Tema: “Vivenciando os aspectos práticos da Santificação” Igreja Batista em Sousas – Paulo Berberth – 25/04/2010 Aula 04 – Aplicando as virtudes do Fruto do Espírito Santo “... até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Efésios 4.13). Introdução Essa é a nossa ultima aula. Na aula passada estudamos sobre as aplicações das virtudes do fruto do Espírito Santo. Paciência (Longanimidade), Benignidade, Bondade. Estudaremos hoje sobre... Gálatas 5.22 -23 “22 Mas o fruto do Espírito é: ... Fidelidade, (humildade), Domínio próprio”. 23 Mansidão, 7. Fidelidade, 8. Mansidão, (Humildade), 9. Domínio próprio. A sétima virtude do Fruto do Espírito Santo é a... 7. Fidelidade “Quanto aos servos, que sejam, em tudo, obedientes ao seu senhor, dando-lhe motivo de satisfação; não sejam respondões, não furtem; pelo contrário, dêem prova de toda a fidelidade, a fim de ornarem, em todas as coisas, a doutrina de Deus, nosso Salvador”. Tito 2.9-10 A sétima virtude do Fruto do Espírito Santo mencionada pelo apóstolo Paulo é a Fidelidade. No âmbito de relacionamentos a fidelidade é muito facilmente aplicada, podendo ser abordada em pelo menos 2 aspectos: 1. Em relação a Deus; 2. Em aos homens. Na verdade são 3 aspectos. Claro que também não podemos deixar de destacar a fidelidade de DEUS com os homens. A fidelidade faz parte de sua essência. DEUS é FIEL. (leia os versículos abaixo). “O teu Amor, ó SENHOR, chega até aos céus e a tua fidelidade até às nuvens”. Salmo 36.5 1 “se somos infiéis, ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo”. 2 Timóteo 2.13 “E daí? Se alguns não creram, a incredulidade deles virá desfazer a fidelidade de Deus?”. Romanos 3.3 No dicionário em nossa língua a palavra fidelidade é a qualidade de quem é fiel. Aparece como sinônimo de “lealdade” e “comprometimento”. Fiel é aquele que guarda a fidelidade, é aquele que é leal, trata-se de uma pessoa de confiança. A palavra usada em Gl 5.22 para fidelidade é pi,stij pistis que pode ser traduzida também por “fé”, “confiança” ou “compromisso”. O texto proposto acima (Tito 2.9-10) mostra uma boa aplicação desta virtude. Paulo aconselha como deveria ser o comportamento do servo em relação ao seu senhor (demonstrar obediência, submissão, fidelidade) mostrando que é digno de confiança. O propósito é para tornar atraente a doutrina de Deus, ou seja, o servo deveria viver os padrões da palavra de Deus, ser fiel ao evangelho de Cristo, ser fiel a Deus e às suas vontades. Assim, glorificaria o nome de Cristo. Da mesma forma, isso exige de nós fidelidade, confiabilidade, lealdade e comprometimento. Neste caso se referindo as pessoas, no entanto podemos pensar em vários níveis de relacionamento: seja entre patrões e empregados, ou entre amigos, familiares, marido e mulher, namorados, etc. Obs.: Claro que a nossa lealdade e fidelidade não será à qualquer pessoa ou instituição, principalmente se ferir a sã doutrina de Deus. Assim como também confirma que devemos ser fiéis a DEUS em todas as áreas de nossas vidas. (Dízimos, ofertas, compromissos, missão de testemunhar e proclamar o evangelho etc.) Que possamos fazer como o salmista proclamar, vivenciar e principalmente refletir a fidelidade de Deus. “Cantarei para sempre as tuas misericórdias, ó SENHOR; os meus lábios proclamarão a todas as gerações a tua fidelidade”. Salmo 89.1 2 A oitava virtude do Fruto do Espírito Santo é a... 8. Mansidão “Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra”. Mateus 5.5 Ao contrário do que muitos pensam ser manso não é sinônimo de bobo, frouxo, aquele que aceita tudo, aquele que fazem o que querem, não é uma característica fraca, mas é uma grande virtude que poucos possuem. A mansidão não é uma qualidade natural, porque se fosse não teria sido destacada pelo apóstolo Paulo como virtude do fruto do Espírito Santo. Então é necessário a ação do Espírito Santo para frutificar em nós cristãos a mansidão. Precisa de cultivo espiritual. A palavra prau<thj prautes é traduzida normalmente por “mansidão”, “humildade” ou “amabilidade”. Prautes deriva da palavra “bondoso”, “amável”. prau<j praus “gentil”, “meigo”, “humilde”, Mansidão transmite o sentido de brandura, que é visto como a disposição de submeter-se a vontade de Deus. É uma atitude humilde que se expressa na submissão às ofensas, livre do desejo de vingança. Mansidão é o antônimo de Ira na outra lista que trata das obras da carne (Gálatas 5.19-21). Esta virtude me faz lembrar das palavras de Jesus Cristo: “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma”. (Mateus 11.29). Oswald Chambers, (pastor e professor escocês 1974-1917), observou certa vez que o chamado de Deus “visa a tornar-nos ‘pão partido’ e ‘vinho derramado’ Deus nunca poderá tornar-nos vinho se resistirmos ao seu toque quando ele vier nos esmagar.” Para Deus nos transformar, para ele espremer tudo que há em nós que precisa ser mudado é necessário, humildade e mansidão. Ao passarmos por este processo doloroso (Deus coloca o dedo em nossas feridas), que faz parte do processo de santificação do cristão, aprendemos a olhar os outros ao nosso redor com a mansidão de Jesus. Há uma frase que diz: “Para se defender o orgulhoso ataca”. O humilde e manso pondera os fatos, avalia, pensa antes de agir, ele não agride, ele ama, não arde em Ira, ele age com brandura e bondade, ele vence o mal com o bem. Ele procura imitar a Cristo, que nos deixou o exemplo a ser 3 seguido, pois em momentos de ataques, acusações, difamações, injúrias e maus tratos (que não foram poucos) “entregou-se ao justo Juiz” (1 Pedro 2.21-23). Nossa atitude deve ser essa: “Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dálhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem”. Romanos 12.20-21 Gosto dessa expressão “amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça” fazendo o bem a pessoa se perguntará: “Puxa, eu faço maldade, brigo, implico, acuso e ele me ama, mas faz o bem. O que é isso? Ele só pode ser mesmo de Cristo, pois tem algo diferente nele”. Agindo com mansidão as pessoas perceberão a virtude do fruto em você. Na Bíblia temos os exemplos de: Moisés foi veemente atacado pelo povo que murmurava muito e sua postura era a oração, ele intercedia pelo povo. José que foi injustiçado mais de uma vez e nunca se defendeu, pois confiava nos desígnios de Deus. Ele mesmo disse que Deus transformou o mal em bem. Se depender de nós, pagamos o mal com mal, não gostamos de ser injustiçados e muitas vezes nos sentimos injustiçados sem a injustiça existir. Que possamos deixar que o Espírito Santo desenvolva em nossas vidas esta virtude, a Mansidão, a Humildade e a Amabilidade. A nona e ultima virtude do Fruto do Espírito Santo é a... 9. Domínio Próprio “Quem tem paciência é melhor que guerreiro, quem tem domínio próprio é melhor que aquele que conquista uma cidade”. Provérbios 16.32 Enfim chegamos a ultima virtude do fruto do Espírito Santo mencionada em Gálatas 5, o domínio-próprio. Em Provérbios 16.32 descreve a pessoa que consegue usar o domínio próprio. “Melhor é dominar o espírito do que ser um valentão e dominar uma cidade”. É mais virtuoso dominar a si mesmo do que conquistar uma cidade pela força física, pois a vitória mais difícil é a vitória sobre o próprio “eu”. 4 Trata-se do domínio sobre os desejos do ego, de uma vida dirigida pelo Espírito Santo. O “EU” deve ser mantido no seu devido lugar. O autocontrole, no entanto não significa a negação de si mesmo, mas uma avaliação real da função do ego na forma mais nobre da vida. Não poderá haver exemplo melhor do que o de nosso Senhor, que jamais enfatizou a sua própria vontade, mas nunca deixou de impressionar os demais com o poder da sua personalidade. O Espírito Santo reproduz no cristão o mesmo tipo de conceito equilibrado do “eu” que houve em Jesus. Mas o que acontece? Há uma luta entre a carne e o espírito. “Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer”. Gálatas 5.16-17 Na passagem de 1Co 7.9, a palavra “domínio próprio” evgkra,teia egkráteia é usada em relação ao controle do impulso sexual. Mas em 1Co 9.25, refere-se a toda forma de autocontrole e autodisciplina que o atleta precisa exercer para ser bem sucedido em suas tentativas para obter a vitória. O cristão precisa de uma completa autodisciplina e de total autocontrole, mas isso só pode ocorrer com a ajuda do Espírito Santo. Que o domínio próprio seja desenvolvido em nossas vidas. Acesse o meu blog: http://pauloberberth.blogspot.com/ E-mail [email protected] Msn [email protected] 5