COLÉGIO ESTADUAL JARDIM SANTA CRUZ ENSINO

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COLÉGIO ESTADUAL JARDIM SANTA CRUZ ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Geografia, o
conhecimento geográfico já era exercido desde a Pré-Historia, quando o homem fazia o
reconhecimento do espaço que o mesmo ocupava. Porém, esta ciência só veio evoluir após a
Idade Moderna com Ratzel, La Blache e agora com Milton Santos.
Estes três pensadores geográficos construíram propostas cientificas, cada um em seu
tempo de modo evolutivo, para como analisar o Espaço.
O alemão Friedrich Ratzel (1844-1904), construiu a Escola Determinista ou o
Pensamento do Determinismo Ambiental, o qual dizia que “o meio determina o homem”. Diante
desta definição de analise, em um tempo que a natureza realmente dominava o homem em
diversas paisagens diferentes, pode-se entender a determinação da natureza sobre ela mesma e
sobre o homem. Já o francês Paul Vidal de La Blache (1845-1918) em plena Revolução
Industrial, verificou que o Pensamento Determinista não conseguia explicar as novas realidades
desta época com tantas renovações e que o meio já não determinava o homem, pelo contrário,
era ele que agora dominava e transformava a natureza, criando diversas possibilidades jamais
imagináveis de o homem alcançar pelo avanço tecnológico. Esta nova Escola Possibilista ou
Pensamento chamou-se de Possibilismo Geográfico. Mas, diante de constantes reorganizações do
espaço geográfico fruto do Capitalismo Industrial e Agrícola, o mundo ficou a mercê deste
sistema e necessitou de uma nova forma de analisá-lo. Foi neste contexto, que em meados do
século XX após a Segunda Guerra Mundial em função das mudanças do sistema produtivo
capitalista que alteraram a ordem mundial dos pontos de vista político, econômico, social e
cultural. Nesse período histórico, no Brasil, tanto quanto em outros países, os confrontos teóricos
e ideológicos entre capitalismo e Socialismo, entre desenvolvimento e subdesenvolvimento ,
estimularam a emergência de leituras de mundo mais críticas, que interferiram no pensamento
geográfico sob diversos aspectos.
Essas transformações ocorreram cada vez mais intensamente ao longo da segunda
metade do século XX e originaram novos enfoques para a análise do espaço geográfico, além de
reformulações no campo temático da Geografia. Essa mudanças possibilitaram tanto
reformulações teóricas na Geografia quanto o desenvolvimento de novas abordagens para seus
campos de estudo. Surge então uma abordagem teórico-conceitual de forma significativa
contrapondo-se radicalmente ao método da Geografia Tradicional e propondo uma análise crítica
do espaço geográfico denominada de Geografia Crítica. No Brasil o percurso das mudanças
desencadeadas no pós-guerra foi afetado pelas tensões políticas dos anos de 1960 atrasando
assim a chegada das abordagens teórico-críticas na escola. Em 1978 acontece no Brasil o
Encontro Nacional de Geógrafos Brasileiros no Brasil onde o brasileiro Milton Santos após
anos de exílio devido a ditadura militar apresenta um novo Pensamento Geográfico: Geografia
Critica do brasileiro Milton Santos, o qual atenuou a necessidade de analisar o espaço geográfico
por estas constantes modificações.
Deste modo, o geógrafo, tanto aquele que leciona e aquele que se compromete com o
avanço da ciência, pode utilizar estes três pensamentos geográficos ou correntes teóricas como
ferramenta de trabalho. Isto pode se verificar nos inúmeros educadores e autores de livros
científicos e didáticos com uma postura teórico - práticas diferentes.
A geografia tem por objetivo estudar as relações entre o processo histórico na formação das
sociedades humanas e o funcionamento da natureza por meio da leitura do lugar, do território, a
partir de sua paisagem.na busca dessa abordagem relacional, ela trabalha com diferentes noções
espaciais e temporais, bem como com os fenômenos sociais, culturais e naturais, todos fazendo
parte das características de cada paisagem, os quais permitem uma compreensão processual e
dinâmica de sua constituição a fim de identificar aquilo que na paisagem representa as heranças das
sucessivas relações no tempo entre a sociedade e a natureza em sua interação.
As relações com a natureza e com o espaço geográfico fazem parte das estratégias de
sobrevivência dos grupos humanos desde suas primeiras formas de organização.
Esta ciência propõe um trabalho pedagógico que visa a ampliação das capacidades dos
alunos de observar, conhecer, explicar, comparar e representar as características do lugar em que
vivem e de diferentes paisagens e espaços geográficos e a partir disto, sensibiliza o compromisso de
agente transformador do espaço.
O educando motivado a ser um agente transformador do espaço e da sociedade se
compromissará por conquista políticas, econômicas, sociais, ambientais e de seus direitos em uma
sociedade mais justa e humana.
O ensino de geografia tem como objetivo intensificar ainda mais a compreensão, por parte
dos alunos, dos processos envolvidos na construção das paisagens, território e lugares.
Tal abordagem visa favorecer também a compreensão por parte do aluno, de que ele
próprio e parte integrante do ambiente e também agente e passivo das transformações das paisagens
terrestres.
Contribui para a formação de uma consciência conservacionista e ambiental não somente
em seus aspectos naturais, mas também culturais, econômicos e políticos.
Utilizar as diferentes linguagens (verbal, musical, matemática, gráfica, plástica e corporal,
como meio para produzir, expressar e comunicar suas idéias, interpretar e usufruir das produções
culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e situações de
comunicação;
Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los, utilizando para
isso os pensamentos lógicos, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando
procedimentos e verificando sua adequação;
Conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, materiais e
culturais como meio para construir progressivamente a noção de identidade nacional e pessoal e o
sentimento de pertinência ao país;
Compreender a cidadania como participação social e política, assim como exercício de
direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade,
cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito;
Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais,
utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas;
Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, bem como
aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se contra qualquer descriminação
baseada em diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras
características individuais e sociais;
Saber utilizar diferentes fontes de informação de recursos tecnológicos para adquirir e
construir conhecimentos;
Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança e suas
capacidades afetivas, físicas, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção social,
para agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da cidadania.
O objeto de estudo da disciplina de Geografia é o espaço geográfico sendo compreendido
através dos conceitos de sociedade, natureza, território, região, paisagem e lugar que são abordados
nas Diretrizes Curriculares, e os conteúdos estruturantes são: Dimensão econômica do espaço
geográfico, Dimensão política do espaço geográfico, Dimensão cultural e demográfica do espaço
geográfico,Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
CONTEÚDOS DE FORMA SERIADA DO ENSINO MÉDIO
Conteúdos Estruturantes:
- Dimensão econômica do espaço geográfico.
- Dimensão política do espaço geográfico.
- Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.
- Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
CONTEÚDOS BÁSICOS/ESPECÍFICOS DE FORMA SERIADA
ENSINO MÉDIO
1ª Série
Conteúdo Básico- A formação e transformação das paisagens.
Conteúdos Específicos:
- Os elementos naturais e culturais que compõem as diferentes paisagens.
- As alterações provocadas pela sociedade de acordo com seus interesses: econômicos,
sociais e políticos.
- A Terra-Dinâmica, estrutura, forma e atividades humanas.
Conteúdo Básico- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias
de exploração e produção.
Conteúdos Específicos:
- Os elementos naturais das paisagens(tipo de solo, clima, vegetação, hidrografia, relevo)
sua distribuição e transformação.
- O tempo e dinâmica da natureza.
- Os domínios morfoclimáticos brasileiros e e a alteração das paisagens terrestres.
- A questão ambiental e desenvolvimento sustentável.
Conteúdo Básico- A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização
do espaço geográfico.
Conteúdos específicos:A relação das atividades produtivas com a dinâmica
hidrológica:alteração do curso dos rios(represas), agricultura irrigada, fonte de energia, via
de transporte, erosão e sedimentação costeira, poluição das águas.
- A produção agrícola nas comunidades quilombolas e indígenas no Brasil e diferente
manifestações culturais no campo.
- Os complexos agroindustriais e a produção para a exportação: expansão das fronteiras
agrícolas e a produção de matérias-primas.
- A atividade industrial, a produção e os impactos socioambientais: aquecimento
atmosférico, a poluição e a crise da água, poluição do solo, alterações climáticas e outros.
- Questão ambiental e interesses econômicos.
Conteúdo Básiconaturais.
A formação, localização, exploração e utilização dos recursos
Conteúdos Específicos:
- A exploração dos recursos naturais( renováveis e não renováveis) para a produção de
energia: biocombustível, energia nuclear, eólica, carbonífera e suas implicações na ocupação
do espaço.
- Os recursos naturais (vegetal, animal e mineral) e as ações políticas para sua preservação.
- O extrativismo, sua importância na produção de matérias-primas, os conflitos gerados pela
escassez e uso, e os acordos ambientais internacionais.
- Atividades humanas e questões ambientais.
Conteúdo Básico- A transformação técnico-científica informacional e os novos arranjos
no espaço da produção.
Conteúdos Específicos:
- Os avanços tecnológicos da/na indústria e sua distribuição espacial: tecnopólos, indústrias
globais e industrialização nos países pobres.
O desenvolvimento da biotecnologia e os impactos na produção do espaço rural:
transgênicos, Revolução Verde, agricultura orgânica.
- Tendências da agricultura mundial e políticas agrícolas no mundo.
Conteúdo Básico- O espaço rural e a modernização da agricultura.
Conteúdos Específicos:
As alterações espaciais resultantes da mecanização do campo, uso de agrotóxicos,
insumos e o emprego de novas tecnologias na produção agropecuária.
- O uso e preservação do solo nos diferentes sistemas de produção agrícola: agricultura
familiar, terraceamento, jardinagem, agronegócio.
Conteúdo Básico- O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual
configuração territorial.
Conteúdos Específicos:
Redes de transportes (portos,aeroportos, rodovias, hidrovias), de comunicação e a
circulação de produtos, pessoas e matérias-primas.
- O Brasil no mundo globalizado.
Conteúdo Básico- Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos
territórios.
Conteúdos Específicos:
- A reconfiguração dos territórios e os impactos culturais, demográficos e econômicos: a
dispersão das atividades produtivas.
- A geopolítica no mundo atual.
Conteúdo Básico- O comércio e as implicações sócio-espaciais.
Conteúdos Específicos:
- Protecionismo comercial e as barreiras alfandegárias e zoofitossanitárias: subsídios à
produção européia e norte americana e as implicações para a agricultura dos países
emergente e pobres.
- Indústria e transformações no espaço geográfico.
2ª Série
Conteúdo Básico- As diversas regionalizações do espaço geográfico.
Conteúdos Específicos:
- A formação territorial brasileira em sua relação com os contrastes e semelhanças regionais.
- As diversas possibilidades de regionalizar o Brasil: regiões geoeconômicas, macrorregiões do
IBGE, regiões de planejamento.
Conteúdo Básico- O espaço rural e a modernização da agricultura
Conteúdos Específicos:
-
Estrutura agrária e a distribuição de terras no Brasil.
- A expansão das fronteiras agrícolas e os impactos culturais, demográficos e econômicos no
Brasil.
- Demarcação dos territórios indígenas e os conflitos resultantes da invasão das áreas pela
mineração e agricultura (grileiros).
As implicações espaciais dos movimentos sociais dos trabalhadores rurais: áreas de
assentamento e de disputa no Brasil.
- O espaço agrário no Brasil e no mundo.
Conteúdo Básico- A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das
informações.
Conteúdos Específicos:
-
Novas tecnologias e a alteração do espaço rural: mecanização do campo, a (re) estruturação do
trabalho, os complexos agroindustriais e a produção para a exportação.
Conteúdo Básico- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
Conteúdos Específicos:
- Interdependência econômica, cultural, demográfica e política entre o campo e a cidade: produção e
comercialização, políticas públicas, migrações etc.
Conteúdo Básico- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização recente.
Conteúdos Específicos:
- Áreas de segregação no espaço urbano: favelas condomínios fechados e outros, na espacialização
das desigualdades sociais.
- Ocupação do território por diferentes grupos sociais e étnicos: os micros territórios.
- A espacialização das desigualdades sociais: especulação imobiliária, a periferias, e a ocupação das
áreas de risco em sua relação como o crescimento das cidades.
- Urbanização desigual: conurbação, hierarquia das cidades, as cidade globais, as megalópole,
metrópole, cidades grandes, cidades médias.
- As implicações espaciais da formação e crescimento das cidades: função das cidades.
- Utilização e distribuição da água no espaço urbano: rede de saneamento e poços artesianos.
- Destino e consequências do lixo doméstico e industrial: aterros sanitários, reciclagem, depósitos
impróprios (lixões).
- O crescimento populacional no Brasil e no mundo e o processo de urbanização.
Conteúdo Básico- Os movimentos migratórios e suas motivações.
Conteúdos Específicos:
- Êxodo rural e a sua influencia na configuração espacial urbano e rural.
- Movimentos pendulares entre países e cidades decorrentes das atividades econômicas.
- Deslocamentos mundiais da população motivados por questões econômicas.
- Povos em movimento.
Conteúdo Básico- As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural.
Conteúdos Específicos:
- As diferentes identidade culturais das cidades e o reordenação do espaço urbano: cidades
sagradas, turísticas, os micro territórios urbanos.
- Etnia e modernidade no Brasil e no mundo.
Conteúdo Básico- O comércio e as implicações sócio-espaciais.
Conteúdos Específicos:
- Os espaços do consumo: ruas comerciais, shopping centers, feiras, hipermercados, espaços de
lazer e suas implicações sócio-espaciais.
- Espaço, produção e tecnologia.
- A indústria no Brasil.
3ª Série
Conteúdo Básico- A revolução técnico-científica informacional e os novos arranjos no espaço
da produção.
Conteúdos Específicos:
- A importância da revolução técnico-científica informacional em sua relação com os espaços de
produção, circulação de mercadorias, e nas formas de consumo.
- A revolução técnico-científica informacional e os novos arranjos no espaço da produção:
tecnopólos e as cidades globais.
- A economia mundial e a globalização.
Conteúdo Básico- A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das
informações.
Conteúdos Específicos:
- O comércio mundial: fronteiras internacionais, tratados multilaterais e as organizações
econômicas internacionais (FMI,Banco Mundial, OMC).
-
Economia e sociedade.
Conteúdo Básico- Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
Conteúdos Específicos:
- A fragmentação dos territórios no pós Guerra Fria e formação de novas territorialidades na Europa
e Ásia.
- A constituição dos microterritórios e o comércio ilegal: contrabando, narcotráfico, o poder das
milícias.
Conteúdos Básicos- A transformação demográfica, a distribuição espacial da população e os
indicadores estatísticos.
Conteúdos Específicos:
- Crescimento populacional – teorias demográficas, expectativa de vida, estrutura etária, taxa de
fecundidade, transição demográfica, taxa de natalidade e mortalidade, envelhecimento da população
e as políticas de planejamento familiar.
- A distribuição espacial da população e os indicadores e socioeconômicos.-renda, população
economicamente ativa, distribuição da população por faixa salariais, empregos por setor de
atividade, escolaridade.
Conteúdos Básicos- Os movimentos migratórios e suas motivações.
Conteúdos Específicos:
- Os deslocamentos populacionais decorrentes de fatores econômicos, políticos, ambientais e
religiosos: os refugiados e zonas de atração e repulsão.
- As políticas migratórias dos países ricos e as restrições aos imigrantes pobres: as ações
xenofóbicas e a reafirmação da identidade cultural das nações.
- Globalização e migrações.
Conteúdo Básico- As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural.
Conteúdos Específicos:
- As manifestações culturais dos diferentes grupos étnicos evidenciado na paisagem.
- Etnia e modernidade no mundo e no Brasil.
- Conflitos étnicos-nacionalistas e separatismo.
Conteúdo Básico- As diversas regionalizações do espaço geográfico.
Conteúdos Específicos:
- A nova ordem mundial no século XXI: as novas regionalizações espaciais e a formação dos
Blocos Econômicos.
- A formação dos Estados nacionais: a formação do território brasileiro e os processos de
descolonização na América e África.
- A constituição dos microterritórios e o comércio ilegal: contrabando, narcotráfico, o poder das
milícias.
Conteúdo Básico- As implicações sócio-espaciais do processo de mundialização.
Conteúdos Específicos:
- Os países emergentes e as mudanças na divisão internacional do trabalho: as áreas de produção.
- Novos papéis das organizações internacionais na mediação de conflitos internacionais: ONU e
OTAN.
Conteúdo Básico- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
Conteúdos Específicos:
- A formação dos territórios supranacionais decorrente das relações econômicas e de poder na nova
ordem mundial.
- Internacionalização do capital e o sistema financeiro: o Neoliberalismo, abertura econômica e seus
impactos econômicos e sociais nos espaços nacionais.
- A geografia e as guerras mundiais.
Metodologia da Disciplina:
É fundamental que o professor crie, planeje situações de aprendizagem em que os alunos
possam conhecer e utilizar os procedimentos de estudos geográficos. A observação, descrição,
analogia e síntese são procedimentos importantes e podem ser praticados para que os alunos
possam aprender e representar os processos de construção dos diferentes tipos de paisagens,
territórios e lugares. O espaço vivido pelos alunos continua sendo importante para a compreensão
da realidade local relacionada com o global.
Para realmente trabalhar e valorizar o imaginário do aluno, não se pode reter a idéia de que
seu espaço esteja limitado apenas a sua paisagem imediata. É essencial que se aprofundem as
mediações de seu lugar com o mundo, percebendo como o local e o global interagem.
O estudo dos espaços local/global não se deve restringir a mera constatação e sem explicar
e compreender os processos de interações entre a sociedade e a natureza, situando-as em diferentes
escalas espaciais e temporais, comparando-as, conferindo-lhes significados.
Os problemas sócio-ambiental e econômico podem ser abordados a fim de promover um
estudo mais amplo de questões sociais, econômicas, políticas e ambientais relevantes na atualidade.
O próprio processo de globalização demanda maior compreensão das relações e de
interdependência entre os lugares, bem como das nações de territorialidade intrínsecas a esse
processo.
Entende-se que, para a formação de um aluno consciente das relações socioespaciais de seu
tempo, o ensino da Geografia deve assumir o quadro conceitual das abordagens críticas dessa
disciplina, que propõem a análise dos conflitos e contradições sociais, econômicas, culturais e
políticas, constitutivas de um determinado espaço.
Ao pretender os estudos das paisagens, territórios, lugares e regiões, a geografia busca um
trabalho interdisciplinar através de produções musicais, fotografias, cinemas, literatura e outros,
obtendo informações para interpretar as paisagens e construir conhecimento sobre os espaços
geográficos.
E entre várias metodologias a serem utilizadas, destacam:
Aulas teóricas expositivas, através de explicações orais e de exposição e indução de
interpretação de imagens por meio de multimídia, mapas, tabelas, livros;
Aulas práticas de observação do espaço, como trabalho de campo e ou de análise de fotos,
figuras e imagens;
Utilização de recursos audiovisuais, como rádio, T.V., multimídia, retro-projetor de
imagens, apresentação de vídeos-clipe, conforme os conteúdos;
Interpretação de textos didáticos e científicos dos conteúdos;
Dinâmicas e pesquisa em grupo ou individual, tais como: jogos, brincadeiras, desenhos,
recortes e colagem, produção de cartazes, reprodução de mapas, croquis, gráficos e maquetes de
textos, de desenhos e apresentação de seminários;
Utilizar eventos e fatos históricos que ocorram durante o ano;
Reprodução de textos a partir de referenciais teóricos;
Consulta bibliográfica e de pesquisa On Line e na biblioteca a ser selecionada.
Avaliação
A avaliação dos conteúdos de Geografia, de acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais
dá-se através de um processo de intervenção contínua, diagnóstica e processual, de modo que
ofereça ao aluno várias possibilidades de demonstrar seu aprendizado.
O processo avaliativo deve ser utilizado dialeticamente, como instrumento de análise do
processo ensino-aprendizagem, permitindo visualizar as fragilidades dessa relação e permitindo ao
professor rever continuamente sua prática metodológica. Assim, a partir da seleção e sistematização
dos conteúdos, o professor deve definir os critérios a serem utilizados para avaliar o conhecimento
adquirido pelos alunos no processo ensino-aprendizagem. A definição dos “critérios tem por
finalidade auxiliar a prática pedagógica do professor, posto que é necessário uma constante
apreciação do processo de ensino-aprendizagem” (BATISTA, 2008)
O processo de avaliação deve estar articulado com os conteúdos estruturantes, os conceitos
geográficos, o objeto de estudo, as categorias espaço-tempo, a relação sociedade-natureza e as
relações de poder, contemplando a escala local e vice-versa
. A prática docente, sob os fundamentos teórico-metodológicos discutidos nas Diretrizes
Curriculares, contribui para a formação de um aluno crítico, que atua em seu meio natural e cultural
e, portanto, é capaz de aceitar, rejeitar ou mesmo transformar esse meio. É esse resultado que se
espera constatar no processo de avaliação do ensino de Geografia.
Os principais critérios de avaliação em Geografia são que o aluno tenha a formação dos
conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações socioespaciais para compreensão e
intervenção na realidade.
O professor deve observar se os alunos formaram os conceitos geográficos e assimilaram as
relações espaço-temporais e Sociedade ↔ Natureza para compreender o espaço nas diversas escalas
geográficas. Deve-se valorizar a noção de que o aluno possa durante e ao final do percurso, avaliar
a realidade socioespacial em que vive, sob a perspectiva de transformá-la, onde quer que esteja.
O professor utilizará técnicas e instrumentos diversificados que possibilitem várias formas
de expressão dos alunos, como: leitura, interpretação e produção de textos geográficos, leitura e
interpretação de fotos, imagens e principalmente diferentes tipos de mapas, pesquisas bibliográficas,
aulas de campo entre outros, cuja uma das finalidades seja a apresentação de experiências práticas
de aulas de campo ou laboratório, construção de maquetes; produção de mapas mentais,
Aplicações de provas discursivas, conclusivas, somatórias e ou orais; De propostas de trabalhos e de
pesquisas individuais ou coletivas, os quais poderão ser produções de textos, de artigos, resenhas,
debates, redações, de cartazes, confecções de mapas, de maquetes, de desenhos, de gráficos, bem
como sua exposição por meio de seminários, feiras, gincana entre outros.
A recuperação paralela é para aquele educando que faltou no dia da atividade proposta de
avaliação ou que o mesmo não atingiu o objetivo proposto. Tal recuperação será antecipada de
revisão com formas diferenciadas de avaliação (aqui já apresentado) para reavaliá-lo de forma que
considerará a nota maior. A avaliação deve ser um processo não linear de construções e
reconstruções, assentando na interação e na relação dialógica que acontece entre os sujeitos do
processo professor e aluno.
Referências Bibliográficas
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