1 INSTITUTO BRASILEIRO DE TERAPIA INTENSIVA MESTRADO

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INSTITUTO BRASILEIRO DE TERAPIA INTENSIVA
MESTRADO EM UTI GERAL
CECÍLIA MARIA SERPA
PERCEPÇÕES DE ORIENTAÇÕES RECEBIDAS NO PRÉ-OPERATÓRIO
DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO
DO MIOCÁRDIO EM UMA UTI DE PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA
TORÁCICA ADULTO DE UM HOSPITAL PÚBLICO: Pronto Socorro
Cardiológico de Pernambuco (PROCAPE) - Recife
JOÃO PESSOA - PB
2012
1
CECÍLIA MARIA SERPA
PERCEPÇÕES DE ORIENTAÇÕES RECEBIDAS NO PRÉ-OPERATÓRIO
DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO
DO MIOCÁRDIO EM UMA UTI DE PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA
TORÁCICA ADULTO DE UM HOSPITAL PÚBLICO: Pronto Socorro
Cardiológico de Pernambuco (PROCAPE) - Recife
Monografia apresentada ao Instituto de
Terapia Intensiva, como exigência para
conclusão do Curso de Mestrado em UTI
Geral.
JOÃO PESSOA - PB
2012
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CECÍLIA MARIA SERPA
PERCEPÇÕES DE ORIENTAÇÕES RECEBIDAS NO PRÉ-OPERATÓRIO
DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO
DO MIOCÁRDIO EM UMA UTI DE PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA
TORÁCICA ADULTO DE UM HOSPITAL PÚBLICO: Pronto Socorro
Cardiológico de Pernambuco (PROCAPE) - Recife
Banca Examinadora
____________________________________________
____________________________________________
___________________________________________
JOÃO PESSOA - PB
2012
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RESUMO
Candidatos à revascularização do miocárdio necessitam de informações a respeito
do procedimento cirúrgico e pós-operatório imediato. O profissional mais indicado no
processo informativo é o enfermeiro, pois a assistência de enfermagem é contínua, o
que facilita conhecer as necessidades de cada cliente. O objetivo é avaliar o nível de
percepções das orientações recebidas em pacientes submetidos à revascularização
do miocárdio em 50 pacientes durante um mês. 16 pacientes afirmaram ter assistido
a reunião o que equivale a 32% do total. Destes, apenas 8 solicitaram mais
informações como: subir e descer escada, retorno ao trabalho; dirigir e atividade
sexual. Este resultado foi satisfatório e permitiu apresentar como proposta do estudo
uma cartilha informativa para o pré e pós-operatório imediato de revascularização do
miocárdio.
Palavras-chave: Revascularização. Reabilitação. Prevenção.
4
ABSTRACT
Candidates for CABG require information about the surgical procedure and postoperatively. The more professional process information is shown in the nurse
because nursing care is continuous, which facilitates meet the needs of each client.
The goal is to assess the level of perceptions of received guidance in patients
undergoing coronary artery bypass grafting in 50 patients for a month. 16 patients
reported to have attended the meeting which equates to 32% of the total. Of these,
only 8 have requested more information as climbing and descending stairs, return to
work, driving and sexual activity. This result was satisfactory and allowed to present
the proposal to study an informative booklet for pre and postoperative myocardial
revascularization.
Keywords: Revascularization. Rehabilitation. Prevention
5
LISTA DE ABREVIATURAS
CECO
Circulação extracorpórea
PROCAPE Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco
RM
Revascularização do miocárdio
UPE
Universidade de Pernambuco
UTI
Unidade de Terapia Intensiva
6
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1. Subir e descer escada
12
Gráfico 2. Atividade Sexual
12
Gráfico 3. Retorno ao trabalho
13
Gráfico 4. Dirigir
13
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
8
1 MÉTODO
10
2 DISCUSSÃO
11
3 RESULTADOS
12
CONSIDERAÇÕES FINAIS
14
REFERÊNCIAS
15
ANEXOS
17
8
INTRODUÇÃO
A cirurgia de revascularização do miocárdio tem sido realizada há mais de
40 anos. O avanço terapêutico cirúrgico tornou-se uma opção para indivíduos com
doença arterial coronariana que tem indicação cirúrgica.
A
revascularização
do
miocárdio
alivia
os
sintomas
da
angina
aproximadamente em 85% e aumenta a tolerância ao exercício e a qualidade de
vida (STEFANINI; KASINSKI; CARVALHO, 2008, p. 669).
Indubitavelmente,
uma
das
maiores
contribuições
na
cirurgia
de
revascularização do miocárdio (RM) nas últimas décadas foi a introdução da técnica
sem a circulação extracorpórea (CECO) e demonstração dos resultados a longo
prazo com o uso da Artéria Torácica Interna (ATI) - bilateral (STEFANINI; KASINSKI;
CARVALHO, 2008, p. 676).
A revascularização do miocárdio poderá ser o procedimento de escolha para
pacientes com mais de 80 anos, se a anatomia coronária for favorável (p. 304-306).
A RM na fase aguda do infarto pode ser preventiva, pois o objetivo é
interromper a necrose do miocárdio, por isso deve ser feita nas primeiras 6 horas do
aparecimento dos sintomas do infarto agudo. A cirurgia corretiva visa corrigir
defeitos mecânicos que podem aparecer durante a evolução do infarto agudo, como
a comunicação do ventrículo esquerdo, a insuficiência mitral e a ruptura de parede
livre do ventrículo E, que necessita de tratamento cirúrgico em caráter de urgência
(TIMERMAN, 1996, p. 322).
Quanto ao uso dos enxertos, a melhora dos sintomas isquêmicos é
conseguida em 80 a 90% dos pacientes. O uso da artéria mamária interna tem um
índice de potência de 90% após 10 anos de cirurgia, se comparado com a veia
safena que tem uma potência de 40% no mesmo tempo (PIRES, 1999, p. 636-660).
No manejo pós-operatório do paciente; contribuição importante acontece
com o reconhecimento de algumas terapias que ajudam a diminuir ou retardar o
processo aterosclerótico e proporcionar maior duração de funcionamento dos
enxertos. O uso de aspirina no pós-operatório reduz significativamente a oclusão
dos enxertos de veias safena e sem evidência nos enxertos arteriais, mas a estatina
retarda a progressão das lesões ateroscleróticas nos enxertos de veia safena.
9
O controle do tabagismo reduz a recorrência da angina e reabilita a função
cardíaca. A deambulação precoce após a operação, exercícios físicos adequados,
educação familiar e a aconselhamento sexual, tratamento das disfunções emocional
e psicossocial; é extremamente relevante, já que esses fatores têm forte correlação
com a modalidade no pós-operatório tardio da RM.
Com relação ao paciente idoso a doença coronária em conjunto com as
doenças
associadas ao
envelhecimento
requer
procedimento
cirúrgico
de
revascularização do miocárdio em condições eletivas ou de urgência / emergência,
contudo a recuperação funcional e a melhora da qualidade de vida pode ser obtida
na maioria dos pacientes. Nas mulheres o risco é a idade avançada, a cirurgia de
RM não deve ser postergada ou recusada em mulheres que tenha indicação
apropriada. Em relação ao diabético a doença coronariana é a causa principal de
morte, mas a redução de risco absoluto para eventos cardíacos, angina, infarto e
morte, com a cirurgia de RM é significativamente alta (STEFANINI; KASINSKI;
CARVALHO, 2008, p. 681-682).
As orientações sobre o momento da cirurgia e pós-operatório conscientiza o
candidato que vai submeter-se a revascularização do miocárdio e alivia tensão,
esclarecem dúvidas a respeito de aparelhos, equipamentos; permanência na UTI de
cirurgia torácica e aumenta o interrelacionamento com a equipe de enfermagem.
A entrevista com 50 pacientes na unidade de terapia intensiva de cirurgia
torácica mostrou que 16 pacientes apresentavam-se tranquilos e administrando com
segurança os efeitos da revascularização do miocárdio, como: a tosse, a dor no
tórax, edema e dor no MI no caso de enxerto de ponte safena, e o desconforto na
hora de dormir na posição supina, esse resultado vem das orientações recebidas no
pré-operatório em reunião que acontece a cada quinze dias com enfermeiros
capacitadas no PROCAPE. Enquanto 34 pacientes que não participaram deste
evento apresentava sinais de ansiedade, hipoativo e muito queixosos durante a
entrevista.
10
1 MÉTODO
Trata-se de um estudo qualitativo, do tipo de descritivo, que segundo Cervo,
Bervian e Silva (2006), é um estudo que descreve as características do assunto
pesquisado, e favorece na pesquisa a tentativa de soluções do problema.
O estudo foi realizado na UTI de pós-cirurgia torácica e enfermaria e de pósoperatório de revascularização do miocárdio, de um Hospital Público, o Pronto
Socorro Cardiológico de Pernambuco (PROCAPE) que presta assistência de alta
complexidade na área de cardiologia, situado na cidade do Recife-PE, no período de
março a abril de 2011, após aprovação do Comitê de Ética do Complexo Hospitalar
Universitário Osvaldo Cruz - Universidade de Pernambuco - UPE.
O grupo estudado constou de 50 pacientes revascularizados do miocárdio,
cuja operacionalização foi a coleta de dados através da entrevista direta com os
pacientes por questionário pré-elaborado.
Nos quais foram feitas as seguintes perguntas: Quantas vezes você fez a
cirurgia. O que espera da cirurgia? Tem medo da cirurgia a não resolver o seu
problema de saúde? Faz uso de medicamentos? Recebeu alguma informação como
seria a cirurgia e o pós-operatório? Assistiu a reunião? As orientações recebidas
foram satisfatórias? Gostaria de receber mais informações do procedimento cirúrgico
e pós-operatório? O que você gostaria que fosse informado antes da cirurgia?
Com relação a estes dados, foram analisados através do programa SPSSS
versão 7.2.
11
2 DISCUSSÃO
Neste estudo, foi observado que dos 50 pacientes revascularizados que
participaram da entrevista. Os 34 que não assistiram a reunião por causa da
situação emergencial do seu estado de saúde, revelaram o interesse de conhecê-la.
Apesar do percentual esperado ser menos que 50% por que apenas 16
participou da rotina. A tendência é aumentar haja vista que o número de candidatos
a revascularização do miocárdio é constante e a demanda pela necessidade
educacional com relação as orientações para pré-operatório e pós-operatório é
permanente.
12
3 RESULTADOS
Dos 50 pacientes participantes desta pesquisa, apenas 5 eram do sexo
feminino, o que corresponde a 10% dos entrevistados. Dos 16 que assistiram a
reunião, 8 mostraram-se interessados em saber mais informações sobre a cirurgia e
pós-operatório imediato.
Entre as perguntas mais solicitadas, que foi subir e descer escada, teve um
percentual de 100%, acompanhada de atividade sexual, retorno ao trabalho e dirigir,
apresentando 75%, 25% e 62,5% respectivamente.
Gráfico 1. Subir e descer escada
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Homem
75%
Mulher
25%
Série 1
Gráfico 2. Atividade Sexual
120%
100%
80%
60%
40%
20%
0%
Homens
100%
Série 1
Nenhuma mulher
0%
13
Gráfico 3. Retorno ao trabalho
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Homem
90%
Mulher
10%
Homens
99%
Nenhuma mulher
1%
Série 1
Gráfico 4. Dirigir
120%
100%
80%
60%
40%
20%
0%
Série 1
14
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Observou-se neste trabalho a importância da enfermeira no seguimento das
orientações a todos os candidatos à revascularização do miocárdio, uma vez que
tranquiliza, esclarece o procedimento cirúrgico, viabiliza a recuperação e fortalece a
interação paciente e enfermeiro.
15
REFERÊNCIAS
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edição. Rio de Janeiro: Medsi Médica e Científica, 1999. p. 636-660.
REGENGA, Mansa de Moraes. Fisioterapia em cardiologia - da unidade de terapia
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16
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cardiologia ambulatorial e hospital. 2. ed. Barueri - São Paulo: UNFESP - EPM,
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TIMERMAN, ARI. Urgências cardiovasculares. 2. ed. São Paulo: Sarvier 1996. p.
322-324.
17
ANEXOS
18
INFORMATIVO
A HORA DA CIRURGIA
2012
19
O QUE É REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO?
Resposta: É um enxerto de uma artéria boa no coração que está doente.
COMO ACONTECE?
EU VOU DEMORAR NA UTI?
Resposta: O médico retira parte saudável
de outra artéria e coloca
naquela parte da artéria que
estar estragada e o coração
passa a trabalhar melhor.
Resposta: Não, 2 ou 3 dias. Assim que
melhorar vai para o quarto.
Sem
equipamentos,
aguardando a alta e se
ajudando.
DE ONDE SE RETIRA A PARTE DA
ARTÉRIA SADIA QUE VAI TRATAR
A ARTÉRIA DOENTE?
COMO POSSO ME AJUDAR?
Resposta: Pode ser retirada da artéria
safena que fica na perna ou da
artéria que fica no tórax.
O QUE VAI ACONTECER COMIGO
QUANDO ENTRAR NA SALA DE
OPERAÇÃO?
Resposta: Você recebe um pequeno tubo
na boca para ser anestesiado, ai
você dorme e a cirurgia é feita.
Resposta:
Se protegendo para tossir,
abraçando
o
tórax.
Caminhando
devagar pelo
quarto.
Respirando profundamente e
soltando
o
ar
devagar.
Elevando a perna operada
para diminuir o inchaço e
aceitando as orientações do
seu
médico,
enfermeira,
fisioterapeuta, nutricionista e
psicólogo.
Junto com os seus familiares brevemente
estará em casa.
E DEPOIS?
Resposta: Você vai acordar na UTI, uma
sala cheia de aparelhos onde
escuta sons diferentes, que é do
respirador, para você respirar
melhor. E outros equipamentos
como cateter na veia para
medicar você e sonda para
medir a diurese.
Cuide de seu coração: não fume, não beba,
cuidado com o estresse e tenha uma dieta
saudável.
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