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GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA
José Adauto Olimpio1
A maioria dos profissionais que labutam no meio técnico e científico se depara com uma série de
dúvidas a respeito do que significam os termos que encontram nos textos que se relacionam com a ecologia e
o meio ambiente. Assim, resolvermos organizar um pequeno glossário acerca do tema, visando auxiliar estes
profissionais por ocasião de sua prática laboral ou mesmo durante a leitura de determinados textos.
Espera-se que o objetivo seja alcançado e que o glossário sirva de ajuda na vida de cada um dos que
tiverem acesso ao mesmo.
ABIÓTICO - Componente do ecossistema que não inclui seres vivos, como são entre outros as substâncias
minerais, os gases e os elementos climáticos isolados.
ABUNDÂNCIA – Medida baseada no número de indivíduos de uma espécie, tipo de organismos ou
unidades orgânicas.
AUTOECOLOGIA – Parte da ecologia que investiga os processos adaptativos de organismos.
BIOCENOSE – Conjunto inter-relacionado da fauna e flora, vivendo num determinado tempo.
BIÓCORO – Meio geográfico básico, caracterizado por certa vegetação adaptada a determinadas condições;
características terrestres com uma extensão muito ampla, caracterizada pelo seu clima e solo; a maior
unidade ecológica.
BIOMASSA – Somatória da massa orgânica viva existente num determinado espaço, num dado instante.
Pode ser expressa em peso, úmido ou seco, por unidade de área ou volume. Peso seco total de todos os
organismos em uma determinada população, amostra ou área.
BIOSFERA – A zona de ar, terra e água na superfície da Terra que é ocupada por organismos.
BIOTA – Conjunto de plantas e animais de uma determinada região, província ou área biogeográfica. Ex.:
biota amazônica, biota dos lhamos, biota da patagônia.
BIÓTIPO – Grupo de organismos que possuem características semelhantes. Populações homogêneas,
compostas apenas por indivíduos genotipicamente idênticos, um clone ou uma linhagem pura.
BIÓTOPO – Área ocupada por uma biocenose. Área física na qual os biótipos a ela adaptados às condições
ambientais, apresentam-se praticamente uniformes.
CAATINGA – Vegetação xerófila aberta do Nordeste brasileiro, do tipo mata espinhosa tropical, formada
por um estrato graminoso acompanhado de árvores esparsas e folhas mesófilas, e de suculentas e cactáceas,
adaptadas a climas quentes semi-áridos. Cobertura vegetal do domínio das depressões interplanálticas semiáridas, com drenagens intermitentes exorréicas (aberta para o mar), sujeitas a temperatura de 24 a 29°C de
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Eng°. Agr°., Economista, MSc. em Desenvolvimento e Meio Ambiente, Servidor do EMATER-PI.
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média anual, com 280 a 750mm de precipitações anuais em média, mas com períodos de até seis anos de
seca.
CADEIA ALIMENTAR, TEIA ALIMENTAR – Uma cadeia de organismos existente em comunidade
natural, tal que cada elo na cadeia alimenta-se do elo que está abaixo e é devorado pelo que está acima.
Raramente há mais de seis elos numa cadeia, com os organismos autótrofos na base e os grandes carnívoros
no ápice.
CHARCO – Planície coberta ocasionalmente por água. Um charco difere de um pântano por ser dominado
por juncos, colmos, taboas e ciperáceas, com poucas, por vezes nenhuma, plantas lenhosas. Difere de um
brejo por ter como base solo em vez de turfa.
CLÍMAX – Última comunidade biológica em que termina uma sucessão ecológica, isto é, a comunidade
estável que não sofre mais mudanças direcionais. No estágio clímax há um equilíbrio dinâmico, enquanto as
condições ambientais permanecem relativamente estáveis.
COMPETIÇÃO – Interação entre os membros da mesma população ou de duas ou mais populações para
obter recursos de que ambas necessitam e que se encontram em limitada disponibilidade.
COMUNIDADE – Todos os organismos que habitam um mesmo ambiente e interagem uns com os outros.
Formado por várias populações que habitam a mesma área, mantêm entre si várias relações (conhecido
também como biocenose, biota ou comunidade biótica).
COMUNIDADE CLÍMAX – O estágio final numa série baseada em sucessões; sua natureza é determinada
principalmente pelo clima e solo da região.
CONSUMIDOR – Um organismo que obtém seu alimento a partir de outro organismo.
COORTE – Grupos dos indivíduos de uma população pertencentes a uma mesma classe etária.
COROLOGIA – Estudo da distribuição geográfica dos organismos.
CRESCIMENTO EXPONENCIAL – Crescimento que é uma função simples da entidade em crescimento,
de modo que, quanto maior a população, mais rapidamente ela cresce.
CRESCIMENTO LOGÍSTICO – Crescimento que segue uma sigmóide, na qual a taxa é inicialmente
gradativa (fase de crescimento log), em seguida rápida (fase exponencial) e, finalmente, lenta outra vez (fase
estacionária), à medida que a população atinge seu tamanho máximo, ou o sistema está na sua máxima
capacidade de suporte. O tamanho da população pode oscilar em torno de um ponto de equilíbrio.
DECOMPOSITORES – Organismos (bactérias, fungos protistas heterótrofos) em um ecossistema que
decompõem a matéria orgânica em moléculas menores, que são então recicladas.
DENSIDADE – Número de indivíduos por unidade de área.
DIÁSPORO – Unidade de dispersão das plantas superiores, que consiste no embrião, acompanhado de
estruturas acessórias.
DISPERSÃO – O padrão espacial de distribuição de indivíduos das populações.
DISTRIBUIÇÃO – a extensão geográfica de uma população ou de outra unidade ecológica.
DISTRIBUIÇÃO ALEATÓRIA – A condição na qual a posição de cada indivíduo não depende da posição
dos outros.
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DIVERSIDADE – O número de taxa numa área local (diversidade alfa) ou região (diversidade gama).
Também, uma medida da variedade de taxa numa comunidade que leva em consideração abundância relativa
de cada um.
DOMINÂNCIA – A superioridade numérica de uma espécie sobre outras dentro de uma comunidade ou
associação.
DOMINÂNCIA SOCIAL – A dominação física de um indivíduo sobre outro, iniciada e sustentada por
agressão numa população.
DORMÊNCIA – Um estado inativo, incluindo a hibernação, diapausa, e dormência de semente,
normalmente assumido durante um período hostil.
ECOCLIMA – Um gradiente geográfico da estrutura da vegetação associado com uma ou mais variáveis
ambientais.
ECOLOGIA – Ciência que estuda as relações dos seres vivos entre si e com o ambiente.
ECOSSISTEMA – O maior sistema de interação, envolvendo os organismos viventes e seu ambiente físico.
É o conjunto de componentes bióticos e abióticos que, num determinado meio, trocam matéria e energia.
Unidade de natureza ativa que combina comunidades bióticas e ambientes abióticos, com os quais interagem.
Os ecossistemas variam muito em tamanho e características. Também chamado de biogeocenose.
ECOSSISTEMA ABISSAL – Conjunto de organismos e condições ambientais que existem no fundo do
mar, a profundidades de 4.000 a 6.000 metros.
ECOSSISTEMA AQUÁTICO – Ecossistema baseado em água, como um curso de água, tanque, lago ou
oceano.
ECOSSISTEMA BÊNTICO – Ambiente e organismos que vivem no fundo dos corpos de água salgada ou
de água doce.
ECOSSISTEMA DE MANGUEZAL – Comunidade costeira marítima subtropical (ou tropical) dominada
por árvores de mangue (Rhyzopora e Avicennia), que podem sustentar altas concentrações salinas. Seus
sistemas radiculares extensos têm pneumatóforos, grandes ganchos de raízes que se projetam acima da água
e que permitem a troca de gás.
ECOSSISTEMA DE RECIFE DE CORAL – Ecossistema marinho tropical de águas rasas habitado por
corais, cujos esqueletos externos formam grandes recifes. Os recifes de coral também contêm muitas outras
espécies; são um dos mais diversificados e produtivos ecossistemas.
ECOSSISTEMA PELÁGICO – Ecossistema do oceano aberto.
ECÓTIPO – Uma variante de um organismo adaptado a um determinado local, diferindo geneticamente de
outros ecótipos dessa mesma espécie. Variante genética adaptada localmente no interior de uma espécie.
Pressão diferente em ambientes diversos resultam no desenvolvimento de diferentes ecótipos em uma única
espécie. Uma subpopulação geneticamente diferenciada que está restrita a um habitat específico.
ECOTONO – Indica misturas de floras pertencentes a diferentes tipos pela confluência de corpos
vegetacionais contíguos, constituindo conjuntos complexos de transição florística de modo geral, um
mosaico florístico. Sendo comunidades indiferenciadas, onde floras se interpenetram, torna-se necessário o
levantamento florístico para delimitar o contorno da área de tensão ecológica. Por certo, a mistura florística
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está marcada pelo substrato edáfico que deve controlar o processo adaptativo correspondente. Um habitat
criado pela justaposição de habitats distintamente diferentes. Um habitat de borda; uma zona de transição
entre tipos diferentes de habitats.
ECÓTONO – Zona de transição entre comunidades ecológicas ou biomas adjacentes, podendo ser gradual,
abrupta (ruptura), em mosaico ou apresentar estrutura própria. Área de transição entre dois ou mais habitats
ou ecossistemas distintos, que pode ter características de ambos ou próprias. Os limites de uma floresta, perto
de um campo ou gramado, é um ecótono, do mesmo modo que as áreas de savana entre florestas e pastagens.
Indica misturas de floras pertencentes a diferentes tipos pela confluência de corpos vegetacionais contíguos,
constituindo conjuntos complexos de transição florística de modo geral, um mosaico florístico. Sendo
comunidades indiferenciadas, onde floras se interpenetram, torna-se necessário o levantamento florístico
para delimitar o contorno da área de tensão ecológica. Por certo, a mistura florística está marcada pelo
substrato edáfico que deve controlar o processo adaptativo correspondente.
EDÁFICOS – Pertencentes ao solo.
EFEITO DE BORDA – A mudança nas condições ou na composição das espécies num habitat, em
princípio uniforme, à medida que se aproxima da fronteira com um habitat diferente.
EFEITO FOLOGENÉTICO – A semelhança da morfologia ou da ecologia de espécies resultante de seu
ancestral comum.
EL NIÑO – Uma corrente quente vinda dos trópicos que invade a cada inverno a costa oeste no norte da
América do Sul.
ELUVIAÇÃO – O movimento para baixo de materiais dissolvidos no solo, arrastados pela água de
percolação.
EMPÍRICO – [Do grego empeirikós, pelo lat. empiricu.]. Adj. Relativo ao, ou próprio do empirismo.
Baseado apenas na experiência e, pois, sem caráter científico: “as calamidades ou os simples dissabores nas
relações do coração provinham de que o amor era praticado de um modo empírico; faltava-lhe a base
científica”. (Machado de Assis. Histórias sem Data. p. 193).
ENDÊMICA – Confinada a uma certa região. Endemismo (ocorrência de uma dada espécie em área restrita,
como, por exemplo, numa ilha ou montanha).
EPÍFITA – Um organismo que cresce sobre outro, mas não o parasita.
EQÜIDADE – A uniformidade em abundância num arranjo de espécies. A eqüidade é maior quando as
espécies são igualmente abundantes.
ERVA-DANINHA – Uma planta ou animal, geralmente com altos poderes de dispersão, capaz de viver em
habitats fortemente perturbados.
ESCLEROMORFISMO – Conjunto de qualidades que dão a certas plantas aparência geralmente atribuída
à escassez de água (xeromorfismo), mas que, muitas vezes, é, na verdade, resultante da escassez de
nutrientes no solo.
ESPÉCIE – Um grupo de populações inter-reprodutivas, atual ou potencialmente, que são reprodutivamente
isoladas de todos os outros tipos de organismos.
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ESPÉCIE-CHAVE – Uma espécie, freqüentemente um predador, com uma influência dominante na
composição da comunidade, a qual pode ser revelada quando a espécie-chave é removida.
ESTOCÁSTICO – Referente aos padrões resultantes de efeitos aleatórios (randômicos).
EUTRÓFICO – Rico em nutrientes minerais exigidos pelas plantas verdes; pertencente a um ambiente
aquático com alta produtividade.
EVAPOTRANSPIRAÇÃO – A soma da transpiração das plantas e da evaporação do solo. A evaporação
potencial (PE) é a quantidade de evapotranspiração que ocorreria, dada a temperatura e umidade locais, se a
água fosse superabundante.
FATORES BIÓTICOS – São constituídos pelos organismos vivos (animais e vegetais), funcionando todos
como elemento do meio.
FATORES ECOLÓGICOS – São representados por circunstâncias eventuais, por agentes ou por forças da
natureza que modificam ou alteram os padrões constituintes do ambiente.
FATORES GEOGRÁFICOS – São os que determinam e controlam a distribuição dos diferentes climas.
Entre os mais importantes encontram-se a latitude, a altitude e a continentalidade.
FENOLOGIA – [De fen(o)-1 + -log(o)- + -ia.]. Parte da botânica que estuda vários fenômenos periódicos
das plantas, como a brotação, a floração e a frutificação, marcando-lhes as épocas e os caracteres. Estudo das
relações dos processos biológicos periódicos com o clima.
FILOGENIA – Uma retratação das relações evolutivas entre as espécies ou outras taxas.
FLORESTA – Grande grupo de árvores, especialmente (mas não necessariamente) as que crescem tão
próximas umas das outras que os topos se tocam ou se sobrepõem, sombreando o solo. As florestas podem
ou não ter sub-bosque extensivo.
FLORESTA BOREAL – Vegetação típica dominada por árvores coníferas (mas contendo algumas espécies
decíduas de folhas largas, como álamos e bétulas) que se estende através da América do Norte, Europa e
norte da Ásia (regiões caracterizadas por verões curtos e invernos longos e frios). É encontrada ao sul da
tundra, no hemisfério norte, e contém com freqüência áreas turfosas ou pantanosas. As florestas boreais
crescem na região biogeográfica boreal. Também chamada de floresta conífera do norte e taiga.
FLORESTA DE SEGUNDO CRESCIMENTO – Grupos de árvores que passam por sucessão secundária
em terreno previamente desmatado, limpo ou então perturbado por atividade humana. A composição da
espécie numa floresta de segundo crescimento geralmente difere da das florestas primárias (virgens) ou de
clímax, e geralmente tem menos biomassa. Também chamada de floresta secundária.
FLORESTA EQUATORIAL (TROPICAL ÚMIDA) – Bioma florestal encontrado nos trópicos, junto ao
equador, em climas que se elevem continuamente até se tornarem quentes e produzirem alta precipitação. As
florestas equatoriais são verdes durante o ano todo, caracterizadas por uma grande diversidade de espécies,
solos que são geralmente antigos e pobres em nutrientes, estratificação em camadas distintas de árvores e
arbustos, e muitas epífitas e trepadeiras. A maior floresta tropical é a floresta Amazônica, que cobre grande
parte da América do Sul. A mata Atlântica encontra-se também nesta classificação.
FLORESTA TEMPERADA DECÍDUA – O principal bioma encontrado em regiões com temperaturas
moderadas, estações definidas e chuva abundante (750 a 1.500 milímetros). Corresponde em geral a algumas
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das regiões de maior densidade populacional do globo, sendo, portanto, com freqüência, muito modificada.
A floresta tem camadas bem desenvolvidas de arbustos e herbáceas.
FLORESTA TEMPERADA PERENE – Vegetação típica encontrada no clima marinho, quentetemperado, do Japão e ao longo das planícies costeiras do golfo do México e do Atlântico Sul (em áreas
protegidas contra o fogo), regiões mornas com altos níveis de precipitação. Caracteriza-se por espécies
perenes de folhas largas, como o rododendro, o carvalho-americano, as magnólias e azevinhos, com
trepadeiras abundantes e epífitas.
FLORESTA TEMPERADA ÚMIDA – Vegetação dominada por coníferas, encontrada ao longo da costa
do Alasca até a Califórnia central, áreas com alta umidade (neblina freqüente), chuvas abundantes (750 a
3.750 mm), e temperaturas moderadas restritas a uma variação relativamente pequena. Tem mais vegetação
subarbórea do que as florestas boreais e inclui a floresta de sequóia da Califórnia. Também chamada de
floresta conífera úmida.
FLORESTA TROPICAL – Floresta densa e de grande porte encontrada em regiões que recebem
precipitações pluviais muito pesadas (geralmente mais de 2.000 mm por ano). As florestas tropicais
caracterizam-se por um número elevado de espécies diferentes; enormes árvores perenes de folhas; muitas
trepadeiras (lianas); e plantas epífitas abundantes.
FLORESTA TROPICAL SAZONAL – Vegetação florestal encontrada nos trópicos, próximo ao equador,
em climas quentes com estações chuvosas e secas. As árvores resistentes à seca são semiperenes
(parcialmente decíduas), com queda de muitas folhas durante a estação seca; pedaços de pastagens
interrompem as árvores, que são, muitas vezes, limítrofes das savanas.
FUSTE – O eixo principal do vegetal; o caule (desprovido dos ramos) da raiz à copa; tronco.
HABITAT – O ambiente de um organismo. O local onde ele geralmente se encontra.
HÁBITO – [Do latim habitus, condições, característica]. Forma característica (ou aparência) de um
organismo.
HELIÓFILOS ou FOTÓFILOS – São vegetais que preferem lugares bem iluminados.
HERBÁRIO – Coleção de espécimens vegetais secos e prensados.
HIPÓTESE – Uma conjectura ou explicação para um padrão ou relação envolvendo o mecanismo para a
sua ocorrência.
INTERDISCIPLINARIDADE – É uma estratégia de pesquisa que busca a conjunção de disciplinas para
tratar de um problema comum.
LIMNOLOGIA – O estudo de habitats e comunidades de água doce, especialmente lagos, lagoas e outras
águas paradas.
MEIO AMBIENTE – É o conjunto de agentes físicos, químicos e biológicos e de fatores sociais suscetíveis
de produzir um efeito direto ou indireto, imediato ou a longo termo sobre os seres vivos e as atividades
humanas. (Conselho Internacional de Língua Francesa). Constitui o conjunto de meios naturais ou artificiais
da ecosfera, onde o homem se instalou e que ele explora, que ele administra, bem como o conjunto dos
meios não submetidos à ação antrópica e que são considerados necessários à sua sobrevivência. (VIEIRA e
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WEBER). É o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica que
permite, abriga e rege a vida em todas as formas.
NICHO ECOLÓGICO – É o endereço em que mora um organismo, o nicho é a profissão que ele exerce. É
a posição relativa que a espécie tem dentro do ecossistema.
POPULAÇÃO – Conjunto de indivíduos de uma espécie que ocupa uma determinada área, mantendo
intercâmbio de informação genética. Uma população tem como atributos: taxa de natalidade e mortalidade,
proporção de sexos e distribuição de idades, imigração e emigração. É o conjunto de indivíduos da mesma
espécie que vive na mesma área e no mesmo tempo, numa interdependência.
PREDIÇÃO – [Do latim praedictione]. Ato ou efeito de predizer; profecia; vaticínio.
RANDÔMICA – Em termos gerais, aleatória, ao acaso; nas populações, a distribuição que não é nem
homogênea nem agrupada.
REFÚGIO – Um lugar onde uma espécie ou comunidade pode resistir em face de uma mudança ambiental
sobre o resto de sua distribuição.
RIPÍCOLA – Que ocorre na margem de um rio ou lago; ripário.
RIQUEZA DE ESPÉCIE – Uma simples contagem do número de espécies.
RUDERAL – Vivendo entre detritos, entulho, lixo ou em sítios altamente perturbados; uma planta
colonizadora que ocupa tais habitats.
SAPRÓFAGO – Que ou aquele que se nutre de restos orgânicos em putrefação.
SAVANA – Tipo de vegetação de mosaico pastagem/floresta encontrada em regiões tropicais ou
subtropicais com longos períodos de seca e que recebem mais chuva do que as áreas desérticas, mas não o
suficiente para sustentar uma cobertura florestal completa. A savana caracteriza-se por árvores separadas ou
grupos espalhados de árvores; o fogo desempenha freqüentemente um papel importante na manutenção da
vegetação.
SAZONAL – Estacional. Relativo a sazão ou estação. Próprio de, ou que se verifica em uma sazão ou
estação.
SELEÇÃO K – Tipo de seleção que ocorre em ambientes constantes ou previsíveis que maximizam a
eficiência de aproveitamento de recursos, a capacidade competitiva e a longevidade dos indivíduos de uma
população, às custa do retardamento de seu crescimento e reprodução.
SELEÇÃO R – Tipo de seleção que ocorre em ambientes variáveis ou imprevisíveis, nos quais ocorrem
mortalidade catastrófica, conseqüentemente favorecendo características como fecundidade precoce e elevada
dos indivíduos de uma população, às custas de sua capacidade competitiva.
SENESCÊNCIA – A gradual deterioração de funcionamento num organismo com idade, levando ao
aumento da probabilidade de morte; envelhecimento.
SERES – Uma série de estágios de mudança na comunidade numa área particular conduzindo em direção a
um estado (clímax).
SIMBIOSE – A associação íntima, e freqüentemente obrigatória, de duas espécies, normalmente
envolvendo coevolução. As relações simbióticas podem ser parasíticas ou mutualísticas.
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SIMPATRIA – Ocorrendo no mesmo lugar, normalmente referindo-se às áreas de sobreposição nas
distribuições de espécies.
SINECOLOGIA – Estudo das relações de uma comunidade com o ambiente e das relações das populações
entre si.
SUCESSÃO – Substituição progressiva de uma comunidade por outra, em uma determinada área ou em
biótopo; compreende todas as etapas desde a colonização ou estabelecimento das espécies pioneiras até o
clímax. A substituição de populações num habitat através de uma progressão regular em direção a um estado
estável.
TAXOCENOSE - Caracterização de comunidades, feita por meio de representantes de um ou alguns grupos
taxonômicos considerados representantes da comunidade global.
TEIA ALIMENTAR – A representação de vários caminhos do fluxo de energia através das populações nas
comunidades, levando em conta o fato de que cada população divide os recursos e consumidores com outras
populações.
TRÓFICO – Nutrição de um organismo, ou estado de um ambiente.
AUTOTRÓFICO – Capaz de sintetizar substâncias orgânicas complexas a partir de substratos inorgânicos
simples. Inclui organismo fotoautotróficos e quimioautotróficos. Aquele para o qual o CO 2 do ambiente é a
única ou a principal fonte de carbono para a síntese de substâncias orgânicas pela fotossíntese.
HETEROTRÓFICO – A partir de material orgânico exógeno. Incapaz de sintetizar compostos orgânicos a
partir de substâncias inorgânicas.
UMBRÓFILOS – Desenvolvem-se nos ambientes sombrios.
XERÓFILA – Que vive em lugares com carência de água.
XERÓFITA – A planta que possui estruturas de resistência à falta de água e, portanto, resiste a este tipo de
ambiente.
XEROMORFO – Plantas que têm adaptações estruturais ou funcionais que impedem a perda d’água por
evaporação. Estas plantas não estão necessariamente confinadas a habitats secos.
Teresina, dezembro de 2013.
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