Tese 106 - 09.03.2001 - Marianne Christina Scheffer

Propaganda
Universidade Federal do Paraná
Setor de Ciências Agrárias – Centro de Ciências Florestais e da Madeira
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal
Sessão de Defesa de Tese
O Curso de Pós-Graduação em Engenharia Florestal realizará no dia 09 de março de
2001, com início previsto para às 8:30 horas, no auditório do Centro de Ciências Florestais e da
Madeira, sessão pública de defesa da tese de MARIANNE CHRISTINA SCHEFFER, cujo título é
“SISTEMA DE CRUZAMENTO E VARIAÇÃO GENÉTICA ENTRE POPULAÇÕES E PROGÊNIES
DE ESPINHEIRA-SANTA”. A banca examinadora será composta por:
Dr. Antônio José de Araujo
Professor e pesquisador do Departamento de Ciências Florestais da UFPR
Orientador e presidente da banca examinadora
Dr. Vicente Wagner Dias Casali
Professor e pesquisador da UFV, MG
Primeiro examinador
Dr. Jarbas Y. Shimizu
Pesquisador EMBRAPA-CNPFloresta
Segundo examinador
Dr. José Sebastião Cunha Fernandes
Professor e pesquisador do Departamento de Genética da UFPR
Terceiro examinador
Dr. Paulo Ernani R. Carvalho
Pesquisador EMBRAPA-CNPFloresta
Quarto examinador
Dr. Lin Chau Ming
Professor e pesquisador da UNESP, Botucatu, SP
Suplente
Dr. Pedro Ronzelli Jr
Professor e pesquisador do Departamento de Fitotecnia e Fitossanitarismo da UFPR,
Suplente
Curitiba, 16 de fevereiro de 2001.
___________________________________
Nivaldo Eduardo Rizzi
Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Engenharia Florestal
Franklin Galvão
Vice-coordenador
RESUMO
Os objetivos deste trabalho foram obter informações sobre o sistema de cruzamento da espinheira-santa, a variação genética entre
populações e progênies e sobre aspectos silviculturais. Foram coletados frutos de 105 árvores. Os municípios que contribuíram com
maior número de matrizes foram Viamão, RS, Arroio dos Ratos, RS, Campos Novos, SC, Água Doce, SC, Laranjeiras do Sul, PR e
Araucária, PR, todos na Região Sul do Brasil. Foi instalado um experimento em delineamento em blocos ao acaso, com quatro
repetições e oito tubetes por parcela, para avaliar a germinação e desenvolvimento das mudas na fase de viveiro. Quinze progênies de
Viamão, RS, num total de 279 indivíduos, foram utilizadas para estimar a taxa de fecundação cruzada, com dados obtidos por
eletroforese de isoenzimas e analisadas pelo programa MLTR. Foram instalados dois testes de progênie, um na Embrapa Negócios
Tecnológicos, Ponta Grossa, PR, com 44 progênies e outro em São José dos Pinhais, PR, com 32 progênies. O delineamento do
experimento, em ambos os locais, é em blocos ao acaso, com cinco repetições e quatro plantas por parcela. Aos 23 e aos 38 meses foi
avaliado o crescimento em altura. A variação genética entre quatro populações foi avaliada com base em dados obtidos por
eletroforese em uma amostra tomada no teste de progênies em São José dos Pinhais. Os dados foram analisados utilizando-se o
programa BIOSYS 1.7. As enzimas utilizadas para as estimativas de taxa de fecundação cruzada e variação entre populações foram
IDH, 6PGDH-2, GOT-1, MnR e PGI-2, todas polimórficas. A estimativa da taxa de fecundação cruzada em espinheira-santa foi 99,6%,
indicando que é uma espécie alógama. Os resultados da análise de diversidade entre populações indicam que a maior parte da
variação genética concentra-se dentro das populações. A identidade genética entre as populações com base no coeficiente de Nei
(1978) diminui à medida em que aumenta a distância geográfica entre as populações amostradas. A menor identidade genética é entre
a população antropogênica (Viamão, RS) e as populações naturais. Quanto aos aspectos silviculturais, os resultados demonstram que
há variação genética significativa entre as progênies com relação à germinação e ao crescimento inicial. O crescimento em altura das
progênies foi maior em São José dos Pinhais do que em Ponta Grossa, porém, não houve interação genótipo x ambiente. A correlação
genética entre os dois locais foi elevada. Os testes de progênies poderão ser transformados, futuramente, em pomar de sementes por
mudas para fornecimento de material de propagação. Como o número e tamanho das famílias nos testes de progênies foram
pequenos não é possível conciliar a manutenção de um tamanho efetivo adequado mínimo de 30 a 50 com ganhos genéticos
acentuados em crescimento em altura.
Download