículos de uma maneira diferente da minha. Perguntava-me qual era o mal que eu estava fazendo e por que não encontrava o sentido das coisas como conseguiam as outras pessoas mas, mesmo assim seguia sendo muito devota. Meus amigos falavam em convidar Jesus para viver em seus corações, e quando o faziam, Jesus (A.S.) entrava, e suas vidas mudariam para sempre. Eu havia feito este convite muitas vezes, mas nunca minha vida mudara para sempre. Havia feito quando ia às igrejas com meus amigos, havia feito quando via os pastores pregarem na televisão, havia feito em meu próprio momento (em minhas orações). Ao que se referiam quando diziam que Jesus vivia em nossos corações? Realmente haveriam mudado tanto com essa experiência, e se foi assim, por que eu não havia conseguido? Ao menos sei que não era falta de sinceridade. Ao pensar nestas perguntas, minha vida começou a mudar. Nesse ano conheci um muçulmano. Quando o conheci, não sabia que ele era muçulmano ou que era Árabe. Com o tempo me dei conta que ele era muçulmano. Realmente não sabia o que significava isso, porém fiquei inquieta com relação a ele porque me havia sido ensinado que ao acreditar que Jesus não morreu pelos nossos pecados, iria para o inferno. Ao menos era isso que todos me diziam quando me dedicava aos estudos Bíblicos. Poderia ser verdade que esta pessoa iria para o inferno simplesmente por não crer que Jesus (A.S.) morreu pelos nossos pecados sendo mais piedoso e humilde perante Deus que qualquer outra pessoa que eu já havia conhecido? Isso não me parecia correto. Ele sabia dos meus temores e se preocupou mais comigo do que com ele mesmo. Inclusive disse que iria em uma das Cruzadas da Universidade comigo. Hoje isso me surpreende mais do que quando aconteceu, porque agora penso no nome do grupo – Cruzada Universitária - e compreendo quão ofensivo era este nome. Sem dúvida, as reuniões não eram tão ruins, cantávamos e escutávamos música religiosa, tínhamos sido convidados a falar, e conheci meu líder de estudos Bíblicos. Esperava salvar meu amigo, e às vezes queria que o líder dos estudos Bíblicos o conhecesse porque, realmente, necessitava de ajuda para acalmar minhas incertezas. Tinha muitas perguntas depois de ler uma tradução do Alcorão e estava surpresa com o que eu havia lido. Falava do mesmo Deus da Bíblia, o Único, que tinha a Verdade que eu estava buscando. Falava dos profetas (A.S.)) que eu já conhecia, mas não os descrevia como adúlteros e como seres que haviam cometido incesto e atos de luxúria como os descrevia a Bíblia. “Cremos em Deus (O Único e Verdadeiro Deus) que veio revelado a nós, que revelou para Abraão, Ismael, Isaac, e Jacob e suas tribos; que revelou para Moisés e Jesus, e os que receberam os profetas da parte do seu Senhor. Não fazemos distinção entre nenhum deles” (Alcorão 2: 136). A única coisa que me incomodou no Alcorão foi o que dizia sobre Jesus (A.S.). Mas por quê? Como eu sabia o que eu sabia sobre ele? “Que Jesus era a terceira parte de uma Divindade e que havia morrido pelos nossos pecados?” Fui novamente buscar na Bíblia essas crenças tão importantes para o Cristianismo. Sabia que havia lido centenas de vezes; então seria fácil encontrá-las, mas não as encontrei. Pude achar versículos que pareciam dizer essas coisas, mas não eram muito claras. Encontrei outros versículos que pareciam dizer o contrário. Perguntei-me: se a crença que Jesus é Deus e morreu pelos nossos pecados , então, “Por que, se esse é o elemento principal em que eu deveria crer, não está claro na Bíblia?”. Perguntei a meus amigos de estudos Bíblicos, “Onde diz isso?”. Mostraram-me os versículos, eu os li e falei que na maioria das vezes não dizia claramente o que eu havia perguntado, mas estava aberto a interpretações. Em Marcos 10:18 diz: “Por que me chamas bom?”. Jesus respondeu, “Ninguém é bom exceto Deus”. Esse versículo parecia indicar claramente que Jesus não era Deus. Outros versículos interpretados por meus amigos diziam que ele era Deus, no entanto, ele mesmo nunca disse, “Eu sou Deus”. Alguns cristãos diriam que enquanto Jesus permaneceu na terra, viveu como um homem, mas mesmo assim seguia sendo Deus; parte ou forma de Deus. Ao transforma-se em carne, tornou-se completamente humano, enfrentando todas as adversidades e tentações que se apresentaram à vida humana. Não pude entendê-lo. Melhor que isso, nunca havia entendido antes, mas queria a verdade de qualquer maneira. Mas não podia explicar para mim mesma e ninguém mais poderia me explicar. Como Deus podia ser um Deus individual e ter três partes e formas independentes? Não podia entender, por que era necessária a morte de alguém infalível para o perdão de nossos pecados? Por acaso Deus não é O Todo Poderoso? Muitos cristãos dizem que Deus está além de nossa compreensão. Não tem que ser entendido. Finalmente, decidi que não podia aceitar isso, pois desta forma a religião se converte em um assunto puramente de fé, sem nenhum espaço para a razão. Um livro que diz ser a Palavra de Deus pode dizer absolutamente qualquer coisa Dele (Deus), não importa quão absurdo seja; não podemos rechaçá-lo, posto que não entendemos Deus. Compreendi que não, para que sejamos capazes de separar a senda correta da falsa, Deus deve ter um sentido em termos de razão humana. Dirigi-me até o meu guia de estudos Bíblico para falar-lhe sobre minhas inquietações. Fiquei sabendo que ele havia trabalhado como Missionário para os muçulmanos na Argélia. Pensei, então, que ele seria capaz de ajudar-me a entender o Alcorão, a Bíblia e o destino do meu amigo muçulmano. Quando eu o questionei, me disse prontamente que meu amigo iria para o inferno. Disse-me que o Alcorão era similar à Bíblia. Que era uma manipulação de Satanás. E algo que se assemelha à Bíblia era a melhor artimanha. Então, tratei de fazer uma pergunta mais específica sobre o que dizia o Alcorão a respeito de Jesus (A.S) e ele me disse que nunca tinha lido o Alcorão por que quando ele teve a intenção de lê-lo, estava doente. Quando ele me disse esta última palavra, fiquei atordoada, não pude conter minha lagrimas; me retirei do salão assim que pude. Como ele podia sentar-se ali e me dizer que o Alcorão era uma artimanha do Satanás quando ele mesmo nem sequer havia lido? Que tipo de pessoa fazia este trabalho de missionário para os muçulmanos e não tinha o interesse de ler o livro em que crêem os muçulmanos? Uma voz em minha cabeça gritava. “Este homem não sabe nada, não podem confiar nele!”. Imagino que Deus não enganaria aqueles que lêem o livro de outra religião somente por estar em busca da verdade. Porém este homem pensava de uma maneira diferente. Meu líder de estudos Bíblicos apenas repetia o que lhe haviam dito. Ofendi-me muito com todos os líderes da igreja que haviam falado do Islã como se fosse algo demoníaco, que os muçulmanos eram pessoas mais ignorantes com respeito ao Islã que uma menina de bacharelado que havia conseguido uma cópia da tradução do Alcorão em uma livraria da esquina. Agora encontrava-me atemorizada até a morte. Temia porque não podia confiar nesta pessoa. Era minha decisão, só minha; decidir se eu havia encontrado a verdade ou era tudo falsidade. Ninguém podia me ajudar. Sentia um peso tremendo sobre meus ombros. Eu estava aterrorizada por não saber se tivera feito uma escolha equivocada e como conseqüência passaria a eternidade da minha vida no inferno. Eu supliquei a Deus, que fora existe um Deus que não descaminhará aquele que busca a verdade, um Deus que perdoaria aquele que tem dúvidas e que observa ao redor buscando respostas, um Deus que possa me proteger para não tomar uma má decisão. Não sabia por onde começar em função do impasse entre a Bíblia e o Alcorão, ou com os livros do início da história cristã. Aprendi muito lendo esses livros da história dos cristãos mais antigos e me perturbava porque não havia ouvido falar destes livros antes. No começo da religião estavam unificados e claros. Alguns dos primeiros cristãos crêem que Jesus (A.S.) era Deus, enquanto outros não pensavam dessa maneira. Suas práticas e crenças variavam muito mais que as crenças dos cristãos da atualidade. O Novo Testamento não foi escrito senão no mínimo uma geração depois da suposta morte de Jesus (A.S), e foi escrito por muita gente. Suas histórias, em geral, estavam em conflito umas com as outras e havia centenas de evangelhos à mão. Foi no Concílio de Nicéia, mais de trezentos anos depois de Cristo, que o Novo Testamento começou a tomar a forma que conhecemos hoje. O Concílio tomou quatro das centenas de evangelhos que coincidiam com as crenças do Imperador Romano e os converteram na crença oficial. Os outros foram queimados e destruídos e as pessoas que tinham em sua posse alguns evangelhos eram assassinados. Desde então, a maioria dos evangelhos modificou-se sutilmente de época em época. Algumas versões dos evangelhos contêm livros inteiros que outros não têm. Não existe uma Bíblia “original” para verificar se houve mudanças. Há manuscritos antigos, mas não há uma Bíblia “original” definitiva. Para algumas pessoas isto não é problema, mas para minha rápida conversão (em um ano), é. Parecia-me que a Crença cristã Moderna continha algo da mensagem de Deus, mas há muitas conjunturas e interpretações de frases que não são totalmente claras. Parecia que essas partes conjunturais é que determinavam se eu ia ou não para o Inferno. Aonde disse Jesus, claramente, que ele morreu pelos nossos pecados e crer nisto era uma obrigação? É uma mera interpretação da frase “É o Filho de Deus”, frase que foi utilizada geralmente na Bíblia quando a Divindade se referia a Jesus (A.S.). De fato, as pessoas que viveram no tempo de Jesus (A. S.) não lhes davam este significado. Segundo os historiadores Bíblicos, a frase “Ele é Filho de Deus”, não significava algo divino para os escritores da Bíblia que conheceram Jesus (A.S.). Indicava apenas um ser humano completo e geralmente usavam esta expressão como título para os homens judeus santos. Ao Rei David refere-se como um Filho de Deus em Samuel 7:14 “Eu (Deus) serei seu pai e ele (Davi) será meu filho”. Job 1:6 na versão NIV da Bíblia, menciona os anjos, no rodapé de uma página explica que a palavra Hebréia traduzida como anjos, significa “Filhos de Deus”. “Vieram uns dias os filhos de Deus apresentar-se diante de Jeová , e veio entre eles Satanás”. Em Hosea 11:1, Deus chama a Israel Seu Filho: “Quando Israel era um menino, Eu o amei, e fora do Egito o chamei meu filho”. O uso das letras maiúsculas quando se atribui a Jesus (A.S.) este título foi uma opção dos tradutores e não está citado nem no Grego nem no Hebraico original. Também é conjectura dizer que Jesus (A.S.) foi o único Messias, o título de Messias tinha algo a ver com um retorno ao final dos tempos e era o status do salvador. Messias e Cristo significam o mesmo, “O Ungido”. Os ungidos eram os líderes de Israel, ungidos em uma versão antiga na cerimônia de inauguração. Em Samuel 10:1 diz: “Então Samuel tomou o frasco de azeite e o beijou, dizendo”. “Não há ungido o Senhor vosso Líder sobre a sua Herança?”. A raiz da palavra “ungida” (na literatura Hebraica) é a mesma que a tradução de Cristo e Messias no Novo Testamento. Na realidade, Jesus nunca pediu ou ordenou as pessoas que o adorassem, mas as pessoas o adoravam em suas orações. Disse às pessoas para que orassem a Deus e o adorassem. Contudo, quantos cristãos hoje rezam e adoram a Deus? É mais comum que suas orações comecem com “Querido Jesus” que “Querido Deus”. Um cristão sincero faria bem em obedecer a Jesus (A.S) e dirigir suas orações a “Deus”, e não a “Jesus”. Algumas coisas que são comuns na crença cristã e praticadas ainda hoje, na realidade, não têm suas origens nos ensinamentos de Jesus (A.S), mas foram estipuladas pelas autoridades eclesiásticas ou por um decreto Papal; incluindo a celebração do Natal e da Semana Santa, bem como a definição da Trindade e a permissão de orar pela Mãe de Jesus, Maria (A.S). A palavra Trindade não existe na Bíblia e, no entanto, é uma crença essencial dos cristãos. O conceito de Trindade foi inventado pelos líderes da igreja para explicar suas crenças; e ainda hoje estes líderes têm votos e decretos sobre as naturezas e funções das diferentes partes de sua Divindade. Os cristãos fiéis confiam que seus líderes são inspirados por Deus e que os autores da Bíblia também o foram. A maioria dos fiéis crêem que se a Bíblia é pouco clara, é porque os seres humanos possuem um entendimento limitado. Deus, dizem eles novamente, não necessita ter sentido. Se foi encontrada uma contradição evidente na Bíblia, é porque não são os detalhes que lhes interessam, exceto a mensagem no geral do que está escrito. Existem milhares de exemplos de contradições claras dentro da Bíblia. Muitas desta implicam em registros de quantas pessoas se encontravam num lugar ou quem exatamente estava lá. Só o relato de um sucesso disse que havia cem homens ali, e outro disse que havia mil, os cristãos fieis dizem que isto não modifica o significado global da passagem. Pode até ser que seja verdade, mas por que não concordam as passagens? Seguramente, Deus sabe o que acontece, então por que não pode condizer corretamente na Bíblia se é Seu livro? Talvez quando um padre ou sacerdote transcrevia a Bíblia cometeu um erro que ficou para sempre. E talvez estivesse pensava que estava corrigindo um erro que havia cometido um escriba anterior. Ou talvez pensou em um numero maior (3) proporcionava uma melhor versão da historia. Com minha experiência, muitos cristãos crêem que estes errados não são erros que somente parecem ser entre nossas limitadas faculdades, ou mais ainda, são erros, mas muito insignificantes e que Deus havia protegido a parte “importante” de Sua Mensagem na Bíblia. No entanto, eu sustento que qualquer contradição ou erros é importante por que indica um trabalho de homens sobre a parte do trabalho de Deus. Quando se encontra um erro, como podemos ter confiança em que não há outro erro que modifique o sentido do testo. Para os cristãos isto é um assunto de fé muito delicado, mas deveria ser assim? Como exemplo do tinha dito anteriormente, vou citar a versão NIV da História de Maria Madalena no tumulo de Jesus (as), segundo esta registrado nos três evangelhos. Matheus 28: 1-7: “Depois do Sábado, ao amanhecer do primeiro dia da semana, Maria Madalena e outra Maria foram ao túmulo. e sobreveio um grande terremoto, pois um anjo do Senhor veio do céu e removeu a pedra da sepultura e se sentou sobre ela. Seu aspecto era como o relâmpago e suas vestes brancas como a neve. De medo dele, tremeram os guardas e ficaram como mortos. O anjo, dirigindo-se até as duas mulheres, disse: vocês não temam pois, sei que vocês buscam a Jesus crucificado. Não esta aqui; ressuscitou, segundo o que havia dito. Venham e vejam o lugar onde foi colocado. Ide logo e dizei ao seus discípulos que ressuscitou dentre os mortos e que os precede a Galiléia; ali verão. É o que tinha para dize-lhes”. Marcos 16:18: “Passado o Sábado, Maria Madalena, Maria de Santiago e Salomé compraram perfumes para ungir-lhe. De madrugada, no primeiro dia depois de sábado, quando saiu o sol, vieram ao monumento e diziam entre si: quem removerá a pedra da entrada do monumento? E olhando, viram que a pedra estava removida; era muito grande. Entraram no monumento, viram um jovem sentado à direita vestindo uma túnica branca; ficaram sobressaltados de espanto. Ele lhes disse: não se assustem. Buscais o Jesus Nazareno, o crucificado; ele ressuscitou, não esta aqui; vejam o lugar onde o puseram. Ide para dizer a seus discípulos e a Pedro que os precederá na Galiléa; ali o vereis , como havia dito” Lucas 24:1-12 “Mas o primeiro dia da semana, bem de manhã, vieram ao monumento, trazendo perfumes que haviam preparado, e encontraram a pedra do monumento removida. Entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus. Estando perplexas com isto, se lhes apresentaram dois homens vestidos com vestimentas deslumbrantes. enquanto elas ficaram aterrorizadas e baixaram a cabeça na direção do chão, lhes disseram: “por que buscais entre os mortos os que vivem? Não está aqui, ressuscitou vocês lembram como vos falava estando ainda sendo na Galiléa, dizendo que o Filho do homem tinha que ser entregue aos pecadores e ser crucificado, e ressuscitar no terceiro dia. Elas se lembraram de suas palavras, e, voltando do monumento, comunicaram tudo isso aos onze (apóstolos) e todos os demais. Eram Maria Madalena, Juana e Maria de Santiago e as demais que estavam com elas. Disseram isto aos apóstolos, mas para eles pareceram desatinos tais relatos e não acreditaram. Mas Pedro se levantou e correu para o monumento, inclinando-se viu somente o tecido, e voltou para casa admirado com o que ocorreu”. Estes são os três relatos, obviamente, de um mesmo acontecimento. Este acontecimento é muito importante para a crença de que Jesus (A.S.) foi crucificado e ressuscitou depois de ter sido morto pelos pecados da humanidade. Dá testemunho da ausência do corpo de Jesus (A.S.) depois de um determinado tempo, e mantém o testemunho de que tinha que retornar à vida como havia prometido. Mas estes relatos diferem consideravelmente nos detalhes com respeito a como aconteceu na realidade. Por um minuto analise as três passagens e trate de responder às seguintes perguntas: Quem foi ao túmulo com Maria Madalena? Quantos foram juntos neste lugar? Estavam ou não os guardas? Quantas pessoas as mulheres encontraram no túmulo? Eram homens ou anjos? Pedro foi ou não à tumba? O que disse aquele homem às mulheres? As Prostraram-se diante aquele ser ou não? Onde estavam as pessoas ; chegaram enquanto as mulheres observaram ou já estavam ali? Foram elas que removeram a pedra ou já havia sido removida? Se isto provém da Palavra inalterada de Deus, não deveria haver contradições entre estes relatos. Um deles poderia evitado um detalhe que outra havia incluído, mas não deveria haver desacordo com quem estava lá; por que vieram, o quê escutaram. Os relatos das testemunhas oculares podem ter resultados conflitivos, como podem ser histórias narradas uma ou outra vez sem haver sido escritas até uma ou duas gerações posteriores - mas não a Palavra de Deus (a Escritura Divina). Se não podemos estabelecer corretamente o que aconteceu, em que deve acreditar o homem? É provável que tenha acontecido algo que levou à existência desta história, mas nós simplesmente não temos os meios para determinar o que aconteceu na realidade. Um destes relatos pode ser verdadeiro enquanto outro pode ser falso, ou todos podem ser falsos. E isso é tudo que podemos dizer a respeito. Dei somente um exemplo das dificuldades que existem na Bíblia, mas há muitas outras. A Bíblia é simplesmente pouco clara e contraditória, e mais; está em contradição com as Ciências estabelecidas. Não desejo perder muito tempo nos problemas Bíblicos com a Ciência porque já são comumente conhecidos e evidentes para o leitor casual. Por exemplo, todos sabem bem que segundo a Bíblia, a Terra tem menos de 6000 anos. Os crentes fiéis à Bíblia sustentam que isto é certo ainda hoje em dia, e dizem que as evidências científicas de dados humanos remontam, no mínimo, dez mil anos atrás e a Era da Pedra, pelo menos de 4,5 bilhões de anos, são um engano de Satanás. Por muitos anos havia acreditado que não podia entender a Bíblia porque havia algo que não estava bem em mim, ou porque não havia sido feita para ser entendida por vontade de Deus. Mas depois de compará-la com o Alcorão, pude entender que é bom esperar a lógica e a claridade da Palavra de Deus. Compreendi que a Bíblia em si mesma está tergiversada. Não pude satisfazer-me com a crença que estava baseada em um livro errado. Se eu queria encontrar a Verdade de Deus a partir da Bíblia, como poderia fazê-lo? Como eu poderia saber qual dos três relatos que mencionei anteriormente era o verdadeiro – supondo que o seja? Se não podia determinar em qual deles confiar, como poderia decidir sobre o restante das escritos destes três autores? Como podia, em absoluto, confiar em algo da Bíblia, quando não podia determinar o que provinha da mão do homem e o que provinha de Deus? E agora, a grande pergunta: se não posso confiar na Bíblia em quê fica amparado o Cristianismo? Mas isso é somente a metade da história. Eu havia chagado a uma conclusão de que o Cristianismo estava errado mas, não havia determinado se o Islã também o estava. Tive que examinar o Alcorão com a mesma investigação cuidadosa que havia feito com a Bíblia. Sendo assim, perguntei, “Onde se contradiz o Alcorão, onde se contradiz a Ciência?”. Depois de meses de pesquisa compreendi que a resposta a ambas as perguntas era simplesmente “Não se contradiz”. É superior a Bíblia a respeito e, portanto, se apresenta como algo mais valioso. Além disso, contém dados científicos que eram completamente desconhecidos para o homem na época em que foram revelados. O fato de que o mel das abelhas provém de seus estômagos, é uma descoberta científica moderna, e está no Alcorão (16:49) o qual foi revelado no século sétimo depois de Cristo. A forma como se forma um feto no ventre de sua mãe é um descobrimento deste século, e já estava explicado corretamente no Alcorão em vários lugares (22:5, 23:14, 40:67, 75:83) e 96:02). Encontrei no Alcorão a religião verdadeira enviada por Deus à humanidade e até o dia de hoje me encontro pasma diante da Misericórdia e guia de Allah (swt). “Abraham não foi Judeu nem Cristão; mas foi Hânif (monoteísta – de fé correta) , submetido a Deus e nunca foi politeísta.” (Alcorão 3:67) Que objeção poderia ter em seguir a religião de Abraão , a religião de submissão à vontade de Deus Único – o Deus dos Judeus, dos Cristãos e muçulmanos e de outros; O Criador do universo? Certamente que não sou a única cristã que havia chegado a esta conclusão. O Alcorão mesmo fala que os cristãos que haviam se convertido ao Islã cujos olhos se inundaram com lágrimas ao reconhecer a Verdade: “Verás que os mais hostis aos crentes são os judeus e os associadores, e que os mais amigos dos crentes são os que dizem: “somos cristãos”. Há entre eles sacerdotes e monges e não são altivos”. Quando ouvem o que foi revelado ao Enviado, vês que seus olhos se inundaram de lágrimas pelo reconhecimento da Verdade. Disseram: “Senhor! Cremos! Aponta-nos, pois, como testemunhas”. (Alcorão, 5:82 83) Há muitos versículos no Alcorão que falam sobre Jesus (A.S.) O nascimento de Maria (3:34 e 40) (19:2–15) A posição de Maria no Islã (3:41– 46) Quem foi Jesus? (2:87); (6:85 – 87); (3:83) (33:7- 8); (42:13); (5:46) O Nascimento de Jesus (19:16-36) Milagres de Jesus (5: 110 - 115) Os ensinamentos de Jesus (3:49 – 52); (43:57–59); (57:27); (42:63–64); (5:111) Jesus enviado aos Filhos de Israel (3:48); (5:72); (61:6) É Jesus o Filho de Deus? (3:58); (2:116 – 117); (21: 26 – 29) É Jesus Deus ?(5:117); (5:72 – 75) Jesus foi Crucificado? (4:157 – 158); (3:54 - 56) Diálogo entre Deus e Jesus (5:116 - 118) Sua última Mensagem (61:6) Mensagem aos Crentes (61:14) Isto é o que quer dizer o Sagrado Alcorão sobre a crucificação de Jesus (4:157–158) “-... E por haver dito: “Temos dado morte ao Ungido, Jesus, filho de Maria, o Enviado de Deus”, sendo assim, não o mataram nem o crucificaram, mas lhes pareceu assim”. “Os que discrepam a respeito dele, duvidam. Não têm conhecimento dele, não seguem mais do que conjecturas. Mas, certamente, não o mataram, somente Deus o elevou a Si. Deus é Poderoso , Sábio”. Esta narração não nega que algo aconteceu, que conduziu a estas histórias que encontramos na Bíblia. Sem dúvida, isto sugere que não se deu ao povo cristão nenhuma prova de que Jesus foi crucificado, apenas criaram a opinião de que isso havia acontecido. Em outras palavras, os cristãos basearam sua religião em algo que não era uma realidade; apenas é mera hipótese. As pessoas que supunham isto podem ter sido indivíduos bem intencionados, mas isso fica fora de ponto em questão. Obviamente que um cristão se incomodará ao ler os versículos do Alcorão que falam sobre as crenças e dogmas cristãos. Minha reação ao ler pela primeira vez foi o desejo de afastá-lo. Não estava de acordo com o que haviam me ensinado. Si, acreditava no que dizia o Alcorão, deveria acreditar que minha mãe, meu pai, meus professores, meus predicadores, meus vizinhos, meus lideres políticos, certamente todos que eu havia conhecido, estavam equivocados. Como poderia ser possível que tanta gente que estava segura de sua crença e parecia tão favorecida por Deus, vivendo no País mais próspero do mundo, estivesse errada? Então, tive que perguntar a mim mesma, se por acaso outra moça, vivendo no outro lado do mundo, imersa numa outra religião, não tinha uma pergunta similar? Para uma de nós ao menos, a resposta tinha que ser que tudo que havia conhecido era um equivoco. Realmente, isto era um conceito assustador. Todo meu mundo caia ao meu redor e ficava sem nada em que confiar. Não tinha o que escolher, exceto construir meu mundo novamente, para examinar novamente tudo em que havia acreditado e criar um novo marco de onde pudera visualizar o mundo. enfim, o Alcorão me convenceu. A Bíblia também me convenceu, porque não encontrei nela a perfeição que eu exigia da Palavra de Deus. Embora imperfeita, algo de verdade há nela e pode-se conseguir algum bem da leitura Bíblica se se lê com um olho crítico. De fato beneficiei-me ao descobrir que a Bíblia continha prováveis profecias sobre a vinda do Profeta Mohamad (A.S.), tendo como uma das profecias mais prováveis que se encontram no Deuteronômio 18:18 “Eu lhes suscitarei dentre seus irmãos um profeta como tu; colocarei em sua boca Minhas palavras e ele vos comunicará tudo quanto Eu lhe ordenar.” Geralmente os cristãos presumem que este versículo refere-se a Jesus (A.S.), mas os muçulmanos acham-no provável para o Profeta Muhamad (A.S.). Primeiro, Muhamad (A.S.) tem mais semelhanças com Moisés (A.S.) que Jesus (A.S) com Moises (A.S.). E igual Moisés, Muhamad (A.S.) casou-se e teve um sucessor designado em termos de liderança para as pessoas (Abraão para Moisés e Ali para Muhamad). Moisés e Muhamad ( A.S.) nasceram de uma mãe e de um pai e chegaram com uma nova lei religiosa. Por outro lado, Jesus (A.S.) não casou-se, nasceu de uma mãe sem um pai e não trouxe uma nova lei. Em segundo lugar, os versículos dizem que o profeta sairia de “entre seus irmãos” , o qual, em seu contexto, referia-se aos irmãos dos Israelitas. Jesus (A.S.) descendia diretamente do segundo filho de Abraão, Isaac (A.S.), igual que os Israelitas e, portanto, é um Israelita e não é irmão dos Israelitas. Muhamad (A.S.) era o único com uma razão verdadeira para a profecia, sendo um descendente do primeiro filho de Abraão (A.S.), Ismael (A.S.), convertendo-o em um irmão dos Israelitas e não um Israelita em si. Finalmente Muhamad (A.S.) se ajusta à proporção final deste versículo exatamente, e certamente melhor que Jesus (A.S.), como o atesta o Alcorão. “Não fala pelo próprio impulso. Não é senão uma revelação que foi feita,foi apontada o Grande Poderoso, Forte, Majestoso ” (Alcorão 53:3-4). Muhamad (A.S.) é o único profeta com um registro escrito que ele fala apenas o que Alláh (S.W.T.) lhe ordenou ou lhe inspirou ajustando-se à profecia no Deuteronômio 18:18. Assim, isto é um pequeno exemplo de meus estudos antes de converterme ao Islã. O Alcorão permanece como um testamento veraz no que contém. Toda evidência indicava que é o que diz ser: “Esta é uma Escritura, isenta de dúvidas, que é como direção para os temerosos a Deus...” (Alcorão 2:1). “Este Alcorão ninguém pode havê-lo inventado a não ser Deus. Não apenas sito, mas vem confirmar as mensagens anteriores e explicar detalhadamente a Escritura, isenta de dúvidas, que procede do Senhor do Universo”. (Alcorão 10:37). Segunda Parte É Bom Ser Muçulmano? Um Filósofo pode debater sobre se existe tal coisa, como a verdade absoluta. Outro pode dizer que todos os caminhos levam a Deus, quer dizer, que todas as religiões e filosofias são iguais. Se for este o caso, então não importa se eu fora cristã, muçulmana, atéia, ou inclusive for um Adolfo Hitler, um Carlos Marx, ou a Madre Tereza. Cada religião teria suas próprias verdades, e as ações de cada pessoa, dentro do contexto de suas próprias filosofias, seriam igualmente validas. Então não haveria um padrão comum para diferenciar o horror da verdade. Um erudito muçulmano disse uma vez que nós somos dotados com a capacidade para determinar a verdade da falsidade. Isto é plausível, porque os cientistas dizem que desde crianças adquirimos idéias sobre a injustiça e que não é provável que nossos pais tenham nos ensinado. Eu pessoalmente, sem dúvida, creio eu pessoalmente creio que a capacidade dada por Deus de determinar a verdade da falsidade pode ser deteriorada, ou lastimada, se não somos cuidadosos. Uma vez que se prejudica; e creio que no passado isto ocorreu com a maioria de nós até certo ponto, fica difícil de repará-la novamente. Assim, é difícil para alguém, a título de exemplo, criando no Ocidente e rodeado por ideais ocidentais, ver todos os prejuízos no juízo de sua sociedade concernente ao que é correto e ao que não é. O que uma pessoa está acostumada a ver, a ouvir e a crer parece justo a esta pessoa. Disse ( Satanás ou Diabo): Senhor! “Por haver me desencaminhado irei enganar-lhes na Terra, e desencaminharei a todos, salvo aqueles que sejam servos Teus escolhidos”. (Alcorão 15:39-40). Se desejarmos examinar nossos sistemas de crenças, o fator determinante do que é correto e incorreto pode somente surgir da fonte da verdade absoluta. Eu sustento que a verdade absoluta somente pode vir Daquele que criou tudo que existe. Para um ateu, talvez isso significaria que a verdade absoluta é uma característica inerente do Universo. Mas então, de onde saiu a matéria do Universo, e quem dotou-a com todas estas características? Há respostas para estas perguntas? Por que a ciência não tem meios para provar de onde saiu o Universo? Os cientistas eram chamados apenas de filósofos naturais e tratavam para provar logicamente a existência de Deus. Meu argumento favorito é o seguinte: imagine-se caminhando e repente encontra um relógio. Ao examiná-lo percebe que tem partes muito complexas que trabalham todas juntas para servir um propósito comum que qual é informar a hora exata. Tem peças que devem ser colocadas somente de tal forma sobre tabuleiro numerado de tal forma sobre o qual há uma enorme variedade de ferramentas e engrenagens e todas devem estar colocadas de tal forma e ser de um determinado tamanho. Devem ser feitos de determinado e não de outros. Agora imaginem que vocês antes nunca tinham visto um relógio até este instante. Qual seria sua conclusão natural? Que o relógio foi criado por alguém para cumprir um propósito, ou que conformou por si mesmo através de acúmulo de átomos e moléculas aleatoriamente como pode haver permitido a física e a geologia através do tempo? Quando se vê desta forma, pode parecer muito estúpido imaginar que o relógio não teve um criador com um propósito em mente. Bem, então que podemos dizer do Universo? Este também tem numerosas partes complexas, todas as peças trabalham juntas de tal maneira que realizem funções específicas. Para que se possa dar a nossa existência, reconheçamos o estado desse universo expandido em massas desiguais que levaram à existência das galáxias. A matéria deveria estar acomodada de uma forma que as estrelas possam se formar, e assim , muitas estrelas tiveram que esgotar seu lapso de vida para que nós pudéssemos ter os elementos químicos mais pesados. Esta Terra tem que rodar a uma velocidade exata para que a temperatura não seja tão fria nem tão quente. Tem que estar inclinada para que se dêem os climas apropriados. A água tem que ser encontrada em abundância neste planeta, então, tiveram que se dar algumas circunstâncias, ainda não entendidas, para permitir o começo da vida. Logo, esta vida tem que ter encontrado fornecimento alimentício e abrigo. Deve ter se organizado para reproduzir-se e adaptar-se a outros movimentos, e assim alguns se converteram em homens e adquiram o poder da razão. Veja todas as condições (eu sei que faltam algumas) que tiveram que unir-se para que pudéssemos existir. Todavia, cremos que tudo isto apareceu por acaso? Somente tem sentido pensar que existe Alguém que nos criou e também criou o Universo, assim como somente tem sentindo pensar que existe um Criador para o relógio do exemplo anterior. O Universo é um sinal de seu Criador, e você também é um sinal do seu Criador. Este é o argumento para a existência de Deus que havia sido apresentado por alguns dos maiores filósofos naturalistas da história. É possível achar imperfeições lógicas no método dependendo de teu ponto de vista, mas ao menos é algo que nos faz meditar um pouco. Creio que é possível ver que Deus existe por meio de vários sinais de Sua Criação. Quando eu estava no meu bacharelado, muita gente me dizia que o Universo havia aparecido por si somente ao acaso, igual a vida; e escutava tanto isto que me parecia admissível. O Sagrado Alcorão nos diz que há sinais da Existência de Deus ao redor de todos nos: “Enviamos-te sinais claros, ninguém os (Alcorão 2:99) renega, salvo os perversos”. Pude concluir que a evidência que tinha à mão era que na realidade Deus existe, que o Alcorão é um sinal de Deus segundo minhas investigações mencionadas previamente, e por conseqüência, como está mencionado no Alcorão. O critério para a verdade e para o erro, decidi, se encontrava no Islamismo. Isso me deixou uma opção: Convertia-me ao Islã ou ser hipócrita vivendo no que não creio. Assim, me converti. Sentia-me aliviada por estar no caminho que eu estava buscando, mas eu sabia muito pouco sobre o Islã. Sabia que acabava de fazer algo que causaria mais dor aos meus pais que qualquer outra coisa que alguma vez houvesse pensado fazer. Temia dizê-lo à minha família. Sabia que haveria muitos gritos e prantos, momentos de ira, dor e comoção. Bem, tinham razão. Eles pensaram que eu havia me convertido em uma estúpida, que possivelmente eu não estava em meu juízo perfeito. Que me haviam feito uma lavagem cerebral. Tinham que me trancar na casa ou algo desse tipo. Queimaria-me no fogo do inferno. Diziam que eu estava fazendo isso para comprazer aquele amigo muçulmano porque, na realidade, eu não podia crer nisso. Seria golpeada, oprimida e tratada como uma propriedade. “Os perversos clérigos Islâmicos viriam a mim e me tratariam horrivelmente”. Teria que mudar o quanto antes minha maneira de pensar. Aprendi que quando teu filho se converte a outra religião, geralmente sente-se como se o tivesse perdido. Há um sentimento de ira, negação, lamento, e finalmente, aceitação. Alguns o aceitam, ao aceitar que perderam seu filho e não poder fazer nada a respeito. Outros aceitam ignorando-o o mais que podem, ou não prestando atenção, para manter uma relação com o filho. Meus pais tratam de ignorar o fato e de certa forma fingem que nada havia acontecido. Mas, supõe-se que não se pode fazer isso para sempre; de novo aparece a dor e o conflito. Quando decidi usar o hijâb (Vestimenta Islâmica modesta), fui chamada de traidora por minha família e diziam que eu pretendia ser Árabe, que estava abandonando a minha própria cultura. Disseram-me que estava estapeando meus pais. Minha mãe chorou sem parar por uma semana. E quando quis ir ao Haj (Peregrinação à Meca), tudo tornou a se repetir novamente. Quando jejuo no mês do Ramadã, se incomodam e acaba sua felicidade. Sou uma fanática porque só como alimento halál (alimento (carne) de animal sacrificado de acordo com mandamentos Islâmicos). Tenho que orar secretamente para evitar suas reações. Minha mãe insiste em exibir por toda a casa minhas fotografias quando não me vestia Islamicamente, onde todos os convidados que não são da família poderiam, porque essa era a forma que ela preferia se recordar de mim. Dói saber que sua própria mãe não gosta de sua forma de ser e que não pode aceitá-la, e dói fazer algo sabendo quanta dor isso causa e quanto luta causa no ambiente familiar. Isso foi provavelmente o mais difícil para mim ao converter-me ao Islã. É estranho fazer o que você crê que é correto e aborrece tua família . “Ordenamos ao ser humano benevolência para com seus pais, e lhe dissemos: “E, se estes insistem contigo, para que associeis a Mim o que não tens conhecimento, não lhes obedeça.” A Mim será vosso retorno; então, informar-vos-ei do que fazeis”. (Alcorão 29:8) Meu dilema sempre tem sido como ser amável e não desobedecer quando o que eles querem é contrário à crença religiosa. A resposta não era sempre clara, mas eu pedi para Deus (S.W.T.) que me guie. Minha família tem sido e segue sendo uma das minhas maiores provas. Quero fazer o bem para eles e também fazer mais que posso para seguir os mandamentos de Deus. Na realidade não lhes falo sobre religião, e temo estar falhando a respeito. Mas, eles não suportam escutar sobre o Islamismo porque, todavia, é um tema muito doloroso. Geralmente me sinto frustrada com os obstáculos diários que se me colocam ao seguir minha religião, e devo me esforçar para ser paciente e amável todo o tempo. Para alguém que pensa em se converter-se, mas que se preocupe com a reação de sua família, não pode deixar que isto te detenha, se achar que o Islã é a Verdade. Não posso dizer-te que será fácil, mas posso dizer-te que o lar não estará em distúrbio sempre. As famílias reagem de maneiras diferentes, e geralmente reagem melhor do que o esperado, a longo prazo. Quase todo convertido tenho conhecido diz que sua família reagiu melhor que o esperado. Há muitos bons momentos, e há momentos que são como se nada tivesse acontecido mas, tua relação com a tua família nunca será mais a mesma. Não pertencerás a eles como o era no passado. Assim quando tenho problemas por algo nesta vida, incluindo minha família, trato de recordar isto: “-...Então, quanto aos que crêem em Allah e a Ele se agarram, fá-los-á entrar em Sua Misericórdia,e favor, e guiá-los-á até Ele por uma senda reta.”. (Alcorão 4:175) O propósito da vida não está em ser feliz todo o tempo e ter tudo fácil. Nossas dificuldades estão aí por uma razão e se somos pacientes então pode ser que sejamos dos sucedidos. É bom ser muçulmano, mesmo que o Islã seja pouco popular e mal entendido. É bom ser muçulmano, mesmo que outros se oponham. É bom ser muçulmano, porque você adquire um propósito claro em sua vida. “Não havia criado os gênios e os homens senão para Me adorar.”. (Alcorão 51:56) Detalhaste algumas pautas de como viver a vida e adorar a Deus ,assim que, não tens que duvidar de você mesmo. Quando você se torna muçulmano, em vez de encontrar um caminho confuso, nebuloso e destorcido diante de ti, você enfrentará um caminho reto e abençoado. Desde o dia em que me converti ao Islã, nunca mais olhei para traz ou duvidei de ter feito a escolha certa. O que acontece depois? Esta é a grande pergunta uma vez desfizestes tua vida anterior e tenha começado uma nova vida como muçulmano. Há algumas fontes e pessoas por aí para ajudar aqueles que querem estudar o Islamismo, ou que pensam em converter-se. Inicialmente, são difíceis de encontrar, mas quando se acha uma porta, esta tende a guiar-te a outras portas e esta por sua vez à outra. Parece que os muçulmanos gostam de ajudar as pessoas que estão interessadas em sua religião, ainda que a maior parte do trabalho deve ser realizado somente pelo converso em potencial. Mas para aqueles que já são convertidos, a situação é, algumas vezes, diferentes. Alguns muçulmanos atuam como se seu trabalho já estivesse feito e parece que pensam que a referida pessoa que já havia se converteu já não necessitam mais de ajuda. Não têm as experiências pessoais em suas vidas para entender as necessidades de um convertido. É possível que os convertidos se queixam de que se encontram esquecidos, e novamente a sós com sua luta para permanecer no caminho correto. É aí que você deve ser ativo e persistente em tuas primeiras buscas para conseguir ajuda e informação. Em minha experiência e estudo, a situação dos recém convertidos é que, verdadeiramente, estão à margem. E não se adaptam ao mundo de onde provém, e tão pouco adaptam ao Novo Mundo que haviam escolhido para unir-se. Alguns convertidos têm acesso a uma mesquita, mas muitos não têm. Qualquer que seja o caso, suas situações geralmente são similares. Em meu caso, o homem muçulmano que me havia inspirado para aprender sobre o Islamismo havia ido e realmente eu não conhecia outros muçulmanos. Via alguns homens na Universidade que obviamente eram muçulmanos, mas não me atrevia a aproximar-se deles. Era um grupo de homens com barbas longas que estavam no edifício da engenharia e falavam Árabe. E se alguma vez me viram caminhar pelos corredores, com certeza não era com bons olhos nem com olhar de bem-vinda. Essa olhada era de julgamento. Eu imaginava que podia ler suas mentes, pensando que eu era uma mulher americana má. Sentia-me mal porque aqui eu era muçulmana e não sabia o que tinha que fazer primeiro. Só sabia que acreditava. Tratei, com dificuldade, aprender a orar, mas não tive êxito. Somente meses depois que me converti fui a um homem que havia sido amigo daquele homem que inicialmente incendiou a faísca da curiosidade pelo Islamismo. Aproximou -se de mim e me ensinou a rezar. Era o único muçulmano da universidade além do meu amigo que eu havia conhecido. Posteriormente, ele me convidou algumas vezes para comer em sua casa com sua esposa durante o mês do Ramadã quando estávamos jejuando. Quando terminou o mês de Ramada, não voltei a vê-lo por muito tempo. Finalmente fiquei sabendo de um grupo de muçulmanos que se reunia cada semana, e algumas vezes com mais freqüência. E, então, fui convidada pela esposa do homem que me ensinou a orar. Fiquei muito emocionada e desejosa por ter companhia muçulmana. Quando cheguei á sua casa, ninguém me cumprimentou exceto quem me havia convidado. Eu usava o Hijâb (vestimenta Islâmica) e todos eles sabiam que era muçulmana, e mesmo assim ninguém me dirigiu a palavra. Eles podiam falar bem inglês, mas era muito embaraçoso para eles e, portanto, só falavam em Árabe. Algumas vezes, parecia como se estivessem falando de mim, mas isso não posso assegurar. Uma vez, uma das moças que era mais comunicativa e tinha um inglês melhor, falou comigo. Perguntou-me se era casada e se tinha filhos; ela repetiu a resposta para o restante do grupo em Árabe, e isso foi tudo. Em outra ocasião, quando fui convidada, as senhoras haviam tirado o Hijáb e eu fiz o mesmo. A mesma mulher falou comigo novamente para dizer que meu cabelo estava muito seco e que deveria usar condicionador. De novo, essa foi toda a conversa que tiveram comigo. Se reuniam toda semana, e eu era convidada uma vez a cada quatro meses, e ninguém falava comigo, exceto a mulher daquele homem que havia me ensinado a orar. Pelo que eu pude me lembrar, provavelmente as mulheres teriam falado se eu fosse tivesse sido mais amigável. Mas, eu era tímida neste novo e estranho ambiente. Em outra ocasião tive a sorte de o homem e sua esposa me convidarem para ir com eles à cidade mais próxima, a quase duas horas de carro, para ir à mesquita. Ali as mulheres ficavam em um pequena divisória no primeiro piso da mesquita. Tinha um vidro pela qual somente nós podíamos ver abaixo o piso da mesquita e os homens não podiam ver-nos. Mas o vidro era tão escuro que não podíamos ver; as únicas pessoas que podíamos ver eram umas poucas que estavam mais próximas do vidro e podíamos colocar a face sobre o vidro para olhar por baixo. Qualquer coisa que se diziam nesta noite na mesquita era em árabe, mas isso não importava porque de qualquer forma não podia escutar. Era difícil escutar de dentro daquele lugar estava, e as mulheres o faziam mais difícil porque tudo o que faziam era brincar e falar com as crianças. Esta vez algumas senhoras me cumprimentaram depois de ter sido apresentada, e uma delas me perguntou se estava interessada em casar-me com seu irmão para que ele pudesse entrar nos Estados Unidos. Durante o jantar, um dos meninos muçulmanos estava recitando algo, mas de novo não podia escutar. Perguntavam-me por que as mulheres se molestavam para vir se tudo o que faziam era falar. Estava muito decepcionada porque havia esperado mais uma experiência religiosa do que uma experiência social na mesquita. Um dia, recordava, que muitas mulheres sentiam que ao ter-me convertido podia casar-me com um de “seus” homens. Então compreendi que não somente era difícil para muitos não muçulmanos entenderem minha conversão, mas também era para alguns muçulmanos. Pelo visto, duvidavam que alguém havia se convertido à sua religião devido à sua Verdade. Eles preferiam pensar que alguém se convertia pelos homens, ou para associar-se ao povo muçulmano e obter benefícios deles. Inclusive a família de meu próprio esposo não podia crer que uma mulher americana poderia ser uma Mulher Muçulmana idônea. Esta é uma declaração forte, mas talvez carecem de confiança em sua religião se não podem ver como outros encontram a Verdade nela. Se Soubessem quanto alvoroço gerou minha conversão ou se compreendessem quantos convertidos abandonam suas relações familiares, sua forma de sua vida anterior, amigos, status entre os seus companheiros não muçulmanos, etc., então talvez compreendessem que aquelas idéias negativas sobre os convertidos, geralmente não têm fundamento. Dos muitos convertidos que havia conhecido nunca havia conhecido um cuja conversão lhe tenha sido fácil; que haja tomado desportivamente, nem conheci alguém que se converteu por alguma outra razão que não fosse pela verdadeira crença na religião. Por outro lado, muitos muçulmanos atuam como se amarrassem os convertidos. Nos dizem, “quanto te admiramos”. Talvez isso seja verdade, mas estas mesmas pessoas tendem a não construir fortes laços de amizade com os convertidos. Alguns muçulmanos não nos convidam a seus círculos de amigos. Alguém certa vez me disse que isto seria porque a presença dos convertidos os recordava suas próprias faltas, ou porque não sabem como se relacionar com os convertidos. Meus olhos e minha pele são claros. Somente sei falar inglês. Não pertenço a sua cultura nem a seu país. Meus pais não são muçulmanos. O Islã não tem lugar para intolerância, mas algumas vezes os muçulmanos (geralmente sem intenção) acham um lugar para ela. Estou segura de que freqüentemente não sabem o que fazem, mas também sei que nós somos responsáveis por nossas ações conheçamos as conseqüências ou não. Em geral, um convertido acha muito difícil entender a aparente indiferença de alguns muçulmanos, quando, na realidade, a religião mesma é contrária a seu comportamento. Creio que são tomados de surpresa os convertidos quando se dão conta que os muçulmanos são, em sua maioria, como qualquer outra comunidade. Os muçulmanos sabem, contudo, melhor que qualquer outro grupo, que sua religião é a correta, e por isso tendem a ter confiança em sua superioridade sobre os não muçulmanos. Creio que este é um grave defeito porque leva à arrogância. Há entre os muçulmanos algumas pessoas mais arrogantes, julgadores e fechadas. No entanto, também há entre eles as melhores pessoas da Terra. Tenho sido muito afortunada em conhecer alguns destes, igual à maioria dos convertidos. Muitos convertidos se inspiram para estudar o Islã, primeiro, ao conhecer um muçulmano. Isto se dá somente pelo comportamento deste muçulmano. Observam uma paz mental, uma generosidade incomparável, uma paciência pouco comum, uma firmeza surpreendente e uma submissão genuína diante Deus. Estas qualidades maravilhosas geralmente faltam no muçulmano que pratica pouco sua fé. Isto faz com que os não muçulmanos tenham uma outra imagem. Talvez mais que em qualquer outra religião, o Islã é julgado pelo comprimento de seus seguidores. Quando um cristão, em um país estrangeiro, comete um assassinato que não tem nada a ver com a sua religião, é pouco provável que se mencione a sua religião. Mas, se um muçulmano faz o mesmo, é muito provável que seja identificado como um muçulmano e o ato será associados à sua fé. Não sei por que isto acontece, à parte que o Islã não diferencia entre política e religião. Assim, fica confuso para os alheios ao Islã, quando os próprios muçulmanos , em geral, distinguem entre as duas e são capazes de cometer atos sem que isto tenham algo a ver com o Islã. Muitos muçulmanos tendem a isolar-se dos não muçulmanos devido a falta de princípios elementares e devido a que os versículos Côranicos dizerem para não tomar os incrédulos por amigos em vez dos crentes. Creio que isto leva ao extremo, levando-os a rechaçarem os seus deveres com o próximo. “Deus não os proíbe que sejam bons e justos com quem não havia combatido contra vós por causa da religião, nem os havia expulsado de vossos lares. Deus ama aos que são justos”. (Alcorão 60:8) Um cristão comum em meu país não pensaria duas vezes em dar caridade a um muçulmano, mas muitos muçulmanos não ofereceriam uma grande ajuda a um cristão nem que este fosse seu vizinho. Parece que crêem que não há recompensa da parte de Deus em ajudar um não muçulmano, ou que serão caridosos, somente há espaço suficiente em seus bolsos ou tempo para os muçulmanos. Creio, sem dúvida, que é um dever no Islã ajudar a qualquer ser vivo sem se importar com a sua crença, a menos que este esteja ajudando a cometer um ato contra os muçulmanos. Creio firmemente que aqueles muçulmanos que são abertos à interação idônea com os não muçulmanos e os tratam com amabilidade, estão ajudando a expandir sua fé. Mas, antes de apressar-se ao mundo não muçulmano, o muçulmano necessita estar seguro e ser forte em sua fé e em sua prática. Por outro lado, aqueles muçulmanos que se esquivam dos não muçulmanos e os tratam com desprezo, estão contribuindo para expandir um estereótipo negativo do Islã. Aquelas más olhadas dos muçulmanos que se encontravam no edifício da Engenharia (Universidade onde eu estudava) me fizeram pensar que seus corações estavam cheias de ódio e escuridão. E se nesse momento eu não havia encontrado o Islã e haveria associado essa forte negatividade ao mesmo Islã. “Aquele que se mantém junto a ti é uma benção”. O Islã é realmente uma religião social, e um muçulmano isolado é um muçulmano incompleto. Alguém que nasce em uma família muçulmana e em uma comunidade pode ser que não compreenda o efeito do isolamento. Um convertido solteiro vive em um lugar onde ninguém se levanta para orar pela manhã, ninguém presta-lhe atenção até alcançar a próxima oração, ninguém jejua, ninguém se interessa pelo comportamento Islâmico, ninguém evita comer carne de porco e ingerir bebidas alcoólicas. Estou segura que aqueles que são nascidos em uma família muçulmana podem decidir se haviam tratado de ser os únicos em sua família que oram no tempo cert e usam o Hijáb, etc. Inicialmente, são capazes de manter-se focados em um caminho reto, mas quando estão rodeados por pessoas que não fazem o mesmo, perdem força com o tempo, e lhes começa parecer agradável o que os outros fazem. É só quando se enfrentam com muçulmanos que estão melhor na fé que são capazes de ver onde começaram a resvalar e encontrar a fortaleza de inspiração para lutar mais. Para mim, este é um exemplo de por que o Alcorão disse: “Ó crentes, não tomais como aliados os judeus e os cristãos. São aliados uns dos outros. Quem de vós se alia a eles, será considerado um deles. Deus não guia o povo ímpio ”. (Alcorão 6:51) Assim como um muçulmano piedoso é uma inspiração e uma ajuda para um não muçulmano, ele ou ela também é uma inspiração e ajuda a outros muçulmanos. Meu conselho para um novo convertido ou um muçulmano que luta, mais que orar constantemente pedindo ajuda e ser paciente, seria buscar aos muçulmanos que te inspirem a conhecer o Islã até que os encontre, e então seja amigo deles, e não os deixe ir. Até este dia, não sei o que teria ocorrido à minha fé se Alláh não me houvera abençoado guiando algumas dessas pessoas a meu encontro. Quando estava em minhas depressões e não sabia onde pedir ajuda, a ajuda chegou. Por meio da Internet, encontrei uma grande quantidade de informações e uma nova fonte de companhia Islâmica. A informação me ajudou a melhorar minha fé e aumentar meu conhecimento. São as pessoas que estão por aí que fazem a diferença. Muitos de nós gostamos de ajudar a outras pessoas, mas nos assuntos de nossas vidas, ajudamos e imediatamente continuamos em nosso rumo. Gostamos de dar livros e logo esquecemos ou perdemos o contato com aquelas pessoas que receberam a informação; respondemos a uma pergunta e logo nos afastamos. Mas companhia de um amigo estável, constante, um amigo que não desapareça em um dia, ou em uma semana, ou em um mês, é o melhor apoio. Realmente, penso que esta companhia não só é a melhor ajuda senão é essencial. Aquele que está junto a ti serve de vínculo que não se esgota no âmbito do conhecimento; nos conselhos e é um bom exemplo. Ademais, ele ou ela servem de acesso para chegar à Comunidade Muçulmana; se convertem nos meios através dos quais o convertido ou o muçulmano que lidera esta luta estabelece uma rede de amigos e , finalmente, um lugar onde são bem vindos e ao qual querem pertencer. Para o convertido, estes indivíduos podem servir como sua família Islâmica adotiva, um ponto onde sua família natural não pode apoiá-los. Que fizeram estas pessoas que fizerem a diferença em mim? Respondiam minhas cartas. Eram pacientes. Saiam de seus esquemas para imaginar que era isso que eu necessitava e assim ajudar-me a consegui-lo. Se não sabiam uma resposta, o admitiam e procuravam em algum outro lugar. Abriram seus corações e seus lares e me fizeram sentir como um membro de suas famílias. Compartiram seus alimentos comigo, seus pensamentos e os sucessos de suas vidas. Ignoraram meus defeitos. Me animaram. Não me julgaram. Não duvidaram em gastar parte do seu tempo ou dinheiro comigo, e não me faziam sentir mal com isto. Foram confiáveis. Quando não podiam ajudar, me escutavam. Fizeram-me sentir como se eu não estivesse tirando alguma coisas deles , mas sim dando algo de volta. Ensinaram-me! Estes são os muçulmanos que inspiram. São as bendições do resto da humanidade, ainda que eles não saibam. Embora nenhum deles seja perfeito, seus esforços fazem um mundo de diferença. Muita gente pensa que não pode ajudar quando, na realidade, sim pode. Crêem que somente pode fazer muito pouco, e, por isso, não fazem nada. Alláh efetivamente havia dito que Ele está mais comprazido com aquele que têm dois dólares e dá um do que com aquele que tem mais, mas dá uma proporção menor com relação ao que tem . Um dólar ou um minuto podem fazer uma diferença em ti na Outra Vida. Somos tão negligentes com nossos deveres para com os outros! Há alimento suficiente neste mundo para que todos façam cinco refeições diárias, e mesmo assim, milhões de pessoas morrem de fome. Olhamos nossas comunidades e dizemos: “realmente ninguém está necessitado aqui”. Não é esta uma mentira horrenda? Em toda comunidade há pessoas que necessitam ser aconselhado, que necessitam de educação, companhia, orações, transporte, emprego, empréstimos livres de juros, ânimo, e outros presentes. Como há tantos jovens confuso e em perigo de perder-se ? Quantos anciões de nossa comunidade sentem-se por ali sozinhos? Quantos podem ser ajudados a obter o perdão e as necessidades mundanas através de tuas orações? Quantas pessoas necessitam do transporte do teu carro para ir a uma loja, ou a casa de um amigo, ou à mesquita? Quantos estão lutando para fazer o bem e necessitam de uma mão? Em quanto estão preocupados como enviar seus à Universidade e como pagar suas contas ou o conserto de seu carro? Os muçulmanos e os não muçulmanos devem estender seus vista e olhar as incontáveis oportunidades que há para se fazer o bem. Lembra que fazer o bem não custa nada e, pelo contrário, duplica o que já tens. Essa é uma promessa de Alláh. Na realidade, o investimento mais confiável de todos é a caridade, porque tem uma margem de ganho garantida por Deus de 100%: “Se fizer um empréstimo generoso a Deus, Ele o devolverá em dobro e os perdoará. Deus é Agradecido, Benfeitor...” (Alcorão 64:17) Nosso tempo e nosso dinheiro não nos pertencem realmente. São de Deus, assim como tudo que Lhe pertence. Portanto, devemos gastar para o bem mais que desperdiçar. Quando damos, devemos dar algo que nós gostaríamos de receber se estivermos na posição da outra pessoa. Não sabes que quando você dá algo que não queira mais, você está fazendo um favor a ti mesmo em livrar-se disso, mais do que ajudando a outra pessoa? O Islã ensina que quando você dá alguma coisa, nunca deve mencioná-lo; não deseje nada em troca e não o faça como se fosse difícil ou uma carga para você, mesmo que o seja, e fazer pedidos de recompensas que. Se você faz assim, faz com que aquele que recebe se sinta mal por necessitar e aceitar tua ajuda, e você perde a recompensa que havia ganho. Os muçulmanos que competem uns com os outros ao ajudar a outros é porque compreendem que isto não lhes custa nada mais, incrementa o que eles têm; crêem na Palavra de Deus. Algumas vezes esquecemos Deus e nos deixamos confundir por este mundo e por suas distrações. Acreditamos, por exemplo, que não devemos deixar crescer a barba ou usar o Hijab, porque não conseguiremos emprego e, assim, não ganharemos muito dinheiro. No entanto, se pensarmos na Palavra de Deus, compreenderíamos que não tem sentido porque o dinheiro vem Dele. Se você O obedece, será recompensado; não é de outra forma. Se for desobediente a Deus e te encontres com abundante riqueza, isto pode ser uma maldição, não uma benção. “Não te admires de tuas riquezas nem de teus filhos! Deus somente quer com isto castigar-lhes nesta vida terrena e que exalem seu último suspiro sendo infiéis (Alcorão 9:55) Uma vez que tudo que temos não é nosso, senão de Deus, não devemos nos desesperar se temos menos que os outros e devemos dar algo gratuitamente. Um carro luxuoso não nos fará bem na Próxima Vida; nem uma grande conta bancária ou horas diante da televisão. O que passa por nossas mãos é uma prova de Deus para ver se nos esquecemos que provém Dele. Deus sabe que nem sempre lembro que tudo é Dele. E eu sei que fracasso em meu dever com aqueles que me rodeiam. É por isso que escrever isto é uma recordação e uma ajuda para mim. Sinto-me obrigada a refletir sobre a entrega total e incansável daqueles que eu chamo de “muçulmanos que inspiram”. Se não digo seus nomes é porque temo esquecer de mencionar alguém, mas seus nomes sempre estão em minhas orações e seguramente Deus sabe quem são. Resumidamente, o caminho depois de nos converter nem sempre é suave e um convertido pode encontrar muitas dificuldades por parte de alguns muçulmanos e não muçulmanos igualmente, mas ele ou ela encontrarão muito apoio, e com o tempo eles se sentirão como parte de uma comunidade muçulmana e capazes de fazer uma contribuição à religião. Deus é o melhor colaborador. Como podes acreditar nisso? Minha contribuição com este livro é tanto Islâmica como não Islâmica. É provável que os não muçulmanos se cruzem com este livro devido ao desejo de conhecer mais sobre o Islã. De tudo o que escrevi até o momento, é possível que já tenham aprendido um pouco sobre a vida e o caminho de um convertido. Porém, provavelmente estão buscando mais do que isso. Há muitas coisas no Islã que são controversas com o Mundo Ocidental e algumas vezes dentro das próprias comunidades muçulmanas. Estas coisas afetam a forma como o Islã e os muçulmanos são percebidos pelos não muçulmanos e, com a penetração das idéias Ocidentais por todo o mundo, causam dúvidas que dão voltas nas mentes de alguns muçulmanos. Os convertidos têm que dirigir essas coisas no principio de sua nova vida, por que encontram situações que são complicadas e que necessitaram de explicação. Eu aceitei o Islã como a verdade de Deus. Assim, quando encontro algo no Islã que me parece opressivo, tenho um problema. Eu sei que Deus não é um opressor, então, ou tenho um entendimento errado sobre o assunto e, na realidade não é opressivo, ou é, mas na realidade não é parte do Islã. Agora é meu trabalho determinar qual das duas possibilidades é o caso, com uma mente aberta, reflexão e o estudo de numerosas fontes. Enfatizo a necessidade de inúmeras fontes bem como também encontrar as fontes originais. Se desejar conhecer no que crêem os muçulmanos, perguntem aos muçulmanos. Esta não é a obra de um erudito religioso e o que se segue não tem por objetivo ser usado como se fosse. Como diz o título deste livro, estas são apenas reflexões sobre estes temas, apresentados para que o leitor possa entender como uma muçulmana convertida chegou a entender alguns dos aspectos mais controversos do Islã. Não estão apresentados em uma ordem particular e pode sentir-se livre para objetar qualquer coisa que não seja do seu interesse. Se achas que não estás de acordo com o que escrevi sobre qualquer tópico, espero que não evite desfrutar e se beneficiar do restante do livro. O Matrimônio A Mulher no Matrimônio. Por ser mulher, como eu pensei ao me converter ao Islã, estava muito interessada no status da mulher no Islamismo. Especialmente depois de haver me convertido, meu ouvidos estavam repletos de escutar as pessoas dizerem que eu havia cometido um grande erro e havia me relegado a uma vida de opressão. Tinha em mente uma imagem do que supunha que era uma mulher muçulmana e tratei de ajustar-me a este papel. Eu pensava que a mulher muçulmana era submissa, calada, sem opinião e com todo o tempo para cozinhar e assear-se. Tratei de ser assim por um tempo, mas essa não era eu, e me sentia muito infeliz. Com o tempo, compreendi que ninguém me exigia este comportamento exceto eu mesma. Ao ter contato com outras mulheres muçulmanas, me dei conta que estava muito equivocada em tudo. Estava tratando de ser o estereótipo Ocidental de uma mulher muçulmana, mas este meu estereótipo estava errado. Os homens e as mulheres muçulmanas guardam um comportamento modesto em presença mútua de tal forma que geralmente nenhum deles fala alto e nem é alvoroçado em público. Mas, em particular, as muçulmanas se sentem muito à vontade. Têm suas opiniões e compartilham com seus esposos e famílias, que por sua vez escutam e respeitam. Um esposo muçulmano pede a opinião de sua esposa. Trabalham juntos para completar os afazeres do lar. É verdade que uma mulher muçulmana respeita a decisão de seu esposo, quando não podem estar de acordo, mas se ao fazê-lo não irá violar seus direitos ou sua religião. O Alcorão é muito claro que a relação matrimonial não deve ser de temor ou abuso, senão de harmonia e de amor. “E dentre seus sinais, está o de haver criado esposas nascidas entre vocês, para que sirvam de quietude, e de haver suscitado entre vocês o afeto e a bondade. Por certo, há nisso, sinais, para as pessoas que refletem.”. (Alcorão 30:21) Esta é uma visão do ideal Islâmico, e na realidade as famílias muçulmanas estão muito próximas disso que ao estereótipo do homem que bate em sua esposa e a mulher que não tem nada a dizer a respeito do que acontece em sua vida. Existem esposos abusivos e dominantes entre os muçulmanos assim como entre os cristãos, judeus ou em qualquer outro grupo. E, da mesma forma que entre os homens abusivos de outra fé, eles geralmente acreditam que estão religiosamente corretos. Sinto que neste século uma mulher muçulmana maltratada está em desvantagem se comparada a uma mulher cristã que vive no Ocidente. No passado qualquer mulher tinha pouco recurso prático contra o abuso. Nesse século as mulheres Ocidentais cada vez mais têm oportunidades de ajuda para escapar sem serem condenadas. Mas é provável que a mulher muçulmana viva em um mundo onde ainda existe o tabu nas pessoas para se verem implicados nos assuntos familiares de outros, e assim poder ajudar as mulheres que são maltratadas. A mulher muçulmana que é maltratada e foge, torna-se objeto de maledicências e juízos enquanto que geralmente o homem pode manter sua dignidade muito mais facilmente, inclusive para casar-se. Apesar deste problema, posso dizer por meio da comparação de cada casal muçulmano e não muçulmano que conheci, que os matrimônios muçulmanos tendem a serem mais felizes, mais eqüitativos e mais duradouros. Já que muitos matrimônios muçulmanos são acomodados sem que o casal se conheça muito antes do casamento, ambos entram no matrimônio com um espírito de compromisso. Não se enganarão dizendo que são o homem e a mulher mais perfeitos do mundo, senão que os muçulmanos acreditam que podem ser compatíveis e ter um matrimônio amoroso e bem sucedido com uma variedade de tipos de pessoas. Todos os casamentos necessitam de esforço. Para mim, uma das grandes falhas do matrimônio não muçulmano típico do Ocidente é que esperam que seja fácil. Quando surgem as dificuldades, o casal decide que não encontraram seu parceiro apropriado, e se separam; e muito dificilmente esta separação termina bem e eqüitativamente. A Busca de um Parceiro. Hoje em dia juventude Muçulmana no Ocidente está tentada pela imagem romântica da televisão. Se perguntam onde há lugar para o romance em um casamento arranjado. Por ter saído e tido namoro na vida não islâmica e posteriormente ter casado com um muçulmano, sinto que posso oferecer uma perspectiva. O namoro não é romântico, não é divertido, e não ajuda em nada a vida matrimonial posterior. Há tanta pressão ao namoro que acontece entre as pessoas muito jovens, e o que se obtém é sair machucado. Começa uma relação, os jovens fazem muitas coisas das quais lamentam, e num tempo muito curto se separam. Logo falam um sobre o outro, alimentando rumores, prejudicando assim a reputação de cada um. A maioria das vezes a relação é muito mais física a tal ponto que não há amizade entre os dois, ainda que somente pode-se ver isso através do forte desejo físico. Isto é verdade até naqueles que tratam de manter-se puros. À medida que as pessoas amadurecem, as relações duram um pouco mais, mas os problemas não se modificam muito. Finalmente, o “entretenimento” termina e o casal se casa. Sentem que eles mesmos se prepararam para saber que classe de pessoas é boa para eles durante os longos anos de namoro. Contudo, acham que o matrimônio, sua esposa e esposo não são mais a mesma pessoa de quando estavam noivos. O romance e amor verdadeiros que estas pessoas buscam não aparecem automaticamente como acontece na televisão. O verdadeiro romance aparece do compromisso entre as pessoas implicadas e da amizade e não dos momentos de faísca mágica. Passaram anos buscando o parceiro ideal quando na realidade qualquer parceiro com que contraíram matrimônio consciente, e tendo algumas qualidades básicas compatíveis, pode ser um parceiro ideal. O romance surge através da amizade, do compromisso, e aceitar a outra pessoa com suas falhas, e não surge de uma relação sexual prémarital. Na verdade, namorar diminui o romance porque faz com que o casal perca a sensibilidade, até perdem o especial que há numa relação de cônjuges. O esforço que se faz no namoro deve ser feito para o seu desenvolvimento como um esposo islâmico ideal. Com paciência encontrará outras pessoas em volta de ti fazendo o mesmo que você com a vontade de Deus, um deles pode chegar a ser o companheiro de toda a vida. Os namoros, ou visitas de uns aos outros sozinhos não é a solução. Contudo, é razoável que alguém queira conhecer a seu esposo ou esposa em potencial antes de casar-se. Geralmente, as características que buscam um pai no esposo ou esposa em potencial de seu filho ou filha não se ajustam às características que são mais importantes para seu filho ou filha. O filho conhece com segurança algo que ele ou ela desejam e do que necessita para ser respeitado. Igualmente, a sabedoria do pai devido às experiências da vida e de valores que se deve ter em conta. Especialmente no Ocidente onde a comunidades muçulmanas em geral são pequenas e estão distantes umas das outras, não é razoável esperar que a busca de uma esposa que possua certas características que você quer seja algo fácil. Esta é uma decisão que se faz para toda uma vida, então deve tomar-se com esforço. As comunidades muçulmanas têm um dever para com seus filhos que é abrir suas mentes e investir seu tempo e dinheiro em desenvolvimento de alguma maneira que permite encontrar esposas e esposos apropriados que não violem os princípios Islâmicos. Por outro lado, a juventude tem a responsabilidade de investir seu próprio tempo e esforço no processo e evitar qualquer atitude que implique a violação dos delineamentos Islâmicos. Depois de tudo, se você quer um matrimonio com êxito e feliz, deve persegui-lo de uma maneira que compraz a Deus. No posso deixar o tema do matrimônio sem tratar dos tópicos mais controversos: a poligamia e o matrimônio temporário. A poligamia como se utiliza refere-se especificamente à poligamia, isto é, o ato por meio do qual um homem tem mais de uma esposa; o matrimônio temporário é o ato de tomar uma esposa por um período determinado e um término finito mais que “até que a morte os separe”. A Poligamia. A lei Islâmica permite a um homem ter até quatro esposas ao mesmo tempo. Este é um conceito espantoso para muitas pessoas na atualidade. O mundo Ocidental se apega à idéia de que para cada homem há uma mulher ideal e para cada mulher há um homem ideal. E, se faz natural para alguém que foi criado no Ocidente visualizar uma relação polígama como uma relação desigual em a qual as mulheres são tratadas injustamente. Outras culturas têm pontos de vista muito diferentes que podem ser valiosos mencioná-los aqui. Em muitas culturas, em particular aquelas que têm origem na África o matrimônio polígamo é algo desejado fervorosamente. Ter mais de uma esposa para um determinado homem dá segurança às mulheres porque o homem, já tendo sido casado, mostrou sua capacidade para ser um bom esposo. É mais, as mulheres desfrutam da companhia entre elas e se ajudam no cuidado com as crianças assim como aplicar em seus deveres. Em muitas sociedades destruídas pelas guerras, as mulheres geralmente superam muitos homens em número e aquelas que desejam uma companhia e ajuda em sua vida tendem a relações polígamas porque é a única opção que resta é ficar sozinhas e talvez cair no pecado. A relação polígama preenche uma necessidade que não se poderia haver suprido de outra forma, se tomada com menos tabu, poderia preencher satisfatoriamente as necessidades de muitas pessoas que neste momento nem se quer o consideram possível. Na prática não é muito comum que um homem muçulmano possua mais de uma esposa. Isto porque quando se faz não é por prazer e sim por responsabilidade com a sociedade. O Sagrado Alcorão confirma isso no seguinte versículo. “Se temei, não ser eqüitativos com os órfãos, então desposai as mulheres que lhes aprazem: sejam duas, três, ou quatro. E se temeis não ser justos (com elas), desposai uma apenas, ou com vossas escravas. Assim evitareis praticar o mal”. (4:3) A poligamia é apresentada como um meio de servir ás necessidades dos órfãos neste versículo, não como meio de servir às necessidades dos homens luxuriosos. O Alcorão enfatiza a necessidade da justiça em qualquer matrimônio. Esta é uma carga mais pesada para um homem com mais de uma esposa, porque requer que ele supra todas as necessidades de cada uma das esposas e as trate de modo justo. Cada uma deve ter sua própria casa de acordo com os meios disponíveis e cada uma deve ter iguais posses (econômicas) ao mesmo tempo. Não é permitido que , no trato, um homem ignore e rejeite uma esposa e prefira outra . É bom ter em mente que uma mulher muçulmana tem o direito de escolher seu esposo e se ela preferir se casar com um homem que já é casada, então, ela age com a consciência e por vontade própria. Se o caso for ao contrário, a mulher é obrigada a casar-se, este casamento é inválido segundo a Lei Islâmica e ela não tem responsabilidade de continuar com este matrimônio. A que não tem muitas alternativas é a primeira esposa, porque é possível que não seja capaz de proibir o seu esposo de casar-se com outra mulher. Além disso, ela pode colocar em seu contrato matrimonial, que se ele tomar outra mulher como esposa terá (a primeira esposa) o direito de divorciar-se dele. Muitas mulheres se abstêm de colocar a cláusula no contrato matrimonial porque pode parecer que a mulher não confia em seu futuro esposo. Mas, se uma senhorita tem bom conhecimento de que pode chegar a ser infeliz em uma relação polígama deve assegurar-se que a cláusula apareça no contrato, não importa quão improvável que ela necessite isso. A injustiça num matrimônio pode ser opressiva, e não é fácil para um homem polígamo ser justo com suas esposas e por isso o Sagrado Alcorão recomenda que o homem que não pode ser justo, que não o faça. Pode surgir a seguinte pergunta: por que a mulher não pode ter mais de um esposo? À primeira vista pode parecer injusto que não se permita mas, à luz do que foi explicada anteriormente, casar-se com mais de uma esposa, não é por prazer, é para suprir necessidades sociais e assumir uma grande responsabilidade. Sendo assim,, essa pergunta perde valor. A paternidade se converte em um tema importante aqui, assim como a autoridade familiar. As sociedades mais ricas e sofisticadas têm agora a tecnologia para determinar cientificamente a paternidade, mas esta não está disponível para todos. Enquanto todos os matrimônios bem sucedidos no mundo tendem a levar consigo a cooperação e a deliberação entre o esposo e a esposa, é também natural quase em todas as partes que, o marido é a autoridade dentro da casa, quando existe mais de um marido, não há um líder do lar, de fato ou natural , surgindo a discórdia. A herança também se converte em um tema a ser tratado porque, virtualmente, a maioria das sociedades que a determina que a coerência baseia-se na paternidade. Alguém pode perguntar: que necessidades sociais se supririam se as mulheres tivessem vários esposos? Enquanto o caso oposto pode ser visto pelas necessidades sociais reais, é difícil propor uma necessidade real da poliandria (matrimônio de uma mulher com vários homens). O Matrimonio Temporário Meu último tema a respeito do matrimônio é talvez o mais controverso na sociedade muçulmana, e este é o matrimonio temporário. Entre os muçulmanos há alguns que consideram este tipo de matrimônio ilegal e outros acreditam que é legal e, inclusive, muito necessário. Há os que acreditam que o Profeta do Islã (A.S.) através da ordem Divina o permitiu por um período muito curto e logo o aboliu. Aqueles que acreditam que é licito, crêem que o Profeta do Islã (A.S.) nunca o desaprovou (proibiu) mas um dos Califas, depois da morte do Profeta Muhamad (A.S) , época em que não podia ser modificado, quem o declarou ilegal. E mais, aqueles que o consideram lícito referem-se a um versículo do sagrado Alcorão no qual acreditam que está mencionado (o matrimonio temporário). Dizem que algo que é lícito no Sagrado Alcorão e não foi declarado ilícito em nenhuma outra parte do Alcorão é permitido. O assunto desta discussão está mencionado no capítulo 4, versículo 24. A seguir tem-se a tradução e a interpretação do sagrado Alcorão por Puya/Ali , com existe notas explicativas. Este versículo diz o seguinte: “E aquelas com as quais buscam regozijo (ao desposá-las por um tempo determinado) conceda-lhes seu dote de acordo com o direito preceituado. E não há culpa no que fazeis por acordo mútuo depois do preceituado. Por certo, Alláh é Onisciente, Sábio.” A explicação é : “Fama-stamta`tum bihi minhumma”[a tradução desta frase da língua Árabe significa “aquelas com quem houveres procurado Mut`ah e alegrar- se” ]. Isto refere-se ao matrimônio temporário, conhecido como Mut`ah. Se é lícito de acordo com o Alcorão e de acordo com o Santo Profeta (A.S.) esta lei permanecerá sempre válida. Certo dia, sem nenhuma razão, e sem ter a autoridade para reformar uma lei validada e praticada pelo Profeta Muhamad (A.S.), o segundo Califa declarou desde o púlpito: “Duas Mut`as (o matrimônio temporário e a permissão da intimidade matrimonial entre a realização da peregrinação pequena (umrah) e a peregrinação (Al Haj) eram comuns durante a época do Santo Profeta mas, agora eu declaro ilícita desde já; e castigarei aqueles que a praticar”. (fontes desta narração: Tafssir Al Kabir, Durr Al-Mansûr, Al Kashaf, Al Mustadrak e outros.) Segundo Al Tirmizi, seu próprio filho (o filho do segundo Califa) Abdullah Ibn Omar, negou-se estar de acordo com o procedimento de seu pai, porque isto (o casamento temporário) havia sido permitido por Alláh e seu Profeta cujos pronunciamentos não poderão ser revogados por ninguém depois de dele (do Profeta Mohamad A.S.). Portanto, a escola de pensamento Xiita conserva como lícitas as duas Mut`as. O Imam Ali Ibn Abi Taleb revogou a invocação feita pelo segundo Califa e mais nunca voltou a ser proibida. Se observarmos alguma interpretação diferente percebemos que não há uma menção clara a respeito do matrimonio citado como temporário em sua natureza. “E aquelas de quem buscam alegria (ao desposá-las), dê-lhes o que é correspondente como dever. E não há pecado algum nos que vocês fazem por mútuo acordo depois de ter cumprido com seus deveres”. (Picktahll) Então, para aquele que não é conhecedor do Árabe Côranicos, é difícil determinar se “fama-stamata`tum bihi” se refere a um matrimônio temporário. É possível que seja mais fácil, então, adequar-se à segunda lei da escola Islâmica para escolher e seguir. É possível estudar os trabalhos daqueles que tem mais conhecimentos no Árabe Corânico e pode tratar e determinar o tema usando a informação sobre a qual quase todos os muçulmanos estão de acordo. Aquilo em que quase todos os muçulmanos acreditam e estão de acordo, tanto Sunitas como Xiitas, é que o matrimônio temporário foi feito lícito pelo Profeta do Islã (A.S.) e não foi ilícito senão depois que Alláh (swt) havia completado e aperfeiçoado o Islã e o Profeta (A.S.) já havia falecido. Também há grande unanimidade sobre que nada depois do Profeta Muhamad (A.S.) pode ser modificado tanto para lícito como para ilícito, ou permitir algo que está proibido ou proibir algo permitido, exceto sobre uma base temporária que surja de uma necessidade política urgente. Como um exemplo de mudança temporal que surge de uma necessidade política urgente, seria aceitável para um Sábio Islâmico proibir o uso de controle de natalidade temporariamente para contra-atacar o regulamento de um opressor que pretende evitar que os muçulmanos procriem. Normalmente, são permitidos muitos métodos de controle de natalidade para os muçulmanos mais, numa emergência, quando está em risco o futuro da sociedade muçulmana,o sábio pode determinar que não se deve praticar controle de natalidade até que a situação melhore. Portanto, parece que o decreto do segundo Califa não teve nenhum efeito sobre a permissividade do matrimônio temporário. Hoje, a conclusão que faço é que é algo permitido. Há uma minoria de Sunitas que se referem a diferentes tradições que indicam que o Profeta Mohamad (A.S.) mesmo proibiu a Mut`ah mas, essas traduções se contradizem umas com as outras e não se sustentam sobre a base de uma análise mais detalhada; e ficamos coma mesma conclusão, isto é, que o matrimônio temporal é permitido. Essa opinião cita o seguinte, tomado da Enciclopédia Shi`ah (disponível na rede): Sabra Al-Juhanni informa através de seu pai que enquanto estava com o mensageiro de Alláh (A.S.), Disse: “Ó homens, eu os permito contrair o matrimônio temporário com as mulheres, mas Alláh o proibiu desde agora até o Dia da Ressurreição. Assim sendo, aquele que tem uma mulher com esse tipo de matrimônio deve abandoná-la, e não tomar de volta o dote antes dado a elas. As fontes Sunitas: Sahih Muslim, versão na língua inglesa, v.2, cap.DXLI (intitulado o: Matrimônio Temporário), Tradição #3255 Sahih Muslim, versão Árabe, 1980, edição publicada na Arábia Saudita, v.2, p.1025, tradição #21, “Kitab Al-Nikah, bab nikah al-mut`ah”. Deve-se observar que de novo foi utilizada a palavra Istimtá´a na língua Árabe (procurar regozijo) nesta tradição por matrimonio temporário, a qual é exatamente foi usado no Sagrado Alcorão. Na outra tradição, depois da tradição anterior no livro de Sahih Muslim, o mesmo narrador da tradição anterior (Sabra) tinha narrado a mesma tradição adicional: eu vi o mensageiro de Alláh (A.S.) parado entre o pilar e a porta da Kaaba quando falava deste hadith (dito profético). As referências Suitas: Sahih Muslim, versão inglesa, v.2, capitulo DXLI (Titulado: Matrimônio Temporário), tradição #3256. Sahih Muslim, versão Árabe, 1980, edição publicada na Arábia Saudita, v.2, p. 1025, tradição #21, “Kitab Al-Nikah, bab nikah al-mut`ah”. Contudo, a tradição a seguir indica que o profeta Mohamad (A.S.) permitiu o Matrimônio Temporário depois da batalha de Hunain (depois do ano 10/8 da hégira) ; depois da conquista de Meca: Narrou Kais Ibn Salama sob autoridade de seu pai, que o mensageiro de Alláh (A.S) permitiu contrair matrimônio temporário por três noites do ano de “Autas” (isto foi depois da batalha de Hunain), e logo o proibiu. Nota: a frase dentro dos parênteses foi colocada pelo tradutor Saudita no fim da página; não é minha. As referências Sunitas Sahih Muslim, versão inglesa, v.2, capitulo DXLI (intitutulado: Matrimônio Temporário), tradição #3251. Sahih Muslim, versão Árabe, 1980, edição publicada na Arábia Saudita, v.2, p. 1023, tradição #8, “Kitab Al-Nikah, bab nikah al-mut`ah”. Agora observamos quais são os problemas. Se o Profeta (A.S.) proibiu o Matrimônio Temporário eternamente no dia Khabair (mês 1 /ano7 depois da Hégira), então , porque foi praticado inclusive depois da batalha de Hunain (logo no mês 10/ano8 da Hégira) com a ordem direta do mesmo Profeta (A.S).? (ver a referência anterior), em outras palavras: Como é possível que seja proibido “eternamente” e em dois pontos diferentes no tempo, ou seja, no dia de Khaibar (mês 1s/ano7 da Hégira) e na conquista da Meca (mês 9/ano8 depois da Hégira) “eternamente”, e as pessoas o praticavam entre estas duas datas e depois destas duas ocasiões com a ordem do mesmo Profeta? Na tradição mencionada sobre a batalha de Hunain, diz-se que o mesmo mensageiro de Alláh (A.S.) permitiu a Mut`ah depois da batalha de Hunain. Então, não podemos dizer que as pessoas que o praticaram anteriormente não sabiam que havia sido proibida para sempre. As tradições confirmam que a Mut`ah foi realizada com a ordem direta do mesmo Profeta, como, então, podemos justificar estas supostas tradições onde o mesmo Profeta a proibiu para sempre antes disso? Dos sábios Sunitas: Al-Kurtubi (em seu livro - interpretação do Alcorão) e Al Nawawi (em seu livro de comentários - Sahih Muslin) narram as diferentes tradições com relação à proibição da Mut`ah e indicam sete datas diferentes!!!... (eles dizem que o profeta proibiu esta ação em várias ocasiões). Que aconteceria de mal em tomar a opinião do Imam Ali (A.S.), o qual foi considerado o mais sábio entre todos os companheiros do Profeta (A.S.)? Ele disse: “A Mut´ah é uma misericórdia de Alláh para seus servos. Se não houvera sido proibida por Omar (o segundo Califa) ninguém tinha cometido o pecado da fornicação exceto os mais perversos...” (Shaqui) Mas por que alguém gostaria de praticar o Matrimônio Temporário? Que propósito tem? O Matrimônio Temporário não tem como finalidade ser uma alternativa do Matrimonio permanente, mas é considerado como uma opção para aqueles que têm necessidades e não podem contrair um Matrimônio Permanente, o Imam Ali (A.S) (o quarto Califa da história política do Islã), segundo os Sunitas, e o primeiro Imam (designado por Deus para suceder a liderança depois do Profeta Mohamad (A.S.) e preservar a religião Islâmica segundo os Xiitas, diz a respeito disso que, “O Matrimônio Temporário é permitido para aquele que Alláh não tenha dado os meios para realizar um Matrimônio Permanente, para que assim permaneça casto praticando a Mut´ah (O Matrimonio Temporário)” (Fontes: Livro Wasá`il Al-Shia, vol.14, pp. 449 - 450). Na sociedade moderna o Matrimônio Temporário pode suprir as necessidades de alguém que não pode encontrar uma esposa permanente. Além disso pode satisfazer a necessidade de alguém que é carente dos meios econômicos para uma cerimônia de casamento e para manter a sua esposa financeiramente (o requisito de manter a esposa segundo seus meios, e ao que está acostumada não tem que aplicar-se necessariamente dentro das condições do Matrimônio Temporário), as viúvas que têm poucas probabilidades de ter outro esposo permanente podem ter mais facilmente um esposo temporário para satisfazer a necessidade de um companheiro. Da mesma forma, os jovens que não podem arcar com sua responsabilidade num patrimônio permanente tem porém, o risco de cometer um pecado, podem licitamente realizar o Matrimônio Temporário (Mut´ah). Neste último caso, não se dá a liberdade absoluta aos jovens para não misturar-se libertinamente com o sexo oposto e ter relações sexuais. Uma condição para suavizar um possível abuso é que uma mulher virgem deve ter a permissão de seu pai para realizar qualquer relação matrimonial, incluindo a Mut´ah, a menos que seu pai seja pouco justo a respeito. A Mut´ah é considerada a forma de evitar o pecado quando não é possível realizar o matrimônio permanente. Alguns muçulmanos, hoje em dia cometem pecados antes de seu matrimônio permanente com a pessoa que estão comprometidos. O Islã é muito claro quando diz que é pecado o contato entre homem e mulher, ver seus corpos quando deveriam estar cobertos, visitar-se sem acompanhante, a menos que tenha uma relação familiar (parentesco) ou estão casados. O compromisso não é um matrimônio mas, os casais se vêem envolvidos em um tipo de comportamento que unicamente deveria dar-se no casamento. As alternativas lógicas e naturais para evitar o pecado e simplesmente um matrimônio temporário antes do matrimônio permanente, para que a parceira possa estar segura que são compatíveis um com o outro. Geralmente se diz que a Mut´ah é um matrimônio de prazer e o comparam com a prostituição; que o homem paga um dote para uma mulher, se desfrutam mutuamente e logo se separam, mas na realidade a Mut´ah se dá com muita freqüência com a condição contratual de que não haja nenhum tipo de gratificação sexual. A Mut´ah, diferente do matrimônio permanente, pode ter condições estabelecidas, incluindo a mais comum, que é não ter relação sexual. Portanto, seu propósito é ter uma companhia e conhecer a outra pessoa, e não exclusivamente ter prazer sexual. A Mut´ah é muito diferente da prostituição já que a Mut´ah é considerada como uma união perante Deus Altíssimo e qualquer filho que resulte dela será considerado um filho legítimo e um matrimônio sob todos os sentidos da palavra. Tal como o matrimônio permanente, a mulher tem um período de espera depois de ter se separado ou enviuvado para poder ter um outro esposo novamente. O período da espera tem vários propósitos. Além ter a segurança com respeito à paternidade, é evitar entrar em outra relação tão rápido e dar um tempo ao cônjuge para reconciliação. Desta forma, é claramente diferente de uma prostituição. Na Mut´ah dá o pagamento do dote, mas não é um pagamento como um valor pago numa prostituição porque este pagamento (O Dote da Mut´ah) não é em retribuição para o sexo mas, seu propósito é igual ao Dote do matrimônio permanente. É algo muito diferente de uma prostituição porque supõe-se que um homem não deve casar-se com uma mulher que não tenha valores morais, e segundo Aiatul-lah Sistani, é proibido casar-se com uma não muçulmana na forma de matrimônio temporário se o homem já é casado com uma mulher muçulmana. No livro de Seyyed Mohamad Radawi, “O Matrimônio Imoral no Islã” dá-se muita ênfase aos aspectos temporários e na necessidade na Mut´ah. “Não posso dar muita ênfases a natureza temporária da Mut´ah. A mensagem do Islã é bastante clara; casa-te de maneira permanente: se não é possível, então adote uma abstinência temporal; se isto não é possível então somente neste caso utiliza-se a Mut´ah”. A natureza temporária da Mut´ah pode ser vista através do seguinte dito dos Imames: Uma vez (um companheiro do sétimo Imam Al-Kazem) Ali Ibn Yaktin, um Xiita proeminente que tinha um cargo elevado no governo Abbassida, chegou onde estava o Imam Al-Rida para perguntá-lo sobre a Mut´ah, o Santo Imam diz-lhe: “Que tem você a ver com a Mut´ah, desde que Allah te fez livre desta necessidade?” (Fonte: Kitab Wussa-el Ashia, vol.14, p.449). Também disse “Está permitida (Mut´ah) absolutamente para aqueles que Allah não deu os meios (condições) para o matrimônio permanente, para que permaneçam castos realizando a Mut´ah”. (Fonte: Kitab Wussa-el Ashia, vol.14, p.449 - 450). É considerado um grande erro fecharmos nossos olhos para a fornicação e o adultério e não aceitar o Matrimônio Temporário. As pessoas sofrem devido aos estigmas que as outras mantêm. Igualmente a um matrimônio permanente monógamo, os matrimônios polígamos e temporários podem estar cheio de abusos e final ruim. É o abuso que deve ser estigmatizado, e não os matrimônios. Somente se pode abolir um estigma por meio da consciência e do esforço deliberado dentro de si mesmo. O Sexo Justamente, outro dia, vi uma campanha em um programa de televisão chamado “A Batalha dos Sexos”. Chamou minha atenção porque estava cheio de imagens do Mundo Islâmico. Imagens de mulheres usando lenços negros que só permitiam mostrar seus olhos, junto a imagens de mulheres que colocavam cintos de castidade e , também , havia imagens de homens árabes disparando com armas de fogo. As palavras que acompanhavam estas imagens levavam o telespectador a imaginar grandes pistolas como símbolos de poder varonil. Depois de alguns anos como muçulmana, me sentia incomodada com estas imagens porque descreviam negativamente a relação entre os homens e as mulheres muçulmanas, e incorretas em minha opinião. Depois vi o show para ver exatamente o que tinha a dizer sobre o Islamismo e sobre o sexo. 90% do programa foi sobre o Ocidente Moderno ou a Europa Medieval e só uma pequena parte sobre o Mundo Islâmico, ainda que alguns anúncios certamente levavam o espectador esperar outra coisa. Por que era tão falsa a promoção? Uma possível resposta é que essas imagens estereotipadas do Islã atraem os telespectadores e servem para disparar a audiência. As pessoas recordam daquelas imagens e as associações feitas com elas tendem a levar acreditar nas mesmas. Muita gente que vê estas imagens tende a acreditar que sabem mais sobre o mundo muçulmano do que realmente sabem. Por exemplo, se o tema diz respeito à Arábia Saudita, pode encontrar alguém que dirá, “Óh, eu sei tudo sobre este lugar e como eles odeiam os americanos! Sabia que as mulheres têm que andar sempre atrás dos homens?”. E quando você diz pra eles que não é verdade, não querem acreditar em você porque você não é uma autoridade como são os meios de comunicação. “Não, eu tenho razão e vi na Nigthline e na CNN”; “E eu li no New York Times”. (Como sendo uma fonte segura e confiável de conhecimento ). Não é uma surpresa que , às vezes, poucos americanos pensam em ler uma tradução do Alcorão pois, lhes parece uma má religião. Sem dúvida, mais homens e mulheres Americanas escolhem o Islã. Estas pessoas vão chegando a conclusões de que a visão estereotipada do tema do sexo no Islã é incorreta. O Recata na Vestimenta Islâmico Quando descreves a um muçulmano, é provável que descrevas a um Árabe. Vês um homem de barba longa com uma túnica branca e uma mulher coberta de negro dos pés a cabeça que só dá para ver os olhos, se é que são visíveis. Essa vestimenta geralmente assusta os convertidos. É isso que quer o Islã? E se é assim? Por que o exige? Para a pessoa que investiga sobre o Islã, a resposta inicialmente não é tão fácil de encontrar. Quando um convertido lê uma tradução do Sagrado Alcorão ele ou ela encontram dificuldades para entender os versículos relativos à vestimenta. Ademais, os convertidos encontrarem hadices (ditos proféticos) e defensores destes ditos proféticos que dizem uma grande quantidade de coisas sobre o tema. Pessoalmente acredito que um dito confiável é um em que o Profeta (A.S.) assinala que as mulheres deve cobrir todo o corpo, exceto as mãos e o rosto. E creio que os versículos Côranicos que mais expressão esta situação são mencionados no cap. 24 no vers. 30 e 31 que diz: “... Diz aos crentes (Ó Muhamad), que dirijam seu olha com recato e que sejam castos, isto lhes é mais digno. Por certo, Alláh é conhecedor do que fazem.” *30 “... E dize às crentes que dirijam seu olhar com recato e que sejam castas e não mostrem mais adornos do que está à vista, que estendam seus véus sobre seu decote e não mostre seus ornamentos senão a seus maridos, a seus pais, a seus sogros, a seus filhos, a seus enteados , a seus irmãos, a seus sobrinhos de sangue, a suas amigas, a suas escravas, a seus criados homens que não têm desejos carnais, aos meninos que ainda não têm conhecimento sobre as partes intinas feminina. E que elas não batam com os pés no chão para que não se descubra seus ornamentos ocultos. Voltai todos arrependidos a Alláh, ó crentes, talvez assim prospereis *31. É importante que os homens sejam os primeiro a quem se diga baixem seu olhares e que sejam castos. Os homens têm uma grande responsabilidade em manter o apropriado respeito e tratamento com as mulheres e prevenir a perversidade. As mulheres devem desempenhar um papel semelhante, mas também se diz a elas que mostram apenas certas partes de seus corpos. A rigor, os homens muçulmanos também devem cobrir algumas partes de seus corpos, mas não se menciona nestes versículos. Não é totalmente claro para o leitor que partes dos adornos de uma mulher são “os que estão a vista”, mas pode-se , por argumento lógico, entender que são as partes que têm uma justificativa para serem cobertas. É lógico que deve ter suas mãos descobertas porque sempre elas estão sendo utilizando elas para segurar e transportar coisas. É possível discutir sobre a mesma dúvida com respeito ao rosto porque elas o utilizam para falar, para comer e ver. Mas, para qualquer outra parte do corpo não há muita razão para que esteja descoberta. Vejamos o sentido de “os que estão à vista”. Diz-se às mulheres que coloquem seus véus sobre seus peitos. Então, o leitor pergunta: O que é o véu? É algo que começa por cima da área do peito porque, de outra forma, teria que utilizar a palavra “estenda”. A palavra “estenda” indica algo que começa, no mínimo, nos ombros ou mais acima e deve cobrir o peito de tal forma que o peito não fique à mostra. Se este versículo exige que apenas o peito deva ser coberto, é desnecessário mencionar uma roupa especifica para cobrir o peito, porque as roupas comuns e corriqueiras poderiam ser mais educadas. Tendo em vista que se menciona uma roupa especifica, nos leva a crer que esta roupa cubra mais que o peito apenas. Assim, podemos concluir que a palavra traduzida como “véu” se referese ao que tradicionalmente para nós significa algo que cobre a cabeça. Desta forma, a frase deste versículo exorta as mulheres a cobrir suas cabeças e assegurar-se que seu colo e também o peito estejam cobertos. Isto tem mais sentido quando consideramos a palavra “adorno”. O adorno de uma mulher indicaria seu peito, mas é mais provável que se refere ao seu cabelo. Sem dúvida, o cabelo de uma mulher é um de seus maiores atrativos. As mulheres se orgulham e se esforçam para tratar o cabelo e torná-lo atrativo. Isto, junto com o fato, de que não existe uma razão lógica de por que necessita ter seu cabelo descoberto, serve como grande sinal de que é uma parte dos adornos que devem estar cobertos segundo este versículo. O que podemos dizer do rosto? Há muitas tradições que indicam que o rosto deve estar coberto mas, também há muitas que dizem o contrário. Muitos dos sábios modernos não acreditam que é necessário cobrir o rosto, mas também muitos dizem que não é má idéia se a mulher se encontra num lugar onde é costume cobrir o rosto e se não o faz pode causar-lhe muita dificuldade. A pergunta é: “Por que cobrir tanto de todas maneiras?”. A Bíblia faz uma referência às mulheres que cobrem seus cabelos no templo ou em publica e indicada claramente que o véu é um sinal de status para a mulher. De acordo com a Bíblia, as mulheres se cobrem como sinal de superioridade do homem. Mas, no Islã isto não é o caso, em absoluto. A mulher se cobre simplesmente para ajudar a assegurar que receba o tratamento respeitoso que merece e não tem nada a ver com superioridade ou inferioridade. O Islã considera igualmente os homens e as mulheres diante de Deus, mas reconhece que ter direitos iguais não significa que são iguais. Os homens e as mulheres são diferentes e ignorar essas diferenças é oprimir as mulheres. Ainda que geralmente não se pensa desta maneira, o mundo moderno oprime as mulheres fazendo-as competir no mundo do trabalho, fazendo com que atuem como homens e recusam diferença. Ou, reconhecendo as diferenças, mas usando-as para tratar as mulheres como objetos e troféus nos locais de trabalho em vez de retribuí-las igualmente e de ser funcionárias capazes. As mulheres com o recatado vestido Islâmico (roupa folgada que cubra tudo exceto as mãos e o rosto em qualquer estilo cultural), são reconhecidas à primeira vista como mulheres piedosas nos negócios. Quando decidi usar o vestido Islâmico me surpreendi muito com o que experimentei. Encontrei as pessoas me abrindo as portas mais do que antes oferecendo-me ajuda para transportar os pacotes, e evitavam usar palavras obscenas perto de mim. Compreendi que os homens me falavam de uma maneira diferente. Nunca cheguei a entender que inclusive os “bons meninos” olhavam meu corpo quando falavam comigo. Depois que coloquei o Hijáb não o faziam mais. Falavam comigo como seu eu fosse mais inteligente, mais importante, me senti melhor comigo mesma. Eu estava muito preocupada como seria a reação das pessoas e me dei conta que em vez de ser tratada pior, estava sendo tratada melhor do que antes. Até este ponto, não entendia completamente as razões do hijáb, mas ao ver os resultados positivos imediatos, imediatamente me convenço totalmente de que verdadeiramente era algo bom e não opressivo, em absoluto. Eu sabia que estava mais segura com o hijáb. Se caminhasse pela pior Rua de Nova York com uma amiga que usava camiseta e jeans, minha amiga era provocada e assediada. Mas para mim diziam “Irmã”, e os homens baixavam seus olhares em vez de me encarar diretamente, e se desviavam do meu caminho. Muitas mulheres são incomodam por vestir-se um pouco diferente de outras não muçulmanas, mas não deveriam fazê-lo. As reações negativas que esperam são muito exageradas e, de fato, encontrarão um respeito elevado de seus semelhantes quando praticam o que crêem. Uma mulher pode achar injusto ter que cobrir-se sendo os homens é que não podem controlar-se, mas é pura analogia dizer que é injusto que ela tenha que fechar a porta de sua casa e de seu carro porque os ladrões não podem controlar seus impulsos. O Hijâb, na prática, não é uma carga segundo minha experiência, senão um elemento que remove as cargas. Todos os Sábios muçulmanos são unânimes que esses versículos referem-se a uma maneira de cobrir que inclui o cabelo. Os Hadices são mais explícitos e detalham mais, mencionando que uma mulher deve cobrir tudo, exceto as mãos e o rosto. E se observarmos os Hadices ( Tradições Proféticas) que se referem à senhora Fátimah (A.S.), filha do Profeta Muhamad (A.S.), veremos que ela também cobria tudo exceto o rosto e as mãos; pode ser , também, que ela em alguma ocasião havia coberto seu rosto, mas não o fez sempre. Realmente ela é nosso maior exemplo de como viver, vestir e atuar como mulher neste mundo. Outros Versículos do Alcorão sobre a vestimenta islâmica de uma mulher são: 24:60 e 33:59, vejamos: “as mulheres que haviam alcançado a idade crítica e não querem mais casar-se (no tempo da menopausa), não fazem mal se tirarem sua roupa externa desde que não exibam seus adornos. Porém é melhor para elas se se abstêm, Deus é Oniouvinte , Sapientíssimo”. “Ó Profeta! Dize a tuas esposas e a tuas filhas e às mulheres crentes que se cubram em suas vestimentas. Isso é o mais digno e adequado para que sejam reconhecidas e não sejam molestadas. E Alláh é Indulgente, Misericordioso.”. Dessa maneira, se aconselha às mulheres muçulmanas crentes a usarem a coberta externa além do que usam em suas casas e quando saem dela, e este é o Hijâb. A inter-relação dos Sexos. Um tema próximo ao tema da vestimenta Islâmica é o tema da interrelação casual dos sexos. Segundo o Islã, os homens e as mulheres não devem interagir socialmente a sós. Este conceito parece ser muito restringível e extremo para muitos do Ocidente. Quando cresci, todos meus maiores amigos eram meninos e nunca tive muitas amigas. E agora, supõe-se que não devo ter amigos homens? Isto não é totalmente verdadeiro. Mas a interação com os homens deve ser metódica. Temos visto as conseqüências do comportamento que não é metódico com amigos do sexo oposto. A atração em certo nível é um resultado comum, e isto acarreta problemas nos matrimônios. Talvez nem sempre provoques ciúmes em tua esposa e nem terminará num conflito, mas sempre afeta a forma como você vê tua esposa ou futuro companheiro. Encontra coisas em teus amigos que te agradam mais que a forma de ser de tua esposa. Imagine-se com alguém diferente de a teu esposo, é algo prejudicial ainda que não o leves a sério. “Deixar de estar apaixonada por seu esposo” é algo que não tem sentido. Isto somente acontece se permitir que aconteça. Portanto, se estuda ou trabalha com pessoas do sexo oposto, pode cumprimentá-los e participar das discussões relacionadas ao trabalho que sejam apropriadas ou em conversas curtas, mas deve evitar conversas sobre sua vida pessoal mais em detalhes. O tema de inter-relacionamento na mesquita é um tema que regularmente vem à luz nas comunidades muçulmanas. Alguns homens e mulheres querem sentar-se juntos no lugar de sentar-se em salões separados ou uns diante dos outros. Na minha opinião, se quiserem todos estar no mesmo salão, as mulheres de um lado e os homens do outro, está bem. Entretanto, alguém deveria esta na entrada providenciando a vestimenta Islâmica para todos estarem apropriadamente vestidos. A mesquita é um lugar de adoração e não um lugar para admirar o sexo oposto distraidamente. É impossível dizer veridicamente que pode-se ter homens e mulheres juntos em um lugar, sem se importar se usam ou não a vestimenta apropriada, e não ter ao menos alguns pensamentos sobre o sexo oposto. Consequentemente permitam-lhes sentar-se um ao lado do outro se for necessário, mas somente se todos estiverem com a vestimenta Islâmica apropriada para entrar no salão. Então, quando saem da mesquita, se tiram a vestimenta e escolhem inter-relacionar ou interagir, será de sua própria responsabilidade. Não vejo que existe opressão alguma ou injustiça em separar os sexos na mesquita. mas, tenho um problema com as muitas mesquitas que proporcionam instalações precárias para as mulheres como se pouco se importassem com elas. Geralmente isto se dá quando as instalações são transformadas a partir de uma estrutura anterior, como uma igreja ou uma casa. As mulheres devem ser capazes de escutar sucessivamente o que está acontecendo e também é preferível que possam observar. Tenho visto algumas comunidades que instalam sistemas áudios-visuais para que as orações e os sermões possam ser ouvidos por todos os participantes; e usam circuitos fechado de televisões para que as mulheres possam ver também os oradores. Nas seções de perguntas e respostas as mulheres que estão vestidas corretamente e tem perguntas, podem entrar pela parte de traz onde estão os homens para que elas possam chamar o Guia; ou deveria criar outro sistema mais eficiente. Muitas mesquitas têm instalações horríveis para as mulheres ou nem sequer as tem e, então, perguntam por que algumas de suas mulheres não têm conhecimento e por que não estão interessadas em procurar os ensinamentos religiosos e por que estão se desviando. As comunidades como a que mencionei anteriormente na qual as mulheres não podem ver e ouvir e muitas não podem entender o idioma utilizado, são aquelas que têm de enfrentar que suas próximas gerações vão rechaçar a pratica do Islã e vão se distanciar. As maiorias das comunidades lutam para ter ao menos o mínimo, como por exemplo, ter uma mesquita com boas instalações para as mulheres, mas sustento que não deveriam construir uma mesquita que não seja útil e adequada para as mulheres. Assim mesmo as comunidades muçulmanas devem proporcionar instalações tanto para homens como para mulheres para que participem em todas as atividades religiosas na mesquita. Tal como, os esportes. As comunidades poderiam ampliar as ligas desportivas de um mesmo sexo junto com treinamento para muitos que não tiveram a oportunidade de aprender um esporte antes. Há uma grande necessidade de que as crianças e as mulheres muçulmanas sejam partes ativa dessa comunidade e que tenham total acesso à aprendizagem e à recreação. É essencial o bem estar para a sobrevivência do Islã no Ocidente. O trato diferente da Mulher diante a Lei. Os últimos temas que desejo discutir com respeito à mulher no Islamismo são os casos em que as mulheres são tratadas de uma maneira diferente na Lei Islâmica. Muitos destes casos parecem injustos à primeira vista, mas em sua maioria, realmente não o são. Provavelmente todos escutamos histórias de mulheres que são castigadas por crimes de uma maneira muito diferente a dos homens e que herdam menos que eles, e coisas deste estilo. Estes são casos em que tanto os homens como as mulheres não são tratadas justamente como deveriam ser, segundo o Islã inclusive nos países que têm uma população muçulmana predominante e cujas leis se supõem estão baseadas nas leis Islâmicas. Afortunadamente, a maioria das mulheres muçulmanas não tem que enfrentar tais opressões e experimentam uma sociedade Islâmica mais próximo ao ideal. Todas as sociedades muçulmanas crêem no Sagrado Alcorão, e portanto, crêem nos versículos que falam sobre que a mulher deve herdar menos que o homem, que não tem o mesmo valor como um testemunho de um homem, que são castigadas por seus maridos. O leitor Ocidental encontra estes versículos e os escuta; instantaneamente pensam na opressão. Mas, novamente aqueles homens e mulheres que escolhem o Islã como religião se dão conta que é muito diferente. No caso da herança, na verdade é um tema muito complexo e há casos nos quais as mulheres herdam mais que o homem. Como regra geral, os homens herdam mais, mas somente porque sua carga e responsabilidade financeira são muito maiores que as das mulheres. Não dar-lhe mais homens no caso da herança, seria uma injustiça para com eles, porque seus deveres econômicos e suas obrigações financeiras são muito mais severos. Os homens muçulmanos estão na obrigação de prover financeiramente as suas esposas, seus filhos, pais anciões e assim sucessivamente. Isto é independentemente se sua esposa trabalha ou não. Além disso, o homem deve oferecer o dote do matrimônio à sua esposa. Por outro lado, qualquer que seja a quantidade de dinheiro que tenha a esposa, ela pode gastá-lo no que ela quiser. Pode gastá- lo todo com ela mesma se o desejar, e não tem nenhuma obrigação de gastar o dinheiro com ninguém mais se assim o desejar. Em comparação com as leis do Judaico-Cristã da herança e da propriedade das mulheres o Islã é extremamente generoso. Com respeito ao tema das testemunhas, também é um tema mais complexo do que parece. Em alguns casos que necessitam de testemunhas, exige-se um homem ou duas mulheres. Mas em outros casos, o testemunho de uma só mulher será suficiente. Uma vez que o homem está na obrigação de trabalhar e a mulher não, nos casos relativos a negócios é mais provável que necessitem duas mulheres como testemunhas. Isto pode ser assim para que seja uma proteção às mulheres porque os assuntos relativos a dinheiro existe a tentação de pressionar as testemunhas. Tendo duas testemunhas do sexo feminino ajuda a proteger a mulher de ser subornada. Os homens também podem ser pressionados, mas indubitavelmente na maioria dos casos é mais fácil para um homem amenizar e intimidar uma mulher do que a um homem. Por outra parte, muitas vezes somente se aceita o testemunho de uma mulher, como pode ser o caso quando se dá o testemunho sobre a anatomia feminina. O Islã é uma religião desenhada para servir a todas as pessoas em todas as épocas. Portanto, muitas de suas leis foram feitas tendo em conta que o melhor deve para a maioria das pessoas. Então, não nega que é possível que alguma mulher ganhe mais dinheiro que seus esposos, ou que alguns homens são subornados mais facilmente que as mulheres. Um terceiro caso que se apresenta no Alcorão e que parece uma opressão á mulher está no capitulo 4:34 do Sagrado Alcorão: “Os homens têm autoridade sobre as mulheres pela preferência em virtude da preferência que Deus deu a uns mais que a outros e (em virtude) dos bens que gastam. As mulheres virtuosas são devotas e cuidam, na ausência de seus maridos, o que Deus ordena que cuidem” Realmente este versículo diz muito sobre o entendimento na família Islâmica. Os homens têm o dever de proteger e manter suas esposas. Este dever recai sobre eles porque geralmente são mais fortes e melhor dotados para tais trabalhos. Além disso, não tem que passar por coisas como menstruação, gravidez, lactância, o cuidado com o recém nascido. As mulheres não têm a obrigação de cozinhar, assear ou exclusivamente para lidar com os filhos. Não se exige nada dela, exceto duas coisas: e estas são simplesmente obedecer a seu esposo em tudo que seja razoável e não vá contra os mandamentos do Islã , e proteger a propriedade do esposo e sua própria castidade quando seu esposo não está presente. Na realidade isso não é pedir muito e é provável que as mulheres estejam com a melhor parte do trato. Ao contrário da crença popular que existe entre os não muçulmanos, um homem muçulmano não pode divorciar de sua esposa simplesmente dizendo três vezes consecutivas que se divorcia dela. Ele o diz uma só vez e depois a parceira deve passar por um período considerável no qual podem separa-se ou tratam de reconciliar-se. Durante este tempo o homem tem a obrigação de mantê-la em tudo normalmente. Na realidade, há algumas circunstâncias em que não se permite ao homem pronunciar o divórcio em absoluto; um destes casos é durante o período de menstruação. A mulher também tem o direito de divorciasse. Se ela receber qualquer tipo de maltrato da parte do esposo, ela deve dirigir-se a um representante legal (judicial ou religioso). Desta forma, a mulher que busca o divórcio é quase exatamente igual a muitas estados dos E.U.A. A pessoa que deseja divorciar-se deve registrar o caso dando uma razão pela qual quer o divórcio, e depois, o caso é examinado pela lei para determinar se há fundamentos suficientes para um divórcio. Para os homens é mais fácil começar o processo de divórcio no Islã. E se ele o inicia, é possível que haja uma falha no divórcio depois que fracassaram os esforços para reconciliarse. Se se dá um divórcio, ele não pode estabelecer nenhuma demanda sobre os bens da esposa, inclusive os bens que havia dado, não importando quão valiosos sejam. Na prática, algumas vezes é muito difícil para a mulher obter um divórcio e é demasiado fácil para o homem. É difícil para algumas mulheres terem acesso a uma verdadeira representação Islâmica legal. Quando fracassa o sistema de divórcio Islâmico, atribui-se a culpa à religião. Realmente o sistema de divorcio fora manuseado da forma que diz o Islã, nunca fracassaria. há hadices confiáveis que dizem que o Profeta (A.S.) concedeu vários divórcios por razões tão simples como, por exemplo, o que a esposa não achava atrativo em seu esposo. Tendo em conta isto, não há dúvida que se deve conceder o divórcio em casos de abuso. Finalmente, mencionarei brevemente o tema da circuncisão masculina. A circuncisão para os homens muçulmanos é um ato de limpeza e pelas mesmas razões que se realiza entre cristãos e judeus. Não existe nenhuma referência do Profeta (A.S.) recomendando a circuncisão nas mulheres ou que tenha sido praticado em sua família. Em qualquer caso, fica claro que remover os órgãos sexuais, costurar as mulheres para garantir sua virgindade, e realizar procedimentos do estilo, não tem nada a ver com o Islã e são consideradas como práticas sociais diabólicos, como por exemplo, em algumas tribos na África. Lamentavelmente, não é difícil dar-se conta que há muito que melhorar na pratica do Islã por todo o mundo. Isto inclui o tratamento das mulheres. Sem dúvida, dizer que o Islã oprime a mulher é uma falácia absoluta. E é igualmente errôneo dizer que a maioria dos muçulmanos propaga crenças e comportamentos opressivos. Sob um exame cuidadoso, o Islã revela-se como o sistema da vida mais justa disponível para a humanidade. É mais, a maioria dos muçulmanos são sinceros na busca de uma implementação correta da sua religião, mais do que distorcê-los para satisfazer os benefícios pessoais. A divisão entre os muçulmanos. O tema da divisão no Islã é considerado um ponto doloroso para todos os muçulmanos do mundo. è fácil encontrar muçulmanos polarizados neste tema e atuando com grande emoção e vigor tratando de provar seus pontos de vista. Na mentes destes muçulmanos, aqueles que aderem a um grupo diferente estão cometendo um grande erro e, de propósito, deturparam o significado verdadeiro do Islamismo para seu próprio beneficio. É decepcionante para os convertidos quando se dá conta que o Islã não é a religião unificada que parece ser ao princípio. No meu caso, me envolveu um sentimento de medo quando comecei a encontrar divisões religiosas no Islã. Foi assustador porque eu estava mentalmente exausta pelo processo de minha conversão ao Islã, e ainda tive que enfrentar diferentes versões do Islã para lidar com elas. Novamente teria que comprometer-me com um estudo sério, orar por um bom guia e a auto-avaliação para tratar de determinar qual das facções era a verdade O descobrimento da divisão não gerou nenhuma dúvida em mim sobre o Islã em si, mas surgiu a dúvida de qual grupo tinha o verdadeiro Islã. Tive que considerar a possibilidade de ser uma muçulmana sem uma escola de pensamento assim como havia considerado ser uma cristã sem igreja. Algumas vezes as diferentes escolas do Islã abrigam maus sentimentos em relação a outra escola. E portanto, é comum achar livros escritos por sábios que pertencem a uma facção difamando prejudicialmente a outra facção até o ponto de dizer que não são muçulmanos. Igualmente, os membros de uma facção castigarão os da outra facção para gerar a desunião, quando na realidade nenhum grupo busca a desunião. Depois de tudo, você não pode culpar a alguém por seguir o que ele ou ela crê que é verdade, ainda assim é diferente do que você acredita ser a verdade. Aconselho a todos que procuram a Verdade que se distanciem daqueles que falam dos outros grupos com más intenções e os acusam de todo tipo de desvio e mal procedimento. Evite suas interpretações sobre os escritos do outro grupo questionável. Ao contrario, lia seus textos sobre suas próprias crenças. Como fiz referência anteriormente, aqueles que encontraram a verdade necessitam de uma investigação de todos os grupos com uma mente aberta e imparcial. Deveriam ler as obras que falam sobre um grupo através dos escritos por numerosos sábios e membros destes mesmos grupos. Deveriam julgar um grupo por seus próprios livros e ensinamentos, mais que pelas interpretações feitas pelo outro grupo. Não deveriam negar o estudo de um grupo devido a sua reputação ou porque são uma minoria. Não deveriam duvidar em fazer perguntas aos membros de cada grupo, mas não deveria tomar a resposta de uma pessoa como representação de todos os membros deste grupo. É dever de cada pessoa, muçulmana ou não, não importa que religião ou escola nasça e determinar por si mesmo onde está a verdade. Não deveriam ficar satisfeitos porque sua religião, cultura, nação ou escola sem ter feito uma verificação extensa. “E, quando se lhes diz: “Segue o que Alláh revelou” dizem: “Não! Seguiremos as tradições de nossos pais.” “E se seus pais eram incapazes de argumentar e não estavam bem dirigidos?.” (Alcorão Cap.2 Vers.170) Pessoalmente, encontrei na internet um bom lugar para iniciar um estudo de tudo que há no Islã. Embora seja difícil achar, é possível encontrar informações de boa qualidade apresentada por cauda grupo que explica no que crê e porque crê. Também podem encontrar muitas informações sobre o que crêem como não sendo bom por outros grupos, mas este tipos de informação deve ser observada cuidadosamente. Em meu estudo, comecei primeiro com um grupo que é a maioria, os Sunitas, e no final não estiva satisfeita totalmente com nenhuma das escolas Sunitas pela mesma razão que eu não estava satisfeita com o Cristianismo. Para os Sunitas, depois da morte do Profeta Mohamad (A.S.), a religião esteve liderada por gente comum; mesmo que bem intencionada. Eram seres humanos comuns, e é assim como as principais fontes da leis Sunita provem destes homens. Tão pouco estive satisfeita em saber que as quatro escolas no Islã Sunita são consideradas igualmente válidas e todas aceitáveis. Como crente em uma só Verdade Absoluta e em um Deus que provê os meios para chegar à Verdade, sustento fortemente que as menores diferenças na lei importam muito e que um caminho deve prevalecer sobre os outros. Não pude aceitar a utilização de coleções falíveis das tradições do Santo Profeta (A.S.), cada uma dos quais contém várias fontes contraditórias e que, por sua vez , provém de fontes pouco confiáveis como fonte principal da religião. Igualmente à Bíblia, os numerosos erros e contradições dessas coleções de hadices Sunitas (Narrações que estão nos livros da escola Sunita) são pouco confiáveis para chegar a ser determinantes da Verdade. Não provém de Allá (S.W.T.), senão dos homens. “E não meditam o Alcorão? Se fosse vindo do outro que Alláh, encontrariam nele numerosas contradições.” (Alcorão 4:82). Creio que as tradições ocupam um lugar muito importante no Islã, mas sinto que nenhuma coleção de hadices deveria ser considerada como Sahîh (Correto - Livre de Erros). E também creio que as tradições daquelas pessoas que sabemos que foram os melhores muçulmanos devem prevalecer sobre as tradições narradas por qualquer outro indivíduo. Os Sunitas, em grande parte, consideram morto o método do Ijtihád (esforço para extrair as normas da lei Divina através das fontes Islâmicas). Os sábios se baseiam nos livros com séculos de antiguidade para realizar seu Ijtihád e dessa forma, realmente não tem acesso aos regulamentos modernos a respeito das situações modernas. Portanto, os muçulmanos Sunitas por si mesmos tomam suas próprias decisões sobre assuntos que surgem na atualidade. Então, novamente, não há uma forma para determinar satisfatoriamente o correto e o incorreto sobre qualquer problema que surja na atualidade. A busca da Verdade Absoluta fracassou. E quanto aos outros grupos, encontrei que muitos deles também eram inaceitáveis, mas evitarei discuti-los detalhadamente pela brevidade que necessita este livro. É possível que o leitor deseje fazer seu próprio estudo sobre os Ismaelitas, Ahmaditas, A Nação do Islã, Qadanis, Fatímidas, Bohras, Wahabies e os Jafaritas. Depois de um estudo detalhado, escolhi a escola de pensamento Islâmico Jafaríta porque encontrei nela a única que preencheu as minhas expectativas. Brevemente discutirei um pouco a informação e os fatores que me levaram a fazer minha escolha, mas minha intenção não é dar informações suficientes para convencer alguém de sua validade (isto tomaria mais páginas do que tem este livro). Cada pessoa tem o dever de conduzir seu próprio estudo para estabelecer onde está a verdade. Enquanto vivia o Profeta (A.S.), Alláh (S.W.T.) designou 12 sucessores depois do Profeta que conservariam a religião e evitariam que fosse corrompida. O primeiro destes sucessores foi designado publicamente em um lugar chamado Ghadir Khom (um lugar perto da cidade de Al-Medina na Arábia Saudita), um pouco antes do falecimento do profeta Mohamad (A.S), diante de 90.000 ou 140.000 peregrinos que foram testemunhas. Esses dias se revelarão os últimos versículos Côranicos e o evento que aconteceu neste dia foi registrado muitíssimas vezes por muitas fontes mais que qualquer outro acontecimento. “Ó Enviado! Transmita o que foi revelado por teu Senhor, para Ti. Porque se não o fazes, seria como se não tivesse transmitido Sua Mensagem!”. (Alcorão 5:67) “Hoje, Eu aperfeiçoei vossa Religião e completei Minha Graça para convosco e Me satisfaz que seja o Islã do Islã vossa Religião.”. (Alcorão 5:3). O primeiro versículo mencionado acima é uma ordem para anunciar o que o Profeta (A.S.) deveria proclamar em Ghadir Khom. E o segundo versículo é uma declaração que ao finalizar esta proclamação completou-se e aperfeiçoou-se o Islã. Disse o Profeta (A.S.), segundo os sábios de todas as escolas do pensamento Islâmico é o seguinte: “-... Ó homens e mulheres! Deus é meu Senhor. Eu sou a Autoridade dos crentes. Tenho uma autoridade clara sobre suas próprias almas, e para quem eu sou sua autoridade. Ali (seu primo, a quem o Profeta (A.S.) levantava sua mão enquanto falava), é sua autoridade. Ó Deus! Ama a quem o ama, odeie a quem o odeia e dá a vitória a quem o ajudou e derrota a quem tentou enganá-lo (Ao Ali).” (Fonte: Sahih Muslin, vol.2, p.325, entre muitas outras s fontes). Mais adiante especificamente: no capítulo 5, versículo 55, Deus quer dizer “Vosso Maulá (Senhor, Autoridade, Guia, Amo, Protetor) somente pode ser Alláh, Seu Mensageiro e aqueles que crêem, quem praticam a oração e efetuam o pagamento da Azzakat (Uma doação espontânea) enquanto inclinam-se durante a oração” há unanimidade entre os sábios de todas as escolas do pensamento Islâmico que este versículo refere-se a Alláh, ao Profeta (A.S.) e ao Imám Ali (A.S.). Imam Ali (A.S.) é quem aparece nas tradições praticando a caridade e a doação (um anel que usava) quando estava na posição de genuflexão durante sua oração na mesquita do Profeta (A.S.) na cidade de Medina. O desacordo surge sobre a definição da palavra “Maulá” porque esta palavra pode significar pode significar Guia, Autoridade, Amigo, Primo, Protetor e Amo mas, no contexto de Ghadir Khom, está claro que significa Autoridade e Protetor, porque é obvio que quando o Profeta (A.S.) fala de Deus, e de si mesmo queria dizer Autoridade no sentido puro da palavra. De outro modo, a frase “tenho total autoridade sobre suas almas....” estaria fora do lugar. E tão pouco teria sentido deter milhares das pessoas no meio do deserto incandescente para proclamar que o Imam Ali (A.S.) é meu Amigo. Depois de dizer isto em Gadir Kohm, foi revelado o versículo corânico que anunciou que havia se completado e aperfeiçoado o Islã. Também não teria sentido se nada mais não houvesse dito que Ali (A.S.) era um amigo. Porém, tem total sentido si apenas houvesse anunciado que Ali (A.S.) tinha total autoridade sobre as pessoas iguais a ele. Quase todos os Sábios Muçulmanos acreditam no conceito do Imamato (A sucessão dos Imames depois do falecimento do Profeta), que mantém e protege a religião de todas as corrupções e os perigos que a ameaçam. Geralmente os sábios da escola Sunita sustentam que os primeiros quatro imames foram os primeiros quatro califas e não sabem quais são os restantes. Mas isto é claramente inaceitável, como dizia o profeta Muhamad (A.S.). “Aquele que morre sem ter conhecido o Imam de sua época, morreu como aquele que morre na época da ignorância (A época Pré-Islã, época de idolatria que dominou a península Árábica. Isto significa que morre NÃO MUÇULMANO”. (Fonte: Sahin Bukhari, vol.5.13; Sahih Muslim, vol.6, p. 21, nº 1849 e outros). Este dito indica claramente que todos os povos de todas as épocas, incluindo a nossa época, devem conhecer seu Imam. A visão de que os primeiros califas eram os Imames é questionável uma vez que Deus não designou estes califas em suas posições. O primeiro califa foi escolhido numa eleição privada que ocorreu enquanto a família do Mensageiro de Deus (A.S.) estava ocupada com o sepultamento do Profeta (A.S). Outros tomaram o poder ao serem designados por seus predecessores. Não há evidências em nenhum versículo côranico ou dito profético que os sucessores do Profeta (A.S.) deveriam ser escolhidos por eleição ou por desígnio pessoal. É mais ainda: a evidência mostra o contrário; que Allah (S.W.T.) escolheu e designou os que guiariam a humanidade, assim como haviam feito ao longo da história. “Nunca encontrarás uma mudança na prática de Alláh (S.W.T.) (Alcorão 35:43) O Profeta, primeiramente, apresentou a Mensagem do Islã a seus familiares mais próximo, e então, prontamente, apresentou a “Ali como meu irmão, meu sucessor, e meu Califa”. Novamente o Profeta apresentou “Ali diante das pessoas (como sucessor) em numerosas ocasiões, sendo a última em Ghadir Khom.” Portanto, a designação de Ali não foi um segredo. Isto é só uma pequena proporção dos meus estudos concernente ao Imam Ali (A.S.) que me levou a crer que ele foi designado sucessor do Profeta (A.S.) e que obedecer ao Imam Ali é obrigatório. Para quem exige mais provas, há muitos livros dedicados exclusivamente a estabelecer que Deus realmente sim indicou Imames ou Guias na Terra. Aos doze Imames, depois do falecimento do Profeta Mohamad (A.S.), o primeiro dos quais Imames foi o Imam Ali (A.S.). Entre os líderes da escola sunita e entre os Imames dos Ismailitas e assim sucessivamente, é possível encontrar exemplos de pecado e ensinamentos que contradizem o Alcorão. Isto se espera dos homens comuns e simples, mas não daqueles homens designados por Alláh (S.W.T.) para preservar a religião. Um grupo de Imames, aqueles doze que são seguidos pela escola Jafariyah (Imammiah), são singulares em sua adesão ao Sagrado Alcorão e sua infalibilidade. Há hadices (Tradições Proféticas) confiáveis nos livros da escola Sunita que dizem que os Imames serão 12 na quantidade e além disso, há alguns que os nomeam a todos, e nisto concordam com a crença Jafariyah (Xiita Imammiah). Algumas dessas tradições são citadas a continuação extraídas do livro que se chama As Noites de Peshawar ( seções de diálogo que foram feitas entre um sábio Xiita e outro Sábio Sunita na cidade famosa que se chama Peshawar no Paquistão): 1) O Sheik Sulaiman Al-Balkhi Hanafi, em seu livro Yanabi-almawadah, no cap.76 narra de Fara´idu´s Simtain, que por sua vez narra de Hamawaini, de Mujahid (Um companheiro do Profeta), de Ibn Abbas (primo e companheiro do Profeta), que um judeu chamado Na´çal chegou onde estava o Santo Profeta Mohamad (A.S.) e fez algumas perguntas a ele sobre o Tauhid (O monoteísmo). O Santo Profeta respondeu suas perguntas e o judeu converteu-se ao Islã. E logo disse: “Ó Santo Profeta, todo profeta teve um wazir (vice-gerente, sucessor). Nosso Profeta, Moisés Ibn Imrán, escreveu um testamento para Yusha Ibn Nun. Por favor, diga-me quem é teu wazir (sucessor)?”. O Santo Profeta disse: “Meu sucessor é Ali Ibn Ibi Talib; depois dele são Al-Hassan e Al-Hussein e depois deles são nove Imames, que são os descendentes sucessivos de Al-Hussein”. Na´çal perguntou ao Santo Profeta, sobre os nomes daqueles Imames. O Santo Profeta disse: “depois de Al-Hussein, seu filho Ali, será o Imam; depois dele seu filho Muhamad; depois dele seu filho Jaafar; depois dele seu filho Mussah; depois dele seu filho Ali; depois dele seu filho Muhammad; depois dele seu filho Ali; depois dele seu filho Al-Hassan (Al-Askari); depois dele seu filho, Mohammad Al Mahdi será o ultimo Imam. Serão 12 Imames.”. Além dos nomes dos nove Imames, mais adiante este hadice diz que cada um sucederia como Imam depois de seu pai. Na´çal fez mais perguntas que o santo profeta descreveu como morreria cada Imam. Então Na´çal disse: “sou testemunha de que não há outra Divindade além de Deus e que tu (O Profeta) és o Mensageiro de Deus. Sou testemunha de que estes doze santos Imames são teus sucessores depois de ti. O que você me disse está registrado em nossos livros (dos Judeus) e é testamento de Moises”. O Santo Profeta disse: “o paraíso é destinado àquele que os ame e os obedeça, e o inferno é destinado àqueles que forem hostis com eles e se oponham.” Depois Na´çal recitou algumas estrofe: “queira Alláh, o Exaltado, derramar Suas benções sobre ti, Profeta escolhido e orgulho de Bani Hashim (A Arvore Genealógica do Profeta). Alláh nos guiou através de ti e dos doze homens santos que tu nomeaste. Certamente que Alláh os purificou e os preservou da impureza. Aquele que os ama será bem sucedido. Aquele que os odeia será um perdedor.”. O último dos Imames saciará a sede dos sedentos. Ele é aquele que as pessoas esperarão. “Profeta de Alláh! Tua progênie é uma benção para mim e para todos os crentes. Aqueles que se afastarem deles rapidamente serão destinados ao inferno.”. 2) O grande sábio, Sheik Sulaiman Al-Balkhi, em seu livro YanabiulMawaddah, cap. 76 informa do livro Al-Manaquib de Khawarizmi, quem informou de Waçel Bin Asqa´bin, Qarkhab, quem informou de Jaber Bin Abdullah Al-Ansari, e também Abul Fadl Shahibani e ele narra de Mohammad Ibn Abdullah Ibn Ibrahim Shafi´i, quem informa de Jaber AlAnsari (um dos chefes companheiros do Profeta Muhamad) quem disse: Jundal Bin Junadab Bin Jubair, um judeu, chegou ao Santo Profeta e perguntou sobre attauhid (o Monoteísmo). Assim que escutou sua resposta do profeta Mohamad (A.S.) o homem se converteu ao Islã. Disse que a noite anterior tinha visto a Moisés num sonho dizendo-lhe: “Abraça o Islã pelas mãos através do último dos profetas, Muhamad, e aferra-te aos sucessores depois dele. Agradeceu a Deus pela bendição do Islã. Depois pediu ao Santo Profeta que lhe dissera os nomes de seus sucessores. E o Santo Profeta começou dizendo “Meus sucessores são doze”. O homem disse que havia visto este feito na Torá. E pediu para o Profeta que se disse seus nomes, e o Profeta (A.S.) disse: “O primeiro é o líder dos sucessores, o pai dos Imames, Ali. Depois seguem seus dois filhos - Al-Hassan e Al-Hussein. Verás a essse três. Quando chegar à ultima etapa de sua vida, nascerá o Imam Ali Sain-ul Abidin, e o último que tomarás nessa vida será leite (a última que coisa que ele irá tomar será um copo de leite envenenado), aferra-te a eles para que a ignorância não te descaminhe”. O homem disse que havia visto na Torá e em outras Escrituras os nomes de Ali, Al-Hassan e Al Hussein em várias formas. Ele pediu ao Profeta (A.S.) que lhe dissesse os nomes dos outros Imames. O Santo Profeta nomeou os nove Imames restantes com suas alcunha e acrescentou : “O ultimo deles, Mohammad Al-Mahdi, viverá, mas desaparecerá”. Depois aparecerá e preencherá o mundo com justiça e equidade, já que se haverá degenerado na injustiça e na tirania. Certamente, o paraíso é para aqueles que mostram paciência durante o tempo de sua ocultação. O paraíso é para aqueles que são firmes em seu amor por Ele. Estes são aqueles que, Deus Todo Poderoso, louvou no Sagrado Alcorão e o Alcorão é um guia para aqueles que querem se proteger do mal, aqueles que crêem no oculto. Também Deus disse. “Estes são o partido de Deus; agora certamente o partido de Deus são os Vitoriosos” (Alcorão 58:22)”. Ainda, entre os muçulmanos há quem não crê na infalibilidade dos Mensageiros e guias de Deus. Dizem que esses mensageiros e guias não cometem pecado ou erro ao entregar a mensagem, ou quando guia mas, sim, cometem faltas em outros aspectos comuns. Também interpretam passagens do Alcorão para atribui pecados a alguns profetas. Há numerosas evidências contrarias a este ponto de vista, mas tais crenças também vão contra a razão. Antes de tudo, Deus é perfeitamente capaz de enviar mensageiro e guias que não cometam nenhuma falta. Em segundo lugar, se alguma vez um mensageiro ou guia cometeu alguma falta, mesmo que seja fora do campo de sua obra religiosa, isso afetaria sua credibilidade e corromperia seu propósito. Cada ação dos mensageiros e guias é observada e está sob escrutínio. Se um deles comete um pecado, os seguidores provavelmente o veriam. Então s chega-se a uma pergunta; de como se supõe que os seguidores são capazes de dizer qual das ações e ditos desse mensageiro ou guia devem seguir. Quais Ações são de Deus e quais não são? “Faça o que eu digo e não faça o que eu faço” é inadequado para a entrega e proteção da mensagem de Deus, e Deus não faz uma obra inadequada. Unicamente a escola Jaafaryiah que preencheu os estandartes para possuir uma Verdade Absoluta derivada de uma fonte protegida por Deus. Aqueles que finalmente chegam a uma conclusão diferente têm o direito de fazê-lo. A tolerância daqueles que alcançam conclusões variadas é a única ação que está de acordo com o comportamento do Santo Profeta (A.S.). Entre todos os grupos e escolas de pensamento dos muçulmanos estão aquelas que se comportam com modos muito baixos para com os membros de outros grupos. Permitem que o ódio se cultive neles e justificam seu comportamento fazendo uma longa lista de queixas sobre o outro partido. Eu pediria àquelas pessoas que dêem um exemplo do comportamento do profeta do Islã (A.S.) ou de qualquer Profeta (A.S.) que seja igual ao deles. Mesmo aqueles que foram os inimigos duros do Islã, e o recusaram, apesar de que a verdade era evidente para eles, nunca foram tratados de uma maneira inadequada ou cruelmente, nem foram feitos vitimas de agressão, não se abusou deles de nenhuma maneira, com a força física ou palavras. “... que o ódio nas pessoas não vos induza a não serdes justos. Sejam justos: isto é o mais próximo ao temor de Deus. Por certo, Alláh do que fazeis é conhecedor.”. (Alcorão 5:8) O Jihad Mais que qualquer outra religião, o Islã tem a reputação de ser uma religião violenta. Geralmente quando algumas pessoas pensam no Islã, pensam logo no terrorismo. Os jornalistas informaram sobre acontecimentos no Oriente Médio dizendo que os muçulmanos atuam como se liberaram uma Guerra Santa, ou Jihad. E há pessoas por aí que crêem que é seu dever lutar em nome do Islã. No entanto, os jornalistas se destacam por anunciar apenas uma parte da história. Há vários exemplos que pessoalmente posso recordar, nos quais as notícias discutiam como um certo grupo de muçulmanos atacava outro grupo de pessoas. O que esqueceram de mencionar, foi que esse grupo de pessoas havia atacado os muçulmanos uma semana antes. Desde a explosão em Oklahoma, a imprensa ficou mais cuidadosa ao informar sobre acontecimento relacionados aos muçulmanos, mas nem sempre contam a história correta. Creio que primeiro necessitamos saber o que significa Jihad. A palavra Jihad realmente se refere ao Esforço pela Causa da religião e não traduz Guerra Santa. Por exemplo, lutar contra a tentação ao pecado é um Jihad pessoal. Diz-se que o Jihad pessoal é o Jihad maior e se lhe dá grande importância no Islã. Quando o Jihad é levado a cabo como uma guerra, é uma luta contra aqueles que oprimem ou agridem os muçulmanos e é considerado o Jihad menor. Apoiando-se nesta reputação violenta do Islã, muitos livros através dos anos declararam que o Islã se expandiu pela espada. Na verdade, no Islã não é permitido fazer uma guerra exceto contra aqueles que te agrediram ou que estão te oprimindo. Nesses casos, é um dever dos homens aptos lutar até que sejam libertados os muçulmanos. Diferente do Cristianismo, o Islã não apoia o conceito de dar a outra face. Quando tua vida e bem-estar estão em perigo, o Islã diz que deve defender-se valentemente, inclusive quando alguns membros de tua comunidade estão sendo assassinados ou presos ou perdendo seus empregos. Dar a outra face em tais casos é olhar para o sofrimento e a maldade e encontrar uma desculpa. A maioria do mundo muçulmano está constituída por pessoas pacíficas. Mas, ao longo da história existiram muçulmano que foram guerreiros ativos. Rapidamente, vamos dizer que estes muçulmanos estavam equivocados, mas é útil ver as coisas desde sua perspectiva para entender por que se justificavam suas ações. Muitas pessoas no Oriente Médio crêem o Ocidente os está oprimindo. Indubitavelmente, o Ocidente primeiro zela pelos seus próprios interesses e fez coisas bastante questionáveis aos países de terceiro mundo. Quando é conveniente, o Ocidente toma (ou pede emprestado e logo joga fora) a terra, toma ou controla o dinheiro, se alia com países imorais, evita que a medicina e o alimento cheguem às pessoas necessitadas e matam. O Ocidente controla o comércio e se apressa em expandir sua cultura, diante da perda de outras culturas por todo o mundo. Algumas pessoas estão sujeitas ao efeito da intromissão do Ocidente nos assuntos mundiais mais que outros, e alguns sentem que são tratados injustamente até o ponto de sofrer opressão. E alguns deles têm razão. Não importam quais são as razões. Não é opressão negar as crianças iraquianas sob sanção o alimento e os remédios básicos? Não é opressão o que os palestinos que viveram em seus territórios por séculos sejam expulsos e não sejam retribuídos de nenhuma maneira? Seguramente se teus filhos estivessem morrendo ou tua casa fosse arrebatada, sem dúvida serias um sujeito vítima da opressão e muito provavelmente desejaria lutar. O que devem fazer estas pessoas? Primeiro de tudo: o Islã é contra o uso de táticas suicidas ou meios cruéis, tais como armas biológicas de guerra. E mais, o Islã proíbe atacar as mulheres e as crianças. Também aqueles que sentem que são oprimidos podem equivocar-se e ver que aqueles que consideram seus opressores geralmente são sociedades em sua maioria formada por indivíduos não agressores. Os opressores terminam sendo um conceito vago e um corpo pouco claro. Por exemplo, o Ocidente e os Estados Unidos ambos são términos vagos formados por uma grande diversidade de povos. Realmente, na ausência do Profeta (A.S.) ou do Imam designado por Deus, muitos muçulmanos compartem a opinião de que ninguém tem a autoridade de declarar um Jihad como um ato de guerra de nenhuma maneira. Os líderes das nações Islâmicas, podem declarar guerras contra outras nações, mas não podem declarar guerras religiosas. O Ritualismo O último tema que quero tratar nesta seção é o dos Rituais Islâmicos. Por que os muçulmanos oram de uma forma tão particular, se levam antes de orar (Ablução), jejuam durante um mês, se orientam para um lugar durante a oração, e sacrificam seus animais antes de consumir sua carne, etc.? Preocupar-se tanto por estes detalhes pequenos, para os não muçulmanos pode parecer uma bobagem. Por que é importante para Deus se eu lavo os pés ou se os esfrego com água ,preparando-me antes de rezar? Ninguém pode negar que os bons hábitos são muito úteis. O ritual Islâmico em parte está pensado para dar-nos mais formação sobre os bons hábitos e em recordar-me de Deus ao longo de nossas vidas. Seguir as pratica rituais Islâmicas nos leva a uma boa higiene, dieta e a um equilíbrio entre os aspectos, físicos, espirituais e sociais. Os pequenos detalhes podem parecer minuciosos, mas ser cuidadoso com os detalhes do ritual demonstra o respeito e a importância da religião em todos os momentos da vida. Em muitos casos há razões lógicas para os detalhes. Em particular, a cuidadosa aderência às formas dos rituais em geralmente ajuda ao entendimento do propósito e ou o significado do mesmo ritual. Os muçulmanos modernos são culpados de praticar sua religião com muita freqüência num nível puramente ritualista. A realização da oração sem um pensamento cuidadoso de seu significado e propósito quase não tem sentido. É só a forma vazia de uma verdadeira oração. Deus não prescreveu os rituais como meio para passar o tempo senão como um meio para aperfeiçoar nossa fé e alcançar a aproximação a Ele. Poderia se gastar toda uma vida na educação e fazendo esforços para comprometer-se completamente e apropriadamente em todos os atos de adoração. Com tudo, um bom ponto para começar é a atenção consciente aos atos que se realizam e seus objetivos. Por exemplo, lavar-se antes das orações pode ser visto simbolicamente como limpar-nos para estar diante do Todo Poderoso. Se alguém aprende as súplicas que acompanham as súplicas que acompanhem a ablução, pode acrescentar mais significado ao ato e dá a capacidade a quem o realiza de concentrar-se mais na tarefa que tem nas mãos. Se não sabe o propósito que há num ritual não te prejudica perguntar a alguém que considereso mais piedoso que você ou que tenha mais conhecimento. A concentração dirigida aos aspectos espirituais da oração e dos outros rituais são difíceis, porque nossos pensamentos nos assuntos mundanos tendem a intrometer-se. Mas se somos persistentes em nossos esforços, com o tempo a tarefa fica mais fácil e não só desfrutaremos as atividades, senão que é maior o beneficio que se obtém delas. Se não desfrutas rezar a Deus, isto é um sinal de que precisas de atenção ao verdadeiro significado e propósito. Por acaso, não é nosso objetivo final alcançar a aproximação a Deus ou submissão a Sua Vontade? Nesta vida, a oração é uma oportunidade para falar com Aquele que estamos buscando, então deveria ser algo que desejamos com fervor e não apenas como um dever que deve ser cumprido. Se o coração se cansa e tua atenção não está preparada para o ritual, então encontra passos que te ajudem a preparar-te se necessário. Alguns recomendam demorar um pouco o ritual (sempre e quando não se chegue a cometer o pecado) até que possas realiza-lo bem. Sendo otimista, o uso contínuo desta prática fará que o cansaço do coração diminua e estará facilmente mais preparado. Conclusão Espero que tenhas encontrado algo neste trabalho que te seja útil. Fiz feito este esforço pela Causa de Deus e realmente agradeceria teus comentários. Sei que não é realmente um trabalho completo de uma natureza adequadamente erudita devido às minhas próprias limitações pessoais. tentei aqui delinear meu próprio caminho ao Islã incluindo um pouco da minha história pessoal, uma porção modesta de estudos no campo da história comparada das religiões e uma breve exposição sobre temas comuns no Islã que foram de meu interesse tendo em conta minhas condições de mulher americana convertida à religião Islâmica. Todos os erros dentro do texto são meus. Dou Graças a todos as pessoas que me ajudaram ao longo do caminho e que continuam fazendo. Uma breve Oração Em Nome de Deus, O Clemente, O Misericordioso. A paz esteja sobre Muhamad e sobre a família de Muhamad. Dou graças ao Todo Poderoso Deus (S.W.T.)., Quem me guiou enquanto ninguém ao meu redor estava me guiando, e Aquele que é fonte de todas as bondades, Magnificentes que desfrutei em minha vida. Deus (S.W.T.) O Clemente, O Misericordioso, e a Ele pertencem todos os louvores. Que Deus (S.W.T.) conceda uma boa saúde a todos os que leiam este trabalho; boa saúde de corpo, mente e espírito em sua luta diária. Que Deus (S.W.T.) nos guie a todos pelo caminho reto e nos preserve de sairmos dele. Que Deus nos proteja do desvio e da tentação, que diminua o número de nossos pecados e aumente o número de nossas boas ações. Que Deus (S.W.T.) purifique nossas intenções, aumente nossa sabedoria e conhecimento, e nos conceda o bem de Sua bondade infinita tanto neste mundo como no próximo. Que nossa recordação de Deus seja constante e perfeita. A paz esteja sobre Muhamad e a família de Muhamad, os quais cumpriram com seus deveres perfeitamente preservaram a Verdade. Diana (Masuma) Beatty [email protected] Uma pequena Lista Bibliográfica 1. A restatement of the History of Islam and Muslim, by Sayed Ali Asghar Radawi. 2. An Enlightening Commentary into the Light of the Holy Quram, by a Group of Muslim Scholars. 3. Marriage and Morals in Islam, by Sayyed Muhamad Ridawi. 4. Self Bulding, by Ayatullah Ibrahim Amini. 5. The Biblie, The Qur`an ande Science, by Maurice Bucaile. 6.The Choice, By Ahmed Deedat. 7. The Holy Bible, NIV - King Jomes. 8. The Holy Qur`na, translations by Pickthall - Yusuf Ali. 9. Then I was Guided, By Muhamad Al-Tijani al Samawi. 10 The Neuw Testament- A Historical Introduction to the Early Chistian Writings, by Bart D. Ehrman. 11 http://www.al-islam.org/ contém muitos destes e outros trabalhos de alta qualidade, incluindo acesso ao glossário de termos Islâmicos. *** Jazâkal-lah para todos aqueles que me ajudaram com este trabalho de quaisquer formas, e para aqueles que me ajudaram em minha luta. AlHamdulil-lah. Apêndice: Se decides converte-te Esta é uma informação extra, não deve tomar-se esta seção como algo que me ocorreu ao final. É simplesmente para servir com um propósito diferente ao resto do livro. Pode tomar esta seção como um resumo de um manual técnico de como obrar e dos fundamentos que necessitas saber se decidir converter-se ao Islã. Esta seção contém algumas informações sobre sites na Internet e direções postais apropriadas no momento de querer escrever, mas não posso garantir-lhe sua exatidão para datas posteriores. Se decidires tornar-se um muçulmano, isto significa que você crê que só há um Deus Indivisível , e crê em todos os Profetas enviados por Ele, incluindo o Profeta Mohamad (A.S.) deves mencionar esta crença diante de Deus (S.W.T.) Isto é chamado Ash-Shahádah e se menciona da seguinte maneira. Ash-hadu anna l ilâáha il-lal-láh ua Ash-hadu anna Muhammadan Rasúlul-lah. “Testemunho que não há divindade além de Deus e testemunho que Muhamad é o mensageiro de Deus”. Se mencionar estas duas frases com crença e convicção, então você é um muçulmano. Pode-se acrescentar o seguinte se deseja declarar que aceita a consciência da Escola de pensamento Ja´fariah, aceitando o Imam Ali Ibn IAbi Talib (A.S.) como seu guia designado por Deus, o sucessor depois do Santo Profeta. Ash-ahadu anna Alíian Walíiul-lah, Wasíiu Rasúlil-lah, Wa Khalífatuhu Bilá Fasl “Testemunho que Ali é Walí de Deus , herdeiro do Profeta e seu Sucessor imediato”. É tradição mencionar tua crença na presença de alguns muçulmanos como testemunhas, geralmente, dentro de uma mesquita, mas este não é requisito para que tua conversão seja válida diante Deus (S.W.T.). Agora, o que segue? A informação e as instruções que darei a seguir estão baseadas na escola Xiita (Ja´fariah) e podem ter ligeiras variações com outras escolas. Trata-se de generalizar para iniciar-te e não se trata de um conjunto de instruções determinantes, pois não estou qualificada como uma autoridade. Há cinco Fundamentos e Princípios na Religião (Usûl Ad-Dîn) que são considerados os maiores componentes da Crença Islâmica Xiita. Estas são: O Monoteísmo, A Justiça Divina, a Profecia, o Imamato (a Sucessão do Profeta (A.S.) e a Ressurreição. a) O Monoteísmo – É crer em um só Deus Individual. b) A Justiça Divina – Deus é Justo por natureza. c) A Profecia – Crer em todos os Profetas enviados por Deus com Sua Mensagem. d) O Imamato – Crer nos protetores da Religião, designados por Deus, particularmente nos doze Imames depois do falecimento do Profeta Mohamad (A.S.), incluindo o Imam da nossa época (A.S.), O Imam Al Mahdi. e) A Ressurreição – Crer na Vida depois da Morte, incluindo o Dia do Juízo Final e o castigo ou a recompensa, no Inferno e o Paraíso. Igualmente, há algumas ramificações da religião (Furú´Ad-Dîn) que são considerados os maiores componentes da prática Islâmica, estas são o salât (A Oração Diária), o saum (jejum), o hajj (peregrinação), a Azzakât (Tributo do lucro), Alkhoms (dar um quinto do lucro anualmente) Al-Jihád (o esforço no caminho de Deus), Al amru bil ma´ruf (recomendar as ações boas), Alnahu´anil munkar (proibir as ações más), Attawal-li (Amar o Profeta (A.S.) e sua família (A.S.), e Attabarri`(afastar-se dos inimigos do Profeta (A.S.) e sua família (A.S.). Direções importantes para encontrar informações sobre a oração. http://www.al-islam.org/ http://www.playandlearn.org/Figh/index.htm Também podes comprar um vídeo de instruções na Idara-e Jaferia em Maryland. Esta video é distribuído por Khatoons Inc., 6650 Autumn Wind Circle, Clarksvile MD 21029 USA e na rede: http://www.khatoons.com O Jejum Durante o Mês do Ramadã os muçulmanos devem jejuar desde antes que chegue o tempo da oração da manhã (madrugada) até o momento da oração do Ocaso (quando o Sol se põe). O mês do Ramadan é o nono mês do calendário Islâmico lunar, através das estações, tem resultados agradáveis de tal maneira que não importa onde vivas, experimentarás dias longos e dias curtos de jejum com o passar dos anos. Para aqueles que vivem em zonas ao norte extremo e ao sul extremo, que não tem um amanhecer ou anoitecer em um período de 24 horas seguem as horas da outra localidade menos distante. O jejum significa não comer, não beber, não ter relações sexuais, comportamentos imorais, etc. As pessoas que têm razões médicas que não permitam que se pratique o jejum ,estão isentas mas devem doar o equivalente em comida diária como caridade por cada dia de jejum obrigatório que perderam. Tão pouco devem jejuar as mulheres que estão na época de menstruação porém, devem repetir os dias de jejum perdidos posteriormente em outros dias até que chegue o próximo Mês do Ramadã, se for possível. O mês do Ramadã é um momento de renovação espiritual e se fazem muitas orações especiais durante este mês. Se necessitares saber quando começa o mês do Ramadã, por favor, visitem a seguinte pagina: http://www.ummah.net/ildl/zone3/ A Peregrinação Todo indivíduo com a capacidade física e financeira é obrigado a realizar a peregrinação a Cidade de Meca, pelo menos uma vez na vida. É um evento muito emocionante e espiritual que se dá uma vez ao ano. Seus rituais estão relacionados geralmente com o sucesso que rodearam o Profeta Abraão (A.S.) e estão organizados para uma reflexão e renovação espiritual. Se tens pensado em ir, primeiro deve ler a respeito e fazer os preparativos através de uma companhia de viagem do Hajj que se baseia na escola de pensamento Islâmico Particular que você segue. A Azzakat e o Khums Os muçulmanos que possuem certas quantidades de ouro e prata, e grãos (trigo, cevada, tâmaras e passas) ou gados devem dar uma porcentagem de sua riqueza para os necessitados. Já que a maioria das pessoas não tem a riqueza para pagar isto, não entrarei em detalhes. No entanto, é provável que todos os muçulmanos tenham que pagar o Khums; que é uma outra forma de imposto de caridade. O Khums é um imposto de 20 por cento sobre o ganho excedente. Digamos que no final do mês, depois de pagar todos teus gastos, tenha sobrado 500 dólares em mercadorias que não utilizará ou dinheiro no banco. No ano seguinte deve fazer nova conta de teus ganhos que excedem seus gastos comuns. Se for menos que a mesma quantidade, não tem que pagar o Khuns. Registrar a nova quantidade de excedente para fazer a comparação no ano seguinte. Se tiver mais, então deve pagar a Khums sobre a diferença. Por exemplo, se tens 600 dólares, a diferença é de 100 dólares, e 20 por cento disso seria 20 dólares, então o Khums deve ser 20 dólares. Este dinheiro deve ser enviado às pessoas e às organizações que receberam autorização dos Sábios mais elevados para distribuir o dinheiro do Khums. O Jihâd Este é o esforço e luta no caminho de Deus (S.W.T.), que tratei neste livro. Encomendar o Bem e Proibir o Mal. Estas são as praticas que separam uns dos outros a fazer boas ações e evitar o pecado. Tawal-la e Tabarra Estas são praticas por meio das quais demonstra teu amor e devoção ao Profeta e à sua família (A.S.), e demonstra que não te associas com, nem és como os inimigos do Profeta e sua Família (A.S.). Essas são ramificações da religião, mas há algumas outras que são obrigatórias, tais como usar a vestimenta Islâmica e evitar o consumo de certos alimentos e bebidas. Para as mulheres, como mencionei no livro, usar este estandarte vestido requer cobrir tudo exceto as mãos e o rosto com uma vestimenta folgada. Os muçulmanos temos como proibidos as substancias embriagantes e intoxicantes, não comemos carne suína, e só comemos a carne permitida segundo o Alcorão, isto é que tenha sido sacrificada de acordo com o Ritual Islâmico. Esta carne pode ser encontrada em lojas especiais e se chama carne Halál. Concluirei este apêndice aqui. Se estás pronto para mais informações, veja a lista sugerida, entre em contato com os muçulmanos em sua área, ou examine as seguintes recomendações: 1. O curso de Correspondência Islâmica Contato: Islamic Education And Information Center 5359 Timberlea Blvd., Unit 52 Mississsuaga, Ontário L4W 4N5 Canadá Tel: 905-212-9676, fax 905212-9690 2. The World Islamic Network Contrato: World Islamic Network 67/69 H .Abbas (as) Street Dongrui, Mumbai 400 009 India e-mail: [email protected] 3. Fundação Cultural Oriente (Espanhola) www.islamoriente.com Que Deus (S.W.T.) nos guie a todos pela senda reta e nos conceda o bem deste mundo e o bem do próximo mundo Fi Amanil-lah