CONFERÊNCIA DE BERLIM Mini-guia de Estudos Carolina Andreosi - Diretora de Imprensa Gabriel Rosas – Diretor Gabriella Costa – Diretora João Pedro – Diretor Nicholas Cozman - Diretor SUMÁRIO 1. CONTEXTO HISTÓRICO 1.1 UM PERÍODO DE GUERRAS E TRANSFORMAÇÕES REVOLUCIONÁRIAS 1.2 A PARTILHA DA ÁFRICA E O NOVO IMPERIALISMO, EXAME DAS DIFERENTES TEORIAS 2. BANCADAS 2.1 BANCADA FRANCESA 2.2 BANCADA BELGA 2.3 BANCADA AUSTRO-HÚNGARA 2.4 BANCADA PORTUGUESA 2.5 BANCADA ALEMÃ 2.6 BANCADA ESPANHOLA 2.7 BANCADA ITALIANA 2.8 BANCADA IMPÉRIO OTOMANO 2.9 BANCADA INGLESA 3. APPLICATION 3.1 O QUE É UM APPLICATION 3.2 COMO DEVE SER 3.3 SELEÇÃO DO APPLICATION 3.4 SELEÇÃO DO APPLICATION PARA O COMITÊ CONTEXTO HISTÓRICO Um período de guerras e transformações revolucionárias. A geração de 1880 – 1914 assistiu a uma das mutações históricas mais significativas dos tempos modernos. Com efeito, foi no decorrer desse período que a África, um continente com cerca de trinta milhões de quilômetros quadrados, se viu retalhada, subjugada e efetivamente ocupada pelas nações industrializadas da Europa. Os historiadores até agora não têm a dimensão real das consequências desastrosas, quer para o colonizado quer para o colonizador, desse período de guerras contínuas, embora em geral sublinhem que se tratou de uma época de transformações revolucionárias fundamentais. A importância dessa fase histórica, no entanto, vai muito além da guerra e das transformações que a caracterizaram. No passado, impérios ergueram-se e desmoronaram conquistas e usurpações também são tão antigas como a própria história, e, desde há muito, diversos modelos de administração e de integração coloniais têm sido experimentados. A África foi o último continente subjugado pela Europa. O que há de notável nesse período é, do ponto de vista europeu, a rapidez e a facilidade relativa com que, mediante um esforço coordenado, as nações ocidentais ocuparam e submeteram um continente assim tão vasto. É um fato sem precedentes na história. Como explicar tal fenômeno? Ou, antes, por que a África foi repartida politicamente e sistematicamente ocupada naquele exato momento? Por que os africanos foram incapazes de opor cerco a seus adversários? Tais questões têm suscitado, entre os historiadores da partilha da África e do imperialismo, explicações bastante engenhosas desde os anos de 1880, mas nenhuma delas se mostrou totalmente aceitável, tanto assim que a história da partilha tornou-se um dos temas mais controversos e apaixonantes do nosso tempo. O especialista vê-se assim perante uma tarefa imensa: encontrar o fio da meada no fantástico emaranhado de interpretações tão contraditórias. A partilha da África e o novo imperialismo: o exame das diferentes teorias O bom senso se faz necessário, portanto, para que se possa introduzir um pouco de ordem na confusão de teorias a que essa mutação capital da história africana deu origem. Essas teorias podem ser classificadas em: teoria econômica, teorias psicológicas, teorias diplomáticas e teoria da dimensão africana. A teoria econômica Essa teoria conheceu vicissitudes de toda sorte. Quando o comunismo ainda não constituía ameaça ao sistema capitalista ocidental, ninguém punha realmente em dúvida a base econômica da expansão imperialista. Não é, pois, casual o sucesso da crítica de Schumpeter da noção de imperialismo capitalista entre especialistas não marxistas. Os repetidos ataques a essa teoria apresentam hoje resultados cada vez menos concludentes. Em consequência, a teoria do imperialismo econômico, sob forma modificada, volta a encontrar aceitação. Que se deve entender por imperialismo econômico? As origens teóricas da noção remontam a 1900, quando os socialdemocratas alemães colocaram na ordem do dia do congresso anual do seu partido, realizado naquele ano em Mainz, a Weltpolitik, ou seja, a política de expansão imperialista em escala mundial. Foi lá que, pela primeira vez, Rosa Luxemburgo apresentou o imperialismo como o ultimo estágio do capitalismo. Foi lá também que George Ledebour fez observar que a essência da Weltpolitik era o impulso profundo que conduz todo o capitalismo a uma política de pilhagem, a qual leva o capitalismo europeu e o americano a instalarem-se no mundo inteiro. A formulação clássica dessa teoria, no entanto – aliás, a mais clara –, é a de John Atkinson Hobson. Afirma ele que "a superprodução, os excedentes de capital e o subconsumo dos países industrializados levaram-nos a colocar uma parte crescente de seus recursos econômicos fora de sua esfera política atual e a aplicar ativamente uma estratégia de expansão política com vistas a se apossar de novos territórios". Para ele, estava aí “a raiz econômica do imperialismo”. Embora admitindo que forças de caráter não econômico desempenhassem certo papel na expansão imperialista, Hobson estava convicto de que, mesmo que um estadista ambicioso, um negociante empreendedor pudessem sugerir ou até iniciar uma nova etapa da expansão imperialista, ou contribuir para sensibilizar a opinião pública de sua pátria no sentido da urgente necessidade de novas conquistas, a decisão final ficaria com o poder financeiro. Adotando livremente as teses centrais dos socialdemocratas alemães, assim como as de Hobson, V. I. Lenin salientava que o novo imperialismo caracterizava-se pela transição de um capitalismo de orientação “pré-monopolista”,“no qual predomina a livre concorrência”, para o estágio do capitalismo monopolista “intimamente ligado a intensificação da luta pela partilha do mundo”. Assim como o capitalismo de livre concorrência prosperava exportando mercadorias, o capitalismo monopolista prosperava exportando capitais, derivados dos super lucros acumulados pelo cartel dos bancos e da indústria. Segundo Lenin, é esse o estágio final do capitalismo. Concordando com Rosa Luxemburgo, e em contradição com Hobson, Lenin acreditava estar o capitalismo destinado à autodestruição; pois, tendo finalmente partilhado o mundo entre si, os capitalistas, convertidos em pessoas que vivem de rendas, parasitas, sustentados pelos lucros de seus investimentos, estariam ameaçados pelas nações jovens, que exigiriam uma nova partilha do mundo. Os capitalistas, sempre ávidos, recusariam. O conflito, portanto, não poderia ser atalhado senão por uma guerra, no fim da qual os capitalistas seriam obrigatoriamente vencidos. A guerra, portanto, seria a consequência inevitável do imperialismo e traria consigo a morte violenta do capitalismo. Não surpreende que esta propaganda entusiástica tenha sido aceita por numerosos especialistas marxistas. Nacionalistas e revolucionários do Terceiro Mundo também adotaram, sem sombra de hesitação, as doutrinas de Hobson e de Lenin. Aliando-se aos intelectuais de esquerda do Ocidente, descreviam o imperialismo e o neo-colonialismo como resultado de uma exploração econômica descarada. Não obstante, nem Hobson nem Lenin terem se preocupado diretamente com a África, está claro que suas análises têm implicações fundamentais no estudo da partilha do continente. Ainda assim, um enorme exército de especialistas não marxistas demoliu em grande parte a teoria marxista do imperialismo econômico aplicada à África. Uma reação típica dos especialistas marxistas a essa aparente vitória consiste em dizer que, ainda que as críticas a Hobson e a Lenin sejam basicamente justas, estão mal direcionadas. “O alvo”, escreve Bob Sutcliffe, “é muitas vezes uma miragem, e as armas utilizadas não são adequadas”, pois o imperialismo, concebido como fenômeno global, considera o valor do império como um todo e, portanto, “um balanço de nível nacional não faz o menor sentido”. Um argumento mais convincente, no entanto, é o de que, embora a teoria clássica do imperialismo econômico seja aniquilada, isso não permite necessariamente refutar sua conclusão de que o imperialismo, no nível mais profundo, é essencialmente econômico. Diminuir as outras teorias econômicas do imperialismo e depois correr a condenar seus partidários em função da simpatia deles pelas opiniões de Hobson e de Lenin nada tem de científico. À luz de pesquisas mais aprofundadas sobre a história africana desse período, parece claro que aqueles que persistem em reduzir a importância da dimensão econômica da partilha o fazem por sua conta e risco. As teorias psicológicas Preferimos analisar aqui em termos psicológicos as teorias que comumente se classificam como darwinismo social, cristianismo evangélico, atavismo social e a missão civilizatória, porque seus adeptos acreditam na supremacia da “raça branca”. FALTA A "MISSÃO CIVILIZATÓRIA" (explicada no Guia de Estudos no item Bélgica) I. O darwinismo social A obra de Darwin, "Sobre A Origem das espécies por Meio da Seleção Natural, ou a Preservação das Raças Favorecidas na Luta pela Vida" publicada em inglês em novembro de 1859, parecia fornecer caução científica aos partidários da supremacia da raça branca, tema que, depois do século XVII, jamais deixou de estar presente, sob diversas formas, na tradição literária europeia. Os pós-darwinianos ficaram, portanto, encantados: iam justificar a conquista do que eles chamavam de “raças sujeitas”, ou “raças não evoluídas”, pela “raça superior” , invocando o processo inelutável da “seleção natural”, em que o forte domina o fraco na luta pela existência. Pregando que “a força prima sobre o direito”, eles achavam que a partilha da África punha em relevo esse processo natural e inevitável. O que nos interessa neste caso de flagrante chauvinismo racista – já qualificado, e com muita razão, de “albinismo” – é que ele afirma a responsabilidade das nações imperialistas. Resta concluir que o darwinismo social, aplicado a conquista da África, é mais uma racionalização tardia que o móvel profundo do fenômeno. II. Cristianismo evangélico O cristianismo evangélico, para o qual "A Origem das Espécies" era uma heresia diabólica, não tinha, por sua vez, o menor escrúpulo em aceitar as implicações racistas da obra. As conotações raciais do cristianismo evangélico eram moderadas, todavia, por uma boa dose de zelo humanitário e filantrópico, sentimento muito disseminado entre os estadistas europeus durante a conquista da África. Sustentava-se, assim, que a partilha da África se devia, em parte não desprezível, a um impulso “missionário”, em sentido lato, e humanitário, com o objetivo de “regenerar” os povos africanos. Já se afirmou, além disso, que foram os missionários que prepararam o terreno para a conquista imperialista na África oriental e central, assim como em Madagascar. No entanto, se é verdade que os missionários não se opuseram a conquista da África e que, em certas regiões, dela participaram ativamente, esse fator, por si só, não se sustenta como uma teoria geral do imperialismo, em razão de seu caráter limitado. III. Atavismo social Joseph Schumpeter foi o primeiro a explicar o novo imperialismo em termos sociológicos. Para ele, o imperialismo seria a consequência de certos elementos psicológicos imponderáveis e não de pressões econômicas. Seu raciocínio, exposto em termos antes humanistas do que da preponderância racial europeia, funda-se no que ele considera ser um desejo natural do homem: dominar o próximo pelo prazer de dominá-lo. Essa pulsão agressiva inata seria comandada pelo desejo de apropriação, próprio do ser humano. O imperialismo seria, portanto, um egoísmo nacional coletivo: “a disposição, desprovida de objetivos, que um Estado manifesta de expandir-se ilimitadamente pela força”. O novo imperialismo, por conseguinte, seria de caráter atávico, quer dizer, manifestaria uma regressão aos instintos políticos e sociais primitivos do homem, que talvez se justificassem em tempos antigos, mas certamente não no mundo moderno. Schumpeter demonstra então como, pela sua própria natureza, o capitalismo seria “anti-imperialista” e benevolente. Dirigido por empresários inovadores, seria totalmente oposto às motivações agressivas e imperialistas das antigas monarquias e classes de guerreiros, cujas ambições não teriam objetivos precisos. Ao contrário destas, o capitalista teria objetivos claramente definidos e por isso seria inteiramente hostil aos comportamentos atávicos próprios de antigos regimes. Assim, conclui Schumpeter, a explicação econômica do novo imperialismo, baseada no desenvolvimento lógico do capitalismo, é falsa. Por mais sedutora que seja, essa tese apresenta um defeito grave: é nebulosa e não está presente na história. As teorias psicológicas, embora possam conter algumas verdades que ajudam a compreender a partilha da África, não conseguem explicar por que essa partilha se deu num determinado momento histórico. No entanto, fornecem elementos para explicar por que a partilha foi possível e considerada desejável. IV. Missão civilizatória: As ideias Darwinistas foram apropriadas indevidamente pelos europeus, e passaram a explicar diferenças culturais. Os europeus ocupavam o mais elevado posto de uma hierarquia que transformava os africanos e asiáticos em povos atrasados e selvagens, assim sendo, os europeus tinham a missão de civilizar esses povos atrasados, e isso se deu pela colonização. Na prática, o discurso imperialista acabou legitimando uma série de atrocidades e injustiças contra as populações dos territórios dominados. Afinal de contas, se essa missão civilizadora tivesse sido colocada em ação, esses dois continentes não estariam em graves problemas de natureza econômica e social. Assim, observamos que a missão civilizatória acabou ressaltando a diferença entre os povos e abrindo espaço para essa indiscriminada exploração do outro. Teorias diplomáticas Essas teorias oferecem a explicação puramente política da partilha, e talvez a mais comumente aceita. Mas – é interessantíssimo – fornecem suporte específico e concreto às teorias psicológicas. Permitem ver os egoísmos nacionais dos Estados europeus, seja em conflito uns com os outros, seja agindo em acordo para se defenderem, seja ainda reagindo de maneira decisiva contra as forças dos nacionalistas africanos radicais. Propomos, assim, tratar essas teorias abordando sucessivamente o prestígio nacional, o equilíbrio de forças e a estratégia global. I. Prestígio nacional O principal defensor desta teoria é Carlton Hayes que, num texto de grande lucidez, sustenta: "A França procurava uma compensação para as perdas na Europa com ganhos no ultramar. O Reino Unido aspirava compensar seu isolamento na Europa engrandecendo e exaltando o império britânico. A Rússia, bloqueada nos Bálcãs, voltava-se de novo para a Ásia. Quanto à Alemanha e à Itália, queriam mostrar ao mundo que tinham o direito de realçar seu prestígio, obtido à força na Europa por façanhas imperiais em outros continentes. As potências de menor importância, que não tinham prestígio a defender, lá conseguiram viver sem se lançarem na aventura imperialista, a não ser Portugal e Holanda que demonstraram renovado interesse pelos impérios que já possuíam, esta última principalmente, administrando o seu com redobrado vigor". Hayes conclui dizendo que, fundamentalmente, “o novo imperialismo era um fenômeno nacionalista” e que seus defensores tinham sede ardente de prestígio nacional. Em suma, tendo consolidado e redistribuído as cartas diplomáticas no seu continente, os dirigentes europeus eram propelidos por uma força obscura, atávica, que se exprimia por uma “reação psicológica, um desejo ardente de manter ou de restaurar o prestígio nacional”. Conclui Carlton Hayes, portanto, que a partilha da África não foi um fenômeno econômico. II. Equilíbrio de forças F. H. Hinsley sublinha, por sua vez, que o desejo de paz e de estabilidade dos Estados europeus foi a causa principal da partilha da África. Segundo diz, a data decisiva, de verdadeira passagem para a era extraeuropeia – a era do imperialismo –, foi 1878. A partir daí, no congresso de Berlim, a rivalidade russo-britânica nos Bálcãs e no Império Otomano quase levou as nações europeias a um conflito generalizado. Mas os estadistas, voltando atrás, souberam evitar essa crise na política de poder. Dai em diante, até a crise da Bósnia, em 1908, tal política, banida da Europa, correu livremente na África e na Ásia. Quando os conflitos de interesses na África ameaçaram a paz na Europa, as potências europeias não tiveram outra escolha senão retalhar a África. Era o preço para se salvaguardar o equilíbrio diplomático europeu, estabilizado nos anos de 1880. III. Estratégia global Uma terceira escola sustenta que o interesse da Europa pela África – o qual provocou a invasão e a partilha – era de fato ditado por uma estratégia global e não pela economia. Os grandes defensores dessa teoria, Ronald Robinson e John Gallagher, que acentuam a importância estratégica, para o Reino Unido, do eixo África-Índia, atribuem a responsabilidade da partilha à influência dos movimentos atávicos “protonacionalistas” na África, que ameaçavam os interesses estratégicos globais das nações europeias. Essas “lutas românticas e reacionárias”– galantes anacronismos, na opinião deles – teriam compelido os relutantes estadistas europeus, até então contentes com o exercício de uma discreta hegemonia e o recurso da persuasão a partilhar e conquistar a África contra sua vontade. Portanto, a África teria sido ocupada, não porque tivesse riquezas materiais a oferecer aos europeus – pois então não tinham valor do ponto de vista econômico –, mas porque ameaçava os interesses dos europeus alhures. Um objetivo básico tanto das teorias psicológicas como das diplomáticas, é acabar com a ideia de que a partilha da África se deve a motivos econômicos. Mas a tese do prestígio nacional mostra-se pouco convincente precisamente quando os fatores econômicos a ele concomitantes são eliminados ou minimizados demais. Carlton Hayes, por exemplo, documentou pormenorizadamente a guerra tarifaria a que se lançaram as nações europeias durante o período crucial da partilha. Admite que o que desencadeou, de fato, a corrida econômica para o ‘Continente Negro’ e para as ensolaradas ilhas do Pacífico não foi tanto a superprodução de bens manufaturados na Europa como uma escassez de matérias- primas” e que, em consequência, “para impedir que uma parte demasiadamente grande do mundo fosse [...] monopolizada pela França, Alemanha, Itália ou outra potência protecionista, a Grã Bretanha interveio vigorosamente para juntar a parte do leão a seu império livre cambista". Por outras palavras, uma vez estabelecido, o neomercantilismo teve importantes consequências para a emergência das rivalidades imperialistas. No entanto, na pagina seguinte, ele contesta com bastante segurança, como já vimos, as bases econômicas do novo imperialismo! H. Brunschwig, propondo uma interpretação não econômica do imperialismo Francês, também se viu obrigado, diante da inegável dimensão econômica do imperialismo, a reconhecer-lhe afinal um papel. Ao mesmo tempo, que qualificava o imperialismo anglo-saxão como econômico e filantrópico, o da França lhe parecia motivado pelo prestígio nacional. Já a tese da estratégia global suscitou entre as especialistas reações bastante negativas, mas atraiu irresistivelmente historiadores não africanistas e o grande público. Sabemos, no entanto, que essa tese, elaborada a partir das hipóteses de Langer, mais ecléticas, e de Hinsley, mais ponderadas, é demasiado categórica e circunstancial para ser admissível. Na África ocidental, central, austral e oriental demonstrou-se falha. No tocante ao Egito e a África do Norte, mostrou-se que havia fortes razões para a presença britânica naquela área sem ligação com a estratégia imperialista do Reino Unido relativa à Índia. É gratificante notar que, por sua vez, Robinson começa a atribuir menos importância às exageradas repercussões do baton egyptien nas lutas coloniais em toda a África. Teoria da dimensão africana As teorias sobre a partilha expostas até agora tratam da África no quadro ampliado da história europeia. É claro que isso é um grave erro. Mesmo a abordagem “protonacionalista” do atavismo feita por Robinson ou Gallagher não foi totalmente desenvolvida, exatamente por terem eles seu interesse voltado para a Europa e a Ásia. É, portanto, necessário, fundamental mesmo, examinar a partilha da África da perspectiva histórica africana. Ao contrário do que comumente se acredita, esta forma de abordar o tema não é uma inovação engenhosa da “nova” historiografia africana. Em obra notável, "The partition of África", publicada em 1893, J. S. Keltie assinalava com muita argúcia que a corrida dos anos de 1880 foi consequência lógica da roedura progressiva do continente, iniciada trezentos anos antes. Admitia, de passagem, os motivos econômicos da partilha – eles não eram centrais na sua tese. Nos anos de 1930, George Hardy, o prolífico especialista da história colonial francesa, também demonstrou a importância dos fatores africanos locais da partilha, tratando a África como uma unidade histórica. O exemplo de Keltie, afirmava que, embora a causa imediata da partilha fossem as rivalidades econômicas entre os países industrializados da Europa, ela constituía ao mesmo tempo uma fase determinante nas relações de longa data entre a Europa e a África. Hardy julgava que a resistência africana à crescente influência europeia precipitou a conquista efetiva, tal como as rivalidades comerciais cada vez mais exacerbadas das nações industrializadas levaram à partilha. Durante muito tempo, essas análises não tiveram eco. Mas, com a publicação, em 1956, da obra clássica de K. Onwuka Dike, "Trade and politics in the Niger Delta", a dimensão africana da partilha foi retomada. Embora a obra de Dike trate de um período e de uma área geográfica limitada, ela encorajou toda uma geração de historiadores a abordar o estudo da partilha no contexto de um longo período de contatos entre raças e culturas diferentes. Lamentavelmente, embora R. Oliver e J. D. Fage demonstrem a antiguidade de tais relações em sua conhecida obra, "A short history of Africa", mantém-se presos demasiadamente ainda ao contexto europeu da partilha, em detrimento da dimensão africana. É encorajador, se bem que trate apenas de uma zona geográfica limitada, o importante estudo de A. G. Hopkins, na medida em que este autor se esforça por apresentar uma reinterpretação africana do imperialismo na África ocidental. Sua conclusão merece ser citada: “Por um lado, é possível conceber regiões onde o abandono do comércio de escravos se deu sem choques, nem perda de rendimentos e onde as tensões internas foram controladas”. Em casos tais, a explicação do retalhamento colonial devera salientar os fatores externos, como as considerações mercantis e as rivalidades anglo-francesas. No outro extremo, é possível imaginar casos em que os chefes nativos adotaram atitudes de reação, não hesitando em recorrer a métodos predatórios, na tentativa de manter os rendimentos, e em que os conflitos internos eram pronunciados. Nesses casos, peso maior deve ser dado, na análise do imperialismo, às forças de desintegração ativas no seio das sociedades africanas, sem negligenciar, todavia, os fatores externos. A consequência lógica de um processo de devoração da África pela Europa, iniciado bem antes do século XIX. Admite que foram motivos de ordem essencialmente econômica que animaram os europeus e que a resistência africana a invasão crescente da Europa precipitou a conquista militar efetiva. Parece, de fato, que a teoria da dimensão africana oferece um quadro global e histórico que explana melhor a partilha do que todas as teorias puramente eurocêntricas. O início da corrida, malgrado a considerável influência que, no final do terceiro quartel do século XIX, exerciam as potências francesa, inglesa, portuguesa e alemã, bem como os interesses comerciais que detinham em diferentes regiões da África, seu controle político direto era muito reduzido. A Alemanha e, sobretudo, o Reino Unido, exerciam sua influência como queriam, e nenhum estadista em sã- consciência optaria espontaneamente por incorrer em gastos e se expor aos riscos imprevistos de uma anexação formal, podendo extrair as mesmas vantagens de um controle indireto. “Recusar-se às anexações não significa relutar ao exercício do domínio”, já se disse com boa razão. Isso explica tanto a conduta de Salisbury e Bismarck, como a da maior parte dos protagonistas da partilha. Essa conduta, porém, começa a mudar depois de três importantes acontecimentos verificados entre 1876 e 1880. O primeiro foi o novo interesse que o duque de Brabante, coroado rei dos belgas em 1865 (sob o nome de Leopoldo I), demonstrava pela África, o que se expressou na chamada Conferência Geográfica de Bruxelas, por ele convocada em 1876, a qual redundou na criação da Associação Internacional Africana e no recrutamento de Henry Morton Stanley, em 1879, para explorar os Congos. Essas medidas culminaram na criação do Estado Livre do Congo, cujo reconhecimento por todas as nações europeias Leopoldo obteve antes do término das deliberações da Conferência de Berlim sobre a África ocidental. As atividades de Portugal, a partir de 1876, constituíram a segunda série de acontecimentos importantes. Melindrado por só ter sido convidado para a conferência de Bruxelas no último minuto, Portugal deu início a uma série de expedições que levaram a coroa portuguesa a anexar, em 1880, as propriedades rurais afroportuguesas de Moçambique, até então quase independentes. Assim, para os portugueses e para o rei Leopoldo, a Corrida começou em 1876. O terceiro e último acontecimento a rematar a partilha foi, sem dúvida alguma, o caráter expansionista da política francesa entre 1879 e 1880, manifestado pela participação da França junto com o Reino Unido no controle do Egito (1879), pelo envio de Savorgnan de Brazza ao Congo, pela ratificação de tratados com Makoko, chefe dos Bateke, bem como pelo restabelecimento da iniciativa colonial francesa tanto na Tunísia como em Madagascar. A ação de Portugal e França entre 1876 e 1880 indicava claramente que estavam comprometidos na exploração colonial e na instauração de um controle formal na África. Isto obrigou finalmente o Reino Unido e a Alemanha a abandonar sua preferência pelo controle informal em favor de um domínio efetivo, o que os levou a anexar territórios na África oriental, ocidental e meridional a partir do final de 1883. A Alemanha, por exemplo, anexou o Sudoeste Africano, o Togo, Camarões e a África Oriental Alemã, contribuindo com isso para acelerar o processo da partilha. No início da década de 1880, no auge da partilha dos territórios, Portugal, receando ser alijado da África, propôs a convocação de uma conferência internacional com o fito de resolver os litígios territoriais na África central. Parece evidente, a luz do que acabamos de dizer, que não foi a ocupação inglesa do Egito em 1882 que desencadeou a corrida, como afirmaram Robinson e Gallagher, mas os acontecimentos que se desenrolaram em diferentes partes da África entre 1876 e 1880. A Conferência de Berlim sobre a África ocidental (1884-1885) A ideia de uma conferência internacional que permitisse resolver os conflitos territoriais engendrados pelas atividades dos países europeus na região do Congo foi lançada por iniciativa de Portugal, mas retomada mais tarde por Bismarck, que depois de ter consultado outras potências, foi encorajado a concretizá-la. A conferência realizou-se em Berlim, de 15 de novembro de 1884 a 26 de novembro de 1885. A partir da notícia de que seria realizada, a corrida a conquista e domínio da África intensificouse. A conferência não discutiu a sério o tráfico de escravos, nem os grandes ideais humanitários que se supunha terem a inspirado. Adotaram-se resoluções vazias de sentido, relativas à abolição do tráfico escravo e ao bem-estar dos africanos. A conferência, que, inicialmente, não tinha por objetivo a partilha da África, terminou por distribuir territórios e aprovar resoluções sobre a livre navegação no Níger, no Benue e seus afluentes, e ainda por estabelecer as regras a serem observadas no futuro em matéria de ocupação de territórios nas costas africanas. Por força do artigo 34 do Ato de Berlim, documento assinado pelos participantes da conferência, toda nação europeia que, dai em diante, tomasse posse de um território nas costas africanas ou assumisse aí um “protetorado”, deveria informá-lo aos membros signatários do Ato, para que suas pretensões fossem ratificadas. Era a chamada doutrina das esferas de influência. De fato, reconhecendo o Estado Livre do Congo, permitindo o desenrolar de negociações territoriais, estabelecendo as regras e modalidades de apropriação “legal” do território africano, as potências europeias se arrogavam o direito de sancionar o princípio da partilha e da conquista de outro continente. Semelhante situação não tem precedentes na história: jamais um grupo de Estados de um continente proclamou, com tal arrogância, o direito de negociar a partilha e a ocupação de outro continente. Para a história da África, esse foi o principal resultado da conferência. Dizer, ao contrário da opinião geral, que ela não retalhou a África só é verdade no sentido mais puramente técnico. As apropriações de territórios deram-se praticamente no quadro da conferência, e a questão das futuras apropriações foi claramente levantada na sua resolução final. De fato, em 1885, já estavam traçadas as linhas da partilha definitiva da África. BANCADAS representações BANCADA FRANCESA: Durante o período da Conferência, a França se encontrava em sua Terceira República que teve início logo após a captura e o exílio de Napoleão III. A Terceira República teve um início aparentemente conservador, mas com o fracasso da Restauração Monarquista, a Assembleia Nacional se viu obrigada a dotar a França de Leis Constitucionais e isso favoreceu os Republicanos. Ainda com vários obstáculos, como o boulangismo e o escândalo do Panamá, a República se manteve e seus governantes concluíram com êxito um programa de reformas democráticas. Ao participar da conferência de Berlim, a França foi um dos países que recebeu mais terras, ficando somente atrás da Grã-Bretanha, com grandes áreas da África Ocidental e Equatorial, o Marrocos, a Tunísia e Madagascar. Representações: Presidente da República Francesa: Afonso, Barão de Courcel, Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da França junto a S. M. Imperador da Alemanha, Rei da Prússia;[três pessoas representarão o presidente Francês] BANCADA BELGA: Ao longo do século XIX, a Bélgica tornou-se o segundo país do mundo a passar pela revolução industrial, logo após a Inglaterra. A região da Bélgica que mais se desenvolveu industrialmente foi a Valônia, que contava com expressivas reservas minerais de carvão que puderam ser usadas como fonte de energia para as indústrias nascentes. Visando adquirir matérias-primas de baixo custo para suas indústrias, a Bélgica, assim como outras nações europeias, começou a enviar expedições exploradoras à África. Tal movimento, a princípio revestido de caráter humanitário e civilizador em relação à população africana, motivou a criação, pelo rei Leopoldo II da Bélgica, em 1876, durante a Conferência Geográfica de Bruxelas, da Associação Internacional Africana, órgão internacional de ajuda humanitária à África central. A Associação Internacional Africana mudou seu nome para Comitê de Estudos Alto Congo, posteriormente para Associação Internacional do Congo e, em 1884-1885, durante a Conferência de Berlim, para Estado Livre do Congo. A Bélgica conquistou o Congo, que em época de colonização era uma grande área e foi uma das áreas mais discutidas nessa conferência. O Congo era uma região de pouco interesse econômico, mas que provocou uma série de disputas entre as potências imperialistas europeias. A situação em torno da região era de tensão. Mesmo sendo uma área com poucos atrativos, nenhuma das potências imperialistas aceitaria que um de seus rivais controlasse a área. O Rei Leopoldo II da Bélgica tinha planos expansionistas para a região do Congo, onde almejava explorar a produção de borracha em associação com trustes europeus. A França havia se estabelecido em Brazzaville, em 1881, no Oeste do Congo. Portugal reclamava para si a região baseado em antigos acordos estabelecidos com os governantes nativos do "Império do Congo", e para tal, estabeleceram um tratado com a Inglaterra em 1884 para bloquear uma eventual saída para o Atlântico por parte de Leopoldo II. A Bélgica defendia permanecer com seu território devido a seus planos expansionistas. Representações: Rei dos Belgas [Leopoldo II]; Gabriel Augusto, Conde Van der Straten-Ponthoz, seu Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário junto a S. M. Imperador da Alemanha, Rei da Prússia; [cada pessoa para uma das duas representações acima] BANCADA AUSTRO-HÚNGARA: O Império Austro-Húngaro é firmado em 1867, após os acordos para estabelecimento de uma monarquia dual entre a Áustria e a Hungria. O Império Austríaco dos Habsburgo é esfacelado por suas agitações nacionalistas e passa a ser controlado pelos alemães. A Hungria fica a governo dos magiares. Um único monarca e seus ministros representam os dois países e decidem a respeito da diplomacia estrangeira, da guerra e das finanças. A monarquia dual, entretanto, acorda a permanência de constituições diferentes para ambos os países, além de governos, línguas e parlamentos distintos. O imenso Império abriga diferentes grupos étnicos e nacionalidades como os tchecos, ucranianos, poloneses, eslovacos, eslovenos, sérvios, romênios, croatas, italianos e judeus. Estes grupos étnicos, menosprezados e considerados de segunda categoria, sentem-se excluídos da política. Dessa forma, surgem conflitos políticos, principalmente nos Bálcãs, à medida que cresce o anti semitismo. A fim de garantir suas posses na península balcânica, os Habsburgo adotam uma política de amizade com o recém-criado Império alemão. O Império Austro-Húngaro acordando a não intervenção em assuntos diplomáticos referentes à Alemanha recebe apoio para o bloqueio russo no sudoeste da Europa, em 1879. Depois a Itália ingressa no acordo, formando em 1882 a Tríplice Aliança. As elites agrárias detinham o poder, no fim do século XIX, acima dos negociantes e profissionais liberais. Segundo Arno Mayer, a classe burguesa estava enfraquecida pelas divisões entre a indústria pesada, a indústria manufatureira de bens de consumo e seus associados bancários. Também os profissionais liberais mantinham-se servis a uma aristocracia dominante. Não obstante a desenfeudação das nobrezas europeias e todo arcaísmo sendo perdido junto a prerrogativas consuetudinárias, uma maioria aristocrática impunha a adaptação das burguesias nacionais emergentes às nobrezas, assim como o capital industrial e financeiro se impôs às sociedades civis e pré-industriais. Dessa forma, eram também os nobres e capitalistas agrários prósperos. Além de que ocuparam os mais elevados cargos entre funcionários civis e militares. Estes herdaram os valores moral ou científico e esteticista para enfrentar a crise. Em 1777 a Companhia de Ostend, que era um grupo de comerciantes, chegou em uma expedição no porto de Ostend Delagoa [ hoje Maputo (Sul da África Ocidental)], e adquiriu um território abandonado pela Companhia Holandesa das Índias Orientais. Em 1781 Portugal tomou esse território. Em 1783 foi proposto por um aventureiro a sugestão de dominar Madagascar sob a bandeira austríaca, mas os Habsburgos não aderiram a ideia e não deram nenhum apoio militar ou político. O Império vai tentar reaver esse território perdido, talvez Madagascar, e, a partir de suas necessidades econômicas e políticas e sua política expansionista, na Conferência tentará adquirir novos territórios. Representações: S. M. Imperador da Áustria, Rei da Boêmia e Rei apostólico da Hungria.[Franscisco José I]; junto a S. M. imperador da Alemanha, Rei da Prússia;[duas pessoas para a mesma representação] BANCADA PORTUGUESA: Portugal teve um papel fundamental durante a Conferência de Berlim. A proposta da Conferência - se não completamente de autoria portuguesa - obteve, por parte deste Estado, importante incentivo. Sem poder se considerar um dos Estados-chave na corrida pela África, Portugal passou a buscar, ávida e rapidamente, novos territórios. A expectativa de reconquistar algumas de suas antigas colônias fez com que o esforço oficial em Berlim fosse admirado por aqueles que desejavam ver a bandeira lusitana novamente presente nas terras africanas. Comercialmente, era interessante para o Estado poder se instalar em novos mercados, de forma a buscar uma presença mais significativa no mercado mundial. Seu relacionamento com a Inglaterra deve ser estudado por aqueles que desejarem compreender o contexto português neste final de século XIX. A potência anglo-saxã era a peça-chave do mercado financeiro da época, primando por sua posição de proeminente negociante internacional à uma alternativa industrializadora. A atuação portuguesa durante a Conferência teve momentos de grande tensão, especialmente em se tratando de seu relacionamento com a Inglaterra. Representações: Rei de Portugal [D.Luís I], Marquês de Penafiel, e António de Serpa Pimentel, Conselheiro de Estado e Par do Reino. BANCADA ALEMÃ: A Alemanha, que havia acabado de ser unificada (1871), não possuía colônias na África, mas as desejava para aumentar suas zonas de comércio e de influência. O desejo de expansão ocorre no mesmo período em que as discussões a respeito de possíveis partilhas da África começam a crescer, daí a Conferência de Berlim, convocada pelos próprios alemães. A África, no período, era o alvo para os colonizadores, visto que outras partes do mundo já haviam sofrido movimentos de independência, ou seja, a cultura da colonização caía em outras áreas do mundo. A Alemanha, assim como os países que desejam aumentar suas zonas de influência e lucro, se interessa pela colonização africana. Além disso, para os líderes alemães, a Alemanha se afirmaria como uma nação unificada e representada no momento em que conseguisse suas Colônias, sendo elas um parâmetro para seu status. A Alemanha, apesar de nem todas essas colônias terem sidas “conquistadas” na Conferência de Berlim, chegou a ser dominante em Namíbia, Tanzânia, Camarões, Todo e Gana. Entretanto, todas essas zonas de influência foram perdidas após a Primeira Guerra Mundial. REPRESENTAÇOES: Guilherme I [imperador]; Otton von Bismarck [primeiro ministro] e Paul Hatzfeldt [cada pessoa um representante] BANCADA ESPANHOLA: A derrubada temporária dos Bourbons absolutistas por Napoleão Bonaparte, em março de 1808, a Guerra de Independência contra a ocupação francesa, a abertura das Cortes de Cádis, em 1810, e a proclamação da Constituição liberal de 1812 assinalam o desaparecimento do Antigo Regime espanhol, que, durante o reinado de Carlos III, chegou a ser considerado como um exemplo de Despotismo Esclarecido. Durante todo o século XIX, no entanto, a Espanha não conseguiu completar, política e socialmente, a sua revolução burguesa de forma a produzir uma institucionalidade liberaldemocrática estável. O século XIX espanhol foi um período especialmente conflituoso, com lutas entre liberais e absolutistas, entre membros rivais da Casa de Bourbon (isabelinos e carlistas), e mais tarde entre monarquistas e republicanos, sobre o pano de fundo da perda das colônias americanas e filipinas. A economia espanhola teve um crescimento rápido, desde o final do século XIX até ao início do século XX. Em especial, as indústrias mineiras e metalúrgicas lucraram e expandiram-se enormemente durante a Primeira Guerra Mundial, fornecendo insumos a ambos os lados em disputa. A Espanha colonizou as Ilhas Canárias e Saara Ocidental. Depois da conferência a Espanha teve territórios no norte da África, noroeste do Saara e ocidente da África, todos os territórios em que tentará tomar posse dependem de seus interesses políticos e econômicos. Representações: Rei da Espanha: Don Francisco Merry y Colom [duas pessoas para a mesma representação] BANCADA ITALIANA: A história começa desde o início do século XIX quando ocorreram grandes modificações políticas e econômicas na Europa. Após as guerras napoleônicas a Itália viu-se dividida em oito estados soberanos, sem levar em conta a opinião dos povos a eles submetidos. Era um povo que vivia à sombra da religião, ligado a costumes ancestrais, com privação de tudo. O direito de participação era privilégio de alguns cidadãos ricos e poderosos, e, como consequência disso, surge o movimento de unificação, que também gritava pela libertação do domínio da Áustria e dos Burbões, mas, principalmente gritava contra os "senhores" do poder, exigindo justiça a todos. O que deveria ser uma guerra de libertação tornou-se uma guerra de conquistas e muitas batalhas foram travadas internamente por toda a Itália. A unificação foi obtida apenas em 1870, e terminada a luta, o sonho de paz e prosperidade foi substituído por uma dura realidade: batalhões de desempregados e de camponeses sem terras, que não tinham como sustentar suas famílias. O poder tinha ficado nas mãos dos antigos patrões, aqueles que tinham patrimônio e cultura, e os humildes ficaram como antes: sem voz e sem esperança. Além do processo de unificação do país, o crescimento populacional e a revolução industrial na Europa acabaram piorando essa situação. Diante desse quadro e desse estado de espírito de pessimismo, que muitos trabalhadores excluídos, desnorteados e decepcionados correram para os portos e saíram de seu país em busca das novas terras inexploradas e ricas das Américas. A região norte foi ainda mais afetada pela crise, primeiro porque foi onde começou o processo de industrialização e depois porque se envolvia em muito mais batalhas pelas disputas territoriais. Treviso foi palco de muitas guerras por sua libertação, que trouxeram pobreza e ruína à província. Daí se entende porque a maior parte dos italianos que vieram para o Brasil era do norte da Itália, das regiões do Vêneto, Piemonte e Lombardia. Em 1870 e 1882, Itália tomou posse das primeiras partes de Eritreia. Após a derrota na Primeira Guerra Ítalo-Etíope, a Itália adquiriu a Somalilândia em 1899 e toda a Eritreia no mesmo ano. REPRESENTAÇÕES: Rei da Itália: Edouard, Conde de Launay [duas pessoas para a mesma representação] BANCADA DO IMPÉRIO-OTOMANO O declínio otomano (perda de territórios enormes) é tipicamente caracterizado por historiadores como uma era dos tempos modernos. O império perdeu território em todas as frentes, e não houve estabilidade administrativa, devido às avarias do governo centralizado, apesar dos esforços de reforma e reorganização, como a Tanzimat. Durante este período, o império enfrentou desafios ao se defender contra a invasão e ocupação estrangeira. O império deixou de entrar em seus próprios conflitos e começou a forjar alianças com países europeus, como França, Países Baixos, Reino Unido e Rússia. Como exemplo, em 1853 a Guerra da Crimeia, os otomanos se uniram com os britânicos, franceses, e outros contra o Império Russo. A Guerra da Crimeia causou um êxodo dos tártaros da Crimeia. Da população total de 300 000 tártaros da província de Táuride, cerca de 200.000 tártaros da Crimeia mudaram-se para o Império Otomano em ondas contínuas de emigração. No fim da Guerra do Cáucaso muitos circassianos fugiram de suas terras no Cáucaso e se estabeleceram no Império Otomano. Desde o século XIX, um êxodo pela grande parte dos povos muçulmanos (que são chamados de "muhacir" sob uma definição geral) dos Bálcãs,Cáucaso, Crimeia e Creta, refugiou-se na atual Turquia e moldou as características fundamentais do país até hoje. Durante o período Tanzimat (do árabe Tanzîmât, que significa "reestruturação") (1839-1876), uma série de reformas constitucionais conduziu a um exército bastante moderno, reformas no sistema bancário, e à substituição das guildas, com fábricas modernas. Em 1856, o Hatt-ı Humayun prometeu igualdade para todos os cidadãos otomanos independentemente da sua etnia e religião, alargando o âmbito da Hatt 1839 i-serif de Gülhane. Os millets cristãos ganharam privilégios, como na constituição nacional da Armênia (turco otomano: Nizâmnâme Millet-i-i Ermeniyân) de 1863 e a recém-formada assembleia nacional da Armênia. O período reformista culminou com a constituição, o chamado Kanun-ı esası (que significa "Lei Básica", em turco otomano), escrito por membros do grupo "Jovens Otomanos", que foi promulgada em 23 de novembro de 1876. Ela estabeleceu a liberdade de crença e a igualdade dos cidadãos perante a legislação. A primeira era constitucional do império (ou Birinci Mesrutiyet Devri em turco),teve vida curta, porém, a ideia por trás dele (Otomanismo), mostrou-se influente como um grupo amplo de reformadores conhecido como o jovens otomanos, educados principalmente em universidades ocidentais, acreditava que uma monarquia constitucional seria dar uma resposta à crescente agitação social do império. Através de um golpe militar em1876, forçaram o sultão Abdülaziz (1861-1876) a abdicar em favor de Murad V. Entanto, Murad V tinha doenças mentais e foi deposto em poucos meses. Seu herdeiro aparente Abdulhamid II (1876-1909) foi convidado para assumir o poder sobre a condição de que ele iria declarar uma monarquia constitucional, o que ele fez em 23 de novembro de 1876. No entanto, o parlamento sobreviveu por apenas dois anos. O sultão suspendeu, mas não eliminou o parlamento até que ele foi forçado a reuni-lo. A eficácia do Kanunı esası foi depois amplamente minimizada. A ascensão do nacionalismo varreu vários países durante o século XIX, e o Império Otomano não foi imune. A consciência crescente nacional, juntamente com um crescente sentimento de nacionalismo étnico, o pensamento nacionalista fez uma das ideias mais significativas ocidentais importadas para o Império Otomano, que foi forçado a lidar com o nacionalismo, tanto dentro como fora das suas fronteiras. Houve um aumento significativo no número de partidos políticos revolucionários. Levantes em território otomano tiveram muitas consequências de longo alcance durante o século XIX e determinaram grande parte da política otomana durante o século XX. Muitos turcos otomanos questionavam se as políticas do Estado não eram culpadas. Alguns sentiram que as fontes de conflitos étnicos eram externas e não relacionados a questões de governança. Apesar de esta época não foi sem alguns sucessos, a capacidade do Estado Otomano para ter qualquer efeito sobre revoltas étnicas foi seriamente posta em dúvida. Apoiadas pelo Império Russo, Sérvia e Montenegro declararam guerra ao Império Otomano, no dia seguinte. Em 1821, a Grécia tornou-se o país primeiro dos Bálcãs de declarar a sua independência do Império Otomano (reconhecido oficialmente pelo império em 1829) após o fim da Guerra da Independência Grega. As reformas Tanzimat não detiveram a ascensão do nacionalismo nos principados do Danúbio e Sérvia, que haviam sido semi-independentes por quase seis décadas. Em 1875, os principados afluentes da Sérvia, Montenegro e Romênia (que incluem a Valáquia e Moldávia) declararam unilateralmente a sua independência do império, e após a Guerra russo-turca de 18771878, a independência foi formalmente concedida a todas as três nações beligerantes. A Bulgária também alcançou a independência (como o Principado da Bulgária), cujos voluntários haviam participado da guerra russo-turca, no lado das nações se rebelando. A província da Bósnia e da Sanjak de Novi Pazar foram parcialmente ocupadas pelas forças do Império Austro-Húngaro na sequência do Congresso de Berlim em 1878, mas permaneceram nominalmente como territórios otomanos (Bósnia e Herzegóvina até a crise da Bósnia em 1908, Novi Pazar até a Primeira Guerra Balcânica em 1912), com a presença permanente de soldados otomanos. O Chipre foi alugado para os britânicos em 1878 em troca de favores da Grã-Bretanha, no Congresso de Berlim. O Egito, que já tinha sido ocupado pelas forças de Napoleão I de França em 1798, mas se recuperou em 1801 por um exércitootomano-britânico, foi ocupado em 1882 pelas forças britânicas, sob o pretexto de trazer ordem, embora o Egito e Sudão permanecessem como províncias otomanas de jure, até 1914, quando o Império Otomano se juntou à Tríplice Aliança e a GrãBretanha anexou oficialmente estas duas províncias e Chipre como resposta. Outras províncias otomanas no norte da África foram perdidas entre 1830 e 1912, a partir da Argélia (ocupada pela França em 1830), Tunísia (ocupada pela França em 1881) e Líbia (ocupada pela Itália em 1912). Os armênios, que tiveram a sua constituição própria e assembleia nacional com as reformas Tanzimat, começaram a pressionar o governo otomano para uma maior autonomia após a Guerra russo-turca de 1877-1878 e o Congresso de Berlim em 1878. Um número de levantes armênios ocorreu nas cidades da Anatólia, levando o sultão Abdul Hamid II a responder a estas rebeliões e ataques, que estabelece os regimentos Hamidiye no leste da Anatólia, formadas principalmente de unidades de cavalaria irregular de curdos recrutados. De 1894-96 algo entre 100.000 a 300.000 armênios que viviam por todo o império foram mortos no que ficou conhecido como o massacre Hamidiano. Militantes armênios tomaram a sede do Banco Otomano em Constantinopla em 1896 para trazer a atenção da Europa para os massacres, mas eles falharam nesse esforço. Economicamente, o império tinha dificuldade em reembolsar a dívida otomana pública para os bancos europeus, o que causou a criação do Conselho de Administração da Dívida Pública Otomana. Até o final do século XIX, a principal razão do império não ter sido totalmente tomado pelas potências ocidentais vieram da doutrina do equilíbrio de poder. Tanto o Império Austríaco, quanto o Império Russo queriam aumentar suas esferas de influência e território, em detrimento do Império Otomano, mas foram mantidos em xeque principalmente pelo Reino Unido, que temiam o domínio russo na região do Mediterrâneo Oriental. O império otomano deteve os territórios correspondentes a Argélia, Tunísia, Egito, Sudão, Asmará, Etiópia, Djibuti, Somália Alguns foram perdidos ao longo da historia... Todos os territórios que tentara conquistar dependerão de seus interesses políticos e econômicos. REPRESENTAÇÕES: Imperador do império-Abdülhamid Mehmed Said Pacha [cada pessoa uma representação]. II e BANCADA INGLESA: Os principais fatos que permeiam a Inglaterra no século XIX giram em torno da expansão da economia capitalista, a qual levou os ingleses a fomentarem a colonização de territórios espalhados pela África e pela Ásia. A esse processo deu-se o nome de imperialismo ou neocolonialismo, sendo que a partir dele os britânicos imiscuíram-se na vida política de diferentes regiões do planeta com o propósito de expandir seus mercados, explorar mão de obra barata e obter matéria-prima a baixo custo. Nesse sentido, não devemos nos esquecer da Partilha da África. A partir de 1830, os franceses interessaram-se pela Argélia, conseguindo lá estabelecer-se depois de um vantajoso tratado de comércio com a Tunísia. Foi somente a partir de 1880, todavia, que as potências europeias passaram a interessar-se efetivamente pelo continente africano. Os avanços da Medicina, com a descoberta do quinino contra a malária, e o uso de armas cada vez mais sofisticadas (metralhadoras, por exemplo), foram fatores decisivos para o expansionismo europeu na África. A superioridade econômica e financeira, a relativa paz europeia e as rivalidades entre as nações africanas completaram o quadro em favor das potências imperialistas. Em 1884, convocou-se uma conferência internacional das grandes potências, em Berlim, para estabelecer as regras básicas para a conquista da África. As melhores porções africanas ficaram em mãos inglesas. Região Leste: em 1882 foi criado o protetorado inglês sobre o Egito; a seguir, novas conquistas efetuam-se, como as da África Oriental Britânica (atual Quênia), Rodésia, Uganda e Sudão AngloEgípcio. Na Costa Ocidental: Gâmbia, Serra Leoa, Nigéria e Costa de Ouro. No Sul, a Inglaterra possuía a Colônia do Cabo, tomada dos holandeses na época de Napoleão Bonaparte. Os ingleses também tentaram formar um bloco compacto do Cabo do Egito; o principal promotor desta política foi Cecil Rhodes, primeiro-ministro da Colônia do Cabo, que planejara a construção de uma ferrovia do Cairo ao Cabo. Nesse contexto, até entraram em conflito com Portugal, por razões territoriais e econômicas. O principal interesse da Inglaterra, nesse sentido, foi impedir que Portugal ligasse Angola a Moçambique, de forma que não houvesse comunicação entre as duas colônias, impedindo, desta maneira, o comércio de mercadorias. A Inglaterra em resposta a ameaça de não possuir a livre passagem do cabo ao Cairo fez um ultimato a Portugal em que constava que se esse não cedesse os territórios, a Inglaterra declararia guerra. Dado que Portugal não possuía força militar necessária, acabou por ceder às pressões inglesas. A expansão inglesa na Colônia do Cabo em direção ao Norte promoveu uma guerra com os chamados bôeres, descendentes dos colonos calvinistas dos Países Baixos e também da Alemanha e França, que se estabeleceram nos séculos XVII e XVIII na África do Sul. Os bôeres começaram a hostilizar os estrangeiros e tal fato foi pretexto para o início das lutas contra os ingleses. Liderados pelo presidente Stephanus Krüger, da província de Transvaal, com grande heroísmo, os bôeres lutaram durante três anos (de 1899 a 1902), sendo, no entanto, vencidos. Receberam uma indenização pelos prejuízos sofridos em suas fazendas. Com grande hostilidade diplomática, a Inglaterra permitiu a formação da União Sul-Africana (1908), composta pelas províncias de Orange, Transvaal, Cabo e Natal. A União Sul-Africana ficou sendo governada por um representante da Coroa e por um parlamento nomeado pelos próprios habitantes oficiais: ingleses e holandeses. Além do imperialismo na África, o imperialismo inglês também predominou na América Latina. Os ingleses entulhavam os mercados latino-americanos com seus manufaturados que sufocavam as indústrias locais e atiçavam as rivalidades entre as nações americanas (Guerra da Tríplice Aliança e Guerra do Pacífico são alguns exemplos). Na segunda metade do século XIX, os ingleses também controlavam a rede bancária, o comércio exterior e a exploração das ferrovias. É importante salientar, nesse sentido, o endividamento externo da maioria dos países latinoamericanos. Até meados do séc. XIX o império inglês detinha as colônias correspondentes a África Do Sul, Egito, Sudão, Gana, Nigéria, Somália, Serra Leoa, Tanzânia, Uganda, Quênia, Malaui, Zâmbia, Gâmbia, Lesoto, Mauricia, Suazilândia, Seychelles, Zimbábue . REPRESSENTAÇOES: Rainha Vitoria I, William Ewart Gladstone- [duas representações para William] APPLICATION O QUE É UM APPLICATION: O Application é um texto de total autoria do candidato, que deve ser enviado para a diretoria do comitê para que tenha a chance de conseguir a representação que deseja. Como deve ser: I. Representações Padrões Antes da elaboração do texto, o candidato deve verificar a lista de representações e escolher três nomes como opções de representação, porém o texto deve ser feito com base em apenas uma representação, que deve ser a mais desejada pelo candidato. Os nomes devem estar em ordem de preferência, sendo o primeiro nome o da representação usada pra elaboração do texto, e os outros dois, opções secundárias caso não consiga a representação inicial (o sistema de seleção de applications está explicado mais a frente). Após as escolhas, o candidato deverá redigir um texto que contenha a posição política de sua representação em vista das crises e revoltas, e questões presentes no mini-guia. O application deve ser redigido com fonte Arial ou Times New Roman tamanho 12 com espaçamento e margens padrão, ocupando de 20 a 30 linhas. Para que o application tenha qualidade, é aconselhável que o candidato faça uma pesquisa acerca da representação escolhida além do mini-guia. O candidato que redigir um texto para ter uma representação padrão não pode optar secundariamente por uma representação na imprensa. II. Imprensa O candidato às vagas de imprensa tem como objetivo redigir um texto – dentro das mesmas especificações das representações gerais - expondo a posição do Jornal escolhido em relação ao assunto tratado pelo comitê, além da maneira como é escrito e sua possível influência nas decisões internas. A primeira e a segunda opção de jornal devem ser indicadas, mas o texto só deve ser feito para a primeira. A segunda opção será automaticamente o jornal não escolhido. Os padrões de escolha são os mesmos para as representações padrões. Seleção dos Applications Os applications serão lidos pelos diretores e julgados pela sua qualidade. Se apenas um delegado fizer application para uma representação, este conseguirá a vaga - se o texto estiver dentro das normas explicadas anteriormente. Caso haja mais de um application para a mesma representação, os diretores do comitê irão comparar a qualidade dos dois e decidir qual dos delegados ficará com a representação em questão, sendo que o delegado que não conseguir ficar com a representação inicial ficará automaticamente sua segunda opção. Caso dois delegados não consigam a primeira opção e tenham suas segundas opções coincidindo, seus applications serão comparados, e o candidato que produziu o texto de maior qualidade ficará com a representação - mesmo que o texto não tenha ligação com a nova opção - e assim sucessivamente. Os delegados serão informados se conseguiram a representação que desejam por um e-mail de notificação enviado pela diretoria do comitê. Propostas de Applications para o Comitê: I. Padrão: os candidatos devem escolher o personagem e responder as seguintes perguntas: A) Como defender a liberdade de comércio na bacia do Congo, ou como defender a não liberdade de comércio. B) Como defender ou não a interdição do tráfico de escravos C) Os territórios da bacia do Congo devem ser neutros? D) Navegaçao no Congo e Níger devem ser permitidas? E) Quais as condições essenciais a serem seguidas nas novas ocupações no Continente Africano? F) quais as ocupações já efetuadas que seriam consideradas como efetivas G) Uma possível redivisão da África pode ocorrer... OBS: Deverá ser seguido a risca as ideologias da bancada e do personagem escolhido para responder as perguntas. II. Imprensa Tendo em vista as disputas territoriais, que estão amplamente relacionadas ao sistema colonial através do qual diversos países europeus ampliam sua economia. Como o jornal se posiciona nos momentos que antecedem a conferência? Escreva um artigo. BIBLIOGRAFIA: http://www.brasilescola.com/historiag/a-ideologia-imperialista.htm Caderno historia terceiro ano Livro: Historia Geral Da África vol. VII África sob dominação colonial 1880-1935 Documento da UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS http://carloshistoria.blogspot.com.br/2011/08/franca-no-seculo-xix.html http://pt.wikipedia.org/wiki/Confer%C3%AAncia_de_Berlim http://www.infoescola.com/historia/conferencia-de-berlim/ http://www.infoescola.com/historia/partilha-da-africa/ http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/africa-do-sul/partilha-da-africa.php http://pt.wikibooks.org/wiki/B%C3%A9lgica/Hist%C3%B3ria http://pt.wikipedia.org/wiki/Leopoldo_II_da_B%C3%A9lgica http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81ustria-Hungria http://oolhodahistoria.org/n11/textos/joserenato.pdf http://www.bepeli.com.br/educacional/historia_paises/historia_franca.html http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/9977/hoje+na+historia+1885++conf erencia+de+berlim+da+fim+aos+conflitos+coloniais+na+africa.shtml http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/africa-do-sul/partilha-da-africa.php http://www.scribd.com/doc/101116886/Processo-de-ocupacao-territorial-de-africa Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas Departamento de História Disciplina: História Contemporânea ATA GERAL REDIGIDA EM BERLIM EM 26 DE FEVEREIRO EM 1885