Dinamica Atmosférica

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Dinâmica
Atmosférica
MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO DA TERRA
"Os processos atmosféricos influenciam os
processos nas outras partes do ambiente,
principalmente na
,
e
. Do mesmo modo, os processos e as
outras partes do ambiente não podem ser
ignorados no estudo do tempo e do clima. Os
quatro domínios globais - a atmosfera, a
hidrosfera, a litosfera e a biosfera - não se
superpõem uns aos outros, mas
continuamente permutam matéria e energia
entre si".
ATMOSFERA
HIDROSFERA
BIOSFERA
LITOSFERA
A caracterização de um
exige no mínimo três décadas de
acompanhamento
meteorológico.
Elementos do clima:
Temperatura atmosférica,
chuvas, umidade, massas de
ar, pressão atmosférica,
ventos.
Fatores do clima: Relevo,
vegetação, massas líquidas,
latitude, altitude.
A atmosfera é um envoltório gasoso, de
mais de 1000 km de espessura, que
acompanha a Terra em seus
movimentos. Formada por gases como
o oxigênio, o nitrogênio, o gás
carbônico, entre outros.
Troposfera
Esta camada é o principal meio de
transporte de massa (água, partículas
sólidas, poluentes, etc.), energia (energia
térmica recebida do sol), e quantidade de
movimento (ventos) sobre a superfície da
terra.
Com relação à temperatura, observa-se,
em média, valores mais altos nas camadas
próximas à superfície terrestre. É o efeito
da radiação térmica das superfície
terrestre.
Tempo atmosférico é algo
momentâneo, que varia
constantemente
0 tempo na Bahia
Clima (Klima: inclinação) é a
sucessão habitual dos tipos de
tempo de um determinado local da
superfície terrestre .
TEMPERATURA
ATMOSFÉRICA
Latitude
Baixa latitude
(proximidades do
Equador)
Raios solares
perpendiculares: maior
irradiação de calor
alta temperatura
Alta latitude
(distante do Equador)
baixa temperatura
Raios solares inclinados: menor
irradiação de calor.:
ALTITUDE
A altitude exerce grande influência sobre a
temperatura. O calor é irradiado para
"cima", e a atmosfera aquece-se por
irradiação. Quanto maior a altitude, mais
rarefeito torna-se o ar, ocorrendo também
menor irradiação e, por conseqüência,
menores temperaturas. O contrário ocorre
em altitudes baixas".
PRESSÃO ATMOSFÉRICA
ALTITUDE
Baixa
altitude
Maior
pressão
Maior
coluna de ar
Alta
altitude
Menor
pressão
Menor
coluna
de ar
Ter peso e estar em constante
movimentação são duas das inúmeras
características da atmosfera. Portanto
pressão atmosférica é a ação do peso da
atmosfera sobre a superfície do Planeta.
Pode variar em função da altitude e da
temperatura.
Continentalidade
Maritimidade
As chuvas, sofrem a influência de vários
fatores climáticos. Geralmente, chove mais
nos lugares que apresentam: baixa latitude,
baixa altitude, maritimidade, vegetação
abundante, ação de correntes marinhas
quentes, encosta de barlavento (frente p/ o
mar) etc.
TIPOS DE CHUVAS
Frontais: Quando duas massas com temperatura e pressão opostas e proporcionais
se encontram ocorre a condensação do vapor e a precipitação da água em forma de
chuva.
EVAPOTRANSPIRAÇÃO
Convectiva: Ocorre em função da subida do ar contendo muito vapor d`água e que ao ganhar
altitude entra em contato com as camadas frias e sofre condensação e posterior precipitação.
O ar quente e úmido sobe e desce frio.
10º
Orográfica ou de relevo: Quando a massa de ar encontra uma barreira natural
(montanha) é obrigada a ganhar altitude onde pode ocorrer a queda de temperatura e a
condensação do vapor.
VENTOS
VENTO
ar atmosférico em movimento.
Elemento motor
{
movimento de
rotação da Terra
Elemento direcionador
{
Pressão
Atmosférica
Classificação: Planetário ou Constantes
Sopram durante todo o ano, afetando todo o
planeta.
 Alísios Contra-Alísios
 Polares Apolares
Alísios: Trópicos para o Equador.
Contra-Alísios: Equador para os
trópicos
Na região equatorial ocorre o encontro dos
ventos Alísios oriundos do hemisfério norte
(Alísios de Nordeste) com os originados do
hemisfério sul (Alísios de Sudeste).
Formando a (CIT) Convergência
Intertropical ou Doldrum
Efeito Coriolis – Desvio dos ventos Alísios
para o Oeste em função do movimento de
rotação.
ZONA CICLONAL
ZONA ANTICICLONAL
Monções: Ventos periódicos que acontecem no
sudeste asiático em decorrência da maritimidade
e continentalidade comum na região.
Durante o verão a porção continental da Ásia
meridional absorve muito calor, principalmente a
Índia, tornando-se uma área de ZBP e o oceano
índico uma ZAP. Em função disso os ventos
sopram do mar para o continente, trazendo
umidade e provocando chuvas. (Verões quentes
e chuvosos)
Durante o inverno ocorre o processo inverso, as
altas temperaturas concentram-se nos oceanos,
transformando-os em ZBP e a porção sólida do
continente em ZAP, por conseguinte os ventos
sopram do continente para o oceano. (Invernos
frios e secos)
Ciclone: é o nome
genérico para ventos
circulares, como
tufão, furacão,
tornado e willy-willy.
Caracteriza-se por
uma tempestade
violenta que ocorre
em regiões tropicais
ou subtropicais,
produzida por grandes
massas de ar em alta
velocidade de
rotação. Os ventos os
superam 50 km/h.
Furacão : vento circular
forte, com velocidade
igual ou superior a 108
km/h. Os furacões são os
ciclones que surgem no
mar do Caribe (oceano
Atlântico) ou nos EUA. Os
ventos precisam ter mais
de 119 km/h para uma
tempestade ser
considerada um furacão.
Giram no sentido horário
(no hemisfério Sul) ou
anti-horário (no hemisfério
Norte) e medem de 200
km a 400 km de diâmetro.
Sua curva se assemelha a
uma parabólica.
Tufão : é o nome que se dá aos ciclones formados no sul da Ásia e na parte ocidental
do oceano Índico, entre julho e outubro. É o mesmo que furacão, só que na região
equatorial do Oceano Pacífico. Os tufões surgem no mar da China e atingem o leste
asiático.
Tornado : é o mais forte dos
fenômenos meteorológicos, menor
e mais intenso que os demais tipos
de ciclone. Com alto poder de
destruição, atinge até 490 km/h de
velocidade no centro do cone.
Produz fortes redemoinhos e eleva
poeira. Forma-se entre 10 e 30
minutos e tem, no máximo, 10 km
de diâmetro. O tornado é menor e
em geral mais breve do que o
furacão, e ocorre em zonas
temperadas do Hemisfério Norte.
Vendaval: vento forte com
um grande poder de
destruição, que chega a
atingir até 150 km/h.
Ocorre geralmente de
madrugada e sua duração
pode ser de até cinco
horas.
Willy-willy : nome que
os ciclones recebem na
Austrália e demais
países do sul da
Oceania.
Brisa marítima e terrestre Junto à costa
começa a fazer-se sentir, no fim da manhã, um
vento vindo do mar, que atinge o máximo no
princípio da tarde e desaparece ao anoitecer.
Este vento é mais forte nos dias quentes, mas
pode ser mais fraco quando o céu está
nublado. A causa fundamental do movimento
do ar é a diferença de aquecimento entre as
superfícies da terra e do mar quando sobre
elas incide a radiação solar. Nas regiões
costeiras podem fazer-se sentir brisas, à noite.
Estas brisas dirigem-se de terra para o mar,
nas camadas inferiores devido ao
arrefecimento por irradiação da superfície de
terra com muito maior rapidez do que a partir
do oceano adjacente, então gera-se uma brisa
terrestre.
Frente Fria
Avanço da superfície
frontal quente
Formam-se as
nuvens quando o ar
quente e úmido em
ascensão se condensa
O ar frio penetra
por baixo
da massa
de ar quente
Chuva
Massas de ar Porções gasosas com
temperatura e pressão definidas que
circulam na troposfera.
No conceito da climatologia moderna é
considerado o principal elemento do clima.
De acordo com esse conceito os climas se
organizam em decorrência dos movimentos
das massas de ar.
Dispersores das massas de ar
Região tropical
 Região equatorial
 Região polar
VERÃO
INVERNO
As massas de ar que atuam no Brasil e suas características
Sigla
Nomenclatura
Característica
Principal local de atuação
mTa
Massa Tropical
atlâtica
Quente e úmida
Litoral do nordeste e
sudeste
mTc
Massa Tropical
continental
Quente e seca
Centro-Oeste
mEc
Massa Equatorial
continental
Quente e úmida
Região norte
mEa
Massa Equatorial
atlântica
Quente e úmida
Litoral região norte
mPa
Massa Polar
atlântica
Fria e úmida
No inverno atinge todo o
território brasileiro
•
•
•
•
•
•
•
Ações das massas de ar no Brasil
A mPa é a que mais influência na
organização climática do Brasil.
No inverno ela ganha força e se desloca
para o continente.
Na região sul provocará as geadas;
Na região sudeste, chuvas orográficas
(serra do mar);
No litoral nordestino chuvas frontais;
No sul da região norte, essa massa chega
já enfraquecida, porém consegue
provocar, queda brusca de temperatura,
as friagens.
Na região Centro-Oeste as ondas de frio.
Climograma: gráfico que representa a distribuição das
chuvas e a oscilação da temperatura ao longo do ano.
Na base, as letras (J. F. M... etc.) indicam os meses do
ano. Na margem esquerda está representado o regime
pluviométrico (milímetros de chuvas), e na margem
direita o regime térmico (em graus centígrados).
As barras ou colunas representam o acúmulo de chuvas
em cada mês do ano. Por exemplo, no climograma 1 de
Uaupés (AM), no mês de maio (mês mais chuvoso)
ocorreu uma precipitação correspondente a 350 mm e
em outubro (mês menos chuvoso) de cerca de 160 mm.
As linhas de cada climograma traçadas de margem a
margem do gráfico representam as temperaturas. No
caso de Uaupés, a oscilação térmica foi pequena: cerca
de dois graus, pois as temperaturas variam de 24° a
26°C. O climograma da cidade de São Lourenço (MG)
mostra uma variação bem mais acentuada da
temperatura: as máximas oscilaram entre 21° e 22°C de
novembro a fevereiro (estação quente), e as mínimas
ficaram abaixo de 15°C entre maio e julho (inverno).
ILHA DE CALOR
Inversão térmica Ocorre o
ano todo em altitudes elevadas
(mil metros), mas no inverno ela
se forma abaixo dos 200 metros.
Trata-se de uma bolha de ar
quente retida pela massa de ar
frio localizada acima que impede
a dispersão dos poluentes. O
problema acontece mais nas
metrópoles, onde há grandes
frotas de veículos.
Um nevoeiro derivado da poluição,
cerca o monumento ao Anjo na
Cidade do México, no México,
durante uma inversão térmica. A
poluição aumenta drasticamente
enquanto uma massa de ar frio está
presa sob uma massa de ar mais
quente, este estado permanece
inalterado enquanto a ausência de
vento impede que a poluição próxima
do chão se escape.
EL NIÑO
El Niño
El Niño é o nome dado a um fenômeno que
ocorre nas águas do pacífico e que altera as
condições climáticas em diversas partes do
mundo. Este nome foi dado por pescadores do
Peru em razão de a costa do país ser muito
atingida pelo fenômeno e causar graves
danos aos pescadores, principalmente. O El
Niño dura de 12 a 18 meses em média em
intervalos de 2 a 7 anos com diferentes
intensidades.
Quando ocorre o fenômeno as mudanças do
clima são diferentes em cada parte afetada
do mundo como por exemplo, secas no
sudeste asiático, invernos mais quentes na
América do norte e temperaturas elevadas na
costa oeste da América do sul, que faz com
que os pescadores do Peru sejam
prejudicados.
Todas estas mudanças ocorrem devido ao
aumento da temperatura na superfície do
mar nas águas do pacífico equatorial,
principalmente na região oriental. Isto faz
com que a pressão na região diminua, a
temperatura do ar aumente e fique mais
úmido, no pacifico oriental. Esta mudança
nesta parte do mundo causa uma mudança
drástica de direção e velocidade dos
ventos, fazendo com que as massas de ar
mudem de comportamento em varias
regiões do planeta.
EL NIÑO NO BRASIL
Os efeitos do El Niño no Brasil causam
prejuízos e benefícios. Mas os danos
causados são muito maiores que os
benefícios, então para o Brasil o fenômeno é
muito temido, principalmente por agricultores.
A região sul é, talvez, a mais afetada. Em
cada episódio do El Niño é observado na
região sul um grande aumento de chuvas,
principalmente nos meses de primavera, fim
do outono e começo de inverno, pode sofrer
um acréscimo de até 150% de precipitação
em relação ao seu índice normal. Isto faz
com que nos meses da safra a chuva
atrapalhe a colheita e haja graves prejuízos
aos agricultores.
Estas chuvas também podem atingir o
estado de São Paulo. As temperaturas
também mudam na região sul e sudeste e é
observado invernos mais amenos na região
sul e no sudeste as temperaturas ficam
ainda mais altas em relação ao seu valor
normal. Este aumento de temperatura no
inverno trás benefícios para os agricultores
da região sul e do estado de São Paulo por
não sofrerem os prejuízos da geada. No
leste da Amazônia e no nordeste ocorre uma
diminuição no índice de chuvas.
Algumas áreas do sertão nordestino
podem ficar sem registrar nenhum índice
de chuva nos meses de seca e nos meses
em que pode chover não chove, sendo
assim as secas duram até 2 anos em
períodos de El Niño. Mas os períodos de
seca não se limitam apenas ao sertão e até
mesmo no litoral há um grande déficit de
chuva. Os agricultores do nordeste
também são prejudicados pela falta de
chuva e sofrem graves perdas para a
agricultura.
La Niña, fenômeno oceânico-atmosférico com
características opostas ao El Niño e que se
caracteriza por um esfriamento anormal nas águas
superficiais do Oceano Pacífico tropical. Alguns
impactos de La Niña tendem a ser opostos aos de El
Niño, mas nem sempre uma região afetada pelo El
Niño apresenta impactos significativos no tempo e
clima devido a La Niña.
O que se consegue entender são os seus efeitos na
atmosfera e as mudanças no clima, mas uma
resposta definitiva ainda está longe de se conseguir.
Indica-se que as condições no Oceano Pacífico
tropical apresentam temperaturas da superfície do
mar mais quente que o normal há vários meses.
No Brasil, as pesquisas e o monitoramento do El
Niño indicam que três regiões são afetadas pelas
mudanças na circulação atmosférica: o semi-árido
do Nordeste, o Norte e o Leste da Amazônia e o Sul
do Brasil.
Exemplo do La Niña. Anomalias de temperatura da superfície do mar (TSM) observadas em
dezembro de 1988. Valores em graus Celsius.
Fonte de dados: NCEP/NOAA-EUA. Elaboração: CPTEC/INPE.
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