Me d a m o!

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Me dê a mão!
Eis aqui umas questões:
Inclusão?
Opção?
Esconder as mãos?
Imposição?
Sou Aluno Especial,
Querem me incluir no ensino regular,
Acho isso legal.
Mas o que de fato é real?
Vamos refletir:
Participo de uma Escola Especial,
Com queridos profissionais, com formações especiais,
Não são perfeitos, tem seus defeitos, são humanos,
São dedicados, integrados com seus alunos,
Com muito afeto,
Dedicação, respeito,
Sou aceito com carinho e amor pelos educadores,
terapeutas e colegas de turma,
Somos uma família!
Ouço por ai a sinceridade dos profissionais do ensino regular:
“Não vamos dar conta dos Alunos das Apaes numa sala de trinta,
quarenta Alunos Normais, como vamos atender os ditos Especiais?”
Tenho medo desses depoimentos por isso fico atento e penso:
- Autoridades deixem quieto o que deu certo o Ensino Especial
Não troque o certo, o real pelo incerto.
A você que me ouve faço um apelo com muito zelo:
Não fique omisso, apático, ausente, indiferente com essa situação,
Que faz tremer meu coração.
Por favor, assuma um compromisso eu lhes peço escreva, anuncie e envie o
quanto antes ao Ministério da Educação a sua participação, e dizer o quanto
é importante manter o funcionamento, a existência das Apaes e Escolas
Especiais, não somente como Centro de Atendimento Terapêutico,
mas como Escola que hoje é que todos nós botamos fé.
Nós Alunos Especiais não queremos ficar órfãos de todo um trabalho
que há 55 anos nos entende e nos atende.
Termino esse poema com um dilema no coração:
A incerteza do que será amanhã a escola de meu filho, uma realidade?
Ou será apenas uma saudade?
Desde minha infância aprendi a expressão:
“Uma andorinha só não faz verão”.
Como mãe de um Filho Especial eu conto com sua atitude,
me dê a sua mão, com amor no coração diante da situação
envie sua valiosa carta ao Ministério da Educação!
Muito obrigado!!!
01/08/2009
Otávia
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