3 Mg – Gingaestética (2005) (Lê–se: Três miligramas – Gingaestética) Construído a partir do conceito de abrigo das favelas brasileiras, fragmentos de imagens são arranjadas e coladas lado a lado, proporcionando uma “edição” que abriga referências de todo tipo e qualidade de escolhas. A Ginga aparece no corpo e no espaço através da dinâmica que sustenta a efemeridade das imagens. Ela é o labirinto que avança sempre com a possibilidade da transformação onde a presença e o olhar do performer são elementos geradores de instabilidade na cena. O projeto “3 Mg – Gingaestética” surgiu da necessidade de se pesquisar o fator da brasilidade no corpo, os aspectos que nos fazem brasileiros, como o Brasil é visto por nós mesmos e pelos outros. Com esse horizonte apontado chegamos á referencia teórica no livro da arquiteta e urbanista Paola Berenstaein Jaques: “A estética da Ginga” que muito generosamente aborda através do viés da arquitetura e das artes plásticas a estética da favela do Rio de Janeiro cruzando informações com a obra do artista Hélio Oiticica. Pesquisa surpreendentemente profunda que nos ajudou a formular nosso próprio conceito de “Ginga” investigando os conceitos de “Fragmento”, “Labirinto” e “Rizoma” e cruzando com informações e características da nossa realidade. O corpo O corpo que se apresenta nessa dança é construído a partir da dês padronização de movimentos. Ele está apto a mudar de curso rapidamente. O corpo habita as seqüências de movimentos que foram criadas através da escolha de imagens que abrigam várias referências. É um corpo que está associado à idéia de luta pela sobrevivência e realidade precária do brasileiro. Estreou em Manhathan, Nova Iorque dia 28 de abril de 2005 no Teatro Flamboyan, Centro Cultural Clemente Soto Velles; Abriu o III Festival de dança e teatro Elizeu Voronkoff – Araucária PR em Maio de 2005; Foi selecionado para a Mostra de Novos Coreógrafos pelo SESC – SP/ INTERNATIONAL FABBRICA FOR CHOREOGRAPHERS (Itália) em Agosto de 2005; Encerrou o XV Festival da Antonina – PR, em 16 de julho de 2005; Encerrou a Mostra de Dança de Araraquara – SP em 11 de setembro de 2005; Realizou temporada em Curitiba de 14 de Setembro a 16 de Outubro de 2005; Selecionado para a Mostra FORA DO EIXO –SESC Ipiranga SP em 18 de Novembro de 2005; Encerra a Mostra IRREVERENTES NA DANÇA – SESC Santana SP em 29 de janeiro de 2006; Apresenta –se na Estação Leopolda no Festival Fábbrica Europa em Florença/ Itália em 17 de maio de 2006. FICHA TÉCNICA: Concepção, direção e coreografia: Carmen Jorge. Performers co-criadores: Angelo Cruz, Carmen Jorge e Leo Gomes. Luz: Maurício Vogue Operação de luz e som: Daniele Régis / Fernando Albuquerque Música: Carnavá Tá Aí (Pixinguinha e Josué de Barros) / Samba Quente / Frigideira (Luciano Perrone) Figurino: Carmen Jorge e Roberto Arad Fotos: Paulo Camargo e Helena Villar (Duo Fotos) Duração: 30 minutos - 40 minutos. Incentivo: Lei Municipal de Incentivo à Cultura, Fundação Cultural de Curitiba, Prefeitura Municipal de Curitiba. / Realização: Ar Co. – Companhia do Ar / Incentivadores: Banco do Brasil e Dom Bosco / Apoiadores: Roberto Arad e J. Melo Editora e Produções.