UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
ESCOLA DE ENFERMAGEM
Sub Grupo História Oral
A História da Escola de Enfermagem Carlos
Chagas
MARIA ZÉLIA CARNEIRO
Belo Horizonte
Minas Gerais
Núcleo de Pesquisas e Estudos sobre Quotidiano em Saúde - NUPEQS. Sub-Projeto História Oral. A História da Escola de Enfermagem
Carlos Chagas. Arq. do Word for Windows no diretório C:\História Oral\Error! Unknown switch argument..doc
Traços Biográficos
MARIA ZÉLIA CARNEIRO
Nasceu em 26 de novembro de 1929 em Mariana, Minas Gerais. Sua vivência
na Escola de Enfermagem Carlos Chagas de 1947 a 1950. Foram diretoras , neste
período, Waleska Paixão, Rosa de Lima Moreira e Ir. Helena Maria Villac.
Fez curso normal no Colégio da Providência, mas como não conseguia
emprego, aceitou a bolsa de estudos e a garantia de emprego oferecidas pelo SESI e
veio fazer enfermagem.
Como aluna do interior, ficou no internato, naquela época, uma chácara na rua
do Chumbo 601, no bairro da Serra e, por um período, na rua da Bahia. Participou da
imposição das insígnias, uma festa solene e de grande significado naquela época. É do
tempo em que o Hospital Municipal era mantido pelas alunas e docentes da escola.
Viveu as consequências iniciais da anexação da escola refletidas na dificuldade de
relacionamento com os médicos do então Hospital São Vicente. A formatura de sua
turma foi na Escola de Música e missa na igreja de Lourdes.
Sua trajetória profissional é muito rica. Trabalhou no SESI, IAPI, Carlos
Chagas e Cícero Ferreira. Participou das atividades da Associação Brasileira de
Enfermagem. Aposentou-se em 1985. Foi voluntária em grupos escolares, fazendo
orientação para a saúde. Está envolvida até hoje com atividades de orientação junto à
pastoral da saúde de sua paróquia. Acha que a enfermagem hoje está muito mais
intelectualizada mas muito distante do paciente.
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SUMÁRIO
FITA 1 - LADO A
Alusão ao seu desejo de lecionar e as dificuldades que encontrou; a convocação do
SESI para fazer o curso de enfermagem; sua família e de como era feliz viver no
interior, dos bailes, das brincadeiras, do futebol; o quotidiano no Colégio da
Providência, o primeiro do Estado, e das artimanhas para fugir das rezas; como chegou
à enfermagem e do medo de lidar com doentes; de como cuidou do irmão com
pneumonia; a “cirurgia” em um galo de estimação e a ajuda a uma senhora constipada;
a seleção para entrar na escola de enfermagem; a sua chegada na escola e como era a
vida no internato; referências sobre Jojoca; as normas de funcionamento da escola e o
quotidiano no internato; as instrutoras da escola; como está atualmente a casa da rua
Estevão Pinto, primeiro internato da escola; o funcionamento do Hospital Municipal; a
bolsa de estudos para as alunas; a saída de Waleska Paixão e as dificuldades da escola;
o serviço particular feito pelas alunas.
FITA 1 - LADO B
Referência à dedicação das professoras; a saída de Waleska Paixão; as dificuldades do
internato da rua da Bahia e a dedicação de dona Rosa Moreira Lima; as normas do
internato antes e depois da irmã Villac; a rigidez nos horários , das transgressões e da
solidariedade das colegas; alusão a duas colegas expulsas; as refeições; as aulas
teóricas; a reação às aulas de anatomia; a mudança do ensino a partir de 1949; as
disciplinas que mais marcaram; as consequências no ensino prático com a anexação da
escola e transferência para o Hospital São Vicente; a mudança da direção da escola de
leigas para religiosas; as exigências sobre o uniforme; referências a irmã Maria Luiza e
irmã Villac; a não aceitação das alunas pelos médicos do Hospital São Vicente; a
disciplina Saúde Pública; pacientes que marcaram.
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SUMÁRIO
FITA 2 - LADO A
Continuação da recordações sobre os pacientes especiais; sobre um pequeno
ambulatório onde as alunas prestavam serviço à comunidade; relação da escola com
doutor Otávio Magalhães; a transferência de alunas para Juiz de Fora com a saída de
Waleska Paixão; referências sobre Celina Viegas, as colegas Lígia e Ophélia (sobrinha
de Carlos Drumond de Andrade); os quartos e seus utensílios da escola; sua amiga
Maria José Cruz Homem e Izaltina Goulart de Azevedo; a expulsão de duas alunas; a
cerimônia da imposição das insígnias e seu significado; a visão da população e de sua
família em relação à enfermagem; Marina de Andrade Resende e sua contribuição no
desenvolvimento da enfermagem, sua doença e morte; a irmã Clarízia e irmã Fiúza; o
diretório acadêmico da escola; a anexação da escola à faculdade de medicina; sua
formatura e as imposições feitas pela direção da escola; o seu trabalho nos
ambulatórios do SESI, no Hospital Cícero Ferreira e a organização de postos de saúde;
das atividades de enfermagem desenvolvidas nesses locais.
FITA 2 - LADO B
Continuação do relato sobre seu trabalho de observação e organização no Hospital
Cícero Ferreira e das doenças mais comuns; da ineficiência das vacinas ;da dedicação e
despreparo dos atendentes de enfermagem; o curso de saúde pública que fez no Rio de
Janeiro quando já se usava o soro caseiro e hospital-dia para criança e envolvimento
das mães no tratamento das crianças; seu trabalho de orientação à gestantes no
ambulatório do IAPI com Aparecida Ferreira Moura e Maria José Cruz Homem;
diversas experiências profissionais; sua participação na ABEn e os cursos dados por
Marina de Andrade e Clélia Pinto; sua aposentadoria no Estado e depois no SESI; a
mudança do atendimento às gestantes e sua ida para o serviço de desnutrição; seu
trabalho voluntário nos grupos escolares de orientação para a saúde; sua opinião sobre
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a enfermagem nos dias atuais.
Ficha Técnica
Data: 03 de julho de 1996
Local: Escola de Enfermagem da UFMG
Nº De Fitas: 02
Duração: 120 minutos
Entrevistadores: Valda da Penha Caldeira
Ana Valesca Fernandes Gilson Silva
Erivaldo Rodrigues Soares
Conferência de Fidelidade: Valda da Penha Caldeira
Traços Biográficos e Sumário: Valda da Penha Caldeira
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