AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE DE MILHO SILAGEM SOB ADUBAÇÃO ORGÂNICA E MINERAL E PARCELAMENTO DA ADUBAÇÃO NITROGENADA. Luiz Armando Campos Bittencourt; Alfredo Anacleto Silvano Nandi; Celso Lopes de Albuquerque Junior (Professor colaborador); Dr. Mauricio Vicente Alves (Orientador). Introdução: O milho representa um dos principais cereais cultivados em todo o mundo, fornecendo produtos largamente utilizados para a alimentação humana, animal e matérias-primas para a indústria, principalmente em função da quantidade e da natureza das reservas acumuladas nos grãos (Dourado Neto e Fancelli, 2004). A importância científica da pesquisa justifica-se pela contribuição que esta pretende trazer ao analisar os principais instrumentos para a produção de milho para silagem. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito das diferentes adubações orgânicas e mineral sobre a produtividade do milho silagem, podendo assim recomendar a melhor forma de adubação na região de estudo. . Palavras-chave: Adubação química, dejetos bovinos, eficiência. Métodos Foram avaliadas as formas de adubação mineral e orgânica e parcelamento da adubação nitrogenada na unidade experimental da UNISUL em Braço do Norte. Os seguintes tratamentos de adubação foram testados: Testemunha, adubação mineral (NRS/SBCS, 2004), adubação orgânica com dejeto liquido de bovinos. Os 9 tratamentos estudados foram: 1-Adubação química com uma cobertura de uréia; 2-Adubação química com 2 coberturas de uréia; 3-Adubação química e orgânica uma cobertura de uréia; 4-Adubação química e orgânica duas coberturas de uréia; 5-Adubação e orgânica uma cobertura de uréia; 6-Adubação orgânica duas coberturas de uréia; 7-Sem adubação e com duas coberturas de uréia; 8-Sem adubação e com uma cobertura de uréia; 9-Sem adubação; Nas duas formas de adubação foram feito duas variações no parcelamento da adubação nitrogenada em cobertura, sendo 10 Kg/ha na semeadura, mais 70 Kg/ha (tratamentos 1, 2 e 3) em cobertura e 10 Kg/ha na semeadura, mais 40 Kg/ha na 1ª cobertura, mais 30 Kg/ha de N na 2ª cobertura (tratamentos 2, 4 e 6). O delineamento experimental foi em blocos com 4 repetições. A implantação do experimento foi em outubro de 2010, com o plantio do milho, a colheita foi realizada no estádio denominado farináceo duro, aproximadamente aos 110 dias após a semeadura. Avaliou-se as seguintes características agronômicas, conforme MAGALHÃES et al., (1995): estande final, altura da planta e de inserção da espiga, número e peso de espigas. Resultados de discussão O número de plantas/ha variou de 61 a 85 mil, sendo que o tratamento 8 apresentou o maior valo, enquanto que o menor fora o tratamento 9 (Tabela 1). O número de espigas/ha variou de 27 a 72 mil, sendo o primeiro do tratamento 9 e o segundo, do 2. A altura da inserção das espigas teve variações de 64 a 122cm de altura, cujo primeiro referente aos tratamentos 5 e 9 e o segundo, o 2. As plantas mais altas foram do tratamento 2 e as mais baixas foram do tratamento 9, com 139 e 258cm de altura, respectivamente. A maior produtividade, em peso de espigas, ficou por conta dos tratamentos 1 e 2, beirando as 8,5ton/ha. Em contrapartida, os tratamentos 5 e 6 tiveram os piores resultados, próximos à 1,3ton/ha. Do ponto de vista econômico e ambiental, a dose de N a aplicar é, para muitos, a mais importante decisão no manejo do fertilizante (Coelho et al., 2006). Os resultados demonstram a fragilidade das variedades híbridas, no que se refere à sua nutrição, de forma que fica claro que só há produção satisfatória, nas condições encontradas, quando a aplicação de nitrogênio se faz presente. 2 Conclusões: Os melhores valores de rendimento de espigas foram obtidos pelos tratamentos que receberam adubação nitrogenada. Assim sendo, viu-se a grande capacidade de resposta de variedades híbridas de milho quando se disponibilizam nutrientes solúveis, potencializando, então, a produtividade da lavoura. Portanto, com base nos resultados avaliados, evidenciase que a recomendação mais adequada, para as condições locais, é a utilização de adubação química nitrogenada, com uma ou duas parcelas, desde que nas quantidades necessárias, em torno de 80Kg/ha, para o ideal desenvolvimento das plantas. Referências DOURADO NETO, D.; FANCELLI, A.L. Produção de Milho. 2ed. Guaíba: Agropecuária, 2004. 360p. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIÊNCIA DO SOLO. Comissão de Química e Fertilidade do Solo. Manual de adubação e calagem para os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. 10. ed. Porto Alegre, 2004. 400 p. MAGALHÃES, P. C.; DURÃES, F.O.M.; PAIVA, E. Fisiologia da planta de milho. Sete Lagoas: EMBRAPA-CNPMS, 1995. 27 P. (EMBRAPA-CNPMS. Circular Técnica, 20). Coelho et al. Cultivo do milho. In: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Milho/CultivodoMilho_2ed/feradu ba.htm, Acesso em: 18 ago. 11. Tabela 1. Valores de produtividade de milho. Altura da inserção da espiga (AIE), altura de plantas (AP), Peso de espigas (PE). Tratamentos No. de plantas No. de espigas AIE AP PE -------------ha----------------------cm----------- -----kg.ha-1---1 68750 60417 102 216 8427 2 71528 72222 122 259 8392 3 68750 56944 95 196 3498 4 68750 63889 85 197 4231 5 72917 41667 64 162 1483 6 80556 80556 88 205 6534 7 71528 56250 71 179 1280 8 85417 64583 77 187 3539 9 61111 27083 64 138 1710 Fomento: PUIP/UNISUL