CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CURSO DE ADMINISTRAÇÃO Disciplina: ADMINISTRAÇÃO MERCADOLOGICA TURMAS: 5ª ADN 1 – TURNO: NOITE Professor: Valter Cantuária UNIDADE 4 – COMPOSTO DE MARKETING TEXTO V – OS QUATRO Ps E OS QUATRO Cs. 5.1 – Introdução Por menor que seja uma empresa, ela sempre terá que utilizar as ferramentas de Marketing para organizar no seu Plano de Marketing, suas operações, seu posicionamento, em qual rede de operações irá operar, bem como, em qual posição da rede ela irá se localizar. Neste sentido ela terá forçosamente que utilizar-se dos quatro P’s como regras básicas de sobrevivência no Mercado. Os 4 P’s são decorrentes de uma estratégia formulada pelo professor Jerome McCarthy no início da década de 60. Esses 4 P‘s, hoje já viraram 7 P”s para as áreas de Serviços e 9 P’s para as áreas de Turismo, a partir da década de 90 5.2 – Elaboração de Estratégias dos 4 P’s As estratégias operacionais da empresa levam em conta esses 4 P’s que são: Ponto(Praça), Produto, Preço e Promoção (Propaganda). a) Estratégias para o local do Ponto (Praça) Atualmente dentro do composto de Marketing, o Ponto é um dos P que tem peso relativo. Dependendo do tipo de produto que a empresa está oferecendo e da logística de entrega do produto ao consumidor, ele poderá ser um fator decisivo no sucesso das vendas como um fator de pouca importância. Como fator decisivo pode-se exemplificar as ofertas em ponto fixo, devido o produto depender de tecnologias de apoio, sem as quais não poderá ser ofertado como: clínicas; hospitais; escola presencial, shows de grande badalação, etc. Já como fator de menos importância pode-se exemplificar: e-commerce e delivery. b) Estratégias para o Produto O Marketing que precede o lançamento de um produto e o acompanha durante seu ciclo de vida deve levar em conta as características do produto, qual necessidade pretende atender, qual tecnologia usa bem como outras variáveis inerentes ao mesmo, tais como: 1. Ciclo de Vida do Produto Todo produto tem um ciclo de vida pré-determinado onde são levados em conta o período de lançamento, seu crescimento, maturidade e declínio. 1 Cantuária (2005, p.52 a 55) descrevendo o ciclo de vida de um empreendimento o compara a um produto e explica cada fase desse ciclo ao longo desse perído, onde: a) Introdução Trata-se da fase inicial do produto e sua entrada no mercado. b) Crescimento Momento em que o produto começa a se firmar no mercado. Começa a procura pelo produto. Já haverá então necessidade de investimentos. É o momento de realizar melhorias no produto ou de projetar um novo produto. A empresa não pode apostar indefinidamente em um único produto e nem em uma única formatação do mesmo produto. c) Maturidade Período em que se estabiliza a demanda e se reduz a necessidade de investimentos. É o momento de rever planos ou refazer trajetórias. d) Declínio Período que representa a demanda decrescente. O produto passa a não ser tão procurado pelos clientes. Se não forem tomadas decisões anteriores, é o momento de retirá-lo do mercado; sua manutenção no mercado poderá macular não só a imagem do produto como a da própria empresa. 2. Qualidade do Produto A Qualidade do Produto é um ponto inerente com o zelo e a seriedade com os quais a empresa opera no mercado. Seu Marketing deve, portanto, levar em conta as variáveis que operam nessa direção. Cantuária (2007, p 103 e 104) refere-se a 5 objetivos que devem ser levados em conta no controle da qualidade dos produtos. Reproduzimos o quadro abaixo por ser auto-explicativo e demonstrar os benefícios que proporcionam. Vejam os objetivos da Qualidade na Gestão da Produção: Para o usuário a qualidade é sentida em oito características diferentes que segundo Cantuária (2007, p. 105), são: 1. Características operacionais principais – Todo produto deve ter bom desempenho. 2. Características operacionais secundárias – Todo produto deve ter facilitada a sua utilização com a agregação de melhorias. 3. Características de confiabilidade – O produto deve ter um período de vida útil que justifique a expectativa do consumidor e até a supere. 4. Característica de conformidade – Todo produto deve se adequar às normas e especificações definidas pelos órgãos de controle nacionais e internacionais. 2 5. Características de durabilidade – Todo produto deve ter uma durabilidade que justifique a expectativa do consumidor, do mesmo modo que a confiabilidade, visto que as duas estão bastante associadas. 6. Características de assistência técnica – Todo produto deve oferecer ao cliente condições ideais de manutenção do mesmo em caso de pane dentro ou fora da garantia. 7. Característica de estética – Todo produto deve ter boa apresentação, mesmo sendo subjetiva, deve apresentar um design que satisfaça a vaidade do consumidor. 8. Característica de qualidade percebida – O produto deve levar o consumidor a acreditar que o produto que parece ser bom, é bom, ou seja, deve comprovar a subjetividade do primeiro julgamento. c) Estratégias para o Preço O preço de um produto é estabelecido por uma série de variáveis que tem a ver com o posicionamento do produto no mercado e com a segmentação desse mesmo mercado. Desse modo o estabelecimento do preço não é uma tarefa fácil e simples de ser realizada. Essas variáveis precisam ser analisadas para a tomada da decisão de qual preço deve ser estabelecido. Deve-se lembrar, também, que o preço é a única estratégia que gera receita e, lucratividade, as demais estratégias geram despesas ou custos, razão pela qual, a decisão de estabelecer o melhor preço deve levar em conta o perfil do consumidor, pois, nem sempre o menor preço é a melhor opção. d) Estratégia de Promoção O quarto e último P é a promoção. Esta é a estratégia de comunicação de seu Plano de Marketing. Aqui você planeja não apenas a mensagem que quer usar, mas também as ferramentas que usará para divulgá-la ao mundo. Na verdade, a sua seção de promoção tem 6 categorias: anúncios; relações públicas e publicidade; marketing direto; promoções e eventos; material de marketing do produto/empresa; brindes; força de venda. Basicamente, esta estratégia deve cobrir cada modo de comunicação que atraia seu mercado-alvo e ajude a direcioná-lo não apenas para conhecer a sua oferta, mas também para atuar sobre ela. Isto também inclui outras maneiras como boletins para os clientes, um site da empresa, etc. É nesta seção de seu plano que você deve ter certeza de que está seguindo um plano de Comunicação de marketing integrado. Significa que cada uma destas ferramentas deve seguir as mesmas regras e divulgar a mesma mensagem. Separar os grupos de Relações Públicas, grupos de promoções e grupos de vendas dificulta muito o trabalho, a menos que você se certifique de que todos eles concordam com o que está dizendo e como está dizendo. 5.3 – Estratégias para aplicação dos 4 C’s Se o composto de marketing dos 4Ps é o conjunto de instrumento a disposição do administrador, do ponto de vista do cliente, os 4Cs é o conjunto de estratégias que atende os seus anseios. Os 4Cs: cliente (como solução para o negócio); custo (para o cliente); conveniência e promoção. Essas estratégias foram criadas por Robert Lauterbom, por volta dos anos 1990, para estudar do ponto de vista do cliente, como cada p é entendido pelo mesmo. Existe uma relação entre cada P e cada C que é a abaixo: Produto Preço Praça(ponto) Promoção Cliente Custo (para o cliente) Conveniência Comunicação (com o cliente) 3 Vamos tratar de entender essa relação estabelecida por Lauterbom. Para esse autor, mais importante do que ter um produto ou um serviços para ofertar, é ter um cliente para para satisfazer. A retenção de um cliente se faz proporcionando a ele diversas conveniências, com o objetivo de torná-lo um cliente fiel. Uma fez atendida esta característica, que como se sabe, é muito difícil, pois é preciso exercitar os três primeiros P’s com um enorme exercício de equilibrismo, o passo seguinte é mantê-lo fiel à empresa. Este é o momento da introdução do quatro C, a comunicação.que é realizada como um processo de sedução, visando empolgar o cliente com os benefícios do produto ou do serviço. 5.4 – Como operacionalizar os 4 P’s com os 4 C’s e Utilização dos 4 A’s Como já visto, as dificuldades para implantar os 4 P’s são grandes, casar os 4 P’s com os 4 C’s é uma tarefa hercúlea que só poderá ser exercitada se a empresa se dispuser a trabalhar os 4 A’s, conceito criado pelo professor Raimar Richers, que deve ser incluído no Planejamento de Marketing da empresa, para que ela possa obter um feedback de suas ações. Assim, sugere aquele professor a Utilização da Análise, da Adaptação, da Ativação e da Avaliação, constante das operações para um perfeito casamento dos P’s com os C’s. Essas ferramentas devem ser o instrumento de monitoração da implantação do Plano de Marketing e de sua operacionalização ao longo do tempo. Nessas avaliações será necessário a utilização de diversas ferramentas que existem a disposição do administrador, como: Balanced Score Card, Benchmarking, re-engenharia, entre outras. Referencias: Cantuária, Valter. Gestão de micro e pequenas empresas: guia prático para empreendedores. Macapá: Valcan, 2005. __________. Administração da produção e operações: noções introdutórias. Macapá: Valcan, 2007. Claudio Shimoyama; Douglas Ricardo Zela - Administração de Marketing Silva, Fábio Gomes; Zambon. Marcelo S. (org). – Gestão do relacionamento com o cliente. São Paulo: Thomson Learning, 2006. Solomon, Michel R. Comportamento do Consumidor. (5 ed.) Porto Alegre: Bookman, 2002. Sites: www.administrador.com. br – acesso em 25.10.10. HTTP://empresasefinancas.hsw.uol.com.br.//planos de marketing, acesso em 22.10.10 4