Física do Estado Sólido, Física de Plasma Efeito Hall no germânio-p Estrutura Física da Matéria 5.3.01-01 O que você pode aprender... Semicondutor Teoria de banda Zona proibida Condutividade intrínseca Condutividade extrínseca Banda da valência Banda de condução Força de Lorentz Resistência magnética Mobilidade Condutividade Espaçamento de banda Coeficiente de Hall Princípio: A resistividade e tensão Hall de uma amostra retangular de Germânio são medidas como uma função da temperatura e do campo magnético. O espaçamento de banda, a condutividade específica, o tipo de portador de carga e a mobilidade dos portadores de carga são determinados a partir das medições. Física do Estado Sólido, Física de Plasma Estrutura Física da Matéria Tensão de Hall como uma função da corrente. Tensão de Hall como uma função da indução magnética. Tarefas: 1. A tensão de Hall é medida na temperatura ambiente e campo magnético constante, como uma função da corrente de controle e traçado em um gráfico (medição sem compensação para tensão com defeito). 2. A tensão na amostra é medida a temperatura ambiente e corrente de controle constante, como uma função da indução magnética B. 3. A tensão na amostra é medida para corrente de controle constante como uma função da temperatura. O espaçamento de banda do Germânio é calculado a partir das medições. 4. A tensão de Hall UH é medida como uma função da indução magnética B, em temperatura ambiente. O sinal dos portadores de carga e a constante de Hall RH em conjunto com a mobilidade de Hall e a concentração de portadores p são calculados a partir das medições. 5. A tensão de Hall UH é medida como uma função da temperatura para indução magnética constante B e os valores são plotados em um gráfico. Física do Estado Sólido, Física de Plasma Estrutura Física da Matéria O que você vai necessitar: Módulo de efeito Hall Placa portadora do Efeito Hall, p-Ge Bobina, 600 espiras Núcleo de ferro, formato U, laminado Peças polares, plana, 30 x 30 x 48 mm, 1 par Sonda Hall, tangencial, com cápsula protetora Fonte de alimentação 0-12VDC / 6V, 12 V AC Base tripé –PASSHaste de suporte –PASS-, quadrada, l-250 mm Braçadeira de ângulo reto –PASSCabo de conexão, plugue de 4mm, 32A, vermelho, l=50 cm Cabo de conexão, plugue de 4mm, 32A, azul, l=50 cm Cabo de conexão, plugue de 4mm, 32A, preto, l=75 cm Medidor de campo magnético, “Teslameter”, digital Multímetro digital 2010 11801.00 11805.01 06514.01 06501.00 06489.00 13610.02 13505.93 02002.55 02025.55 02040.55 07361.01 07361.04 07362.05 13610.93 07128.00 Conjunto de Equipamento Completo, Manual em CD-ROM incluso Efeito Hall no Germânio-p P2530101 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 3 2 2 1 1 Física do Estado Sólido, Física de Plasma Estrutura Física da Matéria Tópicos Relacionados Semicondutor, teoria de banda, zona proibida, condutividade intrínseca, condutividade extrínseca, banda de valência, banda de condução, força de Lorentz, resistência magnética, mobilidade, condutividade, espaçamento de banda, coeficiente de Hall. Princípio A resistividade e a tensão Hall de uma amostra retangular de germânio são medidas como uma função da temperatura e campo magnético. O espaçamento de banda, a condutividade específica, o tipo de portador de carga e a mobilidade dos portadores de carga são determinados a partir das medições. Equipamento Módulo de efeito Hall Placa portadora do Efeito Hall, p-Ge Bobina, 600 espiras Núcleo de ferro, formato U, laminado Peças polares, plana, 30 x 30 x 48 mm, 1 par Sonda Hall, tangencial, com cápsula protetora Fonte de alimentação 0-12VDC / 6V, 12 V AC Base tripé –PASSHaste de suporte –PASS-, quadrada, l-250 mm Braçadeira de ângulo reto –PASSCabo de conexão, plugue de 4mm, 32A, vermelho, l=50 cm Cabo de conexão, plugue de 4mm, 32A, azul, l=50 cm Cabo de conexão, plugue de 4mm, 32A, preto, l=75 cm Medidor de campo magnético, “Teslameter”, digital Multímetro digital 2010 11801.00 11805.01 06514.01 06501.00 06489.00 13610.02 13505.93 02002.55 02025.55 02040.55 07361.01 07361.04 07362.05 13610.93 07128.00 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 3 2 2 1 1 Tarefas 1. A tensão de Hall é medida na temperatura ambiente e campo magnético constante, como uma função da corrente de controle e traçado em um gráfico (medição sem compensação para tensão com defeito). 2. A tensão na amostra é medida a temperatura ambiente e corrente de controle constante, como uma função da indução magnética B. 3. A tensão na amostra é medida para corrente de controle constante como uma função da temperatura. O espaçamento de banda do Germânio é calculado a partir das medições. 4. A tensão de Hall UH é medida como uma função da indução magnética B, em temperatura ambiente. O sinal dos portadores de carga e a constante de Hall RH em conjunto com a mobilidade de Hall e a concentração de portadores p são calculados a partir das medições. 5. A tensão de Hall UH é medida como uma função da temperatura para indução magnética constante B e os valores são plotados em um gráfico. Física do Estado Sólido, Física de Plasma Estrutura Física da Matéria Fig. 1: Configuração experimental Configuração e Procedimento A configuração experimental é mostrada na Fig. 1. A amostra de teste na placa deve ser colocada no módulo de efeito Hall via a ranhura guia. O módulo é conectado diretamente com a saída de 12V~ da unidade de alimentação sobre a entrada AC do lado posterior do módulo. A placa deve ser trazida ao magneto muito cuidadosamente, de maneira que não haja danos ao cristal, evitando-se dobrar a placa. A tensão Hall e a tensão sobre a amostra são medidas com um multímetro. Portanto, utilize os soquetes no lado frontal do módulo. A corrente e a temperatura podem ser facilmente lidas no display integrado do módulo. O campo magnético tem de ser medido com o teslameter via uma sonda Hall, que pode ser colocada diretamente na ranhura do módulo, como mostra a Fig. 1. Assim, você pode garantir que o fluxo magnético é medido diretamente sobre a amostra de Germânio. 1. Ajuste o campo magnético para um valor de 250 mT alterando a tensão e a corrente na fonte de alimentação. Conecte o multímetro nos soquetes de tensão Hall (UH) no lado frontal do módulo. Ajuste o display no módulo para “current-mode”. Determine a tensão Hall como uma função da corrente de -30mA até 30mA, em passos de aproximadamente 5mA. Você obterá uma medição típica como aquela da Fig. 3. 2. Ajuste a corrente de controle para 30mA. Conecte o multímetro nos soquetes da tensão de amostra no lado frontal do módulo. Determine a tensão de amostra como uma função da indução magnética positiva B até 300mT. Você vai obter um gráfico típico, como mostrado na Fig. 4. Física do Estado Sólido, Física de Plasma Estrutura Física da Matéria Fig. 2: Efeito Hall em uma amostra de seção retangular. O sinal da polaridade da tensão Hall mostrado se aplica quando os portadores estiverem carregados negativamente. Fig. 3: Tensão de Hall como uma função da corrente. 3. Verifique se o display trabalha em modo temperatura durante a medição. No início, ajuste a corrente para um valor de 30mA. O campo magnético está desligado. A corrente permanece praticamente constante durante a medição, mas a tensão varia de acordo com uma mudança da temperatura. Ajuste o display no modo temperatura “temperature mode”, agora. Inicie a medição ao ativar a bobina de aquecimento com o controle “on/off” na parte posterior do módulo. Determine a variação na tensão dependente da variação na temperatura para uma faixa de temperatura que inicia na temperatura ambiente e vai até 170oC. Você irá obter uma curva típica, como mostra a Fig. 5. Física do Estado Sólido, Física de Plasma Estrutura Física da Matéria Fig. 4: Variação da resistência como uma função da indução magnética. Fig. 5: Tensão de amostra recíproca, traçada como uma função da temperatura recíproca absoluta. (Como I foi mantida constante durante a medição, eo gráfico é, portanto, equivalente a um gráfico de condutividade versus temperatura recíproca). 4. Ajuste a corrente para um valor de 30mA. Conecte o multímetro nos soquetes de tensão Hall (UH) no lado frontal do módulo. Determine a tensão Hall como uma função da indução magnética. Inicie com -300mT pela variação da polaridade da corrente da bobina e aumente a indução magnética em passos de, aproximadamente, 20mT. No ponto zero, você deve mudar a polaridade. Uma medição típica é mostrada na Fig. 6. Física do Estado Sólido, Física de Plasma Estrutura Física da Matéria 5. Ajuste a corrente para 30mA e a indução magnética em 300mT. Determine a tensão de Hall como uma função da temperatura. Ajuste o display no modo temperatura “temperature mode”. Inicie a medição pela ativação da bobina de aquecimento com o controle “on/off” no lado posterior do módulo. Você obterá uma curva semelhante a da Fig. 7. Teoria e Cálculos Se uma corrente I flui por uma fita de seção retangular e se a fita é atravessada por um campo magnético ortogonal à direção da corrente, uma tensão – então denominada tensão Hall – é produzida entre os dois pontos sobrepostos nos lados opostos da fita. Fig. 6: Tensão Hall como uma função da indução magnética. Fig. 7: Tensão Hall como uma função da temperatura. Física do Estado Sólido, Física de Plasma Estrutura Física da Matéria Este fenômeno origina-se da força de Lorentz: os portadores de carga que criam a corrente fluindo pela amostra são defletidos no campo magnético B como uma função de seu sinal e sua velocidade v: (F = força agindo nos portadores de carga, e = carga elementar). Como os portadores de carga negativos e positivos nos semicondutores se movem em direções opostas, eles são defletidos na mesma direção. O tipo de portador de carga gerando o fluxo de corrente pode, portanto, ser determinado a partir da polaridade da tensão Hall, sabendo a direção da corrente e daquela do campo magnético. 1. A Fig. 3 mostra que existe uma relação linear entre a corrente I e a tensão de Hall UB: onde = fator de proporcionalidade 2. A variação na resistência da amostra devido ao campo magnético associado com uma redução no caminho livre médio dos portadores de carga. A Fig. 4 mostra a variação não-linear, claramente quadrática, na resistência à medida que a intensidade de campo aumenta. 3. Na região de condutividade intrínseca, temos onde = condutividade, Eg = energia do espaço de banda, k = constante de Boltzmann, T = temperatura absoluta. Se o logaritmo da condutividade for traçado versus obtida, com a inclinação: , uma linha reta é a partir da qual Eg pode ser determinado. A partir dos valores medidos utilizados na Fig. 5, a inclinação da reta de regressão é com um desvio padrão de Física do Estado Sólido, Física de Plasma Estrutura Física da Matéria (Como as medições foram realizadas com uma corrente constante, podemos fazer , onde U é a tensão sobre a amostra). Como obtemos 4. Com as direções de corrente de controle e campo magnético mostrados na Fig. 2, os portadores de carga que geram a corrente na amostra são defletidos na direção da aresta frontal da amostra. Portanto, se (em uma amostra n-dopada) os elétrons são os portadores de carga predominantes, e aresta frontal irá se tornar negativa, e, com a condução de buracos em uma amostra p-dopada, positiva. A condutividade , a mobilidade do portador de carga , e a concentração carga-portador p são relacionadas por meio da constante de Hall RH: B. Com os valores utilizados na Fig. 6, a regressão linear com a fórmula possui uma inclinação . , com um desvio padrão A constante de Hall RH se torna então e I = 0,030A , l, a seção transversal da amostra A e a resistência da amostra R0 (conforme 2) como se segue: com os valores medidos Física do Estado Sólido, Física de Plasma Estrutura Física da Matéria l = 0,02m; R0 = 35,0; temos dos portadores de carga agora podem ser determinados a partir de p de amostras p-dopadas é calculada a partir de 5. A Fig. 7 mostra, primeiramente, uma redução na tensão Hall com o aumento da temperatura. Como as medições foram realizadas com corrente constante, assume-se que isto é atribuível a um aumento no número de portadores de carga (transição de condução extrínseca para condução intrínseca) e a redução da velocidade de deriva associada v. (Correntes iguais com números crescentes de portadores de carga implicam em velocidade de deriva reduzida). A velocidade de deriva, por sua vez, é conectada com a tensão Hall por meio da força de Lorentz. A corrente no cristal é constituída por correntes de elétrons e correntes de buracos p e de elétrons n são aproximadamente iguais, aqueles portadores de carga vão, ao final, fazer uma maior contribuição para o efeito Hall que tiver a maior velocidade ou (como ) a maior mobilidade. A Fig. 7 mostra a reversão do sinal da tensão Hall, típica de materiais tipo-p, acima de uma temperatura específica.