O CONCEITO DE DIALOGISMO ELIAS, Dinora de Godoy1 Introdução No presente artigo pretende-se, inicialmente, analisar o conceito de dialogismo proposto por Bakhtin (2006) e para ampliar a compreensão deste conceito serão investigadas produções de Brait (2006), Marchezan (2006), Faraco (2003), Francelino (2004), Marcuzzo (2008), entre outros, as quais trazem contribuições ao campo educacional. Em seguida serão analisadas imagens retiradas de redes sociais virtuais que abordam a questão do processo de impeachment da presidente do Brasil, Srª Dilma Roussef, iniciado no ano de 2016, nas quais o conceito de dialogismo pode ser verificado. Conclui-se com algumas considerações sobre o tema abordado, apontando a importância do compromisso e do conhecimento docente sobre o processo de ensinoaprendizagem como desvelador da realidade, pois se sabe que as características humanas individuais são formadas a partir do contexto sócio-histórico no qual as crianças estão inseridas, o que torna a tarefa educativa desenvolvida na escola imprescindível para a formação integral, pois ao aprender, a criança as adquire. Barroco indica que [...] a criança vai assumindo a forma humana a custa de outros agentes mediadores humanos e daquilo que estes produzem. Para se humanizar, precisa sair cada vez mais dessa esfera das funções naturais e ampliar o espectro cultural em sua vida. Necessita, portanto, fazer uma transposição de um plano a outro, ou seja, do social para o pessoal. Conceitos cotidianos e científicos, valores, crenças, etc., expressos por diferentes signos e traduzindo determinadas significações, presentes no âmbito público, precisam ser apropriados, internalizados, tornados particulares pela criança, que a tudo isso Pedagoga, Especialista em Educação Especial, Mestre em Educação e aluna especial do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Letras - Área de concentração: Linguagem e Sociedade – nível de doutorado, UNIOESTE – Cascavel/PR. Email: [email protected] 1 atribuirá um dado sentido (BARROCO, 2007, p. 253, grifos da autora). As pessoas se tornam humanas a partir do que aprendem, do que conhecem e utilizam da cultura acumulada historicamente (LEONTIEV, 1978). Assim, é necessário oportunizar recursos culturais que possibilitem à criança novas apropriações para que nesse processo dialético ela aprenda e se desenvolva. No que diz respeito ao ensino da língua materna, é importante salientar que é preciso ensiná-la aos alunos, pois apesar de serem falantes, é no contexto escolar que eles se apropriarão da estrutura da língua e das suas peculiaridades. Pensando nesse importante papel que a escola tem no processo de desenvolvimento dos seus alunos, pretende-se aqui destacar o conceito de dialogismo apontando suas características e relevância ao processo educativo e formativo. Dialogismo: conceito e aplicabilidade Num contexto de ensino e aprendizagem intencional como é a escola, cabe analisar o destaque que a linguagem tem recebido enquanto prática social e meio de interação humana. Mikhail Bakhtin (2006) descreve este papel de forma vigorosa. Para este autor, a necessidade da linguagem se explica justamente pela necessidade de interação entre os seres humanos. O pensamento humano seria, por essência, dialógico. No livro Marxismo e Filosofia da Linguagem Bakhtin (2006) traça as relações entre a linguagem e a sociedade, pois ao compreender que a língua é social e que a consciência humana também o é, o autor dimensiona o papel da ideologia na construção da linguagem humana e, por conseguinte, desta mesma ideologia, na formação da consciência e, nessa relação, explica o conceito dialogismo. De acordo com Brait (2005) “o dialogismo diz respeito às relações que se estabelecem entre o eu e o outro nos processos discursivos instaurados historicamente pelos sujeitos” (p. 95). A partir desse entendimento, pode-se observar que o discurso do outro é responsável pelo desenvolvimento da consciência e do discurso de cada sujeito, o qual é influenciado ao mesmo tempo em que interfere/influencia na formação do discurso deste outro. Para Bakhtin [...] é precisamente esse ângulo dialógico que não pode ser estabelecido por meio de critérios genuinamente linguísticos, porque as relações dialógicas, embora pertençam ao campo do discurso, não pertencem a um campo puramente linguístico do seu estudo (BAKHTIN, 2010, p. 208). Nesse sentido, a língua é a expressão das lutas e relações sociais efetivadas em contextos sociais reais, não sendo apenas um conjunto de palavras vazias e abstratas. Bakhtin aponta essa riqueza da língua indicando que [...] na prática viva da língua, a consciência linguística do locutor e do receptor nada tem a ver com um sistema abstrato de formas normativas, mas apenas com a linguagem no sentido de conjunto dos contextos possíveis de uso de cada forma particular. [...] Na realidade, não são palavras o que pronunciamos ou escutamos, mas verdades ou mentiras, coisas boas ou más, importantes ou triviais, agradáveis ou desagradáveis, etc. A palavra está sempre carregada de um conteúdo ou de um sentido ideológico ou vivencial. É assim que compreendemos as palavras e somente reagimos àquelas que despertam em nós ressonâncias ideológicas ou concernentes à vida (BAKHTIN, 2006, p. 96). Esse entendimento sobre a palavra é rico e demonstra o quão importante é ampliar a capacidade de compreensão do aluno, a fim de garantir que ele perceba tais ressonâncias ideológicas e possa, com o passar do tempo, ir aderindo àquelas que atenderem às suas necessidades enquanto gênero humano. Logo, o ensino da língua pautado somente em normatizações e regras, entendendo a língua como algo abstrato, estático e mortificado, torna o aprendizado enfadonho e pouco proveitoso por estar distante da vida real, amordaçando a sua dinamicidade. Nessa perspectiva, é preciso compreender que “tudo que é ideológico possui um significado situado fora de si mesmo. Em outros termos, tudo que é ideológico é um signo. Sem signos não existe ideologia” (BAKHTIN, 2006, p. 29). Além disso, demanda perceber a carga ideológica presente na linguagem, na qual toda a palavra deve ser analisada a partir do contexto em que foi proferida, podendo não refletir necessariamente o real. Desta proposição, de que tudo é ideológico e não estando necessariamente vinculado à realidade, pode-se verificar que o trabalho com a linguagem escrita, realizado na escola, deve ser organizado com vistas a contribuir para o desvelamento dessa realidade e não para o seu mascaramento. O trabalho envolvendo a leitura e a escrita deve contribuir para o rompimento das ideologias dominantes dentro do espaço escolar, pois ao apropriar-se do código escrito o aluno passa a ter condições de apropriar-se dos avanços e descobertas realizadas pela humanidade. Deter estes conhecimentos é uma das garantias de que o seu pensamento não será apenas a reprodução do que querem que ele pense, mas que possa baseado nos conhecimentos científicos e no discurso do outro, elaborar seu próprio discurso, visto que o pensamento que só existe no contexto de minha consciência e não é reforçado no contexto da ciência, como sistema ideológico coerente, é apenas um pensamento obscuro e inacabado. Mas, no contexto de minha consciência, esse pensamento pouco a pouco toma forma, apoiando-se no sistema ideológico, pois ele próprio foi engendrado pelos signos ideológicos que assimilei anteriormente (BAKHTIN, 2006, p. 49). Ao demonstrar essa reprodução ideológica inerente à formação do pensamento, percebe-se que a relação entre a infraestrutura (formada pelas forças de produção) e a superestrutura (compreendida pelas instâncias jurídicas, políticas e ideológicas) pode ser verificada através da evolução da linguagem, a qual segue a evolução material da sociedade. O autor indica ainda, que a palavra penetra literalmente em todas as relações entre indivíduos, nas relações de colaboração, nas de base ideológica, nos encontros fortuitos da vida cotidiana, nas relações de caráter político, etc. [...] É portanto claro que a palavra será sempre o indicador mais sensível de todas as transformações sociais, mesmo daquelas que apenas despontam, que ainda não tomaram forma, [...]. A palavra é capaz de registrar as fases transitórias mais íntimas, mais efêmeras das mudanças sociais. […] cada época e cada grupo social têm seu repertório de formas de discurso na comunicação sócio-ideológica (BAKHTIN, 2006, p. 40-42). Partindo desta perspectiva, verifica-se que a língua é fortemente marcada pelo modo de produção de um dado período histórico e como pela linguagem vai se alterando também a consciência humana. “Toda vida da linguagem, qualquer que seja seu campo de emprego, está impregnada de relações dialógicas” (BAKHTIN, 2010, p. 209), pois os sujeitos, ao aceitarem tais mudanças ou as refutarem, constroem e desconstroem os seus significados e por consequência, sua própria consciência é alterada. Toda essa amplitude dada por Bakhtin à característica ideológica da linguagem e da presença do discurso do outro no discurso de cada sujeito é explicada pelo conceito de dialogismo, o qual “se refere ao princípio constitutivo da linguagem, [...] é resultante de um embate de vozes” (Barros, 2003, p. 30). Logo, pode-se indicar que dialogismo diz respeito às relações que se estabelecem entre o eu e o outro. Faraco indica que para haver relações dialógicas, é preciso que qualquer material linguístico (ou de qualquer outra materialidade semiótica) tenha entrado na esfera do discurso, tenha sido transformado num enunciado, tenha fixado a posição de um sujeito social. Só assim é possível responder (em sentido amplo e não apenas empírico do termo), isto é, fazer réplicas ao dito, confrontar posições, dar acolhida fervorosa à palavra do outro, confirmá-la ou rejeitá-la, buscar-lhe um sentido profundo, ampliá-la. Em suma, estabelecer com a palavra de outrem relações de sentido de determinada espécie, isto é, relações que geram significado responsivamente a partir do encontro de posições avaliativas (FARACO, 2003, p. 64). Nesta relação dialógica, a enunciação aparece muito mais do que uma emissão de palavras abstratas, visto que toda palavra carrega em si conteúdos ideológicos, ela se faz presente na intencionalidade do sujeito ao comunicar-se com o outro, logo se constitui socialmente e carrega, como já dito anteriormente, o discurso do outro. Esse enfoque dialógico é possível a qualquer parte significante do enunciado, inclusive a uma palavra isolada, caso essa não seja interpretada como palavra impessoal da língua, mas como signo da posição semântica de um outro, como representantes do enunciado de um outro, ou seja, se ouvimos nela a voz do outro. (BAKHTIN, 2010, p. 210) Bakhtin concebe a enunciação como um processo de interação verbal com o outro, no qual os sentidos vão sendo dados pelo contexto social onde são produzidos, segundo o autor a linguagem só existe nessa comunicação dialógica entre aqueles que a utilizam, para ele o diálogo, por sua clareza e simplicidade, é a forma clássica da comunicação verbal. Cada réplica, por mais breve e fragmentária que seja, possui um acabamento específico que expressa a posição do locutor, sendo possível responder, sendo possível tomar, com relação a essa réplica, uma posição responsiva (BAKHTIN, 1997, p. 294 apud Marchezan, 2006, p. 24) Essa definição de diálogo reforça os conceitos apontados inicialmente e explicita a sua importância para a construção e manutenção da língua, pois toda enunciação terá uma réplica, mesmo que os sujeitos não estejam literalmente presentes no momento da interação, caso que ocorre quando se lê um texto produzido pelo outro, por exemplo. Na sequência serão apresentadas três imagens que tem circulado nas redes sociais e que exemplificam o conceito de dialogismo aqui analisado. Imagem 12 Imagem 23 2 Fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1030641180307642&set=a.142477585790677.15407.100000 853081424&type=3&theater 3 Fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=969101653127178&set=rpd.100000820567589&type=3&the ater Imagem 34 Pode se observar que a imagem 1 e a imagem 2 tem como característica semelhante a presença da bandeira do Brasil. Na imagem 1 temos uma distorção intencional nas cores da bandeira, pois metade da imagem traz as cores originais (verde, amarelo, azul e branco) e a outra metade em tons de cinza e preto indicando luto pela situação política vivenciada pelo brasileiros no ano de 2016. Já na imagem 2 temos uma bandeira do Brasil com suas cores originais, porém cortada por uma faixa preta com a palavra LUTO escrita em letras maiúsculas, característica que na escrita virtual indica que se está gritando. Ambas as imagens podem ser encontradas em páginas pessoais da rede social Facebook, expostas por pessoas favoráveis ao processo de impeachment da presidente. Na imagem 3 é possível visualizar apenas um fundo preto com a palavra Luto, escrita também em maiúsculas e acompanhada do sinal de exclamação, o que indica que 4 Fonte: https://www.google.com.br/search?q=eu+luto&rlz=1C1VFKB_enBR663BR663&source=lnms&tbm=isc h&sa=X&ved=0ahUKEwih28X16PDLAhVIH5AKHcHJDvsQ_AUIBygB&biw=1280&bih=655#imgrc= QT4Hg2DHzsTpvM%3A não se está sofrendo um momento de luto, mas que a pessoa está se colocando como defensor da manutenção da presidente no seu cargo político (eu luto!). As três imagens possuem características que isoladamente poderiam não demonstrar a presença do dialogismo, porém ao se observar o contexto onde foram publicadas, o momento histórico vivido no Brasil e também as referências a estes símbolos que vem sendo empregados em manifestações em todo o país é facilmente identificável sua relação, nessa perspectiva “o dialogismo é constitutivo da linguagem, pois mesmo entre produções monológicas observamos sempre uma relação dialógica; portanto, todo gênero é dialógico” (MARCUZZO, 2008, p. 7). Ao levar para a classe esta atividade o professor pode trabalhar questões pontuais da Língua Portuguesa e também desenvolver análises que as ultrapassem, atingindo patamares que podem auxiliar o aluno a desvelar todo o processo que está em curso em nosso país. Ao propor tais atividades podem ser observadas as relações estabelecidas entre os falantes. Essa orientação para o outro é explicada pelo conceito de alteridade, a partir do qual um sujeito se posiciona frente ao discurso do outro em situações de interação, fazendo deste discurso, o seu próprio discurso. “Essa ideia fica melhor esclarecida com a noção de atitude responsiva ativa, que consiste na (s) reação (ções) que o locutor apresenta para o seu interlocutor nas situações comunicativas” (FRANCELINO, 2004, p. 25). Considerando que não há neutralidade nos processos dialógicos, o professor deve se posicionar frente aos fatos, porém deve indicar também o outro lado, diferente daquele que ele acredita estar correto. Poderá levar aos alunos argumentos contrários e favoráveis ao processo em curso, demonstrando assim que na fala do outro, neste caso as imagens 1, 2 e 3, há espaço para interação, argumentação, responsividade e alteridade, conceitos estes imbricados ao de dialogismo proposto por Bakhtin. Essas são algumas das atividades possíveis de serem realizadas, mas o professor deve ter em mente que deverá adequá-las ao nível de desenvolvimento de seus alunos e também aos seus objetivos de ensino. É importante salientar que os conceitos bakhtinianos servem de suporte para a prática docente, ou seja, devem embasar suas ações e escolhas pedagógicas. Conclusão Bakhtin concebe a linguagem como sociológica, nela as diferentes ideologias, os diferentes modos de ver e interpretar o mundo carregam de significado o conteúdo das enunciações e, dessa forma, acabam definindo as relações que se estabelecem entre os sujeito. No processo de ensino e aprendizagem deve-se reconhecer a existência do dialogismo, da presença do discurso do outro no discurso do aluno e no discurso do professor. Com este entendimento, tanto o professor quanto o aluno, são vistos como produtos e produtores de seus enunciados, sejam eles orais, escritos, imagéticos, etc. Isto significa que, estes sujeitos, ao serem produzidos por outras vozes, são também produtores de vozes que influenciarão nos discursos de outros. Todo ato de comunicação traz em si a fala do outro e deixa no outro as características que lhe eram próprias, “a orientação para o outro é determinante até no modo como formulamos nossas enunciações, desde o aspecto estritamente linguístico (lexical, por exemplo) até as entonações específicas” (FRANCELINO, 2004, p. 28). É importante compreender que o ambiente escolar pode favorecer a aprendizagem desde que esta seja uma ação intencional, na qual o professor tenha clareza sobre o nível de desenvolvimento de seus alunos e organize seu plano de trabalho docente de modo a atender às necessidades de ensino de cada um deles. É preciso que a escola valorize a linguagem nas dimensões da leitura, da escrita e da oralidade, pensando-a como objeto de reflexão e de diálogo entre sujeitos pensantes. Para organizar o ensino das disciplinas escolares, é preciso que se compreenda e que se considerem todas as características que tornam o homem um ser culturalmente constituído. Respeitar as vozes, os enunciados de cada grupo é tornar o ensino rico em diferenças que podem enriquecer o aprendizado intelectual e também ampliar as possibilidades de desenvolvimento das funções tipicamente humanas. Neste sentido a escola está inserindo seus alunos na cultura e favorecendo que os mesmos possam construir conscientemente novos fatores para ela, tais como novos saberes científicos, artísticos e em outros campos da atividade intelectual humana. Referências BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. de Michel Lahud e Yara Frateschi. 9 ed. São Paulo: Hucitec, 2006. ______. Problemas da poética de Dostoiéviski. 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