Poesia nº 2 Onde mora a felicidade Sinto a chuva fria em meu rosto pálido; Enquanto o azul do mar é refletido em meus olhos tristes. A areia fria sob meus passos vacilantes gela meus pés; Meus pensamentos, como as aves do céu, voam para longe; Enquanto espero que o vento sopre em meus ouvidos um consolo. É como se estivesse correndo em busca de um horizonte que não alcanço; Como se gritasse e ninguém pudesse me ouvir; Como se acenasse em desespero e ninguém pudesse me ver; Como se ninguém ligasse... Cercado por pessoas, me sinto só. Vago em busca de uma resposta; De onde mora a felicidade; De quem irá me salvar desse rio de tristeza em que me afogo... De repente algo me desperta a atenção; Me arranca de meu devaneio; Algo simples como o riso de uma criança; Me faz enxergar as belezas que me cercam E que fazem a vida ser tão linda. São os pequenos detalhes que vislumbro Como o abraço quente de alguém que amamos; O sorriso incentivador de uma mãe que guia os primeiros passos de seu filho; O olhar inocente de uma criança; O brilho nos olhos de um casal apaixonado; O amor de um mendigo por seu cão, com quem compartilha seu único cobertor... Me provam que a felicidade está lá A um passo de distância, ao alcance de nosso olhar. Nas coisas mais simples... De repente a chuva em meu rosto parece mais suave e quente; O mar, mais azul; Meu rosto mais corado e os olhos mais alegres; As areias agora são mais quentes e massageiam meus pés. Meus passos agora são firmes E minha cabeça está erguida. Os olhos esperançosos cravados no horizonte Refletem mais confiança Não e fácil, mas Estou cada vez mais perto, Vou continuar a buscar Onde mora a felicidade...