Match de Improvisação Inusitada mistura entre teatro e esporte ativa participação da plateia, em espetáculo dinâmico e divertido Os atores-jogadores não sabem que espetáculo vão fazer. O público-torcida não sabe ao que vai assistir. Assim é o Match de Improvisação. O trabalho provoca uma mistura entre teatro e esporte, em um jogo que evidencia, em cena, o universo cômico-lírico, a dramaturgia do ator e a “improvisação enquanto espetáculo”, alem de incentivar a participação do público, por meio de divertidas interações. O Match é um formato criado no Canadá e praticado em vários países. No palco (ou pista de jogo), dois times improvisam a partir de títulos que o público dá, no início de cada apresentação. As cenas são criadas no mesmo instante, na presença dos espectadores, e jamais vão se repetir. É também a platéia quem elege o time vencedor, votando nas melhores improvisações. “Cada noite é um espetáculo totalmente diferente; as improvisações são diferentes, os vencedores podem ser diferentes. Os espetáculos são sempre únicos”, garante a diretora Mariana Muniz. Como não há um texto a ser encenado, durante a preparação para o espetáculo, os atores passam por um treinamento constante, com técnicas que os possibilitam criar as cenas, a partir do nada. Em cena, os atores constroem as histórias em seqüências curtas, esboçando situações e personagens. A diretora desenvolveu essa técnica em sua tese de doutorado, na Espanha, a partir dos trabalhos do pesquisador inglês Keith Johnstone, focando na “improvisação enquanto evento teatral” e não apenas na improvisação enquanto ferramenta para a construção de um espetáculo. “Os atores improvisadores podem compartilhar com o público o momento exato no qual descobrem a cena e isso coloca a platéia como parte indispensável do processo de criação, no próprio espetáculo”, afirma Muniz, que atuou durante oito anos na Liga de Improvisação Madrilenha, na Espanha. A estrutura da encenação ainda conta com um mestre de cerimônias, responsável por acolher o público. Há também uma banda que improvisa a trilha sonora das cenas. Para completar, um trio arbitral, que zela pelo cumprimento do regulamento internacional do Match, com 16 faltas que os jogadores não podem cometer. A cada três faltas, soma-se um ponto para o time adversário. E o jogador que acumular três faltas está expulso do jogo. É teatro ou é esporte? Criado por Robert Gravel e Ivone Leduq, no Canadá em 1976, o Match de Improvisação ® tem uma estrutura de jogo parecida com a do hockey no gelo – inclusive, originalmente, cenários e figurinos também são baseados nesse esporte. Na montagem brasileira, as referências esportivas foram as mais diversas. Os figurinos têm influências do baseball, do volley e do futebol e o cenário foi buscar inspiração em vários esportes praticados em quadra. A diretora Mariana Muniz é atriz, diretora e professora da Pós-graduação em Artes e do Curso de Graduação em Teatro da EBA/UFMG. Doutora em Improvisação Teatral pela Universidad de Alcalá (Espanha) e formada em Teatro do Gesto pela Real Escuela Superior de Artes Dramático de Madri (Espanha). Desde 2000, trabalha com a improvisação teatral atuando em Match de Improvisação junto ao Impromadrid (Espanha) até 2005. No Brasil, foi uma das responsáveis pela introdução da impro no país dirigindo o primeiro Match de Improvisação em 2006. Em 2008, estreou o espetáculo de improvisação long form Sobre Nós e coordenou o Fimpro – Festival Internacional de Improvisação Teatral. O grupo A Uma companhia é constituída por atores formados nos cursos de Teatro do Palácio das Artes – Cefar (Centro de Formação Artística), da Fundação Clóvis Salgado, e da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). O espetáculo de estreia, Match de improvisação, é sucesso de público em Belo Horizonte, desde 2006, com a inusitada mistura entre teatro e esporte que transforma os atores em jogadores, e a plateia em torcida. O segundo trabalho, Sobre nós, é criado a partir de histórias pessoais contadas por integrantes da plateia, a cada noite. A companhia já realizou grandes eventos internacionais de improvisação em Belo Horizonte, com espetáculos, oficinas e debates. Em 2007, organizou o Encontro de Impro, trazendo o grupo espanhol Impromadrid ao Brasil. Em 2008, foi a vez do Fimpro (Festival Internacional de Improvisação Teatral), com participação dos grupos Colectivo Mamut (Chile), Complot Escena (México), Liga Profesional de Improvisación (Argentina) e Acción Impro (Colômbia), além dos grupos nacionais Cia. Imprópria (Ouro Preto – MG), Cia. Acômica (Belo Horizonte – MG) e Cia. do Quintal (São Paulo – SP). Imagens em alta resolução e em DVD disponíveis. Favor entrar em contato. COMUNICAÇÃO Frederico Bottrel (31) 9182-3964 [email protected] umacompanhia.wordpress.com As regras do jogo Composição das Equipes O jogo consiste na disputa entre duas equipes compostas de 5 jogadores/improvisadores. Um árbitro e seus dois assistentes controlam o confronto para que ele se desenvolva segundo as regras. Área de Jogo O jogador não poderá sair da área de jogo em toda a duração da improvisação. Duração da partida Cada partida tem a duração de 2 períodos de 30 minutos cada, totalizando 90 minutos, com intervalo de 10 minutos. Natureza de cada Improvisação As improvisações são de dois tipos. Comparada - Cada equipe, por turnos, tem que improvisar sobre o mesmo tema. Não é permitida nenhuma comunicação no banco entre os jogadores da outra equipe. Mista - Um ou vários jogadores de cada equipe têm que improvisar juntos sobre o mesmo tema. O cartão de improvisação Natureza da improvisação (mista ou comparada); Titulo da Improvisação; Número de jogadores; Categoria ou estilo da Improvisação; Duração da Improvisação. Os dados que contém os cartões são propostos pelo árbitro e são desconhecidos pelos jogadores até o momento da leitura. O título é selecionado a partir das propostas do público. Concentração Os jogadores de cada equipe têm 20 segundos para estarem de acordo e entrarem na pista. O árbitro assinala o começo de cada improvisação com um apito. Marcação de pontos Quando a improvisação termina, os espectadores votam na improvisação que mais gostaram, mostrando seu cartão de voto com a cor da equipe de sua preferência. Em caso de empate, as duas equipes ganham pontos. Penalidades O árbitro é quem guia o curso do jogo. Em todo momento pode marcar uma penalidade a um jogador ou a uma equipe por uma infração que perturbe o desenvolvimento da improvisação e a atuação no jogo. Durante a improvisação, o árbitro assinala a infração por meio de um apito. As faltas são anunciadas antes da votação de cada rodada. Pontos de penalidade A equipe penalizada recebe um ou dois pontos de penalidade segundo a natureza das faltas (maior/menor). Uma penalidade maior é uma infração que destrói o jogo. Enquanto que uma penalidade menor pode ser um esquecimento, uma bobagem, um atraso, etc. A acumulação de 3 faltas (total acumulado cronologicamente pelos jogadores e sua equipe) equivale automaticamente a 1 ponto para a equipe contrária. A acumulação de 3 faltas por um mesmo jogador determina sua expulsão do jogo. Pedido de Explicação Somente os capitães de cada equipe têm direito de pedir explicações ao árbitro. Toda discussão com este é dada dentro da área de jogo e deve ser escutada