PECADO - Ciências Ocultas - Lucas.Fernando.Da.Silva

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“Não é porque pecamos que nos tornamos pecadores; pelo contrário, por
sermos pecadores é que pecamos”
“Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para
condenação , assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os
homens para a justificação que dá vida. Por que ,como pela desobediência de um só
homem muitos se tornaram pecadores, assim também por meio da obediência de um só
,muitos se tornarão justos.”
( Romanos 5:18,19).
PECADO
“Não é porque pecamos que nos tornamos pecadores; pelo contrário, por sermos
pecadores é que pecamos”
INTRODUÇÃO
Vivemos num mundo que insiste em negar a existência do pecado e, quando admite a existência do
pecado, em negar que a forma única pela qual se consegue a libertação do pecado é por intermédio de
Cristo Jesus e de seu sacrifício na cruz do Calvário. Não são poucos aqueles que o “mistério da
injustiça” tem levantado, nestes últimos dias, para tentar negar as evidências das verdades bíblicas,
“falsos doutores” que, eles mesmos, não têm conseguido se livrar do pecado (II Pe.2:1,2). Negar a
existência de Deus, e, por conseguinte, negar que a Bíblia é a sua Palavra é um papel de satanás. Isto,
ao longo da história, e com maior ênfase nestes tempos do Pós - Modernismo, ele tem feito, sempre
usando os instrumentos humanos que, conscientes ou não, se deixam usar por eles.
Está escrito que Deus, ao completar a obra da criação, declarou que tudo era "muito bom". Observando,
mesmo ligeiramente, chegamos à convicção de que muitas coisas que agora existem não são boas — o
mal, a impiedade, a opressão, a luta, a guerra, a morte, a inveja, avareza, imoralidade, infidelidade,
idolatria e o sofrimento. E naturalmente surge a pergunta: Como entrou o mal no mundo? — pergunta
que tem deixado perplexos muitos pensadores. A Bíblia oferece a resposta de Deus; ainda
mais, informa-nos o que o pecado realmente é; melhor ainda, apresenta-nos o remédio para o pecado
Origem do pecado
O Pecado se originou no Mundo Angélico.
A Bíblia nos ensina que na tentativa de investigar a origem do pecado devemos retornar à queda do
homem, na descrição de Gen 3 e fixar a atenção em algo que sucedeu no mundo angélico. Deus criou
um grande número de anjos, e estes eram todos bons, quando saíram das mãos do seu Criador ,(Gen
1:31). Mas ocorreu uma queda no mundo angélico , queda na qual legiões de anjos se apartaram de
Deus. A ocasião exata dessa queda não é indicada, mas em João 8:44. Jesus fala do diabo como
assassino desde o princípio e em 1 João 3:8 diz João que o Diabo peca desde o princípio.
A origem do pecado na raça humana.
Com respeito à origem do pecado na história da humanidade a Bíblia ensina que ele teve início com a
transgressão de Adão no paraíso e portanto com um ato perfeitamente voluntário da parte do homem. O
tentador veio do mundo dos espíritos com a sugestão de que o homem, colocando-se em oposição a
Deus, poderia tornar-se semelhante a Deus. Adão se rendeu à tentação e cometeu o primeiro pecado,
comendo do fruto proibido. Mas a coisa não parou aí, pois com esse primeiro pecado Adão passou a ser
escravo do pecado. Esse pecado trouxe consigo corrupção permanente, corrupção que dada a
solidariedade da raça humana, teria efeito não somente sobre Adão , mas também sobre todos os seus
descendentes. Como resultado da queda, o pai da raça só pode transmitir uma natureza depravada aos
descendentes. Dessa fonte não Santa o pecado fluí numa corrente impura passando para todas as
gerações de homens corrompendo tudo e todos com que entra em contato. É exatamente esse estado
de coisas que torna tão pertinente a pergunta de Jó.Quem da imundície poderá tirar cousa pura ?
Ninguém, (Jó 14:4).
Portanto,assim como por um só homem entrou o pecado no mundo e pelo pecado a morte, assim
também a morte passou a todos os homens,porque todos pecaram..Deus adjudica a todos os homens a
condição de pecadores, culpados em Adão, exatamente como adjudica a todos os crentes a condição de
justos em Jesus Cristo. É o que Paulo quer dizer, quando afirma:
“Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação , assim
também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida.
Por que ,como pela desobediência de um só homem muitos se tornaram pecadores, assim também por
meio da obediência de um só ,muitos se tornarão justos.”
( Romanos 5:18,19).
A Liberdade de Adão Envolvia uma Escolha acerca do Mal
O ato de Adão envolveu uma decisão entre o bem e o mal, e foi uma decisão livre, à medida que ele
foi livre para tomar a decisão errada. Se ele não fosse livre para optar pelo mal acima do bem, ele não
poderia ter tomado a decisão errada. Mas ele tinha o poder de obedecer ou desobedecer. Adão possuía
uma natureza santa e perfeita, sem inclinação para o pecado, sem uma força que o impulsionasse a pecar;
como o homem natural hoje possui após a queda e desobediência de Adão e Eva. Ele pecou
voluntariamente.
A Escolha que Adão Fez pelo Mal Poderia Ter Sido Evitada
Além disso, o mal não era inevitável para Adão. Isto fica claro a partir do fato de Deus ter dito para
Adão “não comerás”(cf. Gn 2.17). Adão podia ter evitado o mal. A forma verbal implica que Adão tinha
tanto a possibilidade, quanto a capacidade de pecar ou não pecar. E mais, o próprio Deus chamou Adão
à responsabilidade pela decisão que ele, soberanamente, havia tomado, punindo-o por ter feito a escolha
errada. Não existe responsabilidade que não surja da capacidade que temos por respondermos por algo,e
as conseqüências que se seguiram a escolha do mal indicam que tudo poderia ter sido evitado.
0 Diabo não Fez com que Adão Pecasse
Desde o tempo de Adão, as pessoas fazem uso da conhecida desculpa: “O Diabo me fez fazer isto!”
Alguns crentes são conhecidos por usar este tipo de expressão para justificar suas atitudes erradas, da
mesma forma que Adão e Eva o fizeram. Adão culpou Eva, e Eva transferiu a culpa para Satanás. Mas,
como já analisamos, Satanás não forçou ninguém a pecar; Ele somente tentou Adão.
Deus não fez que Adão pecasse
Uma coisa é absolutamente impensável: Que Deus seja ou possa ser o autor ou executor do pecado.
Portanto, com argumento de que Deus mantém todo o poder em suas próprias mãos, algumas teorias
fazem de Deus o responsável por todo o mal. Abertamente falando, isto significa que quando ocorrem
assassinatos, a responsabilidade daquelas mortes é de Deus, e quando um assalto ocorre, ele também
foi causado por Deus. Deus é absolutamente bom e, como tal, não pode praticar o (tampouco ser
responsável pelo) mal.
Não Havia uma Natureza Imperfeita em Adão que o Fizesse Pecar
A Bíblia, afirma que Deus fez somente criaturas boas. Ao fim de, praticamente, todos os dias da criação,
conforme lemos no livro de Gênesis, que Deus considerava as suas obras “muito boas” (1:4, 10, 18, 21,
25), e depois do sexto dia: “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom” (1:31). Salomão
acrescentou: “Vede, isto tão-somente achei: que Deus fez ao homem reto” (Ecles 7.29). Como já vimos,
Deus é incapaz de criar algo mau; somente criaturas perfeitas podem surgir das mãos de um Criador
perfeito.
Mesmo assim, o poder das escolhas livres implica a capacidade de aderir ou rejeitar o bem planejado
por Deus. Deus revelou que a liberdade é boa — na verdade, tão boa que ele no-la concedeu. Porem, a
liberdade também torna possível o mal. Se Deus criou criaturas livres, e se é bom que sejamos livres,
então a origem do mal é o mal-uso da liberdade.
Isto não é difícil de compreender. A maioria de nós, por exemplo, aprecia a liberdade de dirigir um
carro, mas muitos abusam desta liberdade e dirigem de forma irresponsável. Nós não culpamos (nem
devemos culpar) o governo por continuar nos concedendo a habilitação, apesar de todos os danos
causados por motoristas imprudentes. Somente as pessoas que dirigem de forma irresponsável e
criminosa, e que mutilam ou matam outras pessoas, são responsáveis pelos resultados das suas ações.
Apesar do mal poder resultar em abuso de liberdade ou malandragens, o governo entende que é mais
proveitoso que os indivíduos da sociedade possam utilizar veículos do que ter que fazer todos os nossos
afazeres a pé. De igual maneira, Deus também demonstrou que é melhor termos liberdade — mesmo que
com ela venha a possibilidade do abuso — do que não termos liberdade alguma.
A NATUREZA DO LIVRE-ARBÍTRIO DE DEUS
O primeiro casal foi livre para pecar ou não pecar. Deus é livre, contudo não lhe é possível pecar (1
João 1:5 Hb 6.18). Na verdade, como já observamos, Deus não pode nem ao menos ser tentado a pecar
(Tg 1.13) Ele é absolutamente imune ao mal. Como, então, Deus pode ser livre se não existe a
possibilidade dele fazer a escolha errada?
A resposta é que Deus é na sua própria essência, Todo-bondade e, portanto, Ele somente pode fazer
o bem, e estar sujeito à sua própria natureza. Deus é AMOR, e é impossível que Deus odeie alguém.
Deus é LUZ, é impossível que as trevas lhe alcance. Deus é Justiça, é impossível que ele use de injustiça.
Deus é SANTO, é impossível que ele peque. (Tg 1.13,17)
A Liberdade de Fazer somente o Bem não Significa a Perda da Liberdade Real
É importante notar que o céu não representa a destruição da nossa verdadeira liberdade, mas o
cumprimento dela. Neste mundo podemos optar entre fazer a vontade de Deus ou não; depois que a
escolha é feita, o nosso destino está selado até à morte (Hb 9.27). Portanto, se escolhemos fazer a
vontade de Deus, em vez na nossa própria vontade, a liberdade de fazermos o mal desaparece e somos
livres para fazer somente o bem. E como a liberdade de fazer o mal é também a liberdade que temos para
destruirmos a nós mesmos, ela não é uma liberdade perfeita (completa). A essência da liberdade real é a
liberdade que Deus possui (e que, na eternidade, os crentes possuirão), a saber, a capacidade de escolher
somente o bem. De forma semelhante, no inferno, os demônios (anjos caídos), agora sem a influência da
glória de Deus, são enrijecidos na sua vontade de fazer o mal.
Por conseguinte, quando Deus nos levar para o céu, onde tudo isso será real, Ele não terá eliminado
a nossa liberdade, mas sim, cumprido-a. Em suma, a perda da capacidade de se fazer o mal não é, de
forma alguma, um mal; mas, muito pelo contrário, será um bem majestoso que receberemos.
A Diferença entre Pecado e Pecados
Podemos facilmente dizer que a diferença entre pecado e pecados é que pecado é singular e pecados é
plural. Entretanto, precisamos distinguir claramente entre pecado e pecados. Se você não consegue
diferenciar os dois, será impossível ter clareza da sua salvação. Que é pecado de acordo com a Bíblia?
E que são pecados? Permitam-me dar uma breve definição primeiro. Pecado refere-se àquele poder
dentro de nós que nos motiva a cometer atos pecaminosos. Pecados, por outro lado, refere-se aos atos
pecaminosos individuais, específicos, que cometemos exteriormente.
Que é pecado? Seremos simples e consideraremos essa questão a partir da nossa experiência.
Sabemos que há algo dentro de nós que nos motiva e nos obriga a ter certas inclinações espontâneas,
que nos induz para o caminho da concupiscência e paixão. De acordo com a Bíblia esse algo é o pecado
(Rm 7:8, 16-17). Todavia, não há somente o pecado interior que nos obriga e induz, há também os atos
pecaminosos individuais, os pecados, os quais são cometidos exteriormente. Na Bíblia, os pecados
estão relacionados
com a nossa conduta, enquanto o pecado está relacionado com a nossa vida natural. Pecados são os
cometidos pelas mãos, pelos pés, pelo coração, e mesmo por todo o corpo. Paulo refere-se a isso ao
falar dos feitos do corpo (Rm 8:13). Então, que é o pecado? O pecado é uma lei que controla nossos
membros (Rm 7:23). Existe algo dentro de nós que nos leva a pecar, a cometer o mal e esse algo é o
pecado.
Se quisermos fazer uma distinção clara entre pecado e pecados, há uma parte nas Escrituras que
precisamos considerar. São os primeiros oito capítulos do livro de Romanos. Esses oito capítulos
mostram-nos o significado pleno do pecado. Nesses oito capítulos encontramos uma característica
notável: do capítulo 1 ao 5:11, somente a palavra pecados, no plural, é mencionada; a palavra pecado,
no singular, jamais é mencionada. Mas, de 5:12 até o final do capítulo oito, o que encontramos é pecado,
não pecados. Do capítulo 1 até 5:11, Romanos mostra-nos que o homem tem cometido pecados diante
de Deus. De 5:12 em diante, Romanos mostra-nos que tipo de pessoa o homem é diante de Deus: um
pecador. Pecado refere-se à vida que possuímos. Antes de Romanos 5:12 nenhuma menção há de
mortos sendo vivificados, pois o problema ali não é que alguém precise ser vivificado e, sim, que os
pecados individuais que alguém cometeu precisam ser perdoados.
De 5:12 em diante, temos a segunda seção. Aqui vemos algo forte e poderoso dentro de nós como uma
lei em nossos membros, que é o pecado, que nos induz e obriga a cometer os pecados, os atos
pecaminosos. Por isso há necessidade de sermos libertados. Os pecados têm a ver com a nossa
conduta, e para isso a Bíblia mostra-nos que precisamos de perdão (Mt 26:28; At 2:38; 10:43). Porém, o
pecado é o que nos incita, induz-nos a cometer os atos pecaminosos. Por isso, a Bíblia mostra-nos que
precisamos de libertação (Rm 6:18, 22). Certa vez encontrei um missionário que falava sobre “o perdão
do pecado”. Imediatamente levantei-me, apertei sua mão e perguntei: “Onde na Bíblia se diz ‘perdão do
pecado’?” Ele argumentou que existiam muitos casos. Quando lhe perguntei se podia encontrar um para
mim, ele disse: “Que você quer dizer? Não é possível encontrar nem sequer um lugar que diga isso?” Eu
disse-lhe que em toda a Bíblia, em nenhum lugar são mencionadas as palavras o perdão do pecado; em
vez disso, a Bíblia sempre fala de “perdão de pecados”. Os pecados é que são perdoados, não o
pecado. Ele não acreditou em minhas palavras, então foi procurar em sua Bíblia. Finalmente me disse:
“é tão
estranho. Toda vez que essa frase é usada, um pequeno s é adicionado a ela”. Creio que você pode ver
que os pecados é que são perdoados, não o pecado.
Os pecados são exteriores a nós. Eis por que precisam ser perdoados. Contudo, algo mais está dentro
de nós, algo forte e poderoso que nos leva a cometer pecados. Para isso precisamos não de perdão,
mas de libertação. Precisamos ser libertados. Tão logo não estejamos mais sob seu poder e nada
tenhamos a ver com ele, estaremos em paz. A solução para os pecados vem do perdão. Entretanto, a
solução para o pecado vem quando não estivermos mais debaixo do seu poder e não tivermos mais
nada a ver com ele. Os
pecados estão relacionados com as nossas ações e são cometidos um por um. Eis por que precisam ser
perdoados. O pecado, porém, está dentro de nós e precisamos ser libertados dele.
Portanto, a Bíblia nunca diz “perdão do pecado”, mas “perdão dos pecados”. Tampouco a Bíblia fala
sobre ser “libertado dos pecados”. Posso assegurar-lhes que a Bíblia nunca diz isso. Pelo contrário, a
Bíblia diz que somos “libertados do pecado”, em vez de libertados dos pecados. A única coisa da qual
precisamos escapar e ser libertados é daquilo que nos incita e nos induz a cometer pecados. Essa
distinção é feita de modo bastante claro na Bíblia. Posso comparar os dois desta forma:
De acordo com a Bíblia, o pecado está na carne; enquanto os pecados estão na nossa conduta.
O pecado é um princípio dentro de nós; é um princípio da vida que temos. Os pecados são atos
cometidos por nós; são atos em nosso viver. O pecado é uma lei nos membros. Os pecados são
transgressões que cometemos; são atividades e atos reais.
O pecado está relacionado com o nosso ser; os pecados estão relacionados com o nosso agir. Pecado é
o que somos; pecados é o que fazemos. Uma pessoa é governada pelo pecado em sua vida natural.
Pecado é algo considerado como um todo; pecados são coisas consideradas caso a caso. O pecado
está no interior do homem; os pecados estão diante de Deus. O pecado requer que sejamos libertados;
os pecados requerem que sejamos perdoados.
Pecado diz respeito à santificação; pecados se relacionam com a justificação. O pecado está na
natureza do homem; os pecados estão nos hábitos do homem. Figurativamente falando, o pecado é
como uma árvore e os pecados são como o fruto da árvore.
Podemos tornar essa questão clara com uma simples ilustração. Ao pregar o evangelho, freqüentemente
comparamos o pecador a um devedor. Todos sabemos que ser devedor não é algo agradável. Contudo
devemos lembrar que uma coisa é alguém ter dívidas; e outra coisa é ter disposição para contrair
dívidas. Uma pessoa que toma empréstimos seguidas vezes não se importa tanto com o fato de usar
dinheiro alheio. A Bíblia diz que os cristãos não devem ser devedores (Rm 13:8); eles não deveriam
tomar emprestado dos outros. Uma pessoa com tendência a tomar emprestado pode pedir duzentos ou
trezentos dólares de alguém hoje e, depois, dois ou três mil dólares de outro amanhã. E mesmo que seja
incapaz de pagar suas dívidas e seus parentes ou amigos tenham de pagá-las por ele, após uns poucos
dias ele começará a pensar em pedir
emprestado novamente. Isso mostra que tomar emprestado é uma coisa, mas ter tendência para o
empréstimo é outra. Os pecados descritos pela Bíblia são como débitos exteriores, enquanto pecado é
como o hábito e a disposição interiores, é como a mente que tem a inclinação de tomar emprestado
facilmente. Uma pessoa com tal mente não irá parar de tomar emprestado simplesmente porque alguém
pagou seus débitos. Pelo contrário, ela pode até mesmo tomar emprestado ainda mais, porque os outros
agora estão pagando suas dívidas.
Essa é a razão de Deus não tratar apenas com o registro dos pecados, mas também com a inclinação
para o pecado. Podemos ver a importância de lidar com os pecados, mas é igualmente importante lidar
com o pecado. Somente ao vermos ambos os aspectos é que o nosso entendimento sobre nossa
salvação será completo.
A Compreensão do Homem Quanto ao Pecado e aos Pecados
Antes de sermos salvos não sentíamos o prejuízo do pecado. Tudo o que sentíamos era o prejuízo dos
muitos pecados. Mesmo depois que nos tornamos cristãos, o que nos entristecia eram os nossos muitos
pecados, não o pecado em si. Apesar de salvos agora, ainda podemos mentir ou perder a calma, ter
ciúmes e ser orgulhosos, ou sermos inadvertidamente relaxados com os pertences alheios. Portanto,
esses pecados individuais nos aborrecem. Que devemos fazer? Chegar diante de Deus e pedir perdão
por esses itens
um a um. Podemos dizer: “Ó Deus, eu agi mal hoje. Pequei novamente. Por favor, perdoe-me”.
Se você fez doze coisas erradas ontem, sentiu-se triste interiormente. Mas se fez somente duas coisas
erradas hoje, deve estar alegre interiormente, porque cometeu bem menos pecados hoje, e que há
menos pecados em você agora. Contudo, deixe-me lembrar-lhe de que isso é apenas o estágio inicial de
uma vida cristã. Nesta fase ficamos tristes somente pelos muitos pecados que cometemos. Após sermos
cristãos por algum tempo, percebemos que o que nos entristece e aborrece não são os muitos pecados,
mas o próprio pecado. Por fim, descobrimos que não são as coisas que fazemos que estão erradas, mas
a nossa pessoa é que está errada.
Não são as coisas que fazemos que são más; é a nossa própria pessoa que é má. Passamos a perceber
que todas as coisas que temos feito são meras questões exteriores e que a verdadeira coisa má é a
nossa pessoa. Há um princípio natural em nós que nos leva a ...
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