I. CONSTANTE DE TEMPO, INTEGRAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO EM CIRCUITOS RC II. Grupo Davi dos Santos Zocchio - 083414 Francisco Azevedo Alves - 081432 III. Resumo O experimento tem por objetivo analisar a relação de fase entre os vetores da tensão e da corrente, e a observação da relação de ressonância no circuito RLC, fato que ocorre quando a impedância indutiva e a capacitiva são numericamente iguais, e a impedância do circuito se torna puramente resistiva. Também queremos descobrir qual é a relação entre a resistência do resistor ( R0 ), do indutor ( Rb ) e R da equação ?????. A partir do circuito da figura ?????? coletamos dados de freqüência e diferença de tempo entre máximos para calcular e (diferença de fase) a partir deles fazer uma gráfico por . Tomando um gráfico de X por Y na tela do osciloscópio e variando o valor da freqüência pretendemos fazer da elipse uma reta, com isso pretendemos descobrir o valor da freqüência de corte e sua expressão em função de C e L, o valor dessa freqüência é: ?????? e a relação é : ??????. IV. Introdução A proposta do experimento é descobrir qual a relação entre a resistência do resistor ( R0 ), do indutor ( Rb ) e R da equação ?????, obter experimentalmente o valor da freqüência de corte e sua relação com C e L num circuito elétrico RLC e compará-lo com o valor teórico. Os circuitos RLC são largamente utilizados. Isso porque eles podem ser utilizados para selecionar certa faixa de freqüências. Seus usos são diversificados, mas uma de sua principal aplicação é no sistema de rádio e comunicações. V. Teoria Os capacitores são componentes que tem a propriedade de armazenar cargas elétricas (mais especificamente, energia potencial elétrica). Da literatura sabemos que a carga armazenada em um capacitor (Q) relaciona-se à capacitância do mesmo (C) e à diferença de potencial que o atravessa (em módulo) por Q C V . Considerando um circuito RC simples, fig.1, podemos obter as equações de carga e descarga do capacitor. Consideremos primeiramente o carregamento do capacitor. Aplicando-se as leis de Kirchhoff ao circuito da fig.1 obtemos: I E RI Q 0 (*). C Mas dQ dQ Q E R 0 . A solução desta equação diferencial ordinária de dt dt C t primeira ordem conduz a: Q(t ) E C (1 e ) . Derivando-se esta equação em relação ao tempo obtemos a equação da corrente elétrica no circuito para a situação de t t Ee I oe . carregamento do capacitor: I (t ) R Para desenvolver a equação de descarregamento do capacitor partimos da Q 0 . Derivando em relação ao tempo chagamos C t dI 1 dQ dI I 0 R 0 I (t ) I o e onde Io é a corrente inicial a: R dt C dt dt C do circuito e R C é a constante e tempo do circuito. equação (*) e tomamos E=0: R I Substituindo q nas equações de tensão da resistência e do capacitor, teremos VC E(1 e t ) para a carga e VC Ee t para a descarga. Da curva de carga do capacitor, podemos calcular o valor de . A partir das coordenadas de dois pontos A e B, determina-se pela relação (t1 t 2 ) *. ln( Vc 2 / Vc1 ) t1 Para encontrar esta relação fazemos VC1 E (1 e ) e VC 2 E (1 e Dividindo as duas equações e isolando a constante de tempo encontramos (*). t 2 ). Este valor é o mesmo esperado se calculado para valores sobre a curva de descarregamento. Da curva de descarga do capacitor, podemos calcular o valor de . A partir das coordenadas de dois pontos P e Q, determinamos pela relação t1 (t 2 t1 ) **. ln( Vc1 / Vc 2 ) Para encontrar esta relação fazemos VC1 Ee e VC 2 Ee as duas equações e isolando a constante de tempo encontramos (**). t 2 . Dividindo VI. Metodologia experimental Figura 1 Primeiramente descarregamos o capacitor de 1mF. Em seguida, certos de que o capacitor está realmente descarregado, montamos o circuito elétrico esquematizado na figura 1, com R = 100 e observamos a curva de carga e descarga na tela do osciloscópio, depois utilizamos a função “cursor”, do próprio osciloscópio, para medirmos dois pontos de tempo e freqüência na curva de descarga, e depois fizemos o mesmo para a curva de carga. Após feitas as medidas realizamos a montagem da figura 2, com R = 1 k e C = 0,047F, colocando o capacitor no lugar da resistência e vice-versa, ou seja, agora os canais do osciloscópio estão ligados na resistência. Agora tomamos o cuidado de ajustar a freqüência do gerador de tal forma que RC 1. Essa configuração gerou na tela do osciloscópio duas curvas, uma era a onda quadrada do gerador, e a outra era a sua derivada. Realizamos um procedimento análogo para o gerador de onda senoidal e para o de onda “dente de serra”. Para a montagem da figura 3 utilizamos um circuito parecido com o da figura um, porém dessa vez com o outro canal do osciloscópio ligado ao gerador e com outros valores de R e de C (5 k e 1 F). Desta vez tomamos cuidado para que RC 1, obtendo assim uma onda quadrada e a sua derivada na tela do osciloscópio, e procedemos de modo análogo com os geradores de onda senoidal e “dente de serra”. VII. Resultados e análise dos dados Com os dados coletados obtemos: Carregamento: ?? ln( I ) (0,0224 0,0006) I (8,55 0,02) de onde (44 2) s ; Descarregamento: ?? ln( I ) (0,0249 0,0008) I (8,64 0,02) de onde (40 3) s . O valor teórico esperado para a constante de tempo deste circuito é: R C (100) (106 µF ) 0,1ms . As figuras abaixo demonstram o que foi visto no laboratório com o uso o osciloscópio. Carregamento do capacitor (circ.2) Figura 4 Descarregamento do capacitor (circ.2) Figura 5 A constante de tempo para esse circuito é : Mas R C R C 58,3µs 1240,4 , 0,047 µF (t 2 t1 ) 58,3µs ln( Vc1 / Vc 2 ) onde R é a resistência equivalente do circuito, isto é, R RG R2 RG R R2 240,4 a resistência interna do gerador de onda quadrada. VIII. Discussão e conclusão Os resultados obtidos estão muito próximos do previsto na teoria, o que demonstra a força desta. Ressaltamos que as discrepâncias observadas devem-se não somente aos erros sistemáticos, como também aos erros de leitura (paralaxe) e a resistência dos instrumentos elétricos do circuito (amperímetro, fontes e capacitores). As constantes de tempo das situações de carregamento e de descarregamento deram muito próximas (conforme esperado) enquanto a constante de tempo de um circuito para o outro se mostrou proporcional à variação de valores nominais do resistor e do capacitor de cada circuito. O experimento deixou claro ao grupo o princípio básico dos circuitos RC: a variação temporal da corrente elétrica, diferença de potencial entre as placas do capacitor (e entre os pólos do resistor), a variação de carga elétrica armazenada no capacitor e conseqüentemente a variação de energia armazenada no circuito (mais especificamente no capacitor, uma vez que energia é dissipada do circuito pelas resistências dos seus elementos, embora em quantidades pequenas quando confrontadas com a armazenada). IX. Bibliografia Livros: o H. M. Nussenzveig, Curso de Física Básica, vol 3. o Halliday, Resnick e Walker, Fundamentos da Física, vol 3. Apostila: o Apostila de F429 do curso.