Ilha de calor - Cursinho TRIU

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Geografia II
CLIMA
Diferença entre Tempo e Clima
 Tempo é uma combinação passageira dos elementos do
clima.
 Clima é a sucessão habitual dos tipos de tempo.
Elementos Climáticos: são os que compõem o clima:
 Temperatura e a insolação
 Pressão atmosférica
 Ventos
 Umidades do ar
 Precipitações
 Massas de ar
- temperatura: ar aquecido sofre dilatação, tornando-se mais
leve e por isso, o ar ascende.
3 – Ventos:
É o ar em movimento. São as diferenças de pressão atmosférica
que explicam esse movimento, que ocorre principalmente na
horizontal, isto é, de uma área para outra. Mas esse movimento
também pode ser vertical, ou seja, da superfície, onde o ar é
mais aquecido, para as elevadas altitudes
4 – Umidade do Ar:
É a água em suspensão no ar atmosférico. O ar tem uma
capacidade limite, quando atingido, fica saturado. O ar quente
tem maior capacidade de conter maior vapor de água do que o
ar frio. Quando o ar saturado enfrenta uma diminuição de
temperatura ele condensa originando o orvalho, as nuvens, a
neve, o nevoeiro e a chuva.
Fatores Climáticos: são os que alteram o clima:
 Altitude
 Latitude
 Massa liquida
 Distancia do mar – maritimidade e continentalidade
 Corrente marítimas
5 – Precipitação:
A chuva, a neve, a geada, o orvalho e o granizo, são formas de
precipitação atmosférica. Todas elas resultam da condensação,
fenômeno que ocorre quando há resfriamento ou excesso de
vapor de água.
Elementos Climáticos
6 – Massas de Ar:
Massas de ar são porções da atmosfera que apresentam
características particulares de temperatura, pressão e umidade.
1 - Temperatura:
São três os fatores que influem na temperatura: latitude, altitude
e continentalidade/maritimidade
- Latitude: quanto mais próximo uma área estiver da linha do
equador, maior será sua temperatura; quanto mais distante
dessa linha estiver, menor será sua temperatura. Assim, nas
latitudes baixas (próximas do equador), a temperatura é mais
elevada e, nas latitudes altas (próximas dos pólos, a
temperatura é mais baixa. Isso ocorre devido à insolação
diferencial, pois a forma esférica da Terra faz com que a
intensidade da radiação solar recebida seja desigual nas
diferentes latitudes.
- Altitude: quanto maior a altitude, menor será a temperatura.
Devido aos fatores de pressão ( o ar contém menos massas,
superfície e raios solares refletidos.
- Continentalidade/Maritimidade: se refere ao afastamento de
uma área em relação às grandes massa líquidas: mares e
oceanos. Quanto mais afastado do mar for um local, maior será
a sua continentalidade. A continentalidade aumenta a amplitude
térmica (diária e anual) de um lugar.
2 – Pressão atmosférica:
É a força que o ar exerce sobre a superfície terrestre, o peso do
ar. Em geral, ela é menor nos lugares mais altos e maior nas
regiões frias. Dessa forma a altitude e a temperatura interferem
na pressão atmosférica:
- altitude: a pressão atmosférica varia conforme a altura. Quanto
menor a altitude maior o volume de gases sobre a superfície,
portanto maior pressão. Na mediada em que a altitude é maior,
menor pressão porque a densidade é menor.
Resumo:
Alta altitude
Baixa altitude
- temperatura
+ temperatura
Alta altitude
Baixa altitude
- pressão atmosférica
+ pressão atmosférica
Alta latitude
Baixa latitude
- temperatura
+ temperatura
Alta temperatura
Baixa temperatura
Grande massas líquidas
Maior maritimidade
Maior continentalidade
Vegetação densa
Vegetação rarefeita
Correntes marítimas quentes
Correntes marítimas frias
- pressão atmosférica
+ pressão atmosférica
+ umidade do ar
- amplitude térmica
+ amplitude térmica
+ umidade do ar
- umidade do ar
amenizam climas frios
amenizam climas quentes
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Climas do Brasil
Massas de ar:
São os elementos mais importantes para explicar as mudanças
no comportamento dos fenômenos atmosféricos.
Massas de ar: constituem volumes da atmosfera (semelhantes
a enormes “bolhas” ou “bolsões”) que têm algumas propriedades
em comum (pressão, temperatura e umidade).
São cinco as principais massas de ar que interferem no clima
brasileiro.
 mEc (massa equatorial continental) – quente e úmida
 mTc (massa tropical continental) – quente e seca
 mEa (massa equatorial atlântica) – quente e úmida
 mTa (massa tropical atlântica) – quente e úmida
 mPa (massa polar atlântica) – fria e úmida
no inverno provoca frio e chuva no Sul e Sudeste; chuvas no
Nordeste (litoral e sertão) e friagem no Norte. No verão provoca
chuva.
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verão
2- Clima tropical
- 2 estações bens definidas: verão quente e chuvoso; inverno
seco.
- Amplitude térmica maiores que as do clima equatorial,
oscilando 5°C e 6°C
- quantidade chuvas é de 1.500 mm ao ano.
3- Clima tropical de altitude
- Menor temperatura em relação ao clima tropical
4- Clima tropical Atlântico/Úmido
- Alta pluviosidade no inverno
5- Clima semi-árido
- Temperaturas elevadas
- Chuvas escassas e irregulares, com uma média anual inferior a
750 mm.
6- Clima subtropical
- Inverno rigoroso
- Chuvas distribuídas regularmente pelo ano todo, com índices
pluviométricos superiores os 1.250 mm ao ano
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inverno
Fenômenos climáticos mais importantes
Frentes frias
Frente fria é a borda dianteira de uma massa de ar frio, em
movimento. Em geral a massa de ar frio apresenta-se na
atmosfera como um domo de ar frio sobre a superfície. O ar frio,
relativamente denso, introduz-se sob o ar mais quente e menos
denso, provocando uma queda rápida de temperatura junto ao
solo, seguindo-se tempestades e também trovoadas.
As frentes frias deslocam-se dos pólos para o equador. As
frentes frias movem-se rapidamente e forçam o ar quente a
subir. Quando uma frente fria passa, a temperatura pode baixar
mais de 5º só durante a primeira hora.
Classificação do clima brasileiro
1- Clima equatorial
- Elevada temperatura e pequena amplitude térmica, variando
entre 24°C e 26°C
- Alta pluviosidade, com índices pluviométricos superiores a
2.000 mm.
El Niño
El Niño representa o aquecimento anormal das águas
superficiais do Oceano Pacífico Equatorial. A palavra El Niño é
derivada do espanhol, e refere-se a presença de águas quentes
que todos os anos aparecem na costa norte de Peru na época
de Natal. Os pescadores do Peru e Equador chamaram a esta
presença de águas mais quentes de Corriente de El Niño em
referência ao Niño Jesus ou Menino Jesus. Ocorre devido as
mudanças na atmosfera próxima à superfície do oceano, com o
enfraquecimento dos ventos alísios (que sopram de leste para
oeste) na região equatorial.
Evento de El Niño e La Niña tem uma tendência a se alternar
cada 3-7 anos. Porém, de um evento ao seguinte o intervalo
pode mudar de 1 a 10 anos;
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Como ocorre o El Niño
 Imagine uma piscina (obviamente com água dentro), num dia
ensolarado;
 Coloque numa das bordas da piscina um grande ventilador, de
modo que este seja da largura da piscina;
 Ligue o ventilador;
 O vento irá gerar turbulência na água da piscina;
 Com o passar do tempo, você observará um represamento da
água no lado da piscina oposto ao ventilador e até um
desnível, ou seja, o nível da água próximo ao ventilador será
menor que do lado oposto a ele, e isto ocorre pois o vento
está "empurrando" as águas quentes superficiais para o outro
lado, expondo águas mais frias das partes mais profundas da
piscina.
É exatamente isso que ocorre no Oceano Pacífico sem a
presença do El Niño, ou seja, é esse o padrão de circulação que
é observado. O ventilador faz o papel dos ventos alísios e a
piscina, é claro, do Oceano Pacífico Equatorial. Águas mais
quentes são observadas no Oceano Pacífico Equatorial Oeste.
Junto à costa oeste da América do Sul as águas do Pacífico são
um pouco mais frias. Com isso, no Pacífico Oeste, devido às
águas do Oceano serem mais quentes, há mais evaporação.
Havendo evaporação, há a formação de nuvens numa grande
área. Para que haja a formação de nuvens o ar teve que subir.
Outro ponto importante é que os ventos alísios, junto à costa
da América do Sul, favorecem um mecanismo chamado pelos
oceanógrafos de ressurgência, que seria o afloramento de
águas mais profundas do oceano. Estas águas mais frias têm
mais oxigênio dissolvido e vêm carregadas de nutrientes e
micro-organismos vindos de maiores profundidades do mar, que
vão servir de alimento para os peixes daquela região.
Desligue o ventilador, ou coloque-o em potência mínima. O
que irá acontecer?
Agora, o arrasto que o vento estava provocando na água da
piscina irá desaparecer ou diminuir. As águas do lado oposto ao
ventilador irão então refluir para que o mesmo nível seja
observado em toda a piscina. O Sol continuará aquecendo a
piscina e as águas deverão, teoricamente, estar aquecidas
igualmente em todos os pontos da piscina. Certo?
Então vamos correlacionar novamente com o Oceano
Pacífico. O ventilador desligado ou em potência mínima,
significa neste caso o enfraquecimento dos ventos alísios. Veja
que os ventos não param de soprar. Agora, todo o Oceano
Pacífico Equatorial começa a aquecer. E como dito
anteriormente: aquecimento gera evaporação com movimento
ascendente que por sua vez gera a formação de nuvens.
Com os ventos mais intensos, maior quantidade de água vai
se acumular no lado oposto ao ventilador na piscina. Com isso,
o desnível entre um lado e outro da piscina também vai
aumentar. Vamos retornar ao Oceano Pacífico. Com os ventos
alísios (que seriam os ventos do ventilador) mais intensos, mais
águas irão ficar "represadas" no Pacífico Equatorial Oeste e o
desnível entre o Pacífico Ocidental e Oriental irá aumentar. Com
os ventos mais intensos a ressurgência também irá aumentar no
Pacífico Equatorial Oriental, e portanto virão mais nutrientes das
profundezas para a superfície do Oceano, ou seja, provocando o
resfriamento anormal das águas na superfície. Por outro lado,
devido a maior intensidade dos ventos alísios as águas mais
quentes irão ficar represadas mais a oeste do que o normal
Em geral, episódios La Niñas também têm freqüência de 2 a 7
anos, todavia tem ocorrido em menor quantidade que o El Niño
durante as últimas décadas. Além do mais, os episódios La Niña
têm períodos de aproximadamente 9 a 12 meses, e somente
alguns episódios persistem por mais que 2 anos.
Impactos da La Niña no Brasil
 Nordeste e Norte - aumento das precipitações
 Norte – aumento das precipitações
 Sul - secas severas
Ilha de calor
Ilha de calor ou ilha de calor urbana é a designação dada à
distribuição espacial e temporal do campo de temperatura sobre
a cidade que apresenta um máximo, como se fosse uma ilha
quente localizada. Há um contraste grande nas fronteiras
cidade-campo, cidade-floresta, cidade-corpo de água.
Alterações da umidade do ar, da precipitação e do vento
também estão associadas à presença de ilha de calor urbana.
A origem das ilhas de calor decorre da simples presença de
edificações e das alterações da paisagem feitas pelo homem
nas cidades. A superfície urbana apresenta particularidades em
relação à capacidade térmica e densidade dos materiais
utilizados: asfalto, concreto, telhas, solo exposto, presença de
vegetação nos parques, ruas, avenidas, bulevares.
Cidades do porte de São Paulo apresentam temperaturas do
ar no centro da conurbação urbana da ordem de 10 graus
Celsius maiores que as encontradas em áreas pouco
urbanizadas e muito vegetadas de sua periferia.
Inversão Térmica
Ocorre quando o ar frio se instala nas camadas mais
baixas da atmosfera, enquanto o ar quente superficial se
desloca para cima do ar frio. Quando chega o final da tarde de
um dia de inverno em São Paulo, os raios solares tornam-se
mais difusos e frágeis, assim o solo da cidade se resfria
rapidamente. E conseqüentemente, o ar próximo do solo se
resfria rapidamente. Aquele ar quente que ainda está na
atmosfera continua a subir, mas o ar frio próximo ao solo, por
ser mais denso e pesado, fica parado. Assim a temperatura cai
ainda mais e os poluentes, que normalmente são "levados" pelo
ar quente, acabam retidos na camada mais baixa da atmosfera.
Quando ocorre a inversão térmica, os poluentes, que
normalmente iriam se dispersar acompanhando o ar quente
liberado na terra, ficam presos. A faixa cinza alaranjada é a
conseqüência visível do fenômeno.
Impactos do El Niño no Brasil
 Nordeste - secas severas
 Norte – diminuição da precipitação e aumento de secas
 Sudeste - aumento moderado nas temperaturas médias
 Sul - aumento de chuva e da temperaturas
La Niña
Agora, ao invés de desligar o ventilador, vamos ligá-lo com
potência maior, ou seja, fazer com que ele produza ventos mais
intensos.
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