As 10 regras de ouro do analista t cnico

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AS DEZ REGRAS DE OURO DO ANALISTA TÉCNICO
1. Esqueça as noticias e lembre-se sempre dos gráficos.
2. Compre no suporte, venda na resistência.
3. Venda sempre que uma empresa bate pela segunda vez num máximo ou sempre que a empresa bate pela
segunda vez no mínimo.
4. A tendência é sempre amiga.
5. Os topos demoram menos tempo a formar que os fundos, já que ganância age mais depressa do que o
medo.
6. A cotação tem memória. Lembre-se sempre da última vez que a empresa atingiu essa cotação pois é
provável que a cotação volte a ter o mesmo comportamento.
7. A tendência acaba sempre por testar a resistência ou o suporte.
8. Os bulls vivem acima da média móvel de 200 dias. Os bears vivem abaixo.
9. A inversão de uma tendência nunca acontece de repente.
10. Não vá à procura do momento sem que saiba qual é a porta de saída.
A Transformada de Fourier aplicada no mercado de capitais
A análise de Fourier foi inicialmente utilizada para o estudo de processos que envolvessem frequências quer
ao nível eléctrico quer ao nível mecânico. A análise completa de Fourier é designada por análise espectral
(FFT) e permite detectar padrões cíclicos dentro de um conjunto alargado de valores.
Foi esta especificidade que abriu as portas da Transformada de Fourier ao mercado de capitais. De facto, a
FFT permite a eliminação de ruído intraday e a descoberta de padrões cíclicos na evolução das cotações. Na
prática isto significa que se a FFT determinar um ciclo de N dias no passado recente da cotação de uma
empresa, é possível determinar a evolução da cotação da empresa em função deste ciclo passado, isto
assumindo que o ciclo se manterá, o que nem sempre se verifica.
Por isso a Transformada de Fourier é muitas vezes colocada de lado em detrimento da utilização das médias
móveis ou da regressção linear.
AS LEIS DE MURPHY
Para onde se está a mover o mercado? Quanto vai subir ou descer? E quando vai inverter? Responder a estas
perguntas é a preocupação básica dos analistas técnicos. Para além dos gráficos e das fórmulas matemáticas
usadas para analisar as tendências do mercado existem alguns conceitos básicos que se aplicam à maioria das
teorias utilizadas hoje em dia, pelos analistas técnicos.
John J. Murphy, o grande pioneiro da análise técnica dos mercados de futuros, baseou-se nos seus trinta anos
de experiência nesta matéria para desenvolver 10 regras básicas da análise técnica e do trading nela baseada.
Estes preceitos definem as ferramentas chave da análise técnica e a forma como devem ser utilizadas de forma
a indentificar oportunidades de compra e venda.
John Murphy foi o analista técnico da CNBC-TV durante sete anos no popular programa "Tech Talk" e foi o
autor dos aclamados livros "Technical Analysis of the Financial Markets", "Intermarket Technical Analysis" e
"The Visual Investor", sendo que o primeiro da lista é considerado por muitos a bíblia da análise técnica.
A seguir apresentam-se as "leis de Murphy":
1. Faça uma análise de longo prazo
Comece por analisar gráficos mensais e semanais durante vários anos. Um visão a larga escala dos mercados
possibilita uma melhor visualização das tendências de longo prazo. Apenas após a identificação da tendência
de longo prazo é que deve passar à análise dos gráficos diários e intraday.
2. Descubra a tendência a siga-a
As tendências do mercado têm diversos tamanhos - longo, médio e curto prazo. Em primeiro lugar, determine
qual a perspectiva de investimento que pretende utilizar e utilize o gráfico apropriado. Tenha a certeza que
transacciona na direcção desse tendência, comprando em fundos se a tendência é "bullish" e vendendo em
"rallies" se a tendência é "bearish". Se transacciona na tendência de médio prazo, utilize gráficos diários e
mensais. Se está a fazer daytrading, utilize gráficos diários e intraday. Em qualquer caso, deixe que o gráfico
de longo prazo determine a tendência e depois utilize o gráfico de prazo mais curto para decidir o timing.
3. Descubra os níveis de suporte e resistência
A melhor altura para comprar acontece perto de níveis de suporte. O suporte pode ser identificado ao níveis
da reacção a mínimos. Analogamente, a melhor zona para vender ocorre perto das resistências. As resistências
estão, normalmente, situadas em máximos anteriores. A quebra de uma resistência, transforma essa resistência
num suporte, em pullbacks subsequentes. Por outras palavras, o máximo antigo transforma-se em novo
mínimo. Da mesma forma, quando um nível de suporte é quebrado, esse suporte transformar-se-á num sinal
de venda em "rallies" subsequentes, ou seja, o antigo mínimo transforma-se em novo máximo.
4. Saiba até que ponto o mercado pode retrair
As correcções do mercado em baixa e em alta ocorrem frequentemente e em termos percentuais relativamente
à tendência anterior podem ser muito significativas. Estas correcções podem ser medidas e denominam-se
retracções (retracements). Uma retracção de 50% da tendência anterior é muito comum. A retracção mínima
é, normalmente 1/3 do movimento anterior, enquanto o retracement máximo é usualmente de 2/3. Durante um
pullback numa tendência de alta, os pontos de compra iniciais situam-se na área compreendida entre os
retracements de 33% e de 38%.
5. Desenhe linhas de tendência
As linhas de tendência são das mais simples e mais eficientes ferramentas de AT. Tudo o que é necessário são
dois pontos. As linhas de tendência de subida são efectuadas com dois mínimo sucessivos, enquanto que as
linhas de tendência de descida são desenhadas com dois máximos sucessivos. Os preços irão, muitas vezes
fazer "pull backs" para a linha de tendência antes de reiniciarem a tendência. A quebra de linhas de tendência
pode ser o primeiro sinal de uma mudança na tendência. Uma linha de tendência válida, deve ser tocada pelo
menos três vezes, para ser minimamente importante.
6. Siga as médias móveis
As médias móveis fornecem sinais objectivos de compra e venda. Dizem-nos se a tendência existente ainda
persiste e ajudam-nos a confirmar a mudança de tendência. As médias móveis não nos dizem, no entanto,
antecipadamente que a uma mudança da tendência é iminente. Uma combinação de duas médias móveis de
período diferente é um dos meios mais eficazes de encontrar sinais de tendência. No caso dos futuros existem
as populares 4 e 9 dias, 9 e 18 dias e 5 e 20 dias. Os sinais são dados quando a média móvel de período mais
curto cruza a de período mais longo. Este método resulta melhor em mercados com tendência.
7. Aprenda a identificar as mudanças
Os osciladores ajudam-nos a identificar mercados "overbought" e "oversold". Enquanto que as médias móveis
oferencem confirmação de uma mudança de tendência do mercado, os osciladores ajudam-nos a identificar
previamente que um mercado caiu ou subiu de mais e que em breve inverterá. Dois dos mais populares
osciladores são o RSI e o Estocástico. A transacção com base em osciladores resulta melhor em mercados a
"andar de lado".
8. Conheça os sinais de aviso.
O indicador MACD combina um sistema de cruzamento de médias móveis com os elementos
overbought/oversold de um oscilador. Um sinal de compra ocorre quando a linha mais rápida (período mais
curto), ultrapasse a média móvel de período mais longo e ambas se encontram abaixo de zero. Um sinal de
venda acontece sempre que a linha mais rápida cruze descendentemente a média móvel de período mais longo
e ambas se encontrem acima de zero. Os sinais semanais são privilegiados relativamente aos sinais diários.
Um histograma do MACD marca a diferença entre as duas médias móveis e dá-nos uma ideia ainda melhor da
mudança de tendência.
9. Identifique se o mercado está "trading" ou "trending"
O ADX ajuda a identificar se o mercado se encontra realmente em tendência ou se está num "trading range".
Mede o grau da direcção da tendência. Um ADX a subir sugere a presença de uma forte tendência, enquanto
que um ADX a descer sugere a presença de um mercado a andar de lado. Um ADX a subir
Inversões com candlesticks bearish III
Evening Star
A formação "evening star" é constituída por três candlesticks:
Uma candlestick branca e comprida.
Uma pequena candlestick (branca ou preta) que faça um gap up da anterior. Esta candlestick também pode ser
um doji, caso em que a formação seria uma "evening doji star".
Uma comprida candlestick preta.
A grande candlestick branca confirma que a pressão compradora permanece forte e que a tendência é ainda de
subida. Quando a segunda candlestick faz o gap up, é sinal que existe pressão compradora residual. Contudo,
a subida cessa ou diminui consideravelmente após o gap up e forma-se a candlestick pequena, indicando
indecisão e uma possível inversão de tendência. Se a pequena candlestick é um doji, as probabilidades de
inversão aumentam. A terceira candlestick preta fornece a confirmação da inversão.
Após a subida de 45 para 60 em cerca de duas semanas, o título formou a "evening star" (oval vermelha). A
candlestick do meio é o "spinning top", que indica indecisão e possível inversão. O gap acima de 60 foi
imediatamente "eliminado" pela comprida candlestick preta. Apesar de a acção ter estabilizado nos dias
seguintes, nunca excedeu o topo dessa candlestick preta e caiu subsequentemente para baixo de 50.
Bearish Abandoned Baby
A formação "bearish abandoned baby" assemelha-se ao "evening doji star" e também é constituída por 3
candlesticks:
Uma comprida candlestick branca.
Um doji que faz um gap up relativamente à anterior.
Uma comprida candlestick preta que faz um gap down do doji.
A principal diferença entre esta formação a "evening doji star" são os gaps de ambos os lados do doji. O
primeiro gap up assinala a continuação da subida e confirma a existência de pressão compradora. No entanto,
a pressão compradora sucumbe após o gap up e o título encerra num valor igual ou próxima do da abertura,
criando um doji. No seguimento do doji, o gap down e a grande candlestick preta indicam pressão vendedora
forte e sustentada. Esta formação assinala quase na perfeição a inversão e não é necessária confirmação
bearish posterior.
Neste caso, o bearish abandoned baby marca uma forte inversão, que levou os papéis em questão de cerca de
57.5 para 47.5. Apesar de a abertura e o fecho não serem exactamente iguais, o pequeno corpo da candlestick
do meio captura a essência do doji. Indecisão é reflectida no pequeno corpo real e nas diminutas sombras.
Adicionalmente, a candlestick do meio está separada por gaps, o que enfatiza a inversão.
Inversões com candlesticks bearish II
Bearish Engulfing
O Bearish Engulfing é uma formação constituída por duas candlesticks; a primeira é branca e a segunda é
preta. O tamanho da primeira não é muito importante, mas não deve ser um doji. A segunda deve ter um
corpo real comprido. Quanto maior, mais bearish é a inversão. O corpo preto deve cobrir completamente o
corpo da primeira candlestick branca. Idealmente, o corpo preto da candlestick deve cobrir também as
sombras da candlestick branca, mas esta condição não é necessária. As sombras são permitidas, mas devem
ser pequenas ou não existentes em ambas as candlesticks.
Após uma subida, a segunda candle forma-se quando pressão compradora residual causa a abertura acima do
encerramento anterior. Contudo, os vendedores tomam conta das operações após esta abertura em gap up e
começam a trazer o mercado para níveis inferiores. No final da sessão, a pressão vendedora torna-se tão
intensa que os preços movem-se para baixo do anterior fecho. A candlestick resultante "engole" o corpo da
anterior e cira um potencial sinal de inversão de curto prazo, que necessita de ser confirmado posteriormente.
Após encontrar a resistência por volta de 35 em meados de Janeiro, a empresa formou um "bearish engulfing"
(oval vermelha). A formação foi imediatamente confirmada com um declíneo e com uma subsequente quebra
do suporte.
Dark Cloud Cover
A formação "dark cloud cover" é constituída por duas candlesticks: a primeira é branca e a segunda é preta.
Ambas devem ter corpos reais relativamente compridos e pequenas ou inexistentes sombras. A candlestick
preta deve ter abertura superior ao encerramento anterior e deve encerrar, abaixo do ponto médio do corpo
real da candlestick branca. Um encerrametno acima do ponto médio pode qualificar-se como uma inversão,
mas não é considerado tão bearish.
Tal como no caso da formação "bearish engulfing", a pressão compradora residual força um abertura em gap
up, mas a partir desse momento, os vendedores entram no mercado e levam à quebra de preços. A intensidade
da pressão vendedora é tal que o título acaba por encerrar abaixo do ponto médio anterior. É necessária
confirmação posterior.
Depois de uma subida de 37.5 até 45 em cerca de 2 semanas, o título registou uma formação "dark cloud
cover" (oval vermelha). Esta formação foi confirmada posteriormente com duas grandes candlesticks pretas e
marcou uma inversão abrupta por volta de 45.
Shooting Star
Sobre a formação "shooting star" já discorremos detalhadamente num artigo anterior, por isso, aqui fica
apenas o exemplo:
Após uma subida marcada por uma grande candlestick branca, a empresa formou uma "shooting star" acima
de 90 (oval vermelha). A formação bearish foi confirmada com o gap down na sessão seguinte.
Bearish Harami
O harami bearish é formado por duas candlesticks. A primeira tem um corpo real comprido e a segunda um
corpo real curto que está completamente "dentro" do da primeira. Existem quatro combinações possíveis de
cor das duas candlesticks: branca/branca, branca/preta, preta/branca e preta/preta.
Independentemente de estarmos a falar de inversões bullish ou bearish, todos os harami parecem idênticos. A
sua natureza bullish ou bearish depende da tendência precedente. Independentemente da cor da primeira
candlestick, quanto mais pequeno for o corpo da segunda candlestick, maior é a probabilidade de a inversão
realmente ocorrer. Se a candlestick pequena for um doji, a probabilidade de inversão aumenta.
Apesar de qualquer combinação de cores ser possível, as mais bearish são aquelas que se formam com
preta/branca ou preta/preta, apesar de serem muito menos comuns do que as combinações branca/preta ou
branca/branca, após uma subida. Estas duas últimas podem também ser consideradas inversões "bearish".
Após um gap up e uma rápida subida até 30, a acção formou um harami bearish (oval vermelha). Este harami
consiste numa candlestick preta com corpo comprida e numa pequena candlestick preta. O declíneo dois dias
depois confirmou o harami bearish e a acção caiu para perto de 20.
Neste caso, o harami é constituído por uma grande candlestick branca e por uma comprida candlestick preta
(oval vermelha). A longa candlestick branca confirmou a direcção da tendência. Contudo, a acção abriu em
gap down no dia seguinte e transaccionou entre limites mais próximos. A quebra nos três dias seguintes
confirmou a formação como bearish.
Inversões com candlesticks bearish I
Tal como existem muitos padrões de inversão bullish, também existem várias formações de inversão
"bearish". Destacamos apenas os mais relevantes (entre parêntesis consta o número de candlesticks que forma
cada padrão):
Bearish Abandoned Baby (3)
Bearish Engulfing (2)
Bearish Harami (2)
Dark Cloud Cover (2)
Evening Star (3)
Shooting Star (1)
Existem vários pressupostos importantes para a correcta identificação e interpretação destas formações de
candlesticks:
1 - Todas formações requerem confirmação "bearish" adicional.
2 - Os padrões de inversão "bearish" devem formar-se numa tendência de subida.
3 - Os sinais destas formações devem ser confirmados por mais confirmações "bearish".
1 - Confirmação Bearish
As formações são constituídas por uma ou mais "candlesticks"; a maioria requer confirmação "bearish". A
inversão confirma que os vendedores conseguiram suplantar a pressão compradora que existia anteriormente,
mas não é certo que existirão investidores dispostos a vender a preços mais baixos. Sem confirmação, estes
padrões seriam considerados neutros e indicariam, na melhor das hipóteses, um mero nível de resistência. As
confirmações "bearish" são sinónimo de quebras posteriores e podem vir na forma de um "gap down", de uma
grande "candlestick" preta ou de uma forte descida com volume. Por que a análise das formações de
candlestick é mais apropriada para o curto prazo (1 ou 2 semanas), a confirmação "bearish" deve aparecer
entre 1 e 3 dias após a formação. Segue-se um exemplo:
A acção subiu de perto de 60 para ligeiramente acima de 70 em menos de 2 meses. A grande candlestick
branca que levou a acção para cima de 70 em finais de Março foi seguida por um "long-legged doji" em
posição harami. Um segundo "long-legged doji" seguiu-se, indicando que a tendência de subida estava a
fraquejar. A "dark cloud cover" (oval vermelha) aumentou estas suspeitas e a confirmação "bearish" surgiu na
forma de uma grande candlestick preta (seta vermelha).
2 - Tendência prevalecente
De forma a serem considerados sinais de inversão "bearish", deve existir previamente uma tendência de
subida. Um "dark cloud cover" após uma forte quebra de cotações ou perto de novos mínimos raramente pode
ser considerada uma formação de inversão "bearish". Estas formações indicariam pressão vendedora contínua
e poderiam ser consideradas uma formação de continuação de tendência. Existem muitos métodos disponíveis
para determinar a tendência de subida: médias móveis, análise de breakouts ou linhas de tendência:
- A acção está a transaccionar acima da sua MME20.
- Cada pullback "bearish" é menor do que o anterior.
- A empresa está a transaccionar acima da sua linha de tendência.
Estes são apenas alguns exemplos de como se pode determinar uma tendência de subida. Alguns traders
podem preferir uptrends mais curtos e podem considerar, por exemplo, acções acima da Média móvel
exponencial de 10 dias. Os critérios dependerão sempre do estilo de trading de cada indivíduo.
3 - Outros aspectos da análise técnica
As candlesticks providenciam um excelente meio de indentificar inversões de curto prazo, mas não devem ser
utilizadas isoladamente. Outros aspectos da análise técnica podem e devem ser incorporados de forma a tornar
a inversão mais robusta. Aqui estão três ideias de como se podem combinar indicadores técnicos tradicionais
com análise de candlesticks.
Resistência: procurar por padrões de inversão bearish perto de níveis de resistência de forma a incrementar as
probabilidades de abrir uma posição correcta. Níveis de suporte podem ser identificados com média móveis,
reacções prévias a máximos e linhas de tendência. Segue-se um exemplo:
Em Janeiro de 2000, o título fez um gap up superior a 5 e fechou acima de 50. Uma candlestick com uma
grande sombra superior formou-se no dia seguinte e a acção caiu para 45. Assim, o nível de resistência ficou
estabelecido por volta de 53. Depois de uma nova subida para perto desse nível, formou-se um bearish
engulfing (oval vermelha). A confirmação "bearish" aconteceu quando a acção caiu no dia seguinte no forma
de gap down abaixo de 50 e quebrou a tendência de curto prazo dois dias depois.
Momentum: use osciladores para confirmar a fraqueza do momentum com inversões "bearish". Divergências
negativas no MACD, no PPO, no indicador estocástico, no RSI, no StochRSI ou no Williams %R indicariam
um pior momentum e subiriam a robustez de um padrão de inversão "bearish". Adicionalmente, crossovers
"bearish" de médias móveis no PPO e no MACD podem proporcionar confirmação, assim como despoletar
crossovers no oscilador estocástico lento.
Money Flows: Usar indicadores baseados em volume de forma a ter uma noção da pressão vendedora ou
compradora. On Balance Volume (OBV), Chaikin Money Flow (CMF) e Linha de Acumulação/Distribuição
podem ser usados em conjunto com as candlesticks. Sinais de força dos vendedores em qualquer um destes
indicadores pode aumentar as probabilidades de a inversão ser efectiva.
Para aqueles que querem ir mais longe, estes três aspectos podem ser combinados de forma a obter-se o sinal
decisivo. Procure formações de candlesicks de inversão "bearish" em activos a transaccionar perto de níveis
de resistência, apresentado divergências negativas e sinas de pressão vendedora. Aqui fica um exemplo:
Em Outubro de 2000 foram despoletados, em conjunto, vários sinais. A acção transaccionava perto da
resistência de 70 pela terceira vez em dois meses e formou um "dark cloud cover" (oval vermelha).
Adicionalmente, a longa candlestick preta teve uma grande sombra superior, o que indica uma inversão
intraday. A confirmação "bearish" aconteceu no dia seguinte com uma forte quebra nas cotações. A
divergência negativa no PPO e um "money flow" extremamente fraco também proporcionaram confirmação
de que inversão estava aí.
Inversões com candlesticks bullish III
Hammer
Também já abordamos o estudo do "Hammer", que é constituído por uma "candlestick", branca ou preta",
com um pequeno corpo real, com uma pequena/inexistente sombra superior, e com uma comprida sombra
inferior. Após uma quebra, o mínimo intraday do "hammer" indica que a pressão vendedora persiste. No
entanto, o forte fecho mostra que os compradores começam a ficar mais activos. É, contudo, necessário que
exista confirmação desta força. Segue-se um exemplo de uma inversão sinalizada por esta "candlestick".
O título caiu de cerca de valores ligeiramente acima de 50 para perto de 35 no final de Fevereiro. Após um
pequeno rally, o título caiu novamente para os níveis de suporte em meados de Março e formou um
"hammer". A confirmação "bullish" chegou dois dias mais tarde com uma forte subida.
Morning Star
A formação morning star também já foi abordada num artigo. É formada por três candlesticks: uma grande
preta, uma pequena branca ou preta (que pode vir na forma de doji) em "gap down" relativamente à anterior e
uma grande candlestick branca. Segue-se mais um exemplo:
Após cair de cerca de 182 para baixo de 120, este papel formou uma "morning doji star" e subsequentemente
subiu para cima de 160 em apenas 3 dias. Estes são fortes sinais de inversão de tendência e já não requerem
confirmação "bullish" posterior após a candlestick branca do terceiro dia. Após a subida para cima de 160,
formou-se um "pullback" de três semanas e formou-se um "piecing pattern" (seta vermelha) que foi
confirmado com um grande "gap up".
Bullish Abandoned Baby
O "bullish abandoned baby" assemelha-se à "morning doji star" e também é constituída por três candlesticks:
uma grande candlestick preta, um doji em gap down, e uma candlestick branca comprida em gap up face ao
doji. Outro exemplo:
Em Abril, a cotação desta empresa caiu para baixo da sua média móvel exponencial de 20 dias e começou por
encontrar suporte por volta dos 35. A partir de 17 de Abril, a acção começou a formar uma base, mas um
claro padrão de inversão tardou a aparecer. Apenas no final de Maio é que se formou um "bullish abandoned
baby". Depois disso, foi sempre a subir.
Inversões bullish com candlesticks II
J� dedic�mos um artigo inteiro � forma��o "bullish engulfing", que � constitu�da por duas
"candlesticks", a primeira preta e a segunda branca. De seguida, apresentamos o exemplo de uma invers�o
sinalizada por esta forma��o.
Em Janeiro de 2000, a ac��o formou um par de forma��es "bullish engulfing" que antecedeu duas subidas
de pre�o significativas. O primeiro formou-se no in�cio de Janeiro ap�s uma forte quebra que levou a
ac��o para valores bem abaixo da sua m�dia m�vel exponencial de 20 dias (MME20). De imediato,
ocorreu um "gap up", que confirmou a forma��o como "bullish" e a ac��o continuou a subir at� perto dos
85 d�lares. Ap�s corrigir at� ao suporte, no final de Janeiro deu-se o segundo "bullish engulfing".
Novamentem a ac��o caiu para valores abaixo da sua MME20 e encontrou suporte no anterior "gap up".
Tamb�m marcou a correc��o de dois ter�os da anterior subida. Um "bullish engulfing" formou-se e foi
confirmado no dia seguinte com uma forte subida de continua��o.
Piercing Pattern
O "piercing pattern" tamb�m j� foi tratado num artigo anterior. Segue-se um exemplo:
No final de Mar�o de 2000, a ac��o caiu de valores acima de 80 para cerca de 40, tocando neste �ltimo
valor no in�cio de Abril com uma sombra inferior comprida. Depois de subir ligeiramente, a ac��o testou o
suporte de 30 novamente em medos de Abril e formou o "piercing pattern", que posteriormente foi
confirmado no dia seguinte com uma forte subida acima de 50. Apesar de existir um pequeno "pullback"
ap�s a confirma��o, a ac��o permaneceu acima do suporte e subiu para 70. Note-se tamb�m "morning
doji star" no final de Maio.
Bullish Harami
Tamb�m j� tratado noutro artigo, esta forma��o de candlesticks distingue-se das anteriores por poder ser
formada por duas "candlesticks", independemente da sua cor. No entanto, as mais "bullish" s�o as formadas
pelas combina��es "branca/preta" ou "branca/branca". Pelo facto de a primeira candlestick possuir um corpo
grande, implica que se este corpo for branco, a possibilidade de invers�o "bullish" � maior, pois mostra um
s�bito e sustentado resurgimento da press�o compradora. A pequena candlestick do per�odo seguinte indica
consolida��o. Estas duas combina��es de haramis s�o menos frequentes do que as combina��es
"preta/preta" ou "branca/preta". Ap�s uma tend�ncia de baixa, um harami "preta/preta" ou "branca/preta"
tamb�m � considerado "bullish". A primeira "candlestick" preta comprida assinala que press�o vendedora
significativa ainda existe e pode ser indicativa de capitula��o. A pequena candlestick que segue forma-se
com um "gap up" na abertura, indicantdo uma s�bita subida na press�o compradora e a eventual invers�o.
Um exemplo:
A ac��o em quest�o caiu para perto de 65 d�lares em Abril de 2000 e come�ou a transaccionar num
trading range entre 65 e 100, nas semanas seguintes. Ap�s uma quebra de 6 dias que a levou ao suporte em
finais de Maio, um harami bullish formou-se (oval vermelha). No primeiro dia formou-se uma longa
candlestick branca, e no segundo, uma pequena candlestick que poderia ser classificada como um doji. No dia
seguinte, a ac��o voltou a subir, confirmando o sinal do harami, tendo posteriormente subido at� perto de
150
Inversões Bullish com candlestick l
Existem dezenas de inversões "bullish" com candlesticks. Elegemos apenas as mais comuns para alvo de
análise mais detalhada. Na lista abaixo estão algumas dos padrões base de inversão com o número de
candlesticks requerida entre parêntesis:
Bullish Engulfing (2)
Piercing Pattern (2)
Bullish Harami (2)
Hammer (1)
Inverted Hammer (1)
Morning Star (3)
Bullish Abandoned Baby (3)
Todas as formações de candlesticks supracitadas já foram cobertas anteriormente, no entanto, desta vez, será
dada uma detalhada informação acerca de cada um. Como o artigo tornar-se-ia muito extenso, vamos realizar
uma análise dividida em duas partes. Nesta primeira parte devem-se estabelecer certos pressupostos:
- a maior parte destas formações requer confirmação "bullish";
- estas formações devem ser formadas numa altura de tendência de baixa.
- também devem ser utilizados outros aspectos da análise técnica.
Confirmação "Bullish"
As formações são constituídas por uma ou mais "candlesticks"; a maioria requer confirmação "bullish". A
inversão confirma que os compradores conseguiram suplantar a pressão vendedora que existia anteriormente,
mas não é certo que existirão investidores dispostos a comprar a preços mais elevados. Sem confirmação,
estes padrões seriam considerados neutros e indicariam, na melhor das hipóteses, um mero nível de suporte.
As confirmações "bullish" são sinónimo de subidas posteriores e podem vir na forma de um "gap up", de uma
grande "candlestick" branca ou de uma forte subida do volume. Por que a análise das formações de
candlestick é mais apropriada para o curto prazo (1 ou 2 semanas), a confirmação "bullish" deve aparecer
entre 1 e 3 dias após a formação.
Tendência prevalecente
De forma a serem consideradas sinais de inversão "bullish", deve existir previamente uma tendência de
quebra contrária. Um "bullish engulfing" em novos máximos podem ser raramente considerados um padrão
de inversão "bullish". Estas formações indicariam pressão compradora contínua e poderiam ser consideradas
uma formação de continuação. No exemplo abaixo, o padrão de oval vermelha assemelha-se um "bullish
engulfing", mas formou-se perto de uma resistência e após uma subida de 30 pontos. A formação é mais de
continuação, do que que de inversão.
A existência de uma tendência de descida pode ser determinado através do uso de uma média móvel,
pullbacks e linhas de tendência. Uma tendência de baixa pode identificar-se, por exemplo, do seguinte modo:
- A acção está a transaccionar abaixo da sua MME20.
- Cada pullback "bullish" é menor do que anterior.
- A empresa está a transaccionar abaixo da sua linha de tendência.
Estes são apenas alguns exemplos de como se pode determinar uma tendência de quebra. Alguns traders
podem preferir downtrends mais curtos e podem considerar, por exemplo, acções abaixo da Média móvel
exponencial de 10 dias. Os critérios dependerão sempre do estilo de trading e das diferenças pessoais.
Outros sinais técnicos
As candlesticks providenciam um excelente meio de indentificar inversões de curto prazo, mas não devem ser
utilizadas isoladamente. Outros aspectos da análise técnica podem e devem ser incorporados de forma a tornar
a inversão mais robusta. Aqui estão três ideias de como se podem combinar indicadores técnicos tradicionais
com análise de candlesticks.
Suporte: procurar por padrões de inversão bullish perto de níveis de suporte de forma a incrementar as
probabilidades de abrir uma posição correcta. Níveis de suporte podem ser identificados com média móveis,
reacções prévias a mínimos, linhas de tendência ou retracements de Fibonacci.
O título acima subiu de 75 para 175 em menos de dois meses. Porteriormente, a acção retrocedeu 50% deste
avanço e formou um grande "bullish engulfing" perto de 125. Este padrão foi confirmado com duas subidas
subsequentes acima da linha de tendência de baixa.
Momentum: Usar osciladores de forma a confirmar a melhoria do "momentum" com inversões "bullish".
Divergências positivas no MACD, no PPO, no indicador estocástico, no RSI, no StochRSI ou no Williams
%R indicariam uma melhoria no momentum e subiriam a robustez de um padrão de inversão "bullish".
Money Flows: Usar indicadores baseados em volume de forma a ter uma noção da pressão compradora ou
vendedora. OBV, Chaikin Money Flow (CMF) e Linha de Acumulação/Distribuição podem ser usados em
conjunto com as candlesticks. Sinais de força em qualquer um destes indicadores pode aumentar as
probabilidades de a inversão ser real.
Para aqueles que querem ir mais longe, estes três aspectos podem ser combinados de forma a obter-se o sinal
decisivo. Procure formações de candlesicks de inversão "bullish" em activos a transaccionar perto de níveis de
suporte, apresentado divergências positivas e sinas de pressão compradora.
Aqui está um exemplo, de como tudo isso pode acontecer. No início de Julho, o título em análise formou uma
série de "spinning tops" perto do suporte de 25. No início de Julho, um "bullish engulfing" formou-se, sendo
confirmada três dias mais tarde pela forte subida, para cima de 27. O oscilador estocástico de 10 dias formou
uma divergência positiva e moveu-se para cima da sua linha de sinal, mesmo antes da acção subir para cima
de 27. Apesar de não estar ainda em terreno positivo, o Chaikin Money Flow mostrou melhorias significativas
e moveu-se para terreno positivo uma semana mais tarde.
Candlesticks e Resistência
As candlesticks, quer individuais, quer em formação podem ser utilizados para confirmar ou marcar níveis de
resistência. Estass resistências podem ser novos (após uma tendência de subida) ou podem ser níveis de
resistência antigos dentro de um "trading range". Num "trading range", as candlesticks podem ajudar a
escolher pontos de saída (ou abertura de posições curtas) no mercado perto dos níveis de esistências. A lista
abaixo contém algumas das candlesticks/formações que podem ser utilizados juntamente com níveis estes. Os
padrões "bearish" de inversão de tendência estão marcados com (R):
Bearish Engulfing (R)
Bearish Harami (R)
Dark Cloud Cover (R)
Doji (Normal, Long Legged, Gravestone)
Evening Star ou Bearish Abandoned Baby (R)
Hanging Man (R)
Long Black Candlestick ou Black Marubozu
Shooting Star (R)
Spinning Top
Three Black Crows (R)
As formações de inversão "bearish" de candlesticks sugerem que a pressão compradora prévia se esmoreceu e
que foi substituída por uma forte pressão vendedora, que culminou num encerramento em forte baixa. Este
movimento "bearish" é indicativo de excesso de oferta e que a resistência pode ter sido encontrado.
O "hanging man", a grande candlestick preta e o marubozu preto mostram aumento da pressão vendedora e
não um padrão de inversão real. Com a sua longa sombra inferior, um hanging man significa que existiu força
do lado dos vendedores no intraday, que se dissipou no final da sessão. Apesar de acção ter encerrado acima
dos seus mínimos, a capacidade dos vendedores em continuarem a incrementar a descida dos preços durante a
sessão é um sinal "bearish" de per si. A grande candlestick preta e o "marubozu" preto indicam pressão
vendedora incremental, na qual os preços caem consistentemente desde a abertura até ao encerramento. Sinais
de pressão compradora adicional moldam-se bem à resistência.
O doji e o "spinning top" denotam indecisão e são geralmente considerados neutros. Estas formações de não
inversão indicam um decréscimo na pressão compradora, mas não necessariamente um reavivar da pressão
vendedora. Para que a subida continue, é necessário que existam novos vendedores dispostos a pagar preços
maiores. Após uma tendência de subida, o aparecimento de um doji ou "spinning top" denota uma súbita
diminuição da pressão compradora. Uma situação de impasse é criada, o que dá origem ao possível nível de
resistência.
Em finais de Maio, a empresa acima subiu de 90 para 140 em cerca de dois meses. O salto final ocorreu com
um "gap up" e dois doji. Estes doji marcaram um impasse entre compradores e vendedores, e
subsequentemente formou-se um nível de resistência. Após um teste à resistência em meados de Junho, outro
doji formou-se, indicando que os compradores e os vendedores não estavam convictos do que estavam a
fazer. Isto levou a um declíneo e uma reacção em alta em forma de "rally" no início de Junho. A subida levou
a acção dos 105 aos 140 euros, até que se formou outro doji confirmando a resistência estabelecida em Junho.
Já este título transaccionou entre 65 e 52 euros durante cerca de 4 meses. A resistência foi estabelecida
primeiramente em finais de Abril, com uma "shooting star" e um "dark cloud cover". Ambos os sinais
"bearish" foram posteriormente confirmados com um "gap down" dois dias depois e testou o suporte de 52
euros. À medida que a acção se aproximou desse suporte, começaram a formar-se "candlesticks" com
sombras inferiores compridas, ocorrendo uma inversão no fim de Maio. Depois de uma tendência de subida,
encontrou-se a resistência nos 65 euros e outra "dark cloud cover" formou-se na resistência no início de
Junho. Os compradores não tinham nitidamente a convicção perto dos 65 euros e os vendedores estavam
demasiado desejosos de se desfazerem dos seus títulos. Um nível de resistência final ocorreu em meados de
Junho. Depois de um "breakout" de um dia acima de 65, a acção inverteu a sua tendência e encerrou
novamente abaixo de 65.
Finalmente, depois duma subida, o papel estabeleceu a primeira resistência nos 57 euros no início de Abril,
com o máximo de um "shooting star". O título registou um forte quebra, mas teve um "rebound", testando
novamente a resistência de 57 em Maio. Enquanto que na resistência em Maio, formou-se um conjunto de
"shooting stars", assim como o invulgar "spinning top" e "long legged doji". A quebra para baixo de 56
cofirmou que as formações anteriores eram "bearish" e a acção testou o suporte dos 50. Depois de uma nova
subida para os 57 euros, acção aparentava estar prestes a quebrar a resistência, mas uma pequena candlestick
branca formou-se em medados de Junho (círculo preto). O "gap up" poderia ter sido positivo, mas a
continuação na forma da pequena candlestick branca deu o primeiro sinal de fraqueza dos compradores. O
gap down subsequente formou uma "evening star" bearish e a acção voltou a cair novamente para o seu
suporte.
Candlesticks e suporte
As candlesticks, quer individuais, quer em formação podem ser utilizados para confirmar ou marcar níveis de
suporte. Estes suportes podem ser novos (após uma tendência de quebra) ou podem ser níveis de suporte
antigos dentro de um "trading range". Num "trading range", as candlesticks podem ajudar a escolher pontos
de entrada no mercado, perto dos níveis de suporte, e pontos de saída, junto de resistências. A lista abaixo
contém algumas das candlesticks/formações que podem ser utilizados juntamente com níveis de suporte. Os
padrões "bullish" de inversão de tendência estão marcados com (R):
Bullish Engulfing (R)
Bullish Harami (R)
Doji (Normal, Long Legged, Dragon Fly)
Hammer (R)
Inverted Hammer (R)
Grande candlestick branca ou Marubozu branco
Morning Star ou Bullish Abandoned Baby (R)
Piercing Pattern (R)
Spinning Top
Três Soldados Brancos (R)
As formações de inversão "bullish" de candlesticks sugerem que a pressão vendedora prévia se esmoreceu e
que foi substituída por uma forte pressão compradora, que culminou num encerramento em forte alta. Este
movimento "bullish" indica uma forte procura e que o suporte pode ter sido encontrado.
O "inverted hammer", a grande candlestick branca e o marubozu mostram aumento da pressão compradora e
não um padrão de inversão real. Com a sua longa sombra superior, um inverted hammer significa que existiu
força do lado dos compradores no intraday, que se dissipou no final da sessão. Apesar de acção ter encerrado
bastante abaixo dos seus máximos, a capacidade de os compradores de continuarem a incrementar a subida
dos preços durante a sessão é "bullish". A grande sombra comprida e o "marubozu" branco indicam pressão
compradora incremental, na qual os preços sobem consistentemente desde a abertura até ao encerramento.
Sinais de pressão compradora adicional moldam-se bem ao suporte.
O doji e o "spinning top" denotam indecisão e são geralmente considerados neutros. Estas formações de não
inversão indicam um decréscimo na pressão vendedora, mas não necessariamente um reavivar da pressão
compradora. Após uma tendência de quebra, o aparecimento de um doji ou "spinning top" denota uma súbita
diminuição da pressão vendedora. Uma situação de impasse é criada, o que dá origem ao suporte.
Como podemos observar, o título acima cotou num tranding range entre os 58 e os 75 euros durante cerca de
4 meses no início de 2000. O suporte de 58 foi estabelecido no início de Janeiro e a resistência de 75 no final
do mesmo mês. Em Março, a cotação caiu para o nível de suporte anterior, formou um "long legged doji" e
mais tarde um "spinning top" (círculo vermelho). Note que o doji formou-se imediatamente após um grande
Marubozu preto. Este doji marcou a diminuição abrupta da pressão vendedora e o nível de suporte mantevese. O suporte foi novamente testado em Abril e este teste também foi marcado por um "long legged doji" (seta
azul).
Neste caso formou-se um "bullish engulfing pattern" de forma a marcar o novo nível de suporte,
imediatamente abaixo de 210 (oval verde) em finais de Julho de 2000. Uns dias mais tarde uma grande
candlestick branca formou-se e "engoliu" as 4 candlesticks anteriores. A combinação da formação "bullish
engulfing" e da grande candlestick branca serviu para reforçar a validade do suporte perto de 208. A acção
testou, desde então o suporte que ronda os 208 um vez no início de Setembro e duas vezes em Outubro. Um
"piercing pattern" (seta vermelha) formou-se no início de Outubro e um grande "hammer" no fim de Outubro.
O suporte foi criado num valor a rondar os 46 euros no fim de Fevereiro com um "spinning top" (seta
vermelha) e início de Março com um "harami". Depois de uma forte quebra em Abril e após a formação de
um "hammer" de forma a confirmar o suporte nos 46 euros. Depois de uma reacção em alta até à resistência
por volta dos 57 euros, a acção mais registou uma forte desvalorização por volta dos 46 euros (seta azul). A
candlestick preta com a sombra inferior comprida marca o suporte, mas o corpo real é demasiado grande para
marcá-la como um "hammer".
O suporte foi criado num valor a rondar os 46 euros no fim de Fevereiro com um "spinning top" (seta
vermelha) e início de Março com um "harami". Depois de uma forte quebra em Abril e após a formação de
um "hammer" de forma a confirmar o suporte nos 46 euros. Depois de uma reacção em alta até à resistência
por volta dos 57 euros, a acção mais registou uma forte desvalorização por volta dos 46 euros (seta azul). A
candlestick preta com a sombra inferior comprida marca o suporte, mas o corpo real é demasiado grande para
marcá-la como um "hammer".
Bullish Engulfing Pattern
O Bullish Engulfing Pattern é constituído por duas candlesticks e forma-se quer em períodos de declíneo, quer
em períodos tendencialmente de subida.
A primeira candlestick, tem um corpo real preto (encerramento abaixo da abertura). As sombras superior e
inferior, apesar de não obrigatoriamente, são normalmente relativamente pequenas, indicando pouca
volatilidade entre o fecho e a abertura. A segunda candlestick tem um corpo real branco (encerramento acima
da abertura) que é maior que o corpo preto da candlestick anterior. De forma a que isto ocorra, a segunda
"candlestick" deve possuir duas características:
1 - A abertura deve ser inferior ao encerramento do dia anterior.
2 - O encerramento deve ser superior que a abertura do dia anterior.
Tal como o seu nome indica, o "bullish engulfing pattern" é "bullish" e indica que os "bulls" tomaram o
controlo aos "bears". A primeira "candlestick" é preta, indicando que os "bears" estiveram na liderança e que
forçaram o activo a encerrar abaixo da abertura. No período seguinte, os "bears" ainda estavam a controlar na
abertura e arrastaram o activo para a desvalorização. No entanto, os "bulls" recuperaram mais tarde e
conseguiram catalisar uma subida do mesmo. De facto, a subida é tão poderosa que a abertura do dia anterior
é ultrapassada e a candlestick resultante engole a candlestick anterior.
Tal como acontece com a maior parte das candlesticks, é necessário confirmação posterior, sendo também
necessário conhecer a tendência prévia para o despoletar de um sinal.
Morning Doji Star
Uma Morning Doji Star é uma formação composta por 3 candlesticks que se forma após uma tendência de
quebra e que marca o potencial ponto de inversão.
A primeira candlestick é preta e de ter um corpo relativamente grande.
A candlestick intermédia é um doji que se forma após um "gap down" na abertura.
A terceira candlestick é branca e tem um corpo branco relativamente comprido.
A primeira candlestick forma-se na mesma direcção que a tendência corrente e mostra que os vendedores
estão em controlo. O doji do período seguinte em gap down mostra que a pressão vendedora continua na
abertura. No entanto, esta não persiste ao longo do resto do dia e a pressão compradora dá origem a um
encerramento igual à abertura. Após uma tendência de quebra, o doji indica indecisão entre os compradores e
os vendedores. Esta indecisão é resolvida quando uma grande candlestick branca indica a inversão da
tendência. Apesar de preferível, o "gap up" na candlestick branca não é necessário.
O exemplo mostra uma quebra de 180 para os 120 em cerca de 1 mês. A tendência era definitivamente de
baixa, mas não existiam sinais de inversão. Quando o doji em gap down se formou em 26 de Maio, indicou
indecisão entre a procura e a oferta. O gap up subsequente na abertura seguinte e o forte encerramento
confirmaram a inversão e a Morning Doji Star formou-se.
Piercing Pattern (bullish)
Um "piercing pattern" é uma formação "bullish" que se forma após uma tendência de quebra e que marca uma
potencial inversão de tendência. O "piercing pattern" por si só não é suficiente para assinalar uma mudança na
tendência e é necessária para ser considerada "bullish". Uma confirmação "bullish" pode vir na forma de um
"gap up" ou de um forte encerramento após a abertura.
Duas candlesticks são necessárias para formar um "piercing pattern":
- A primeira é uma candlestick preta relativamente comprida.
- A segunda é uma candlestick branca que abre abaixo o encerramento do período anterior e que encerra
acima o ponto médio do corpo preto da candlestick.
Os "piercing patterns" podem resultar bem quando utilizados em conjunto com os outros aspectos da análise
técnica. Nos exemplos acima, ambas as formações indicam níveis de suporte e foram confirmados por um
"gap up" e posterior subida após a formação.
Inverted Hammer e Shooting Star
O "inverted hammer" (martelo invertido) e a "shooting star" (estrela cadente) são extremamente parecidos,
mas têm diferentes implicações conforme a tendência prevalecente antes da sua aparecimento. Ambas as
"candlesticks" têm um corpo real diminuto (preto ou branco), longas sombras superiores e pequanas (ou
inexistentes) sombras inferiores. Estas "candlesticks" marcam uma potencial inversão de tendência, mas
requerem confirmação posterior, antes de ser tomada qualquer decisão (de compra ou de venda).
A "shooting star" é um sinal bearish que se forma após uma tendência de subida que culmina numa "star" (ver
capítulo anterior), daí o seu nome. Uma "shooting star" pode marcar uma inversão de tendência ou um nível
de resistência e forma-se após um gap up na abertura, um avanço durante a sessão e um encerramento bem
longe dos máximos da sessão. A candlestick resultante tem uma longa sombra superior e um pequeno corpo
real (preto ou branco, conforme o encerramento fica abaixo ou acima da abertura, respectivamente). Depois
de uma subida acentuada (a que corresponde a sombra superior), a capacidade dos "bears" para forçar uma
quebra dos preços levanta a "bandeira amarela". De forma a indicar claramente uma inversão, a sombra
superior deverá ser relativamente comprida, pelo menos o dobro do tamanho do corpo. Antes de ser tomada
qualquer decisão de compra ou de venda, será necessária uma confirmação "bearish" posterior, que poderá vir
na forma de um "gap down" ou de uma longa candlestick preta (acompanhada de forte volume).
O "inverted hammer" parece exactamente igual à "shooting star", mas forma-se após um declíneo ou após
uma tendência de quebra. Os "inverted hammers" representam uma potencial inversão de tendência ou então
fixam um nível de suporte. Depois de uma longa quebra, a sombra comprida superior indica que a pressão
compradora perdurou durante a maior parte da sessão. No entanto, os "bulls" foram incapazes de sustentar
essa pressão compradora e os preços encerraram bem abaixo dos seus máximos da sessão criando a longa
sombra superior. Devido a esta falha, é necessária confirmação "bullish" posterior antes de se tomar qualquer
decisão de compra e venda. Este sinal "bullish" pode vir na forma de um "gap up" ou de uma longa
candlestick branca (acompanhada de forte volume).
Inversões com candles com sombras compridas - «Hammer» e «Hanging Man»
Existem dois pares de formações de inversão com "candlesticks" formadas por pequenos corpos reais, uma
sombra comprida e uma sombra curta ou mesmo inexistente. Hoje discorreremos acerca do primeiro par - o
"hammer" (martelo) e o "hanging man" (enforcado).
Idealmente, a sombra comprida deveria ter pelo menos o dobro do comprimento do corpo real, que pode ser
branco ou preto. A localização da "long shadow" e da precedente acção de preço determina a classificação
"bullish" ou "bearish".
O primeiro par, "hammer" e "hanging man", é relativamente idêntico com as duas candles com corpos
pequenos e sombras compridas inferiores. Apenas a tendência precedente e a posterior confirmação
determinam a natureza "bullish" ou "bearish" das "candlesticks". O "hammer" e o "hanging man"
diferenciam-se apenas pela cor do corpo real e também pelas implicações de acordo com a tendência prévia.
O "hammer" é uma formação de inversão "bullish" que se forma após um declíneo. Para além de poderem
constituir um sinal de inversão de tendência, os "hammers" podem delimitar fundos ou níveis de suporte.
Após um declíneo, os "hammers" assinalam um "renascimento bullish". O mínimo da sombra comprida
implica que os vendedores fizeram com que os preços caíssem ao longo da sessão. No entanto, um forte final
indica que os compradores ganharam confiança no final da sessão. Apesar desta subida aparentar ser
suficiente para comprar, estes "hammers" requerem posterior confirmação "bullish", já que o mínimo do
"hammer" mostra que ainda existem muitos vendedores. A posterior pressão compradora aliada ao aumento
do volume transaccionado é necessário antes da acção. Essa confirmação deverá surgir com um "gap up" ou
com um grande candlestick branca. Os "hammers" são similares aos "selling climaxes" e o elevado volume
pode reforçar validade da inversão.
O "hanging man" é um sinal de inversão "bearish" que também marca um topo ou resistência. Quando se
forma após uma subida, o "hanging man" assinala que a pressão vendedora está a começar a aumentar. O
mínimo da sombra comprida inferior confirma que os vendedores dominaram a maior parte da sessão, e
apesar de os "bulls" terem recuperado no final da sessão, o aparecimento de pressão vendedora é o primeiro
sinal de alerta. Tal como no caso do "hammer", o "hanging man" requer confirmação "bearish" antes da
tomada de qualquer posição. Esta cofirmação pode surgir como um "gap down" ou como uma "candlestick"
preta comprida.
O segundo par, "shooting star" e "inverted hammer", é semelhante ao par desta lição, mas deste par falaremos
na próxima sessão.
Star e Harami
Posicionamento de candlesticks
Star
Um conjunto de duas candlesticks em que a segunda é um "gap up" relativamente à primeira é denominada de
"star position". Normalmente, a primeira "candlestick" tem um corpo real maior, mas nem sempre, e a
segunda "candlestick" tem um corpo real pequeno. Dependendo da "candlestick" anterior, a "Star Position"
faz um "gap up" ou "gap down" e aparece isoladada do anterior "range" de preços. As duas "candlesticks"
podem ser qualquer combinação de "white" e "pretas". Os Doji, hammers, shooting stars e spinning tops têm
todos corpos reais pequenos e podem formar a "Star Position". Mais tarde examinaremos combinações de 2 e
3 candlesticks que utilizam este padrão.
A Harami
Uma candlestick que se forma dentro do corpo real da "candlestick" anterior está em posição Harami. Harami
siginifica grávida em japonês, nome que aponta para o facto de parecer que a segunda "candlestick" está
"aninhada" dentro da primeira. A primeira candlestick tem um corpo real grande e a segunda tem um corpo
real mais pequeno. Preferencialmente, as sombras da segunda candlestick devem ficar dentro do corpo real da
primeira candlestick, mas tal não é obrigatório. Doki e spinning tops têm corpos reais pequenos e podem
entrar na harami position. Mais à frente examinaremos as formações de "candlesticks" que utilizam a "harami
position".
As formações compostas por várias candlesticks
Antes de entrarmos a fundo na discussão das formações de candlesticks vamos fazer o ponto da situação.
Bulls vs. Bears
Uma "candlestick" ilustra "a batalha" entre os "bulls" (compradores) e os "bears" (vendedores) durante um
determinado período de tempo. Uma analogia a esta batalha pode ser feita entre duas equipas de futebol, as
quais também podemos denominar de Bulls e de Bears. O mínimo da sessão e portanto o fundo da candle
representa um golo dos Bears e o máximo da sessão (o topo da candle) representa um golo para os Bulls.
Quanto mais perto estiver do máximo, mais perto estão os Bulls de marcar um golo. Quanto mais perto do
mínimo estiver o último preço, mais perto estão os Bears de concretizar. Apesar de existirem muitos tipos de
jogo (candles) podem-se destacar seis tipos principais:
As grandes candlesticks brancas e compridas indicam que os Bulls controlam a bola a maior parte do jogo.
As grandes candlesticks pretas indicam que os Bears controlam a bola (trading) a maior parte do jogo.
As pequenas candlesticks indicam que nenhuma das equipas dominou o jogo e que os preços terminaram tal
como começaram.
Uma "long lower shadow" indica que os Bears controlaram a bola, mas que no final da sessão os Bulls
fizeram uma recuperação impressionante.
Uma "long upper shadow" indica que os Bulls controlaram a bola a maior parte do jogo, mas que no final
perderem esse controlo e permitiram uma recuperação aos Bears.
Uma "long upper" e "lower shadow" indica que tanto os Bears como os Bulls tiveram os seus momentos altos
durante o jogo, mas que nenhum conseguiu criar ascendente, terminando a partida num empate.
O que as candlesticks não nos dizem
As candlesticks não reflectem a sequência de acontecimentos entre a abertura e o encerramento da sessão,
mas apenas a relação entre ambos. O máximo e o mínimo são óbvios, mas as candlesticks não nos podem
dizer qual deles se verificou em primeiro lugar.
Com uma longa candlestick branca assume-se que os preços subiram a maior parte da sessão. No entanto, a
sequência entre o máximo e mínimo pode indicar que existiu mais volatilidade. O exemplo acima mostra
precisamente isso, duas sequências que formariam a mesma candlestick. A primeira sequência mostra dois
pequenos movimentos e um grande movimento: uma pequena quebra após a abertura para formar o mínimo,
uma grande subida para formar o máximo e um pequeno declíneo para formar o encerramento. A segunda
sequência mostra três movimentos acentuados: uma grande subida logo após a abertura no topo da qual se
forma o máximo, uma forte quebra para formar o mínimo e uma grande subida para formar o encerramento. A
primeira sequência ilustra uma pressão compradora forte e sustentada e é considerada mais "bullish". A
segunda sequência reflecte mais volatilidade e alguma pressão vendedora. Estes são apenas dois exemplos e
existem centenas de potenciais combinações que podem resultar na mesma "candlestick". Ainda assim, as
"candlesticks" oferecem informações valiosas relativamente às posições dos preços de abertura, máximo,
mínimo e encerramento. No entanto, o "entretanto" pode variar.
No próximo artigo iniciaremos a descrição de várias formações constituídas pelas candlesticks que até ao
presente artigo introduzimos.
Doji II
Os doji com sombras compridas ("long legged doji") têm tal como o seu nome indica somras superiores e
inferiores compridas e cujo comprimento é praticamente idêntico. Estes doji reflectem uma grande indecisão
no mercado. Os "Long-legged doji" indicam que os preços transaccionaram muito acima e muito abaixo do
preço de abertura, mas que fecharam praticamente nesse nível. Ou seja, após muita actividade tanto dos
"bulls" como dos "bears", o resultado final mostra que não há grandes mudanças relativamente à abertura.
Os "Dragon Fly Doji"
Os "Dragon fly doji" formam-se quando a abertura, máximo e fecho são iguais, formando, portanto, o mínimo
uma comprida sombra inferior. A candlestick resultantes assemelha-se a "T". Os Dragon fly doji indicam que
os vendedores dominaram a sessão desde o início, mas que no final os compradores puxaram os preços
novamente para o nível da abertura, o máximo da sessão.
As implicações da inversão dependem da tendência anterior e de futura confirmação. A sombra inferior
comprida é prova da pressão compradora, mas o mínimo indicam que ainda existem muitos vendedores. Após
um longo "downtrend", uma candle preta comprida ou num suporte, um "dragon fly doji" pode assinalar um
fundo. Após uma longa subida, uma candle branca ou num nível de resistência, a sombra inferior comprida
pode mostrar que o preço chegou ao topo. Confirmação "bearish" ou "bullish" é necessária para ambas as
situações.
Os "Gravestone Doji"
O "Gravestone doji" forma-se na situação contrária à do "Dragon Fly Doji", ou seja, a abertura e o fecho
igualam o mínimo, formando o máximo uma longa sombra superior. A candlestick resultante assemelha-se a
um "T" virado ao contrário.
O "Gravestone doji" indica que os compradores dominaram a sessão desde os primeiros minutos durante a
sessão. No entanto, no final, os vendedores voltaram a entrar no mercado em força e empurraram o preço
novamente para níveis iguais aos da abertura, que é igual ao mínimo.
Tal como no caso do "dragon fly doji" e de outras "candlesticks", as implicações de inversão desta candle
dependem da acção de preço anterior e confirmação posterior. Apesar de a grande sombra indicar o falhanço
de um "rally", a distância do máximo para o preço da abertura mostra que existiu pressão compradora. Após
um longo "downtrend", candle preta comprida ou num nível de suporte, tal pode ser sinónimo de que existe
pressão compradora e de que uma inversão para terrenos "bullish" pode «estar na calha». Após um "uptrend",
grande candle branca ou num nível de resistência, a grande sombra superior de um doji pode ser sinónimo de
que se atingiu o topo.
Doji I
Os Doji são "candlesticks" muito importantes que fornecem informação isoladamente e como parte de um
conjunto de outras formações. Os Doji formam-se quando os preços de abertura e de encerramento de
determinado activo são praticamente idênticos. O comprimento das sombras superior e inferior podem variar
e daí resultam "cruzes" ("cross"), "cruzes invertidas" ("inverted crosses") e sinais de soma ("plus sign"). Para
ser um doji perfeito, o preço de abertura e de fecho da sessão devem ser idênticos. Quanto mais próximos um
do outro forem, maior é a robustez do Doji.
Apesar de um doji com uma abertura e fecho iguais ser considerado mais robusto, é mais importante capturar
a essência da "candlestick". Os Doji evidenciam indecisão e luta entre compradores e vendedores. Quando os
doki se desenham significa que nem os "bulls" nem os "bears" conseguiram tomar controlo da sessão e que
um ponto de inversão pode estar a desenvolver-se.
Consoante os activos que se analisam são utilizados diferentes critérios para classificar a robustez de um doji.
Uma acção que vale 20 euros pode formar um doji com diferença de 0.01 euros enquanto que uma acção que
vale 200 euros pode formar um doji com a diferença de 1.25 euros entre o preço de abertura e o de fecho.
Determinar a robustez do doji dependerá do preço do activo, da volatilidade recente e das candlesticks
anteriores. Em relação às "candlesticks" anterirores, o doji deverá ter um corpo real muito inferior para ser
mais significativo. Ou seja, um doji com corpo real muito reduzido é mais signigicativo quanto maiores forem
os corpos reais das candlesticks que a precedem.
Doji e Tendência
A relevância de um doji depende da tendência/candlesticks que o precede(m). Depois de uma subida ou de
uma grande candle branca, um doji assinala que a pressão compradora começa a desvanecer-se. Depois de
uma quebra ou após um longa candle preta, um doji assinala que a pressão vendedora começa a diminuir. Os
Doji indicam que as forças da oferta e da procura começam a ficar mais equilibradas e que uma mudança na
tendência pode estar próxima. No entanto é necessário ter em atenção que um doji só por si não garante um
inversão e confirmação posterior é necessária.
Enquanto que o preço de determinado activo pode cair simplesmente porque não existem compradores, uma
contínua pressão compradora é necessária para que o "uptrend" se mantenha. Assim, um doji pode ser mais
significativo depois de um "uptrend" ou de uma longa candle branca. Mesmo após a formação do doji, uma
quebra posterior é necessária para confirmar que o clima "bearish" está instalado. Esta confirmação pode
assumir a forma de "gap down", de uma longa candlestick preta, ou de uma quebra para baixo da abertura de
uma grande candlestick branca. Depois de uma longa candlestick branca e de um doji, os investidores devem
estar atentos para a eventualidade de formação de uma uma "evening doji star" (será analisada noutros
capítulos).
Analogamente, depois de uma tendência de baixa ou de uma longa candlestick preta, um doji indica que a
pressão vendedora pode estar a diminuir e que o "downtrend" pode estar perto do fim. Apesar de os "bears"
estarem prestes a perder controlo da situação, é necessária força para confirmar a inversão. As confirmações
"bullish" podem assumir a forma de um "gap up", de uma longa candlestick branca ou de uma subida acima
da abertura de uma longa candlestick preta. Depois de uma After a longa candlestick preta e de um doji, os
investidores devem estar atentos para potencial formação de um "morning doji star".
No próximo artigo serão analisados os doji com sombras compridas.
Marubozus e «Spinning Tops»
Ainda mais "potentes" que as candlesticks longas, são os seus congéneres denominados Marubozus (pretos e
brancos). Um Marubozu não tem sombras, nem superior nem inferior, e o máximo e o mínimo igualam a
abertura e o encerramento da sessão. Um Marubozu branco forma-se quando o mínimo da sessão é o preço de
abertura e quando o máximo é o preço de fech, o que indica que os compradores controlaram o preço desde a
primeira até à última transacção. Um Marubozu preto forma-se quando o máximo da sessão é igual à abertura
e quando o mínimo da sessão iguala o fecho. Isto indica precisamente o contrário, ou seja, que o preço é
controlado desde o início da sessão pelos vendedores.
Sombras compridas vs Sombras curtas
A sombra superior e inferior das candlesticks pode fornecer informação valiosa acerca de uma sessão. As
sombras superiores representam o máximo da sessão e as sombras inferiores representam o mínimo da sessão.
Candlesticks com sombras compridas mostram que o trading passou muito para além da abertura e do
encerramento da sessão.
As "candlesticks" com uma sombra superior comprida e com uma sombra inferior curta evidenciam que os
compradores dominaram durante a sessão e que conseguiram puxar o preço. No entanto, os vendedores no
final da sessão levaram "a sua avante" e forçaram os preços a encerrar longe dos máximos intraday. Com as
candlesticks com longas sombras inferiores e curtas sombras superiores, passa-se exactamente o contrário: os
vendedores dominaram a sessão fazendo cair os preços, mas à medida que novos mínimos intraday eram
atingidos, os compradores começaram a tomar posições acabando por puxar para cima o preço de fecho, e
dando origem à sombra inferior comprida.
As candlesticks com sombras inferiores e superiores, simultaneamente compridas e com um pequeno corpo
real são denominadas "spinning tops". Uma candle com uma única sombra representa uma inversão de
tendência ao longo da sessão, enquanto que uma um "spinning top" é sinónimo de indecisão. O pequeno
"corpo real" (quer preto quer branco) mostra que uma pequena variação entre a abertura e o fecho e as
sombras compridas indicam que tanto os "bulls" como os "bears" estiveram activos durante a sessão. Apesar
de a sessão ter aberto e fechado com pouca variação, a volatilidade foi elevada entre esses dois momentos.
Nem compradores nem vendedores poderiam ganhar alguma vantagem e o resultado foi quase nulo. Depois
de uma grande subida ou depois de uma grande candle branca, um "spinning top" indica fraqueza entre os
"bulls" e uma mudança potencial ou interrupção na tendência. Após um longo declíneo ou depois de uma
candle preta comprida, um "spinning top" mostra que os "bears" estão «a perder gás» e tal como no caso
anterior, a tendência pode estar prestes a inverter.
Ficamos por aqui na introdução dos conceitos mais básicos das candlesticks japonesas. Para a semana
abordaremos um dos tipos de candlestick mais importantes que existe: o Doji.
Candlesticks - Introdução
História
Os japoneses começaram a utilizar a análise técnica para transaccionarem no longínquo século XVII. Apesar
de ser muito diferente da iniciada por Charles Dow em cerca de 1900, muitas de "traves mestras" eram muito
similares. O "o quê" (os preços) era muito mais importanto do que o "porquê" (notícias, resultados, etc...).
Toda a informação conhecida está reflectida no preço. Os compradores e os vendedores fazem os preços
baseados nas suas expectativas e emoções (medo, ganância...). Os mercados flutuam e o preço actual pode
não reflectir o valor real da empresa.
Os conceitos de análise técnica introduzidos pelos japoneses estão relacionados mais com a visualização da
informação a nível de preços do que propriamente análise técnica. A base da análise técnica japonesa são as
"candlesticks" (velas), cujo desenvolvimento remonta ao século XIX. Muito do conhecimento nesta área é
atribuido a um lendário comerciante de arroz, Sakata.
Formação
As "candlesticks" são formadas com o uso de quatro preços, o de abertura, o máximo, o mínimo e o preço de
fecho. Sem os preços de abertura, os gráficos de "candlesticks" são impossíveis de desenhar. Se o
encerramento é superior à abertura, uma "candle" transparente (normalmente branca) é disposta e caso o
encerramento seja inferior à abertura então uma "candle" preenchida (normalmente preta) é disposta em cima
do gráfico. A parte preenchida da "candlestick", seja ela preta ou branca é denominada de "corpo" (também
designada como "corpo real"). As longas linhas finas acima e abaixo do corpo, representam o máximo e o
mínimo e são denominadas de "sombras" (em inglês também designadas de "wicks" e "tails"). O máximo é
marcado pelo topo da sombra superior e o mínimo é marcado pelo fundo da sombra inferior.
Quando comparadas com os tradicionais gráficos de barras, um gráfico de "candlesticks" mostra inúmeras
vantagens. Mais atraentes em termos visuais, e de mais fácil interpretação. Cada "candlestick" mostra mais
claramente os movimentos de preço. Um trader pode comparar imediatamente a relação entre a abertura e o
fecho assim como entre o máximo e o mínimo. A relação entre a abertura e o fecho é considerada vital e é a
essência das "candlesticks". As candles brancas indicam pressão compradora e a as candles pretas indicam
pressão vendedora.
Corpos Compridos vs curtos
Em termos gerais, quanto mais comprido for o corpo, mais intensa é a pressão compradora ou vendedora.
Analogamente, as candles curtas indicam um movimento reduzido de preços e representam consolidação.
As candlesticks longas brancas mostram uma forte pressão compradora e quanto mais longa for, mais distante
está o preço de fecho do preço de encerramento. Isto indica que os compradores foram bastante agressivos.
Mas atenção, apesar de as candlesticks brancas compridas serem normalmente "bullish", o siginificado mais
real está dependente da sua posição no contexto mais amplo da análise técnica. Depois de grandes e longas
quebras, uma candle branca comprida pode marcar um ponto de viragem potencial ou nível de suporte. Se as
compras se tornarem muito agressivas depois de uma grande subida pode significar que há um clima "bullish"
excessivo e que se assistiu a um "buying climax".
As candlesticks pretas e compridas evidenciam pressão vendedora e quanto maior for a candle preta, maior é
essa pressão. Quanto mais comprida for, mais abaixo da abertura se encontra o fecho. Isto indica que os
preços diminuiram significativamente desde a abertura e que os vendedores foram agressivos. Depois de uma
longa subida, uma candlestick preta comprida pode antecipar uma inversão de tendência ou marcar uma
resistência. Depois de uma extensa diminuição de preços, pode indicar o fim dessa mesma descida, o
intitulado "panic selling".
No próximo artigo começaremos a abordar os casos de candlesticks mais importantes, como os marubozus, e
faremos também uma abordagem às características das "sombras".
«Bandeiras e bandeirolas»
As "flags" e as "pennants" ("bandeiras" e "bandeirolas") são formações de continuação de curto prazo que
marcam uma pequena consolidação antes do continuação do movimento prévio. Estas formações são
usualmente precedidas por um avanço acentuado ou declíneo com forte volume, e marcam o ponto médio do
movimento.
Movimento acentuado: para ser considerado um padrão de continuação, deverá existir evidência de uma
tendência prévia bem marcada. Estes movimentos de subida ou descida ocorrem, normalmente, com volumes
fortes e podem conter "gaps". Este movimento representa a primeira etapa de uma subida/descida significativa
e o a "flag/pennant" é apenas uma pausa.
"Flagpole": o "flagpole" é a distância do primeiro "breakout" de resistência ou suporte até ao máximo ou
mínimo da "flag/pennant". O movimento de subida/descida acentuado que forma o "flagpole" deveria quebrar
uma linha de tendência ou nível de resistência/suporte. A linha que vai desde o "break" até ao máximo da
"flag/pennant" forma o "flagpole".
"Flag": a "flag" é um rectângulo pequeno cuja inclinação é oposta à da tendência anterior. Os movimentos de
preço estão contidos entre duas linhas paralelas.
"Pennant": um "pennant" é um triângulo simétrico que começa largo e que converge à medida que as
formações amadurecem (como um cone). A inclinação é, normalmente, neutra. Por vezes, não existirão
reacções específicas aos "máximos" e "mínimos" do qual se desenharão as linhas de tendência e os
movimentos de preço deverão ser contidos dentro das linhas de tendência convergentes.
Duração: as "bandeiras" e as "bandeirolas" são formações de curto prazo que podem durar entre uma de doze
semanas. Existem alguns debates acerca da duração destas formações e 8 semanas é considerado um prazo
demasiado grande. A duração deve situar-se entre uma e quatro semanas. Uma vez que a "flag" dura mais de
12 semanas, fica classificada como um rectângulo. Um "bandeirola" de mais de 12 semanas tornar-se-ia num
triângulo simétrico. A fiabilidade das formações que duram entre 8 e 12 semanas é debatível.
"Break": para uma bullish "bandeira" ou "bandeirola", uma subida acima da resistência assinala que a subida
prévia à "bandeira" vai continuar. Para uma "bandeira" ou "bandeirola" "bearish", uma quebra abaixo do
suporte assinala que a descida prévia vai continuar.
Volume: o volume deverá ser elevado durante a subida ou descida que forma o "flagpole". Volume elevado
fornece legitimidade ao movimento brusco e repentino que cria o "flagpole". Uma subida/descida do volume
acima/abaixo do nível de resistência/suporte dá credibilidade e validade à formação e aumenta a
probabilidade de continuação.
Alvos: o comprimento do "flagpole" pode ser aplicado à quebra da resistência ou suporte da "flag/pennant"
para estimar o avanço ou declíneo.
Apesar de as "bandeiras" e "bandeirolas" serem formações muito comuns, as linhas de identificação não
devem ser encaradas com ligeireza. É importante que as "bandeiras" e "bandeirolas" sejam precedidas por um
forte avanço ou declíneo. Sem este movimento forte, a credibilidade da formação torna-se dúbia e as
transacções podem ser mais arriscadas.
Movimento acentuado: depois de consolidar por três meses, a acção quebrou a resistência dos 56 e iniciou
uma forte subida com o acompanhamento do volume. A acção subiu de 56 para 76 em 4 semanas. (Nota: é
também possível que uma pequena "bandeirola" formada no início de Maio com resistência perto dos 62.25).
"Flagpole": a distância desde o "breakout" nos 56 até ao máximo de 76 da "bandeira" formam o "flagpole".
"bandeira": o movimento de preços estava contido entre duas linhas de tendência paralelas que se inclinavam
para baixo.
Duração: de um máximo de 76 até ao "breakout" nos 72.25, a "bandeira" durou 23 dias.
"Breakout": o primeiro "breakout" da linha superior da "bandeira" ocorreu a 21 de Junho sem qualquer
aumento de volume. No entanto, o título fez um "gap" de subida uma semana mais tarde e encerrou forte com
volumes acima da média (setas vermelhas)
Volume: recapitulando - o volume subiu devido ao forte avanço para formar o "flagpole", contraiu durante a
formação da "bandeira" e subiu logo após a o "breakout".
Alvos: o comprimento da "flagpole" era de 20 e foi aplicado ao "breakout" (72.25) para projectar um alvo de
"92.25".
«Chávena e Asa»
Tal como vimos há duas semanas, existem dois tipos de formações, as de inversão e a de continuação. Entre
as formações de inversão, encontram-se o "Bump and Run", o "duplo topo", o "duplo fundo", a "cabeça e
ombros", a "cabeça e ombros invertida", o "falling wedge", o "rising wedge", o "topo arredondado", o "triplo
topo" e o "triplo fundo". Entre os padrões de continuação encontramos o "Cup with Handle", as "Flags" e
"Pennants", os "triângulos simétrico", os "triângulos ascendentes", os "triângulos descendentes", os "canais de
tendência", os "rectângulos", e as "measured moves" ("bull" e "bear").
A maior parte destas formações já foram explicadas em artigos anteriores deste rubrica, pelo que nos falta
apenas fazer referência para às formações "Cup with Handle", "Flag", "Pennant" e "measured moves" ("bull"
e "bear"). No entanto, para além da explicação destas formações, realizaremos sempre, ao longo das próximas
5 semanas actualizações aos artigos anteriores relativos a formações.
Neste artigo explicaremos a "cup with handle". A "cup with handle" (chávena com asa) é uma formação de
continuação "bullish", que se distingue por um período de consolidação seguido por um "breakout". Tal como
o próprio nome indica, existem dois períodos na formação: a "chávena" e a "asa". A "chávena forma-se após
uma subida e assemelha-se a um fundo arredondado. Quando se completa o período de formação da
"chávena", os preços começam a transaccionar em tendência lateral, e a "asa" é formada. Um "breakout"
subsequente do intervalo de preços que define a "asa" assinala a continuação da tendência de alta anterior.
Tendência: Para ser classificada como formação de continuação, deverá existir uma tendência de alta anterior.
Essa tendência deverá ser uma tendência de médio prazo (alguns meses) e não muito recente. Quanto mais
recente for essa tendência, menor é a probabilidade de subida acentuada.
"Chávena": A "chávena" deve ser em forma de "U" e deverá parecer-se a um "fundo arredondado". Um fundo
em forma de "V" não se insere no âmbito desta formação. Quanto mais suave for a forma do "U" maior é a
relavância do suporte do fundo do "U". A formação perfeita deveria ter máximos iguais em ambos os lados da
chávena, mas nem sempre isso acontece.
Profundidade da "chávena": idealmente, a profundidade da "chávena" deve ser de 1/3 ou menos da subida
anterior. No entanto, em mercados voláteis, a retracção deverá variar de 1/3 a 1/2 e em situações extremas
pode chegar a 2/3.
"Asa": depois dos valores mais altos no lado direito da "chávena", existe um pequeno «pullback» que forma a
"asa". Por vez, esta asa assemelha-se a uma "flag" ou "pennant" (a ver no próximo artigo) com inclinação
negativa, por outras é apenas uma curto "pullback". A "asa" representa a consolidação final que antecede o
grande "breakout" e pode retroceder até 1/3 do avanço da "chávena" antes deste "breakout". Quanto mais
pequena for esta retracção, mais "bullish" é a formação e significante é o "breakout". Por vezes, é prudente
esperar para que o preço ultrapasse a linha de resistência estabelecida pelo topo da "chávena".
Duração: a "chávena" pode durar entre 1 e 6 meses, e por vezes mais tempo em gráficos semanais. A "asa"
pode durar entre 1 semana e 4 semanas.
Volume: deverá existir uma subida substancial de volume no "breakout" acima da resistência da "asa".
Alvo: a subida projectada pode ser estimada através da medição da distância entre o pico direito e a base da
"chávena".
Tal como na maioria das formações, é mais importante capturar a essência da formação do que os
pormenores. A "chávena" é uma consolidação em forma de U e a "asa" é um curto "pullback" seguido de um
"breakout" com volume ascendente.
Tendência: esta acção estabelece a tendência "bullish" avançando de 10 para cima de 30 em cerca de 5 meses.
O título faz um máximo em Março e depois começa a consolidar e a recuar.
"Chávena": o declíneo de Abril é acentuado, mas o mínimo estendem-se por um período de 2 meses formando
o fundo arredondado da "chávena", que marca o período de consolidação. Notem também que o suporte é
encontrado nos mínimos de Fevereiro de 1999.
Profundidade: O mínimo da "chávena" é uma retracção de 42% da anterior subida. Depois da subida em Juho
e Julho, a acção fez um pico nos 32.69 completando a "chávena" (seta vermelha).
"Asa": Outro período de consolidação iniciou em Julho iniciando a formação da "asa". Existe um decréscimo
acentuado em Agosto que causou a retracção superior a 1/3 do avanço da "chávena". Contudo, há uma
recuperação rápida e a acção transaccionou novamente nas fronteiras do "asa" em cerca de uma semana.
Duração: A "chávena" durou cerca de três meses e "asa" cerca de 1 mês e meio.
Volume: No início de Setembro de 2000, a acção quebrou os limites da resistência da "asa" com um "gap" de
subida e com um incremento no volume transaccionado (seta verde). Para além disto, o Chaikin Money Flow
disparou para cima de +20%.
Alvo: O avanço projectado após o "breakout" era de cerca de 9 acima de 27. Nos meses seguintes, este título
cotou facilmente acima dos 36.
Formações - Introdução
Existem dezenas de milhar de participantes do mercado que compram e vendem activos financeiros por
diversas razões: expectativa de ganho, medo de incorrer em perdas, motivos fiscais, cobertura de risco, "stoploss", "price-targets", análise fundamental, análise técnica, recomendações de casas de corretagem e
financeiras... Tentar perceber as razões porque os participantes compram e vendem activos pode ser um
processo assustador. As chamadas formações ("chart patterns") colocam a compra e a venda em perspectiva
ao consolidarem as forças da procura e da oferta num quadro conciso. Ainda mais importante é a ajuda que,
em conjunto com a análise técnica, as formações dão na identificação do vencedor da batalha entre os "bulls"
e os "bears".
A análise de formações pode ser usada para a realização de previsões de curto e de longo prazo, podendo a
informação ser "intraday", diária, semanal e mensal, sendo que os padrões podem tomar lugar apenas um dia,
ou até vários anos.
Muito do conhecimento da identificação e análise de formações data de 1932, quando Richard Schabacker
escreveu "Technical Analysis and Stock Market Profits", o livro que serviu de base para a análise moderna de
formações. Em "Technical Analysis of Stock Trends", Edwards e Magee consideram que a maior parte dos
conceitos do seu livro se baseia nos do já citado.
A análise de padrões pode parecer acessível, mas não é, de todo, uma tarefa simples. Schabacker afirma:
"A ciência da leitura de gráficos não é, no entanto, tão fácil como a mera memorização de certas formações e
recordar o que normalmente se prevê quando estas acontecem. Qualquer gráfico de acções é uma combinação
de inúmeras formações e a sua análise cuidada depende de estudo constante, experiência e conhecimentos de
indicadores tanto técnicos como fundamentais e, acima de tudo, habilidade para pesar indicadores que dão
sinais contrários, de forma a ter uma perspectiva global dos seus pormenores assim como no reconhecimento
de qualquer fórmula."
Apesar de Schabacker se referir à "ciência da leitura de gráficos", a análise técnica é mais arte do que ciência.
Adicionalmente, o reconhecimento de formações pode ser aberto a interpretações subjectivas e que podem
estar sujeitas a diferentes pontos de vista. Para evitar conclusões erróneas deve-se confirmar o "output" da
formação identificada com outros indicadores técnicos, de forma que chegar a uma conclusão coerente.
Nunca existem duas formações exactamente idênticas, apesar da sua natureza poder ser similar. "Breakouts"
falsos, leituras enviesadas e excepções à regra fazem parte da educação.
Estudo constante e cuidadoso é o necessário para que uma análise de um gráfico seja bem sucedida. Na tabela
acima, o activo quebrou a resitência de uma inversão "head and shoulders" (cabeça e ombros). Apesar de a
tendência ser agora "bearish", a análise deve continuar a confirmar essa tendência.
Alguns analistas podem ter classificado o gráfico acima como uma formação "head and shoulders" com a
"neckline" (linha de pescoço por volta de 17.50. Se esta análise é robusta permanece aberto a debate . Apesar
de o activo ter quebrado esse suporte, os "pull backs" foram constantes. Esta "recusa" poderia ter sido
interpretada como um sinal de força e justificado uma reavaliação da formação presente.
Os dois grupos dominantes
As duas premissas básicas da análise técnica são:
- os preços seguem tendências;
- a história repete-se.
Uma tendência de alta indica que os "bulls" e portanto a procura controla, e uma tendência de baixa é
sinónimo de que as forças da oferta ("bears") prevalecem. No entanto, os preços não seguem a mesma
tendência indefinidamente e quando o outro "prato da balança do poder começa a pesar mais" assiste-se à
existência de formações. Certas formações como canais paralelos denotam a presença de uma forte tendência.
Contudo, a grande maioria das formações cai em dois grandes grupos: as de inversão e as de continuação. As
formações de inversão indicam uma mudança na tendência e podem ser subdivididas em dois tipos: de topo e
de fundo. As formações de continuação indicam uma pausa na tendência e que a direcção anterior vai ser
retomada passado um período de tempo.
Só porque uma formação se forma após um movimento de subida ou descida significativo, não é, por si só,
sinónimo de inversão. Muitas formações, tais como rectângulos, podem ser classificados como formações de
inversão ou de continuação. Dependo muito da acção prévia do preço, do volume e de outros indicadores à
medida que a formação evolui. É na identificação destas diferenças que a ciência da análise técnica se
transforma em arte.
Escalas: «semi-log» ou aritmética
A partir deste artigo vamos dedicar-nos a explicar melhor alguns conceitos e curiosidades sobre a análise de
gráficos de cotações, nomeadamente sobre padrões e formações, clarificando um pouco artigos já realizados,
mas cuja interpretação pode ser dúbia.
Mas, antes disso, no presente artigo o nosso objectivo é chamar a atenção de todos os leitores para um aspecto
que consideramos ser de extrema importância na análise de gráficos de preços - o tipo de escala usada no eixo
dos Y´s (o preço). Existem dois tipos: o aritmético e o logarítmico. Uma escala aritmética dispõe 10 pontos
que distam o mesmo uns dos outros, independentemente do nível de preço. Cada unidade de medida é a
mesma ao longo da escala. Se uma acção sobe de 10 para 80 num período de 6 meses, o movimento de 10
para 20 vai ter a mesma distância vertical do que o movimento de 70 para 80. Apesar de tal ser verdade em
termos meramente absolutos, não o é em termos relativos. Enquanto que a subida de 10 para 20 é de 100%, a
subida de 70 para 80 é de apenas 14.28%.
Uma escala logarítmica mede os movimentos de preços em termos percentuais. Uma subida de 10 para 20
representaria uma subida de 100%. Uma subida de 20 para 40 também ascenderia a 100%, tal como um
avanço de 40 para 80. Todas estas subidas apareceriam com a mesma distância vertical numa escala
logarítmica. A maior parte dos programas de gráficos referem-se à escala logarítmica como escala "semi-log
scale", já que o eixo dos X´s (tempo) é disposto aritmeticamente.
O gráfico acima ilustra a diferença de escalas para o mesmo título. Na "semi-log", a distância entre 50 e 100 é
a mesma que entre 100 e 200. No entanto, ma aritmética, a distância entre 100 e 200 é significativamente
maior do que a distância entre 50 e 100.
Quais são as vantagens de ambas as escalas:
- As escalas aritméticas são úteis quando o o preço varia pouco, ou seja, quando o título transacciona num
"range" apertado.
- As escalas aritméticas podem ser úteis para gráficos e "trading" de curto prazo. Os movimentos de preços
(particularmente para acções) são dispostos em termos absolutos (de euros, por exemplo) e reflectem
movimentos de euros por euros.
- As "semi-log scales" são úteis quando o preço se movimentou significativamente, tenha esse movimento
ocorrido no curto ou no longo prazo.
- As linhas de tendência tendem a ser mais fiáveis na escala semi-logarítmica, ou seja, o mínimos/máximos
tocam mais vezes na linha de tendência de subida/descida.
- As escalas semi-logarítmicas podem são úteis numa análise de longo prazo, já que colocam em perspectiva
as subidas/quebras acentuadas de preços.
- As acções e outros activos são comparados com base em indicadores relativos como, por exemplo, o PER.
Tendo isto em mente, também fará sentido comparar os movimentos de preço de diferentes activos com base
em variações percentuais.
Com estas linhas apenas pretendemos chamar a atenção para a possibilidade de relativizar em termos gráficos
as grandes variações de preços. Entendemos, no entanto, que a análise de gráficos com a escala aritmética é
bastante mais intuitiva e levanta menos dúvidas do que aqueles gráficos que utilizam a escala logarítmica.
Teoria das Ondas de Elliot
R. N. Elliot acreditava que os mercados se moviam em "ondas" bem definidas pelas quais se previa a sua
direcção. Em 1939, Elliot detalhou a sua "Wave Theory", que afirma que os preços das acções "são
decididos" por ciclos que residem nos números de Fibonacci (1-2-3-5-8-13-21...). Mais especificamente,
Elliott acreditava que o mercado se movia em cinco ondas distintas quando sobe e em 3 distintas quando
desce. A forma básica dessas ondas é apresentada em baixo.
As ondas 1, 3 e 5 representam o "impulso", ou menores ondas positivas num grande movimento de subida. As
ondas 2 e 4 representam a "correcção", ou menores ondas positivas numa tendência "bullish". As ondas A e C
representam as ondas negativas menores num grande movimento de quebra, enquanto que a onda B
representa o único movimento de subida num momento "bearish".
Elliott propunha que a existência das ondas em diversos níveis, demonstrando que existiam ondas dentro de
ondas. Significa isto que o gráfico acima representa não apenas o padrão da primeira onda, mas também o que
acontece entre os pontos 2 e 4. O diagrama abaixo mostra que as ondas primárias poderiam ser
desmultiplicadas em ondas mais pequenas.
A "Elliot Wave theory" atribui nomes às ondas em ordem descendente de tamanho:
Grand Supercycle
Supercycle
Cycle
Primary
Intermediate
Minor
Minute
Minuette
Sub-Minuette
As ondas maiores determinam a tendência vigente no mercado e as ondas menores determinam tendências
intermédias. Esta é uma forma similar de determinação de tendências principais e secundárias, que são
utilizadas na teoria de Dow. Elliot providenciou inúmeras variações na onda principal, e deu particular
importância à média dourada, 0.618, como um nível significativo para o "retracement".
Transaccionar utilizando os padrões de "Elliot Wave" é bastante simples. O "trader" identifica a onda
principal ou "supercycle", e entra longo e posteriormente vende ou coloca-se curto quando a inversão é
determinada. Continua-se a ter esta postura à medida que os ciclos vão encurtando e se completam até que a
onda principal resurge. O problema está na identificação dos ciclos onde se encontra o mercado e entre os
analistas técnicos surgem muitas discussões a este propósito.
Aqui está um exemplo clássico de um ciclo de Elliot:
Zig Zag
O ZigZag não é propriamente um indicador mas um meio de filtragem de ruídos aleatórios e comparação de
movimentos de preço relativos. O ZigZag pode ser utilizado para reconhecer mudanças de preços mínimos e
ignorar as movimentações que não respeitem os critérios. Os movimentos de preço mínimo são estabelecidos
em termos percentuais e podem ser calculados com base no preço de fecho ou na diferença entre o máximo e
o mínimo.
Um ZigZag estabelecido em 10% com base em barras OHLC traça uma linha que apenas inverte depois de
uma mudança de 10% ou superior de um máximo para um mínimo. Todos os movimentos menores do que
10% seriam ignorados. Se uma acção transaccionar de um mínimo de 100 para um máximo de 109, o Zig Zag
não traça uma linha porque o movimento é menor do que 10%. Se a acção subisse para um máximo de 110,
então o ZigZag traçaria uma linha de 100 até 110. Se a acção continuasse a subir até aos 112, esta linha seria
extendida para 112 (100 para 112). O ZigZag não invertiria até que a acção descesse 10% ou mais, do seu
novo máximo. Caso esse máximo fosse 112, a acção teria de cair 11.2 pontos para os 100.8, de forma a que o
ZigZag invertesse e despoletasse uma nova linha.
Usos do Zig Zag
Filtro: a volatilidade e as flutuações diárias de preços podem dar origem a movimentos erráticos ou ruído
aleatório. O ZigZag pode ser usado para filtrar este ruído. Se os movimentos de preço inferiores a 5% forem
consirados insignificantes, então o ZigZag pode ser estabelecido nos 5% e todos os movimentos inferiores a
5% serão ingorados.
Elliott Wave: O ZigZag pode ser utilizado para identificar ondas nas contagens de Elliott. (Nota: o objectivo
deste artigo não é explicar a Teoria das Ondas de Elliott (Elliott Wave Theory), mas simplesmente ilustrar
métodos de uso do ZigZag.
Elliott Wave
No exemplo acima o Zig Zag foi estabelecido nos 15%. Todos os movimentos de preço de 15% ou superiores
foram "desenhados" e todos os inferiores a 15% foram ignorados. Uma grande subida tomou lugar em
Outubro de 1999, formando uma estrutura de 5 ondas que durou até meados de 2000. Dentro desta grande
estrutura, outras ondas mais pequenas também podem ser decifradas.
Retracements: O ZigZag pode ser usado para medir retracções (retracements). Depois de um avanço, é
comum uma acção retrair-se uma porção do seu avanço com uma correcção. Depois de um declíneo, é comum
um activo reagir à quebra com um pequeno "rally". De acordo com a Teoria de Dow, as retracções de 1/3, 1/2
e 2/3 são as mais prováveis. Baseado nos números de Fibonacci, os retracements de 38.2% ou 61.8% são os
mais significativos.
Retracements
Durante a subida de 34 para 55, o activo corrigiu duas vezes (ondas 2 e 4) e cumpriu os dois "retracements"
de Fibonacci: 0.618 e 0.786. O mais importante número de Fibonacci é talvez 0.618, que é a "média dourada".
A raiz quadrada de 0.618 é 0.786 (78.6%), outro número de Fibonacci usado frequentemente por Scott
Carney. Em Março de 2000, o título caiu 79.8% do seu avanço da onda 1 (oval a vermelho). Desde o mínimo
de Março de 2000, a acção subiu 1.70 vezes o seu anterior declíneo e formou a onda 3, que está perto do
1.618 de Fibonacci.
A correcção na onda 4 retraiu 67.6% do avanço da onda 3. Ainda que 67.6% e 79.8% não sejam os exactos
"retracements" de Fibonacci, são valores aproximados o suficiente de 61.8% e de 78.6% para merecerem
atenção.
Projecções: O ZigZag pode ser usado para medir movimentos de preço primários. Em oposição à correcção
ou rally, um movimento de preço primário é uma movimento de preço no mesmo sentido da tendência. Em
vez de retrair uma porção do movimento anterior, os movimentos primários extendem-se para além do
máximo ou mínimo anteriores. Muitos analistas que usam as ondas de Elliott e sequências Fibonacci
projectam o comprimento de um avanço ou declíneo multiplicando um rácio para um "retracement" prévio.
Se o anterior declíneo (correcção) fosse de 50 pontos e um especialista de Fibonacci procurasse novos
máximos no avanço subsequente, a projecção poderia ser 1.618 vezes o movimento anterior, ou 81 pontos (50
x 1.618 = 81). Os 81 pontos seriam acrescentados ao início do avanço para um "price target".
O Zig Zag traça uma linha baseada numa variação percentual mínima no preço. A mudança de preço pode
basear-se no preço de fecho, no máximo, no mínimo, na abertura e em alguns programas pode até basear-se
na diferença entre o máximo e o mínimo.
StochRSI
Desenvolvido por Tushard Chande e por Stanley Kroll, o StochRSI é um oscilador que mede o nível do RSI
relativamente ao seu "range" durante um determinado período de tempo. O indicador usa o RSI como base e
aplica-lhe a fórmula dos indicadores estocásticos. O resultado é um oscilador que varia entre 0 e 1.
De acordo com estes dois autores, o RSI pode situar-se abaixo de 20/30 e acima de 70/80 durante largos
períodos de tempo sem se encontrar em situação "oversold"/"overbought". Assim, para aumentarem a
sensibilidade na forma que como o RSI fica "overbought" ou "oversold" foi criado o StochRSI.
Tal como sabemos, o RSI é um oscilador de "momentum" que comprar a magnitude dos ganhos, com a
magnitude das perdas em determinado título, durante um certo período de tempo. Os indicadores estocásticos,
são também osciladores de "momentum", mas que comparam o preço de fecho relativamente aos preços
máximos e mínimos de um determinado período de tempo.
As fórmulas dos indicadores são as seguintes:
RSI = 100 - (100/((1+ ganhos totais/n)/(perdas totais/n))
Estocástico:
%K = 100 x ((Preço de fecho mais recente - mínimo (n))/ (Máximo (n) - Mínimo (n))
%D = média móvel simples de 3 períodos do %D
StochRSI = (RSI (n) - Mínimo do RSI (n))/(Máximo do RSI (n) - Mínimo do RSI (n)))
Das fórmula acima, podemos verificar que o StochRSI é o estocástico aplicado ao RSI, ou seja, é um
indicador do RSI e não do preço. No entanto, tal facto não impede o indicador de dar sinais válidos para
entrar no mercado. Quando o RSI estabelece um novo mínimo para um determinado número de períodos, o
StochRSI terá um valor de 0 e quando faz um novo máximo, assumirá o valor 100. Uma leitura de 0.20
significará que o actual RSI está 20% acima do valor mais baixo do período ou 80% abaixo do valor mais
elevado do período. Um valor de 0.80 significa que o actual RSI está 80% acima do nível mais baixo do
período ou 20% abaixo do nível mais elevado.
Existem vários tipos de sinais:
"Crossovers overbought e oversold": Se uma tendência de alta está claramente identificada em determinado
activo, então um sinal de compra seria gerado quando o "StochRSI" avança de "oversold" (abaixo de 0.20)
para cima de 0.20. Analogamente, se um "downtrend" está perfeitamente identificado, então um sinal de
compra seria gerado quando o StochRSI cai para baixo da zona "overbought", ou seja, desce de 0.80.
"Crossovers" da linha central: alguns traders procuram por cortes da linha 0.50 (a linha central) para
confirmar os sinais e reduzir o perigo de inversões. Uma subida de uma zona oversold para cima de 0.50
constituiria um sinal de compra que não seria anulado quando passasse para baixo de 0.50. Analogamente,
uma quebra de uma zona "overbought" para baixo de 0.50 constituiria um sinal de venda, que apenas seria
anulado quando este subisse para cima de 0.50.
Divergências positivas e negativas: Uma divergência positiva seguida de uma ascensão acima de 0.20
constituiria um sinal de compra e uma divergência negativa seguida de um declíneo abaixo de 0.80
funcionaria como um sinal de venda.
Falhas: Caso se assista ao despoletar de sinais que falham (o valor desce de 0.80, mas passado um dia volta a
subir, por exemplo) os autores dos indicadores aconselham ao encerramento de posições.
Forte tendência: Tal como em diversos osciladores, o StochRSI pode ficar "overbought" (ou "oversold") e
permanecer nesse estado durante muito tempo. Uma subida para cima de 0.80 pode indicar que o título está
"overbought", mas também pode querer dizer que o título segue uma clara tendência de alta. O mesmo
raciocínio pode aplicar-se a títulos "oversold".
Exemplo
No exemplo acima, a açcão fez um pico em Junho de 1999 e entrou posteriormente num claro "downtrend".
De acordo com os seus autores, o StochRSI seria o indicador mais apropriado para tomar decisões de venda,
dadas as condições. Cada vez que o StochRSI sobe acima de 0.80, uma situação "overbought" ocorreria.
Quando um indicador desce do seu nível "overbought" (cai para baixo de 0.80), um sinal de venda seria dado.
Entre Março e Junho, o indicador despoletou 4 sinais de venda; cerca de um por mês. O sinal de venda de
Julho não foi reconhecido porque houve uma possível mudança na tendência. À medida que o título foi
fazendo novos mínimos, o "downtrend" permaneceu intacto. Um mínimo maior no fim de Junho foi seguido
por uma máximo maior em Julho o que questionou a força e a validade do "downtrend". Quando o máximo
maior tomou lugar, o sinal do StochRSI poderia requerer ajustamentos para protecção contra inversões.
Tentar comprar o título em subidas acima de níveis "oversold" provaria ser uma estratégia errada. Houve
retrocessos em Março e Maio que resultariam em algumas más compras. Esta instabilidade na zona por volta
de 0.20 poderia ter levado ao despoletar de sinais de encerramento de posições curtas de forma prematura.
Quando uma acção está em tendência de quebra, é, por vezes, prudente subir o nível do sinal de forma a obter
sinais de compra (ou encerramento de posições curtas) mais fiáveis. Neste caso, um "trader" poderia ter
considerado que o sinal de compra (ou fecho de posição) apenas se daria caso o StochRSI subisse acima de
0.50. Este procedimento eliminaria os falsos sinais de Março e Maio.
Conclusão
É importante lembrar que o StochRSI é um indicador de outro indicador. A sua função é prever novos
extremos no RSI antes mesmo desse indicador atingir esses valores. Como é um indicador de outro indicador
é ainda mais afastado do preço e portanto, muito sensível, sendo por isso propenso a falsos sinais,
especialmente se for utilizado incorrectamente. Tal como noutros indicadores, o StochRSI deveria ser usado
conjuntamente com outros indicadores.
Oscilador de Chaikin
(08/10/2001 4:33:57 PM&nbsppor Equipa PortaldeBolsa)
O "Chaikin Oscillator" (Oscilador de Chaikin) é um indicador que assenta nas mesmas premissas da linha
Acumulação/Distribuição, que já cobrimos em artigo anterior. A premissa básica deste indicador reside no
facto de o grau de pressão compradora ou vendedora pode ser determinado pela localização do encerramento
da sessão face aos respectivos mínimos máximos do período correspondente. Existe pressão compradora
quando uma acção encerra na metade superior do range do período (dia, semana, mês, trimestre) e há pressão
vendedora quando uma acção encerra na metade inferior do range do período.
O Oscilador de Chaikin é simplesmente o MACD aplicado à linha de acumulação-distribuição, ou seja,
calcula-se a diferença entre as médias móveis exponenciais de 3 e 10 dias da linha Acumulação/Distribuição.
Tal como o histograma do MACD é um indicador que dá sinais com "cross-overs" de médias móveis. Muitos
dos sinais do MACD são aplicáveis ao Oscilador de Chaikin, com a nuance de se aplicarem à linha de
Acumulação/Distribuição e não ao activo em si. Aconselhamos por isso a consulta do artigo sobre o MACD
de forma a relembrar quando e como se assistem aos vários sinais como divergências positivas e negativas.
Tal como o MACD injecta características de "momentum" às médias móveis, o Oscilador de Chaikin também
o faz relativamente à linha de Acumulação/Distribuição. Se observarmos o gráfico acima podemos confirmar
que movimentos desta linha são normalmente precedidos da correpondente divergência no Oscilador de
Chaikin.
Como se pode observar a partir do gráfico, a divergência negativa no Oscilador de Chaikin antecipou a
fraqueza que se abateu na linha Acumulação/Distribuição. Esta é uma divergência caracterizada pela falta de
picos distintivos para formar a divergência. O Oscilador de Chaikin fez um máximo cerca de uma semana
antes do máximo da linha Acumulação/Distribuição e deu um sinal "bearish" (cruzamento da linha central) 2
semanas depois. Quando o oscilador é negativo, o momentum oara a linha de Acumulação/Distribuição é
negativo ou "bearish", o que acabaria por se reflectir na cotação da acção.
A divergência positiva de Agosto no Oscilador de Chaikin antecipou o forte avanço na linha
Acumulação/Distribuição. Esta divergência foi mais longa do que a divergência "bearish". Este tipo de
divergência caracteriza-se pela existência de dois picos bastante vísiveis. O momentum "bullish" ou positivo
foi confirmado quando o Oscilador de Chaikin formou um "cross-over" "bullish" em finais de Agosto.
Há dois tipos de sinais "bullish" gerados pelo Oscilador de Chaikin: divergências positivas e "crossovers" da
linha central. Porque o Oscilador de Chaikin é um indicador de outro indicador, é prudente esperar pela
confirmação da divergência positiva pelo cruzamento "bullish" de médias móveis. A tabela seguinte constitui
um excelente exemplo de divergência positiva que foi posteriormente confirmada pelo cruzamento da linha
central.
A divergência positiva é forte e pronunciada. Quando se usa um indicador de um indicador, é preferível
"assimilar" sinais fortes. O "crossover bullish" da linha central ocorreu no Oscilador de Chaikin antes de a
Linha Acumulação/Distribuição ter efectuado um novo máximo.
No ponto do cruzamento da linha central (a linha verde feita a pontos), a cotação da acção também quebrou a
resistência, confirmando assim o sinal bullish dado pela divergência positiva.
Tal como no caso dos sinais "bullish", o Oscilador de Chaikin também gera 2 tipos de sinais "bearish": a
divergência negativa e o "crossover bearish" da linha central. Os dois sinais em simultâneo representam
também uma garantia da sua fiabilidade. O seguinte gráfico mostra um sinal "bearish" recente que coincidiu
com uma quebra de um suporte a nível de preço da acção.
Podemos também confirmar que a divergência negativa não é tão acentuada como a positiva no gráfico
anterior, mas é detectável. As divergências que cobrem longos períodos de tempo são, por vezes, difíceis a
nível psicológico, já que uma pessoa nunca sabe qual o momento certo para entrar no título.
É simples verificar os efeitos no preço do Oscilador de Chaikin e da Linha Acumulação/Distribuição neste
exemplo. As linhas a azul marcam o período no qual a acção estava a andar de lado (13 dias). No entanto,
muitos dos encerramentos neste período estavam abaixo do ponto médio da sessão, sendo que alguns ficaram
inclusivamente perto do mínimo "intraday". Durante esse período quer o Oscilador de Chaikin, quer a Linha
de Acumulação/Distribuição registaram um forte declíneo. O "crossover bearish" da linha central coincidiu
com a quebra da linha de tendência na Linha de Acumulação/Distribuição e com a quebra do suporte do
preço.
O Oscilador Chaikin é um bom indicador para acompanhar com a Linha Acumulação/Distribuição, mas é por
vezes de difícil interpretação. As médias móveis são ambas relativamente curtas e serão, portanto, mais
sensíveis a mundanças na Linha Acumulação/Distribuição. Apesar de a sensibilidade ser importante, deve-se
ter bastante cuidado a interpretar o indicador, que nunca deve ser utilizado isoladamente.
Oscilador de preço
O Oscilador de Preço é um indicador baseado na diferença entre duas médias móveis e é expresso ou em
percentagem ou em termos absolutos, de acordo com as preferências do utilizador. As médias móveis usadas
para calcular o oscilador de preço podem ser exponenciais, ponderadas ou simples e o número de períodos do
cálculo pode variar. Para dados diários, médias móveis de período longo são preferíveis de modo a filtrarem a
normal aleatoriedade associada a dados diários. Para dados semanais, que filtram desde logo alguma dessa
aleatoriedade, as médias móveis mais curtas podem ser mais apropriadas. Adicionalmente, uma média móvel
do indicador pode ser utilizada como "trigger" à semelhança do MACD. Nas explicações seguintes usaremos
as abreviaturas OPP (PPO em inglês) e OPA (APO em inglês) para explicar o Oscilador de Preço Percentual e
o Oscilador de Preço Absoluto, respectivamente.
Oscilador Preço Absoluto (OPA)
O OPA é a subtração da média móvel mais longa à média móvel mais curta. Por exemplo:
MME10 (média móvel exponencial de 10 períodos) menos a MME30 (média móvel exponencial de 30
períodos.
O gráfico que resulta deste cálculo forma o oscilador que flutua acima e abaixo de 0, conforme as diferenças
entre as médias móveis. Se a média móvel mais curta está acima da média móvel mais longa então o
indicador é positivo. Caso a média móvel de período mais longo seja superior à de período mais curto, então o
indicador será negativo.
Nota: o MACD também é calculado através da diferença absoluto e teoricamente também pode ser calculado
com quaisquer dois períodos definidos pelo utilizador, mas é tipicamente calculado utilizando as médias
móveis exponenciais de 12 e 26 dias.
Oscilador Preço Percentual (OPP)
The Oscilador de Preço Percentual é o resultado da subtracção da média móvel de período mais longo à média
móvel de período mais curto que é posteriormente dividida pela média móvel de período mais curto
{(MME10 - MME30)/ MME10}
Esta fórmula retorna a diferença dentre as duas médias móveis como uma percentagem da média móvel de
período mais curto.
Diferenças entre o OPP e o OPA
O OPP e o OPA geram muitas vezes os mesmo sinais e assumem, normalmente a mesma forma. Todos os
"crossovers" da média móvel de período mais longo pela média móvel de período mais curto ocorrem ao
mesmo tempo. No entanto, porque a forma das linhas não é exactamente igual, poderão existir discrepâncias.
Esta análise ilustra algumas dessas diferenças.
1 - O círculo verde mostra que o OPP formou um máximo mais baixo em Dezembro enquanto que o o OPA
forma um novo máximo.
2 - Em finais de Dezembro, o OPA continuou mais elevado enquanto que o PPO começou a "andar de lado".
(setas a vermelho).
3 - No início de Janeiro, o OPP fez um novo mínimo, um dia antes do mínimo do OPA.
Há duas razões principais para utilizar o OPP contra o OPA.
1 - Com o OPP é possível comparar dois osciladores de preços de activos diferentes. Um valor do PPO de
+5% significa que a MME de período mais curto é 5% superior que a média móvel de período mais longo.
Esta leitura em termos relativos é comparável com outro activo, independentemente do preço desse activo. O
OPP para o segundo activo do gráfico seguinte só atingiu máximos de 3% enquanto que o do Nasdaq
Composite subiu acima de 7%.
2 - O OPP represetna melhor a relação entre as duas médias móveis exponenciais. A diferença entre as duas
médias móveis é mosrada em relação à média móvel mais curta. Isto permite comparações entre diferentes
períodos, independentemente do preço. Com OPA, quanto mais elevado for o preço de um activo, maiores são
os extremos do oscilador. Com o PPO, uma comparação entre um activo em diferentes períodos de tempo é
possível caso o preço da acção seja de 10 ou de 100.
O Histograma OPP
O OPP diário, com o uso de médias móveis exponenciais de 12 e 26 dias é muito similar ao MACD, que
também usa as mesmas médias móveis. O OPP mede a diferença entre as duas médias móveis como uma
percentagem da média móvel mais curta.
Como o OPP e o MACD são muito similares, o conceito do histograma MACD pode ser aplicado ao OPP. O
histograma OPP mostra a diferença entre o OPP e a média móvel exponencial de 9 dias do OPP. Os valores
deste cálculo são apresentados em histograma de forma a que os "crossovers" e divergências sejam facilmente
indentificáveis. Os mesmo princípios que se aplicam ao histograma MACD aplicam-se neste caso. O OPA é
exactamente o mesmo que o MACD.
Se o valor do OPP é maior do que a sua média móvel exponencial de 9 dias, então o valor do histograma será
positivo. Analogamente, se o valor do OPP é menor do que o valor da sua MME9, então o valor do
histograma PPO será negativo.
Outros aumentos ou decréscimos no gap entre o OPP e a sua MME9 serão reflectidos no histograma OPP.
Aumentos bruscos no histograma OPP indicam que o a subir mais rapidamente do que a sua MME9, logo a o
momento "bullish" está a fortalecer-se. Diminuições bruscas no histograma OPP indicam que o OPP está a
cair mais rapidamente do que a sua MME9 - o momento "bearish" está a fortalecer.
Desvio-padrão
O desvio-padrão é um indicador estatístico de volatilidade. Mede a dispersão de valores de uma amostra (os
preços de fecho de 20 sessões de determinado activo, por exemplo) em torno da sua média. A dispersão é a
diferença entre o valor de um determinado dado da amostra e a sua média. Quanto maior fôr essa diferença,
maior será o desvio-padrão e portanto maior será a volatilidade. Quanto mais perto o preço de fecho estiver da
sua média, menor será o valor do desvio-padrão e menor será a volatilidade. O cálculo do desvio-padrão é
baseado no número de períodos escolhido. Vinte dias é um período bastante usual, dado que representa o
número de dias úteis do mês.
Os passos para o cálculo deste indicador são os que se seguem:
- calcular o preço médio, que é soma dos preços dos 20 períodos a dividir pelo número de períodos
(2246.06/20 = 112.30);
- para cada período, subtrair o preço médio ao preço de fecho, obtendo assim o desvio para cada período (3.30, -9.24...);
- calcular o quadrado de cada desvio, obtendo assim o quadrado dos desvios (10.89, 85.38…);
- realizar a soma dos quadrados dos desvios (921.4551);
- dividir a soma dos quadrados dos resíduos por 20 (921.4551/20 = 46.0728).
- calcular a raiz quadrada da média da soma dos quadrados dos resíduos, o que nos dá precisamente o desviopadrão (6.7877).
De acordo com a seguinte tabela, podemos observar que o desvio-padrão muda à medida que o tempo avança,
dado que utilizamos os 20 dados anteriores ao cálculo. Portanto, cada vez que acrescentamos um dado à
tabela, eliminamos o dado mais antigo.
Interpretação:
Como podemos observar, após longos períodos de consolidação, ou seja em alturas reduzido movimento de
preços, o desvio padrão cai. Repare que nos finais de Dezembro e Março, o activo transaccionava num
intervalo de preços, o que levou à redução da volatilidade. A partir de Março, quando os preços explodiram, a
volatilidade também aumentou.
Já neste activo, apesar de os preços serem idênticos aos do activo anterior, os desvios-padrão são também
maiores. Até final de Dezembro, o desvio-padrão estava abaixo de 5. Após a subida acentuada de Dezembro,
o desvio-padrão subiu para cima de 15. Desde então, ficou-se pelo 10 e nos períodos mais avançados no
tempo ficou acima de 17. Conclusão: este activo é bem mais arriscado do que o primeiro, logo pode
possibilitar resultados maiores (quer negativos, quer positivos) a quem o transaccione.
Conclusão:
Sendo um indicador bastante básico, o desvio-padrão não é um indicador que aponte claramente se se deve
apostar na compra ou na venda de determinado activo. É antes um valioso testemunho da volatilidade de um
título. Uma conclusaão a retirar deste indicador pode ser: "Se o activo tem um desvio-padrão reduzido, a
volatilidade é baixa. Ou seja, pode estar próximo um movimento acentuado e brusco de preços, portanto é
melhor assumir uma posição (longa ou curta) depois de analisar a situação."
Recordo-me bem dos tempos em que a Cimpor não saía dos 16 euros (entre Junho de 1999 e Maio de 2000),
tempos em que a volatilidade do título era tão reduzida, que tornavam os títulos da cimenteira dos menos
atractivos do mercado. Em menos de 1 ano a cotação da Cimpor mais que duplicou...
TRIN
Desevolvido por Richard Arms, o TRIN, ou "índice Arms" é um indicador de detecção de inversão de
tendência, ao determinar zonas "overbought" e "oversold". Devido ao seu método de cálculo, o TRIN reage
inversamente ao mercado, ou seja, a subida deste índice indica uma situação "bearish" e quebra uma situação
"bullish". Por vezes pode observar-se a escala do TRIN invertida de forma a facilitar a sua interpretação.
O TRIN é o rácio subidas/descidas dividido pelo rácio volume das subidas/volume das descidas:
((Nº de títulos que encerraram positivos/Nº de títulos com encerramento negativo) / (volume dos títulos que
encerraram positivos/volume dos títulos que encerraram negativos))
Exemplos:
No primeiro exemplo, os rácios eram iguais e o TRIN era 1, o que indica uma situação de indefinição, com o
volume a entrar em títulos que registavam valorizações virtualmente igual ao que entrava em acções em
quebra. No segundo exemplo, o rácio volume de descida/volume de descida não se menteve ao mesmo ritmo
do que o rácio nº de subidas/nº de descidas e o TRIN subiu acima de 1. Quando tal acontece, significa que que
o volume a afluir mais rapidamente a acções que descem do que a acções que sobem. No exemplo final, o
TRIN está abaixo de 1, indicando precisamente o contrário.
As interpretações para este indicador têm evoluído. O próprio criador deste índice usa-o para detectar
condições de topo ou fundo no mercado. Este considera que o mercado está "overbought" quando a média
móvel simples de 10 dias do TRIN desce abaixo de 0.8 e "oversold" quando se move acima de "1.2". Outras
interpretações procuram considerar a direcção e o valor absoluto do TRIN de forma a determinar divergências
"bullish" e "bearish". No gráfico a seguir pode confirmar estas interpretações.
Preço por volume
"Preço pelo Volume" é um histograma horizontal disposto em cima do gráfico de preços. As barras do
histograma estão dispostas da esquerda para a direita no gráfico. O comprimento de cada barra é definido pela
soma dos volumes dos dias em que o activo teve preços de encerramento no "range" vertical de cada barra do
histograma.
No gráfico abaixo, cada barra de "Preço pelo Volume" tem um limite vertical de 5 pontos. A maior barra é a
que tem como limites 27.5 e 32.5. O comprimento da barra é determinado pela soma das barras de volume
dos dias em que o encerramento ocorreu entre 27.5 e 32.5.
A cor verde aponta para o volume dos dias em que o preço subiu e a cor vermelha aponta para o volume dos
dias em que o preço caiu.
Interpretação
Este indicador não dá qualquer sinal de compra ou venda, mas antes uma ideia geral sobre os preços que o
activo tem tendência a cotar mais dias ou que geram maiores volumes de transacção. Este é um ponto
importante, dado que o volume é um dos indicadores mais importantes de confirmação de movimentos de
preço.
Indicador e Oscilador Aroon
Desenvolvido por Tushar Chande em 1995, o Aroon é um sistema que pode ser utilizado para determinar se
um activo financeiro está a seguir uma tendência, se está "a andar de lado" e caso se verifique a existência de
uma tendência, quão forte ela é. "Aroon" significa "luz da madrugada" em sânscrito e Chande escolheu este
nome em função do objectivo do indicador - revelar o início de uma nova tendência.
O indicador Aroon é constituido por duas linhas, a Aroon de subida e a Aroon de descida. O oscilador Aroon
é apenas uma linha definida como a diferença entre as anteriores. As três têm um único parametro - o número
de períodos usados no cálculo. Dado que, quer a linha Aroon de subida e a Aroon de descida variam entre 0 e
100, o Oscilador Aroon varia de -100 a +100, sendo o 0, a linha de sinal.
Metodologia
O método de cálculo de uma linha Aroon de subida de determinado nº de períodos consiste na determinação
do período de tempo (em %) que o preço demora a atingir um novo máximo (fecho) compreendido nesse
período. Quando o activo estabelece novos máximos para esse período, a linha Aroon de subida assumirá o
valor 100. Se, pelo contrário, o activo se trocar a valores mais baixos cada dia que passa, a linha Aroon de
subida terá o valor de zero. A linha Aroon de descida é calculada da forma análoga, mas tendo os novos
mínimos como base.
A fórmula da linha Aroon de subida é:
[ (número de períodos) - (número de períodos desde o encerramento mais alto relativo ao número de períodos)
] / (número de períodos) x 100
A fórmula da linha Aroon de descida é:
[ (número de períodos) - (número de períodos desde o encerramento mais baixo relativo ao número de
períodos) ] / (número de períodos) x 100
Exemplo:
Considere uma linha Aroon de subida de 10 períodos numa tabela diária. Se o preço mais elevado dos últimos
10 dias ocorreu há seis dias (4 desde o início do período de 10 dias), a linha Aroon de subida terá o valor de
40 ((10-6)/10) x 100). Se o encerramento mais baixo do mesmo período aconteceu há 1 dia (i.e. no dia 9), a
linha Aroon de descida seria de 90 ((10-1)/10 x 100).
Interpretação
O seu criador advoga que quando as linhas Aroon (de subida e de descida) assumem valores cada vez mais
baixos e próximos é sinal de que assistimos a um período de consolidação e de que não existe uma clara
tendência (ver consolidação no gráfico).
Quando a linha Aroon de subida cai para baixo de 50, é sinal de que a actual tendência perdeu o seu balanço
de subida. Similarmente, se a linha Aroon de descida cair abaixo de 50, a actual tendência de quebra também
perdeu "momentum".
Valores acima de 70 indicam uma forte tendência na mesma direcção da tendência evidenciada pela linha
Aroon (ou de subida ou de descida). Valores abaixo de 30 indicam que se prepara a existência de uma forte
tendência na direcção oposta à da tendência actual (ver gráfico).
O Oscilador Aroon assinala a proximidade de uma tendência de subida quando está acima de zero e a
proximidade de uma tendência "bearish" se desce abaixo de zero. Quanto mais longe estiver de zero mais
forte é a tendência.
CBOE Volatility Index (VIX)
Introduzido em 1993 pelo Chicago Board Options Exchange, o VIX não é mais do que uma medida
ponderada da volatilidade implícita em 8 opções de compra e venda (OEX put and call options). Mais
concretamente, o peso atribuído a essas 8 opções de compra e venda (ou 8 «puts» e «calls») é definido de
acordo com o tempo restante e com a posição das mesmas, ou seja, «in the money» ou «out of the money». O
resultado obtido dá lugar a uma hipotética opção composta, a qual se encontra «at-the-money» e sob um prazo
de 30 dias até expirar - recorde-se que uma opção «at-the-money» significa que o preço de exercício e o preço
do activo se igualam. Conclui-se, desta forma, que o VIX representa a volatilidade implícita nesta (hipotética)
opção composta.
Exemplo:
Aplicação: Como que a acompanhar a evolução das opções transaccionadas, o VIX é actualizado diariamente,
podendo ser utilizado numa base de «intraday», diária, semanal ou mensal para medir o grau de volatilidade
implíctia, bem como para analisar as expectativas que se vão formando no mercado. Habitualmente, o VIX
tem uma relação inversa com o mercado, razão pela qual os gráficos utilizados na sua representação são
ilustrados com a escala invertida: os valores mais baixos ficam em cima e os mais altos em baixo. Por outras
palavras, o valor do indicador aumenta quando o mercado está em declínio e diminui quando o mercado está
em expansão.
Chegou agora a altura de referir um ponto importante, o enviezamento «bullish» existente no mercado de
acções. O que significa isto? Quando o mercado de acções se encontra numa fase de expansão, os investidores
acreditam que o risco é menor do que quando o mercado se encontra em queda. Quanto mais elevado for o
risco percepcionado pelos investidores, maior será também a volatilidade implícita e o preço das respectivas
opções, particularmente as opções de venda. Por esta razão, a volatilidade implícita não se refere à amplitude
dos movimentos dos preços, mas sim ao risco implícito subjacente ao mercado de acções. É também por isso
que a quantidade procurada de opções de venda aumenta quando o mercado está em declínio, fazendo subir o
preço das opções e os níveis de volatilidade implícita.
A partir da explicação dada até este momento, facilmente se conclui que a comparação entre a evolução do
VIX e a do mercado permite algumas pistas importantes relativamente à direcção e duração das tendências.
Assim, quanto mais avançar o VIX, maior será o pânico no mercado; quanto menores forem os valores
assumidos pelo indicador, maior satisfação existirá no mercado. Precisamente para avaliar o grau de pânico
ou de satisfação, o VIX é muitas vezes utilizado como um indicador contrário. De que forma? Valores muito
baixos indicam um elevado grau de satisfação e são vistos como sinais «bearish». Por sua vez, valores
extremamente elevados – os quais ocorrem habitualmente depois de uma descida acentuada e sob um
ambiente ainda bastante «bearish» - sugerem uma forte ansiedade ou pânico entre os investidores, sendo
interpretados como sinais «bullish».
Note-se que os sinais «contrários» gerados pelo VIX e pelo mercado nos permitem também formar
expectativas relativamente ao curto prazo. Assim, um forte sentimento de satisfação ou «overly bullish» é
interpretado como «bearish» pelos defensores da teoria do contrário – os «contrarians». Pela mesma lógica,
um sentimento de pânico generalizado ou «overly bearish» é visto como «bullish». Se o mercado se encontra
numa fase de acentuado declinio e o VIX permanece inalterado ou diminui em valor, podemos ser levados a
acreditar que o declínio ainda se vai manter por mais algum tempo. Da mesma forma, se o mercado está em
forte expansão e o VIX aumenta em valor, isso poderá significar que o crescimento verificado poderá ainda
persistir.
Vejamos agora o gráfico acima apresentado e a relação «inversa» entre o VIX e o mercado, traduzido pelo
índice S&P 100:
A aplicação de uma média móvel de 10 dias (10-day SMA) permite harmonizar a tendência de ambos e
concluir que, nos últimos 3 anos (entre Outubro de 1997 e Setembro de 2000), o VIX registou 4 valores (ver
setas verdes) acima de 30, os quais são associados a uma tendência excessivamente «bearish»/de pânico e a
uma volatilidade implícita muito elevada. Por sua vez, os 3 registos (ver setas vermelhas) abaixo de 20
indicam uma excessiva satisfação/tendência «bullish» e uma volatilidade implícita bastante reduzida. Reparese, finalmente, que uma vez registados aqueles valores extremos, o sinal de confirmação é dado pelo regresso
do VIX ao intervalo compreendido entre os valores acima de 20 e abaixo de 30.
Williams %R
Desenvolvido por Larry Williams, o Williams %R (também conhecido por %R) é um indicador muito
utilizado para medir níveis «overbought» e «oversold». Na prática, o seu funcionamento é semelhante ao do
oscilador estocástico, na medida em que nos permite conhecer a relação entre o valor de fecho e o intervalo
[máximo;mínimo] verificado num determinado período de tempo. A escala de valores vai de zero (0) até (100), correspondendo os níveis «overbought» ao intervalo (0;-20) e os níveis «oversold» ao intervalo (-80;100). Pelo que até aqui foi dito, facilmente se deduz que:
a. Quanto mais próximo do topo da escala estiver o valor de fecho, mais próximo de zero (logo, mais elevado)
estará o indicador;
b. Quanto mais afastado do topo (ou mais próximo da base) estiver o valor de fecho, mais perto de -100 (logo,
mais pequeno) estará o indicador;
c. Se o valor de fecho igualar o máximo do intervalo, então o indicador será igual a zero (valor máximo). Pela
mesma lógica, se o valor de fecho igualar o mínimo do intervalo, então o indicador assumirá o valor mínimo
(-100).
Fórmula:
%R = [(maior dos máximos–valor de fecho)/(maior dos máximos–menor dos mínimos)*(-100)]
Habitualmente, o Williams %R é calculado com base em 14 observações/períodos, quer seja a um nível de
«intraday», diário, semanal ou até mensal. Porém, tal como já foi referido anteriormente, o número de
períodos e a duração dos mesmos pode e deve ser adequado às características próprias de um determinado
activo.
Antes de continuarmos, devemos ter em atenção um aspecto crucial relativamente à interpretação dos valores
encontrados: «overbought» não significa necessariamente que se deve vender, bem como «oversold» não
significa que estejamos em boa altura para comprar. Na verdade, um activo poderá estar em tendência de
queda, registar um nível considerado «oversold» e aí permanecer enquanto o preço continua a descer. Por
outro lado, mal um activo atinja níveis «overbought» ou «oversold», os investidores deverão esperar por um
sinal que confirme uma inversão nos preços. Para isso, pode ser utilizado (mas não só) um método muito
simples: aguardar que o Williams %R cruze (para cima ou para baixo) o nível (-50).
Vejamos atentamente o gráfico anterior, a partir do qual podemos salientar alguns aspectos sobre a aplicação
do Williams %R a 14 e a 28 dias:
a. O %R a 14 dias mostra-se muito volátil e propício a sinais falsos;
b. O %R a 28 dias é menos sensível aos valores observados e por isso mais fiável;
c. Quando o indicador a 28 dias se move para níveis «overbought» ou «oversold», verificamos que aí
permanece por um período de tempo prolongado enquanto as acções prosseguem a sua tendência;
d. Surgem alguns sinais relevantes (no caso do %R a 28 dias) se optarmos por esperar por uma confirmação,
ou seja, por um movimento para cima ou para baixo de (-50).
Average True Range
Desenvolvido por J. Welles Wilder, o Average True Range (ATR) é um indicador utilizado para medir a
volatilidade de um activo. Mais concretamente, o ATR não identifica a tendência (crescente ou decrescente)
dos preços, nem sequer a sua duração, mas apenas o nível de variação dos mesmos, i.e., o grau de
volatilidade.
Wilder definiu também a «true range» (TR), ou seja, a amplitude de variação, como a maior das seguintes
diferenças:
a. O máximo actual menos o mínimo actual;
b. O valor absoluto da diferença entre o máximo actual e o valor de fecho anterior;
c.O valor absoluto da diferença entre o mínimo actual e o valor de fecho anterior;
Assim, se a diferença entre máximo e mínimo for grande, tudo indica que será utilizada como «true range».
Se tal não acontecer, poder-se-á recorrer a uma das outras fórmulas, especialmente se o valor de fecho for
maior do que o máximo actual (ou menor do que o mínimo).
A imagem anterior permite-nos analisar 3 situações distintas em que a TR não seria determinada pelo
intervalo [máximo;mínimo]:
a. Depois de um «gap» positivo, formou-se uma diferença entre mínimo e máximo muito reduzida. Por esta
razão, a TR foi determinada pela diferença absoluta entre o máximo actual e o valor de fecho anterior.
b. O intervalo [máximo;mínimo] encontrado após um «gap» negativo é também reduzido, pelo que a TR foi
determinada pela diferença absoluta entre o mínimo actual e o valor de fecho anterior.
c. Embora o valor de fecho pertença ao intervalo de variação anterior, a diferença actual entre máximo e
mínimo é, de facto, muito pequena – mais pequena até do que a diferença absoluta entre o máximo e o valor
de fecho anterior, sendo esta a fórmula utilizada para determinar a TR.
Geralmente, a aplicação do ATR compreende 14 períodos (ou um período de 14 dias), podendo o indicador
ser calculado numa base «intraday», diária, semanal ou mensal. Vejamos, a este propósito, o seguinte
exemplo (calculado numa base diária): como seria de esperar, o primeiro valor TR encontrado não é mais do
que a diferença entre o máximo e o mínimo da sessão inicial, sendo o ATR a 14 dias determinado pela média
dos TRs registados nos últimos 14 dias. Para calcularmos o próximo ATR a 14 dias, bastaria (de acordo com
o método descrito por Wilder) realizar os seguintes passos:
a. Multiplicar o ATR a 14 dias imediatamente anterior por 13;
b. Adicionar o valor TR mais recente;
c. Dividir por 14;
Exemplo:
Na folha de cálculo acima ilustrada, podemos encontrar o primeiro valor TR (1.9688 corresponde à diferença
entre máximo e mínimo) e também o primeiro ATR a 14 dias (3.6646 é igual à média dos 14 valores TR
inciais). Seguem-se outros valores ATR calculados a partir do procedimento descrito anteriormente.
Vejamos agora o gráfico anterior, baseado nos valores registados (na folha de cálculo) entre 23 de Outubro e
7 de Dezembro de 2000, e a forma como são calculados os valores para os dias 15 e 16:
a. Dia 15: ATR = = 3.713
b. Dia 16: ATR = = 3.7536
O gráfico anterior permite-nos visualizar a aplicação prática do ATR: os níveis extremos (máximos e
mínimos) podem significar pontos de inflexão ou o início de uma nova tendência no preço das acções. Sendo
um mero indicador da volatilidade, o ATR não consegue prever a direcção dessa tendência. Níveis ATR
elevados podem traduzir um período de forte «trading», enquanto que níveis reduzidos poderão corresponder
a períodos de «trading» fraco. Finalmente, refira-se que os valores ATR elevados resultam, geralmente, de
descidas/subidas acentuadas e não poderão persistir por períodos de tempo muito prolongados.
Nota final: na medida em que o ATR demonstra a volatilidade em níveis absolutos, depressa nos apercebemos
que as acções mais baratas terão níveis ATR mais baixos do que os títulos mais caros. Por exemplo, uma
acção cotada em 10$ (USD) teria um valor ATR muito inferior a uma acção cujo preço ascendesse aos 200$.
Por esta razão, dever-se-á ter algum cuidado no momento de fazer comparações entre níveis ATR de
diferentes activos, ou até do mesmo activo se tiverem ocorrido variações muito grandes no preço da acção.
Percentage Volume Oscillator (PVO)
Conceito: o «Percentage Volume Oscillator» (PVO) não é mais do que a diferença percentual entre 2 médias
móveis de volume. Mais concretamente, o cálculo deste indicador é feito através da seguinte fórmula:
Volume Oscillator (%) - PVO = [(Vol 12day EMA - Vol 26day EMA)/Vol 12day EMA] x 100
Note-se que as médias móveis exponenciais (EMA) a 12 e 16 dias foram utilizadas apenas a título exemplar.
Na verdade, o número de dias pode ser ajustado por forma a corresponder a períodos mais curtos ou mais
longos. Note-se também que, pela própria descrição da fórmula, o PVO assumirá um valor máximo de 100
não havendo, porém, qualquer valor mínimo. Na verdade, o valor absoluto não é muito importante para aquilo
que estamos a analisar – importa, isso sim, conhecer a direcção e os movimentos cruzados para cima ou para
baixo da linha central/neutra.
Aplicação: existem 3 maneiras diferentes através das quais o PVO pode ser utilizado para detectar períodos
em que o volume se expande ou contrai:
a. «Centerline Crossovers» - o PVO flutua para cima e para baixo da linha central (nível zero). Assim, quando
o PVO é positivo, uma EMA curta será superior a uma EMA longa; quando é negativo, uma EMA curta será
inferior a uma EMA longa. Por outro lado, um PVO acima de zero significa que os níveis de volume são, de
um modo generalizado, superiores à média; pela mesma lógica, um PVO abaixo de zero permite identificar
níveis de volume levels inferiores à média.
b. «Directional Movement» - as direcções em que se movimenta o PVO permitem retirar (visualmente) uma
conclusão imediata sobre os padrões de volume: um PVO crescente significa que os níveis de volume estão a
aumentar, enquanto um PVO decrescente mostra que os mesmos estão a diminuir.
c. «Moving average crossovers» - a última variável do PVO dá origem a uma linha de tendência/sinal. Quer
isto dizer que, por exemplo, um PVO(12,26,9) contém uma média móvel exponencial a 9 dias, bem como um
histograma representativo da diferença existente entre o PVO e a sua EMA a 9 dias. Quando o PVO se move
para cima da sua linha, podemos concluir que, de um modo generalizado, os niveis de volume estão a crescer,
e vice-versa.
Refira-se, antes de mais, que os movimentos descritos pelo PVO são completamente distintos dos
movimentos dos preços, podendo ser correlacionados para se inferir sobre os níveis de pressão de compra ou
venda: uma subida dos preços combinada com um reforço do PVO seria interpretada como um aumento do
volume, enquanto que uma quebra no preço do activo, em conjunto com um declínio do PVO, levar-nos-ia a
concluir que os níveis de volume estariam a decrescer.
Nota: sendo definido por 3 variáveis, o PVO poderá assumir, por exemplo, os seguintes valores:
PVO(12,26,9): a 1ª variável refere-se à EMA de volume curta, a 2ª refere-se à EMA de volume longa e, por
último, a 3ª diz respeito à linha de sinal (podendo também assumir uma posição curta ou longa). Da diferença
entre o PVO e a sua linha de sinal resulta o histograma (a área sólida acima e abaixo de zero). Aqueles que
não quiserem utilizar o histograma, terão apenas que igualar a 3ª variável a 1.
No gráfico anterior, podemos encontrar 2 PVOs diferentes: o primeiro encontra-se na parte superior e é
definido pela expressão PVO (12,26,9); o segundo encontra-se na parte inferior e contém uma variável final
igual à unidade, PVO (5,60,1). Quando isto acontece, verificamos que não existe qualquer linha de sinal ou
histograma. Se olharmos atentamente para o gráfico, podemos facilmente reparar que entre Agosto e
Setembro as acções foram negociadas entre os 15 e os 21 dólares, período em que o PVO permaneceu (quase
sempre) abaixo de zero. Assistiu-se a uma pequena recuperação com o avanço registado no final de Agosto,
mas os títulos nunca ultrapassaram a sua «trading range». Quando, em Outubro, as acções começaram
finalmente a subir, o PVO moveu-se para terreno positivo deixando uma marca bem acentuada (veja-se a
linha verde). Este avanço, plenamente confirmado pelo aumento dos níveis de volume e pela quebra da
resistência, viria a consistir um fortíssimo sinal de compra.
Relativamente ao exemplo anterior, verificamos que, embora as linhas dos PVOs descrevam movimentos
muito semelhantes, existem algumas diferenças importantes entre o PVO «standard» (12,26,9) e o PVO
definido como (5,60,1):
a. Enquanto o PVO (12,26,9) ultrapassou o nível +20 no final de Outubro, o PVO (5,60,1) superou o nível
+50;
b. No início do referido mês (ver linha vermelha 1), o PVO (5,60,1) passou para terreno negativo mas o PVO
(12,26,9) permaneceu acima de zero;
c. No início de Dezembro (ver linha vermelha 2), o PVO (5,60,1) avançou mais rapidamente para terreno
positivo do que o PVO (12,26,9);
As diferenças assinaladas prendem-se, essencialmente, com a EMA curta associada a ambos os PVOs. De
facto, uma EMA de volume a 5 dias é muito mais sensível do que uma EMA a 12 dias. Por outras palavras, as
médias móveis mais curtas são bastante mais voláteis e, por isso, mais sujeitas a «crossovers» na linha
centra/neutra. Refira-se, finalmente, que os períodos de volume acima da media podem também ser
confirmados pelas barras de volume que excedam a média móvel exponencial a 60 dias (ver elípse verde em
Outubro).
Rabbitt Q-StockRank
O Q-Rank é um indicador formado a partir da combinação de 9 modelos de análise técnica e fundamental. Os
valores resultantes da sua aplicação variam entre 1 (mínimo) e 99 (máximo) – assim, uma acção com um QRank de 99 contém uma combinação ideal de características/qualidades que a tornam superior a 99% do total
de acções analisadas. Este método compreende 2 componentes que, em conjunto, permitem conhecer melhor
as qualidades (de uma acção) determinantes para o cálculo do Q-Rank: o Technical Sub-rank (TSR) e o
Earnings Sub-rank (ESR). Na prática, seríamos tentados a comprar acções com um Q-Rank superior a 70 e a
não comprar se o Q-Rank for inferior a 50.
Decomposição
O Technical Sub-Rank (TSR) recorre a 4 modelos/indicadores:
1. O indicador de força relativa (relative strength) compara a performance de cada acção (em termos de preço)
ao longo dos últimos 4 trimestres com o conjunto de todas as outras acções em análise. Desta forma, se uma
acção atinge uma força relativa de 99, isso significa que a performance registada nos últimos quatro trimestres
superou 99% do universo Q-Rank. Note-se, porém, que o desempenho verificado no último trimestre tem um
peso reforçado.
2. O indicador de inversão do retorno (return reversal) destina-se apenas às transacções de curto prazo e
reflecte a tendência das acções em atingirem níveis «overbought» ou «oversold». Na prática, os títulos que
tenham retornos mais elevados nas últimas 2 semanas são pontuados «desfavoravelmente» porque tendem a
inverter os ganhos/a «under-perform» nas 2 semanas subsequentes; valores acima dos 90 sugerem uma
potencial «out-performance» de curto prazo.
3. O rácio preço/média móvel a 200 dias é utilizado para identificar a tendência de uma acção; é positivo
acima de 120% e negativo abaxo de 90%.
4. Finalmente, o modelo de combinação industrial analisa a atractividade da indústria (à qual pertence a
empresa em estudo) a partir dos resultados anunciados (e posteriores revisões), de uma série de rácios
(preço/cash-flow e preço/vendas, entre outros) e do montante de dividendos.
O Earnings Sub-rank (ESR) agrega características de crescimento e valor, as quais se podem dividir em 4
categorias:
1. Earnings surprise: é a diferença entre a mais recente divulgação dos resultados e as estimativas consensuais
formadas no mercado;
2. Earnings Revision: compara a última variação mensal dos ganhos esperados pelo mercado com as
previsões a um ano feitas pelas empresas;
3. Earnings acceleration: identifica as empresas que geraram ganhos nos últimos 4 anos e que, segundo as
estimativas do mercado, poderão alcançar resultados crescentes para os 2 anos seguintes; na prática, este
modelo premeia as empresas cujos ganhos possam ser descritos por sucessivas taxas de crescimento
crescentes;
4. Earnings consistency: identifica as empresas que apresentaram resultados pouco voláteis e positivos nos
últimos 3 anos;
Para além disso, utilizam-se também os seguintes indicadores:
1. «Return on Equity» (ROE) – importa identificar as empresas com um ROE substancialmente diferente do
universo em análise;
2. 99 EPS Growth – baseia-se nas previsões dos ganhos feitas consensualmente pelo mercado para o próximo
ano fiscal;
3. «Price/Earnings» - rácio utilizado a partir das estimativas dos ganhos a obter no próximo ano;
4. «Growth to P/E» - importa comparar os ganhos médios esperados para os próximos 2 anos com um P/E
médio baseado nesses mesmos ganhos;
Aplicação
Imaginemos a seguinte analogia: o Q-Rank funciona como um «assistente de pesquisa» – permite-nos
acompanhar a evolução de um grande número de acções e, a partir daí, inferir de uma forma objectiva,
consistente e acessível. Para além disso, permite-nos ainda:
a. analisar mais detalhadamente determinadas questões;
b. obter uma «segunda opinião» sobre eventuais títulos a comprar/vender;
c. identificar novas acções cujas qualidades possam ser relevantes;
d. monitorizar determinados aspectos específicos, tais como as revisões dos resultados esperados, etc.
e. tirar conclusões sobre a atractividade de uma empresa/indústria;
Em suma, o Q-Rank constitui um abrangente ponto de partida para a identificação de títulos aos quais
poderão ser aplicados a experiência, o conhecimento e os juízos de valor do utilizador. A aplicação prática
deste modelo poderá seguir 2 notas: os investidores que estejam interessados na aquisição de acções com um
Q-Rank inferior a 50 devem ponderar a hipótese de adiar essa compra, a não ser que o título em causa garanta
um valor muito seguro; pelo contrário, os investidores cujo interesse recaia na venda de acções com um QRank superior a 90, deverão considerar a possibilidade de as manter na sua posse por mais algum tempo, pelo
menos até o «rank» começar a cair.
Não esquecer: tal como muitos outros instrumentos de análise técnica, o Q-Rank não deve ser usado
isoladamente, mas sim como um complemento no processo de pesquisa dos investidores. O Q-Rank não
contempla acções (1) de empresas cuja capitalização bolsista seja inferior a 200 milhões de dólares, (2) com
um preço unitário abaixo dos $6 e (3) sem uma base de informação financeira adequada.
Price Relative
O preço relativo serve, essencialmente, para comparar a performance entre dois activos. Na maioria das vezes,
este indicador é utilizado para comparar a performance de uma acção face a um índice de mercado. Pensemos,
por exemplo, nos inúmeros gestores de carteira cujo principal objectivo é bater (melhor dizendo,
«outperform») o S&P 500. Naturalmente, as suas escolhas irão recair sobre os títulos mais fortes. A
importância do preço relativo reside precisamente neste aspecto, uma vez que permite, de uma forma
acessível, fazer uma descrição detalhada da performance de uma determinada acção relativamente ao
mercado.
Como calcular o preço relativo? Através da fórmula: Preço de fecho/Valor do índice
Exemplo: Vamos supor que as acções da Wal-Mart (WMT) estão a cotar nos 60 dólares e que o S&P 500
fechou nos 1400 pontos. Pode verificar-se, muito facilmente, que o preço relativo seria (neste caso) igual a
60/1400=0.0428. Se posteriormente as acções valorizassem para os 70 dólares e o S&P 500 avançasse para os
1450 pontos, então o novo preço relativo situar-se-ia nos 0.0482. Uma vez que este valor é superior ao
primeiro preço relativo encontrado, conclui-se que as acções (WMT) bateram o índice de mercado no período
considerado. Esta diferença pode ser registada graficamente no eixo das ordenadas (Y), dando assim origem a
uma linha de preços relativos, a qual poderá ser calculada numa base diária, semanal, ou mensal.
Repare-se no gráfico anterior: o preço relativo (associado às acções WMT) atingiu o pico a 16 de Dezembro
(ver linha vermelha), cerca de 2 semanas antes de as acções atingirem o valor máximo. Seguiu-se uma série
de novos picos (embora inferiores) e, passado alguns dias, a linha de preços relativos quebrou a tendência de
crescimento que se vinha a verificar desde Agosto (ver linha azul). O mesmo viria a acontecer às acções da
Wal-Mart algum tempo depois. Conclusão: o comportamento descrito pela linha de preços relativos constitui
um bom presságio daquilo que poderá acontecer ao valor dos títulos. Neste caso concreto, a quebra acentuada
das acções WMT foi precedida por uma diminuição do preço relativo.
Veja-se agora o exemplo da Sun Microsystems: Depois de se ter registado um mínimo mais elevado no fim de
Agosto, seguiu-se uma rápida subida no início de Setembro (note-se o pico assinalado pela seta negra). Este
aumento súbito do preço relativo significa, como vimos anteriormente, que as acções da Sun estavam muito
mais fortes do que o mercado. Como seria de esperar, o sinal positivo dado pela linha de preços relativos viria
a reflectir-se na sólida ascensão (a partir de Outubro) dos títulos, fazendo com que as acções da Sun fossem
um dos «top performers» nos 17 meses que se seguiram.
Refira-se, finalmente, que os preços relativos podem também ser aplicados a sectores industriais: ao fazê-lo,
gestores e investidores poderão identificar sinais de força ou fraqueza relativa. Estes, por sua vez, permitirlhes-ão prever com alguma segurança quais os sectores em destaque, isto é, aqueles que poderão «galvanizar»
o mercado.
Chaikin Money Flow
Desenvolvido por Marc Chaikin, o CMF - Chaikin Money Flow é um indicador calculado a partir da análise
diária da linha de acumulação/distribuição. Esta assenta na ideia de que a pressão exercida pelos sinais de
compra e venda pode ser determinada através da observação/comparação do valor de fecho (Closing Location
Value) face ao máximo e mínimo registados no período em análise.
Assim, facilmente se conclui que existe pressão para comprar quando um determinado título encerra na parte
superior do intervalo de valores observados. Pela mesma lógica, os sinais de venda manifestam-se com mais
intensidade quando as acções encerram na parte inferior do referido intervalo. Note-se que o valor de
acumulação/distribuição é obtido a partir da multiplicação do «Closing Location Value» pelo volume
registado em cada período.
Metodologia
Recorrendo ao gráfico acima representado, podemos determinar a relação entre os valores assumidos pela
linha de acumulação/distribuição e o CMF. Mais concretamente, se dividirmos o total dos valores de
acumulação/distribuição relativos aos 21 dias contidos na caixa púrpura (ver gráfico) pelo volume acumulado
ao longo desses 21 dias, obteremos o valor do CMF. Naturalmente, a actualização diária do valor do indicador
requer apenas a remoção do valor registado no 1º dia e a inclusão do novo (e último) valor.
Note-se também que o número de períodos poderá ser alterado para melhor se ajustar à análise em curso.
Assim, enquanto o CMF a 21 dias constitui uma boa forma de representar as pressões de compra e venda
numa base mensal, a utilização de um período temporal mais alargado estará menos sujeita a variações ou,
pelo contrário, um período temporal mais curto estará mais de acordo com uma análise semanal.
Uma vez feita esta abordagem inicial, podemos então concluir que o Chaikin Money Flow é «bullish» quando
assume um valor positivo e «bearish» quando é negativo.
Sinais de Acumulação
De que forma são representados os sinais «bullish» gerados pelo CMF? Através da indicação de que um
activo financeiro se encontra sob acumulação. Para sabermos se tal é o caso, e para determinarmos qual a
intensidade da acumulação, podemos proceder através de uma das seguintes maneiras:
1. Verificar se o CMF é maior do que zero. Se tal acontecer, o indicador assume valores positivos e por isso
constitui uma indicação de pressão de compra e de acumulação;
2. Determinar há quanto tempo se encontra positivo o indicador. Quanto maior a duração desse período, mais
evidente se torna o facto de o activo estar sob pressão de compra/acumulação sustentada.
3. Conhecer o valor actual do indicador. Para além de ser superior a zero, o indicador deve incorporar uma
consistente capacidade de subida que o permita atingir níveis mais elevados. Não nos devemos esquecer que a
observação da tendência assumida pelo CMF é importante para podermos distinguir entre indicações de
compra fortes e sinais de acumulação meramente incipientes.
Vejamos atentamente a situação ilustrada no gráfico: enquanto as acções se continuam a desvalorizar, o CMF
assume (progressivamente) valores mais elevados. Por exemplo, se olharmos para o que se passa no mês de
Outubro, concluimos que, embora as acções tenham sido negociadas a um nível «flat», o indicador
permaneceu positivo e continuou a reforçar-se. Por sua vez, os níveis de acumulação (representados pelo
CMF) registaram valores muito elevados no referido mês.
Quando, no fim de Outubro, as acções sofreram uma desvalorização abrupta, o indicador começou então a
diminuir – tendência que se manifestou durante o mês de Novembro. Contudo, os níveis de distribuição nunca
ultrapassaram os (-0.10), querendo isto dizer que a pressão de venda nunca foi muito intensa.
Relativamente à situação ilustrada pelo gráfico anterior, devemos destacar o período compreendido
(sensivelmente) entre 28 de Setembro e 22 de Outubro. Um olhar atento permite-nos verificar que o CMF
continuou a crescer (os sinais de compra intensificaram-se) numa fase em que as acções foram
transaccionadas «sideways». Para além disso, o indicador passou de (+0.1208) em 28 de Setembro para
(+0.2377) em 22 de Outubro, ou seja, a pressão de compra quase aumentou para o dobro. Naturalmente, isto
constitui uma forte indicação «bullish» que viria a ser responsável por uma forte valorização das acções –
veja-se a subida dos títulos de 50 para 90 (valores aproximados).
Commodity Channel Index (CCI)
Desenvolvido por Donald Lambert, o Commodity Channel Index (CCI) foi criado com o objectivo de tornar
mais simples a identificação de períodos cíclicos no valor dos activos. Por outras palavras, o cálculo deste
indicador parte do pressuposto de que:
1. O valor dos bens (acções e obrigações) se movimenta ciclicamente
2. Os valores máximos e mínimos ocorrem em intervalos regulares
No sentido de facilitar a análise dos dados, o autor aconselha que a unidade de medida temporal corresponda a
1/3 da duração do ciclo. Assim, se (por exemplo) a duração do ciclo for de 60 dias, então deverá ser utilizado
um CCI de 20 dias.
O processo de cálculo do CCI envolve 4 passos:
1) Determinar o Typical Price (TP) relativo ao dia de hoje, com
TP=(H+L+C)/3 e H=high (máximo), L=low (mínimo) e C=close (valor de fecho)
2) Calcular o SMATP (Simple Moving Average of the Typical Price) a 20 dias
3) Calcular o desvio médio (Mean Deviation) da seguinte forma: determinar o valor absoluto da diferença
entre o SMATP e o Typical Price para cada um dos últimos 20 dias; somar todos os valores resultantes e
dividi-los por 20
4) Finalmente, aplica-se um factor constante (0.0015) e resolve-se a seguinte fórmula:
O factor constante assume o valor de 0.0015 por uma simples razão: pretende-se confinar 70% a 80% das
observações a um intervalo compreendido entre (–100 e +100). Deste modo, o indicador CCI flutua à volta de
zero e a percentagem de valores incluídos no referido intervalo vai depender do número de períodos
temporais considerados. Quer isto dizer que:
--> Um CCI curto será mais volátil, logo a percentagem de valores incluídos no intervalo (–100, +100) será
reduzida
--> Um CCI longo (i.é, cujo cálculo requer um elevado número de períodos) estará, pela mesma razão,
associado a uma elevada percentagem de valores incluídos no intervalo (–100, +100)
Que conclusões se poderão retirar a partir dos valores registados pelo indicador ? Em primeiro lugar, urge
salientar que os valores acima de (+100) e abaixo de (-100) representam, respectivamente, indicações de
compra e de venda.
Em segundo lugar, como cerca de 70% a 80% dos valores pertencem ao referido intervalo, podemos concluir
que os sinais de compra e venda só surgem durante 20% a 30% do tempo considerado.
Vejamos, mais concretamente, como se desenrola este processo:
--> Quando o indicador se move para valores superiores a (+100), um novo sinal de compra poderá surgir,
caso se verifique uma forte tendência de subida
--> Quando o indicador se move para valores inferiores a (-100), um novo sinal de venda poderá surgir, caso
se verifique uma forte tendência de queda
Refira-se, finalmente, que a natureza generalista do CCI nos permite aplicá-lo de diversas maneiras a uma
série de activos, desde as acções às obrigações.
ADX - Average Directional Index
Desenvolvido por J. Welles Wilder Jr., o Average Directional Index (ADX) pretende avaliar o peso de uma
determinada tendência de mercado, seja ela ascendente ou descendente. Naturalmente, para uma utilização
eficaz deste indicador, é importante saber se o mercado assume, de facto, uma tendência ou se, pelo contrário,
apenas se verificam pequenas oscilações pontuais (ilustradas por deslocações “laterais” irregulares)
insuficientes para determinar um certo comportamento.
Como se pode ver pelo gráfico, o ADX assume valores num intervalo compreendido entre 0 e 100. Na prática,
porém, raramente se registam valores superiores a 60. Por outro lado, enquanto valores inferiores a 20
traduzem uma tendência fraca, valores superiores a 40 representam uma forte tendência de mercado.
Repare-se, neste sentido, que o indicador não permite classificar uma qualquer tendência como bullish ou
bearish. A sua função é simplesmente inferir sobre o peso/força de um determinado comportamento de
mercado. Consequentemente, um registo superior a 40 pode estar associado a uma tendência de alta ou de
baixa.
Finalmente, vale a pena referir que o ADX pode também ser utilizado como um instrumento privilegiado no
que toca a identificar uma eventual oscilação de mercado como o início (ou fim) de uma nova tendência.
Assim, por exemplo, se o ADX revela um fortalecimento a um nível abaixo de 20 e, subsequentemente, o
indicador começar a registar valores superiores a 20, isso pode significar que estamos a assistir à formação de
uma nova tendência. Recorrendo à mesma lógica, se o ADX começar a evidenciar um enfraquecimento acima
de 40 e, ulteriormente, se mover para valores inferiores a esse mesmo nível, então é provável que a actual
tendência deixe de se verificar, passando o mercado a caracterizar-se por uma fase de “trading”, isto é,
passamos a assistir às (já mencionadas) deslocações “laterais” inerentes a uma fase em que não se observam
quaisquer tendências (“non-trending”).
Gráficos Padrão - Canal de Tendência
O canal de tendência é um padrão gráfico de continuação de tendência. A evolução das cotações fica limitada
por uma linha de resistência (linha superior) e uma linha de suporte (linha inferior). Um canal de tendência
com inclinação negativa é considerado como sendo um canal bearish enquanto que um canal de tendência
com inclinação positiva é considerado como sendo um canal bullish.
Em termos de elemento gráfico, um canal de tendência pode ser identificado pelos seguintes elementos:
a. Linha de tendência: são necessários pelo menos dois pontos para traçar uma linha de tendência. No caso de
um canal de tendência bullish, a linha de tendência é traçada ligando dois pontos de mínimo. No caso de um
canal de tendência bearish, a linha de tendência é traçada ligando dois pontos de máximo.
b. Linha de canal: associada à linha de tendência tem que ser igualmente traçada um linha de canal paralela à
linha de tendência. No caso de um canal de tendência bullish, a linha de canal é a linha de resistência
enquanto que num canal de tendência bearish, a linha de canal é a linha de suporte.
c. Canal de Tendência Bullish: um canal deste tipo forma-se quando a cotação do título vai subindo, evoluido
sempre dentro do canal.
d. Canal de Tendência Bearish: um canal deste tipo forma-se quando a cotação do título vai descendo,
evoluido sempre dentro do canal.
Em termos de trading, sempre que é identificado um canal de tendência bullish, o trader deve tentar comprar
sempre que a cotação se aproxima da linha de tendência de subida e vender sempre que a cotação se aproxima
da linha de canal. No caso de um canal de tendência bearish, o trader deve tentar vender (short) o título
sempre que se aproxima da linha de canal e comprar sempre que se aproxima da linha de tendência de queda.
Gráficos Padrão - Bump and Run Reversal
A formação Bump And Run Reversal é um padrão gráfico típico de situações em que há demasiada
especulação no mercado que conduz a uma subida demasiado rápida das cotações.
Em termos gráficos, o padrão pode ser identificado pelos seguintes elementos:
a. Primeira fase de subida: a primeira parte do gráfico é uma fase de subida da cotação do título sem que se
vislumbre especulação. A inclinação da linha de tendência não deve ser demasiado pronunciada.
b. Segunda fase de subida: após uma primeira fase de subida das cotações, o título entra num nova fase
eminentemente especulativa em que a inclinação da linha de tendência cresce abruptamente, mais de 50%
face à inclinação da primeira linha de tendência de subida. Nesta fase, a cotação deverá atingir um pico de
cotação especulativa
c. Fase pós-especulação: após a cotação ter atingido um máximo, a cotação começa a caír entrando-se numa
fase bearish
d. Volume: como em qualquer situação de especulação, ao entrar na segunda fase de subida, o volume
aumenta bastante passando a diminuír quando a pressão vendedora aumenta no mercado (fase pósespeculação)
Gráficos Padrão - Falling Wedge
A formação Falling Wedge é um padrão bullish que contrai à medida que a cotação do título desce. Ao
contrário da formação Triângulo Simétrico que não tem um padrão bullish ou bearish, a formação Falling
Wedge tem uma tendência de descida inicial mas um carácter bullish.
Em termos de elementos gráficos que identificam esta formação temos o seguinte:
a. Tendência inicial: este tipo de formação tem uma tendência inicial de descida que se deverá formar durante
um período de 3 a 6 meses
b. Linha de Resistência: neste tipo de formação consegue-se identificar uma linha de resistência que liga pelo
menos dois pontos de máximo relativo do gráfico. Cada ponto sucessivo de máximo relativo deverá ter uma
cotação inferior à do máximo relativo anterior.
c. Linha de Suporte: neste tipo de formação consegue-se identificar uma linha de suporte que liga pelo menos
dois pontos de mínimo relativo do gráfico. Cada ponto sucessivo de mínimo relativo deverá ter uma cotação
inferior à do mínimo relativo anterior.
d. Contracção: ao longo do tempo, a linha de suporte e resistência vão convergindo, ainda que a linha de
resistência avance mais rapidamente que a linha de suporte
e. Breakout: só quando a linha de resistência é rompida é que se torna claro que esta formação tem um
carácter bullish.
f. Volume: idealmente, o volume diminui à medida que o padrão gráfico contrai. Quando surge o breakout, o
volume deverá aumentar confirmando que se passou a um períod bullish.
Gráficos Padrão - Rising Wedge
A formação Rising Wedge é um padrão bearish que contrai à medida que a cotação do título sobe. Ao
contrário da formação Triângulo Simétrico que não tem um padrão bullish ou bearish, a formação Rising
Wedge tem uma tendência de subida inicial mas um carácter bearish.
Em termos de elementos gráficos que identificam esta formação temos o seguinte:
a. Tendência inicial: este tipo de formação tem uma tendência inicial de subida que se deverá formar durante
um período de 3 a 6 meses
b. Linha de Resistência: neste tipo de formação consegue-se identificar uma linha de resistência que liga pelo
menos dois pontos de máximo relativo do gráfico. Cada ponto sucessivo de máximo relativo deverá ter uma
cotação superior à do máximo relativo anterior.
c. Linha de Suporte: neste tipo de formação consegue-se identificar uma linha de suporte que liga pelo menos
dois pontos de mínimo relativo do gráfico. Cada ponto sucessivo de mínimo relativo deverá ter uma cotação
superior à do mínimo relativo anterior.
d. Contracção: ao longo do tempo, a linha de suporte e resistência vão convergindo, ainda que a linha de
suporte avance mais rapidamente que a linha de resistência
e. Breakout: só quando a linha de suporte é rompida é que se torna claro que esta formação tem um carácter
bearish.
f. Volume: idealmente, o volume diminui à medida que o padrão gráfico contrai. Quando surge o breakout, o
volume deverá aumentar confirmando que se passou a um períod bearish.
Gráficos Padrão - Fundo Arredondado
A formação fundo arrendondado é uma formação com inversão de tendência que representa um longo período
de consolidação durante o qual o título passa de uma zona bearish a uma zona bullish.
Em termos de elementos gráficos que identificam este padrão temos o seguinte:
Tendência: este padrão representa uma inversão de tendência pelo que terá de haver uma tendência de descida
para passarmos a uma tendência de subida.
Queda: a primeira parte do gráfico de Fundo Arredondado marca um período de queda nas cotações do título.
Base do Fundo Arrendondado: a base do gráfico do Fundo Arredondado marca o ponto de mínimo do gráfico
e pode demorar algumas semanas a formar-se ainda que alguns gráficos deste tipo possam ter uma base em V.
A base representa o fim do período bearish em que o título se encontra
Subida: a parte direita do gráfico é aonde o título passa um período bullish com uma tendência de subida bem
definida
Volume: à medida que a cotação do título vai caíndo, o volume acompanha e cai também. Quando a cotação
começa a subir, o volume começa a subir também.
Gráficos Padrão - O Fundo Duplo
Este tipo de formação é uma formação tipicamente formada por 2 mínimos (A e B) intercalados por um
máximo (C) seguidos do rompimento da linha de resistência. Geralmente, este padrão marca a transição da
passagem de um período bearish para um período bullish.
Em termos de elementos que compõem este gráfico padrão temos o seguinte:
Tendência: este padrão gráfico é uma padrão de inversão de tendência pelo que deverá existir uma tendência
prévia que deverá ser invertida. No caso do gráfico acima descrito, existia uma tendência de descida antes de
se começar a formar o fundo duplo.
Primeiro mínimo (A): esta formação é reconhecida pela existência de dois mínimos relativos. Em particular, o
primeiro mínimo é a cotação mais baixa do período bearish.
Máximo entre os mínimos (C): entre os dois mínimos ocorre um máximo que poderá ter uma cotação superior
em 10% ao valor dos mínimos. O volume geralmente aumenta em torno do máximo mas revela-se
inconsequente para que ocorra um breakout pelo que a cotação volta a caír.
Segundo mínimo (B): o segundo mínimo deverá ter uma cotação semelhante à do primeiro ainda que se
admita que haja uma ligeira diferença em torno dos 3%.
Subida após o segundo mínimo: após o segundo mínimo assiste-se a uma subida da cotação do título que é
reforçada por um aumento do volume. Nessa situação, a quebra da linha de resistência deverá estar eminente
com os bulls a exercerem uma pressão compradora que os bears não conseguem anular. É usual que ocorra
um ou dois gaps.
Linha de resistência torna-se linha de suporte: após o rompimento da linha de resistência é usual que a mesma
se torne na linha de suporte.
Um analista, para avaliar correctamente esta formação deverá ter em mente os seguintes pontos:
a. Os mínimos devem estar separados por cerca de uma mês. Se forem muito próximos podem apenas ser
parte de uma linha de suporte
b. O valor máximo entre os dois mínimos deve ter uma cotação pelo menos 10% superior ao valor dos
mínimos. Caso isso não ocorra, a pressão compradora poderá não estar a aumentar por forma a que ocorra o
rompimento da resistência.
c. Distinguir os falsos breakouts do breakout verdadeiro: poderá acontecer um primeiro rompimento da linha
de resistência sem que isso signifique que se deu uma inversão de tendência na cotação do título.
Gráficos Padrão - O Topo Duplo
Este tipo de formação é uma formação tipicamente formada por 2 máximos (A e B) intercalados por um
mínimo (C) seguidos do rompimento da linha de suporte (D). Geralmente, este padrão marca a transição da
passagem de um período bullish para um período bearish.
Em termos de elementos que compõem este gráfico padrão temos o seguinte:
Tendência: este padrão gráfico é uma padrão de inversão de tendência pelo que deverá existir uma tendência
prévia que deverá ser invertida. No caso do gráfico acima descrito, existia uma tendência de subida antes de
se começar a formar o topo duplo.
Primeiro máximo (A): esta formação é reconhecida pela existência de dois máximos relativos. Em particular,
o primeiro máximo é a cotação mais elevada do período bullish.
Segundo máximo (B): o segundo máximo deverá ter uma cotação semelhante à do primeiro ainda que se
admita que haja uma ligeira diferença
Queda após o segundo máximo: após o segundo máximo assiste-se a uma queda da cotação do título que é
reforçada por um aumento do volume. Nessa situação, a quebra da linha de suporte deverá estar eminente (D)
com os bears a exercerem uma pressão vendedora que os bulls não conseguem anular. É usual que ocorra um
ou dois gaps.
Linha de suporte torna-se linha de resistência: após o rompimento da linha de suporte (D) é usual que a
mesma se torne na linha de resistência.
Um analista, para avaliar correctamente esta formação deverá ter em mente os seguintes pontos:
a. Os picos devem estar separados por cerca de uma mês. Se forem muito próximos podem apenas ser parte de
uma linha de resistência
b. O valor mínimo (C) entre os dois máximos deve ter uma cotação pelo menos 10% inferior ao valor dos
picos. Caso isso não ocorra, a pressão vendedora poderá não estar a aumentar por forma a que ocorra o
rompimento do suporte.
c. Distinguir os falsos breakouts do breakout verdadeiro: poderá acontecer um primeiro rompimento da linha
de suporte sem que isso signifique que se deu uma inversão de tendência na cotação do título. De facto,
poderá surgir um rally que provoque o retorno da cotação acima da linha de suporte. Um verdadeiro breakout
deverá ser confirmado por um aumento de volume e uma sequência de sessões bearish para que se confirme
realmente o breakout negativo e a entrada num período bearish.
Gráficos Padrão - O Fundo Triplo
Este tipo de formação é uma formação tipicamente formada por três mínimos seguidos do rompimento da
linha de resistência. Note-se que este padrão é um padrão de longo prazo que geralmente se forma ao longo de
vários meses.
Em termos de elementos que compõem o gráfico temos o seguinte:
Tendência: este padrão gráfico é uma padrão de inversão de tendência pelo que deverá existir uma tendência
prévia que deverá ser invertida. No caso do gráfico acima descrito, existia uma tendência de queda antes de se
começar a formar o fundo triplo.
Três mínimos: esta formação é reconhecida pela existência de três minimos (pontos A, B e C) relativos que
deverão ser aproximadamente iguais.
Volume: à medida que a formação Fundo Triplo se desenvolve, o volume geralmente decai. É usual que ao
aproximar-se de cada mínimo, o volume aumente ligeiramente. Após o terceiro mínimo e com a quebra da
resistência é usual que o volume aumente bastante reforçando a credibilidade do rompimento.
Linha de resistência: neste tipo de gráfico existe uma linha de resistência que deverá ser rompida após o
terceiro mínimo (círculo a preto). É normal que após o breakout, a linha de resistência se torne na linha de
suporte.
Price Target: para se determinar o price target após o rompimento da linha de resistência, adiciona-se à
cotação da linha de resistência a sua diferença (11.5 Euros) para os mínimos do Fundo Triplo.No caso do
gráfico em questão, não se verificou que a cotação do título tendesse no curto prazo para o price target
estimado nos 23+11.5 = 34.5 Euro
Gráficos Padrão - O Topo Triplo
Este tipo de formação é uma formação tipicamente formada por três máximos seguidos do rompimento da
linha de suporte. Em termos de elementos que compõem o gráfico temos o seguinte:
Tendência: este padrão gráfico é uma padrão de inversão de tendência pelo que deverá existir uma tendência
prévia (linha a azul) que deverá ser invertida. No caso do gráfico acima descrito, existia uma tendência de
subida antes de se começar a formar o topo triplo.
Três máximos: esta formação é reconhecida pela existência de três máximos relativos (pontos A, B e C) que
deverão ser aproximadamente iguais. Note-se que no gráfico, o terceiro pico (ponto C) é ligeiramente menor
que os outros dois picos (pontos A e B)
Volume: à medida que a formação topo triplo se desenvolve, o volume geralmente decai (linha azul no
gráfico do volume). É usual que ao aproximar-se de cada máximo, o volume aumente ligeiramente. Após o
terceiro pico e com a quebra do suporte é usual que o volume aumente bastante reforçando a credibilidade do
rompimento
Linha de suporte: neste tipo de gráfico existe uma linha de suporte (linha vermelho) que deverá ser rompida
após o terceiro pico. É normal que após o breakout, a linha de suporte se torne na linha de resistência.
Price Target: para se determinar o price target após o rompimento da linha de suporte, subtrai-se à cotação da
linha de suporte a sua diferença para os máximos do topo triplo. No caso do gráfico em questão, o novo price
target é (55-(64-55)) = 46 Euros.
Gráficos Padrão - O rectângulo
As formações tipo rectângulo são padrões facilmente identificáveis pelo facto de as cotações estarem
limitadas por duas linhas horizontais paralelas que unem os máximos (linha de resistência) e mínimos (linha
de suporte) das cotações num dado período de tempo. A área formada pelo rectângulo é por essa razão
conhecida como uma zona de consolidação ou congestão.
Em termos descritivos um padrão do tipo rectângulo pode ser descrito pelos seguintes elementos:
Tendência: este tipo de padrão não define uma tendência quer de subida ou descida porque é um padrão
neutro. A tendência já deverá existir antes que o padrão ocorra para que estejamos na continuação de uma
tendência. Por exemplo, no gráfico acima representado, a tendência é de descida sendo possível identificar
dois rectângulos que definem dois momentos de consolidação antes que a cotação continue a caír.
4 pontos: para definirmos o rectângulo é necessário que existam 2 máximos e dois mínimos que não terão que
ter valores iguais mas pelo menos aproximados.
Volume: não há um padrão do comportamento gráfico do volume associado a este tipo de gráfico
Duração: os rectângulos podem demorar desde algumas semanas até a alguns meses
Direcção do Breakout: tal como com o padrão do gráfico com um triângulo simétrico, o padrão dos
rectângulos é um padrão neutro em que não é possível saber qual a tendência de evolução da cotação. Só após
o rompimento da linha de resistência ou da linha de suporte é que é possível determinar a tendência. No caso
do gráfico colocado como exemplo nesta lição, existem dois pontos de breakout (B1 e B2) em que a tendência
é de queda.
Confirmação do breakout: tipicamente, caso a cotação suba 3% acima da linha de resistência ou desça 3%
abaixo da linha de suporte, poderemos estar perante a ocorrência de um breakout. Se o volume aumentar
durante o rompimento, a confirmação será ainda mais forte.
Os rectângulos são um exemplo acabado da luta entre bulls (compradores) e os bears (vendedores). Sempre
que a cotação se aproxima da linha de suporte, os bulls aumentam a pressão compradora provocando o
aumento das cotações. Sempre que as cotações se aproximam da linha de resistência, os bears entram no
mercado forçando a pressão vendedora
Gráficos Padrão - Formação em Triângulo Simétrico
Ao contrário dos padrões triângulo descendente e ascendente, a formação em triângulo simétrico não é um
padrão gráfico com tendência definida. Relembre-se que o triângulo descendente é uma formação tipicamente
bearish enquanto que o triângulo descendente é uma formação tipicamente bullish.
Em termos de padrão, a formação em triângulo simétrico é constituída pelos seguintes elementos:
4 pontos: para se traçar uma linha de tendência são necessários pelo menos dois pontos. Para termos um
triângulo simétrico são precisas duas linhas pelo que no total precisaremos de pelo menos 4 pontos. No
gráfico acima, a linha superior é formada pelos pontos 2,4 e 6 enquanto que a linha inferior é formada pelos
pontos 1, 3 e 5.
Volume: à medida que o triângulo converge para o seu vértice, o volume tende a diminuír reflectindo um
período de consolidação das cotações.
Duração: tipicamente, um triângulo simétrico pode ter uma duração que irá de poucas semanas até alguns
meses.
Direcção do Breakout: à medida que os máximos e mínimos das cotações se vão aproximando, maior é a
probabilidade da ocorrência de um breakout, quer positivo, quer negativo. Tentar adivinhar o tipo de breakout
que pode ocorrer é sempre perigoso pelo que o melhor é esperar por uma confirmação.
Confirmação do breakout: para que um breakout seja considerado válido, é normal que se estabeleça um
limite de 3% na variação da cotação que deverá ser acompanhada por um aumento do volume transaccionado.
Price Target: há dois métodos distintos para determinar qual o price target após o breakout. No primeiro
método é medida a distância entre os dois pontos mais distantes do triângulo simétrico. Esse valor deverá ser
então somada à cotação em que surgiu o breakout. Obtém-se assim o price target. O outro método passa por
traçar uma linha paralela à linha descendente (breakout negativo) ou à linha ascendente (breakout positivo) a
partir do ponto de cotação mais baixa ou mais alta do triângulo respectivamente.
Gráficos Padrão - Formação em Triângulo Ascendente
A formação em triângulo ascendente é uma formação tipicamente bullish que se forma numa tendência de
subida.
Em termos de padrão, a formação em triângulo ascendente é constituída pelos seguintes elementos:
Linha Horizontal Superior: neste gráfico padrão deverão existir pelo menos dois pontos de máximos que
unidos constituem uma linha horizontal. Esses pontos deverão ter uma cotação aproximada e alguma distância
entre eles. No período de tempo que os separa deverá existir um ponto de mínimo
Linha de tendência de subida: deverão existir pelo menos dois pontos de mínimos de cotação sucessivamente
superiores no tempo, que unidos constituem uma linha de tendência de subida
Duração da formação: o período de tempo abarcado por este gráfico padrão poderá ir de algumas semanas até
vários meses
Volume: tipicamente, à medida que se vai evoluindo no tempo, o volume vai diminuindo até ao ponto em que
surge o breakout. Nessa situação, se o volume aumentar signfica que o breakout está confirmado.
Price target: a partir do momento em que o breakout se confirma, o price target obtém-se adicionado ao valor
da linha horizontal a diferença entre a linha de resistência e a cotação mínima
Para melhor compreender estes princípios analisemos o seguinte gráfico:
Os pontos 2, 4 e 6 constituem os máximos que unidos formam a linha de resistência. A ligação entre os
pontos 1, 3 e 5 forma a linha de tendência asscendente. Note-se que no momento em que a linha de resistência
é penetrada (breakout), o volume aumenta rapidamente significando que o breakout não é falso. Em termos de
price target, após o breakout, a linha de resistência situa-se nos 34 Euros. A Linha 10 vale sensivelmente 10
Euros. Adiciondo à cotação da linha de resistência (24 Euros) os 10 Euros obtemos o price target dos 34
Euros.
Gráficos Padrão - Formação em Triângulo Descendente
A formação em triângulo descendente é uma formação tipicamente bearish que se forma numa tendência de
descida.
Em termos de padrão, a formação em triângulo descendente é constituída pelos seguintes elementos:
Linha Horizontal Inferior: neste gráfico padrão deverão existir pelo menos dois pontos de mínimos que unidos
constituem uma linha horizontal. Esses pontos deverão ter uma cotação aproximada e alguma distância entre
eles. No período de tempo que os separa deverá existir um ponto de máximo
Linha de tendência de descida: deverão existir dois pontos de máximos de cotação sucessivamente inferiores
no tempo, que unidos constituem uma linha de tendência de descida
Duração da formação: o período de tempo abarcado por este gráfico padrão poderá ir de algumas semanas até
vários meses
Volume: tipicamente, à medida que se vai evoluindo no tempo, o volume vai diminuindo até ao ponto em que
surge o breakout. Nessa situação, se o volume aumentar signfica que o breakout está confirmado.
Price target: a partir do momento em que o breakout se confirma, o price target obtém-se subtraíndo ao valor
da linha horizontal a diferença entre a cotação máxima do triângulo e a linha horizontal
Para melhor compreender estes princípios analisemos o seguinte gráfico:
Os pontos 1, 3 e 5 constituem os mínimos que unidos formam a linha de suporte. A ligação entre os pontos 2,
4 e 6 forma a linha de tendência descendente. Note-se que no momento em que a linha de suporte é penetrada
(breakout), o volume aumenta rapidamente significando que o breakout não é falso. Em termos de price
target, após o breakout, a linha de resistência situa-se nos 36 Euros. A Linha 9 vale sensivelmente 9 Euros.
Subtraindo à cotação da linha horizontal (45 Euros) os 9 Euros obtemos o price target dos 36 Euros.
Gráficos Padrão - «A cabeça e os ombros invertidos»
Na última lição começou-se a abordar a temática dos gráficos padrão. O gráfico analisado foi o gráfico «A
cabeça e os ombros». Para este gráfico, tipicamente exemplificativo de um contexto de inversão de tendência,
existe o seu simétrico. O gráfico «Cabeça e Ombros invertidos» ocorre numa situação de inversão de
tendência em que o título passa de uma zona bearish a uma zona bullish. A cabeça e os ombros correspondem
a mínimos da cotação do título. Geralmente, sempre que se atingem esses mínimos, o volume diminui pois os
vendedores não estão na disposição de vender os seus títulos a esse preço.
Após o segundo ombro, quando a cotação do título quebra a linha de pescoço, o volume tipicamente aumenta.
Os bulls tomam conta do mercado exercendo uma pressão compradora que leva à subida da cotação do título.
O título entra então na zona bullish.
Gráficos Padrão - «A cabeça e os ombros»
Um dos princípios básicos da análise técnica é que as cotações das empresas evoluem sempre numa dada
tendência. Essa tendência, quer de subida, quer de queda não se prolonga indefinidamente havendo sempre
um período de tempo ao longo da qual a tendência abranda até que se processa a inversão.
A identificação destes padrões do ponto de vista gráfico fornece ao analista técnico uma forte arma de análise
para antever a evolução futura da cotação do título.
Iremos nas próximas lições analisar alguns dos gráficos padrões que podem ser identificados na evolução da
cotação de um título. Comecemos pelo padrão gráfico «Cabeça e Troncos».
Como o próprio nome indica, o gráfico correspondente a este padrão forma uma espécie de cabeça com dois
ombros nos extremos (veja a figura). O primeiro ombro forma-se quando surge a pressão compradora no
mercado que leva a que o título suba e atinja um primeiro máximo. Nesse momento, os vendedores tomam
conta do mercado o que leva a uma queda da cotação. Após esse período de tempo, os investidores que não
entraram no primeiro máximo ou os investidores que querem repetir as mais valias voltam a entrar no papel o
que força uma nova subida da cotação, desta vez ainda com mais força. O novo máximo é assim superior ao
máximo do ombro esquerdo. Está formada a cabeça. Esta nova subida da cotação está sempre associada a um
forte volume.
Mal se atinge o novo máximo instala-se uma pressão vendedora que pretende tomar mais valias desta nova
subida. A consequência imediata é a nova queda da cotação do título.
Nessa altura há ainda (poucos) investidores no mercado que pensam ainda poder tomar mais valias que lhes
escaparam nos rallies anteriores pelo que a pressão compradora aumenta no mercado fazendo subir de novo as
cotações (segundo ombro). Mas desta vez, além do máximo ser menor do que o máximo do primeiro ombro, o
volume é menor pois o interesse comprador do mercado também é menor. Assim, nova queda do título é
inevitável com os vendedores a tomarem conta do mercado após ser alcançado novo máximo.
Durante esta nova tendência de queda das cotações pode acontecer que seja penetrada a linha de pescoço.
Nesta situação é usual que os bulls tentem que as cotações subam novamente e quebrem a linha de pescoço.
Caso tal não suceda, é muito provável que as cotações caíam rapidamente e com forte volume.
As Bandas de Bollinger
Um dos comentários que se ouve frequentemente no mercado é que as cotações hoje em dia são mais voláteis
do que há uns anos atrás. O que é que a volatilidade significa na prática? Sempre que as cotações de um dado
título tenham variações bastante pronunciadas num período de tempo relativamente curto, pode-se afirmar
que o título é muito volátil. Exemplos na praça de Lisboa não faltam para exemplificar a volatilidade, senão
atente-se:
a. Sumolis: após rumores que davam conta de uma OPA sobre o capital da Sumolis, a cotação deste título
subiu dos 7.5 Euros aos aos 22.5 Euros em poucos dias. Tão rápida quanto a subida, foi a descida até perto
dos 12 Euros.
b. PT Multimedia: partindo de um preço base de 27 Euros após o IPO, a PT Multimedia em vagas sucessivas
de histeria subiu até perto dos 150 Euros. Em pouco mais de um mês, a sua cotação caíu para níveis em torno
dos 55 Euros.
Em termos de análise técnica, o indicador que mede a volatilidade de um título são as Bandas de Bollinger
que foram desenvolvidas por John Bollinger da Bollinger Capital. Atente-se ao seguinte gráfico onde estão
desenhadas das bandas de Bollinger:
As Bandas de Bollinger são de facto 3 linhas ou envolventes. A banda central é na realidade uma média
móvel das cotações do título nos últimos n dias. Depois temos ainda a banda superior e a banda inferior que
são calculadas em função do desvio padrão relativamente à média móvel, ou banda central. Em termos de
cálculo, temos as seguintes fórmulas:
Banda Superior = Banda Central + D * Sqrt( sum(cotação - banda central)^2/N)
Banda Superior = Banda Central - D * Sqrt( sum(cotação - banda central)^2/N)
(N = número de dias de cálculo da média móvel)
(Sqrt = raíz quadrada)
(Sum = somatório)
(D = número de desvios padrões)
Em termos de interpretação, as bandas de Bollinger podem ser interpretadas graficamente da seguinte forma:
1. Um variação de cotação que comece numa banda tende a deslocar a cotação do título para a outra banda
2. Quando as cotações de um título saem fora quer da banda superior quer da banda inferior, tendem a voltar
para dentro das bandas. Tal significa que se a cotação de um título estiver acima da banda superior, continuará
aí apenas temporariamente até surgir um movimento de queda das cotações que reporá as cotações para
dentro das bandas
3. As maiores variações da cotação de um título tendem a surgir quando as bandas superiores e inferiores se
encontram mais próximas. Esse período de tempo é geralmente um período de consolidação das cotações (ex:
ZONA 2) que deverá ser seguido por um período de tempo de maior volatilidade em que as bandas tenderão a
afastar-se (ex: ZONA 1)
O Indicador Estocástico
É importante sob o ponto de vista técnico determinar qual a relação entre a cotação de um título e o intervalo
de cotações onde esse título de manteve nos últimos N dias. A importância desta análise reside na tendência
que as cotações têm em fechar perto quer do máximo do intervalo quer do valor mínimo, no caso de uma
subida de cotação ou descida respectivamente.
No caso de uma tendência de descida de cotação, o preço tende a bater no limite mínimo do intervalo para
depois inverter a tendência e começar a subir afastando-se do valor mínimo do intervalo. Raciocínio análogo
pode ser feito para uma tendência de subida de cotação.
Em termos gráficos, o indicador estocástico é representado por duas linhas. A linha principal denomina-se de
%KD. A segunda linha que é usualmente impressa a tracejado, denomina-se %D e é uma média móvel da
linha %K.
Em termos de cálculo, o indicador tem quatro variáveis de suporte:
Número de períodos do %K: número de períodos de análise do indicador
Número de períodos de abrandamento do %K:
Número de períodos do %D: número de períodos a utilizar para o cálculo da média móvel do %K
Tipo de média móvel do %D: este parâmetro define que tipo de média móvel (Exponencial, simples,
triangular ou outra) a utilizar no cálculo do %D
Suponha-se que no período de análise, a cotação do título em análise variou entre MÁXIMO e MÍNIMO
([MÍNIMO;MÁXIMO]). A fórmula do cálculo do %K para um determinado dia é então a seguinte:
%K = (cotação de fecho - MÍNIMO)/(MÁXIMO - MÍNIMO) * 100
Como exemplo tome-se como referência um título X que variou nos últimos 10 dias entre os 4 Euros e os 6
Euros. Suponha-se que a cotação de fecho hoje foi de 5 Euros. Então o valor de %K seria o seguinte:
(5 -4)/(6 - 4) * 100 = 50%
O valor de 50% significa que o valor de fecho hoje encontra-se a meio entre o intervalo de variação do título
nos últimos 10 dias que estava situado no intervalo [4;6]. Por exemplo, se a cotação de fecho hoje fosse de 4.5
Euros, então o %K valeria:
(4.5 - 4)/(6-4) = 0.25%
É fácil perceber da fórmula atrás citada que o %K variará entre os 0% e os 100%. Se valer 0% quer dizer que
a cotação de fecho é igual ao mínimo valor da cotação nos últimos n períodos. Se valer 100%, quer dizer que
a cotação de fecho bateu no máximo dos últimos n períodos.
O número de períodos de abrandamento utilizado no cálculo foi de 1.
Após o cálculo do %K, ter-se-à que calcular a média móvel do %K que nos dará o %D.
Há várias interpretações a retirar da comparação entre as linhas %K e %D e que são as seguintes:
a. Um sinal de compra é gerado quando a linha %K ou a linha %D desce abaixo dos 20% para depois subir
acima dos 20%. Um sinal de venda é gerado quando a linha %K ou a linha %D sobe acima dos 80% para
depois descer abaixo desse nível
b. Um sinal de compra é gerado no momento em que a linha %K sobe acima da linha %D. Um sinal de venda
é gerado quando a linha %K desce abaixo da linha %D
c. Divergências: tal como no indicador RSI, um dos sinais mais fortes dados por este indicador é dado pela
divergência que exista entre a cotação de fecho e o indicador. Assim, se a cotação do título continuar a testar
novos máximos e a linha %K tem máximos relativos cada vez menores, é provável que a tendência de subida
do título se inverta o que pode sugerir que se venda o título em questão. Raciocínio análogo pode ser aplicado
às quedas.
RSI - Relative Strength Index
O RSI é um oscilador que foi criado por Welles Wilder em Junho de 1978. Este oscilador é muito popular
entre os analistas técnicos devido aos seus bons resultados.
Em termos de cálculo, a fórmula é bastante simples ainda que a sua interpretação possa ser um pouco mais
complicada:
RSI = 100 - (100/(1+U/D))
U = média das cotações dos últimos N dias em que a cotação subiu
D = média das cotações dos últimos N dias em que a cotação desceu
O criador deste indicador recomendou o cálculo de um RSI de 14 dias mas é habitual calcular um RSI de 9 ou
25 dias.
Se por exemplo quisermos calcular um RSI de 14 dias teremos de seguir os seguintes passos:
a. Somar todas as cotações dos últimos 14 dias em que houve subida da cotação. Dividir o valor obtido por
14. Está obtido o U
b. Somar todas as cotações dos últimos 14 dias em que houve descida da cotação. Dividir o valor obtido por
14. Está obtido o D
c. Aplique a fórmula acima indicada e obteve o valor do RSI para uma determinada data
d. Repita os passos a, b e c para um número suficiente de datas até poder ter um gráfico com um número
suficiente de pontos.
e. Trace e analise o gráfico
O valor do RSI pode variar entre 0 e 100. Sempre que o seu valor esteja acima de 70, o RSI entrou na zona de
OverBought. Sempre que caia abaixo dos 30 pontos, caíu na zona de OverSold. Note-se no entanto que alguns
traders preferem definir a zona de overbought acima dos 80 e a zona de oversold acima dos 20 pelos melhores
resultados que daí poderão advir. Caberá a cada analista definir esses pontos em função dos resultados
obtidos. Esses valores poderão inclusive ser ajustados título a título, novamente em função dos resultados
obtidos.
Há basicamente 3 análises que se podem retirar da observação gráfica do RSI:
1. Um das interpretações mais simplistas que se podem retirar de um gráfico do RSI é o que concerne à saída
de uma zona de oversold/overbought. Sempre que o RSI caia abaixo dos 70 pontos depois de ter estado na
zona de OverBought, é gerado um sinal de venda do título. Sempre que o RSI sai de uma zona de Oversold,
isto é, o seu valor passe a estar acima dos 30, é dada uma indicação de compra do título. O gráfico abaixo
exemplifica exactamente essa situação. A meio de Agosto de 1999 é dado um sinal de compra de Sonae SGPS
enquanto que em Setembro é dado um sinal de venda. Outro aspecto importante é que esta interpretação não
pode ser dogmática e deve ser corroborada por outros indicadores. Repare que no final de Novembro é dado
um sinal de venda que poderia ter induzido em erro o analista já que a cotação continuou a subir até Março.
2. Outra intepretação gráfica que se pode retirar do RSI são as divergências. É neste ponto que talvez se
encontre a maior virtude deste oscilador. Sempre que a cotação atinja novos máximos e o gráfico do RSI
esteja a caír, é provável que a cotação do título corrija através da queda. Raciocínio análogo pode ser feito
para os mínimos. Sempre que a cotação teste novos mínimos e o gráfico do RSI não acompanhe, é muito
provável que a cotação do título suba.
3. Suportes e resistências: o gráfico do RSI é também excelente para traçar linhas de
resistência/suporte/tendência da mesma forma que são traçadas num gráfico de cotações
Linha S/D
A linha Subida/Descida é um indicador extremamente básico mas ao mesmo tempo bastante útil para medir o
pulsar de qualquer mercado de capitais.
Sempre que há mais empresas a valorizarem-se do que a desvalorizarem-se a linha S/D sobre. Quando
acontece o contrário, a linha desce. A interpretação gráfica do indicador é bastante simples: sempre que a
linha S/D esteja a subir, o mercado está bullish. Sempre que a linha esteja a descer, o mercado está a caír.
Outro tipo de interpretação gráfica que podemos retirar da observação da linha são as divergências entre o
comportamento da mesmo e um dado índice.
Se por acaso a linha S/D estiver a descer e um dado índice do mercado (por exemplo, o PSI-20) estiver a
testar novos máximos, é provável que venha a ocorrer uma correcção no índice e por consequência no
mercado.
Como exemplo observe-se o gráfico da figura 1 onde está o gráfico da linha S/D e o gráfico do Dow Jones.
Note-se que o Dow Jones esteve durante um ano a testar novos máximos enquanto que a linha S/D não
conseguia atingir novos máximos. Estavamos perante uma divergência que veio a culminar no famoso crash
de 1987.
Em termos de cálculo, ao valor da linha S/D por dia é calculado subtraíndo ao número de acções que subiram
de cotação durante a sessão o número de títulos que desvalorizaram. De seguinda, essa soma algébrica é
somada a um valor cumulativo. Tome-se como exemplo a seguinte tabela meramente exemplificativa para
perceber o cálculo:
Data
Subidas Descidas
Valor cumulativo S/D
4-20-2000
10
60
-50
-50
4-21-2000
15
55
-40
-90
4-22-2000
3
67
-64
-154
4-23-2000
12
58
-46
-200
Note-se que neste caso a tendência da linha S/D é de descida pronunciada que vai de encontro à queda a que o
mercado assistia.
Indicador MACD
(02/02/2000&nbsppor Equipa PortaldeBolsa)
O indicador MACD (Média Móvel Divergente/Convergente) é um indicador de tendência que mostra a
relação entre duas médias móveis. É calculado subtraindo à média móvel exponencial de 26 dias a média
móvel exponencial de 12 dias. O gráfico que daí se obtém é comparado com o gráfico da média móvel
exponencial de 9 dias denominada de linha de sinal ou trigger que geralmente é uma gráfico a picotado. Como
é que se interpreta a relação entre estes dois gráficos?
Há três tipos distintos de interpretação gráfica do MACD:
# Intersecções dos gráficos: uma regra do MACD é vender sempre que o seu gráfico passe para baixo do
gráfico da sua linha de trigger. Da mesma forma, um sinal de compra é emitido sempre que o seu gráfico
passa para cima da sua linha de triger.
Zonas de OverBought/Oversold: quando o valor do MACD aumenta (na prática isto significa que o valor da
média móvel exponencial de mais curto prazo diminui face ao valor da média de 26 dias), é provável que a
cotação do título esteja oversold. Como consequência poderá haver uma queda na sua cotação pelo que é dado
um sinal de venda.
Divergências: outra interpretação valiosa retirada do MACD é a detecção do fim de uma tendência. Sempre
que a evolução gráfica do MACD de um título diverge da evolução gráfica das suas cotações, então está
detectada uma divergência. Se o MACD está a atingir mínimos sucessivos e a sua cotação não, estamos
perante uma divergência Bearish, sendo provável que as cotações venham a caír. Se o MACD está a atingir
máximos sucessivos enquanto a sua cotação não atinge novos máximos, estamos perante uma divergência
Bullish sendo provável que a cotação do título venha a subir.
Note-se no entanto que o MACD não é um indicador que antecipa mudanças no mercado. O MACD é na
realidade um indicador que segue a tendência do mercado.
O que é uma média móvel?
A média móvel é um dos indicadores de tendência mais antigos a ser utilizados na análise técnica. Este
indicador é na prática uma média das cotações dos últimos n-dias. Há basicamente cinco tipos de médias
móveis: exponencial, simples, triangular, variável e pesada. Estas média móveis podem ser aplicadas sobre
qualquer valor do título, desde o volume, passando pelo preço de fecho ou pelo valor de abertura.
Para o cálculo de uma média móvel simples de 25 dias basta somar as cotações do título dos últimos 25 dias e
dividir por 25. Para traçar o gráfico ter-se-à que executar este procedimento para cada um dos dias do gráfico
a visualizar. Obviamente que para obter a média móvel de n-dias para um determinado dia terá que haver
obrigatoriamente cotacoes nos n dias anteriores. E isso pode nem sempre acontecer como no caso de entrada
em Bolsa de um novo título.
Mas qual deve ser a média móvel a utilizar? Essa resposta depende basicamente do tipo de peso que se
pretende dar às cotações. No caso de uma média móvel simples, todas as cotações do título têm o mesmo peso
ao longo do tempo. No caso da triangular, é dado mais peso às cotações que estão a meio do período de
análise. No caso da exponencial é dado mais peso às cotações mais recentes. Por norma, é utilizada a média
móvel exponencial que produz melhores resultados na maior parte das situações.
Outra questão pertinente no cálculo de um média móvel exponencial é a determinação do número de dias a
utilizar no respectivo cálculo. Essa questão prende-se única e exclusivamente com o tipo de análise
pretendida. Para isso analise-se a seguinte tabela:
Tendência
N dias
Muito curto-prazo
5 a 13 dias
Curto-prazo
14 a 25 dias
Médio-prazo
50 a 100 dias dias
Longo-prazo
100 a 200 dias
Para efectuar análises de médio-prazo geralmente utiliza-se a média móvel de 50 dias enquanto que para
análises de longo prazo utiliza-se a média móvel de 200 dias. Tanto o valor 50 como o valor 200 39 semanas)
são valores empíricos que resultam da experiência acumulada que prova que produzem melhores resultados.
Por último importa analisar a questão mais importante: como é que se interpreta este indicador? Tipicamente
numa análise de médio-prazo traça-se o gráfico das cotações juntamente com o gráfico da média móvel
exponencial de 50 dias. Sempre que a MME cruze a linha de cotações para um valor superior é despoletado
um sinal de compra. Sempre que a MME cruze a linha de cotações para um valor inferior está dado um sinal
de venda.
Esta análise simplista coloca-nos sempre do lado correcto da tendência do mercado. No entanto este indicador
não tem valor predictivo acerca da tendência pelo que a reacção é sempre mais lenta do que outros
indicadores. Assim a recomendação quer de compra ou venda pode ser sempre tardia. Por isso nos próximos
artigos iremos debruçar-nos sobre outro tipo de indicadores.
O que é uma linha de tendência?
(02/02/2000&nbsppor Equipa PortaldeBolsa)
No artigo anterior foram examinadas as noções de resistência e suporte. Tão importante como estes dois
conceitos é o conceito de tendência. A tendência define o percurso evolutivo quer de subida quer de descida
que as cotações de um título estão a tomar ao longo de um período de tempo. Examinado a figura I, pode-se
observar a linha de tendência ascendente do título BRISA PRIV. Na prática uma tendência ascendente pode
ser definida por mínimos locais sucessivos no gráfico. Isto significa que apesar de a cotação do título poder
subir e descer ao longo do tempo, numa observação mais detalhada o que se verifica é que os compradores
tomaram conta do mercado provocando que a cotação do título vá subindo ao longo do tempo.
No caso de uma linha de tendência descendente, estamos na presença de uma variação bearish em que o
mercado acredita que o título tem uma cotação superior ao valor de mercado. Isto significa que a cotação do
título vai tendo mínimos locais sucessivos pois os vendedores exercem a sua pressão na cotação do título.
Como é que se traça esta linha? Há várias formas de o fazer dependendo antes de tudo do período temporal
que se está a analisar. Por favor observe o gráfico II. Nele podemos observar que o traçado da linha de
tendência de curto-prazo é uma linha ascendente a azul. Se tomarmos um período de tempo mais dilatado, já
se pode traçar um linha de tendência completamente diferente que corresponde a uma linha de tendência de
longo-prazo descendente. O traçado da linha tem assim que levar em conta o tipo de análise pretendida em
termos de período temporal.
Em termos do traçado propriamente dito, o objectivo é unir o máximo número de pontos correspondentes a
máximos locais (linha de tendência descendente) ou o máximo número de pontos correspondentes a mínimos
locais (linha de tendência ascendente). Quantos mais pontos do gráfico da evolução da cotação fizerem parte
da linha, mais credível será a linha de tendência. Na prática significa quem uma linha que cruza três pontos de
máximo (mínimo) do gráfico é mais credível que uma linha que cruza apenas dois pontos de máximo
(mínimo).
Um outro aspecto importante na análise gráfica das linhas de tendência prende-se com a penetração de uma
linha de tendência (gráfico III). Para averiguar se a penetração de uma linha de tendência descendente
significa que a cotação vai passar a evoluir segundo uma tendência ascendente é importante avaliar o volume
transaccionado. Por exemplo, se uma linha de tendência descendente for penetrada com um volume elevado, é
provável que a cotação do título passe a subir. Se o volume for fraco, podemos estar na presença de um falso
sinal provocado pelos compradores do título. No caso do gráfico III o que se verificou foi o rompimento da
linha de tendência ascendente acompanhado por um forte aumento do volume transacionado. No seguimento
desse rompimento verificou-se que a inversão da tendência era uma sinal real e não um falso sinal.
O que é um suporte e uma resistência?
A cotação de um dado título depende essencialmente de um luta entre compradores e vendedores. Tal e qual
como um qualquer mercado, o comprador tenta baixar o preço enquanto que o vendedor tenta puxar os preços
para cima. Quando o comprador define um preço que ajuda o do vendedor, acontece a transacção.
Como ponto de referência, tomemos as cotações da Brisa. Sempre que este título chegou junto dos 8.7 Euros,
os vendedores tomaram controlo das cotações e impediram que o preço continuasse a subir. A cotação de 8.7
Euros é um nível de resistência pois a cotação não conseguiu romper esse valor.
Analisemos o período de Julho a Agosto de 1998. Durante essas sessões de Bolsa a cotação esteve sempre
acima do nível dos 7.72 euros.
Nessa situação, a acção dos compradores fez-se sentir, o que evitou, que a cotação baixasse abaixo do nível de
7.72. Por esta razão, o nível dos 7.72 Euros é definido como sendo um valor suporte.
Em resumo, num nível de suporte, os investidores presumem que as cotações evoluem sempre com valores
acima desse valor. Isto pressupõe que a acção dos compradores será sempre mais forte que a dos investidores.
No caso de um nível de resistência, o mercado estima que as cotações do título evoluirão sempre em valores
abaixo desse valor. Assim, a acção dos vendedores, será sempre mais decisiva do que a dos compradores.
No entanto, não se pode definir a identificação dos níveis de suporte e de resistência como uma fórmula
mágica para identificar a evolução de um título. De facto, é habitual que, tanto um nível de suporte como um
nível de resistência sejam rompidos.
Nessa situação, o valor de 7.72 Euros era um valor de suporte. No entanto, no dia 30 de Setembro houve um
rompimento desse nível. Na práctica isto significou que as expectativas do mercado apontavam para uma
queda da cotação do título.
Para que isto aconteça basta por exemplo, que o mercado reaja à divulgação de uma notícia ou de um
rumor!!!
Quando ocorre o rompimento de uma resistência ou suporte, acontece muitas vezes que um nível de suporte
se torna um nível de resistência. Essa situação corresponde à expectativa bearish face à evolução de cotação.
No extremo oposto temos a situação em que um nível de resistência se torna num nível de suporte. Tal
circunstância ocorre numa situação em que está gerada um expectativa Bullish face à evolução da cotação dos
título.
Com esta aula pretendeu-se que o investidor consiga identificar facilmente os seguintes termos técnicos:
a) Suporte
b) Resistência
As cotações e o volume
A análise das cotações de um título bem como o volume transaccionado são os elementos chave na análise
técnica. Por isso neste primeiro artigo iremos escrever um pequeno glossário de termos usados em Bolsa
sobre as cotações e que serão utilizados em todos os outros artigos da secção “ABC da Análise Técnica”.
Assim temos:
Cotação de Abertura: esta é a cotação do primeiro negócio do dia realizado em Bolsa sobre o título em
questão
Máximo: este é o valor máximo que a cotação de um título atinge durante o período de uma sessão de Bolsa
Mínimo: este é o valor máximo que a cotação de um título atinge durante o período de uma sessão de Bolsa
Cotação de Fecho: esta é a cotação com que um dado título termina uma dada sessão de Bolsa. É este preço
que é usualmente utilizado na Análise Técnica para avaliação das cotações
Volume: é o número de acções transaccionados durante uma sessão de Bolsa. A relação entre este valor e o
valor anterior são determinantes no estudo Técnico de um dado título
Preço de Compra: este é o preço que os compradores estão dispostos a pagar por um título
Preço de Venda: este é o preço pelo que os vendedores estão dispostos a vender um título. Quando o preço de
compra iguala o preço de venda dá a transacção de compra e venda em Bolsa.
Toda a análise técnica é feita em torno destes valores chaves. No próximo artigo iremos começar a aprofundar
paulatinamente as relações chave entre estes valores.
Os gráficos de Linha, Barras, Candlestick e Pontos
Como foi referido em artigos anteriores, a principal ferramenta de análise de um analista técnico são os
gráficos de cotações. Por esta razão, e como suporte para os restantes artigos, iremos nesta lição desenvolver
todos os conceitos em torno dos gráficos.
Um gráfico de cotações é uma sequência de pontos definidos numa dada janela de amostragem usando para
isso uma dada base de tempo (timeframe). Cada gráfico tem dois eixos. No eixo dos XX vem a escala do
tempo e no eixo dos yy vem o valor das cotações.
A base de tempo (timeframe) utilizada pode variar de gráfico para gráfico dependendo da estratégia do
analista. Pode ser utilizada um base de tempo intraday, diária, semanal, mensal, trimestral ou anual. Quanto
menor for a base de tempo, menor compressão terá a visualização do gráfico.
Uma base de tempo diária utiliza para desenhar o gráfico um ponto por cada dia de sessão em Bolsa enquanto
que uma base de tempo semanal utiliza um ponto por cada 7 dias. Por exemplo, se num gráfico diário
visualizarmos 100 pontos de informação, num gráfico semanal com o mesmo número de pontos iremos
visualizar 5 meses (um ano corresponderá grosso modo a 252 pontos) de cotações. Geralmente os analistas
utilizam gráficos intraday (visualização da variação das cotações ao longo da sessão de bolsa) ou gráficos
diários com o intuito de analisar a evolução de curto-prazo das cotações. Se quiserem analisar as tendência de
médio/longo prazo de uma empresa deverão utilizar gráficos mensais ou anuais.
Basicamente há 4 tipos diferentes de gráficos: gráficos de linhas, de barras, candlesticks e gráficos de pontos e
figuras que iremos analisar nos pontos seguintes:
1. Gráficos de linhas:
O gráfico de linha é o gráfico mais simplista. O gráfico desenha-se unindo por um linha cada ponto
consecutivo desenhado no gráfico y-x. A coordenada no eixo dos yy será a cotação de fecho e a coordenada
no eixo dos xx será a data da sessão em que ocorreu a cotação. A grande vantagem destes gráficos é que a sua
análise é bastante intuitiva.
2. Gráfico de barras
O gráfico de barras já é um gráfico mais complexo. Para desenhá-lo são precisos 4 dados por data: a cotação
de fecho, o valor máximo e mínimo do dia bem como a cotação na abertura. O máximo da sessão e o mínimo
da sessão definem os extremos da linha definida por cada dia. A pequena linha horizontal para a direita define
a cotação de fecho enquanto que a sua homóloga que aponta para a esquerda define o valor da abertura.
A grande vantagem deste tipo de gráfico face ao gráfico de linha é que oferece mais informação ainda que
seja de leitura mais densa.
3. Gráfico Candlestick
Este gráfico é proveniente do Japão e tornou-se muito popular na última década. Num gráfico candlestick são
necessários os valores de fecho e abertura bem como o máximo e mínimo da sessão. A grande vantagem
destes gráficos é que permitem uma leitura rápida da relação entre o preço de fecho e abertura. Se a
candlestick for branca, tal significa que o valor de fecho foi superior ao valor de abertura. Se a candlestick for
preta é porque a cotação de fecho terminou abaixo do valor de abertura.
4. Gráfico de pontos
O gráfico de pontos é um tipo de gráfico menos utilizado na Análise Técnica. A informação mais relevante
que se retira deste gráfico é a visualização rápida das variações da cotação de um título ao longo do período
de análise. Se a cotação sobe, então são desenhados os Xs cinzentos. Se caem são desenhados Xs vermelhos.
O que é a análise Técnica?
A Análise Técnica é a análise das cotações históricas tendo em vista prever as evoluções futuras das cotações
de um título. A Análise Técnica parte de diversas premissas que passamos a analisar:
a. A cotação de um título desconta tudo: Charles Dow é considerado o pai da Análise Técnica. Por essa razão,
muitas das teorias da análise técnica assentam na teoria de Dow. Talvez a mais importante seja a de que o
mercado desconta tudo. Na prática, um analista técnico crê que a cotação presente de um título reflecte toda a
informação que se conhece acerca do mesmo.
b. As variações das cotações não são aleatórias: a maior parte dos analistas técnicos crê que as cotações
evoluem segundo tendências. No entanto, os analistas técnicos também concordam que podem existir
períodos de tempo em que as cotações podem não seguir qualquer tendência definida. Ainda assim, a
preocupação do analista é identificar correctamente a tendência de forma a investir correctamente.
c. O analista preocupa-se com «QUANTO?» e não com o «PORQUÊ?»: o analista técnico não estuda a
envolvente fundamental de uma empresa mas sim o histórico das cotações e da tendência das mesmas. A sua
preocupação não é saber porque é que as cotações subiram mas sim identificar a subida antes que esta ocorra.
A análise técnica parte de uma perspectiva generalista até chegar à análise da empresa. Assim, o analista deve
iniciar o seu estudo pelo sector de mercado em que a empresa se insere para depois estudar a empresa
propriamente dita. A análise deve partir da análise de longo prazo para depois analisar a evolução de curto
prazo quer do sector de actividade quer da empresa propriamente dita.
O analista tem basicamente uma ferramenta de análise que são os gráficos quer das cotações históricas quer
de indicadores matemáticos calculados com base nos históricos de cotações. Vejamos os elementos básicos da
análise:
Tendência (vide fig. abaixo): o objectivo primário é identificar a tendência de evolução da cotação. Numa
linguagem mais simples, o objectivo é verificar se o título se encontra numa evolução de queda (bearish) ou
numa evolução de subida (bullish)
Suporte: áreas de congestão abaixo da cotação presente de um título são áreas que podem marcar níveis de
suporte para a cotação do título. Caso essa linha seja rompida, poderemos entrar numa zona bearish
Linha de Resistência: áreas de congestão acima da cotação de um título definem níveis de resistência. Se a
cotação romper essa linha de resistência podemos entrar numa zona bullish
Momento: o momento de uma empresa é geralmente calculado com base em osciladores como o MACD
Pressão vendedora/compradora: para identificar se a pressão está dos lado dos Bulls (Compradores) ou dos
Bears (vendedores), o analista técnico socorre-se da análise do volume associado ao título.
Tal como a análise fundamental, a análise técnica encerra vantagens e desvantagens. A maior vantagem é que
o analista técnico só se concentra na cotação do título. Ora se a maior preocupação é prever a evolução futura
da cotação, faz todo o sentido analisar a cotação histórica. Outra vantagem prende-se com a identificação de
linhas de suporte e resistência que definem limites potenciais da evolução da cotação da empresa. Finalmente,
a análise técnica é óptima para decidir o momento de entrada no mercado.
A maior desvantagem da análise 100% técnica é que é esquecida por completo a análise fundamental. As
cotações, além de seem influenciadas pela sua evolução passada, são igualmente afectadas pela envolvente de
mercado em que se posicionam. Outra desvantagem é que a análise técnica geralmente não antecipa as
inversões de tendência antes que elas ocorram. De facto, só após a tendência se ter começado a desenhar é que
é geralmente detectada.
O que é a Análise Fundamental?
A temática principal deste curso é a Análise Técnica, não fosse o título desta rúbrica "ABC da Análise
Técnica". No entanto, para analisar o mercado de capitais e os títulos que o compõem, os analistas recorrem
igualmente à AF (Análise Fundamental) para complementar o estudo da AT (Análise Técnica). E o que é a
AF? A Análise Fundamental é o estudo da envolvente sócio-económica e política que envolve a empresa com
o objectivo de determinar o valor da empresa.
Assim, a AF envolve quatro passos básicos:
1. Estudo da economia
2. Estudo do sector de actividade em que a empresa está envolvida
3. Estudo dos rácios da empresa
Comecemos por avaliar o primeiro ponto. Não há nenhuma empresa que possa dissociar a estratégia do
negócio face à envolvente macro-económica. A evolução da inflação, do índice do desemprego, das taxas de
juro, do mercado cambial são indicadores que influenciam a activdade da empresa decisivamente. E note-se
que não são apenas os indicadores do país onde a empresa se insere. Com a globalização, as empresa podem
ser afectadas por indicadores de outros países que se encontram a milhares de quilómetros de distância da
empresa e que até podem não ter qualquer relação directa com a empresa. Por exemplo: caso as taxas de juro
aumentem, a cotação das empresas em bolsa tenderá a diminuir pois o endividamento das empresas tenderá a
aumentar. Essa é a reacção típica do mercado de capitais.
Segundo ponto: o sector de actividade. A empresa pode ser bem gerida, ter óptimos rácios mas se a
envolvente no sector de actividade for negativa, o mercado de capitais geralmente reage e penaliza a empresa
em Bolsa. Um exemplo: o sector da construção civil e obras públicas em Portugal está um pouco estagnado
após o boom de obras a que o país assistiu no seguimento da realização da Expo. Os concursos públicos
diminuíram e consequentemente as empresas deste sector ressentem-se. Basta olhar por exemplo o caso da
Mota & Companhia. Outro exemplo: a indústria tabaqueira nos Estados Unidos tem sido penalizada em Bolsa
pela perspectivas de que os inúmeros processos em tribunal contra empresas do sector venham a provocar a
atribuição de elevadas indemnizações a pessoas que sofrem de cancro. Outro exemplo: analise-se a evolução
das cotações das empresas do sector da Banca em Portugal. É perceptível que o início do processo de
concentração acelerou os rumores, as OPAs, as contra-OPAs e as parcerias. Consequência imediata: alguns
títulos tiveram valorizações muito grandes (o BANIF por exemplo) sem que nada aparentemente o
justificasse.
Outro aspecto decisivo na avaliação fundamental de uma empresa é a análise dos seus rácios. Dois dos
indicadores mais estudados são o PER (Price Earning Ratio) e o EPS (Earning per Share). O primeiro é obtido
dividindo a cotação do título pelo resultado líquido por acção, que é precisamente o EPS. Na análise
fundamental é habitual comparar o PER da empresa com o PER de outras empresas do mesmo sector de
actividade.
A maior virtude da Análise Fundamental é que permite avaliar correctamente qualquer título no longo prazo.
Habitualmente este tipo de análise premeia os investidores pacientes que escolheram o sector de actividade ou
a empresa através desta análise. No entanto, esta análise peca por muitas vezes estar desfasada face aos
valores actuais de mercado. Um empresa pode ter excelentes rácios e por razões que têm a haver somente com
o momento do mercado de capitais, podem ter uma cotação que difere bastante do valor que a AF antevê para
o título em questão.
INTRODUÇÃO NO MERCADO DE AÇÕES-Módulo l
Por que e onde Investir
Todo investidor busca a otimização de três aspectos básicos em um investimento: retorno, prazo e proteção.
Ao avaliá-lo, portanto, deve estimar sua rentabilidade, liquidez e grau de risco. A rentabilidade é sempre
diretamente relacionada ao risco. Ao investidor cabe definir o nível de risco que está disposto a correr, em
função de obter uma maior ou menor lucratividade.
Investimentos em Títulos
Abrangem aplicações em ativos diversos, negociados no mercado financeiro (de crédito), que apresentam
características básicas com referência a renda - variável ou fixa.
A renda é fixa quando se conhece previamente a forma do rendimento que será conferida ao título e seu prazo
de resgate. Nesse caso, o rendimento pode ser pós ou prefixado, como ocorre, por exemplo, com o certificado
de depósito bancário. A renda variável será definida de acordo com os resultados obtidos pela empresa ou
instituição emissora do respectivo título.
Ações
Títulos de renda variável, emitidos por sociedades anônimas, que representam a menor fração do capital da
empresa emitente.
Podem ser escriturais ou representadas por cautelas ou certificados. O investidor em ações é um coproprietário da sociedade anônima da qual é acionista, participando dos seus resultados. As ações são
conversíveis em dinheiro, a qualquer tempo, pela negociação em bolsas de valores ou no mercado de balcão.
Tipos de Ações
Ordinárias
Proporcionam participação nos resultados da empresa e conferem ao acionista o direito de voto em
assembléias gerais.
Preferenciais
Garantem ao acionista a prioridade no recebimento de dividendos (geralmente em percentual mais elevado do
que o atribuído às ações ordinárias) e no reembolso de capital, no caso de dissolução da sociedade.
Formas
Nominativas
Cautelas ou certificados que apresentam o nome do acionista, cuja transferência é feita com a entrega da
cautela e a averbação de termo, em livro próprio da sociedade emitente, identificando novo acionista.
Escriturais
Ações que não são representadas por cautelas ou certificados, funcionando como uma conta corrente, na qual
os valores são lançados a débito ou a crédito dos acionistas, não havendo movimentação física dos
documentos.
Rentabilidade das ações
É variável. Parte dela, composta de dividendos ou participação nos resultados e benefícios concedidos pela
empresa, advém da posse da ação; outra parte advém do eventual ganho de capital na venda da ação.
Dividendos
A participação nos resultados de uma sociedade é feita sob a forma de distribuição de dividendos em dinheiro,
em percentual a ser definido na Assembléia Geral Ordinária de Acionistas, de acordo com os resultados
obtidos pela empresa em determinado período.
Bonificação em Ações
Advém do aumento de capital de uma sociedade, mediante a incorporação de reservas e lucros, quando são
distribuídas gratuitamente novas ações a seus acionistas, em número proporcional às já possuídas.
Direitos de Subscrição
É o direito de aquisição de novo lote de ações pelos acionistas - com preferência na subscrição - em
quantidade proporcional às possuídas, em contrapartida à estratégia de aumento de capital da empresa.
Venda de Direitos de Subscrição
Como não é obrigatório o exercício de preferência na subscrição de novas ações, o acionista poderá vender a
terceiros, em bolsa, os direitos que detém.
Operação no Mercado a Vista
É a compra ou venda de uma determinada quantidade de ações, a um preço estabelecido em pregão. Assim,
quando da realização de um negócio, ao comprador cabe dispender o valor financeiro envolvido na operação e
ao vendedor a entrega dos títulos-objeto da transação, nos prazos estabelecidos pela BOVESPA.
Títulos-Objeto
Todas as ações de emissão de empresas admitidas à negociação na BOVESPA.
Formação do Preço a Vista
Os preços são formados em pregão, pela dinâmica das forças de oferta e demanda de cada papel, o que torna a
cotação praticada um indicador confiável do valor que o mercado atribui às diferentes ações.
A maior ou menor oferta e procura por determinado papel está diretamente relacionada ao comportamento
histórico dos preços e, sobretudo, às perspectivas futuras da empresa emissora, aí incluindo-se sua política de
dividendos, prognósticos de expansão de seu mercado e dos seus lucros, influência da política econômica
sobre as atividades da empresa, etc.
Negociação
A realização de negócios no mercado a vista requer a intermediação de uma sociedade corretora que está
credenciada a executar, em pregão, a ordem de compra ou venda de seu cliente, através de um de seus
representantes (operadores).
Liquidação das Operações
É o processo de transferência da propriedade dos títulos e o pagamento/recebimento do montante financeiro
envolvido.
Abrange duas etapas:
Disponibilização dos títulos:
Implica a entrega dos títulos à BOVESPA, pela sociedade corretora intermediária do vendedor. Ocorre no
segundo dia útil (D2) após a realização do negócio em pregão (D0). As ações ficam disponíveis ao comprador
após a liquidação financeira;
Liquidação financeira:
Compreende o pagamento do valor total da operação pelo comprador, o respectivo recebimento pelo
vendedor e a efetivação da transferência das ações para o comprador. Ocorre no terceiro dia útil (D3) após a
realização do negócio em pregão.
Negociação
A realização de negócios no mercado a vista requer a intermediação de uma sociedade corretora que está
credenciada a executar, em pregão, a ordem de compra ou venda de seu cliente, através de um de seus
representantes (operadores).
Liquidação das Operações
É o processo de transferência da propriedade dos títulos e o pagamento/recebimento do montante financeiro
envolvido.
Abrange duas etapas:
Mercado de Lote-Padrão e Mercado Fracionário
Com o objetivo principal de assegurar uma boa formação de preço aos ativos negociados em seus pregões, a
BOVESPA, com base no perfil de negociação de cada título - quantidade de papéis por negócio mais
observada, volume financeiro por negócio, etc. - os distribui pelos diferentes lotes padrão de negociação
(quantidade mínima de títulos para negociação).
Uma transação efetuada no mercado principal da BOVESPA deve envolver obrigatoriamente um lote padrão
do ativo (ou múltiplos desse lote). Negócios com quantidades inferiores são realizados no mercado de frações
do lote (Fracionário).
Por que comprar ações?
Um investidor adquire ações com o objetivo de obter um ganho, uma lucratividade. Esse retorno será
proveniente dos direitos e proventos distribuídos - dividendos, bonificações, direitos de subscrição, etc. - aos
acionistas pela companhia e da eventual valorização de preço das ações.
Esses fatores, por sua vez, dependerão do desempenho da empresa e de suas perspectivas futuras.
Por que vender ações?
Um investidor vende ações para obter liquidez, isto é, para convertê-las em dinheiro, que será utilizado na
aquisição de novos títulos ou em outro destino qualquer.
Uma ação normalmente é vendida quando o investidor avalia que suas perspectivas a médio e longo prazos
são relativamente menos favoráveis em comparação a outras ações ou mesmo outras alternativas de
investimento.
O MERCADO DE OPÇÕES-Módulo ll
O Mercado de Opções é o mercado em que são negociados direitos de compra ou venda de um lote de ações,
com preços e prazos de exercício preestabelecido.
Esse mercado foi criado com o objetivo básico de oferecer um mecanismo de proteção ao mercado de ações
contra possíveis perdas. Uma vez que os preços e retornos dos instrumentos financeiros estão sujeitos a
flutuações imprevisíveis, as opções podem ser usadas para adaptar o risco às expectativas e metas do
investidor. Os participantes do mercado que usam opções para limitar os riscos de oscilação de preços
(operações de “hedge ") são conhecidos como "hedgers". Entretanto, o mercado também precisa de
participantes que estejam dispostos a assumir o risco: estes são chamados "especuladores".
As opções permitem que o investidor "alavanque" sua posição, aumentando o retorno potencial sobre um
investimento sem aumentar o montante do capital investido, pois o capital investido inicialmente para
comprar uma opção é relativamente pequeno em comparação com o ganho.
Contudo, quando dois investidores se comprometem em uma operação a ser realizada no futuro, os riscos são
evidentes. Um dos investidores pode tentar cancelar a operação ou simplesmente pode não ser capaz de
honrá-la financeiramente. Por esse motivo, todo capital aplicado em opções pode ser perdido, e o investidor
(comprador) deve estar ciente desse risco. Por sua vez, o lançador de uma opção deve ter capacidade
financeira para cobrir eventuais prejuízos potencialmente vultosos, bem como dispor de garantias suficientes
para atender às exigências de margem.
Uma opção é o direito de comprar ou vender um ativo específico, por um preço, adquirido mediante o
pagamento de um valor (o prêmio), para ser exercido em uma data preestabelecida (data de vencimento).
Titular é o investidor que compra a opção e adquire os direitos (de comprar ou vender ações) a ela referentes.
Lançador é o investidor que vende a opção e assume os compromissos a ela referentes.
Uma opção de compra confere a seu titular o direito de comprar ações-objeto ao preço de exercício, durante
um determinado período ou em uma data predeterminada. Além disso, o titular pode, a qualquer tempo,
negociar seu direito de compra em mercado, por meio de uma operação de natureza oposta.
O lançador de uma opção de compra é o investidor que vende a opção no mercado mediante o recebimento de
um prêmio, assumindo assim a obrigação de vender as ações-objeto a que se refere a opção, após o
recebimento de uma notificação de que sua posição foi exercida.
Uma opção de venda confere a seu titular o direito de vender ações-objeto ao preço de exercício, durante um
determinado período ou em uma data predeterminada. Além disso, o titular pode, a qualquer tempo, negociar
seu direito de venda em mercado, por meio de uma operação de natureza oposta.
O lançador de uma opção de venda é o investidor que vende a opção no mercado mediante o recebimento de
um prêmio, assumindo assim a obrigação de comprar as ações-objeto a que se refere a opção, após o
recebimento de uma notificação de que sua posição foi exercida.
As opções têm validade até uma data predeterminada, e podem ser exercidas no período compreendido entre
seu lançamento e seu vencimento, inclusive (estilo americano de exercício), ou apenas na data de vencimento
(estilo europeu).
Se as condições de mercado não forem favoráveis à sua estratégia de investimento , o comprador (ou titular)
de uma opção corre o risco de perder todo o seu investimento (o prêmio) em um período de tempo
relativamente curto. Esse risco reflete a natureza de uma opção como ativo esgotável, que perde seu valor no
vencimento da opção. Isto significa que o comprador de uma opção que não a venda no mercado secundário
nem a exerça antes do vencimento perderá todo o seu investimento na opção.
O prêmio - ou preço da opção - é negociado entre o comprador e o vendedor no momento da operação em
mercado, e pago no momento da aquisição da opção. Reflete fatores como condições de oferta e demanda,
prazo de vigência da opção, diferença entre o preço de exercício e o preço à vista da ação-objeto, volatilidade,
dentre outros.
Ao contrário do titular de uma opção, cujo prejuízo máximo é limitado, o lançador de uma opção tem uma
posição bem mais arriscada. O prejuízo potencial referente a uma posição vendida em opção de compra ou
posição vendida em opção de venda é ilimitado quando o preço do ativo-objeto se movimenta em direção
contrária às expectativas do lançador (ou seja, se aumenta para uma opção de compra ou diminui para uma
opção de venda).
Essa situação pode ser modificada quando a posição é combinada (posição vendida em uma opção de compra
com uma posição comprada no ativo-objeto, ou posição vendida em uma opção de venda com uma posição
vendida no ativo-objeto); esse tipo de combinação é conhecido como lançamento de opção "coberta".
O lançador de uma opção de compra "descoberta", que vende opções sobre um ativo-objeto que não possui,
encontra-se em posição extremamente arriscada. Ele pode sofrer grandes prejuízos se o valor do ativo-objeto
superar o preço de exercício. O lançador de uma opção de venda, por sua vez, o assume o risco de prejuízo se
o preço do ativo-objeto cair abaixo do preço de exercício, pois, se designado para o exercício, deve comprar o
ativo-objeto.
O objetivo do lançamento de uma opção descoberta é ganhar o prêmio sem precisar investir no ativo-objeto.
Entretanto, o lançador de opções descobertas deve dispor de garantias suficientes para atender a um eventual
exercício da opção (que podem aumentar substancialmente se o mercado se movimentar em direção contrária
à da posição do lançador).
Uma vez que as opções de ações são instrumentos derivativos sobre ativos de renda variável, não têm garantia
de retorno sobre o investimento nelas efetuado. Esse retorno vai depender basicamente do comportamento do
preço da ação-objeto no mercado à vista, que por sua vez dependerá das condições da empresa, da conjuntura
econômico-financeira do país, etc.
O lançador de uma opção de compra acredita que o preço das ações no mercado à vista irá cair a um nível
abaixo do preço de exercício, pois assim o titular não irá exercer a opção e ele (lançador) ganhará o valor do
prêmio. Se o preço do ativo-objeto subir, aumentam suas chances de ser exercido e, por conseqüência, seus
riscos. Desta forma, ele deverá depositar mais garantias para assegurar o atendimento a um eventual exercício
da opção.
O lançador de uma opção de venda acredita que o preço das ações no mercado à vista irá subir a um nível
acima do preço de exercício, pois assim o titular não irá exercer a opção e ele (lançador) ganhará o valor do
prêmio. Se o preço do ativo-objeto cair, aumentam suas chances de ser exercido e, por conseqüência, seus
riscos. Desta forma, ele deverá depositar mais garantias para assegurar o atendimento a um eventual exercício
da opção.
O titular, ao comprar uma opção, adquire o direito de comprar (opção de compra) ou vender (opção de venda)
as ações-objeto ao preço de exercício. Ele poderá exercer esse direito ou não.
"Exercer uma opção" significa que o titular pode declarar que deseja exercer o direito de comprar (ou vender)
conferido pela opção.
Na prática, nem todas as opções são realmente exercidas, dependendo do ativo-objeto. Muitos investidores
simplesmente fecham (liquidam) sua posição em opções antes da data de vencimento. Fechar uma posição em
opções significa assumir uma posição oposta àquela detida no momento.
Por exemplo, para fechar uma posição comprada em uma opção de compra, por exemplo, o titular da opção
de compra deve vender uma opção de compra da mesma série. Ele não pode fechar a opção de compra
comprando uma opção de venda similar ou vendendo uma opção de compra de série diferente. De forma
semelhante, uma posição comprada em opção de venda é fechada pela venda de uma opção de venda da
mesma série.
O lançador de uma opção recebe um prêmio para assumir a obrigação de vender (opção de compra) ou
comprar (opção de venda) se exercido pelo titular. Como qualquer compromisso financeiro, ele deve honrar
essa obrigação se designado para tal.
As opções de estilo americano podem ser exercidas a partir do pregão subseqüente à realização da compra, até
a sua data de vencimento.
As opções de estilo europeu podem ser exercidas apenas na data de vencimento estipulada no contrato de
opções.
Principais Riscos do Mercado de Opções
O preço e o retorno de qualquer instrumento financeiro estão sujeitos a flutuações imprevisíveis. Nesse
sentido, as opções são instrumentos de gerenciamento de risco (servem para adaptar o risco às expectativas e
à capacidade financeira do investidor), e podem ser usadas para limitar o risco dos portfólios em caso de
mudança inesperada no preço das ações.
Além disso, o mercado de opções oferece outras vantagens, tais como a possibilidade de alavancagem dos
investimentos (aumento do retorno potencial sobre um investimento sem aumentar o montante do capital
investido), menores custos de transação (em comparação, por exemplo, com o investimento em ações),
indicação da volatilidade do preço das ações, flexibilidade na montagem de estratégias de investimento.
Contudo, o mercado de opções apresenta alguns riscos dos quais os investidores devem estar conscientes
(apresentados abaixo). Por exemplo, a alavancagem significativa proporcionada pelas opções pode gerar
ganhos substanciais sobre uma pequena quantia do capital investido, mas também grandes prejuízos.
Além desses riscos específicos, o investidor em opções está igualmente sujeito às forças mais gerais que
regem a oferta e a demanda, e aos riscos associados ao ativo-objeto.
Riscos Específicos do Mercado de Opções
1) Validade:
As opções têm validade, ou seja, são ativos extinguíveis. Assim sendo, as opções perdem, na data de
vencimento, qualquer valor que possam ter.
2) Opção de Compra:
1. Titular:
Pode perder a totalidade do capital investido em um período de tempo relativamente curto (prejuízo
máximo: valor do prêmio).
2. Lançador:
Descoberto: uma vez que o lançador, nesse caso, se compromete a entregar títulos que não possui (se
designado para tal), ele está em situação de grande risco, pois o mercado pode se movimentar em direção
contrária a sua expectativa. No seu caso, esse seria o movimento de alta, quando o lançador teria que comprar
as ações para atender ao exercício a um valor acima do preço de exercício. Assim, ele corre o risco de não só
"devolver" o prêmio recebido, como também de ter um desembolso muito grande (potencial de prejuízo
ilimitado).
Coberto: corre um risco um pouco menor, pois possui as ações que deverá entregar em caso de exercício
(como "cobertura" à sua obrigação); não obstante, um lançamento de opção de compra coberta não constitui
uma operação de renda fixa.
3) Opção de Venda:
1. Titular:
Pode perder a totalidade do capital investido em um período de tempo relativamente curto (prejuízo
máximo: valor do prêmio).
2. Lançador:
Seu risco é quase equivalente ao risco do lançador descoberto de opção de compra; a diferença é que esse
lançador compromete-se a comprar as ações do titular (ao preço de exercício), e seu maior prejuízo ocorre na
hipótese do preço da ação-objeto ser zero no momento em que ele for designado para atender ao exercício
(potencial de risco praticamente ilimitado).
Exemplos de Operações com Opções
Confira as simulações que desenvolvemos especialmente para que você veja, na prática, possíveis resultados
das operações no Mercado de Opções.
1. Compra de Opções de Compra - assumindo uma posição Titular de Opções de Compra
2. Venda de Opções de Compra Descobertas - assumindo uma posição Lançadora de Opções de Compra
Descobertas
3. Compra de Opções de Venda - assumindo uma posição Titular de Opções de Venda
4. Venda de Opções de Venda - assumindo uma posição Lançadora de Opções de Venda
CÓDIGOS DE NEGOCIAÇÃO DE OPÇÕES
Tabela do código alfabético para e mês de vencimento:
A Janeiro
B Fevereiro
C Março
D Abril
E Maio
F Junho
G Julho
H Agosto
I Setembro
J Outubro
K Novembro
L Dezembro
O HOME BROKER-Módulo lll
O Home Broker permite que o investidor, por meio do site das Corretoras na Internet,
transmita sua ordem de compra ou de venda diretamente ao Sistema de Negociação da
BOVESPA. Neste sentido, o sistema da BOVESPA é único no mundo. Nos Estados Unidos, as
ordens são executadas, em sua maioria, fora do âmbito das bolsas de valores e, portanto, nem
sempre ao melhor preço.
HORÁRIOS DE NEGOCIAÇÃO
Pregão Regular: das 10:00h às 17:00h
After-Market: das 17:45h às 19:00h
Horário de Verão:
Pregão Regular: das 11:00h às 18:00h
After-Market: das 18:45h às 19:30h
After-Market
O After Market permite a negociação de ações no período noturno, após o horário regular, de
forma eletrônica. As operações são dirigidas por ordens e fechadas automaticamente por meio do
sistema eletrônico de negociação da BOVESPA (Mega Bolsa). A totalidade de ordens enviadas
tem um limite de R$ 100.000,00 por investidor para o período After-Market e os preços das ordens
enviadas nesse período não poderão exceder à variação máxima positiva ou negativa de 2% em
relação ao preço de fechamento do pregão diurno
COMO PARTICIPAR DO MERCADO DE AÇÕES
O investidor pode participar do mercado, basicamente, de duas formas:
1) Individualmente – o interessado manifesta sua intenção a uma Sociedade Corretora, que
será a intermediária das negociações. É feito então um cadastro para a abertura de uma
conta investimento. Todas as movimentações da conta corrente do investidor para a conta
investimento nas corretoras da Bovespa não incidem o custo de CPMF.
2) Coletivamente – os interessados adquirem cotas de clubes de investimentos ou de fundos
mútuos de ações.
a. Fundos de investimento
Entidade financeira que, pela emissão de título de investimento próprio, o Certificado
de Investimento, denominado em quotas, concentra capitais de inúmeros investidores para
aplicação em carteiras diversificadas de títulos, valores mobiliários, instrumentos
financeiros, derivativos ou commodities negociadas em bolsas de mercadorias e futuros.
b. Clubes de investimento
Condomínio constituído por pessoas físicas para aplicação de recursos comuns em
títulos e valores mobiliários, dentro de regras específicas estabelecidas pela CVM Comissão de Valores Mobiliários e pelas Bolsas de Valores.
Ainda que seja uma pessoa jurídica, aparece nas estatísticas da Bolsa como negócio
de pessoas físicas.
Essas formas de investimento coletivo, administrado por sociedades corretoras e outras
instituições autorizadas, são associações de aplicadores com um objetivo comum, que é a inversão
em uma carteira diversificada de ações.
ANÁLISE FUNDAMENTALISTA
Análise de mercados baseada nos fatores econômicos, dependendo de estatísticas, projeções,
condições de oferta e demanda de bens e serviços e os fundamentos da economia e das
empresas.
Metodologia para determinar o preço justo de uma ação, que se fundamenta na expectativa de
lucros futuros.
A análise das demonstrações financeiras e do relatório da administração da companhia são
ferramentas de trabalho diário do analista.
A análise é uma avaliação individual, e busca definir se determinado ativo é ou não uma opção
de investimento.
O principal indicador que baliza o preço das ações é o Índice Preço/Lucro - P/L, que estima o
prazo de recuperação integral do capital investido.
ANÁLISE TÉCNICA
A análise técnica não está preocupada em analisar os fundamentos da empresa, tal como
desempenho financeiro, endividamento ou expectativa de lucros, mas seu foco está centrado no
comportamento dos preços das ações. Seu princípio básico é o de que a cotação de uma ação
segue padrões e tendências que se repetem, ou seja a cotação atual de uma ação é influenciada
pela média histórica de cotações, sempre observando de perto o indicador de volume.
A maioria dos indicadores técnicos utiliza uma combinação de médias para seu cálculo,
normalmente uma média de curto prazo e uma média de longo prazo.
A análise técnica é o estudo da dinâmica do mercado através dos sinais que o próprio mercado
emite. O analista técnico acredita que todos os fatores que podem influir no preço de um
determinado produto são descontados pelo mercado no processo contínuo de negociação que
determina este preço. O analista técnico diz que mesmo que alguém tenha conhecimento de todos
os fatores fundamentais que afetam o preço de uma mercadoria tais como clima, greves, decisões
políticas, fatores de demanda, etc..., ele ainda assim não terá todos os dados necessários para
compreender a formação dos preços, porque não são estes dados em si que os afetam, mas sim a
maneira pela qual os participantes do mercado a ele reagem.
Segundo a análise técnica, o único local em que todos os fatores, tanto os de oferta quanto os
de demanda, somado à psicologia das massas com seus medos e esperanças - assim como as
suas estimativas e “palpites” - estão reunidos, é no próprio mercado, e que este, portanto, é que
deve ser estudado. Análise técnica é o estudo de como os preços se movimentam, não se
preocupando do porque estes se movimentam.
Ela parte de três princípios:
1 - A ação do mercado reflete todos os fatores envolvidos neste;
2 - os preços se movimentam em tendências;
3 - o futuro repete o passado.
BOLSAS INTERNACIONAIS
A performance das bolsas internacionais é medida através dos índices representativos de cada
centro de liquidez. O segmento de Bolsas Internacionais traz os índices das principais bolsas
mundiais
Um Índice de Bolsa é qualquer medida compreensiva da tendência do mercado, pretendida
pelos investidores que estão preocupados com os movimentos gerais dos preços no mercado de
ações. Geralmente estes índices são compostos por uma carteira teórica representada pelas ações
mais representativas dos mercados locais, ponderadas por sua liquidez ou participação no volume
negociado.
Dow Jones
É um dos índices mais antigos e mais utilizados pelo mercado. Ele é composto por 30 ações as mais importantes e mais representativas de cada setor da economia. Estas ações representam
cerca de um quinto de todas as ações negociadas nos EUA, e cerca de um quarto das negociadas
na Bolsa de Valores de Nova York. Alguns exemplos de empresas que fazem parte do índice:
Coca-Cola, Walt Disney, Alcoa, General Motors, Intel, McDonald's, AT&T, IBM e Microsoft.
S&P 500
O S&P 500 Index é formado pelas principais empresas norte-americanas, de acordo com: valor
de mercado, representatividade no setor em que atuam e liquidez das ações. O peso de cada
companhia no índice está relacionado ao seu valor total de mercado. Atualmente, cerca de 75%
das empresas que fazem parte do índice são do setor industrial, 8% do setor de serviços, 15% do
setor financeiro e 2% do setor de transportes. É um índice muito importante, largamente utilizado
no mercado norte-americano e internacional.
Nasdaq
O índice representa todos os ativos, norte-americanos e estrangeiros, listados na Nasdaq. O
Nasdaq é ponderado pelo valor de mercado das empresas. Esse valor é calculado multiplicando-se
o preço de fechamento pelo número total de ações da empresa. Desse modo, cada ativo afeta o
índice apenas na proporção de seu valor de marcado. O Nasdaq é composto atualmente por cerca
de mais de 4.000 companhias. Devido à sua abrangência, este índice é muito acompanhado pelo
mercado financeiro.
A montagem desse curso foi baseado em perquisas e estudos
para que o iniciante no mercado de ações possa
Assimilar com mais rapidez, sem muita perca de tempo.
Contato: [email protected]
Blog:http://www.Bcordaeconomia.blogspot.com
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